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Direito Admnistrativo - GCM Fortaleza - EBN Cursos
Direito Admnistrativo - GCM Fortaleza - EBN Cursos
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
SUMÁRIO:
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ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ESTADO:
São elementos do Estado:
2|Página
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:
A palavra "administrar" significa não só prestar serviço, executá-lo, mas também dirigir,
governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil; e até traçar um
programa de ação e executá-lo.
Prof. Maria Di Pietro define o Direito Administrativo como “o ramo do direito público
que tem por objeto os ÓRGÃOS, AGENTES E PESSOAS JURÍDICAS ADMINISTRATIVAS
QUE INTEGRAM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, A ATIVIDADE JURÍDICA NÃO
CONTENCIOSA que exerce e os bens e meios de que se utiliza para a consecução de
seus fins, de natureza pública”.
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h) Os bens públicos das várias modalidades e respectivo regime jurídico;
i) O processo administrativo e respectivos princípios reformadores;
j) A responsabilidade civil do Estado;
k) A responsabilidade das pessoas jurídicas que causam danos à Administração
Pública;
l) O controle da Administração Pública, nas modalidades de controle administrativo,
legislativo e jurisdicional;
m) A improbidade administrativa.
Princípios:
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A supremacia do interesse público sobre o interesse privado: fundamenta as
prerrogativas conferidas ao Estado nas suas relações com os particulares, desde que
respeitados os direitos e as garantias individuais, não sendo legítima a invocação deste
princípio quando a administração atua segundo um regime de Direito Privado.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Legalidade
• Legalidade para o particular – pode fazer tudo o que a lei não proíbe. É o critério da
não contradição à lei.
IMPORTANTE:
Contudo, existem situações previstas na Constituição que podem resultar em algum
tipo de restrição ao princípio da legalidade:
• Estado de defesa (Constituição Federal, art. 136);
• Estado de sítio (Constituição Federal, arts. 137 a 139);
• Medidas provisórias (Constituição Federal, art. 62).
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Impessoalidade
O administrador não poderá buscar interesses pessoais, mas sim o interesse público, ou
coletivo, devendo agir de forma abstrata e impessoal: ou seja, com ausência de
subjetividade.
Moralidade
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Publicidade
Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular,
ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.
Eficiência:
Somente com o advento da Emenda Constitucional n. 19/1998 –Emenda da Reforma
Administrativa –o princípio da eficiência passou a ser expressamente previsto no caput
do art. 37.
o princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza,
perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa,
que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo
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resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades da comunidade e de seus membros.
VIMOS OS MAIS IMPORTANTES, AGORA VAMOS PARA ALGUNS QUE CAEM TAMBÉM
EM CONCURSOS, ESSES NÃO ESTÃO EXPLICITOS NA CONSTITUIÇAO:
Razoabilidade e Proporcionalidade
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
Sindicabilidade
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O princípio da sindicabilidade refere-se à possibilidade de se controlar as atividades da
administração.
1.
Considere a seguinte situação hipotética: O Prefeito de determinado Município e
candidato à reeleição permitiu, durante o último mês do período de campanha eleitoral,
que fossem publicadas algumas notícias de obras públicas realizadas na sua gestão no
sítio eletrônico da Prefeitura, com menção expressa ao seu nome. A situação narrada
constitui violação ao princípio da
Alternativas
A
proporcionalidade.
B
eficiência.
C
publicidade.
D
impessoalidade.
E
motivação.
GABARITO: D
1. Princípio da finalidade
2. Validade do ato do agente de fato
3. Princípio da igualdade ou isonomia
4. Vedação de promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do Estado.
Dessa forma, não poderá ocorrer a pessoalização ou promoção pessoal do agente
público pelos atos realizados.
5. Impedimento e suspeição
2.
Com relação aos princípios da Administração Pública,
Alternativas
A
9|Página
o rol dos princípios da Administração Pública elencados na Constituição Federal é
exaustivo.
B
os Poderes Legislativo e Judiciário não estão sujeitos aos princípios da Administração
Pública no exercício de suas funções típicas ou atípicas.
