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1ª edição

Joinville - SC
2021
NOTA EXPLICATIVA DA
MÉDIUM

C
aro amigo, as palavras do mestre Sananda
não são muitas, porém são muito profundas.
É por esta razão que decidimos imprimir
dois pequenos livros ditados por ele em um só volu-
me. Esta pequena obra tem para nós um grande sig-
nificado e foi feita com muito carinho. Acreditamos
que seja um manual prático de vida, embora conte-
nha trechos profundos que precisam ser refletidos.
Conheci o mestre Sananda a cinco anos atrás e
sinceramente não havia ouvido falar este nome em
lugar algum, pelo menos não até aquele momento:
um dia frio em frente a um fogão de lenha, vi aque-
la figura alta e resplandecente, uma sensação muito
gostosa e profunda tomou conta de mim. Aquela fi-
gura venerável apresentou-se e disse o que queria de
mim. Eu pensei não ser digna daquela presença, foi aí
que ele me disse as seguintes palavras: Não te amo
apenas pelo que é, mas também por aquilo que há de
se tornar.

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Nosso amado Sananda enxerga em todos nós um
potencial que ainda não vemos, mas eu acredito nas
palavras dele, por isso mesmo passei a escrever com
a ajuda de amigos suas palavras e tento praticar esses
ensinamentos, embora não seja fácil no atual estado
evolutivo em que me encontro. Surpreendentemente,
há algum tempo aprendi a me conectar à internet, coi-
sa que eu não sabia fazer e, ao digitar o nome do meu
amado mestre Sananda, encontrei muitas coisas. Coi-
sas que condizem ou não com as palavras dele, mes-
mo assim é surpreendente saber que existem muitas
pessoas que conhecem este ser maravilhoso que eu
julgava conhecer sozinha. Eu fico muito feliz por não
estar só nesta jornada maravilhosa de autoconheci-
mento, que tem feito tanta diferença no meu dia a dia.
Creio que as palavras do mestre Sananda trará aos
leitores a mesma leveza que percebo em minha vida.

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SUMÁRIO

CHAVES ETERNAS  7

PREFÁCIO 9

CAPÍTULO 1 - Características
básicas da natureza humana  10
CAPÍTULO 2 - Intuição  11
CAPÍTULO 3 - Razão  13
CAPÍTULO 4 - Sentimento  15
CAPÍTULO 5 - Emoções  17
CAPÍTULO 6 - Sensações  21
CAPÍTULO 7 - Pensamentos  23
CAPÍTULO 8 - Palavras  25
CAPÍTULO 9 - Ações  27
CONSIDERAÇÕES FINAIS 29
CHAVES ABERTAS  31

O AMOR  35
AS SENSAÇÕES  37
AS EMOÇÕES  39
AS INTELIGÊNCIAS  41
A FAMÍLIA HUMANA  43
SAÚDE DO CORPO FÍSICO  45
A MENTE  47
A INTUIÇÃO  49
PALAVRAS  51
INFÂNCIA  53
A MATERNIDADE  55
PATERNIDADE  57
O SEXO  60
A EDUCAÇÃO  62
POR QUE PERDOAR?  65
A VERDADE  67
PALAVRAS FINAIS  70
CHAVES ETERNAS

Ditado por Sananda, aquele que ama,


aquele que ensina e serve a seus amados
PREFÁCIO

S
audações fraternas a todos os filhos da hu-
manidade terrestre, eu sou Sananda e não se
espante por eu ter dito humanidade terrestre.
Sim, porque há outras humanidades, independente
de crerem ou não nesta verdade. Mas não é sobre
isso que venho falar agora, venho dizer que entre a
vontade de conhecer o espaço e a necessidade de
entender o átomo, está a urgência em conhecer a
si mesmo. Pois, sábios do passado já disseram “Co-
nhece-te a ti mesmo”, e eu pergunto: para quem não
sabe conhecer-se, por onde se deve começar? Por
isso, venho entregar as chaves eternas da natureza
humana.

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CAPÍTULO 1
Características básicas da
natureza humana

O
que define o ser humano não é a cor de
sua pele, sua condição social, nem o mundo
ao qual pertence. Se o indivíduo traz em si
mesmo Sensação, Emoção, Sentimento, Razão e Intui-
ção, então, este ser é humano, independente do que
possa parecer. É natural que alguns utilizem mais uma
chave do que outra, o que não se deve fazer é ne-
gligenciar as outras chaves por desequilíbrio, alguns
usam mais a da Razão, outros mais a do Sentimento,
mas uma chave não é oposta a outra e, em sua nature-
za, devem todas ser conhecidas e controladas pelo ser.
Quando se reprime o sentimento ou a sensação,
ou se despreza a razão, o ser humano está incompleto,
abra essas cinco chaves que fazem parte da sua cons-
ciência e serão desvendados os segredos dos átomos e
o funcionamento do universo.

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CAPÍTULO 2
Intuição

F
requentemente, a Intuição é a chave mais des-
prezada pela civilização atual, os povos da anti-
guidade conseguiram grandes realizações gra-
ças ao conhecimento da Intuição. Historiadores, hoje,
perguntam-se como foram construídas as pirâmides do
Egito. Pois eu os responderei: os egípcios tinham pro-
fundo respeito pela intuição e tinham domínio sobre
ela, esse povo dominou a intuição muito mais do que
hoje se pensa dominar a razão, pois a Intuição é a cha-
ve que liga o ser humano a forças superiores.
Felizmente, as abnegadas mães terrestres va-
lorizam a Intuição, têm um domínio considerável
sobre essa chave e por isso mesmo, estão mais in-
tegradas aos sentimentos dos filhos, sabendo qua-
se sempre o que se passa com eles, pelo menos no
período em que são dependentes. Mas, mesmo elas
têm um conhecimento vago da intuição. Então, você
pergunta-me: como ter domínio sobre a intuição?
Eu respondo: primeiramente, é preciso dar ouvidos

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a ela, ninguém quer conhecer o que despreza, quan-
do escutar a voz silenciosa nos recônditos da cons-
ciência, terá decisões mais acertadas. Por exemplo,
quando você está na casa de alguém e sente que
deve ir embora, mas não vai, não demora muito para
ocorrer uma briga, aí você pensa: ah, se eu tivesse
ouvido à voz silenciosa da consciência! Você pode
perguntar-me: como saberei o que é intuição e o que
é um simples pensamento? Eu respondo: a intuição
sempre vem acompanhada de um sentimento mui-
to forte e a voz do pensamento intuitivo é uma voz
mais baixa do que a voz dos outros pensamentos.
Espero que esta chave seja aberta pouco a pouco,
sei que as mudanças não se fazem do dia para a noite,
mas encorajo você, minha criança, a abrir esta chave
chamada Intuição, então, encontrará a liberdade, por-
que também me encontrará.

