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Projeto Disciplina Captação de Água Superficial
Projeto Disciplina Captação de Água Superficial
Ingridy Duarte
Marília de Oliveira Felten
Pelotas, 2022
Ingridy Duarte
Marília de Oliveira Felten
Pelotas, 2022
Lista de Figuras
1. Introdução.....................................................................................................5
2. Definição de Local.........................................................................................7
3. Método de captação escolhido...................................................................10
4. Dimensionamentos......................................................................................11
4.1 Vertedor........................................................................................11
4.1.1 Resultado do dimensionamento.........................................12
4.2 Caixa de areia ou desarenador.....................................................12
4.2.1 Resultado do dimensionamento.........................................16
4.3 Grades..........................................................................................17
4.3.1 Dimensionamento das grades finas...................................20
4.3.2 Dimensionamento das grades grossas..............................21
4.4 Determinação das cotas...............................................................22
4.5 Estações Elevatórias....................................................................22
Referências Bibliográficas..............................................................................29
Referência Planilha de Cálculos.....................................................................30
1. Introdução
2. Definição do local
Dentre as alternativas de captação superficial tem-se: Rio Caveiras, Rio
Pelotinhas, Rio Ponte Grande, Rio do Amola Faca, Rio Tributo, Rio Lajeado
das Motas, Rio dos Índios, Rio do Filipe e Rio dos Macacos.
Uma das alternativas, O Rio Caveiras, nasce na serra geral no estado de
Santa Catarina, mais especificamente na cidade de Urupema, atravessa o
município de Lages e desagua no Rio Canoas, sendo a segunda maior sub-
bacia da Bacia Hidrográfica do Rio Canoas. O Rio Caveiras, após costear a
cidade de Lages ao sul, mais a sua jusante, é represado pela Pequena Central
Hidrelétrica Salto Caveiras (PCHSC), com lago de aproximadamente 12 km² e
estima-se, conforme dados da ANA (2010) que ao passar por Lages, ele
possua uma vazão mínima de Q 95=2.962,32 L/s. Conforme estudo realizado
(RAFAELI NETO,2013) visando monitoramento da qualidade da água deste rio,
em sua nascente apresenta bastante inferência antrópica, mas que acaba
sendo reduzida ao longo do seu curso, apresentando bons valores para os
parâmetros analisados a montante do lago da PCHSC, no lago e após ele,
sendo esta característica atribuída a sua grande capacidade de aeração do rio
e ao lago atuar como um diluidor, atenuando os valores obtidos. Ressalta-se
que, a montante do lago da PCHS encontra-se a cidade de Lages, ou seja, os
valores encontrados para os parâmetros analisados indicaram boa qualidade
da água nessa região, possibilitando sua utilização para abastecimento.
Outra alternativa, o Rio Pelotinhas, nasce no município de Painel-SC e
desagua no Rio Pelotas. Localiza-se na porção sul do município de Lages,
estando bem afastado do centro urbano, logo, exigiria longas extensões de
adução caso selecionado para ser ponto de captação do Sistema de
Abastecimento de Água.
O Rio Ponte Grande, possui nascentes em Lages e atravessa uma
parcela da cidade, ficando grande parte do seu curso em meio urbano e
desagua no Rio Caveiras. Conforme Oliveira (2015) que realizou a avaliação da
qualidade da água da Bacia Hidrográfica do Rio Ponte Grande em 57 pontos de
coletas distintos, sete variáveis dentre as analisadas apresentaram valores fora
do estabelecido na Resolução CONAMA nº357/2005, sendo eles: oxigênio
dissolvido, pH, turbidez, cor aparente, amônia total, fósforo total e fenóis totais.
Estes resultados representam a contaminação das águas da bacia proveniente
de lançamento de esgoto e efluentes industriais, despejo de lixo, escoamento
do solo e ausência de vegetação ciliar, por esse motivo e por estar
majoritariamente em meio urbano, foi optado pela não utilização deste curso
d’água para o abastecimento urbano.
Figura 1 – Mapa de localização dos pontos amostrados ao longo do Rio Ponte Grande,
Lages-SC.
Fonte: Oliveira, 2015.
4. Dimensionamentos
4.1 Vertedor
Para o dimensionamento do vertedor, utilizou-se a fórmula de Francis
(1868), que utiliza a vazão que passa pelo vertedor (Qv) em m³/s, o
comprimento do vertedor (Lv) em metros e a carga na soleira do vertedor (Hd)
em metros, conforme descrito na Equação 1 abaixo.
3
Qv=1,838 × Lv × Hd 2 Equação (1)
Como a vazão que passa pelo vertedor é, a vazão de cheia sem incluir a
vazão de captação (Q) utilizado para dimensionamento estrutural, e a vazão
residual do manancial, em que é considerada a vazão de captação (Q) para
determinar-se a variação de nível na crista conforme oscilação na captação.
2 /3
Qv
Hd=[ ] Equação
1,838 × Lv
(3)
Como a vazão do manancial oscila conforme períodos de chuva, para a
realização da determinação da variação de nível do manancial, e
consequentemente carga na crista do vertedor, utiliza-se as variações máximas
e mínimas.
Q L
Vh= → Vh= →th=L/Vh Equação (7)
A th
h
Vs= →ts=h/Vs Equação (8)
ts
Onde: Vh é a velocidade horizontal, Vs é a velocidade vertical
(velocidade de sedimentação); L é o comprimento teórico do desarenador; th é
o tempo de percurso horizontal; ts é o tempo de percurso vertical; h é a
profundidade, ou altura do desarenador; A é a área e Q a vazão dimensionada.
Para a remoção da partícula, o ts≤th, e em situações mais críticas, ts=th.
