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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

CURSO SUPERIOR EM GESTÃO PÚBLICA

DESAFIO PROFISSIONAL

CIBELE GONÇALVES SILVA RA-5304890234

TUTOR(A) EAD:RERISON RODRIGUES

Montes Claros

2017
CIBELE GONCALVES SILVA RA-5304890234

DESAFIO PROFISSIONAL

Trabalho apresentado como avaliação parcial


ao Curso Superior de Tecnologia em Gestão
Pública da Universidade Interativa Anhanguera
para as Disciplinas – Desafio Profissional

Montes Claros

2017
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................4

Perfil da Escola..................................................................................5

Justificativa.........................................................................................6

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................9

REFERÊNCIAS ...............................................................................10
1 INTRODUÇÃO

Este desafio que recebeu o título de educação e trabalho: um estudo dos elementos
envolvidos o direcionamento e escolha profissional de um grupo de alunos do ensino
médio consistiu em elaborar um projeto multidisciplinar voltado ao ensino médio
propondo ações pedagógicas inovadoras sobre a temática “Construindo meu Projeto
de Vida”. Elaboração de um projeto multidisciplinar a ser trabalhado com a
participação de todos os professores do 3º ano do ensino médio do Colégio Futuro,
promovendo atividades e situações pedagógicas de estudo, análise, reflexão e
proposição de medida s que contribuam para que seus alunos desenvolvam seus
projetos de vida em sentido amplo . Partindo desse entendimento e analisando a
realidade do Colégio Futuro, a Profa. Raquel decidiu inovar as aulas oferecidas por
sua escola, ampliar o que estava sendo trabalhado com os alunos e viu que era um
grande desafio. A escola, em sua prática cotidiana, é uma instituição eminentemente
reprodutora. Ela reproduz o conhecimento disponível, para que a criança e o jovem
tenham instrumentos para enfrentar o mundo do trabalho. Mas, ao mesmo tempo, a
exemplo da família, reproduz as relações de autoridade e seleção presentes em
nossa sociedade. Em term os de autoridade, a figura do professor substituirá a figura
do pai. Ele representará a norma e os valores transmitidos na escola. Será
valorizado ou temido pelo poder que lhe é atribuído. Atribui-se ao indivíduo toda a
responsabilidade por seu sucesso ou fracasso, sem levar em consideração as
condições objetivas que determinam o resultado. Durante a Semana Pedagógica de
encerramento do Colégio Futuro, a profa. Raquel, coordenadora pedagógica,
solicitou aos professores do ensino médio que apresentem uma proposta de projeto
multidisciplinar a ser trabalhado em todas as turmas. A intenção da coordenadora é
provocar nos alunos a iniciativa de pensarem em s eu futuro profissional e solicita
aos professores que apresentem um projeto voltado para a preparação de seus
alunos, de forma a desenvolver neles competências e habilidades voltadas p ara o
mercado de trabalho. Este projeto tem como finalidade apresentar o resultado de um
estudo realizado junto aos alunos no decorrer do ano letivo de 20 16, co m atividade
específicas aplicadas em aulas da grade curricular, as quais adequadamente,
atribuídas a temática.
Para a realização do trabalho serão desenvolvidas as seguintes temáticas n a
fundamentação teórica: as contribuições da sociedade para a realização do trabalho
de orientação profissional em contexto educativo; sobre os cursos pré -vestibulares
cuja 3 finalidade pretende atender a população jovens de aluno que estão
terminando o ensino médio, alunos do Colégio Futuro. Toda prática baseada em
pressupostos teóricos, fer-se-á a discussão sobre a temática
da orientação profissional e da adolescência, sugerindo a necessidade em
compreender este processo para uma atuação eficaz sustentada na ótica sócio
histórica sendo capaz de promover e auxiliar o jovem numa tomada de decisão
baseada na auto reflexão e aprendizado, visando
uma escolha madura. A intenção foi propor ações, no decorrer dos semestres, para
que os alunos se motivem a refletir sobre suas vocações e serem orientados em
ambiente escolar a se
decidirem por suas futuras profissões, bem como também, direcioná -los e ajuda-los
a despertar neles a vocação profissional. Entende-se que essas ações devam fazer
parte do ambiente escolar, pois a escola é formadora de cidadãos, e como tal deve
contribuir e cumprir com seu papel.
Considerando ainda: Dentre as finalidades dessa etapa de ensino, a legislação
brasileira, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB Lei
9.394/96), está a de preparação básica para o mercado de trabalho. Para o
cumprimento dessa e das outras finalidades, todas as escolas devem se organizar,
cumprindo o que está previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs),
elaborados pelo Ministério da Educação (MEC). Dessa maneira, em uma reunião
pedagógica, a Professora Raquel, coordenadora d a
escola, solicitou aos se us professores que cada um apresentasse uma proposta de
como provocar nos alunos uma reflexão p ara qu e eles pensem sobre seu futuro
profissional, sem deixar de cumprir com as exigências legais nos bimestres letivos
1.1 PERFIL DA ESCOLA