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CAPÍTULO 3
Razão

A
Razão é uma das chaves mais valorizadas, in-
felizmente. Depois da Sensação, é claro, nem
por isso é a chave mais conhecida e domina-
da pelos humanos terrestres. Muitos fragmentaram a
razão, sim, porque existem três inteligências básicas
e dessas derivam todas as outras. A inteligência emo-
cional que não é o Sentimento em si; a inteligência
sistemática, valorizada pelos sábios; e a inteligência
transcendental, que não é a intuição em si.
A inteligência emocional é a consciência do por
que estou sentindo e como administrar esse senti-
mento. A inteligência sistemática é a consciência de
como utilizar mecanismos para entender a realidade,
são conhecimentos como matemática, química, física
e outros. A inteligência transcendental, como já disse,
não é intuição, pois não se trata de sentir, é ter a cons-
ciência da existência de forças superiores.
Um grave problema é que a razão sistemática
se sobrepôs às outras e se pensa que ter consciên-

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cia das coisas superiores ou consciência do sentir
não é razão. Engana-se, meu querido, a nova gera-
ção que está chegando tem maior domínio dessa
chave chamada Razão e também maior domínio
sobre as outras chaves, por isso, frequentemente, as
gerações anteriores não entendem as novas crian-
ças. Aprenda com elas e a regeneração virá. Porém,
é necessário ressaltar que as gerações anteriores
são o resultado de outras gerações mais distantes,
então, cabe aos adultos da Terra dirigirem com sa-
bedoria os potenciais existentes na geração atual.
Potenciais não dirigidos não florescem ou deixam
de ser positivos, então, que jovens, crianças, adultos
e idosos unam-se na construção da nova Terra.

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CAPÍTULO 4
Sentimento

A
chave do Sentimento é aflitiva para muitos
seres humanos que aprenderam o método
da repressão dos sentimentos, quando o
correto é educar para todo e qualquer sentimento,
pois sentimentos negativos são o polo contrário de
sentimentos que serão positivos, tudo pode ser con-
ciliado. Essa dualidade distancia você da realidade,
minha criança. Quantas pessoas fazem, em nome do
amor, coisas piores do que em nome do ódio? Mui-
tos, em nome do que pensam ser amor, deixam-se
explorar de maneira absurda entre os sentimentos e
emoções que devem ser devidamente conhecidos, e
não reprimidos. Você verá que o ódio é a frequência
do amor em polaridade inversa. Conhecendo a raiz
do ódio e canalizando essa baixa frequência através
de ações criadoras como a arte ou qualquer espécie
de trabalho construtivo, além de devolver ao amor
a frequência devida, faz a criatividade se tornar fe-
cunda. Quando se fazem guerras, massacram crian-

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ças, matam mulheres, praticam corrupção e fazem
tantos males que provocam revolta, ao invés de nos
revoltarmos, o que fazemos? Transformamos nossa
indignação em movimento e, com essa energia, da-
mos formas a outros mundos.
Não conto essas coisas para mostrar que sou
maior que você, porque em um tempo muito distante
eu fui como você, relato essas coisas para que tenha
consciência do quão longe você pode chegar.

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CAPÍTULO 5
Emoções

A
chave das Emoções se encontra muitas ve-
zes bem escondida naqueles que se julgam
racionais, lembrando que a Razão é uma
chave dada a todos e o fato de uns usarem mais essa
chave não significa que outros não devem desenvol-
vê-la. Mas voltando às emoções, quero dizer que as
lágrimas foram feitas para correrem, não represe as
lágrimas, mas também quero lembrá-lo que o sorriso
não deve ser esquecido, pois os músculos da face
humana fazem mais esforço para fazer uma cara feia
do que para sorrir, e isto é científico. Já o sorriso re-
nova as energias e dá força às células, então seja
você mesmo, sorria, chore e quando a raiva chegar
a ponto de fazer você querer destruir alguém ou
qualquer coisa, use a chave da Razão para destruir
o que precisa ser destruído. Por exemplo: se alguém
ofende-o e você está segurando um copo muito bo-
nito, não quebre o copo, ele é útil; mas se na sua
casa há um móvel que já está velho, a hora da rai-

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va é um bom momento para destruí-lo e fazer dele
algo novo. A alegria, por outro lado, também deve ser
contida. Muitas pessoas, em nome da alegria, come-
tem excessos e, pior, confundem alegria e felicidade,
não há emoções positivas e negativas, que isso fique
bem claro.
As emoções, como as sensações, são neutras,
o que se faz delas define se são boas ou ruins, por
exemplo: dizem que rir é um ato positivo, mas e se
você der uma gargalhada de sarcasmo, debochando
do seu semelhante? Outros dizem que não é bom
chorar, mas há os que choram de alegria.
Tenho certeza que com esses exemplos é pos-
sível refletir. Peço que conheça as emoções usando
as outras chaves, principalmente as da Intuição e da
Razão, elas são intérpretes das chaves do Sentimen-
to, da Emoção e da Sensação, assim como estas são
intérpretes da Razão e da Intuição. O que a humani-
dade terrestre precisa fazer é repensar a questão da
dualidade e trabalhar para reunir os elementos, por-
que se julga especialista em separar as coisas, gosta
de fragmentar e isso é perfeitamente compreensí-
vel, porque fragmentando consegue compreender. A
questão grave aqui é que muitas vezes fragmenta os
elementos de maneira errônea, estou referindo-me a

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todas as coisas. Outro erro é achar que para separar é
preciso levantar barreiras e criar partidos, por exem-
plo: um cientista descobriu a lei da gravidade, outro
homem de gênio descobriu a evolução das espécies e
homens de fé receberam revelações do alto a respeito
do espírito que está presente em cada ser humano, e
o que fez então a humanidade? Separou o sacerdote
do cientista e criou-se o partido da fé e o partido da
razão. Separar para entender é compreensível, mas
separar da forma que fazem, erguendo barreiras, é
nocivo à evolução de todos.
Você pode estar pensando: para que falar essas
coisas em um capítulo sobre a chave da Emoção?
Eu explico: a emoção e o sentimento dirigidos pelo
orgulho são a razão da segregação e da fragmen-
tação equivocada, não digo com isso que existem
sentimentos e emoções negativos, a ignorância é
negativa e o egoísmo também, faça-se a luz sobre a
escuridão da ignorância e apareça a integração que
dissolve o egoísmo.
Minha criança, a dualidade para mim já não
faz sentido porque vejo as coisas do alto, então eu
digo: o bom uso das chaves eternas mostrará que a
unidade é o destino desse universo, ainda separado,
porque está em desenvolvimento.

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CAPÍTULO 6
Sensações

C
omo eu já disse acima, a Sensação é a cha-
ve mais valorizada pelos humanos terrestres,
mas por causa da dualidade e pela falta de
autoconhecimento é a chave que tem dado muitos
transtornos, principalmente na área dos relaciona-
mentos humanos. A dualidade faz você pensar que a
dor é ruim e o prazer é bom, sim, porque essas são as
sensações básicas, as demais sensações derivam des-
sas duas. A sensação de frio, calor, de tocar um algo-
dão ou a ponta de uma agulha são todas medidas pelo
termômetro prazer e dor. Muitos dizem: a dor é ruim,
mas uma pessoa leprosa quando bate a ponta do pé e
quebra o dedo mindinho não sente quão amiga seria
a dor neste caso; outros, em nome do prazer cometem
muitos excessos, e neste caso, o prazer é inimigo.
Porém, a fonte criadora em sua infinita sabedoria
e amor colocou a dor e o prazer em seus devidos luga-
res, o bom e o ruim na interpretação de crianças cer-
tamente será mal interpretado pelo egoísmo e pelo

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orgulho, mas eu direi a você: bom é tudo aquilo que
contribui para o progresso, é tudo aquilo que colabora
para a marcha da evolução de todas as coisas, porque
a estagnação é contra a lei universal, por isso, não
pense que as coisas retrocedem.
Se contempla o caos, não se deixe levar pelo de-
sespero, porque a aparente destruição é para a constru-
ção de algo novo. Pensa você que o presente momento
é pior que a Idade Média? Mas quanto caos foi preciso
e quanta revolução foi necessária para você ter o con-
forto de hoje? Muitos podem perguntar por que falar
de progresso em um capítulo que fala de sensações?
Eu respondo: quer saber se está progredindo ou fracas-
sando? Imagine as sensações que sentiram as vítimas
da inquisição e as sensações que você desfruta hoje,
e a chave da Razão responderá a você se o progresso
do planeta não se faz a cada nova Era. O caos de hoje
é o prenúncio de um novo tempo que virá, os velhos
paradigmas serão quebrados e as futuras gerações vão
comentar a respeito deste tempo da mesma maneira
que você faz comentários sobre a Idade Média.
Amado, valorize toda sensação, aprenda com to-
das elas, diga não à estagnação e confie no meu amor. 

