Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Didactica Geral 1
Didactica Geral 1
Segundo Chamon. (2006, p. 123)., “a educação é um lugar onde toda a nossa sociedade se
interroga a respeito dela mesma – ela se debate e se busca”. Nesse contexto, as escolas são
ambientes fundamentais para o desenvolvimento do senso crítico dos alunos, além do
aprimoramento das técnicas utilizadas pelos professores, responsáveis por orientar crianças,
adolescentes e jovens na busca pelo conhecimento.
É neste âmbito que surge o presente trabalho intitulado: “os modelos de formação dos
professores”, o mesmo aborda as formas de alinhar a formação teórica a pratica docente na
educação, que tem como objectivos:
Para concretização do presente ofício contou-se com a técnica bibliográfica, a qual foi
caracterizada pela exploração de vários materiais físicos e electrónicos produzidos por
diversos autores com uma abordagem similar a do tema em estudo. Quanto a sua estrutura, o
trabalho comporta as seguintes partes: Para além da Introdução, o desenvolvimento do
trabalho, considerações finais e as referencias bibliograficas.
1
1.Formação
A formação também se refere ao modo como uma pessoa foi criada na sua infância e
adolescência, isto é, á educação que recebeu. Ex.: “Aquela senhora é muito bem formada” (é
educada e tem modos elegantes).
Pacheco e Flores (1999, p. 119), “afirmam que a formação está associada à ideia de
preparação (neste caso do professor) para o desempenho de uma actividade específica e
enquadra-se nos conceitos mais globais de educação e de aprendizagem”.
Parafraseando Chamon e Sales (2012), a formação evoca o acto de dar forma, isto é,
transformar o indivíduo integralmente. Mais do que métodos ou conhecimentos, a formação
designa uma mudança qualitativa do indivíduo, que ocorre simultaneamente em diferentes
dimensões: psicológica, cognitiva, social.
3.Modelos de formação
Niquice (2005, p. 58) “apresenta cinco modelos que vigoraram desde a independência
(1975) até a introdução dos Institutos de Magistério Primário (IMAP). Portanto, para
2
além das capacitações e formações aceleradas, cuja duração variava entre 1-10 meses,
ou 1 ano, o primeiro modelo de formação foi introduzido em 1982 (modelo de 6ª classe+
1 ano). Em 1983 apareceu o modelo de 6ª + 3 anos e em 1991 emergiu o modelo de 7ª +
3 anos”.
de 7ª+2+1. Enquanto nos cursos de base 10ª classe, (1996-2007) foram introduzidos
IMAPs com o modelo de 10ª +2; em seguida (1999-2004) funcionou o modelo de 10ª
1+1; atualmente (2007 até a presente data) funcionam os modelos de 10ª + 1; modelo de
10ª +3; e o modelo de 12ª +3 anos (MUGIME et al, 2019) que a seguir descrevemos de
forma sucinta.
De forma deliberada, fazemos uma junção de certos modelos, sobretudo, os que o nível de
ingresso é igual, variando na duração da formação
3
Portanto, a introdução do curso de formação de professores para o ensino primário com o
modelo 6ª +1 ano acontece num período de total caos. Trata-se de um momento em que o
país enfrentava déficit de quadros qualificados em todos os setores de atividades. GOLIAS
(1993); NIQUICE (2005); GONÇALVES (2007) corroboram na ideia de que o subsistema
de formação ou o SNE foi concebido como extensão dos programas de Educação em Zonas
Libertadas, mas foi uma ação sinuosa, pois para além de enfrentar a resistência de como é
típico na gestão de mudanças, não teve pessoas qualificadas capazes de implementar em
todo o território nacional.
Os graduados das três variações dos cursos oferecidos nos IMAP’s para além da formação
profissional beneficiam da formação académica. Ou seja, a vantagem era de obter um
certificado equivalente ao nível médio.
4
Em relação ao Modelo de 10ª + 1 ano, com o fim da guerra dos 16 anos em 1992,adesão de
vários organismos internacionais, tais como o movimento de educação para todos
declarado na conferência de Jom Tiem em 1990, a presença de movimentos de defesa de
direitos da criança, no caso específico a Unicef, aderência aos objectivos de
desenvolvimento do milénio (atuais objectivos de desenvolvimento sustentável ODS),
esses fatores contribuíram para o alargamento da rede escolar no ensino primário e
secundário.
Este modelo foi desenhado pelo INDE e implementado pelo projeto OSUWELA que teve o
seu início no centro de formação de professores de Marrere. Depois do reajuste do currículo,
foi introduzido como projeto piloto nos CFPPs de Inhamízua-Sofala, Chicuque-Inhambane
eNamaacha em Maputo. Este modelo tinha dois anos de formação e um ano de estágio, no
qual o estágio ocorria em escolas primárias das zonas de origem dos formandos, cujo se
responsabilizavam em uma turma.
Antes deste modelo de formação de professores, houve curso de Magistério Primário que era
a continuidade dos Ministrados no tempo colonial. Os formandos ingressavam neste modelo
com o nível do 5º ano, e faziam o curso entre um a dois anos, para lecionarem o 1º e 2º ano
do ciclo preparatório.
Dessa forma, foram criadas as Escolas de Formação e Educação de Professores (EFEPs) que
tinham como o nível de ingresso a 8ª /9ª classe. Este modelo, tinha como áreas de formação
as seguintes: psicopedagógica; político-ideológica; Formação Geral e especialidade e os
cursos ministrados, eram bivalentes. As combinações das disciplinas pareciam ilógicas, tais
como, português/História; Matemática/Biologia, entre outras, tinha a duração de dois anos e
destinava – se, inicialmente, para cobrir a 5ª e 6ª classes e, mais tarde a 6ª e 7ªclasse (GOLIAS,
1993; MAZULA, 1995; GOMEZ, 1999).
5
que a contratação dos instrutores do processo de formação, não obedecia nenhum critério
de seleção pré-definido. O corpo docente era bastante heterogéneo, tanto em termo de
nacionalidade como em formação, para além de que um número considerável não tinha
experiência profissional, muito menos para o ensino primário.
• Desenvolvimento do país;
• Redução da pobreza;
• Alfabetização de adultos;
7
6.Considerações finais
Ao longo deste trabalho pelo qual o nosso maior interesse era de desenvolver modelos
de formação dos professores e explicar como alinhar a formação teórica a pratica docente na
educação que, objectivo geral era conhecer os modelos de formação de professores, concluiu
se que formação profissional é mais ou menos um conjunto de atividades feitas para adquirir
conhecimento prático e teórico, através conhecimentos, habilidades e atitudes, responsáveis
pelo bom desempenho do indivíduo em seu local de trabalho e em sua carreira como um
todo.
8
7.Referencias bibliográficas
CHAMON, E. (2006). “Um modelo de formação e sua aplicação em educação continuada”.
Educação em Revista, Belo Horizonte.