Escola Polivalente, Criação decreto nº 9274/98 autorização res. SED nº2145 de


19/12/2008. Bairro: 673 - CNPJ 02.585.924/0375-57.
O funcionamento desta escola é nos período matutino e vespertino. Professores
para cada disciplina equipe de apoio, professora de arte e educação física. Corpo
técnico pedagógico e administrativo. Professores formados que atuam com pós-
graduação e anos d e experiências na área.
A estrutura da escola é ampla e bem conservada. Uma biblioteca organizada,
laboratório de informática equipado. Uma cantina limpa e organizada, alimentos
armazenados no deposito ao lado da cantina. Também um depósito de material de
limpeza, quadras.

2 JUSTIFICATIVA

.
A escola, em sua prática cotidiana, é uma instituição eminentemente reprodutora.
Ela reproduz o conhecimento disponível, para que a criança e o jovem tenham
instrumentos par a enfrentar o mundo do trabalho. Mas, ao mesmo tempo, a
exemplo da família, reproduz as relações de autoridade e seleção presentes em
nossa sociedade. Ao contrário do que muitos pensam, a Orientação Profissional
também é e deve ser realizada na escola, quando o professor trabalha diferentes
temas ligado as profissões, geralmente,chamando os pais para falarem sobre o seu
trabalho, deste modo valorizam os diversos ti pos de atividade e mostram que todos
estão a serviço do bem-estar do homem
(LISBOA; SOARES, 2000).
A concepção sócio – histórica da adolescência baseia-s e nas relações sociais e
culturais, devendo ser compreendida a partir do processo histórico de sua formação;
por meio da inserção na totalidade em que foi produzido e que lhe concede sentido,
e, ignorando a patologização deste processo partindo p ara a “despatologização”, ou
seja, entendendo a
identidade e subjetividade oriundas da construção histórica do indivíduo (BOCK;
GONÇALVES; FURTADO, 2007).
Quando o jovem vem com um pedido de orientação, em geral próximo da época do
vestibular, o processo de formação da escolha já está razoavelmente constituído
dentro dele. Isto significa dizer que ao propor um trabalho de orientação profissional
pensamos estar atuando muito menos sobre sua escolha e bem mais sobre sua
dúvida. Este pedido por parte do adolescente, que traz explícito no discurso um não
saber o que escolher, não é sinônimo de
incapacidade, pois as escolhas não são determinadas nem por capacidade, nem por
aptidões e interesses, mas p ela orientação do desejo do indivíduo. Neste sentido,
pensamos haver na demanda de orientação profissional um pedido de ajuda sobre a
dúvida, entendida como um conflito entre aquilo que o jovem deseja, isto é aquilo
que escolhe, e dos obstáculos a esse desejo.
Toda a atividade humana é vista como uma ação da pessoa no seu contexto e,
como tal, não depende somente de dimensões psicológicas ou de outras
características impregnadas no sujeito, mas igualmente da qualidade dos
contextos de vida em que os indivíduos se inserem. Cosmo (2006, p. 177) se refere
sobre o desenvolvimento humano: [...] o desenvolvimento humano decorre da
interação contínua e dinâmica entre as características específicas de diferentes
momentos desenvolvimentais, que vão 6 ocorrendo ao longo do ciclo de vida do
indivíduo, e um conjunto de forças sociais, culturais e físicas ( COSMO, 20 06, p.
177) .
Assim, a prática de orientação profissional terá que ser entendida sob esta
perspectiva desenvolvimental e não encarado como pontual na vida do sujeito. É em
contexto escolar que segue.

