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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS

PPRA

(ELABORADO: Fevereiro / 2019)


(VALIDADE: Janeiro / 2020)
Área:

Segurança e Saúde do Trabalho

Título:

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS


Fev/2019
AMBIENTAIS - PPRA Revisão: 0

1- INTRODUÇÃO

A empresa CNC Construções Serviços e Soluçôes Ltda-ME, vem com o presente programa,
implantar ações preventivas voltadas ao controle da exposição ocupacional aos riscos ambientais, possíveis
de serem encontrados em seu processo produtivo.
O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais visa a preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes no ambiente de trabalho, ou ainda aqueles que possam vir a existir neste ambiente ou
que venham a ser gerados nos processos. Como o objetivo maior do programa é a saúde e integridade do
trabalhador, o PPRA, deve ser implantado e gerenciado juntamente com o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional - PCMSO (NR 7), pois os programas assim administrados reúnem as condições para a
obtenção de êxito.

Possíveis de existirem no ambiente de trabalho, temos os riscos físicos (ruído, vibrações,


temperaturas extremas, etc...), os riscos químicos (substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar
no organismo humano por via respiratória (poeiras, névoas, fumos, gases ou vapores), ou ainda que, pela
natureza da atividade, possa propiciar uma exposição e consequente absorção através da pele e por ingestão.
E temos ainda os riscos biológicos, que são representados pelos vírus, bactérias, fungos, protozoários,
bacilos, entre outros microrganismos que poderão também se fazer presentes no ambiente ou em algum
processo ou atividade localizada.

Diante dos agentes agressivos encontrados são recomendadas medidas de controle coletivas e/ou
individuais visando eliminar ou reduzir seus efeitos, a níveis toleráveis, à saúde ocupacional.

Por fim é previsto o monitoramento das medidas de controle e exposição dos funcionários através de
avaliação sistemática, permitindo a introdução ou modificação das medidas de controle do que se fizer
necessário.

2- OBJETIVO

Implantar ações de controle dos riscos ambientais nas atividades desenvolvidas pela CNC Construções
Serviços e Soluções Ltda-ME, durante seus trabalhos na execução da OBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL, na
preservação da saúde e da integridade dos colaboradores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação
e controle da ocorrência de riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho.
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3. RESPONSABILIDADE

3.1 Atribuição de Responsabilidades

O PPRA sendo um programa de controle possui como os demais a necessidade de se


distribuir responsabilidades entre todas as partes envolvidas. Tal procedimento é importante quando
se quer atingir as metas estabelecidas e buscar o comprometimento das pessoas, uma vez que
Segurança não é responsabilidade somente da Direção e do profissional da área de segurança.
Assim apresentamos abaixo as atribuições das pessoas que participarão diretamente na condução
do PPRA.

3.2 Responsabilidades da Direção da CNC Construções Serviços e Soluçôes Ltda-ME

 Providenciar direção política e planejamento.


 Delegar responsabilidades sobre a condução do Programa.
 Alocar recursos financeiros necessários à execução.
 Proporcionar suporte ativo ao programa, em particular, serviços especializados externos
quando necessário.

3.3 Responsabilidades do Engenheiro Residente da obra

 Atuar de forma incisiva sobre a implantação das medidas aqui previstas.


 Dar continuidade às ações de melhoria aqui previstas.
 Rever informações sobre o controle do programa.
 Delegar responsabilidades necessárias ao êxito pleno do programa.
 Supervisionar a execução das atividades deste programa.
 Orientar os Supervisores do Setor, sobre suas responsabilidades dentro do Programa.
 Tomar ações administrativas sempre que for necessário e indispensável para o bom
andamento do Programa.
 Atender os cronogramas nas partes que lhe dizem respeito, bem como o item específico que
trata do monitoramento dos riscos e avaliação do PPRA.
 Colaborar com treinamentos internos necessários ao bom andamento do Programa e de
novas necessidades que por ventura possam surgir.

3.4 Responsabilidades do Técnico de Segurança do Trabalho


 Atuar de forma incisiva sobre a implantação das medidas aqui previstas.
 Dar continuidade às ações de melhoria aqui previstas.
 Rever informações sobre o controle do programa.
 Conduzir, supervisionar e dar suporte técnico à execução das atividades deste programa.
 Manter toda a documentação relativa a este programa, por 20 anos.
 Assegurar que todos os colaboradores recebam treinamento adequado para as funções que
desempenham.
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 Orientar o comando da obra, sobre suas responsabilidades dentro do Programa.


 Tomar ações administrativas sempre que for necessário e indispensável para o bom
andamento do Programa.
 Atender os cronogramas nas partes que lhe dizem respeito, bem como o item específico que
trata do monitoramento dos riscos e avaliação do PPRA.
 Colaborar com treinamentos internos necessários ao bom andamento do Programa e de
novas necessidades que por ventura possam surgir.
 Supervisionar os colaboradores para assegurar que os procedimentos corretos de trabalho
estão sendo observados, inclusive no que diz respeito ao uso de todos os equipamentos de
proteção individual recomendados pelo Serviço de Segurança do Trabalho, quando devem
garantir que a equipe sob sua responsabilidade utilize de forma correta e efetiva estes
equipamentos.
 Comunicar informações sobre os riscos ambientais e procedimentos de controle.
 Consultar com os colaboradores sobre questões de segurança e saúde, e orientá-los quando
necessário.
 Manter a Direção através do Engenheiro de Segurança do Trabalho da empresa informada
das questões de segurança e saúde.
 Colaborar com a CIPA ou CPPA e com o serviço de segurança lotado na obra, na
investigação de acidentes ou doenças e na adoção de medidas preventivas, bem como nas
demais rotinas pertinentes à gestão da Comissão.

