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AUTOCLAVES

I. INTRODUÇÃO
Introdução
Apresentação da autoclave 2
Peças da autoclave 3
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II. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS


Tabela do modelo CS-150
Dispositivos de segurança
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III. INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO
Instruções de transporte
Local de instalação
6
Água
ÍNDICE

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Instalação elétrica
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IV. VERIFICAÇÕES
Verificação inicial antes de começar o ciclo 7
Instruções de Uso 7
Instruções de Segurança 8

V. CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO 9
PREVENTIVA

VII. PROCEDIMENTOSDE MANUTENÇÃO PREVENTIVA


Limpeza da caldeira 10

Limpeza dos cestos 10


Limpeza da guarnição da porta 11

IX. TABELA DE PROBLEMAS 12


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X. ESQUEMA ELÉTRICO
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XI. VISTA EXPLODIDA
XII.PREVENÇÃO DE INCÊNDIO 38
XIII.PRIMEIROS SOCORROS 67
I. INTRODUÇÃO

Este manual é destinado para uso de operadores e técnicos; eles deverão lê-lo atentamente
antes da instalação, uso ou serviço de manutenção na máquina.
As figuras deste manual podem representar detalhes ou particularidades diferentes em
relação aos componentes instalados nos equipamentos, pois são apenas de caráter ilustrativo.
Dentre os principais processos de esterilização destaca-se o método de esterilização por
vapor, por ser o meio mais barato, eficiente e difundido de esterilização existente no mercado
existindo desde meados do século XIX desenvolvido pelo físico e biólogo Charles Chamberland
(1851 – 1902). O método ideal de esterilização por calor utilizando vapor é a utilização de vapor
saturado e seco (no máximo 5% de umidade em seu volume). Quando o vapor da água é injetado na
câmara interna da autoclave e entra em contato com a parede fria do material a ser esterilizado este
se condensa e transfere o calor latente. Ao condensar e umedecer a parede do material a ser
esterilizado o vapor sofre uma contração imediata de volume deixando lugar para a entrada de mais
vapor que continua condensando-se e transferindo mais calor latente. Esse processo continua até
que o material atinja a temperatura do vapor, cessando a condensação da água destruindo os
microorganismos através da desnaturação e coagulação das proteínas.
Para entender melhor o que significa calor latente imagine uma barra de ferro que receba ou
perca certa quantidade de calor. Esse calor que a barra ganhou ou perdeu é denominado de
calor sensível, pois ele provoca apenas variação na temperatura do corpo, sem que aconteça
mudança no seu estado físico, ou seja, se o corpo é sólido continua sólido e o mesmo acontece com
os estados líquidos e gasosos. Diferente do calor sensível, quando fornecemos energia térmica a
uma substância, sua temperatura não varia, mas seu estado físico se modifica, esse é o chamado
calor latente. Esta é a grandeza física que informa a quantidade de energia térmica (calor) que uma
unidade de massa de uma substância deve perder ou receber para que ela mude de estado físico, ou
seja, passe do sólido para o líquido, do líquido para o gasoso e assim por diante.

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I.I APRESENTAÇÃO DE UMA DAS AUTOCLAVE

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I.I PEÇAS DA AUTOCLAVE
Caldeira:
Os vasos de pressão das Autoclaves PHOENIX, são classificados conforme os seguintes parâmetros:
· MPTA = 2,4 Kgf/ cm2 (Máxima Pressão de Trabalho Admissível);
·Pressão de Operação= 1,0 a 2,2 Kgf/ cm2;
·Pressão Hidrostática = 3,0 Kgf/ cm2;
·Categoria do Vaso de Pressão “V” (Base Grupo de Potencial de Risco);
·Classe de Fluído “C” (Vapor de Água).

Manípulo Baquelite:
Os manípulos de fechamento das Autoclaves PHOENIX foram desenvolvidos e são construídos em
latão e revestidos em baquelite (isolante ao calor), proporcionando segurança e melhor conforto ao
operador.

Conjunto da Tampa:
Confeccionada em liga de bronze fundido, recebe internamente um tratamento de estanho, e
externamente polida e envernizada. Sobre a tampa é acoplado todo o conjunto da válvula de
processo, juntamente com o manômetro.

Nos equipamentos com capacidades até 50 litros a tampa abre sobre a dobradiça pivotada, nos
demais, sua abertura é realizada através de pedal situado na parte inferior frontal, que levanta a
tampa permitindo girá-la para abri-la.

As autoclaves verticais possuem diversos dispositivos de segurança para proteger o usuário e o


equipamento contra acidentes, como podemos ver a seguir:
Válvula de alívio ajustada para ser atuada na Máxima Pressão de Trabalho Admissível (MPTA).
Válvula anti vácuo para permitir a entrada de ar no interior da caldeira evitando assim pressão negativa
(para equipamentos com capacidade acima de 100 litros).
Válvula com sistema de contrapeso na parte superior da tampa da autoclave. Válvula essa que além de
controlar a pressão de trabalho, tem a função de retirar a pressão existente no interior da câmara da
autoclave.