C
o princípio da eficiência não constava da redação original da Constituição Federal, sendo
posteriormente incluído por meio de uma emenda, quase dez anos após a sua
promulgação.
D
os princípios da Administração Pública se aplicam somente à administração direta, não
se aplicando às empresas públicas e às sociedades de economia mista.
E
a obrigação do poder público de disponibilizar para a sociedade a remuneração dos
servidores públicos está relacionada ao princípio da eficiência.
Responder
GABARITO: C
3.
O princípio pelo qual a Administração Pública direta fiscaliza as atividades dos entes da
Administração indireta, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades
institucionais, é conhecido pela doutrina como princípio da
Alternativas
A
tutela.
B
eficiência.
C
hierarquia.
D
autotutela.
E
continuidade do serviço público.
GABARITO: A
10 | P á g i n a
AUTOTUTELA = É o controle que a administração exerce sobre os seus próprios atos, o
que lhe confere a prerrogativa de anulá-los ou revogá-los, sem necessidade de
intervenção do Poder Judiciário.
TUTELA = "Princípio do controle", permite a Administração Pública Direta controlar a
legalidade dos atos praticados pelas entidades integrantes da Administração Pública
Indireta. Não há subordinação entre a entidade controladora e a controlada.
NOVIDADE EM CONCURSOS!
4.
Por meio de sua Súmula 615, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no
sentido de que não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros
restritivos fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora,
são tomadas as providências cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos.
Trata-se de jurisprudência afeta ao princípio da Administração Pública da:
A
moralidade administrativa;
B
progressividade subjetiva da gestão pública;
C
atualidade dos serviços públicos;
D
continuidade objetiva da gestão pública;
E
intranscendência subjetiva das sanções.
GABARITO: E
5.
Os princípios administrativos são fundamentais no balizamento da atuação da
Administração Pública, oferecendo regras tanto limitativas como permissivas de gestão.
Com base no estabelecido pelo princípio da Autotutela, é correto afirmar que
A
as entidades administrativas devem subordinar-se às decisões e orientações das
entidades políticas à qual estão vinculadas.
B
11 | P á g i n a
a Administração Pública pode revogar seus próprios atos quando inconvenientes ou
inoportunos.
C
a Administração Pública tem autonomia para realizar quaisquer ações não proibidas em
lei.
D
o interesse público está a livre disposição dos gestores públicos que tenham sido
investidos regularmente em função comissionada.
E
a proteção ao direito adquirido, coisa julgada e ato jurídico perfeito é absoluto em caso
de prescrição administrativa.
GABARITO: B
Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial.
6.
Prefeito Municipal determinou às diretoras das escolas municipais que promovessem a
afixação de cartazes, na entrada de cada unidade de ensino, contendo a fotografia de
sua esposa com os seguintes dizeres: “A primeira dama Maria, mulher guerreira e
dedicada às causas filantrópicas, será candidata a Deputado Estadual nas próximas
eleições e conta com o seu apoio”. A conduta do Prefeito viola frontalmente, a um só
tempo, os princípios administrativos expressos no art. 37, caput, da Constituição
Federal de 1988 da:
A
isonomia e razoabilidade;
B
eficiência e pessoalidade;
C
improbidade e lealdade;
D
impessoalidade e moralidade;
E
competitividade e igualdade.
GABARITO: D
É um mantra para questões da FGV , mas também serve para maioria das bancas:
12 | P á g i n a
Quando citam exemplos de políticos fazendo promoções pessoais há uma clara
violação ao princípio da Impessoalidade.
7.
O serviço público brasileiro é guiado por princípios que auxiliam na busca pela melhor
forma de atender os interesses da sociedade. Esses princípios se dividem em princípios
explícitos, descritos no Art. 37 da Constituição de 1988, e princípios implícitos, surgidos
do Direito Administrativo e da interpretação jurídica da Constituição.
Assinale a opção que apresenta dois dos princípios implícitos mais reconhecidos da
Administração Pública.
A
Legalidade e Impessoalidade.
B
Moralidade e Razoabilidade.
