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Artigo Matheus Lima Da Costa
Artigo Matheus Lima Da Costa
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LOCAL PRODUCTIVE STRUCTURE AND REGIONAL DEVELOPMENT: AN
ANALYSIS OF THE OIL AND GAS PRODUCTION CHAIN BETWEEN 2010 AND
2020 IN THE STATE OF RIO DE JANEIRO.
ABSTRACT
The trend toward economic emptying in the State of Rio de Janeiro has been pointed out
for many years in various studies on regional development. The present work aims to
contribute to this discussion by evaluating the transformations of the productive
structure in the State of Rio de Janeiro in light of the recent evolution of total
establishments, employment, and salaries by activity sectors in the period from 2010 to
2020. With this, an analysis was sought about the possible strengthening, diversification
and development of the regional economy, based on the dynamics and degree of
employability in this chain. The State of Rio de Janeiro, for being the main national
producer of oil and natural gas, and at the same time presenting several economic
bottlenecks and regional inequalities, constitutes an interesting case to be analyzed. In
the scope of the activities that are linked to the extraction of crude oil and gas, there is a
wide range of activities that subsidize the production processes. Given this scenario, we
seek to study the extent of the impacts of a crisis in the productive system in the
regulatory sphere that has the potential to improve the business environment and,
consequently, make investment in the country even more attractive. Finally, given the
greater intensity of the events registered, it is even more important to highlight the
systemic evaluation of the oil market, which, together with the chemical industry, is the
largest generator of wealth for a country's economy.
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RESUMO
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INTRODUÇÃO
O Polo produtivo da região da frente marítima é composto por setores ligados aos
arranjos: Upstream, Refino e Fabricação de Derivados, Distribuição e outros segmentos
industriais. De acordo com dados do RAIS/ME, o Rio de Janeiro apresentou um certo
protagonismo ao longo da década no número de estabelecimentos em diversos setores
da cadeia extrativa em relação ao sistema produtivo das regiões competidoras, onde
existem estruturas como: Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte.
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recorde, alcançando uma média anual de 127 Mm³/d, representando um aumento de
4,1% em relação ao ano anterior.
No âmbito das atividades que se encadeiam com a extração de óleo e gás brutos, existe
uma ampla gama de atividades que subsidiam os processos de busca e identificação de
jazidas, perfurações exploratórias para a validação da existência de reservas, o
desenvolvimento efetivo dos projetos de extração e todos os serviços necessários para a
continuidade da extração até o esgotamento de uma jazida, quando é feito o
descomissionamento. Essa ampla gama de serviços de apoio à extração constitui a dita
indústria parapetrolífera e somada à extração de fato, compõe o upstream da cadeia
produtiva de petróleo e gás, isto é, a extração e todos os encadeamentos produtivos
‘para trás’.
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Fonte: RAIS.
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METODOLOGIA
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Classe
Tipo Descrição
CNAE 2.0
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Brasil e a posição do Rio de Janeiro em termos de volume de empregos e especialização
relativa. De acordo com dados da RAIS, dispostos na tabela 2 a seguir, o Rio de Janeiro
é o estado com o segundo maior número de empregos no conjunto das classes CNAE
assinaladas, sendo superado apenas por São Paulo. Em grande parte, essa desvantagem
com relação a São Paulo se justifica pelo peso do segmento varejista na distribuição,
que, ao incluir postos de combustíveis, acaba por ser função da população, da frota de
veículos e da extensão da malha rodoviária, nos quais São Paulo supera o Rio de
Janeiro.
𝐸𝑖𝑗
∑𝐸𝑖𝑗
𝑄𝐿 = 𝑗
(1)
∑𝐸𝑖𝑗
𝑖
∑∑𝐸𝑖𝑗
Onde:
𝐸𝑖𝑗é o emprego do setor i na cidade de Niterói;
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Para avaliar se a cadeia produtiva de petróleo e gás pode ser considerada uma
aglomeração produtiva e, portanto, incentivada por gestores públicos e privados, foi
realizado o cálculo do Quociente Locacional (QL). Os resultados obtidos para os anos
de 2010 a 2020 estão apresentados na Tabela 3. É importante destacar que o QL foi
estimado com base nos dados de emprego obtidos pela RAIS, os quais fornecem maior
robustez para a análise realizada.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 2 – Número de empregos formais contratados via CLT nos segmentos relacionados
ao sistema produtivo de Petróleo e Gás nos principais estados produtores de petróleo –
2020
Refino e Outros
Unidade da Total
Upstream Fabricação de segmentos Distribuição
Federação O&G
Derivados industriais
2.004 138 122 6.106 8.463
Rio Grande do Norte
Sergipe 1.208 210 465 3.786 5.741
Bahia 3.784 1.038 4.043 22.804 31.669
Espírito Santo 3.207 15 455 7.206 10.883
Rio de Janeiro 29.624 14.778 1.235 32.694 78.331
São Paulo 2.871 6.781 13.152 97.773 120.577
Demais UFs 1.425 5.771 27.475 245.762 280.433
Total do Brasil 44.195 28.824 46.947 416.131 536.097
Fonte: RAIS.