3.5 Responsabilidades de todos os Colaboradores

 Relatar fatores ou situações que considerar de risco ao seu supervisor.


 Relatar acidentes ocorridos ao seu supervisor.
 Seguir os procedimentos de sua tarefa conforme treinamento recebido.
 Cooperar com a CIPA/CPPA na execução de suas tarefas.
 Utilizar equipamento de proteção individual quando necessário.

4. LEGISLAÇAO APLICADA E DOCUMENTOS DE REFERENCIA

Aplicam-se ao presente programa os seguintes diplomas Legais e/ou documentos de referência:


 Normas Regulamentadoras n° 06, nº 07, nº 09, nº 15 e nº 33 da Portaria 3.214/78 – Ministério do Trabalho e
Emprego
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SGSS) Rev. 10.
NHO 01, 03, 06 – Fundacentro
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5. . IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

5.1. MATRIZ

Razão Social CNC Construções Serv. e Sol. Ltda-ME


Endereço Rua Caranapatuba, 18
Bairro Jardim Umarizal
Cidade São Paulo SP
CEP 05.756-220
CNPJ 06.286.042/0001-17
CNAE 43.30-4-03
GRAU DE RISCO 03
RAMO DE ATIVIDADE Obras de acabamento em gesso e estuque
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6. APRESENTAÇÃO

Este Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA tem sua elaboração e


implementação compulsórias (Portaria 3.124/78 – NR 09 do Ministério do Trabalho e Emprego) e
destina-se ao estabelecimento de sistemáticas e formas de trabalho voltadas à proteção da
exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais possivelmente existentes nos locais de trabalho
e/ou atividades desenvolvidas.

OBJETIVOS

O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA visa à preservação da saúde e a


integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais (conforme conceito normativo (NR 09 –
item 9.1.5), presentes ou que venha a manifestar-se no ambiente de trabalho, cumprindo
determinações da NR-09, Portaria 3.214 de 08/06/78 e suas alterações.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Obter o controle da exposição dos trabalhadores aos agentes de riscos ambientais


possivelmente existentes nos ambientes de trabalho;
 Preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores;

 Assegurar aos trabalhadores padrões adequados de saúde e bem estar no ambiente


de trabalho;
 Proteção ao meio ambiente e dos recursos naturais.
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7. EFETIVO PREVISTO

 PEDREIRO

 MONTADOR DE ESQUADRIAS

 PINTOR
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8. RESPONSABILIDADES

DA CNC CONSTRUÇÕES SERV. E SOL. LTDA-ME

A CNC Construções Serv. e Sol. Ltda-ME estabelece e determina que seja assegurado o
desenvolvimento e o cumprimento do PPRA.
Divulgar conteúdo do PPRA (riscos e níveis de exposição) a todos os trabalhadores, de forma
que todos os trabalhadores e colaboradores sejam informados de maneira apropriada e suficiente
sobre riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis
para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
Executar ações integradas com outros empregadores, caso realizem simultaneamente atividades
num mesmo local, visando a proteção de todos os trabalhadores expostos a riscos ambientais.
Determina que os trabalhadores interessados tenham o direito e dever de apresentar
propostas e receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais
identificados na execução do PPRA.

DOS TRABALHADORES

Os trabalhadores devem colaborar e participar na implantação e execução do PPRA.


Seguir obrigatória e permanentemente as orientações, as normas de segurança,
procedimentos estabelecidos e recebidos nos treinamentos.
Devem informar ao superior hierárquico direto às ocorrências que, a seu julgamento, possam
implicar riscos a saúde dos trabalhadores e/ou terceiros, aos processos e/ou produtos.
Apresentar propostas e se empenhar em receber informações e/ou orientações como forma
de prevenção aos riscos ambientais identificados no PPRA.

NOTA: A empresa determina que, na ocorrência de risco ambiental e/ou


ocupacional nos locais de trabalho que coloquem em RISCO um ou mais
trabalhadores, devem interromper imediatamente a atividade, comunicando o
fato ao superior hierárquico direto, para as devidas providências de
eliminação ou neutralização do risco.
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DO SESMT (SERVIÇO ESPECIALIZADO EM SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO)

Proceder à antecipação qualitativa dos riscos e estabelecimento de prioridades e metas de


avaliação, controle e reconhecimento dos riscos, análise qualitativa e quantitativa dos agentes agressivos,
definição dos níveis de exposição aceitáveis, preparação, implantação e monitoramento do PPRA;
Definir medidas de controle e avaliação de sua eficácia. Realizar monitoramento da
exposição aos riscos.
Registrar e divulgar dados.

9. DEFINIÇÕES

 Colaborador: Todo empregado contratado pela CNC Construções Serv. e Sol. Ltda-ME e
empresas terceirizadas.

