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Trabalho

Curso: Engenharia de Processos Industriais Disciplina: Tecnologia de Automação


Professor: Anderson Aoca Pimenta Simões
Aluno(a): Edson Oliveira

1 Controlador Lógico Programável (CLP)

O Controlador Lógico Programável é um equipamento eletrônico dotado de software e


hardware capaz de automatizar, controlar e monitorar máquinas, processos
específicos ou linhas de produção.

Mais resistente que computadores comuns, opera por meio de softwares exclusivos e
foi idealizada para trabalhar, sem sofrer danos, nos mais adversos ambientes
industriais, mesmo que poluídos com poeira, ruídos, vibrações, dentre outras
contaminações.

De acordo com a National Electrical Manufacturers Association (NEMA), “é um


aparelho eletrônico digital com memória programável para armazenar instruções e
implementar funções específicas, controlando máquinas ou processos”.

Como o CLP surgiu: conheça sua história


O primeiro projeto de CLP foi desenvolvido pela General Motors, na década de 60, nos
Estados Unidos. Buscava-se uma alternativa ao uso dos painéis de relés, que eram
amplamente usados para controle.

Este instrumento eletromecânico tornou-se obsoleto por conta de problemas


recorrentes, como falhas nos contatos, rigidez nas reconfigurações, e a demanda por
manutenções frequentes.

Com o CLP, o controle nas empresas passou a ser mais rápido e eficiente. Ao longo
dos anos, o dispositivo foi modernizado, ganhando novos recursos, e incorporando
tecnologias.

2 PLC e CLP: entenda os conceitos e suas diferenças

Ambos os termos são utilizados para se referir ao mesmo equipamento: o Controlador


Lógico Programável.

A diferença é que PLC condiz com a denominação em inglês Programmable Logic


Controller. Já CLP é a sigla para o nome em português.
3 Vantagens do Controlador Lógico Programável

Há inúmeros benefícios na utilização do controlador, como a sua capacidade de


reprogramação e alteração de sequências, além da imprescindível coleta e
comunicação de dados.

Dentre suas vantagens podemos listas:

• Redução de custo: são mais econômicos e não demandam grande volume de fiação,
nem manutenções. Com maior controle, se reduzem desperdícios e tempos ociosos.
• Isolamento contra ruídos eletromagnéticos.
• Fácil configuração, por utilizar módulos de entrada e saída que podem ser trocados
para atender a aplicações específicas.
• Programação com uso de linguagens de aprendizagem intuitiva, como a Ladder.
• Produção eficiente.
• Monitoramento on-line, permitindo o acompanhamento dos processos em tempo real.
• Manutenção simples, com o próprio CLP indicando a existência de erros.

4 Entenda como funciona um CLP

O CLP recebe dados de sensores e dispositivos de entrada, depois processa as


informações e controla os dispositivos de saída, agindo sobre os processos.

Para isso, usa atuadores que conseguem, por exemplo, começar ou parar processos
automaticamente. Além disso, a partir das leituras realizadas, registra dados em
tempo real e aponta inconformidades.

Todo o trabalho é fundamentado nos programas previamente instalados no controlador,


que irão nortear suas decisões.

5 Qual é a estrutura de um Controlador Lógico Programável?

No geral sua estrutura interna é composta de um microprocessador (CPU), um


programa monitor, uma memória de programa, uma memória de dados, interfaces de
entradas e saídas, e circuitos auxiliares.

Apesar de existirem infinitos modelos no mercado, há componentes estruturais em


comum que apresentaremos a seguir.

5.1 CPU

Microprocessador ou Unidade Central de Processamento do CLP, que faz a leitura dos


valores lógicos das entradas, segue os comandos do programa instalado e direciona as
ações das saídas.
5.2 Fonte de Alimentação

Provê a energia necessária para o funcionamento da CPU (que costuma usar 220V),
suportando várias tensões de alimentação para atender aos módulos.

5.3 Processador

Serve para executar o programa recebido, além de gerenciar a comunicação e realizar


diagnósticos. É norteado pelo sistema operacional desenvolvido por cada fabricante,
que fica salvo na memória da CPU.

Alguns controladores suportam mais de um processador, para tornar as tarefas ainda


mais velozes.

5.4 Memória

Local onde fica gravado o programa criado pelo usuário. As memórias do tipo RAM são
as mais utilizadas, pois mantêm os programas estáveis durante o funcionamento do
controlador.

Seu papel é armazenar informações referentes ao trabalho do controlador. Este tipo de


memória necessita de baterias para não perder dados em caso de falta de alimentação.

5.5 Entradas do CLP

São os pontos de conexão nos quais se ligam os sensores que enviam os sinais
elétricos para serem processados pela CPU do CLP. Existem dois tipos de entradas:
as digitais e as analógicas.

As Entradas Digitais são aquelas que operam em duas variáveis (ligado ou desligado)
e podem atuar em corrente contínua (24 VCC) ou em corrente alternada (110 ou 220
VCA). Aplica-se em sensores de proximidade, termostatos, botoeiras, etc.

