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PLANO DE ENSINO DO ESTÁGIO

Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório – Artes Cênicas – Licenciatura em


Teatro

1. IDENTIFICAÇÃO:

Local de realização do estágio: UBS Vila Esperança


Nomes dos/as estagiários/as: Matheus Tuzuki Monteiro e Maysa Cristina Ferreira
Ano/Período/Disciplina dos/as estagiários/as: 4º ano vespertino, Estágio Curricular
Supervisionado III
Nome do/a professor/as orientador/a: Luciano Matricardi de Freitas Pinto
Nome do/a supervisor/a de estágio na unidade concedente: Ana Paula

2. PERÍODO PREVISTO DE ESTÁGIO


Início: 22/08/2022 Fim: 21/10/2022

3. CARACTERIZAÇÃO DO ESTÁGIO: O estágio de regência obrigatório não


remunerado oferecido pelo curso de Licenciatura em Artes Cênicas (UEM) se
caracteriza pelo recorte do contexto da comunidade, ministrado pelos docentes
Matheus e Maysa em “parceria” com a UBS Vila Esperança. O local é uma
pauta ainda a ser discutida, já que a princípio, a ideia do CAPSi é que aconteça
em lugares distintos e fora da localização da UBS Vila Esperança. No entanto,
cremos que a regência das oficinas para crianças de 0 a 18 anos deverá ser
ofertada nas dependências da UBS Vila Esperança para facilitar deslocamento
dos pais/responsáveis.

4. TEMA: Oficinas de jogos teatrais para crianças na UBS

5. OBJETIVOS: Com a oficina, temos como objetivo geral proporcionar a


transformação do tempo de espera em tempo de qualidade, trabalhando com
jovens em situação de vulnerabilidade social, jogos que estimulem ludicidade,
fomente sonhos e desejos, crie relações para com os outros, como também, que
os convide a saírem do estado de passividade (BOAL, 2008, p.177) visando um
pensamento crítico e com novas visões de si e sobre o mundo.

6. FUNDAMENTAÇÃO TEMÁTICA: Acreditamos que, com a oficina, além


transformar o tempo de espera de jovens em situação de vulnerabilidade que
aguardam o atendimento do seus pais/responsáveis na UBS em tempo de
qualidade, pretendemos trabalhar com jogos tradicionais e jogos teatrais
inspirados nas práticas de Augusto Boal, Viola Spolin, Suzana Viganó com o
intuito de desenvolver o “moral e emocional de cada criança, despertando
anseios, desejos e envolvendo-a em várias experiências e descobertas”
(JUNKES; BEYER, 2011, p.198). Dito isso, para alcançar esses objetivos,
pretendemos trazer e adaptar jogos para que dialoguem com a realidade do
público-alvo, para explorar e tirar o máximo proveito de suas potencialidades.

7. CONTEÚDOS PROGRAMADOS: Ao longo do período de 8 semanas de


regência do estágio supervisionado na comunidade, temos a pretensão de
trabalhar com jogos teatrais e tradicionais, além da improvisação, usando como
base autores como Augusto Boal, Viola Spolin e Suzana Viganó. Acreditamos
que as seguintes atividades citadas acima são essenciais para desenvolver o
moral e emocional dos jovens e adolescentes, movimentando-os do estado de
passividade. Ademais, esperamos tirar o máximo proveito de suas
potencialidades, como também de promover a inter relações uns com os outros,
fomentando a ideia de pertencimento a um grupo e/ou comunidade.

8. FUNDAMENTAÇÃO DIDÁTICA E METODOLÓGICA: A princípio,


através de jogos teatrais e tradicionais embasados nos jogos de Boal e no
fichário de Viola Spolin, trabalharemos com exploração e experimentação do
corpo, partituras corporais e criações individuais, coletiva e colaborativa.
Como materiais, faremos uso do próprio ambiente, o corpo como instrumento
de descoberta dos participantes, além de folhas de papéis, lápis, canetas e giz de
cera e outros materiais escolares.
9. ATIVIDADES PREVISTAS E CRONOGRAMA DE
DESENVOLVIMENTO:
Semana 1: Tema: "Construindo nossa identidade" Começo: Dinâmicas de
apresentação individual e atividades que estimulem a auto expressão dos
participantes. Meio: Jogo teatral de criação de personagens que reflitam suas
identidades e características. Fim: Pequenas cenas improvisadas pelos jovens,
retratando suas identidades e histórias. Reflexão: Discussão sobre a importância
da autoconsciência e da valorização de suas identidades na construção de laços
comunitários.