C
Impessoalidade e Proporcionalidade.
D
Supremacia do Interesse Público e Indisponibilidade.
E
Moralidade e Impessoalidade.
GABARITO: D
8.
O Município de Salvador elaborou plano estratégico para melhorar as atividades de
fiscalização pelos agentes de trânsito e transporte e as condições de segurança, higiene
e conforto dos veículos do sistema de transporte público.
Neste contexto, a busca de melhores resultados práticos, menos desperdícios e maior
produtividade decorre do seguinte princípio da Administração Pública:
A
Moralidade.
B
13 | P á g i n a
Impessoalidade.
C
Isonomia.
D
Segurança Jurídica.
E
Eficiência.
GABARITO: E
O Direito Administrativo tem como campo de estudo a área do Direito Público, ou seja,
é um ramo do DIREITO PÚBLICO.
14 | P á g i n a
LEI: é considerada a FONTE PRIMORDIAL DO DIREITO ADMINISTRATIVO BRASILEIRO.
Nós falamos Lei, em sentido amplo, desde a Constituição até mesmo leis
complementares, leis ordinárias, decretos regulamentar, expedido pelo chefe do
Poder executivo, ou seja, lei em sentido amplo. A lei acaba sendo a fonte básica do
Direito Administrativo, principalmente por causa de sua força obrigatória dentro do
sistema. Temos de seguir aquela conduta que acaba sendo estabelecida pela Lei.
PRINCIPAL
DOUTRINA: os estudos que são feitos pelos doutrinadores, pelos juristas, a respeito de
nosso sistema normativo. A doutrina acaba influenciando a elaboração da Lei. Um
entendimento de um determinado autor, de um determinado jurista, acaba
influenciando a modificação de nosso sistema normativo.
1- Material: Costume precisa ser, antes de tudo, uma prática reiterada no interior da
Administração pública;
15 | P á g i n a
ATOS ADMINISTRATIVOS
IMPORTANTE: O ato tem que ser praticado sempre visando ao interesse público, pois
não se admite que o ato seja destinado para uma pretensão pessoal.
O ato tem que produzir esse efeito para ser um ato administrativo.
CONTROLE DO ATO:
Os atos de direito privado praticados pela Administração Pública, também, não são atos
administrativos.
16 | P á g i n a
FATOS ADMINISTRATIVOS:
QUESTÃO DE CONCURSO: O silêncio, como regra, não é um ato, não é uma forma de
manifestar a vontade. Ele é um fato administrativo porque provocará efeitos no Direito
Administrativo.
17 | P á g i n a
O silêncio só será manifestação de vontade (ato administrativo) quando a lei assim
fixar.
ATENÇÃO A SEGUIR:
COMPETÊNCIA
FINALIDADE
FORMA
MOTIVO
OBJETO
18 | P á g i n a
Competência ou Sujeito:
É o poder atribuído ao agente público para a prática de seus atos administrativos. A
competência resulta da lei, e por ela é delimitada.
Características:
Irrenunciável: Significa que o agente público não pode “recusar” a competência que a
lei lhe conferiu.
Improrrogável: Um agente que praticou um ato que não era de sua atribuição não se
torna competente pelo decurso do tempo.
Inderrogável: Significa que a competência não se transfere por acordo ou vontade das
partes.
Vícios na Competência:
Vamos ver algumas situações em que o ato será praticado, mas com vício no requisito
da competência, uma vez que o agente não recebeu atribuição pela lei, seja porque ele
atuou fora dos seus limites, seja porque exerceu função púbica de modo irregular, ou
porque dela se apropriou indevidamente.
Excesso de poder:
O excesso de poder ocorre quando o agente público, embora inicialmente competente
para prática do ato, se excede no exercício de suas atribuições.
19 | P á g i n a
Ele vai além de suas atribuições legais
Finalidade:
Forma:
É como o ato se materializa.
É a manifestação de vontade sendo concretizada, expedida.
Convalidação: é a correção do ato, sem precisar anula-lo, desde que não cause prejuízo
a administração pública.
