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feridas e curativos

Apostila de

Por Nichole Carvalho


@nicholecarvalho.es
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Conteúdos
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA PELE PROTOCOLOS
Funções da pele Sistema RYB
Anexos da pele TIME
Epiderme Escala Push
Derme
Hipoderme
Filetes nervosos
COBERTURAS
Hidrogel
FISIOLOGIA DA CICATRIZAÇÃO Alginato de cálcio
filme transparente
Fase inflamatória hidrocoloide extrafino
Fase proliferativa papaína
Fase de maturação Gaze não aderente impregnada de petrolato
Tipos de cicatrização Gaze não aderente impregnada de parafina
Fatores adversos à cicatrização Gaze não aderente e não impregnada
Apósito absorvente
CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Sulfadiazina de prata

Feridas
Causa REGISTRO DA EVOLUÇÃO DAS FERIDAS
Conteúdo microbiano
Tempo de duração e origem
Tipo de cicatrização
Localização
Grau de abertura
Exsudato
Tempo de duração
Tipo de tecido
Pele perilesão
TIPOS DE TECIDOS Curativo
Dor ou queixas
Esfacelo
Dimensão
Necrose
Tipo de ferida
Tecido de granulação
Tecido de epitalização
LIMPEZA E CURATIVOS
AVALIAÇÃO DA FERIDA Objetivos
Princípios básicos para a realização de
Extensão
curativos
Profundidade
Etapas
Deslocamento
Localização
Edema TÉCNICA DE CURATIVOS
Tipos de tecido
Feridas cirúrgicas
Exsudato
Feridas crônicas
Dor
Técnica para confecção do curativo
Bordas da ferida

TRATAMENTO DA FERIDA
Condições clínicas
Dor
Desbridamento
tegumentar
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ANATOMIA E FISIOLOGIA

A pele é o maior órgão do corpo humano. Reveste Epiderme


o organismo preservando a homeostasia do meio
interno. É a camada externa. Constituída por um epitélio
escamoso estratificado queratinizado composto
por queratinócitos, melanócitos, células de
Funções da pele Langerhans e células de Merkel.
Proteção do organismo;
Regulação térmica; Queratinócitos: responsáveis pela produção
Resposta imunológica; de queratina.
Controle hemodinâmico; Melanócitos: responsáveis pela produção de
Sensorial; melanina, o pigmento que dá cor aos cabelos,
Produção e excreção de metabólitos.
pele e protege a mesma contra a radiação
ultravioleta.
Anexos da pele Células de Merkel: responsáveis pela
recepção do estímulo sensitivo.
Pelos: se originam no folículo piloso e estão
Células de Langerhans: participam da
distribuídos por quase todo o corpo.
proteção da pele, pois apresentam
Glândulas sudoríparas: colaboram na
capacidade de fagocitose e de ativar os
regulação térmica do corpo com perda de
linfócitos T.
água e calor. Agem quando a temperatura do
corpo aumenta. A transpiração é um líquido
Camadas da epiderme
salgado, produzido para manter o corpo frio.
Glândulas sebáceas: produzem uma excreção Camada basal: é a camada mais profunda da
sebácea (sebo) que impermeabiliza e protege epiderme. É constituída por células basais,
melanócitos e células de Merkel. Responsável
a pele, como um creme.
pela renovação da epiderme.

Camada malpighiana (ou espinhosa):


constituída por queratinócitos com aspecto
poligonal e por células de Langerhan.
Localizam-se na camada espinhosa, na derme,
no timo, no baço e nos linfonodos e não
apresentam estruturas de adesão.

Camadas da pele Camada granulosa: formada por células


granulosas achatadas que se caracterizam
pela grande quantidade de grânulos de
queratina.

