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Processo Penal II - Trabalho - JM
Processo Penal II - Trabalho - JM
IRRESTRIÇÃO DA PROVA
O dispositivo é claro ao prescrever que, no que se refere à
prova, somente as restrições estabelecidas na lei civil quanto ao
estado das pessoas é que deverão ser observadas no juízo penal.
Quanto aos demais, há total e ilimitada amplidão.
Podem as mesmas ser obtidas através de:
I – confissão;
II – atos processados em juízo;
III – documentos públicos ou particulares;
IV – testemunhas;
V – presunção;
VI – exames e vistorias; e
VII – arbitramento".
LIVRE CONVICÇÃO DO JUIZ
COMPETÊNCIA
ÁREA DE ATUAÇÃO
Cada tribunal (com seus desembargadores e juízes) tem um
determinado campo de jurisdição. Entretanto, o alcance dos efeitos
dos atos judiciais não se limita ao seu território; todo tribunal pode não
só dispor das pessoas e coisas que estão no seu território, mas a
jurisdição de cada tribunal se estende até onde se estende a jurisdição
brasileira em geral. Por isto têm validade e são obrigatórias as
citações a acusados e testemunhas, ainda quando estes não
pertençam à área jurisdicional do tribunal.
O juiz tem a plenitude do poder jurisdicional, enquanto ao
escrivão e serventuários só lhes cabe uma atividade expressamente
circunscrita, quer dizer ao escrivão se atribui a atividade relativa à
documentação e ao manejo dos autos e aos serventuários, a
execução dos despachos, citação e intimação das partes, etc. “
A cada um dos distintos tribunais a lei lhes assina uma
determinada esfera de assuntos, isto é, uma determinada parte das
causas que estão pendentes e que são da competência do Tribunal. A
competência é basicamente por matéria e por território.
TÍTULO V
§ 9º DA COMPETÊNCIA (arts. 69 a 91)
CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
NATUREZA DA INFRAÇÃO
TRIBUNAL DO JÚRI
COMPETÊNCIA DO STF
Fora dada pela nossa gloriosa CF, de forma taxativa, a
competência para o Supremo Tribunal Federal, art. 102 – "Compete ao
STF: I – processar e julgar originariamente; b) Nas infrações comuns,
o presidente da República, o vice-presidente e os ministros de Estado,
os membros do Congresso Nacional, seus próprios ministros e o
procurador-geral da República; c) nas infrações penais comuns e nos
crimes de responsabilidade, os ministros de Estado, os membros dos
Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas e os chefes de missão
diplomática de caráter permanente".
COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS
CAPÍTULO VII
DA COMPETÊNCIA PELA PRERROGATIVA DE
FUNÇÃO
DETERMINAÇÃO
EXCEÇÃO DA VERDADE
CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA PELO DOMICÍLIO OU RESIDÊNCIA
DO RÉU
CAPÍTULO I
LUGAR DA INFRAÇÃO
Desde os tempos dos romanos sempre se entendeu que o réu
deve ser julgado e, se condenado, cumprir sua pena no local onde
cometeu o crime, para que todos vejam e presenciem a execução dos
rigores da lei, dando-se, assim, satisfação à sociedade agredida.
É ali, também, onde houve a infração, que se torna mais fácil a
coleta das provas, a intimação das testemunhas, perícias, etc.
Portanto, competente, antes de mais nada, é o juiz em cuja
comarca foi cometido, total ou parcialmente, o crime. De acordo com o
Código Penal, "considera-se praticado o crime no lugar em que
ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se
produziu ou deveria produzir o resultado" (art. 6º). Para os
participantes existe também um local da ação, que é onde foi cometida
a ação principal.
A doutrina moderna considera o princípio da ubiqüidade como o
mais eficaz no combate ao crime, porque assim o criminoso poderá
ser preso, processado e condenado, pelo ato que praticou, em
qualquer dos lugares onde foi cometida "parte do crime", oferecendo
meios para se evitar a impunidade. Como ele não poderá ser punido
duas vezes pelo mesmo crime, não há risco de injustiça.
