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Dicionário

da Renda Fixa
Prefácio:
Ao longo do curso “Renda fixa: investindo além da reserva” você aprendeu
que o universo da renda fixa é uma verdadeira sopa de letrinhas, não é mesmo?
São muitas siglas e termos técnicos imprescindíveis para a compreensão do
funcionamento dos vários ativos disponíveis ao investidor.

Pensando nisso, para você que já assistiu o curso e estava aí pensando em


reassisti-lo só para dar uma relembrada em algumas siglas e termos que ouviu,
a equipe do EducaMap preparou exclusivamente o Dicionário da Renda Fixa.

Na curadoria e seleção de palavras que entraram para a edição desse dicionário


foram selecionadas palavras que apareceram no curso e ainda outros termos que,
apesar de não mencionados, são também muito utilizados no dia a dia do mercado
financeiro. O intuito central desse material é relembrá-lo a respeito de algumas
peculiaridades desse universo e também de aprofundar ainda mais o conhecimento
que você aprendeu ao longo do curso.

Assim, você pode fazer consultas a qualquer hora, de forma simples e se inteirar a
respeito do vasto mercado de renda fixa.
A
Ágio:
B
B3:
lucro obtido na negociação entre um Brasil, Bolsa, Balcão. Bolsa de valores
ativo e outro. Termo frequentemente oficial do Brasil e quinta maior bolsa
utilizado nos mercados internacionais, do mercado de capitais e financeiro
onde títulos são negociados e moedas do mundo.
são trocadas.
BC:
Ativo livre de risco: Banco Central. Entidade independente
dentro de uma economia, são os títulos ou ligada ao Estado cuja função é
de dívidas emitidos pelo Tesouro a gestão da política econômica
Nacional do país. de um país.
C
Ciclos de mercado: CRI:
movimentos que o mercado faz com Certificado de Recebível Imobiliário.
certa constância de acordo com Títulos de renda fixa privada lastreados
influências macroeconômicas em dívidas de terceiros emitidos
e atuação dos grandes por instituições securitizadoras
investidores institucionais. com o propósito de financiar
exclusivamente atividades do
CDB: “Comprado”: setor imobiliário brasileiro.
Certificado de Depósito Bancário. jargão do mercado financeiro que
Título clássico de renda fixa emitido por significa que o investidor aposta na Cupom de juros:
bancos para captar recursos e financiar valorização do ativo. termo utilizado no âmbito da renda fixa
os serviços de sua carteira de clientes. para designar o pagamento semestral
Contraparte: de juros por parte de títulos de
CDI: dívida pública.
dentro de uma troca financeira, diz
Certificados de Depósito Interbancário. respeito ao outro participante
Título de renda fixa de curtíssimo prazo da negociação. Curva de juros:
usado por bancos para empréstimos curva traçada pelas expectativas
de fim de expediente. O CDI também é futuras das taxas de títulos públicos
usado pelas instituições para
COPOM:
prefixados sem cupom a partir de
captar recursos. Comitê de Política Monetário. Órgão contratos futuros de juros.
do Banco Central, formado pelo seu
CEF: presidente e diretores, que define, a
cada 45 dias, a taxa básica de juros CVM:
sigla para Caixa Econômica Federal. da economia. Comissão de Valores Mobiliários.
Autarquia vinculada ao Ministério
Certificado de recebíveis: CRA: da Economia, que tem o objetivo de
fiscalizar, normatizar, disciplinar e
são títulos de renda fixa negociados Certificado de Recebível do desenvolver o mercado de valores
no mercado financeiro lastreados por Agronegócio. Títulos de renda fixa no Brasil.
recebíveis, isto é, dívidas de empresas. privada lastreados em dívidas de
terceiros emitidos por instituições
securitizadoras com o propósito de
financiar exclusivamente atividades do
agronegócio brasileiro.
D
Debênture incentivada: Debênture perpétua:
classe de debênture emitida por classe de debênture sem prazo de
empresas do setor de infraestrutura, vencimento definido. O emissor faz
setor estratégico da economia, um acordo com o investidor quanto
contando assim com à rentabilidade e periodicidade dos
isenção tributária. pagamentos, que permanecem
“D+X”: enquanto a empresa existir.
expressão no mercado financeiro que Debênture nominativa:
expressa através de fórmula a liquidez tipo de debênture em que todo o
Debênture simples:
de um ativo. “D” = dia presente; processo de registro, controle e classe de debênture mais elementar,
“X” = nº dias úteis subsequentes. emissão é realizado pela própria não envolvendo nenhuma outra
empresa emissora. especificidade ou bônus na
DCA: estruturação do empréstimo
Debênture participativa: à empresa.
Debênture conversível em ações.
Classe de debênture que dá ao classe de debênture em que o
investidor no período de vencimento da emissor oferece ao investidor parte
Depósito a prazo:
aplicação a opção de receber o valor dos rendimentos sob a forma de produtos financeiros oferecidos pelos
investido em moeda corrente ou em participação nos lucros da empresa, bancos que pagam juros em troca de
ações da empresa emissora. além da rentabilidade já predefinida. manter recursos monetários por um
prazo de tempo pré-determinado. No
Debênture: Debênture permutável: geral, são instrumentos financeiros com
baixo risco e retorno.
título de renda fixa emitido por classe de debênture que dá ao
empresas para captar recursos investidor no período de vencimento
destinados ao financiamento próprio. da aplicação a opção de escolher entre
Depósito à vista:
receber o valor investido em moeda valor depositado em uma conta
Debênture estrutural: corrente, ações do emissor ou ainda corrente por prazo indeterminado que
ações de outras empresas. pode ser movimentado livremente pelo
tipo de debênture em que, por trás de
depositante.
todo o processo de registro, controle e
emissão, há uma instituição financeira
autorizada pela CVM
como coordenadora.
Deságio:
prejuízo obtido na negociação entre um
ativo e outro. Termo frequentemente
utilizado nos mercados internacionais,
onde títulos são negociados e moedas