Camada córnea: proporciona proteção


mecânica à pele, barreira à perda de água e
permeabilidade de substâncias solúveis do
meio ambiente.
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Derme filetes nervosos


Camada intermediária. É um tecido conjuntivo Encontrados em toda a extensão da pele. São
que contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, condutores de sensações como dor e
terminações nervosas, órgãos sensoriais e temperatura.
glândulas.
A epiderme penetra na derme e origina os
folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas
sudoríparas.

Folículo piloso: forma-se a


partir de projeções da
epiderme para o interior da
derme durante a
embriogênese.

Hipoderme
Localizada abaixo da derme. Funciona como
isolante térmico e mecânico, depósito de calorias
e ainda favorece a mobilidade da pele sobre os
músculos. É considerada um importante local de
produção e conversão hormonal.
A ligação entre a derme e a hipoderme é feita
por fibras de elastina e colágeno.

Funções da hipoderme
Reserva de energia - o tecido adiposo
armazena energia que pode ser utilizada pelo
corpo em momentos de necessidade (em
casos de jejum prologado, por exemplo).
Defesa contra choques físicos - protege os
órgãos e ossos, servindo para "acolchoar"
essas estruturas e amortecer contra
traumas físicos.
Isolante térmico - a camada de tecido
subcutâneo contribui para regular a
temperatura corporal.
Conexão - a hipoderme conecta a derme aos
músculos e ossos. Portanto, é responsável
por fixar a pele a estruturas adjacentes.
Cicatrização
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FISIOLOGIA DA

A fisiologia da cicatrização é uma cascata de Fibroplasia


eventos celulares e moleculares, que envolvem
A fibroplasia é a produção de colágeno pelos
processos bioquímicos e fisiológicos.
fibroblastos, que faz com que a ferida fique mais
O objetivo da cicatrização é restabelecer a
forte e resistente.
integridade da pele.

Granulação
Fase inflamatória Última etapa. A característica dessa fase é a
Se inicia no exato momento da lesão e dura formação do tecido de granulação, que é
cerca de três dias. Caracterizada pela presença composto basicamente pelos neo-vasos,
de exsudato. Nesse período ocorre a ativação do fibroblastos, macrófagos e colágeno frouxo. O
sistema de coagulação sanguínea e a liberação de tecido é vermelho, com muitos espaços vazios e
mediadores químicos, podendo haver edema, granular.
vermelhidão e dor.

Os neutrófilos e monócitos dão início ao


processo com uma “limpeza” da ferida, que é o
desbridamento, removendo os tecidos
desvitalizados e fagocitando as partículas
antagônicas e corpos estranhos.
Fase de maturação
Última fase do processo de cicatrização e a mais
demorada, pode levar meses. A densidade celular
e a vascularização são diminuídas, resultando na
remodelação do tecido cicatricial. As fibras são
realinhadas para aumentar a resistência do
tecido e melhorar o aspecto da cicatriz.

Fase proliferativa
É a fase da regeneração, pode durar de 5 a 20
dias. Ocorre a proliferação de fibroblastos, que
dão origem ao processo chamado “fibroplasia”.
Nesse período, as células endoteliais se
proliferam, resultando em rica vascularização e
Tipos de cicatrização
infiltração de macrófagos.

Primeira intenção
Epitelização
É feito a junção dos bordos da lesão por meio de
É a proliferação celular basal e migração das
sutura ou aproximação.
células epiteliais na ponte de fibrina, que
Cicatriza em média em 10 dias.
rejuvenesce a derme. Nas primeiras 24 a 36
Perda tecidual mínima.
horas, para que a ferida seja recoberta, há a
proliferação de células do epitélio.
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Segunda intenção
Perda acentuada de tecido, por isso, não é
possível realizar a junção dos bordos.
Resposta inflamatória bastante evidente.

Terceira intenção
Processo que envolve limpeza, debridamento e
formação de tecido de granulação saudável para
posterior aproximação das bordas.
A ferida fica aberta enquanto estiver com uma
infecção real.

Fatores adversos à cicatrização


Fatores sistêmicos
Má nutrição;
Doenças crônicas;
Insuficiência do sistema imunológico;
Má perfusão tecidual;
Idade avançada;
Terapia medicamentosa.