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CAPÍTULO 7
Pensamentos

O
s pensamentos dirigem a vida material
através da vida mental, mas os pensamen-
tos são uma potência pouco administrada
por parte dos filhos da Terra, poucos são aqueles
que sabem controlar essa potência, o mundo mental.
Sim, digo mundo, pois é uma dimensão dentro de
você que precisa ser bem conhecida, porque o mun-
do mental dirige a vida de cada ser.
Os pensamentos são a combinação das ideias e
dos sentimentos vindos da consciência, que plasmam
no cérebro imagens, sons, perfumes e sensações. A
consciência dirige o cérebro, não é gerada por ele;
o cérebro é o intérprete do espírito, assim como os
olhos interpretam a luz, mas é o cérebro quem vê.
Por isso, peço gentilmente que tenha bons pen-
samentos, minha criança, você ainda não pode parar
o fluxo do pensamento quando desejar, mas comece
analisando seus próprios pensamentos. Os pensa-
mentos inúteis e os pensamentos negativos devem

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ser eliminados do seu mundo mental, povoe a mente
com pensamentos úteis ao progresso moral e físico
de si mesmo e dos outros. Se você começa a pensar
em uma cena e ela o faz sentir-se mal, mude seu
pensamento imediatamente, é o sentimento que de-
termina o grau do pensamento. Se pensa em uma
cena que faz com que se sinta realizado e feliz, então
proceda com esse pensamento.
Outro favor eu peço gentilmente, se você tem
um problema com seu semelhante, não imagine pre-
viamente a discussão calculando as palavras que
dirá para oprimi-lo, ou calculando o que deve fazer,
porque na situação real, você não sabe o que será
dito a você ou o que será feito. Quando você cria uma
cena ensaiando defender-se e outra coisa acontece,
fica desarmado. Então, peço que não se prepare, ape-
nas confie e quando algo negativo acontecer, use a
chave da Razão, no momento da dificuldade, saberá
o que fazer. Se a chave da Razão não for suficien-
te para as situações difíceis, busque o recolhimento
usando a chave da Intuição, e a solução virá de nós.

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CAPÍTULO 8
Palavras

A
ssim como os pensamentos são o resultado
das ideias e sentimentos do espírito, as pa-
lavras são vibrações sonoras intérpretes do
pensamento. Por isso eu digo: as palavras também
são uma das chaves eternas, são vibrações sonoras
que ancoram a energia de cada ser no ambiente em
que se encontram.
Um dos elementos materiais mais maleáveis
conhecido por todos é a água, pois é um elemento
que se transforma rapidamente com a influência de
cada energia. Lembro a você de que o corpo huma-
no também é constituído de água e as vibrações so-
noras que você conhece como palavras, ancoram no
ambiente ideias e sentimentos. Então meu filho, não
esqueça de que cada palavra traz consigo um tipo de
energia que ancora no ambiente.
Use as palavras para progredir, console aqueles
que precisam de consolo e se em algum momento
não souber o que dizer, então, meu querido, peço que

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não diga nada. Pois como já disse, a raiva é neutra em
si, mas enquanto você não tem domínio sobre ela, não
ancore essa energia com vibrações sonoras das quais
irá se arrepender. O silêncio, em muitos casos, pode
restaurar e até mesmo salvar vidas, se as palavras são
vibrações sonoras do pensar e do sentir, então vibre
no bom pensar e no bom sentir.

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CAPÍTULO 9
Ações

A
s ações, assim como as palavras, são a mani-
festação física das ideias e dos sentimentos.
Basicamente existem dois tipos de ação: a
ação construtiva ou criadora e a ação destrutiva ou
renovadora. Todos os tipos de ação derivam dessas
duas finalidades, que o destruir e o construir sejam
para o progresso moral, físico e intelectual de todos.
A construção e a destruição igualmente são neu-
tras, a questão real é o que se está construindo ou
destruindo, pois frequentemente você, minha crian-
ça, constrói o que se devia destruir e destrói o que
se deveria construir. Por isso, as primeiras chaves
eternas devem servir de bússola para bem usar estas
últimas chaves.
Constroem-se armas e a única finalidade delas é
a destruição do ser vivo, ora, os seres vivos foram fei-
tos por nossa vontade, os seres desse pequeno mundo
são nosso projeto. Então, os humanos terrestres de-
vem respeitar nosso trabalho, cuidando de todos os

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seres vivos. Peço gentilmente que repense o modo de
destruir, observando o modo sábio como a natureza
age, pois só destrói quando a finalidade é a renovação.
Então peço, meu amado, que antes de construir
ou destruir qualquer coisa, construa dentro de si mes-
mo uma nova consciência, abrindo as chaves eternas
para encontrar o caminho que leva até nós, e este pe-
queno mundo se tornará o paraíso que você espera.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

M
eu amado filho, peço que estude as cha-
ves eternas, peço que receba essas pala-
vras que foram escritas como um presen-
te para expandir a consciência de todos os humanos
terrestres. Saiba que você é alvo de meu amor, inde-
pendente das condutas que tenha tomado até aqui.
Pois não enxergamos a Terra como uma praga no
sistema solar e não enxergamos o ser humano como
a pior criatura que existe, olho para vocês como crian-
cinhas mal-educadas que clamam por orientação e
disciplina e que, infelizmente, quando desesperados,
aceitam qualquer coisa que possam abraçar.
Então, não seja desesperado, não se deixe ma-
nipular por qualquer instrução, porque as instruções
aqui contidas são universais, para todos os credos e
também para os incrédulos. Não me prendo a his-
tórias pessoais a meu respeito porque o todo para
mim é importante. Amo os sábios da Terra e os ig-
norantes, os trabalhadores e os ladrões. É claro que
o crime é repudiado por mim, mas o criminoso está

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sob minha tutela e essas chaves são para regene-
ração de todos.
Peço que compreenda que quanto menos chaves
eternas o ser humano sabe dominar, mais mal ele faz.
Então, peço que aqueles filhos da Terra, que já alcan-
çaram um caminho considerável na trilha evolutiva,
ensinem com amor e disciplina minhas crianças ainda
perversas a abrirem as chaves eternas e a luz derra-
mada sobre seus espíritos rebeldes, isso os fará me-
lhores do que aqueles que você julga melhores. Deixo
a você essa instrução oferecida com amor, abra esse
presente todos os dias.
Paz e luz, do amigo Sananda.

