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Alicerces Da Paternidade Cristã
Alicerces Da Paternidade Cristã
Por certo a resposta a essas perguntas é “não”. Todavia, na caminhada da maioria das
famílias tidas como cristãs, a prática diária responderia “sim”! Muitos pais agem (às
vezes também dizem!) de forma a dar a entender que os filhos devem obediência a eles
ou porque são pequenos e eles são grandes, ou porque os filhos não têm experiência de
vida ou porque olham para os filhos como pecadores reféns de certos comportamentos
já há muito tempo vencidos e dominados pelos adultos.
No entanto, os pais são autoridade sobre os seus filhos porque Deus os colocou nesta
posição. Mais ainda, os pais precisam exercer o seu papel de autoridade sobre os filhos
deixando transparecer que estão fazendo essa tarefa em cumprimento às
determinações divinas para o bem estar da família. Isso deve trazer transformações na
atitude dos pais e, por certo, no modo como os filhos se sujeitam a eles.
Numa sociedade tão remota e num tempo tão primitivo, Jó demonstrou uma profunda
compreensão do seu papel de pai! Ele não era apenas uma figura dentro de uma
estrutura familiar, mas um pai ativo que interagia com seus filhos e abraçava a
responsabilidade de instruí-los, interceder a favor deles e intervir em suas vidas.
Para tanto, é imprescindível reconstruir alguns alicerces para estabilizar e fortalecer a
relação pais e filhos entre os cristãos. Longe de ser uma lista exaustiva, abaixo aponto
algumas bases nas quais a paternidade cristã deveria se firmar.
Assim, a relação entre pais e filhos não deveria caminhar no compasso das
características pessoais de cada casal, mas na cadência dos mandamentos bíblicos
impostos sobre os pais. Sendo bem pragmático, nenhum pai ou mãe deveria deixar
transparecer a seus filhos que está exigindo obediência deles por estar simplesmente
furioso num dado momento ou porque foi criado de um certo jeito e é conservador ou
porque o modo de viver dos filhos está agredindo o seu próprio modo de ver a vida, mas,
sobretudo, porque esse pai ou essa mãe está atuando debaixo da lei e da autoridade
divina!
Os pais não podem exigir obediência de seus filhos porque seu gosto pessoal é ter
filhos obedientes, mas porque Deus disse que eles precisam fazer dessa maneira.
Quando os pais ensinam os filhos no caminho da obediência, mais do que realizando
um sonho pessoal de ter filhos bem criados e educados, eles estão sendo fiéis às
ordens divinas.
Cabe aos pais fazer dos seus filhos discípulos comprometidos com os valores sociais,
morais e espirituais claramente estabelecidos na Palavra de Deus. Em última análise, a
questão não é se o filho obedece ao pai ou à mãe como um escravo ao seu senhor, mas
se ele os segue como um discípulo ao seu mestre.
3. Os pais fazem o papel de treinadores com alvos claros e bem definidos!
Uma parcela significativa dos pais não tem alvos bem definidos para seus filhos. Em
linhas gerais as metas dos pais acabam sendo imediatistas (por exemplo, se tem um
filho bebê somente querem que ele durma a noite toda!), circunstanciais (por exemplo,
se tem uma filha adolescente somente não querem que ela namore tão cedo aquele
garoto indesejável!) e egocêntricos (por exemplo, alguns pais querem que o filho se
torne um profissional numa determinada área visando ganhar muito dinheiro!).
Os pais correm o risco de canalizarem todas as suas energias para uma paternidade
marcada pela autossafistação. Neste caso, a pergunta aos pais não é “o que querem
para si mesmos”, mas sim, “o que querem para os seus filhos?” Lançando mão de uma
linguagem da área da saúde, quando os pais não têm alvos claros e bem definidos para
os filhos, acabam fazendo até um bom trabalho de “correção”, mas deixam a desejar no
que tange à “prevenção”!