 Riscos Ambientais: São agentes químicos, físicos e biológicos existentes no ambiente


de trabalho que, em função de suas características, podem causar danos a saúde do trabalhador.

 Agentes Físicos: As diversas formas de energia a que possam estar expostos os


trabalhadores (ruídos, vibrações, temperaturas extremas, radiações ionizantes e não ionizantes, etc.).

 Agentes Químicos: São substâncias compostas ou produtos que possam penetrar no


organismo pela via respiratória, através da pele ou ingestão (poeiras, fumos, névoas, gases, vapores, etc.).

 Agentes Biológicos: São microrganismos que podem penetrar no organismo


humano pela pele, por ingestão por via respiratória (bactérias, fungos, vírus, etc.).

 Nível de ação: Valor acima do qual devem ser adotadas medidas de controle, de modo
a prevenir que ocorra exposição acima do Limite de Tolerânciaà determinado agente de risco. Estes
valores no caso de agentes químicos corresponderà metade dos limites de exposição estabelecidos
pela NR 15 ou ACGIH. No caso do ruído o valor corresponde a 50% da dose, ou seja, os resultados
indicam nível de ruído equivalente projetado para jornada de 8 horas de no máximo 80 dB(A).
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10. ABREVIATURAS

 CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes


 EPI - Equipamentos de Proteção Individual
 EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva
 MTE - Ministério do Trabalho e Emprego
 NR - Normas Regulamentadora
 SESMT - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
 PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
 PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
 CA - Certificado de Aprovação
 LT – Limite de tolerância.

11. DOCUMENTO BASE

ESTRATÉGIA E METODOLOGIA DE AÇÃO

A forma de trabalho para a condução deste Programa durante a execução da obra, será a de
apresentar previamente, baseados na etapa de “Reconhecimento dos Riscos”, uma sistemática de
prevenção que estabelecerá um cronograma de ações, contemplando as avaliações quantitativas, a
aplicação de EPC por atividades e a de EPI por função/atividade.

Como no início dos trabalhos, ainda não existem as condições ideais para se avaliar
quantitativamente os riscos que devem ser medidos, no cronograma estão definidos os períodos de
coleta e medições dos agentes: ruído, fumos metálicos, poeiras respiráveis, vapores orgânicos e
calor. Os resultados destas medições constarão nos anexos que acompanham as revisões que o
Programa sofre ao longo do ano ou do período de execução do contrato.
Por ocasião da interpretação dos resultados obtidos com as avaliações quantitativas, são
definidas novas ações, caso as planejadas não sejam adequadas ou não demonstrem eficácia
diante de possíveis resultados que indiquem altas concentrações e/ou intensidades dos agentes de
risco. Para fins de interpretação destes resultados serão empregadas às normas Brasileiras vigentes
(NR 15 e NR 9 – Nível de ação e também os apresentados pela ACGIH).
As avaliações e coletas ambientais serão conduzidas com o emprego do estabelecimento
dos Grupos Homogêneos de Exposição ao Risco.
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FORMAS DE REGISTRO E MANUTENÇÃO DOS DADOS

Todas as ações de controle das exposições planejadas e adotadas durante a execução deste
Programa deverão ser registradas para fins de criação e manutenção de um histórico das condições
ambientais de trabalho durante a execução da obra.
Todos os registros gerados durante a implementação do PPRA na obra, após recebidos na
matriz, serão arquivados conforme Legislação vigente.

DIVULGAÇÃO DOS DADOS

As informações relevantes e de interesse ao bom andamento dos trabalhos de condução do


PPRA, serão divulgadas às partes interessadas conforme abaixo:

FORMAS DE DIVULGAÇÃO DAS INFORMAÇÕES DO PPRA


O QUE A QUEM
COMO DIVULGAR QUANDO DIVULGAR
DIVULGAR DIVULGAR

PPRA
Área médica x Imediatamente após a etapa
(Reconhecimento Relatório
PCMSO concluído o estudo
dos riscos)

PPRA
Treinamento de Integração ou
(Apresentação Força de Trabalho Início do contrato de trabalho
Admissional
resumida)

Resultados
levantamentos Durante reunião da CIPA Imediatamente após constituída
CIPA
ambientais e a comissão
Documento Base

Reuniões ordinárias da CIPA.


Medidas de
Durante reunião da CIPA Assuntos distribuídos ao longo
controle CIPA e força de
Em TDS (Treinamentos da aplicação dos TDSs e de tal
empregadas na trabalho
Diários de Segurança) forma que seja abordado a cada
obra
dois meses.

No início da obra e cobrindo os


EPI’s / EPC’s Força de Trabalho Treinamento específico funcionários que ingressam no
contrato.
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PERIODICIDADE E FORMA DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA

O PPRA deverá ser avaliado sempre que houver alguma dificuldade técnica ou administrativa
na implementação das suas ações. Esta avaliação deverá ser registrada em ATA.
Independente desta avaliação, anualmente deverá ser feita sua avaliação global, com
registro em ATA e abertura de revisão do documento, onde serão programadas as novas ações,
consolidadas as ações adotadas ao longo do período em análise e estabelecidas as novas metas
e/ou formas de trabalho.
Estas avaliações deverão ser feitas pelo SESMT da obra, por um representante da CIPA e
pelo Supervisor da obra.