Fatores locais
Infecção;
Isquemia;
Necrose;
Corpos estranhos;
Agentes irritantes;
Lesão muito extensa.
Cicatrização
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FASES DA

Fase inflamatória
Duração: 1 a 4 dias

Características:
Presença de exsudato, edema,
vermelhidão e dor.

Nessa fase, ocorre a liberação de


mediadores químicos e a ativação do
sistema de coagulação sanguínea.

Fase proliferativa
Duração: 5 a 20 dias

Características:
Formação do tecido de granulação.

As células se proliferam, resultando em


rica vascularização e infiltração de
macrófagos.

Fase de maturação

Duração: pode durar meses

Características:
O tom da pele nova passa de
vermelho escuro para rosa claro.

O tecido formado na fase proliferativa


é remodelado para aumentar a
resistência. As fibras são realinhadas
para melhorar o aspecto da cicatriz.
Feridas
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CLASSIFICAÇÃO DAS

Contaminadas
Feridas que permaneceram abertas por mais de
Qualquer lesão no tecido
6 horas entre o trauma e o atendimento. Pode
epitelial, mucosas ou órgãos
ocorrer invasão de microbiota bacteriana, mas
com prejuízo de suas funções
não ao ponto de causar infecção.
básicas.

Infectadas
As feridas podem ser classificadas quanto à
Feridas com presença de agente infeccioso no
causa, o conteúdo microbiano, ao tipo de
local e com evidência de intensa reação
cicatrização, ao grau de abertura e ao tempo de
inflamatória e destruição de tecidos, podendo
duração.
conter pus.

Quanto à causa Quanto ao tipo de cicatrização


As feridas podem ser:
Cicatrização por primeira intenção
Cirúrgicas Feridas fechadas cirurgicamente com sutura das
bordas.
Feridas provocadas intencionalmente, mediante
incisão, excisão ou punção.
Cicatrização por segunda intenção
Traumáticas Feridas que as bordas ficam distantes e tem
perda de tecido.
Feridas provocadas acidentalmente por agente
mecânico, físico ou químico.
Cicatrização por terceira intenção
Feridas corrigidas cirurgicamente após a
Ulcerativas formação de tecido de granulação, ou para
Feridas escavadas na pele (formadas por controle da infecção.
necrose). São resultado de traumatismo ou
doenças relacionadas com o impedimento do
Quanto ao grau de abertura
suprimento sanguíneo.
Abertas
Quanto ao conteúdo microbiano Feridas em que as bordas estão afastadas.

As feridas podem ser:


Fechadas
Limpas Feridas em que as bordas estão justapostas.
Feridas em condições assépticas. Normalmente
cicatrizam sem complicações.
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Quanto ao tempo de duração


Agudas
Quando são feridas recentes.

Crônicas
Feridas que têm um tempo de cicatrização maior
que o esperado devido a sua etiologia.
Tecidos
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TIPOS DE

Esfacelo Tecido de granulação


Tecido necrosado de coloração amarela ou O tecido é saudável quando é
castanha. Geralmente, fica aderido ao leito da brilhante, vermelho vivo e granular, com
lesão ou bordos da ferida. aparência aveludada. Quando o suprimento
vascular é pobre, o tecido fica com uma
coloração rosa pálido ou esbranquiçado para o
vermelho opaco.