CAPÍTULO V
DA COMPETÊNCIA POR CONEXÃO OU
CONTINÊNCIA
CASOS DE CONEXÃO
Enfatiza o relator, Min. Djaci Falcão: "Vê-se que houve justa causa
para a ação, caracterizando-se a tipicidade penal tanto em relação à
apropriação indébita (art. 168, § único, inc. III do CP), como pela
prática de fraude no pagamento por meio de cheque sem fundos (art.
171, § 2º, inc. VI, do CP). Quanto à alegada incompetência ratione
loci, observo que não foi argüida até às Alegações Finais, ficando
preclusa a matéria (art. 571, inc, II do CPP). Ademais, no caso, as
infrações acham-se entrelaçadas, justificando-se a competência pela
conexão, como previsto no art. 76, inc. III do CPP), ou seja, do juízo
onde foi praticado o crime de apropriação indébita qualificada".
4. Agravo improvido".
Norma oposta, como se vê, à estabelecida no art. 74, § 3º, que o art.
492, § 2º, reproduz.
SEPARAÇÃO DE PROCESSOS
Às vezes, ocorre, ainda, que são dois, três ou mais réus num júri; mas
algum, ou alguns, estão foragidos. Aí o parágrafo segundo prescreve
que pelo fato de existir unidade estabelecida em lei, admite-se o
julgamento dos que se acham presentes, à disposição da justiça.
CAPÍTULO IV
DA COMPETÊNCIA POR DISTRIBUIÇÃO
Por exemplo: a comarca possui dois juízes para as ações cíveis e três
juízes para as ações criminais. A distribuição fixará a competência
para cada processo, dentre os três juízes criminais, de acordo com a
ordem de precedência.
Diz-se que neste caso os três juízes têm competência cumulativa.
Todos são competentes. Qualquer um deles pode receber o processo.
Para dizer-se qual, a lei estabelece o critério da distribuição.
CAPÍTULO VI
DA COMPETÊNCIA POR PREVENÇÃO
PREVENÇÃO – REGRA
"Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que
concorrendo dois ou mais juízes igualmente competentes ou com
jurisdição cumulativa, um deles tiver antecedido aos outros na prática
de algum ato do processo ou de medida a este relativa, ainda que
anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (art. 70, § 3º, 711,
72, § 2º, e 78, nº 11, letra "código")" (art. 83).
Quer dizer: dois ou mais juízes têm a mesma competência para julgar
determinado processo. Mas, forma-se a competência nas mãos de um
deles, por prevenção, nas hipóteses mencionadas no artigo.
Ou: "Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu
paradeiro, será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do
fato" (art. 72, § 2º).
AVOCATÓRIA DO STF
CONFLITO NEGATIVO
"Distribuído o feito, se o conflito for positivo o relator poderá
determinar, imediatamente, que se suspenda o andamento do
processo" (art. 116, § 2º).
PROCEDIMENTO
CAPÍTULO IV
§ 13. DO CONFLITO DE JURISDIÇÃO (ARTS. 113 A
117)
Acerca do assunto, temos do STF: "Se um juiz pratica atos que levam
a ter-se ele como se dado por competente, mas, posteriormente,
pratica outro pelo qual se vê que deixou, inequivocamente, de assim
considerar-se, entendendo ser matéria afeta à Justiça Federal, e não
tendo esta última, ainda tido oportunidade de manifestar-se a respeito,
não chegou a configurar-se o conflito de competência entre os juízes:
o estadual e o federal. Remessa dos autos à Justiça Federal, a fim de
que um dos seus juízes possa manifestar-se sobre sua competência,
somente vindo a configurar-se o conflito se ele não a aceitar" (RTJ
113/955).
SUSCITANTES DO CONFLITO
Este dispositivo ajusta-se com o que consta do artigo 250, que vimos
páginas atrás, estando imbuído do mesmo espírito.