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CHAVES ABERTAS

Ditado por Sananda, aquele que ama,


aquele que ensina e serve a seus amados
E
u já havia falado a respeito da Sensação e
da Emoção, acerca da Inteligência, dos Senti-
mentos e da Intuição, chaves que integram o
ser humano, mas agora venho esclarecer a respeito
das consequências benéficas que ocorrem quando
essas cinco facetas da humanidade são bem com-
preendidas. Daí, então, os seres humanos passam a
mostrar sua esplendorosa humanidade coroada com
o evangelho.
Este evangelho é muito mais que uma simples
bandeira religiosa da cristandade, o evangelho per-
tence a todos os seres humanos de diferentes crenças,
porque trata-se da moralidade das altas esferas. Daí
então a importância do autoconhecimento que equi-
libra as situações aparentemente opostas desse meu
pequeno mundo.
Minha criança, a reconciliação das verdades que
parecem opostas e das chaves que compõem a natu-
reza humana é que resultam no brilho de uma nova
Terra tão desejada. O evangelho não é uma ferramen-
ta de salvação externa. A reunião de todos os seres
humanos verdadeiramente evangelizados é que trará
para este pequeno mundo a redenção nascida do in-

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terior de cada coração. Que o perdão unido ao amor, à
sabedoria e à verdade ponham fim à esperança, por-
que com esses elementos não é necessário esperar
a luz. A luz desse pequeno mundo são vocês, minhas
crianças, pensem nisso.

34
O AMOR

O
amor para você, minha criança, é apenas
um sentimento, mas o sentimento de amar
é apenas uma de suas manifestações, pois
o amor é o que há de mais puro na intimidade do
vazio de toda a matéria conhecida pelos cinco sen-
tidos e também pela matéria que escapa à percep-
ção em razão dos poucos sentidos que você possui e
também porque o estado vibracional da matéria que
não conhece é diferenciado. Enfim, ainda que já tenha
sido dito que aqueles que não amam não conhecem
a Deus, pois Deus é amor, tais palavras soaram aos
seus ouvidos como coisa abstrata, porém, não é assim,
pois o amor é a consciência suprema dos universos.
O Criador não é seus universos, mas seus universos
estão nele e o amor é a luz que escapa à percepção
dos humanos terrestres é a primeira manifestação ob-
jetiva antes da existência do universo.
Agora, minha criança, vou demorar-me em ins-
truções mais fáceis porque se para uns o amor é um
sentimento, para os mais embrutecidos o amor deve
ser uma decisão; esses decidem proteger, criar e sus-

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tentar o que está abaixo de si, simplesmente porque
considera que é o certo a fazer. Abrem-se, então, cami-
nhos em que essa decisão se tornará um sentimento,
tal sentimento se tornará expansão de consciência e
tal consciência vislumbrará o poder criador que em si
está guardado. Não duvide dessas palavras que foram
ensinadas com outras palavras: seja perfeito como
perfeito é seu Pai que está no céu.

36
AS SENSAÇÕES

Q
uerida criança, a espiritualidade, muitas vezes,
não agrada a muitos, por acharem a senda da
ascensão impossível, porque, às vezes, se inter-
pretam as leis espirituais e a natureza espiritual como
antagônica da matéria. Ora, se a matéria é veículo de
manifestação para o espírito, deve ser apreciada por ser
útil aos aprendizes.
Então, minha criança, entenda que as sensações
da matéria não se opõem à ascensão espiritual, é
o espírito infante que se serve das sensações ma-
teriais para lutar contra a sua própria natureza es-
piritual. A pedra que tem em si uma mona da sim-
plória não tem as mesmas sensações que a planta
e a planta não tem a noção de movimento como os
animais, porque falta a elas outros sentidos.
Então, raciocine, minha criança, se nós aqui don-
de estamos, em um reino de substâncias luminosas,
possuímos sentidos que você desconhece, esteja certo
de que as sensações que possui são mais fracas que
as nossas sensações, porém as nossas sensações não

37
são localizadas em órgãos e os nossos sentidos não
dependem deles, mas existem, e como existem! Tam-
bém há outra diferença entre nós e você, e a diferença
é que não corremos atrás das sensações como os feli-
nos correm atrás de borboletas, porque as sensações
positivas e as belezas que encantam os sentidos são
a consequência da harmonia entre as leis da natureza
e nós. É por isso que, aqui, a dor não tem lugar, porque
a dor rearmoniza os desarmonizados, por isso, aqui,
a dor é inútil, mas o prazer é imenso, tanto que você
não poderia suportá-lo. Nós o sentimos quando nos
alimentamos da luz primordial ou quando fundimos
os elementos que compõem os átomos, ou também
quando nos alegramos com o progresso universal.
Então, harmonize o coração e a mente com os co-
rações e as mentes dos seres que rodeiam você. Como
eu disse antes, o amor é a força primordial que cria
e mantém todas as coisas e quem ama incondicio-
nalmente recebe mais prazer do que quem o deseja
ardentemente. Isto é uma verdade, minha criança.

38
AS EMOÇÕES

M
inha criança, na organização cerebral da
raça humana, a razão se manifesta no
cérebro por atividades elétricas ao passo
que as emoções se manifestam por atividades quí-
micas. Por esta razão, em nós as emoções parecem
inexistentes, não possuímos essa química que existe
em você, isso faz com que nossa alegria pelas vitórias
humanas e nossa tristeza por aqueles que insistem na
ignorância pareçam não existir. É claro que nossa tris-
teza é rara, porque a lei do progresso atingirá a todos,
com a diferença de séculos ou milênios e mesmo que
saibamos o tamanho do valor que tem a dor para que
se harmonizem, nossa misericórdia nos leva a entris-
tecer-nos com os padecimentos da matéria.
Querido! Aprenda a ser senhor de suas emoções.
Como eu já disse, emoções e sensações são neutras
em si mesmas, o que chamam de emoção negativa é
o lado oposto da mesma emoção, a positiva. Quando
se harmoniza o coração humano, a tristeza torna-se
alegria e acredite, minha criança, o medo é a mola

39
propulsora da coragem. Então, meu filho, quando
sentir o coração bater mais forte pela força da rai-
va, acalme a mente e acelere a atividade do corpo, e
quando o medo invadir um coração assustado, abra-
ce a fé no que é superior e desperte a autoconfiança
em si mesmo, demonstrando amor por aquilo ou por
alguém que o ameaça. Tal atitude é mais poderosa
que qualquer arma, e quando a alegria dançar em seu
coração, deixe que fique à vontade por algum tempo,
mas que esse tempo não seja longo então acelere a
mente e desacelere o corpo para que não seja vítima
de suas flutuações emocionais, porque as emoções de
todos vocês, que ainda são crianças, é comparável a
um pêndulo de cristal que quando é conduzido para
um lado tende a ser conduzido na mesma proporção
para o outro, assim é a lei das emoções humanas.