Tecido de epitalização
necrose
Tecido novo que é formado com o
Morte da célula ou de parte de um tecido. processo de cicatrização, com coloração
rosada.
Liquefativa: amarelada.
Coagulativa: enegrecida.
Feridas
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TRATAMENTO DAS

O tratamento das feridas envolve a avaliação de Desbridamento


diversos fatores. Também é necessário fazer
uma avaliação diária da evolução da ferida para Envolve a remoção de tecido não viável e de
verificar se é necessário modificar as condutas bactérias, para permitir a regeneração do tecido
estabelecidas. saudável subjacente.

avaliação das condições clínicas Desbridamento cirúrgico


Remoção de tecido necrótico por meio de
Devem ser considerados nessa avaliação:
procedimento cirúrgico. Deve-se desbridar a
- Idade; ferida que apresentar necrose de coagulação ou
- Estado nutricional; de liquefação.
- Imobilidade;
- Vascularização;
Técnica de square
- Condições sistêmicas;
Utilização da lâmina de bisturi para fazer
- Fatores locais;
pequenos quadradinhos no tecido necrótico, que
- Fatores psicosociais. posteriormente podem ser removidos da ferida,
um a um.

dor
A dor pode ser classificada como: dor local, dor Desbridamento mecânico
ocasional, dor produzida durante o curativo e a Aplicação de força mecânica diretamente no
dor relacionada aos procedimentos cirúrgicos. tecido necrótico, para facilitar a sua remoção.

Dor local
Desbridamento enzimático
É a dor que o paciente sente mesmo sem haver
Aplicação tópica de enzimas desbridantes
manipulação da ferida. Pode ser contínua ou
diretamente no tecido necrótico. A escolha da
intermitente.
enzima depende do tipo de tecido existente.
Ex: papaína.
Dor ocasional
Está relacionada com as atividades cotidianas,
Desbridamento autolítico
como deambulação, tosse ou deslizamento da
cobertura sobre a ferida. Utiliza as enzimas do próprio corpo para a
destruição do tecido desvitalizado.

Dor produzida
Ocorre durante o curativo ou procedimentos
básicos e rotina, como troca de cobertura e
limpeza.
Protocolos
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sistema ryb M - Manutenção da umidade: para que ocorra a


cicatrização, é necessário o equilíbrio da
Indicado para a classificação de feridas que
umidade da ferida.
cicatrizam por segunda intenção.
Segundo esse sistema, as feridas são E - Epitelização das bordas: É a situação em que
classificadas de acordo com a coloração. há progressão da cobertura epitelial a partir das
O sistema RYB classifica as feridas em: bordas. Quando não há migração de
queratinócitos, as células da ferida não
Vermelhas (red) respondem.
Feridas com predomínio do tecido de granulação
e novo epitélio. Favorecendo o ambiente úmido, escala push
protegendo os tecidos e prevenindo a infecção.
É usada para a avaliação do processo de
cicatrização de lesões por pressão e resultados
Amarelas (yellow) de intervenção.
Feridas que apresentam exsudato fibroso e seus Essa escala considera 3 parâmetros:
tecidos são moles e desvitalizados, podendo
estar colonizadas, o que favorece a instalação de Área da ferida: relacionada ao maior
infecções. comprimento multiplicado pela maior largura,
m centímetros quadrados. Encontram-se
Pretas (black) escores que variam de 0 a 10, conforme a
área obtida.
Apresentam necrose tecidual, com formação de
Quantidade de exsudato: avaliada após a
escara espessa e necessitando remoção do
remoção da cobertura e antes da aplicação
tecido necrosado com máxima rapidez e eficácia
de qualquer agente tópico. É classificada
através do desbridamento.
como ausente, pequena, moderada e grande, o
que corresponde a escores de 0 (ausente) a 3
time (grande).
As letras da sigla TIME referem-se às palavras Aparência do leito da ferida: definida como o
inglesas tissue (tecido não viável), infection tipo de tecido prevalente nessa região, sendo
(infecção/inflamação), moisture (manutenção do especificada como tecido necrótico,
meio úmido) e edge (epitelização das bordas da esfacelo, tecido de granulação, tecido
lesão). epitelial e ferida fechada ou recoberta.
Esses tecidos correspondem aos escores 0
T - Tecido inviável: para o preparo da ferida, é (ferida), 1 (tecido epitelial), 2 (tecido de
necessário avaliar as condições do tecido. Se ele granulação), 3 (esfacelo) e 4 (tecido
estiver inviável, necrótico ou deficiente, é necrótico).
recomendável realizar o desbridamento.