E F
são trocadas.

Desconto em face:
diz respeito ao deságio que há em
relação ao valor futuro da aplicação.
Em termos práticos, quer dizer que o
título é negociado com preço menor do
que valerá no futuro.
Emissão de dívida: FGC:
“Direito”: forma de financiamento que consiste Fundo Garantidor de Créditos. Entidade
dentro de uma troca financeira, diz na tomada de dinheiro emprestado privada, sem fins lucrativos, que
respeito à prioridade no recebimento através da emissão de títulos administra o mecanismo de proteção
de algo em relação ao outro, seja financeiros na forma de dívida. aos depositantes e investidores no
dinheiro, títulos, proventos, etc.. âmbito do Sistema Financeiro Nacional
Emissor: contra instituições financeiras
a ele associadas.
DPF: instituição financeira que emite
sigla para Dívida Pública Federal. uma dívida no mercado para fins de
financiamento próprio. FGV:
sigla para Fundação Getúlio Vargas.
Duration:
Expansão da base
corresponde ao prazo médio para Financeira:
o recebimento do capital investido monetária:
acrescido de juros de um título de expressão técnica para “impressão instituição financeira integrante do
renda fixa. No âmbito dos títulos de dinheiro”. Sistema Financeiro Nacional muito
públicos, a duration também é parecida com um banco, porém focada
considerada uma medida de risco para apenas em produtos
títulos prefixados e híbridos em virtude de empréstimo.
da marcação a mercado.
I L
LFT:
sigla para Letra Financeira do Tesouro.
Antiga nomenclatura para o atual
Tesouro SELIC.

Liquidação extrajudicial:
IBGE: Lastro: instrumento jurídico estatal que se
sigla para Instituto Brasileiro de em economia, é a garantia implícita de destina a interromper o funcionamento
Geografia e Estatística. um ativo. Esse conceito é utilizado para da instituição e promover sua retirada
determinar o valor real das moedas e do Sistema Financeiro Nacional.
produtos. Por exemplo, “uma saca de
Indexadores: café equivale a R$ 1.350,00”; “US$ 1,00 Liquidez:
índices utilizados como referência equivale a R$ 5,07”. O lastro por trás
para a correção e cobrança de juros do café, nesse exemplo, é o real, assim em finanças e investimentos, diz
de contratos e negociações de bens, como no caso real, o dólar. respeito à capacidade e velocidade de
produtos, serviços e ativos financeiros. transformar uma aplicação financeira
Os principais indexadores utilizados em dinheiro.
LCA:
hoje são a taxa SELIC, o IPCA e a taxa
DI (ou “CDI”). Letra de Crédito do Agronegócio. LTN:
Títulos de renda fixa emitidos por
bancos para financiar exclusivamente sigla para Letra do Tesouro Nacional.
Inflação: atividades do agronegócio brasileiro. Antiga nomenclatura para o atual
fenômeno monetário responsável pela Tesouro Prefixao.
desvalorização de uma moeda, cujo LCI:
efeito visível é o aumento de preços e
Letra de Crédito Imobiliário. Títulos de
serviços em uma economia.
renda fixa emitidos por bancos para
financiar exclusivamente atividades do
IPCA: setor imobiliário brasileiro.
Índice de Preços ao Consumidor
Amplo. Principal índice responsável LCs:
pela aferição da inflação no Brasil. É Letra de Câmbio. Títulos de renda fixa
medido pelo IBGE. privada emitidos por bancos.
M N O
Marcação a mercado: NTN-B: “Obrigação”:
atualização diária nos preços de títulos sigla para Nota do Tesouro Nacional dentro de uma troca financeira, diz
de renda fixa ocasionando movimento Série B com Cupons Semestrais. Antiga respeito à obrigação de pagamento de
das taxas e preços para cima ou nomenclatura para o atual Tesouro algo em relação ao outro, seja dinheiro,
para baixo, criando oportunidades IPCA+ com Cupons Semestrais. títulos, proventos, etc..
inesperadas de lucros e prejuízos aos
operadores do mercado. NTN-B principal:
sigla para Nota do Tesouro Nacional
Mêsversário: Principal. Antiga nomenclatura para
na economia, diz respeito ao regime de o atual Tesouro IPCA+ sem
rentabilidade da Poupança, segundo Cupons Semestrais.
o qual a aplicação em questão rende
mensalmente, tendo os juros pagos NTN-F:
todos os meses no dia da aplicação.
sigla para Nota do Tesouro Nacional
Série F com Cupons Semestrais. Antiga
nomenclatura para o atual Tesouro
Prefixado com Cupons Semestrais.
Relação risco-retorno:
avaliação básica entre duas variáveis

P R
presentes em todos os investimentos
(risco e retorno) a fim de determinar se
a aplicação vale ou não o investimento.