Motivo:
Motivo é a situação de direito ou de fato que autoriza a prática do ato administrativo.
O motivo pode ser uma situação fática ou pode estar previsto em lei.
20 | P á g i n a
Motivo de direito é aquele que já está na lei. A lei já descreve a situação e quando ela
ocorre o ato é prática.
Teoria dos motivos determinantes: Por essa teoria, quando o ato for motivado, ele só
será válido se os motivos apresentados forem verdadeiros, caso contrário, o ato será
ilegal e passível de anulação.
Objeto:
O objeto são os efeitos imediatos decorrentes do ato administrativo. Corresponde ao
efeito prático pretendido com a edição do ato administrativo ou a modificação por ele
trazida ao ordenamento jurídico. É aquilo que o ato produz. É o seu resultado imediato.
21 | P á g i n a
Discricionariedade e Vinculação:
Atos vinculados: são aqueles em que todos os requisitos ou elementos são definidos
pela lei, não havendo liberdade para o agente público. Como exemplo clássico desse
tipo de ato temos a aposentadoria compulsória aos 75 anos, pois o sujeito que recebeu
atribuição da lei para fazer a aposentação de servidor que completou a idade limite não
tem liberdade para decidir se irá aposentar ou não o servidor, uma vez que ele deve
determinar a aposentadoria.
Os atos discricionários: são aqueles em que a lei permite ao agente público realizar um
juízo de conveniência e oportunidade (mérito), decidindo o melhor ato a ser praticado.
Nesses atos, a lei confere ao administrador certa margem de liberdade para a escolha
do ato mais adequado ao caso concreto. A prorrogação de concurso público é ato
discricionário, uma vez que o sujeito
competente tem liberdade para analisar e decidir se irá prorrogar, ou não, o certame.
Poder Judiciário NÃO PODE FAZER CONTROLE DE MÉRITO, porém pode anular atos
discricionários.
22 | P á g i n a
Presunção de Legitimidade:
O ato administrativo nasce com a presunção de que está de acordo com a lei e que os
fatos apresentados são verdadeiros.
Imperatividade:
A imperatividade é o poder que tem a Administração de impor o ato ao administrado,
independentemente de sua concordância.
BASICAMENTE: Se o Estado vai aplicar uma multa de trânsito não tem que perguntar
para o cidadão se ele vai gostar, ou não, se vai aceitar, ou não.
23 | P á g i n a
O princípio da supremacia do interesse público justifica a coercibilidade dos atos
administrativos.
Autoexecutoriedade:
Significa a execução direta do ato administrativo pela própria Administração,
independentemente de ordem judicial.
Imagine só… se todo ato administrativo que fosse praticado a Administração Pública
tivesse que propor primeiro uma ação judicial para um juiz analisar a legalidade
previamente e dar uma ordem judicial autorizando a execução.
Nem a Administração Pública, nem o Poder Judiciário iriam funcionar se fosse assim…
Tipicidade:
24 | P á g i n a
De acordo com esse atributo, todo ato deve ter uma finalidade prévia e, precisamente,
definida em lei, ou seja, quando a lei cria determinado ato administrativo, já deve definir
qual será a sua finalidade.
ATOS GERAIS: são aqueles que não possuem destinatário determinado, mas alcança
todos que estão em idêntica situação.
Quanto ao Alcance:
ATOS INTERNOS: são atos destinados a produzir efeitos, como regra, dentro das
repartições administrativas, e que, por isso mesmo, incidem, normalmente, sobre os
órgãos e agentes da Administração que os expediram.
ATOS EXTERNOS: destinados a produzir efeitos, como regra, fora da Administração. São
todos aqueles que alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os
próprios servidores, provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta
perante a Administração Pública.
Quanto ao Objeto:
ATOS DE IMPÉRIO: são todos aqueles que a administração pratica usando de sua
supremacia sobre o administrado ou o servidor e lhes impõe obrigatório atendimento.
ATOS DE GESTÃO: são os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre
os administrados. Tais atos, desde que praticados regularmente, geram direitos
subjetivos e permanecem imodificáveis pela Administração, salvo quando precários por
sua própria natureza.