I - Infecção ou inflamação: tecido com alta


contagem bacteriana ou inflamação prolongada.
Nessa situação, é necessário realizar a limpeza
da ferida e avaliar as condições tópicas
sistêmicas e o uso de anti-inflamatórios e
antimicrobianos.
Coberturas
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A escolha correta da cobertura ajuda no alginato de cálcio


processo de cicatrização, reduz a dor, promove
Composto por: fibras de tecido, derivado de
conforto ao paciente e recuperação do tecido
algas marinhas, compostas por ácido gulurônico e
lesado.
manurônico com íons de Ca e Na incorporados às
fibras.
hidrogel
Composto por: água 77,7% + propilenoglicol 20% Trocar a cada 48/72 horas.
+ carboximetilcelulose 2,3%.
Ação
Trocar uma vez por dia.
Auxilia o desbridamento, tem alta capacidade de
absorção, forma um gel que mantém o meio
Ação úmido e induz à hemostasia.
Mantém o meio úmido, promove desbridamento
autolítico e estimula a cicatrização.
Indicação
Reduz significativamente a dor, dando uma
sensação refrescante, devido a sua elevada Feridas abertas, sangrantes, altamente
umidade que evita a desidratação das exsudativas, com ou sem infecção.
terminações nervosas.
Amolece e hidrata os tecidos desvitalizados, Contraindicação
facilitando sua remoção. Feridas superficiais e feridas pouco exsudativas.

Indicação
Remoção de crostas e tecidos desvitalizados de
feridas abertas. Feridas com necrose ou
esfacelo.

Contraindicação
Pele íntegra, ferida operatória fechada e
feridas muito exsudativas.

filme transparente
Comporto por: filme de poliuretano.

Trocar a cada 72 horas.

Ação
Proporciona meio úmido e favorece a
cicatrização.

Indicação
Proteção de proeminências ósseas e como
cobertura secundária em curativos oclusivos.
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Contraindicação papaína
Aplicação direta em feridas abertas e feridas Complexo de enzimas proteolíticas retiradas do
muito exsudativas. látex do mamão papaia (Carica papaia).
Composto por: papaína 8g + ureia 10g + creme
lanette 100g.

Trocar uma vez por dia.

Ação
Provoca dissociação das moléculas de proteína,
resultando em desbridamento químico. É
bactericida e bacteriostático. Estimula a força
tênsil das cicatrizes. Acelera o processo de
cicatrização.

Hidrocoloide extrafino Indicação


Camada interna: gelatina, pectina e Tratamento de feridas abertas e desbridamento
carboximetilcelulose sódica. de tecidos desvitalizados.
Camada externa: espuma de poliuretano.

Trocar a cada 3 a 7 dias, conforme Contraindicação


características da ferida. Pele íntegra. Ferida operatória fechada. Na
presença de tecido de granulação. Contato com
Ação metais, devido ao poder de oxidação.
Absorve exsudatos, mantém o pH ácido e o meio
úmido. Estimula o desbridamento autolítico e a
angiogênese. Protege terminações nervosas.

Indicação
Tratamento de feridas abertas não infectadas e
pouco exsudativas.

Contraindicação
Feridas infectadas, cavitárias e muito
exsudativas.
Gaze não aderente impregnada de
petrolato
Tecido em malha de acetato de celulose e
impregnado de petrolato.

Trocar a cada 48 - 72 horas.

Ação
Protege a ferida. Preserva o tecido de
granulação. Evita aderência ao leito da ferida.
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Indicação Gaze não aderente e não impregnada


Necessidade de evitar a aderência do curativo Composto por: tecido de 100% viscose.
ao leito da ferida, evitando dor durante a troca.
Trocar em toda troca de curativo.