Realizando esta equivalência entre as equações 7 e 8, e aplicando a equação
da continuidade, tem-se a equação 9 a seguir referente a taxa de aplicação
superficial.
Q
Vh= × h→ h=Q/B × Vh Equação (10)
B
Q m
hmáx= ×Vh min→ Vh min=0,1 →hmáx=Q/ B× 0,1 Equação (11)
B s
Q m
hmin= ×Vh máx→ Vh máx=0,3 → hmin=Q/ B ×0,3 Equação (12)
B s
Onde:
DA=descarga de areia (Lareia/s);
Q=vazão dimensionada (m³/s);
SSed=teor de sólidos sedimentáveis (Lareia/Lágua);
Vac=volume de areia acumulado (Lareia/s);
tlimp=intervalo de tempo de limpeza (seg).
Com estes valores conhecidos, é possível aplicar a equação referente ao
rebaixo da caixa de retenção (equação 17) e verificar se o resultado atende a
condição de e≥0,25m para evitar-se o arraste da areia já depositada.
Vac
e= Equação
¿×B
(17)
Onde:
e=rebaixo da caixa de areia (m);
Vac=volume de areia acumulada (m³);
Lt=comprimento total do desarenador (m);
B=largura do desarenador (m).
4.3 Grades
As grades são feitas de barras paralelas que tem por finalidade reter
materiais grosseiros que estejam flutuando ou suspensos, como galhos,
plantas, peixes e resíduos sólidos descartados indevidamente, como plásticos.
Caso o manancial possua regime de vazão variante ou tenha como
característica o transporte de materiais de grande porte que possam causar
danos maiores, grades grossas devem ser dimensionadas e instaladas antes
das grades finas. Suas instalações devem ser modo inclinado para jusante,
com ângulo de inclinação variando de 70°a 80°em relação a horizontal. Essa
inclinação é necessária para facilitar as atividades de limpeza e manutenção. O
espaçamento entre as barras paralelas da grade deve ser de 7,5 cm a 15 cm
para a grade grossa e de 2 a 4 cm para a grade fina, conforme norma técnica.
A perda de carga nas grades é definida em função do coeficiente de
forma das barras da grade, conforme a Figura 3 a seguir.
Figura 3 – Coeficiente em função da forma da barra.
Fonte: NBR 12213/92.
s b α β
Aço
0,0127 0,1 70 Circular 1,79 carbono+pintura
anticorrosiva
Fonte: os autores.
Com estes dados, realizando as etapas de cálculo descritas
anteriormente, foi obtido os valores presentes na tabela 8 abaixo.
Largura
Largura Nível Velocidade Coeficien
útil de Perda de
do canal crítico de te de
Nº Nº escoame carga na
a jusante de escoamento perda de
vazios barras nto entre grade
da grade água entre as carga,
barras fina (m)
(m) (m) barras (m/s) forma
(m)
Bgj n m Bgu hming Veg k Δhgg
2,69 23,72 24,72 2,37 0,883 0,66 0,11 0,0024
Fonte: os autores
Cota de Cota da
Cota de nível
Cota de Cota de nível nível crista do
mínimo de Cota das
nível mínimo máximo de mínimo de vertedor
água à paredes das
de água no água no água à na
montante unidades
desarenador desarenador montante barragem
das grades (m)
(m) (m) das grades de nível
finas (m)
grossas (m) (m)
CNAmd CNDMD CNAmgf CNAmgg CCBN CPU
(CCBN+Hmáx no
(CNAmd + (CNAmgf + (CNAmgg -
(PC + hmin) (PC + hmáx) vertedor+ borda
Δhgf) Δhgg) Hdmin)
livre)
400,86 402,57 400,88 400,89 400,43 403,10
Fonte: os autores.
D=k √ Q Equação 25
Onde:
D=diâmetro do tubo (m)
Q=vazão (m³/s)
k=coeficiente de Bresse
(valores ótimos: 0,7 a 1,3) valores já tabelados
πD ² πk ² Q
Q= AV →Q= → VQ= V Equação 26
4 4
2
k= Equação 27
√ πV
k (tabelado
k (equação 27) Fórmula de Bresse
escolhido)
1,3579 1,3 1,08
Fonte: os autores.
1,852
10,643∗L∗Q
k= Equação 28
D4,87∗C1,852
Onde
k=perda de carga na tubulação
D=diâmetro da canalização
C=coeficiente que depende da natureza das paredes
Q=vazão
L= comprimento (m)
Porém para os cálculos o Q foi desconsiderado no Kr e Ks da tabela 11,
sendo calculado após o cálculo do hf através da equação 29.
n
H f =K∗Q Equação 29
Onde
Hf=perda de carga localizada
K=perda de carga na tubulação
Q=vazão (m³/s)
Recalque Sucção
Kr Hfr Ks Hfs
6,176485 3,110803 0,003662 0,001844
Fonte: os autores.
9,8∗Q∗H man
P= Equação 31
nb
Onde
P=potencia
Q=vazão (m³/s)
Hman=altura manométrica (m)
Nb=é o coeficiente de rendimento global da bomba
NPSH d= ( Pa−P v
γ )± z−(∆ Hs) Equação 31
Onde
NPSHd =carga de sucção positiva disponível (m)
z=altura estática de sucção (m)
sendo: + afogada e – não afogada
∆ Hs =perda de carga total de sucção (m)
Pa=pressão atmosférica (N/m²)
Pv=pressão do vapor de água (N/m²)
ᵧ=peso especifico da água (N/m³)
NPSH r
NPSH r = Equação 32
H
Onde
NPSHr =carga de sucção positiva disponível (m)
H=altura manométrica ou carga total do sistema