O SESMT deverá conduzir a reunião, munido de todos os registros das ações realizadas e
com o cronograma do planejado e realizado. As ações planejadas e não realizadas deverão ser
objeto de atenção especial para o próximo período e caso elas não venham a ser adotadas,
justificativas deverão ser anotadas na ATA de reunião.

12. DESENVOLVIMENTO DO PPRA

ANTECIPAÇÃO

A antecipação será efetuada através da análise de projetos de novas instalações, métodos


ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando identificar os riscos
potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação. Deve envolver uma
pessoa com conhecimento técnico no assunto.
O responsável da empresa deverá assegurar que toda modificação e/ou novo projeto a ser
implantado seja avaliado preliminarmente pelo SESMT, com relação aos riscos potencialmente presentes.

RECONHECIMENTO

Devem ser caracterizados:

 O ambiente de trabalho, junto com a descrição do processo operacional para


determinar e localizar as possíveis fontes geradoras e identificar as possíveis
trajetórias dos meios de propagação dos agentes de risco.
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 A força de trabalho verificando como esta se relaciona com o processo e seus


agentes, quais as atividades executadas por essas pessoas, com qual frequência e
duração.
 Com detalhes as características toxicológicas e as consequências sobre exposição
associada a cada um dos agentes presentes no ambiente de trabalho.
 A descrição das medidas de controle já existentes.

Após caracterização do trabalhador, agente e ambiente, agruparemos os funcionários de


acordo com a homogeneidade da exposição, para que em seguida, realizemos a análise qualitativa
e a priorização de ações a qual segue os seguintes procedimentos:

GRADUAÇÃO DE EXPOSIÇÃO
NÍVEL EXPOSIÇÃO DESCRIÇÃO DO CONTATO COM O AGENTE

1 Exposição Irrelevante Contato mínimo, sem risco danoso à saúde.

2 Exposição Baixa Contato infrequente a baixas concentrações ou intensidades

Contato frequente a baixas concentrações ou intensidades ou


3 Exposição Moderada contato de baixa frequênciaà altas concentrações ou
intensidades

4 Exposição Alta Contato frequente a altas concentrações ou intensidades

Contato frequente a concentrações ou intensidades muito


5 Exposição Muito Alta
altas

GRADUAÇÃO DE EFEITOS À SAÚDE

a) Genérica
NÍVEL DESCRIÇÃO
1 Efeitos adversos reversíveis subclínicos ou leves

2 Efeitos adversos reversíveis de moderados a severos

3 Efeitos adversos irreversíveis, não impedem a continuidade da vida

4 Efeitos que causam riscos de vida


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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS


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b) Agentes que atuam por contato


NÍVEL DESCRIÇÃO
1 Não irritante de pele e mucosa

2 Levemente irritante de pele e mucosa

3 Moderadamente irritante de pele e mucosa, irritante de ação superficial

4 Irritante severa de pele e mucosa, corrosivos, sensibilizantes.

ANÁLISE QUALITATIVA E PRIORIZAÇÃO

A priorização dos riscos identificados determina a necessidade das avaliações quantitativas


de agentes no ambiente de trabalho e das medidas de controle de exposição ambiental que é
resultado do trabalho referido no item anterior.

Grau de Efeito
Grau de Exposição
1 2 3 4
1 I II II II
2 II II II III
3 II II III III
4 III III IV IV
5 IV IV IV IV

I Grau de Priorização I (Risco Baixo)

II Grau de Priorização II (Risco Moderado)

III Grau de Priorização III (Risco Alto)

IV Grau de Priorização IV (Risco Muito Alto)


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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA Fev/2019


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GRUPO HOMOGÊNEOS DE EXPOSIÇÃO AOS RISCOS AMBENTAIS

GHE 01
FUNÇÃO RISCOS GRAU DE EXPOSIÇÃO GRAU DE EFEITO PRIORIZAÇÃO
Pedreiro FÍSICO – Radiação ionizante (Solda eletrica ) 2 2 II
Montador de esquadrias FÍSICO – Ruído 2 2 II
Pintor Químico – Poeiras 2 2 II

NOTA:A definição dos Grupos Homogêneos de Exposição considera apenas a exposição ocupacional de agentes ambientais em atendimento a NR09.
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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA Setembro /2017


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13. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E RECONHECIMENTO DE RISCOS AMBIENTAIS DO TRABALHO


GHE 01
FUNÇÃO Pedreiro 1 trabalhador exposto

ATIVIDADE Organizam e preparam o local de trabalho na obra; constroem fundações e estruturas de alvenaria. Aplicam revestimentos e contrapisos

FUNÇÃO Montador de Esquadria 1 trabalhador exposto


Planejam trabalhos de carpintaria, preparam canteiro de obras e montam fôrmas metálicas. Confeccionam fôrmas de madeira e forro de laje (painéis), constroem
andaimes e proteção de madeira e estruturas de madeira para telhado. Escoram lajes de pontes, viadutos e grandes vãos. Montam portas e esquadrias. Finalizam
ATIVIDADE
serviços tais como desmonte de andaimes, limpeza e lubrificação de fôrmas metálicas, seleção de materiais reutilizáveis, armazenamento de peças e
equipamentos.
FUNÇÃO Pintor 1 trabalhador exposto

Analisam e preparam as superfícies a serem pintadas e calculam quantidade de materiais para pintura. Identificam, preparam e aplicam tintas em superfícies, dão
ATIVIDADE
polimento e retocam superfícies pintadas. Secam superfícies e reparam equipamentos de pintura.