Renda fixa:
regime de investimento em que todo
e qualquer aplicação tem rentabilidade
e o prazo de investimento definidos
Poupança: Rating: antes da realização da aplicação.
também conhecida como “Caderneta em português livre “classificação de
de Poupança”, são contas bancárias risco”, é uma nota que as agências Rentabilidade bruta:
remuneradas oferecidas por bancos de classificação de risco de crédito juros recebidos de uma aplicação
que se tornaram notadamente atribuem a um emissor, podendo ser sem a incidência de impostos e taxas.
tradicionais para os brasileiros. ele um país, empresa ou banco, de
acordo com sua capacidade de honrar
uma dívida.
Rentabilidade híbrida:
“Poupança Antiga”: regime de rentabilidade no âmbito da
diz respeito à regra de remuneração renda fixa calculada de acordo com
da Poupança aplicável somente aos RDB: uma taxa fixa definida no momento
depósitos feitos até 3 de maio de 2012, Recibo de Depósito Bancário. Título da aplicação e um indexador, cuja
cuja remuneração é fixa em 0,5% + TR de renda fixa emitido por bancos e performance é averiguada ao fim do
a.m.. financeiras para captar recursos e período de aplicação.
financiar os serviços de sua carteira
Poupança Nova: de clientes.
Rentabilidade líquida:
diz respeito à regra de remuneração juros recebidos de uma aplicação já
da Poupança aplicável a todos os Recebíveis: com devida incidência de impostos
depósitos feitos a partir de 3 de maio também conhecidos como “Contas e taxas.
de 2012, cuja remuneração muda de a receber”, representam o dinheiro
acordo com os patamares da SELIC. devido para uma empresa derivado
de uma venda de produto ou serviço
de crédito.
Rentabilidade pós-fixada: Risco de mercado: Securitizadora:
regime de rentabilidade no âmbito risco de o valor de um investimento instituição financeira integrante
da renda fixa calculada de acordo reduzir como resultado da volatilidade do Sistema Financeiro Nacional
com a performance de um indexador, e dos movimentos imprevisíveis responsável pela criação de
averiguada ao fim do período do mercado. títulos derivados do processo
de aplicação. de securitização.
Rolagem de dívida:
Rentabilidade prefixada: em economia, diz respeito à SELIC:
regime de rentabilidade no âmbito da prorrogação do pagamento de uma sigla para Sistema Especial de
renda fixa calculada de acordo com dívida. Em termos práticos, consiste na Liquidação e Custódia. A taxa SELIC é
uma taxa fixa definida no momento troca de títulos vencidos de uma dívida a taxa básica de juros do Brasil, sendo
do investimento. velha por títulos a vencer no futuro, responsável pelo controle dos juros e
resultando numa dívida nova. inflação no país.
Reserva de emergência:
SFN:

S
capital preservado de risco e mantido
em aplicação com liquidez usado para sigla para Sistema Financeira Nacional.
cobrir despesas fixas em caso de Conjunto de entidades e instituições
possíveis imprevistos. que promovem a intermediação
financeira no país.
Risco de crédito:
definido como o risco de um devedor Spread bancário:
não pagar integralmente seus diferença percentual entre as taxas
compromissos em tempo acordado. Securitização: de juros cobradas pelos bancos ao
Popular “calote”. termo utilizado no mercado financeiro emprestar e as taxas de juros pagas ao
para se referir ao processo de tomar emprestado.
Risco de liquidez: transformação de recebíveis em títulos
de dívidas negociáveis no mercado
possibilidade de uma instituição não
financeiro.
ser capaz de honrar suas obrigações
perante os seus investidores.
T
TR:
sigla para Taxa Referencial. Indexador
muito semelhante à taxa SELIC, usado
no passado no controle das de juros e
inflação. Atualmente é utilizada como
um dos componentes da remuneração
da Poupança e FGTS.
Taxa DI:

V
taxa de juros praticada entre
negociações interbancárias,
popularmente chamada
de “taxa CDI”.

Tesouro Direto:
programa do Tesouro Nacional que
permite a compra de títulos públicos
federais por pessoas físicas. Valor de face:
diz respeito ao valor a ser resgatado ao
Tesouro Nacional: final de um investimento vendido com
desconto em face.
órgão estatal responsável por receber
e administrar todo o dinheiro do
nosso país. “Vendido”:
jargão do mercado financeiro que
Título de dívida: significa que o investidor aposta na
desvalorização do ativo.
valores mobiliários emitidos por
instituições financeiras e empresas, que
buscam captar recursos para financiar
suas atividades, que representam uma
promessa de pagamento futura
à investidores.

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