Semana 2: Tema: "Nossas histórias compartilhadas" Começo: Atividades de


integração em grupo, como jogos cooperativos e dinâmicas de confiança. Meio:
Exercícios de improvisação em duplas e trios para criar cenas que compartilhem
histórias pessoais e experiências comuns. Fim: Apresentação das cenas para o
restante do grupo, promovendo o compartilhamento de vivências. Reflexão:
Reflexão sobre a importância de compartilhar histórias e como isso pode
fortalecer os laços na comunidade.

Semana 3: Tema: "A música que nos conecta" Começo: Discussão sobre os
interesses musicais do grupo e a importância da música na vida de cada um.
Meio: Criação de cenas teatrais inspiradas em músicas (funk ou outras preferidas
pelos participantes). Fim: Apresentação das cenas teatrais com músicas
escolhidas pelos próprios jovens. Reflexão: Conversa sobre como a música pode
ser uma ferramenta poderosa para expressar emoções e unir o grupo em torno de
interesses comuns.

Semana 4: Tema: "Explorando talentos" Começo: Dinâmicas que incentivam a


descoberta e o compartilhamento de talentos diversos. Meio: Criação de
pequenos números teatrais, danças e performances individuais ou em grupos.
Fim: Apresentação dos talentos para o restante do grupo, valorizando a
diversidade de habilidades. Reflexão: Diálogo sobre a importância de reconhecer
e valorizar as habilidades e talentos de cada um na construção de uma
comunidade unida.

Semana 5: Tema: "Sonhos e possibilidades" Começo: Roda de conversa sobre os


sonhos e objetivos de cada participante. Meio: Criação de cenas e performances
teatrais que representam seus sonhos e possibilidades de futuro. Fim:
Apresentação das cenas e reflexão sobre a importância de acreditar em si mesmo
e apoiar os sonhos dos colegas. Reflexão: Discussão sobre a importância de
sonhar e acreditar em um futuro melhor, além de como a comunidade pode ser
um apoio nesse processo.

Semana 6: Tema: "Transformando desafios em superações" Começo: Conversa


sobre os desafios enfrentados por cada um e como eles podem ser transformados
em oportunidades de crescimento. Meio: Criação de cenas teatrais que retratam
desafios superados ou que mostrem soluções para problemas comuns na
comunidade. Fim: Apresentação das cenas e reflexão sobre a importância da
resiliência e do apoio mútuo em momentos difíceis. Reflexão: Troca de
experiências sobre como enfrentar desafios e o papel do grupo na superação de
dificuldades.

Semana 7: Tema: "Celebrando nossa comunidade" Começo: Atividades para


identificar e valorizar as características únicas da comunidade em que vivem.
Meio: Criação de uma performance coletiva que celebre a cultura e identidade
da comunidade. Fim: Apresentação da performance para convidados, familiares
e membros da comunidade. Reflexão: Conversa sobre o orgulho de pertencer à
comunidade e o impacto positivo do trabalho coletivo.

Semana 8: Tema: "A despedida e os novos começos" Começo: Reflexão sobre a


jornada das últimas semanas e as aprendizagens obtidas. Meio: Atividades que
promovam o encerramento do ciclo com gratidão e reconhecimento dos esforços
individuais e coletivos. Fim: Celebração final com momentos de descontração e
confraternização. Reflexão: Discussão sobre como a experiência da oficina
teatral pode contribuir para o futuro de cada participante e como eles podem
levar as aprendizagens para suas vidas.

10. ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO: Como estratégia de avaliação, no final


de todas as aulas, haverá um momento de reflexão em forma de roda de
conversa, onde todos e todas poderão compartilhar suas experiências durante as
atividades propostas pelos regentes. Ainda com o auxílio dos discentes Matheus
e Maysa, de acordo com os relatos e experiências, os fomentamos com
questionamentos para promover a saída do estado de inércia do estado de
passividade dos participantes da oficina de teatro no UBS Vila Esperança.

11. ESTRATÉGIAS DE REGISTRO DAS ATIVIDADES: As estratégias serão


registradas por meio de fotografias/vídeos e gravação dos diálogos feitos no
momento da roda de conversa;

12. REFERÊNCIAS:
BOAL, Augusto. 200 Exercícios e Jogos para o ator e o não-ator com vontade de
dizer algo através do teatro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980.
SPOLIN Viola. Jogos Teatrais: o fichário de Viola Spolin; tradução de Ingrid
Dormien Koudela. São Paulo: Perspectiva, 2012.
BEYER, Marlei; JUNKES, Suellen. Vamos Jogar? O Jogo Teatral: Uma
Experiência Com Crianças De 06 A 11 Anos Na Instituição Cematepca. v.2 n.5.
Blumenau: Linguagens - Revista de Letras, Artes e Comunicação, maio/ago. 2011.
LIMA, Gleiciane. O Teatro E Os Jogos Teatrais: Formação E Transformação
Sociocultural De Crianças E Adolescentes No Cras De Tarauacá. Tarauacá, 2016.

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