DA AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DOS RISCOS AMBIENTAIS


Controle (s) Existente(s) e sua Eficácia
Agente / Perigo / Fator de
Fonte(s) Geradora(s)
Tipo Risco EPC EPI

Marcara de solda e vestimenta


Radiação ionizante soldas SIM SIM
de raspa
Físico
Máquinas e Equipamentos em
Ruído NA SIM Protetor Auricular
operação na obra

Poeiras Lixamento de superficies NA SIM Semi – mascara PFF1


Quimico
Fumos Soldas metalicas NA SIM Semi – mascara PFF2

Observação: Utilizam outros EPIs destinados ao controle de lesões por acidentes.


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PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS - PPRA

14. MEDIDAS DE CONTROLE

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA

A proteção coletiva deve ser utilizada sempre que possível, antes da procura pelo “EPI”:

a) Aterramento:Conforme norma técnica específica (NBR da ABNT: NBR-5410, NBR


14039; e NR10 da Portaria 3.214 de 08/06/1978 do MTE);
b) Biombos/ Anteparos: Proteção de área com risco de impacto de particulares e
propagações de radiação não ionizantes. Serão montados em tubos metálicos e lonas anti-chamas,
sustentados por bases metálicas (sapatas);
c) Placas específicas de Segurança, Saúde e Meio Ambiente: Sinalização para cada tipo
de risco a ser encontrado. Assim como outros temas sobre acidentes comuns. As placas serão
fornecidas em chapa de pvc, coloridas, confeccionadas por profissionais. Para a confecção de
placas fixas em rodovias e vias públicas, os órgãos públicos serão contatados;
d) Isolamento: Fitas zebradas amarela - preta, 5 cm de largura, de plástico, para
isolamento de área de risco. Cerquite alaranjado, de plástico fixado em estacas e/ ou estrutura fixa;
e) Cones de sinalização: Sinalização de vias de trafego, 50 cm de altura, amarelo-preto;
f) Extintores: Combate a princípio de incêndio;

Conceituação Técnica

O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão obedecer


a seguintes prioridades:
a) Medidas que eliminem ou neutralizem a utilização ou a formação de agentes Prejudiciais
à saúde;
b) Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de
trabalho;
c) Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes aos limites de
tolerância.

A implantação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos


trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as
eventuais limitações de proteção que ofereçam.
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Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de


medidas de proteção coletiva, ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de
estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser
adotadas outras medidas, obedecendo-se a seguinte hierarquia:
a) Medidas de caráter administrativo ou de organização de trabalho;
b) Utilização de equipamento de proteção individual - E.P.I’s.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Equipamentos de Proteção Individual

Os E.P.I’s. serão fornecidos gratuitamente pela empresa, com “Certificado de Aprovação”


adequado a cada função e seu uso será obrigatório na execução das atividades em conformidade
com os dispostos nos itens 6.3 e 6.4 da NR-6, portaria 3.214 de 08/06/1978.
A utilização obrigatória de equipamentos de proteção individual no âmbito do programa deverá
considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver, no mínimo:

a) Seleção do equipamento de proteção individual adequado tecnicamente ao risco a que o


trabalhador está exposto e à atividade exercida considerando-se a eficiência necessária para o
controle de exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
b) Programa de treinamento dos trabalhadores quanto a sua correta utilização e orientação
sobre as limitações de proteção que o equipamento de proteção individual oferece;
c) Estabelecimento de normas ou procedimentos para promover o fornecimento, o uso, a
guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do equipamento de proteção
individual, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas;
d) Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva
identificação dos equipamentos de proteção individual utilizados para neutralização dos riscos
ambientais.
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15. AVALIAÇÃO AMBIENTAL

As avaliações ambientais serão efetuadas conforme estabelecimento de prioridade, metas e


