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Curso: Bacharelado em Engenharia Elétrica

Disciplina: Analise de Sistemas Elétricos de Potência – ASPL6

ANALISE DE SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

RELATÓRIO DA SIMULAÇÃO DE FLUXO DE POTÊNCIA


DE UM SISTEMA COM DEZ BARRAS

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO DE ILUMINAÇÃO

ALUNOS:

1– JOÃO VITOR MONTES PINHEIRO

2 – THYAGO ROBERTO SOARES SILVA

PRESIDENTE EPITÁCIO – SP

07 DE DEZEMBRO DE 2022
INTRODUÇÃO

OBJETIVOS

 realizar um estudo de fluxo de potência em sua rede, visando a tomada de


decisão para operação adequada de seu sistema de energia elétrica;

 Implementar no software a simulação do fluxo utilizando o Método de Newton;

 Verificar as seguintes grandezas:

 P, Q, teta e V em todas as barras;

 Fluxo de potência ativa e reativa nas linhas de transmissão;

 Perdas nos elementos do sistema;

 Situação/potência dos geradores;

 Exibir no desenho/diagrama da rede possíveis violação de tensão das


barras e capacidade de transmissão da linha, na qual foi preestabelecido o
limite de transmissão;

 Analisar qualitativamente o fluxo de potência e perdas no sistema teste;

 Propor alterações/meios para que nenhuma barra tenha tensão menor que 0,95
pu (detalhar o que foi feito para obter essa restrição e apresentar o resultado das
tensões em todas as barras obtidas de uma nova simulação);

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

FLUXO DE POTÊNCIA
O problema de fluxo de potência, ou fluxo de carga, tem a função de obter o estado de
operação de uma rede elétrica em regime estacionário senoidal. A resolução e análise do
fluxo de potência são de grande importância para a operação em tempo real do sistema e
para o planejamento do seu melhor funcionamento e expansão. (UFSC, 2020)
A análise de fluxo de potência em redes elétricas consiste basicamente na
determinação do estado da rede (i.e. magnitude das tensões nodais e os ângulos de
fase), da distribuição dos fluxos e das injeções de potências ativa e reativa nas
barras, dentre outras grandezas de interesse. Nesse tipo de análise, a modelagem do
sistema é estática e a rede é representada por um conjunto de equações e inequações
algébricas. Tais modelos se justificam pelo fato da análise se referir a situações em
que as variações das grandezas no tempo são suficientemente lentas, de modo que
o efeito transitório pode ser desconsiderado. O comportamento do sistema elétrico
de potência
Nos sistemas de potência, os componentes podem ser ligados de duas formas
distintas: entre os nós (barras do sistema), como é o caso das linhas de transmissão
e transformadores, e entre o nó de referência e um nó qualquer, como é o caso das
cargas, dos geradores, compensadores síncronos, etc. Os geradores e as cargas do
sistema são tratados como parte externa do sistema. Sendo assim, são modelados
como injeções constantes de potência nos nós da rede. A parte interna da rede,
formada pelos demais componentes (i.e. linhas de transmissão, transformadores,
etc.) é tratada como um conjunto de circuitos passivos e modelada por meio da
matriz de admitância de barra. Impondo-se a conservação das potências ativa e reativa
em cada nó da rede é possível obter as equações básicas que regem o
comportamento dos fluxos de potência nas redes elétricas. Em outras palavras, em
cada nó da rede, a potência líquida injetada deve igual à soma das potências que
fluem para os nós adjacentes.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Os dados elétricos das barras e dos transformadores foram disponibilizados em


roteiro no material de aula da disciplina, os quadros a seguir apresentam os dados
elétricos das barras, das linhas e dos transformadores do sistema.

Quadro 1 – Dados elétricos das barras

Fonte: Disponibilizado pelo professor (2022)


Quadro 2 – Dados elétricos das linhas do sistema

Fonte: Disponibilizado pelo professor (2022)

Quadro 3 – Dados elétricos do transformador 1

Fonte: Disponibilizado pelo professor (2022)

Quadro 4 – Dados elétricos do transformador 2

Fonte: Disponibilizado pelo professor (2022)

Além disso, foram especificadas condições para a simulação do fluxo de


potência, o quadro 4 apresenta essas condições (definidas pelo professor da disciplina).
Quadro 5 – Condições iniciais do sistema

Fonte: Disponibilizado pelo professor (2022)

Com isso, montou-se o sistema de 10 barras, a montagem do sistema para


simulação do fluxo de potência foi realizada pelo software ANAREDE. A Figura X
expõe o esquema unifilar do sistema.

Figura X – Sistema elétrico

Fonte: Autores (2022)

Com o sistema elaborado, simulou-se o fluxo de potência utilizando o método de


Newton.

Verificou-se as seguintes grandezas:

 P, Q, V e teta em todas as barras;


 Fluxo de potência ativa e reativa em todas as linhas;
 Situação e potência dos geradores;
 Violação de tensão das barras e capacidade de transmissão das linhas.

RESULTADOS

Primeiramente, utilizando o método de Newton, simulou-se o fluxo de potência


no sistema, a Figura X exibe o sistema após a simulação do fluxo de potência.
Figura X – Sistema elétrico (fluxo simulado)

Fonte: Autores (2022)

Com isso, consegue-se verificar os fluxos de potência ativa e reativa de todas as


linhas, as tensões das barras em pu. Consegue verificar também que, a capacidade de
transmissão da linha que liga a barra 1 para barra 2 foi ultrapassado e que a tensão da
barra 6 está fora dos limites estabelecidos.

A Figura X apresenta a convergência final do fluxo de potência.

Figura X – Convergência final

Fonte: Autores (2022)

Nota-se que foram necessárias apenas duas iterações para encontrar a


convergência de potência ativa e reativa.

O Quadro 6 detalha os dados elétricos das barras do sistema.


Quadro 6 – Barras

Fonte: Autores (2022)

No quadro acima é possível verificar os valores de P, Q, V e teta em todas as


barras. Percebe-se que as barras de geração injetam apenas potência reativa nos sistema.

Como dito, a barra 6 obteve 0,90 pu de tensão, este valor está abaixo do limite
estabelecido para a barra, o valor estabelecido é de 0,95 a 1,1 pu.

Os dados de fluxos e perdas das linhas são exibidos no Quadro 7.

Quadro 7 – Dados das linhas

Fonte: Autores (2022)

Constata-se que a linha que sofre maior perda é a linha da barra 5 para barra 6,
esta linha obteve uma perda de 0,20 de potência ativa e 1,98 de potência reativa.
O maior fluxo encontra-se na linha da barra 1 para a barra 2, esta linha obteve
um fluxo de potência aparente de 117.4 MVA, é importante ressaltar também que este
valor ultrapassa o limite de capacidade de transmissão dessa linha (90MVA).

O quadro 8 evidencia os dados dos geradores dos sisema.

Quadro 8 – Dados dos geradores

Fontes: Autores (2022)

Ressalta-se que os geradores das barras 5 e 9 injetam apenas potência reativa no


sistema, o gerador da barra de referencia injeta potência ativa e reativa para poder
realizar o fechamento do balanço de potências do sistema.

Para aumentar as tensões das barras ao ponto que todas cheguem a 0,95 pu,
propõe-se que seja utilizado o dispositivo FACTS nas linhas, diminuindo reatância da
linha e com isso, aumentando a tensão.

REFERÊNCIAS

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