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Yully Karolline Carvalho de Freitas

Turma: 2014

Causas estruturais e consequências dos regimes internacionais:


Regimes com variáveis intervenientes, de Stephen D. Krasner.

Em 1963 Kranser torna-se bacharel pelo departamento de historia pela


Universidade de Cornell, na qual era membro da sociedade Quill and Dagger.
Posteriormente se tornou mestre pela Columbia University, e seu PhD foi pela
Universidade de Harvard. Krasner é autor de seis livros e mais de noventa
artigos. Já lecionou cursos de relações internacionais, economia política
internacional, teoria das relações internacionais, construção política e
construção estatal na Universidade de Stanford. Recebeu o dean's award,
prêmio de excelência, por sua atuação como professor em 1991.

Em seu texto, o autor busca explorar o conceito a respeito dos Regimes


Internacionais, para isso ele busca diferentes abordagens para uma explicação
sobre o tema. Segundo o autor, Regimes Internacionais correspondem ao um
conjunto de normas, princípios, regras e procedimentos de tomada de decisões
de determinada área das relações internacionais em torno dos quais
convergem as expectativas dos atores.

Dentro desse conceito, Kranser sente a necessidade de responder a seguinte


pergunta: Quais são as causas e as consequências dos regimes? Qual seria a
necessidade dos mesmos? E quais são as diferentes abordagens a cerca do
tema?

Como define acima, os regimes são um conjunto de normas, dentre as quais


essas normas dizem respeito a padrões de comportamento definido a cerca de
direito e obrigações. Os princípios correspondem as crenças em fatos,
questões morais e causas. As regras fazem referencia a prescrições ou
proscrições especificas para a ação e os procedimentos é o que determina a
parte pratica de execução da vontade coletiva.
Krasner defende o regime como um arranjo temporário é que se modifica em
decorrência de interesses ou de alterações de poder. Ele busca abordagem de
Keohane quando diz que é necessária uma distinção entre regimes e acordos e
busca também Jervis quando afirma que “regimes não implica apenas normas
e expectativas que facilitam a cooperação, mas uma forma de cooperação que
é mais do que atender o próprio egoísta de curto prazo ”. Para Jervis, os
interesses são a base dos acordos, afinal, so é feito acordos quando ambos os
lados de satisfazem . O autor prossegue expondo alguns exemplos de regimes
em diversos âmbitos, ele busca retratar o formato de organização e de que
modo isso se desenvolve.

A utilização de teoria de autores é de extrema importância para Kranser,


através deles o autor busca explicações para seus pontos de vistas. Segundo
Susan Strange ,as estruturações dos regimes convencionais correspondem as
relações de poderes e interesses que são determinantes para de que modo os
estados irão se comportar no sistema internacional. Já para Waltz, o sistema
internacional se define pelas partes componentes e de que modo elas
interagem em um ambiente anárquico, a única distinção dentro do sistema é a
função dos atores. Como um defensor da corrente neorrealista, ele acreditava
que os estados agiam em seu benefício próprio e para sua autoproteção.

Os autores defensores da estruturação modificada ( Keohane e Stein) buscam


seus embasamentos na corrente realista clássica. Para eles os estados
soberanos buscam a maior amplitude de seu poder e de seu interesse.

O terceiro sistema de regimes é denominado Grociana. Segundo Donald


Puchala, Raymond Hopkins e Oran Young: “os regimes existem em todas as
áreas temáticas, mesmo naquelas em que há grande rivalidade de poder,
vistas tradicionalmente como exemplos nítidos de anarquia. Os estadistas
quase sempre se sentem restringidos por princípios, normas e regras que
prescrevem e proscrevem diferentes comportamentos”. Para os autores citados
acima, a explicação de regimes vai além do ponto de vista realista, pois para
eles essa visão um tanto limitada.

No ponto de vista desse sistema, as elites são os verdadeiros atores nas


relações internacionais, indo de contra aos ideais pregados pelos dois sistemas
anteriormente citados. Para os grocianos, os estados são abstrações rarefeitas,
as elites possuem traços tanto transnacionais como nacionais, a soberania
possui uma variável de comportamento, há uma limitação no que diz respeito
do controle das movimentações através de fronteiras, segurança e
sobrevivência não são os únicos fatores de prioridade, a força não ocupa uma
posição de destaque na politica internacional, entre outros.

Para os sistemas convencionais, o sistema não é levado tão a sério como no


Grociano. No sistema convencional, se as variáveis causais mudam os regimes
também mudam. Já na perspectiva Grociana é aceito os regimes como parte
fundamental de toda interação humana, incluindo de que forma esses
indivíduos se comportam no sistema internacional. É possível constatar uma
visão mais realista, onde o estado e o poder são supervalorizados, nas
primeiras organizações de regimes e por outro lado, no sistema Grociano,
observa-se uma visão mais liberal, onde o sistema se preocupa com o a
interação entre homem e estado.

A próxima tese apresentada é a explicação para o desenvolvimento dos


regimes. Krasner apresenta cinco variáveis para essa explicação. A primeira é
denominada de Auto interesse egoísta, a segunda intitula-se de Poder politico,
como terceira temos Normas e princípios, a quarta é Os usos e costumes e por
final temos o conhecimento.

O autor faz uma abordagem fantástica a respeito de regimes e suas


configurações. Usa de bons argumentos e bons embasamentos teóricos para
chegar a suas conclusões. É de fácil percepção a diferenciação feita por ele
entre os tipos de regimes e de que modo se da sua aplicabilidade. Observamos
também a presença das teorias realista e liberalistas como forma de exposição
de suas conclusões. Texto destinado a acadêmicos e profissionais da área das
Relações Internacionais e Comercio Exterior.

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