40
AS INTELIGÊNCIAS

A
capacidade que o ser humano tem de es-
colher os seus próprios caminhos dentre
muitos caminhos possíveis, chama-se inte-
ligência, e nesta árvore prateada que é uma herança
da humanidade estão vários ramos com muitas nu-
anças, mas vou dar ênfase a três ramos principais: a
inteligência sistemática; a inteligência transcenden-
tal; e a inteligência emocional.
Sim, esses três ramos quando em concordância
são filhos da razão, porque os filhos da Terra só podem
dizer que são racionais com a harmonia desses ramos.
Quanto às demais variações da Inteligência, cada um
que siga o seu caminho, porque há aptidões particu-
lares e é bom e agradável que assim seja, porque a
diversidade é um colorido mosaico que me agrada,
mas o dever do ser humano é harmonizar esses três
pilares. Tudo bem se um sobressair, contanto que os
três pilares não briguem entre si.
Muitas vezes, uma inteligência lidera outras, mas
que a inteligência sistemática não distraia os cien-

41
tistas de tal forma que a inteligência emocional seja
ignorada por ele, tornando-o imaturo e egoísta. Que
a inteligência transcendental não faça daqueles que
compreendem os mistérios da luz, cegos aos sofri-
mentos daqueles que nada veem, e que os sábios que
dominam a inteligência emocional em si mesmos,
tendo respostas para as questões humanas, que esses
a dividam com seu exemplo e não com moralismo ar-
tificial. Que o abraço amigo dos que sabem viver seja
também um caminho de luz prateada.

42
A FAMÍLIA HUMANA

N
este pequeno mundo azul, a família huma-
na não se reconhece assim, pois erguem-se
muros por todas as partes e por todos os
motivos, que para mim são extremamente insignifi-
cantes. Ora, pensam não se tratar da mesma família
pelas diferenças da cor da pele ou porque chamam a
fonte criadora por nomes diferentes. Mas entre Jeová
e Alá, entre Tupã e Brama, não existem diferenças, são
apenas nomes concebidos pela mente humana para
designarem a mesma fonte. A família humana ainda
comete o absurdo de achar que a diferença entre as
classes sociais é uma diferença biológica, porque di-
zem não serem iguais.
Mas por outro lado, brilha na Terra a luz daque-
les que já se sentem integrados à família cósmica,
à luz daqueles que quebraram em suas consciên-
cias as barreiras geográficas, culturais, religiosas e
sociais. Existem também aqueles que possuem a
consciência de que além de pertencerem à família
terrestre, pertencem à família cósmica, tais crianças

43
despertam e sentem-se integradas ao cosmos. Es-
ses despertos, na Terra inteira, enxergam irmãos por
toda a parte e consideram-se também irmãos dos
outros filhos da fonte eterna espalhada no universo.

44
SAÚDE DO CORPO FÍSICO

M
inha criança, a evolução ocorre entre os
capítulos da eternidade e, neste momento,
você se encontra no capítulo da humanida-
de terrestre, então, criança, é preciso que você valorize
o corpo, veículo de manifestação que agora necessita.
Filhinho, cuide do corpo, mas não se confunda com ele,
cuidar do corpo físico é uma forma de demonstrar gra-
tidão ao criador e aos projetistas desse universo. Lem-
bre-se da higiene, da boa alimentação, do movimento
e do repouso em equilíbrio equivalente, também não
esqueça da tranquilidade mental e do bom tratamento
que não deve dispensar a tudo e a todos que o rodeia.
A água purifica o corpo por dentro e por fora,
a luz solar ajuda em processos químicos e queima
energias negativas. Que o sol banhe o seu corpo e
também o interior dos lares. Então, abra as janelas
quando há bom tempo e agradeça a vida respirando
o ar puro que traz renovação e novas energias.
Existem entre vocês muitos modismos acer-
ca do que comer e não comer, mas eu digo: a boa

45
alimentação é oferecida pelos braços da natureza e
quanto mais refinado pela indústria, menos benefí-
cios oferece o alimento. O sacrifício animal logo terá
fim, mas por agora peço que pelo menos minimize a
ingestão de carne e quando isso for necessário, exe-
cute os animais com o mínimo de sofrimento e o
máximo de gratidão pela sua carne.
Aquele que muito repousa atrofia e aquele que
muito se move se desgasta, quando seu corpo está
cansado pede repouso e quando a sua mente está en-
tediada seu corpo pede movimento. Quando você está
com sede, é sinal de que já passou da hora de beber
água. Alimente-se quando a fome começar a chegar.
Estabeleça para a alimentação um horário rotineiro
e quando estiver satisfeito, evite pequenas refeições.
Peço também, que desfaça os ressentimentos, as
brigas e as preocupações, porque a mente conturbada
resulta em um corpo enfermo e peço que faça mais um
favor a você mesmo, que o quarto de cada um seja seu
santuário para contare aos amigos e irmãos mais ve-
lhos de altas esferas suas aflições. Abra o coração para
a fonte eterna que derramará seu amor e seu cuidado
para com todos. A prece e a meditação também são re-
médios para uma mente aflita e um corpo cansado.

46
A MENTE

M
inha criança, antes de mais nada, tenho
a dizer que a mente e a consciência são
coisas distintas, embora se entrelacem,
pois o cérebro humano retém parte da consciência
que circunda o ser humano. O cérebro, então, além
de conduzir as atividades orgânicas, reflete como es-
pelho as ideias da força inteligente que o dirige, tais
ideias se apaixonam pelos sentimentos da mesma
consciência e geram juntos os chamados pensamen-
tos. Os pensamentos que são semelhantes, geram
correntes mentais que libertam ou aprisionam o in-
divíduo. Correntes mentais semelhantes em diferen-
tes indivíduos se comunicam entre si, atraindo os
semelhantes e repelindo os dissonantes.
O que tenho a dizer para você, minha criança, é
que despeça diariamente os pensamentos negativos
ou inúteis, acostume-se a pensamentos positivos e
úteis. Obviamente, não é algo a se conseguir de um
dia para o outro, compreendo essa situação. Por ago-
ra, peço que despeça qualquer pensamento que des-

47
perte sentimentos negativos, substituindo esses pen-
samentos por outros, melhores. Com o tempo, esses
pensamentos melhores formarão uma corrente men-
tal que dominará sua mente, repelindo a negatividade
existente.
A telepatia não é um sentido comum entre a
humanidade terrestre, mas mesmo que você, minha
criança, não se comunique através do pensamento,
ainda assim, sente-se muito bem ao lado de pessoas
que sabem pensar, ao passo que pessoas pessimistas
despertam uma repulsa sem justificativa aparente.

48
A INTUIÇÃO

M
inha criança, a intuição é a voz silenciosa
que fala sem palavras dentro da consci-
ência, pode-se dizer que é um sentido a
mais, traduzido pela glândula pineal, assim como os
olhos traduzem a luz e assim como o instinto é inter-
mediário entre as emoções e a inteligência, pode-se
dizer que a intuição é intermediária entre a razão
humana e a nossa razão.
O que a consciência traduz fora do cérebro chega
ao mesmo sem racionalismo prévio e a pineal limi-
tada interpreta tais explanações na medida de suas
possibilidades. Essa voz do silêncio se faz ouvir à me-
dida que você se interessa por ela, por isso, é necessá-
rio que períodos silenciosos façam parte da rotina de
cada um, mas esses períodos não devem ser longos,
nem recomendo o isolamento, porque desejo desen-
volver-lhe o sentido da intuição, não quero desenvol-
ver ainda mais o egoísmo dos povos, pois o amor é a
mão auxiliadora que aproxima seus corações de nós.
Digo também que os sons da natureza e a percep-

49
ção do próprio corpo e da própria respiração aper-
feiçoam o sentido da intuição, podendo isto ser feito
por qualquer pessoa que deseje o autoconhecimento.
Qualquer pessoa pode encontrar um canto silencioso,
respirar de forma tranquila e prestar atenção em seu
próprio corpo e no ambiente à sua volta, até que a
mente se acalme e a voz interior seja ouvida.