cronograma, quando ocorrerem mudanças de layout ou mudanças significativas do processo produtivo.
Serão avaliados, onde existirem, os riscos Físicos (ruído, vibrações e calor). Químicos (poeiras,fumos
metálicos, nevoas, gases e vapores) e Biológicos (bactérias, fungos, parasitas, vírus, e outros), etc.
As avaliações serão realizadas conforme relacionamos abaixo:
 Ruído: “os níveis de ruído contínuo ou intermitente serão medidos em decibéis (dB)
com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação
“A” e circuito de resposta lenta (SLOW). As medidas serão feitas próximas ao ouvido
do trabalhador”, e a diversas distâncias da fonte geradora do ruído. Os níveis de ruído
alternados serão medidos com dosímetro em um tempo que represente a média da
exposição diária habitual.
 Calor: será avaliado através do “Índice de Bulbo Úmido - Termômetro de Globo”
(IBUTG), com termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro
de mercúrio. As medições serão efetuadas no ambiente de trabalho onde serão feitas
coletas no setor caracterizando medição do ambiente de trabalho.
 Poeiras e Fumos: As partículas sólidas produzidas por ruptura mecânica e as
partículas sólidas resultantes da volatilização de metais fundidos, serão avaliadas
através de amostras coletadas no local de trabalho por equipe especializada,
empregando-se instrumentos com certificados emitidos por instituições reconhecidas.
Os trabalhos de campo serão norteados pela metodologia do NIOSH (National
Institute for Occupacional Safety and Health), OSHA (Occupacional Safety and Health
Administration), ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e/ou
FUNDACENTRO. As amostras coletadas serão encaminhadas e analisadas por
laboratório externo especializado em Higiene Ocupacional.
 Tintas e Solventes: Os vapores orgânicos e névoas produzidas no processo de preparação
de tintas e pintura de equipamentos serão avaliadas através de amostras coletadas no
local de trabalho por equipe especializada, empregando-se instrumentos com certificados
emitidos por instituições reconhecidas. Os trabalhos de campo serão norteados pela
metodologia do NIOSH (National Institute for Occupacional Safety and Health) e OSHA
(Occupacional Safety and Health Administration). As amostras coletadas serão
encaminhadas e analisadas por laboratório externo especializado em Higiene Ocupacional.
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SUBSTÂNCIA MÉTODO
NIOSH 0500 – Gravimétrico.
Particulados não Amostrador: cassete com filtro de PVC com porosidade de 5,0 µm pré-pesada em micro
regulamentados de balança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg referência. : SKC 225-8-01.
outra forma - Vazão de amostragem 1,0 a 2,0 L/min.
TOTAL Volume de ar amostrado: mínimo de 7 L a 15 mg/m3 e máximo de 133 L.
Brancos de campo (obrigatório): 10 % do número de amostras.
NIOSH 0600 – Gravimétrico.
Particulados não Amostrador: ciclone com cassete com filtro de PVC com porosidade de 5,0 µm pré-pesado
regulamentados de em micro balança eletrônica com sensibilidade de 0,001 mg referência. : SKC 225-8-01.
outra forma – Vazão de amostragem: Ver tabela abaixo.
RESPIRÁVEL Volume de ar amostrado: mínimo de 20 L a 5 mg/m3 e máximo de 400 L.
Brancos de campo (obrigatório): 10 % do número de amostras.
NIOSH 7303 ICP – Espectrometria de emissão ótica por plasma indutivamente acoplado.
Fumos e poeiras
Amostrador: cassete com filtro de éster de celulose de 0,8 µm referência: SKC 225-5.
metálicas
Brancos de campo recomendados: 10 % do número de amostras.

IT.10-07 – Determinação de Componentes Orgânicos Voláteis de Solventes de Tinta,


Vernizes e Colas no Ar – Cromatografia de Gás.
Amostrador: tubo de carvão ativado de 400/200 mg referência : SKC 226-09.
Solventes de tintas, Vazão de amostragem: de 0,01 a 0,1 L/min.
adesivos e thinners Volume de ar amostrado: mínimo de 1 L e máximo de 12 L (se o n-Pentano estiver
presente, o volume Não deve ultrapassar 5 L).
Brancos de campo recomendados: 10 % do número de amostras.
Condicionamento para transporte: sob refrigeração.

Todos os equipamentos deverão ser calibrados, aferidos e possuir certificado de


calibração.Com base nos dados levantados em campo e análise laboratorial das amostras
coletadas, será elaborado Laudo Técnico contendo os principais parâmetros avaliados e parecer
técnico fundamentado.

16. POSSÍVEIS DANOS À SAÚDE CAUSADOS PELOS RISCOS AMBIENTAIS


IDENTIFICADOS

16.1 Ruído

O ruído elevado é uma das causas de nervosismo e agressividade. Pode ocasionar diversos efeitos
psicológicos, transtornos de memória, atenção, reflexo, cefaleias, náuseas, ansiedade, sonolência,
instabilidade emocional e inclusive uma lenta perda das faculdades intelectivas. A alteração nervosa
pode refletir-se no aparelho digestivo, provocando distúrbios da digestão, dores e dispepsia. Podem
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surgir também alterações no sistema circulatório, na pressão arterial, na composição sanguínea, no


metabolismo e no sistema respiratório.

Ambientes barulhentos dificultam a comunicação oral, possibilitando o aumento do número de


acidentes de trabalho, pois um aviso de emergência ou comando poderá não ser escutado. Foi
constatada também uma apreciável perda de produtividade.

A Organização Mundial da Saúde considera que o início do stress auditivo ocorre com
exposições a partir de 55 dB(A). Em recente congresso realizado na Alemanha, foi apresentada
uma pesquisa em que populações submetidas a níveis de 65 dB (A) tiveram 10% a mais de
enfarte e entre 70 dB (A) e 80 dB (A) 20% a mais. O fenômeno ocorre porque o ruído libera o
excesso de colesterol.
O dano sobre o sistema auditivo surge com exposições a partir dos 80 dB (A) e pode manifestar-
se de duas formas:
 Surdez Temporária – é normalmente produzida pela exposição a um ruído intenso, mesmo de
curta duração, podendo transformar-se em surdez permanente. Em geral, a surdez temporária é
recuperável em certa porcentagem, durante as duas horas seguintes ao término da exposição ao
ruído, porém há sempre uma perda, que vai se acumulando com o tempo.
 Surdez Permanente – ocorre quando a lesão se localiza no ouvido interno, afetando o nervo
auditivo.