Contraindicação
Ação
Feridas com secreção purulenta.
Protege a ferida. Preserva o tecido de
granulação. Evita aderência ao leito da ferida.

Indicação
Necessidade de evitar a aderência do curativo
ao leito da ferida. Cobertura primária na ferida
aberta.

Contraindicação
Feridas com secreção purulenta e com muito
exsudato e feridas fechadas.
Gaze não aderente impregnada de
parafina
Curativo estéril de gaze parafinado.

Trocar a cada 48 - 72 horas.

Ação
Protege e conforta a ferida, permitindo a livre
passagem do exsudato para o curativo
secundário.

Indicação apósito absorvente


Feridas em que é preciso evitar a aderência do
Compressa não aderente de acrílico e rayon de
curativo, para ele poder ser mantido por 48 a 72 viscose altamente absorvente que tem em um de
horas. seus lados um filme muito fino de poliéster
perfurado, que garante a absorção e impede a
Contraindicação aderência à ferida.
Feridas com secreção purulenta.
Trocar sempre que necessário.

Ação
Tem baixa aderência e alta absorção. É
confortável e minimiza a dor na hora da troca.

Indicação
Feridas em que é preciso evitar a aderência do
curativo.
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Contraindicação
Feridas com secreção purulenta.

Sulfadiazina de prata
Cobertura de sulfadiazina de prata a 1%, com
ação bactericida, bacteriostática e fungicida
pela liberação de íons prata que levam à
precipitação de proteínas.

Indicação
Prevenção de colonização e tratamento de
queimadura.

Contraindicação
Uso prolongado.
Limpeza e curativos
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PRINCÍPIOS BÁSICOS

curativo limpeza
A limpeza deve ser feita a cada troca de
curativo primário, com soro fisiológico a 0,9%,
utilizando jatos com seringa e agulha ou com o
frasco de soro perfurado com agulha 40x12.
Curativo
Procedimento de O processo de limpeza é fundamental para a
limpeza e cobertura
reparação tecidual. Portanto, não há reparação
de uma lesão
enquanto existir agentes inflamatórios no leito
da ferida. É necessário utilizar soluções (como
soro fisiológico) para lavar e remover
microrganismos, células mortas, exsudatos e
Objetivos corpos estranhos da superfície da lesão. Quando
o conteúdo estranho não puder ser removido
Limpar a ferida;
apenas com a lavagem simples da ferida, deve-se
Proteger de traumatismo mecânico;
realizar o desbridamento.
Prevenir contaminação exógena;
Absorver exsudação;
Minimizar acúmulo de fluídos;
Imobilizar.

Princípios básicos para a realização de


curativos
Fornecer umidade ideal;
Realizar desbridamento, se necessário;
Preencher túneis e cavidades;
Utilizar cobertura de acordo com tecido;
Proteger os bordos;
Não utilizar substâncias tóxicas;
Não secar o leito da lesão;
Utilizar coberturas que mantenham ambiente
favorável à cicatrização (úmido);
Ocluir com adesivos hipoalergênicos;
Observar as reações do paciente;
Registrar o procedimento no prontuário do
cliente.

Etapas
1. Limpeza
2. Desbridamento
3. Curativo (uso de cobertura)
Curativos
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TÉCNICA DE