50
PALAVRAS

M
inha criança, ouço muitos de vocês dize-
rem que as palavras têm poder, mas são
raros aqueles que confiam nessa verdade
demonstrando-a na prática. Não condeno, de manei-
ra alguma, a espontaneidade das conversas alegres
e descontraídas, mas não deixo de perceber as mui-
tas palavras irrefletidas que são ditas sem o mínimo
cuidado, sendo que as palavras movimentam ou pa-
ralisam situações e até mesmo indivíduos, trazendo
também a saúde ou a doença, o progresso ou a es-
tagnação, pois muitas vezes são as palavras de um
só homem que conduzem uma massa de indivíduos.
Também digo a você, minha criança, que a voz
deve ser utilizada em tom adequado, aqueles que
gritam estão deixando bem claro que não são ouvi-
dos. Que cada palavra que diga, minha criança, seja
dita de forma clara e audível, mas que também seja
dita com amor e firmeza, pois muitos entre vocês di-
zem: “sou sincero e digo mesmo”! Porém, esses filhos
da Terra que falam sem medo e sem ponderação a

51
respeito dos erros alheios, são mais cruéis do que
sinceros, porque quando se trata dos próprios defei-
tos, estes mesmos indivíduos são complacentes. Já
foi dito, “Conhecereis a verdade e a verdade vos li-
bertará”, que a verdade traga a liberdade ao ser dita,
que a língua não seja instrumento de tortura para
os fracos de consciência. Existem aqueles que dizem
que a verdade dói, porém, eu já disse que discordo,
pois a espécie humana recebeu o dom da fala por-
que seu nível de consciência já integra a inteligência
transcendental. A fala foi concedida para expressar
o que há de sublime acima de vocês, não é apenas
uma forma de comunicação, visto que os animais
também se comunicam através de grunhidos e lin-
guagem corporal, isso basta.
A fala é para aqueles que comunicam aos outros
as leis do espírito e a existência do amoroso Deus.
Que ao falar, minha criança, você seja coerente, não
fale aquilo que não está em seu coração. Antes de
proferir um elogio, sinta essa verdade em seu cora-
ção primeiro e se as suas palavras não possuírem o
dom da crítica construtiva, melhor que guarde em
seu coração e em seus lábios um silêncio amoroso.

52
INFÂNCIA

F
ilho da Terra, você tem uma ferramenta de reno-
vação incrível: a infância, nela, o maior prazer é
aprender e o medo de cometer erros, a princípio,
não existe, esse medo que paralisa não é instintivo, falo
do medo de não aceitação, este não existe na infância,
a não ser quando ensinado, aí sim, começa a existir.
Na infância não existem barreiras, e as possibi-
lidades são muitas. Então, escutem, tenho uma boa
notícia, esta humanidade ainda é jovem, muito jovem,
eu os comparo a crianças, não é sem razão que os
chamo assim. Isso quer dizer que são imaturos, sim,
mas também quer dizer que ainda têm muito a con-
quistar, embora a eternidade não limite as conquistas.
Agora, volto a falar das crianças que estão aos
cuidados da humanidade, tais crianças precisam ser
alicerçadas pelo amor e pela disciplina, precisam sen-
tir a presença de seus responsáveis e que essa pre-
sença seja repleta de atividade, instrução e carinho,
pois os infantes precisam gastar energia, aprender
coisas novas e também precisam sentir a segurança

53
acolhedora dos que sabem o que querem. É a inse-
gurança dos adultos que traz aos pequenos nervosis-
mo e inquietação, pois quando um adulto demonstra
não ter atitude, a criança sente que é dever dela agir,
porque é naturalmente proativa, porém não tem a
maturidade para fazer as escolhas acertadas e muitas
vezes a melancolia ou uma explosão de ira domina o
coraçãozinho impotente.
Muitos filhos da Terra afirmam ser uma tarefa
difícil tutelar os infantes, porém, tarefa mais difícil
que esta é dominar os desejos e a ambição, tarefa
mais árdua do que cuidar dos pequenos é ter a dis-
ciplina e o bom senso para administrarem melhor
o tempo, dando aos pequenos uma parcela de você
mesmo. Afirmam muitos que as crianças são exigen-
tes, mas são os adultos que incutem nas crianças a
vontade de desejar sempre mais, pois saibam que o
movimento, o aprendizado e o calor humano são su-
ficientes e aos pequenos traz mais satisfação do que
um quarto abarrotado de brinquedos que os adultos
supõem ser valiosos.
O novo tempo de amanhã do planeta Terra de-
pende da segurança pessoal e do poder de realização
das crianças de hoje.

54
A MATERNIDADE

M
inha criança, o ofício da maternidade é
ainda mais sagrado que o religioso, pois
a mulher que aceita de forma valorosa a
função materna, traz em si os princípios da religio-
sidade, da instrução, do amor e da disciplina. Sobre
a tutela das mães estão futuros homens e mulhe-
res que podem abrir caminhos novos. Oxalá todas as
mulheres fossem mães por voluntária decisão e pla-
nejamento, mas mesmo não sendo, digo que lembre
da mais verdadeira máxima: não há efeito sem cau-
sa. O filho que chega ao regaço materno, ainda que
seja por caminhos aparentemente tortuosos, é um
presente de luz para aplanar o caminho da mulher
desarmonizada e esta mulher é a sombra no deserto
do futuro recém-nascido que anseia desesperada-
mente esquecer o passado e o deserto ardente da
culpa. É claro que em raras exceções tais mulheres
recebem filhos missionários, ainda que a chegada da
criança pareça inconveniente, mas eu digo, a única
inconveniência existente na Terra é o egoísmo e a
única coisa a ser evitada é o orgulho.

55
Tenho mais uma coisa a dizer para as mulheres
terrestres acerca da maternidade. Quando a mulher
torna-se mãe, é um dever para ela instruir-se e abrir
a mente acerca de assuntos diversos, é imprescin-
dível que esta mulher expanda a consciência, pois
ainda que julgue ser a maternidade um estado in-
significante, tal estado é o de primeira professora,
ainda que não se veja desse modo, tal mulher ensina
ao pequeno infante as primeiras coisas e o amor é a
primeira delas.