O trabalho realizado com exposição a níveis de pressão sonora acima dos limites de tolerância
fixados no Anexo I da NR-15, é caracterizado como insalubre em grau médio.

Medidas de Controle
Enclausuramento total ou parcial das fontes sonoras: este enclausuramento consiste no
isolamento da fonte do ambiente de trabalho de forma a atenuar o ruído provocado por esta
fonte.
O mesmo poderá ser feito de três maneiras, conforme descrito a seguir:
 Enclausuramento feito de material isolante acústico;
 Enclausuramento feito com material absorvente e isolante acústico sendo o primeiro
colocado internamente;
 Enclausuramento duplo que consiste em duas paredes contendo ar entre elas, sendo que
quanto maior for a distância entre elas, maior será a atenuação do ruído.
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 Colocação de barreiras que impeçam a propagação do ruído para outros locais junto à
máquina e operações ruidosas.
As barreiras não são tão eficientes como o enclausuramento porém, auxiliarão no
controle e propagação do ruído. Deverão ser construídas com material isolante acústico
recoberto com material absorvente do lado em que se localiza a fonte de ruído.
Manutenção periódica dos equipamentos com ajustes de folgas, afiação de lâminas
eliminarão as vibrações indesejáveis e a colocação de silenciadores nos escapamentos de ar de
máquinas e ferramentas pneumáticas.

16.5 Compostos cáusticos (produtos com cimento)

O cimento possui a seguinte composição química: CaO (63%), SiO2 (22%), Al2O3 (6%), Fe2O3
(3%), MgO (2%), Na2O (1%), K2O (0,5%), e SO3 (2%).
O óxido de cálcio (CaO) é um álcali cáustico obtido da calcinação do carbonato de cálcio. É
utilizado como aglutinante hidráulico em obras de construção civil. Dissolvido em água origina o
hidróxido de cálcio (Ca(OH)2). É uma substância com pronunciada ação cáustica e irritante,
derivada de sua alcalinidade e do fato de que se combina exotermicamente com a água,
gerando calor.
A calda de cimento apresenta um pH muito alto, próximo a 14. Por esta razão exerce ação
cáustica sobre a pele, provocando lesões e ulcerações profundas. As dermatoses produzidas por
irritação ocorrem após um período variável de exposição, dependendo da sensibilidade do
trabalhador, da persistência do contato e das condições de higiene. Inicialmente há formação de
eritema, secura da pele e fissuras que poderão ocasionar sangramento.
Análises químicas do cimento têm identificado a presença de cromo metálico na proporção de
um para um milhão. O cromo possui ação destrutiva sobre as células e importante ação
alergênica.

16.7 Produtos de limpeza

Produtos de limpeza
Grande número dos produtos de limpeza contém vários tipos de compostos químicos que
levam ao aparecimento de dermatites de contato por agentes químicos.
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Conforme Salim Amed Ali, as dermatites de contato por agentes químicos constituem, na
atualidade, o grupo mais importante dos agentes produtores de dermatoses. O autor conceitua a
“dermatite de contato” como toda a reação inflamatória produzida no tegumento por agentes
externos de natureza física e química, apresentando quadro clínico característico. As formas agudas
e subagudas mostram acentuado eritema, edema, visiculação, acompanhadas muitas vezes de
intenso prurido. As formas cronificadas mostram espessamento da epiderme (liquinificação), com
descamação e fissuras. Estas formas apresentam duração longa, podendo persistir por meses ou
anos.
Segundo, ainda o mesmo, as dermatites de contato são classificadas em quatro grupos,
sendo que cerca de 70% das dermatites de contato ocupacionais são produzidas por irritantes:
dermatite de contato por irritação dermatite de contato fototóxica
dermatite de contato alérgica dermatite de contato fotoalérgica.

Ensina ainda que a ação de determinadas substâncias químicas sobre a pele, promovem a
remoção do manto lipídico da pele. Nesta situação, há perda de água da célula, ressecando a
epiderme. Desta forma, a camada córnea é arrancada (ceratólise) por novos contatos com o agente
químico. Sem a camada córnea, a pele perde sua proteção mais eficiente. As substâncias químicas
passam a agredir o tegumento com facilidade, produzindo lesões fissuradas, que atingem a derme,
levando ao aparecimento de sangramentos, dor, incapacidade para se utilizar à mão afetada. Todo
este processo pode levar dias, semanas, ou meses, dependendo tão somente do agente químico e
da susceptibilidade individual.
Os principais irritantes fracos são: solventes, detergentes, sabões, ácidos e álcalis fracos.
Ao referir-se aos detergentes Luiz O.D.Schneider apresenta-o com um dos riscos químicos
causadores de dermatoses por irritação primária e por sensibilização alérgica dizendo ser
encontrado na lavagem de vidrarias em laboratório e em toda a área física do hospital, como
corredores, quartos de pacientes, sanitários, etc. empregado pelo pessoal de limpeza. Muito
utilizado nos serviços de nutrição.