ATOS DE EXPEDIENTE: são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos
processos e papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a
decisão de mérito final, a ser proferida pela autoridade competente.
Quanto à Formação:
25 | P á g i n a
ATOS SIMPLES: é o que resulta da manifestação de vontade de um único órgão,
unipessoal ou colegiado, ou de apenas um agente público.
Quanto à Eficácia:
VÁLIDO: é o ato que está em conformidade com a lei.
NULO: é o com vício insanável (finalidade, motivo e objeto). Não admite a convalidação,
pois apresenta defeito tão grave que não é possível a correção.
26 | P á g i n a
Quanto à Elaboração ou Exequibilidade:
PERFEITO: é aquele que já completou o seu ciclo necessário de formação, já percorreu
todas as fases necessárias para sua produção.
IMPERFEITO: é o que se apresenta incompleto na sua formação. Ato que não completou
o seu ciclo ou as suas fases necessárias de formação.
PENDENTE: é aquele que, embora perfeito, por reunir todos os elementos de sua
formação, não produz efeitos, por não ter sido verificado o termo ou condição de que
depende sua produção de efeitos.
Ato válido é aquele que está conforme a lei, não viola o ordenamento jurídico. Do
contrário, será ato inválido.
Ato eficaz é o que produz ou tem condição de produzir efeitos. É o ato que se encontra
apto para produção de efeitos.
27 | P á g i n a
Completou o ciclo de formação, está de acordo com a lei e AINDA NÃO está produzindo
efeitos. Depende de evento futuro para isso.
SÃO EXEMPLOS:
• A revogação = extingue um direito anterior;
• A autorização = cria um direito para o particular;
28 | P á g i n a
REGIMENTOS: são atos administrativos normativos de atuação interna. Destinam-se a
reger o funcionamento de órgãos colegiados e de corporações legislativas. Não obrigam
os particulares em geral, atingindo unicamente as pessoas vinculadas à atividade
regimental.
Atos ordinatórios:
São atos que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta
funcional de seus agentes. São provimentos, determinações ou esclarecimentos que se
endereçam aos servidores públicos, a fim de orientá-los no desempenho de suas
funções.
PORTARIAS: são atos internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços
expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam
servidores para funções e cargos secundários. Também dão início a sindicâncias e a
processos administrativos.
AVISOS: são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos referentes
aos respectivos ministérios.
29 | P á g i n a
ORDENS DE SERVIÇO: são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras
ou serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter
administrativo ou especificações técnicas sobre o modo de sua realização.
OFÍCIOS: são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre
subalternos e superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial.
30 | P á g i n a
ADMISSÃO: é ato administrativo vinculado, por meio do qual o Poder Público,
verificando a satisfação de todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe
determinada situação jurídica de seu exclusivo ou predominante interesse, como ocorre
no ingresso aos estabelecimentos de ensino mediante concurso de habilitação.
Atos enunciativos
MNMÔNICO: CAPA
ATESTADOS: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação
de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes.
APOSTILAS: são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por
lei. Equivale à averbação.
Atos punitivos:
Constituem uma sanção imposta pela administração em relação àquele que infringe as
disposições legais.
31 | P á g i n a
!!IMPORTANTÍSSIMO PARA CONCURSO!!
O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos
favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram
praticados, SALVO COMPROVADA MÁ-FÉ.
a) Revogação:
É a extinção de um ato porque ele deixou de ser conveniente de ser mantido.
A revogação recai em um ato legal não é mais conveniente e oportuno. O agente que
revoga o ato pode ser tanto aquele que produziu o ato quanto a autoridade superior no
exercício do poder hierárquico.
V – Vinculados;
C – Consumados;
PO - Procedimento administrativo;
DE - Declaratório/Enunciativos (não posso revogar aquilo declarado e anunciado);
DA - Direitos Adquiridos.
OBS: Atos vinculados NÃO podem ser revogados porque NÃO POSSUEM MÉRITO, que é
o juízo de conveniência e oportunidade relacionado à prática do ato. Entretanto, podem
ser ANULADOS por vício de legalidade.