56
PATERNIDADE

O
pai é o primeiro representante da força
protetora e provedora da fonte eterna. É
pela presença do pai que a criança desco-
bre pela primeira vez a sua individualidade, é o pai
que informa ao filho, influenciando em sua organi-
zação cerebral infantil que ele e a mãe não são mais
um só. É incrível, mas a presença do pai terrestre
coloca noções espirituais no inconsciente do filho,
é na presença do pai que a criança tem o primeiro
pensamento lógico de que algo acima dela há pro-
tege, porque a confiança que a criança deposita na
mãe é instintiva e não necessita raciocínio, já o pai
precisa demonstrar de forma lógica e testemunhal
que é confiável. As presenças do pai e da mãe são es-
sencialmente necessárias, caso contrário o sistema
de reprodução humano não seria tal qual é.
No caso dos animais mamíferos, a presença do
pai é dispensável porque a confiança dos filhotes re-
side apenas no instinto e o mesmo se dará na fase
adulta desses animais. Não é o caso dos seres huma-
nos, porque o instinto não é, ou pelo menos não de-

57
veria ser, o dirigente de sua espécie. Como já disse, o
pai é o primeiro mestre do raciocínio infantil e torna
a ser mestre mais uma vez quando a puberdade dá
início a uma nova fase na vida do indivíduo. Neste
momento, a espiritualidade acolhedora, porém res-
tritiva, da mãe não é suficiente, é aí que a espirituali-
dade expansiva do pai entra em ação. Não estou di-
zendo que o pai seja apenas lógica e que a mãe seja
apenas sentimento e emoção, mas com a presença
dele, a criança entende a razão de forma fácil e sem
se cansar tanto. Não é à toa que uma criança prefere
aprender uma coisa nova ao lado do pai e fica relu-
tante ao aprender com estranhos, mas a educação
externa é mais que necessário.
O que estou dizendo é que os primeiros mestres
devem ser os pais. Agasalhar e alimentar não é o sufi-
ciente e os que fazem apenas isso não cumprem o seu
dever, apesar de assim pensarem, se é a mãe que dá as
primeiras noções de acolhimento, intuição, restrição e
espiritualidade, cabe ao pai dar as primeiras noções
de inteligência sistemática, autoconfiança, ensinando
a criança a fazer bom uso da influência, poder ou dons
que aos poucos vai adquirindo ou relembrando.
Alguns podem me perguntar: “o que acontece se
é indispensável a presença de pai e mãe, fazer o que

58
com a educação e o desenvolvimento dos órfãos ou
com aqueles cuja presença do pai ou da mãe não é
possível”? Em tais casos, educadores masculinos e
femininos devem unir-se para educar essas crianças,
seja aquele que adota ou profissional de ensino. É
lamentável que no ensino primário haja tão poucos
ou nenhum professor. Homens e mulheres têm im-
portância simultânea na educação infantil, que os
pais não releguem apenas às mães o dever de educar,
porque eles não são apenas provedores materiais, de-
vem ser provedores mentais e espirituais. Porque você
mesmo recebe o acolhimento da mãe natureza que
também inclui o universo e a proteção e o cuidado da
fonte eterna que é o aspecto paterno. É por isso que
no passado foi dito: “Se os pais Terrestres mesmo não
sendo perfeitos sabem dar boas coisas aos seus filhos,
quanto mais o pai que está nos Céus”.
É por causa da ausência dos pais que absor-
tos pelo trabalho, deixaram inseguros os filhos da
sociedade que apresentam agora um raciocínio su-
perficial e desinteressado, porque os sacerdotes do
lar julgam que seu ofício não é necessário, ou não
o exercem de forma completa. Os que cumprem seu
dever na totalidade são raros e serão recompensa-
dos pela fonte eterna.

59
O SEXO

L
onge de ser o pecado original apregoado
pela religião, o sexo é uma das manifesta-
ções da vida, manifestação esta que sendo
de natureza criadora, aproxima a humanidade ter-
restre de sua natureza divina bem ocultada pela
matéria. O sexo também está longe de ser diver-
timento noturno para os jovens adultos da Terra,
o sexo, enfim, deve ser visto de forma respeitosa.
Fico entristecido quando vejo pessoas mantendo
relações sexuais com indivíduos que nem sequer
sentem uma ponta de admiração por eles, a atração
magnética para estes é a única motivação.
Meu filho, o sexo que não gera, não cria e não
une espiritualmente os parceiros é muito prejudicial.
Não estou preocupado com instruções politicamente
corretas, mas estou comprometido com a verdade, por
isso condeno a promiscuidade, esta é contra a nature-
za da humanidade. Os crimes passionais provam que
a humanidade não é poligâmica em sua natureza, os
artifícios da sociedade, cito como exemplo a porno-

60
grafia e a condenação do sexo puro e espontâneo que
desperta em dois corações no desabrochar da juven-
tude, distorce as famílias e enche os lares com densas
trevas. O sexo, então, se não é gerador de um novo
corpo para um reencarnante, pelo menos que seja
motivo criador no plano mental dos que o praticam
e que seja também um elo de união para os espíritos
que decidiram caminhar juntos.
Meu último conselho pode ser contrário a alguns
modelos sociais que se vivem na Terra, mas os seres
humanos, para que permaneçam equilibrados em sua
sexualidade, devem ser monogâmicos e o relaciona-
mento entre duas pessoas deveria ser rompido apenas
com a desencarnação de uma delas, mas como existe
violência, egoísmo e orgulho entre os cônjuges, então
que o rompimento desta relação seja tão respeitoso
quanto foi a decisão de tais parceiros em unirem-se.
Quanto a homossexualidade, é um natural con-
trole de natalidade por parte da fonte criadora e não
é reprovável se não for uma homossexualidade pro-
míscua, mas esta união deve ser igualmente monogâ-
mica e construtiva, espontânea e respeitosa.

61
  A EDUCAÇÃO

Q
uando os filhos da Terra ouvem a palavra
educação, provavelmente seus pensamen-

tos são dirigidos para as escolas ou para o
verniz social que costumam chamar de educação,
mas a verdadeira educação é mais profunda que as
boas maneiras, mais extensa que as letras e os cál-
culos, tal educação deve estar além dos portões das
instituições de ensino.
A primeira lição de verdadeira educação deve ser
dada através do exemplo, e todos os seres humanos
da Terra são convidados a educarem-se e educarem
aos outros através do bom pensar, das boas palavras
e das boas ações. Tudo aquilo que se aprende e que
traz resultados construtivos deve ser repassado para
alguém com menos consciência, independente de
quem você seja, é seu dever instruir dando a outrem
aquilo que sua consciência já tem. O aprender e o en-
sinar deve ser tão fluido quanto o curso das águas
que saem das nascentes e chegam ao mar. Não são só
os professores que garantiram para eles o direito de

62
ensinar, se você, amigo terrestre, tem um conhecido
analfabeto e você sabe ler e escrever com perfeição, o
que o impede de ensiná-lo?
O analfabetismo emocional também existe em
grande proporção no planeta, mas alguns filhos da
Terra dominam com mais facilidade suas emoções.
Por que não ensinam também estes o que sabem?
E até aqueles que conhecem uma simples receita de
bolo ou qualquer outra coisa, por que não repassam
também isso aos que não sabem? Ensinando, princi-
palmente as crianças terrestres, porque elas têm sede
de conhecimento, uma sede maior que a dos adultos,
simplesmente porque os pequenos não se envergo-
nham quando erram.
Existe na Terra, ultimamente, o chamado egoís-
mo do conhecimento. É necessário que a humanidade
terrestre aprenda e ensine, considerando o aprendi-
zado e o ensino como um ciclo vital para a saúde e
o equilíbrio mental de todos, mesmo que não seja
uma obrigação ensinar. O professor ensina porque é
remunerado, mas se assim não fosse, haveria mais
analfabetos? E se a psicologia não tivesse encontrado
um lugarzinho entre as profissões terrestres, haveria
muito mais desnorteados? Aprenda a caminhar com
passos largos, além da chamada obrigação. Porque há

63
algum tempo, as mães sentiam-se orgulhosas quan-
do ensinavam às pequenas o ofício do bordado ou
da costura, e os pais ensinavam orgulhosamente aos
filhos sua profissão e consideravam tal coisa uma tra-
dição, mas, agora, quase todos absortos na movimen-
tada sociedade moderna, ainda que tenham deixado
o mal costume de impor seu legado aos mais jovens,
abandonaram a vontade de ensinar o que sabem.