Por outro lado, o Rio de Janeiro detém a liderança nacional nos segmentos do upstream
e de refino e fabricação de derivados. Dos cerca de 78 mil empregos existentes no
sistema produtivo de petróleo e gás fluminense, cerca de 30 mil estão no upstream e
cerca de 15 mil estão no refino e produção de derivados. Em termos comparativos, esses
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segmentos, somados, representam cerca de 56% do total dos empregos nesse sistema
produtivo no Rio de Janeiro, contra uma proporção de cerca de 13% no total do Brasil.
Quociente Locacional
2010 2015 2020*
Extração de petróleo e gás natural 3,56 3,65 3,83
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Comércio atacadista de produtos químicos e petroquímicos, exceto
agroquímicos 0,78 0,68 0,64
Por meio de uma análise pormenorizada dos resultados, observa-se que ao longo do
tempo houve um aumento do grau de especialização das atividades de extração de
petróleo e gás natural, atividades de apoio à extração de O&G, fabricação de produtos
químicos básicos, comércio varejista de combustíveis para veículos automotores,
evidenciando que estes setores se desconcentram ganhando dinamismo em outros
municípios do país como por exemplo, Macaé, Bacia de São João e a cidade do Rio de
Janeiro. Neste sentido, Natal (2004) aponta em seu estudo uma análise mais detalhada
da constante e positiva mudança econômica que teve início em meados dos anos
noventa e continua até os dias atuais. Pretende-se também destacar o problema presente
nas taxas de crescimento econômico, que reside na sua sustentabilidade ao longo do
tempo, bem como a peculiaridade da sua extrema concentração em pontos específicos
do território fluminense.
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excesso de oferta no mercado global, impulsionado pela decisão da Arábia Saudita de
inundar o mercado como resposta ao aumento da produção dos Estados Unidos e em
retaliação ao desvio de outros membros da OPEP em relação ao cartel. Haja vista, a
ocorrência de crises em que o setor de petróleo e gás tem passado em 2015 com o
controle de preços e choques de oferta, é possível mensurar uma inflexão econômica
derivada de uma mudança significativa é perceptível no comportamento ou desempenho
de uma economia, afetando indicadores como a taxa de emprego, inflação, entre outros.
A análise econômica frente a dinâmica setorial torna a necessidade de formulação de
políticas públicas para nortear o crescimento para a próxima década.
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oportunidades de investimento dentro de uma determinada cadeia e os possíveis
problemas de coordenação que podem surgir.
CONCLUSÕES
A partir de 2010, o Brasil enxerga o setor de O&G como nova chave para o crescimento
econômico, constatando um número de 2.167.821 empregos com carteira assinada no
país, no período compreendido de 2010 a 2020. No estado do Rio de Janeiro — ERJ —,
essa perda foi proporcionalmente muito mais grave. O estado perdeu 313.045 empregos
com carteira assinada, em termos percentuais, a perda de emprego no ERJ, neste
período foi de 15,3%, enquanto na economia brasileira foi de 4,9%
(Rais/Caged/Ministério da Economia).
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Embora seja um setor que apresenta constantes turbulências, o crescimento econômico
proveniente da produção de petróleo e gás faz com que o estado do Rio de Janeiro
ganhe um certo protagonismo, afinal, é um setor que vem batendo recordes tanto na
produção quanto nos royalties. O Setor de Petróleo e Gás tem desempenhado um papel
fundamental na economia brasileira, sendo responsável pela maior parte dos
investimentos há vários anos. Ele contribui com mais de 10% do investimento do país.
O Brasil possui uma reserva petrolífera significativa, sendo esse o pré-sal, contendo
petróleo de alta qualidade, campos de altíssima produtividade e um enorme potencial de
reservas. Essa condição coloca o país em posição de destaque global na exploração e
produção de petróleo offshore. (FIRJAN, 2018)
Com base no panorama apresentado, foi ressaltada a necessidade de estar atento aos
cenários possíveis. Nesse sentido, é fundamental destacar a importância de considerar o
cenário futuro das próximas décadas, que indica a manutenção da alta volatilidade dos
preços do petróleo, com uma tendência de queda do seu preço médio no longo prazo.
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Essa possibilidade deve ser cuidadosamente incorporada nos planos de ação futuros de
todos os envolvidos na economia do petróleo, incluindo o estado do Rio de Janeiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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HAGUENAUER, L. et al. Evolução das cadeias produtivas brasileiras na década de 90.
Texto para Discussão, n. 786, IPEA,2001
MOREIRA, M. M. Rio de Janeiro, 10 anos depois. In Dez anos depois: como vai você,
Rio de Janeiro, IETS (anos 3, n. 5), 2003.
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