32 | P á g i n a
Anulação/invalidação:
É a extinção de um ato administrativo por motivo de ilegalidade.
A anulação é a análise da legitimidade do ato administrativo, podendo ser feita pela
própria administração, de ofício ou mediante provocação, ou pelo Poder Judiciário,
desde que seja provocado.
Caducidade:
Ato administrativo não caduca por causa de prazo.
A caducidade ocorre quando uma nova norma jurídica/lei torna inadmissível a situação
antes permitida.
Cassação:
Ocorre quando o particular descumpre as condições fixadas pela administração. A
extinção se dá porque o particular beneficiário do ato não atendeu às determinações da
Administração.
Convalidação:
A convalidação, também conhecida como sanatória (ou aperfeiçoamento), é a correção
do vício existente no ato administrativo, com efeitos retroativos.
33 | P á g i n a
ESPÉCIES DE CONVALIDAÇÃO:
Reforma retira a parte ilegal e mantém a legal (tiro a parte ruim só).
Conversão retira a inválida e acrescenta uma outra válida.
1. ANO: 2022
O ato praticado por Cláudio traduz uma situação de fato real e goza de fé pública, em
razão do atributo do ato administrativo chamado
A
autoexecutoriedade, que é um meio indireto de execução do ato, que independe de
ratificação judicial.
B
exigibilidade, que é um meio direto de execução do ato administrativo, que independe
de ratificação judicial.
C
presunção de legitimidade, que consiste em presunção absoluta de que o ato foi
praticado de acordo com a lei e o determinado pelo juízo.
D
coercibilidade, segundo o qual o jurisdicionado está obrigado a cumprir o ato cinco dias
após sua inequívoca ciência.
E
presunção de veracidade, que é relativa, pois admite prova em sentido contrário, mas
causa inversão do ônus da prova dos fatos constantes no ato administrativo.
GABARITO: E
34 | P á g i n a
Atributos do Ato Administrativo
Presunção de Legitimidade
Isso significa dizer que, quando temos um ato administrativo praticado por um agente
público, presume-se que ele está falando o correto e a verdade, pois ele é legítimo para
praticar o ato.
2. ANO: 2022
A
não poderá delegar as matérias de sua competência privativa.
B
não poderá delegar a edição de atos de caráter normativo.
C
não poderá delegar quaisquer atos de sua competência.
D
poderá delegar todos os atos de sua competência, mediante prévia autorização do
pleno.
E
poderá delegar todos os atos de sua competência, independentemente de prévia
autorização do pleno.
GABARITO: B
35 | P á g i n a
§ 3 As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado.
3. ANO: 2022
A
normativo, decorrente do poder disciplinar.
B
ordinatório, decorrente do poder hierárquico.
C
enunciativo, decorrente do poder regulamentar.
D
ordinário, decorrente do poder normativo.
E
organizacional, decorrente do poder disciplinar.
GABARITO: B
4. ANO: 2022
Flávio estacionou seu veículo em local proibido, numa rua no centro da cidade, e o poder
público do Município Alfa, observadas as cautelas e procedimentos legais cabíveis, lhe
aplicou uma multa, como meio indireto de coação.
36 | P á g i n a
exigibilidade e autoexecutoriedade.
B
imperatividade e presunção de veracidade.
C
imperatividade e executoriedade.
D
tipicidade e exigibilidade.
E
autoexecutoriedade e presunção de legitimidade.
GABARITO: A
5. ANO: 2022
A
prescritível, renunciável e prorrogável.
B
imprescritível, indelegável e improrrogável.
C
imprescritível, irrenunciável e improrrogável.
D
indelegável, irrenunciável e improrrogável.
E
prorrogável, indelegável e irrenunciável.
GABARITO: C
37 | P á g i n a
doutrina, havendo consenso de que é irrenunciável, intransferível, improrrogável,
imodificável e imprescritível."
6. ANO: 2022
José estacionou seu veículo em local proibido. Agentes públicos, no regular exercício de
suas funções, aplicaram multa a José.