As Entradas Analógicas possibilitam que o CLP realize medições de sinais como


tensão e corrente. São utilizadas em sensores de pressão mecânica, transmissores de
temperatura ou transmissores de umidade relativa etc.

5.6 Saídas do CLP

São módulos que ajustam eletricamente os sinais que vêm do microprocessador para
atuar nos circuitos controlados, isto é, recebem os dados do CPU e transfere para o
processo a ser executado.

Assim como as entradas, também existem dois tipos de saídas: as digitais e as


analógicas.

As Saídas Digitais possibilitam apenas dois estados: ligado e desligado. Elas podem
controlar dispositivos, como: reles, válvulas, inversores de frequência, etc.

As Saídas Analógicas transformam valores numéricos em tensão ou corrente. Elas


podem controlar dispositivos atuadores, como: motores C.C., válvulas proporcionais,
posicionadores rotativos, etc.
5.7 Dispositivo de Programação

É o equipamento usado para introduzir o programa na memória do processador, para


visualizar as lógicas e para gerenciar os CLPs em atuação.

É ele que faz o CLP operar, recebendo as informações das entradas, executando o
programa e indicando para as saídas a função a ser realizada.

Normalmente, os computadores pessoais são usados como dispositivos de


programação.

6 E quais tipos de CLP existem?


Com a redução dos custos de desenvolvimento, produção e com a propagação dos
microcontroladores, houve uma grande evolução dos modelos de CLP, potencializando
os resultados do mercado de automação industrial.

Podemos dividi-los em três tipos:

1. Micros CLPs: Possui pouca capacidade com, no máximo, 16 entradas e 16 saídas. Só


possui modelos digitais, com apenas um módulo e baixa memória (512 passos).
2. CLPs de Médio Porte: Possui capacidade de até 256 pontos de entradas e saídas,
com modelos digitais e analógicos. Permitem até 2.048 passos de memória, que pode
ser interna ou externa. Também podem ser totalmente modulares.
3. CLPs de Grande Porte: Possui uma construção modular, digitais e analógicas, e
permitem a utilização de até 4.096 pontos de entradas e saídas. São montados em um
rack que possibilita um cabeamento estruturado.

A tendência é que essas soluções se adaptem às novas necessidades da indústria e


às tecnologias inovadoras surgidas com a Indústria 4.0.

7 Programação de CLP

Para programar um Controlador Lógico Programável corretamente é preciso saber


onde será empregado o equipamento, quais as especificações da máquina em que
será usado, entre outros pontos.

Há treinamentos que ensinam sobre a composição lógica do dispositivo e sobre as


linguagens de programação gráficas e textuais utilizadas.

Uma sugestão é o curso EAD da Kalatec, que fornece a preparação necessária para
usar o controlador em diferentes aplicações.
8 Algumas aplicações do CLP

O controlador é um aparelho versátil com aplicações em diversas atividades e setores


industriais, como: construção civil, automação predial, farmacêuticas, injetoras
plásticas, máquinas CNC, gráficas, e em muitos outros contextos industriais de
controle e automação.

Automação de processos industriais


Com o uso do CLP, o comando e monitoramento dos processos industriais tornaram-se
muito mais fáceis.

O controlador é muito requisitado em linhas de produção como as de montagem, em


indústrias automobilísticas. Ele facilita o controle e o monitoramento de processos.

Entre suas funções, proporciona armazenamento de instruções, controle de


posicionamento para motores de passo e contagem cronometrada sequencial.

O IHM (Interface Homem Máquina), muito utilizado nas indústrias e nas automações
industriais, é uma tela de comando (touch ou não) que possibilita o ser humano
interagir com as funções das máquinas.

O CLP e a IHM, trabalhando em conjunto, proporciona atividades industriais


automatizadas mais dinâmicas, com uma interação homem / máquina mais
abrangente, gerando ganhos na relação custo / benefício do produto.

Controle de Nível
As variáveis de nível, vazão e condutividade podem ser monitoradas, evitando o
desperdício que poderia ser gerado por transbordo de tanques, por exemplo, além de
garantir a otimização do rendimento da sua empresa.

Automação de Esteira
No processo de automação de sistemas de transporte (esteira) existem variáveis que
precisam ser observadas.

Se for necessário, por exemplo, controlar o peso e o volume do produto e a velocidade


da esteira, o CLP consegue realizar a medição e o cálculo de volume x peso do
produto, de modo a garantir o transporte na esteira com segurança.

9 O que caracteriza uma boa aplicação de CLP

A aplicação eficiente de Controladores Lógico Programáveis depende da observação


de pontos como: se o dispositivo atende a normas técnicas; se é modular e permite
expansão; e se a sua fonte é segura e chaveada.

Quanto à comunicação, o aparelho precisa conter CPU com, no mínimo, duas


portas; dialogar com IHMs e sistemas supervisórios.

Além disso, o controlador deve depender de softwares intuitivos e gratuitos, e dispor de


cabos de comunicação de fácil construção.

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