Também Octacílio Schüler Sobrinho, cita os agentes químicos como os responsáveis pela
grande maioria das doenças ocupacionais, atuando como irritantes primários, como sensibilizantes
ou ambos. Comunga com os ensinamentos de Salim, anteriormente citado, que os irritantes
primários são agentes que produzem lesões por ação direta no local de contato. Tais substâncias
são agrupadas de acordo com a alteração que causam na pele, após a exposição aos mesmos.
Podem ser: fotossensibilizantes, agentes hidrolizantes, agentes oxidantes – como o cloro e a água
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sanitária; agentes desidratantes – como os ácidos inorgânicos, os anidridos; solventes de lipídios


superficiais – como os detergentes e solventes; agentes lesivos da camada córnea – como os
álcalis e os sabões.
O hidróxido de sódio (soda cáustica), hidróxido de potássio (potassa cáustica), bem como o
hidróxido de amônia são álcalis cáusticos característicos, cujo manuseio oferece riscos de danos à
saúde de quem os emprega, pois na composição em maior ou menor da maioria dos sabões e
detergentes utilizados nos processos de limpeza.

16.7. Soldagem

Gases de solda:
 Acetileno: é um gás combustível que queima com chama brilhante, é incolor, com cheiro de alho
sufocante. Acondicionado em um solvente, geralmente acetona. Risco principal: fogo;
ligeiramente narcotizante. O acetileno em contato com metais como cobre, prata e mercúrio
forma acetiletos desses metais, que são compostos altamente explosivos. Torna-se perigoso
quando maculado por impurezas contendo fosfatos. Fórmula: C2H2
 Argônio: Gás nobre e inerte, agente extintor de incêndio, inodoro, incolor, não reativo, não
corrosivo e não tóxico. Atua como asfixiante, por deslocamento do ar atmosférico.
 Dióxido de carbono: gás inerte, não conduz corrente elétrica, mais pesado que o ar, não é
tóxico, porém é sufocante; possui efeito de acelerar a respiração; dose letal igual a 10% para
alguns minutos; resultante da combustão ou fermentação de produtos que contenham amido.
Agente extintor de incêndio. Reage violentamente com sódio, potássio, lítio, magnésio, titânio,
césio e outros metais alcalinos. Em altas concentrações poderá paralisar os centros respiratórios.
Risco principal: alta pressão e inalação, não é corrosivo – Erradamente chamado de gás
carbônico – Fórmula CO2.
 Gás liquefeito de petróleo - GLP: líquido inflamável armazenado sob pressão superior a 1,75
atm a 21ºC, muito volátil e baixa temperatura de ebulição; abrange os hidrocarbonetos cujas
moléculas são constituídas de três ou quatro átomos de carbono e hidrogênio; liquefaz-se à baixa
pressão, com densidade aproximada de uma vez e meia mais pesada que o ar. Exemplos: etano,
butano, propano, etc.. Ponto de ignição 484ºC. Não é tóxico e os seus vapores não são
venenosos, porém sufocantes. Com a queima no ar, produz uma chama que atinge a
temperatura de 1900ºC e forma mistura explosiva, dependendo da proporção de gás e ar.
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 Oxigênio: líquido azul, sólido azul quando congelado ou em forma de gás incolor; gás existente
no ar, simples, inodoro, insípido, muito pouco solúvel na água, encontra-se no ar numa
concentração de 21%, é comburente natural para propiciar a existência do fogo. O oxigênio
líquido forma misturas explosivas com materiais orgânicos e pode reagir violentamente em
contato com óleos combustíveis, graxas, carvão vegetal, matéria orgânica, teflon, cloreto de
polivinil, hidrocarbonetos, etc. Quando com teor de 17% no ar causa aumento do ritmo
respiratório; 12% causa vertigem, 9% provoca inconsciência, 6% causa morte em poucos
minutos. Risco principal: fogo e alta pressão, não é tóxico em proporções normais.

Do processo de solda ou corte a maçarico: neste processo o calor da fusão é obtido da


combustão de oxigênio e de um gás dos vários gases incluindo o acetileno, o metilacetileno-
propadieno, o propano, o butano e o hidrogênio. No caso em tela foi alegado durante a perícia a
utilização de acetileno e butano. As chamas derretem a peça de trabalho e um bastão de
enchimento é aplicado a junta de forma manual. Este processo é utilizado para proceder em cortes
de chapas de difícil manuseio.

17. PLANO ANUAL DE AÇÕES


O QUÊ FOI PLANEJADO Quando O que foi feito Quando foi Problemas e
fazer feito resultados
Fornecer todos os equipamentos e Conforme
proteção individual aos trabalhadores do admissões
setor
Realização do DSS Diariamente
Realizar treinamento para Conforme
conscientização dos trabalhadores sobre admissões
os riscos do trabalho e as medidas de
segurança

Realizar avaliação quantitativa dos riscos abril/19


ambientais
Informar os trabalhadores sobre os maio/19
resultados obtidos com as avaliações
quantitativas realizadas
Realizar a Palestra Semestral de Agosto/19
Segurança e Saúde
Realização do DSS Diariamente
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Realizar reunião de discussão sobre o junho/19


andamento do PPRA a fim de buscar
evidência de sua eficácia ou não.
Revisar o Programa e elaborar o Janeiro/20
Relatório Anual.

Elaboração:

Marcelo Sidnei Lopez


MTE 10214.8/SP

Aprovação:

Rosenilson Noleto Cruz


Socio Propietário da CNC

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