A
com o atributo do ato administrativo da autoexecutoriedade.
B
sem o atributo do ato administrativo da autoexecutoriedade.
C
com o atributo do ato administrativo da presunção absoluta de legitimidade.
D
sem o atributo do ato administrativo da presunção de veracidade.
E
com o atributo do ato administrativo da imprescritibilidade da cobrança de multa.
GABARITO: B
7. ANO: 2022
38 | P á g i n a
classificação do ato administrativo quanto ao grau de liberdade do agente, o ato de
concessão da licença a Márcia é um ato
A
discricionário, pois a autoridade competente está obrigada a deferir a licença.
B
enunciativo, pois a autoridade competente constitui um direito a que a servidora faz jus.
C
composto, pois preenchidos os requisitos legais, a autoridade competente tem o dever
de deferir o pleito e publicar o ato no diário oficial.
D
constitutivo, pois a autoridade competente declara um direito pré-existente.
E
vinculado, pois preenchidos os requisitos da norma aplicável, a autoridade competente
tem o dever de praticar o ato.
GABARITO: E
8. ANO: 2021
A
discricionário, pode ser revogada a qualquer tempo e não implica renúncia de
competência;
B
vinculado, pode ser revogada a qualquer tempo e implica renúncia de competência;
C
enunciativo, e não pode ser revogada a qualquer tempo, devendo aguardar o transcurso
do prazo de delegação;
D
de gestão, pode ser revogada a qualquer tempo e importa renúncia de competência;
39 | P á g i n a
E
de império, e não pode ser revogada a qualquer tempo, devendo aguardar o transcurso
do prazo de delegação.
GABARITO: A
9. ANO: 2021
A
presunção de veracidade, que não é absoluta, pois admite prova em sentido contrário;
B
imperatividade, que vincula a autoridade policial na ocasião da conclusão das
investigações;
C
presunção de legitimidade, que somente pode ser afastada por três novos laudos;
D
exigibilidade, que vincula os demais agentes públicos que atuarem no caso, salvo se
houver superveniência de notícia de prova nova;
E
autoexecutoriedade, que vincula os demais agentes públicos que atuarem no caso, salvo
se houver superveniência de efetiva prova nova.
GABARITO: A
40 | P á g i n a
10. ANO: 2021
A
vinculado, pois todos os seus elementos já estão previamente definidos em lei;
B
composto, pois a sua concretização ocorre apenas com a publicação no diário oficial;
C
declaratório, pois indica que a servidora terá novas atribuições no exercício da função
pública;
D
discricionário, pois o gestor público possui liberdade nos termos da lei para escolha do
servidor que será designado;
E
normativo, pois decorre de uma faculdade prevista em lei e vincula a todos os
administrados.
GABARITO: D
Um ponto relevante da alternativa, para fins de revisão, é "pois o gestor público possui
liberdade nos termos da lei". Isso porque, embora no poder discricionário haja liberdade
para escolha do conteúdo, de seu destinatário, de sua conveniência, de sua
oportunidade e de seu modo de realização (Hely Lopes de Meireles), a lei estabelece os
limites da atuação da administração.
41 | P á g i n a
diretor do departamento de recursos humanos que, por sua vez, no dia seguinte,
ratificou o ato praticado por Marcelo, mediante a:
A
convalidação, pois o vício de competência é sanável, desde que atenda ao interesse
público e não cause prejuízo a terceiros;
B
anulação, pois o vício de forma é insanável e o ato inválido deve ser substituído por
outro lícito, para se atender ao interesse público;
C
revogação, pois o vício de objeto é insanável e o ato inválido deve ser substituído por
outro lícito, para se atender ao princípio da legalidade;
D
retificação, pois o vício de motivo é insanável e o ato inválido deve ser substituído por
outro legítimo, para se atender ao princípio da legalidade;
E
invalidação, pois o vício de finalidade é sanável e o ato inválido deve ser substituído por
outro lícito, para se atender ao interesse público.