A orientação é o processo de fazer o individuo descobrir e usar seus dotes naturais


e tomar ciência das fontes de treinamento disponíveis, a fim de que possa viver de
modo a tirar
o máximo proveito para si próprio e para a sociedade . E p ara a execução desse
programa, o mesmo órgão sugere seis itens essenciais: Conforme discorrido, a
orientação profissional apresenta-se como um processo co m
objetivos específicos e a possibilidade de se chegar mais proximamente deles está,
também, em realizar um bom diagnóstico inicial. O que se busca se resume na
pretensão de oferecer a possibilidade de o jovem conhecer mais sobre si e suas
escolhas a partir, principalmente, do esclarecimento desse pedido de ajuda da
dúvida.Segundo os dizeres de Bock (2007 p. 118) “p ara alguns, a busca de ajuda a
partir de um pedido de orientação profissional pode encobrir a necessidade de um
atendimento psicoterápico, com objetivos mais amplos daqueles propostos pela
orientação profissional”.
O Ministério da Educação do Brasil coloca a Orientação Profissional como um dos
objetivos da escola e como profissões responsáveis por esse trabalho, o orientador
Educacional, o Psicólogo Escolar e o Professor (BOCK, 2007).
Os adolescentes têm como referenciais de identificação com o mundo adulto e,
portanto também com o mundo do trabalho, os pais, parentes e os professores. Daí
a possibilidade de um trabalho mais geral com os alunos, e com certeza uma
expansão do trabalho realizado hoje em Orientação Profissional no Brasil. A
proposta em si não traz grandes novidades. O fato de ela poder ser feita é que
introduz o elemento novo. Para Bock (2007, p. 120): O problema d a esco lha
pessoal te m a ver co m toda esta dinâmica, pois neste
momento e mergem todo s estes questionamentos, que são tanto de ordem
individual, quanto de ordem social. É neste momento que s urge o confronto d e
todas essas variáveis decorrentes destas ordens e o remete ainda á questão de
aquisição de identidade, à formulação de que adulto quer ser e ao delineamento d e
um projeto de vida. Este momento é um mo mento crucial, pois envolve a sua
entrada na vida adulta e a conscientização de seu projeto de vida, antecipando a
sua definição do seu
papel adulto. Haja vista a importância do papel do orientador profissional considera-
se que o trabalho que realizam é de elaboração de um projeto de vida do mundo
adulto , através da conscientização das identificações, conscientes e inconscientes,
subjacentes à escolha do indivíduo. Assim, o vínculo com a profissão será
vivenciado como auto -reparação é como um
estado de preparação para ser vivenciado em si mesmo como um fazer reparatório.
Para este contexto, vale ressaltar que, o orientador profissional tenha que incluir, na
sua concepção, um novo modelo de escolha, que inclui, além das grandes
especializações, um modelo que enfoque a opção de um modo mais dinâmico. Uma
consideração importante apontada por Andrada (2005) consiste em escutar com
atenção os alunos, o autor sugere que isto pode ser realizado não apenas através
de reuniões, mas também por técnicas projetivas, por exemplo: desenhos ou
solicitando que escrevam o
que pensam, sentem sobre a instituição de ensino e sua classe. Da mesma forma
que é imprescindível ouvir os professores, suas demandas e necessidades para
repensar sobre novas práticas. Podemos considerar a Orientação Profissional na
perspectiva sócio - histórica ignoramos a naturalista e passamos para uma proposta
de trabalho visando contribuir para
uma intervenção no campo social, levando em consideração o processo histórico e
cultural (BOCK; GONÇALVES; FURTADO, 2007).
Segundo Bock, Gonçalves e Furtado (2007) a Orientação Profissional é uma prática
capaz de promover saúde, uma vez que: (...) o indivíduo se constrói numa relação
de mediação com o meio social e, portanto, saúde e doença es tarão sendo
construídas nesse pro cesso. Assim, será na vivência da dialética constante da
subjetivação e objetivação que o indivíduo irá se constituindo, constituindo também
suas formas de pensar, sentir, agir, além de construir e expressar nesse processo
suas formas de escolher. As formas de escolher
do indivíduo, portanto, expressa m sua consciência, e assim sua saúde/do ença
(BOCK, GONÇALVE S, FURT ADO, 2007. p.171-172).
Cabe salientar que mui tos jovens pensam que quando são fracassados em suas
vidas é porque erraram em sua escolha profissional, para evitar esta crença é
necessário mostrar a variedade de aspectos envolvidos na escolha, como: família,
mercado, grupo de amigos, a mídia, disciplinas escolares, entre outros (BOCK,
2007).
A reflexão sobre a realidade do Colégio Polivalente e do contexto no qual está
inserido , nos motivou a investigar o jovem que frequenta esta escola e sua
preocupação com seu futuro e escolha com sua profissão; bem como reconhecendo
o quanto esses jovens necessitam de ajuda para essa escolha, - às vezes sua
história de fracasso escolar é proveniente de outras instituições e pode ser revertido
se toda a equipe de profissionais se reconhecer como agente de transformação
social. O professor poderá atuar como orientador profissional, questionador, curioso
e acima de tudo assumindo uma posição de investigarara instigar uma motivação
podendo criar junto à equipe uma estratégia d e intervenção colaborativa, onde
todos têm influência sobre o jovem, assim como sofrem influência mutuamente, mas
convertendo essa influência para o bem estar social e pessoal diante do impasse em
que o adolescente se vê com o compromisso de decidir-se com tanta
responsabilidade qual a profissão deverá seguir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim, o jovem é levado a sintetizar, reorganizar e resignificar as suas informações