64
POR QUE PERDOAR?

M
uitos julgam o evangelho uma fraca pre-
gação ou estilo de vida, mas ser pacífico e
perdoador nada tem a ver com fraqueza,
perdoar está longe de aceitar insultos e maus tratos
de forma resignada. O perdão é liberar-se da influên-
cia que os equívocos dos outros exercem sobre você.
O corpo humano, a mente humana e o espírito
humano vieram da luz e a luz nada odeia. Por isso
mesmo, nada que provém da luz foi projetado para
odiar. O corpo humano adoece com o rancor, a mente
humana desequilibra-se com a culpa e com o ressen-
timento e o espírito humano esconde sua luz quando
o orgulho o impede de perdoar. A consciência, então,
não pode expandir-se a passos largos enquanto os fi-
lhos da Terra escolherem o caminho da vingança e do
não perdão.
Existe um trecho da grande oração cristã que
foi traduzido assim: “Perdoa as nossas dívidas, assim
como nós perdoamos os nossos devedores”. Ora, Deus,
a fonte eterna nada tem que perdoar, pois de nada se
ressente e disso sei bem, mas o engano nesta frase

65
provém da tradução, pois em aramaico é citada da se-
guinte maneira: “Libera-me dos meus enganos, assim
como eu me libero dos enganos dos meus irmãos”.
Perdoar o inimigo ou qualquer outro que o tenha
ofendido, não é dar razão para o ofensor, mas é livrar-
-se da influência da ofensa que este tenha cometido.
Aquele que se ressente ou, pior ainda, que decide vin-
gar-se, está preso nos enganos de outrem e deseja
prender-se ainda mais, opondo-se à lei do progresso.
Existe ainda outra lei, a da causa e efeito. Como po-
derão colher bons efeitos semeando causas más? Por
isso, querido, ainda que a causa pela qual você se res-
sente seja justa e que a razão seja sua, decida liber-
tar-se, decida pela saúde do seu corpo físico, dos seus
corpos sutis e do ambiente em que você está, decida
abandonar a escuridão e revelar a sua luz.

66
A VERDADE

M
eu filho, a verdade completa é a mani-
festação exata das realidades da grande
consciência e das demais consciências
espalhadas pelos universos. Ora, minha criança, não
é preciso ressaltar que a humanidade terrestre não
conhece plenamente sua realidade atual, os seres
humanos sabem muito pouco a respeito dos seus
próprios oceanos e sabem quase nada a respeito
do universo onde estão inseridos, pois a manifes-
tação exata das realidades e das consciências não
é possível a seres com tão poucos sentidos e com
um grau de consciência pouco expandido. Ora, a ci-
ência, a religião e a filosofia são ferramentas pelas
quais o ser humano vai descobrindo algo mais so-
bre as realidades, mas não chegarão muito longe se
esses aspectos do conhecimento humano brigarem
entre si. A humanidade descobriu muitas coisas é
verdade, mas se tivesse a humildade de admitir que
está longe de saber toda a verdade e unisse forças,
com certeza teria descoberto muito mais coisas.

67
Minha criança, o olho humano não detecta nem
sequer os micro-organismos presentes na água, nem
os sons que estejam acima ou abaixo da frequência
permitida aos seus ouvidos, também passam desper-
cebidos os raios que estão acima da luz, então, reco-
nheça tal limitação, mas que isto não seja um mo-
tivo de baixa autoestima ou paralisação, muito pelo
contrário, que a situação momentaneamente limitada
da humanidade, seja motivo para que as consciências
humanas expandam-se, porque quando a consciência
se expande e as gerações vão mudando conceitos, a
nova mentalidade vai estruturando um novo DNA, a
epigenética veio provar o que estou dizendo. Se as
estruturas do DNA se modificam, obviamente a raça
humana também, pois a raça humana primitiva era
primitiva por não possuir os conceitos que a atual
raça humana hoje possui.
Então, meu querido, à medida que o tempo passe,
a humanidade cada vez mais aprimorada vai toman-
do mais posse dos conhecimentos e da exatidão das
realidades. Junte todas as religiões e o conhecimento
transcendental não estará todo ali, junte todas as ci-
ências e o conhecimento da realidade material ainda
não estará todo ali, junte também todas as filosofias e
o conhecimento do ser humano ainda não estará todo

68
ali. Ainda que todos os seres humanos estivessem
unidos expandindo a consciência um tanto mais me-
lhoradas, ergueriam apenas um pouco mais da ponta
do véu que esconde as realidades. 

69
PALAVRAS FINAIS

M
inha criança, sei que muitas vezes pare-
cem ser poucas as minhas palavras, mas
a multidão de letras e um mar de pala-
vras não trazem renovação se não trouxerem uma
essência profunda, novidades não farão diferença se
o óbvio, o que já foi dito, não for praticado. A união
e o amor são pais da caridade e a busca pela verda-
deira sabedoria deve ser a bússola que rege a inteli-
gência. Que estas poucas páginas sejam aprendidas,
meditadas e praticadas à medida da compreensão
de cada consciência, mas que cada indivíduo que ler
essas linhas dê o melhor de si e, ainda que o melhor
de cada um sejam apenas alguns passos, se forem
dados com dedicação, serão motivo ainda maior de
minha alegria, pois poderão receber a minha paz de
forma mais abundante, e eu sei reconhecer as since-
ras intenções de cada coração.
Querida humanidade terrestre, quem dera se
você já tivesse feito maior esforço para despedir o
exclusivismo, a humanidade é uma só família e esta

70
grande família recebeu como responsabilidade a ad-
ministração da casa chamada Terra. Que todos cuidem
de todos, pois tenho certeza que um dia será assim,
porque meus esforços nunca são infrutíferos, já que
esses esforços não são frutos de uma simples vontade
ou realização pessoal. Minha dedicação aos seus ha-
bitantes é o fruto do meu amor incondicional por esse
pequeno mundo chamado Terra.

71
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610, de 19.2.1998.
É proibida a reprodução total ou parcial sem a expressa anuência do autor.

Este livro foi revisado segundo o Acordo Ortográfico da Língua Portu-


guesa de 1990, em vigor no Brasil desde 2009.

Revisão e edição
Jura Arruda

Projeto gráfico, capa e diagramação


Aline Fortunato

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

S586c Silva, Sandraquiele Evenice da


Chaves de Sananda / Sandraquiele Evenice da Silva,
Alisson Roger Piske. Joinville, SC: Areia, 2021.
74 p.; 18cm

ISBN 978-65-86150-24-7

1. Religião. 2. Valores, princípios. 3. Espiritualidade.


4.Psicografia. I Silva, Sandraquiele Evenice da.
II. Piske, Alisson Roger. III. Título.
CDD 200.1
CDU 2

EDITORA AREIA
www.editoraareia.com.br
2021
Joinville - SC
1ª impressão

Este livro foi publicado pela Editora Areia e impresso pela Gráfica
Impressul com a tipografia PT Sans, em papel Pólen soft 80g/m² no
miolo e papel triplex CS2 250g/m² na capa, em janeiro de 2021.

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