GABARITO: A
De acordo com a Lei 9784/99: Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem
lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos
sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
Como estava atrasado para chegar ao cinema, o cidadão Antônio estacionou seu veículo
em calçada com alto fluxo de circulação de transeuntes. O agente público competente,
portanto, procedeu ao guincho e remoção do veículo ao depósito público.
No caso em tela, o poder público praticou diretamente o ato que seria obrigação do
particular, sem a necessidade de participação deste e sem intervenção do Poder
Judiciário, calcado no atributo do ato administrativo da:
A
imperatividade, que assegura direito de indenização ao poder público e à coletividade;
B
autoexecutoriedade, que consiste em meio direto de execução do ato administrativo;
C
exigibilidade, que consiste em meio direto de execução do ato administrativo;
42 | P á g i n a
D
presunção de legitimidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à
coletividade;
E
presunção de veracidade, que assegura direito de indenização ao poder público e à
coletividade.
GABARITO: B
NÃO CONFUNDA!
A
pode convalidar o ato, por meio da confirmação, cujos efeitos não retroagem à data de
edição do ato originário;
B
não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício nos elementos
forma e competência;
C
pode convalidar o ato, por meio da ratificação, cujos efeitos retroagem à data da edição
do ato originário;
D
não pode aproveitar o ato, porque já se passaram mais de 120 dias, razão pela qual deve
iniciar novo processo administrativo;
E
não pode aproveitar o ato, porque se trata de nulidade absoluta por vício no elemento
competência, razão pela qual deve iniciar novo processo administrativo.
GABARITO: C
43 | P á g i n a
Os atos podem ser convalidados pela administração, e eventualmente pelo próprio
administrado, desde que o vício esteja na FORMA (exceto forma essencial) e/ou na
COMPETÊNCIA (exceto competência exclusiva e quanto à matéria).
A
cassação, eis que houve ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que deixou de
cumprir os requisitos de quando teve o ato deferido;
B
caducidade, eis que Márcia deixou de cumprir os requisitos legais para manutenção da
eficácia do ato administrativo;
C
revogação, eis que ocorreu ilegalidade superveniente praticada por Márcia, que deveria
cumprir as condicionantes da licença;
D
anulação, eis que o ato deixou de ser conveniente e oportuno, diante da conduta ilícita
praticada por Márcia;
E
convalidação, eis que Márcia inobservou os requisitos de validade e eficácia do ato
administrativo que originariamente a favoreceu.
GABARITO: A
Cassação:
Quando se tratar de licença lembre da CNH. É um ato vinculado, uma vez que quando
preenchidos os requisitos a administração não pode se recusar de te dar sua CNH.
Contudo, quando você infringe as regras dispostas pelo CTB, sua CNH pode ser cassada,
correto?
44 | P á g i n a
Sendo assim, no presente caso, Márcia deixou de cumprir com o que foi determinado,
logo terá a sua licença cassada.
A
o regimento interno.
B
a licença para construção.
C
a permissão de uso de bem público.
D
o parecer administrativo.
E
a concessão de serviço público.
GABARITO: A
ATOS NORMATIVOS: São atos que contem um comando geral, impessoal, como o
regulamento, o decreto, o regimento e a resolução. O regimento é ato administrativo
normativo de aplicação interna, destinando-se a prover o funcionamento dos órgãos.
Licença: é ato administrativo vinculado e definitivo, formalmente disposto em lei
própria. Se o pretendente ao direito preenche os requisitos de lei, tem o direito de
recebê-la, independentemente da vontade do administrador. Não é, portanto, ato
meramente sujeito à discricionariedade (exame de mérito) do gestor de plantão.
Permissão: em sentido amplo, designa o ato administrativo unilateral, discricionário e
precário, gratuito ou oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta ao particular a
execução de serviço público ou a utilização privativa de bem público.
Parecer: é o ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem opinião sobre
assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência. O parecer pode ser facultativo,
obrigatório e vinculante.
Concessão: é o ato administrativo discricionário ou vinculado, mediante o qual
a administração pública outorga aos administrados um status, “uma honraria”, ou,
ainda, faculta-lhes o exercício de uma atividade material.
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