e experiências vivi das no processo de orientação para que possa escolher o seu
caminho profissional.
O adolescente é solicitado compulsivamente a fazer escolhas que não prioriza am a
posteridade, que trazem como valor essencial o prazer e o bem-estar se m esforço,
em uma perda gradativa do sentido da continuidade histórica. Em uma sociedade
que vive o presente, o jovem é compelido a pensar no futuro.
Nesse sentido, nosso interesse com esta investigação está na compreensão desse
processo de escolhas e de vivências, na perspectiva dos próprios prota gonistas: os
adolescentes.
Para tanto, priorizou a desenvolver as atividades que pudessem motivar esses
jovens a refletir sobre a escolha de suas profissões em um futuro bastante próximo.
Por fim, destaca-se a contribuição da escola na formação social do cidadão, na
atribuição às escolhas e n a formação de um pensamento mais sólido em sua
responsabilização de escolha que atenderá aos seus anseios na realização
profissional.
REFERÊNCIAS

KRUKI, Mary Leila M. O. Desafio Profissional de Licenciaturas: Matemática, Letras,


Geografia, História e Pedagogia [Online]. Campo Grande, 2015, p. 1 -9.

Disponível em: <www.anhanguera.edu.br/cead>. Acesso em: xx de xxxx.


BOCK, Ana Mercês Bahia (org.). Psicologia e compromisso social. São Paulo:
Cortez, 2003.

BOCK, Ana Mercês Bahia; GONÇALVES, Maria da Graça Marchina; FURTADO,


Odair
(orgs.). Psicologia sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2007

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