feridas cirúrgicas Em caso de recomendações por protocolo


utilizar solução anti-séptica local através de
Técnica obrigatoriamente asséptica.
gaze umedecida;
Material Fechar com cobertura de escolha:
Curativo oclusivo com: gaze e
EPI - máscara cirúrgica, touca, óculos e luva
micropore/esparadrapo/atadura/tela de
de procedimento (para retirar curativo).
proteção
Pacote de curativo – pinça anatômica, pinça
Cobertura específica – tegaderm®,
hemostática e gaze estéril. coberturas impegnadas com clorexidina,
Seringa de 20ml e/ou agulha 40 x 12. PHMB ou prata
Luva estéril. Recolher o material e guardar devidamente
Solução para limpeza estéril – soro após higienizar as mãos novamente
fisiológico a 0,9% ou Solução de Relatar no prontuário do paciente a
Betaína/Polihexanida (PHMB). realização do procedimento.
Solução anti-séptica – quando rotina do
serviço (Ex.: Clorexidina 2% e PVP-I, PHMB - feridas crônicas
soluções alcoólicas) Técnica não-necessariamente asséptica.
Cobertura adequada – específica (Ex.
Tegaderm®) ou para fixação (Ex. Material
Esparadrapo ou Micropore, atadura) que EPI - máscara cirúrgica, touca, óculos e luva
proporcione a secagem da ferida. de procedimento (para retirar curativo).
Carro de curativo. Pacote de curativo – pinça anatômica, pinça
hemostática e gaze estéril.
Tesoura e lâmina de bisturi no cabo – quando
Passo a passo houver necessidade de desbridamento.
Higiene simples das mãos; Agulha 40 x 12;
Preparar o material necessário; Seringa de 20 m;
Orientar o paciente quanto ao procedimento; Luva estéril;
Realizar nova higienização das mãos com Solução para limpeza estéril – Soro
solução anti-séptica; fisiológico a 0,9% ou Solução de
Retirar o curativo secundário com Betaína/Polihexanida (PHMB).
delicadeza, e primário irrigando, expondo a Solução Anti-séptica – quando muita carga
ferida; microbiana e se for rotina do serviço (Ex.:
Em caso de muita sujidade: realizar lavagem Clorexidina 2% e PVP-I, PHMB - soluções
com solução fisiológica 0,9% estéril; degermantes).
Em caso de ferida com pouca sujidade e Cobertura adequada – que proporcione
drenagem: realizar limpeza com gaze úmida manutenção do meio úmido, controle do
em solução de exsudato, controle de carga microbiana e
escolha/disponível/recomendada por remoção de tecido desvitalizado.
protocolo – SF 0,9%, PHMB; Carro de curativo.
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Passo a passo técnica para confecção do


Realizar a higiene simples das mãos; curativo
Preparar o material necessário; Remover cuidadosamente os adesivos de
Orientar o paciente quanto ao procedimento; fixação, sem tracionar a pele;
Realizar nova higienização das mãos com Observar se há a presença de sinais de
solução anti-séptica; hipersensibilidade ou escarificações;
Retirar o curativo secundário delicadamente, Retirar a cobertura secundária. Observar
e o primário irrigando, expondo a ferida; seu aspecto. Verificar se está embebido em
Realizar lavagem com em solução de exsudato e quais as características deste;
escolha/disponível/recomendada por Irrigar o curativo primário com solução salina
protocolo – SF 0,9%, PHMB, em jato através para retirá-lo delicadamente, sem causar
de seringa de 20ml e agulha 40 x 12; lesão no leito da ferida. Observar a evolução
Em caso de recomendações por protocolo do processo cicatricial;
utilizar solução anti-séptica degermante Proceder a limpeza da ferida irrigando-a,
(PVP-I ou clorexidina 2%) e retirar todo o suavemente com jatos de solução salina;
resíduo da mesma;
Obs.: No uso do PHMB como solução de
lavagem, o mesmo deverá ser mantido no
leito da ferida.
Fechar com cobertura de escolha:
Curativo primário – deverá manter o meio
úmido.
Curativo secundário – deverá ser colocado
sobre o primário e proporcionar isolamento
do meio externo.
Recolher o material e guardar devidamente
após higienizar as mãos novamente com anti-
séptico em caso de ferida infectada,
contaminada ou colonizada por
macroorganismos multi-resistentes.
Relatar o procedimento no prontuário do
paciente.

Ferida limpa – limpeza


de dentro para
fora.
Curativo com manutençã
o do meio
SECO.

Ferida contaminada ou
colonizada –
limpeza de fora para den
tro.
Curativo com manutençã
o do meio
ÚMIDO.

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