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II. CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
II.I. Tabela técnica do modelo CS150

MODELO - CS150

Caldeira Em chapa de aço inox AISI 304 - bitola 16 medindo 50cm x 70cm

Três cestos em chapa de aço inox AISI 304 - bitola 26 - 1 cesto 48cm ø x
Cestos internos
26cm altura - 2 cestos 48cm Ø x 21 cm de altura

Com duas escalas, uma para a temperatura (de 100 a 143°C) e outra
Manômetro
para pressão (de 0 a 3,0Kgf/cm2)

Gabinete Chapa de aço com tratamento anticorrosivo e pintura em epoxi

Manípulos Reversíveis, de baquelite e elemento interno em latão

De niquel cromo blindadas com tubos de cobre cromados, potência de


Resistências
6000 Watts, alimentadas por corrente elétrica com voltagem de 220 Volts

Painel Possui lâmpada indicadora de liga/desliga, chave seletora de calor e as


instruções de uso

Escoamento Total através de registro

Ciclo Operacional manual

Chave Liga/desliga com três posições para regulagem do calor

Abertura da tampa Por intermédio de pedal

Dimensões externas L= 73 X P=84 X A=122 cm

Dimensões internas 50x80cm

Peso líquido 150 kg

Potência 6000 Watts

Pressão máxima 1,5Kgf/cm2, correspondente a 127°C

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II.II– Dispositivos de Segurança:
As autoclaves verticais automáticas possuem diversos dispositivos de segurança para proteger o
usuário e o equipamento contra acidentes, como podemos ver a seguir:

• Válvula de alívio ajustada para ser atuada na Máxima Pressão de Trabalho Admissível
(MPTA).
• Válvula anti vácuo para permitir a entrada de ar no interior da caldeira evitando assim pressão
negativa (para equipamentos com capacidade acima de 100 litros).
• Válvula com sistema de contrapeso na parte superior da tampa da autoclave. Válvula essa que
além de controlar a pressão de trabalho, tem a função de retirar a pressão existente no interior da
câmara da autoclave
• Disjuntor bipolar para proteção do sistema elétrico.
• O controlador cancela o ciclo caso a temperatura no interior do equipamento esteja 3º
C acima da temperatura programada (para equipamentos com capacidade acima de 25 litros).

A manutenção desses dispositivos de segurança é primordial para que os mesmos funcionem


corretamente e estejam sempre aptos a serem acionados em caso de emergência

III. Instalação do Equipamento


III.I. Instrução de transporte
Os equipamentos são embalados em embalagens de madeira, protegendo-o contra danos durante o
transporte. Aconselhamos o transporte dos equipamentos com paleteiras ou carrinhos.
Desembale a Autoclave e verifique se todas as partes pertencentes a ela se encontram em
perfeitas condições.

III.II Local de Instalação

Desembale a Autoclave e verifique se todas as partes pertencentes a ele se encontram em


perfeitas condições.
O equipamento deverá ser instalado em “ambiente aberto” isto é, não deverá ser confinado entre
paredes. O equipamento deverá estar afastado, no mínimo, 50 centímetros de paredes e outros
equipamentos.

III.III – Água
A água a ser utilizada nos equipamentos deve atender as especificações da norma
NBR 11816:2003, conforme tabela abaixo:

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A aderência dessas partículas, no fundo da caldeira, pode causar o
aparecimento de corrosão, diminuindo consideravelmente a vida útil do
equipamento, sendo muito importante, sua limpeza periódica.
A falta da limpeza também pode ocasionar o depósito de impurezas
nas resistências elétricas, onde provocam, uma deficiência na dissipação
de calor da resistência para a água, provocando seu rompimento e a
queima definitiva.
Essas partículas, podem se desprender
e se alojar no sistema hidráulico e na
câmara de esterilização, causando
entupimentos, vazamentos, corrosão e
má performance de funcionamento do
equipamento.

Obs.: Em caso de água com dureza


muito elevada, é recomendável um
aparelho para abrandamento da água,
ou para desmineralização. É
recomendável um purificador de
água do tipo Osmose Reversa.

A entrada da água deverá ser feita por cima do aparelho, com o auxílio de uma mangueira ou
de qualquer outro recipiente. A saída da água será realizada pela parte traseira do aparelho.
Observe que existem 02 (duas) saídas. Na saída superior, existe um complemento que
deverá ser ligado a uma rede de esgoto independente ou ligá-lo a uma mangueira e
introduzi-la a um ralo sifonado.
A saída inferior deverá ser aberta periodicamente (com o equipamento desligado e frio) para
a renovação da água e eventual limpeza do reservatório.
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III.IV - Instalação Elétrica
Antes de iniciar a instalação, verifique os dados da placa de identificação fixada no equipamento.
Assegure- se que a tensão seja a mesma da rede a ser instalado e assegure- se que a chave
liga/desliga encontra-se na posição desliga.
A variação máxima de tensão é de 5% em relação a tensão nominal da rede. Valor esse medido na
máquina.
Esta autoclave é fornecida com plug para tomada industrial no qual existem 03 (três) lâminas para
o contato elétrico. Observe que uma destas lâminas é redonda e maior devendo, portanto, ser
ligada a um “TERRA” eficiente.
Os 02 (dois) bornes restantes da tomada serão ligados a rede de alimentação de 110 volts (fase e
neutro) ou 220 volts (duas fases), conforme a voltagem pré-determinada do aparelho.

* Importante: em algumas regiões, cada fase já possui tensão em 220V. Nestes casos, a
ligação do aparelho (somente 220V) deverá ser feita ligando-se a lâmina redonda no
terra, um borne na fase e o outro no neutro.

IV. VERIFICAÇÕES
IV.I VERIFICAÇÕES INICIAIS ANTES DE COMEÇAR O CICLO

- Abastecer a caldeira até cobrir o descanso do cesto, usando de preferência água destilada ou
desmineralizada, conforme item 5.3.
- Observar se o registro de limpeza do reservatório está devidamente fechado.
- Observar se o disjuntor da rede elétrica encontra-se ligado.
- Usar sempre os instrumentos empacotados, com papel grau cirúrgico, em envelopes e seladoras,
com indicadores de esterilização.

IV.II. INSTRUÇÕES DE USO


1. Abrir a tampa e colocar água na caldeira até atingir o descanso do cesto. Em segui introduzir o
material a ser esterelizado e fechar a tampa apertando os manípulos por igual em forma de cruz
2. Abrir o registro de vapor e ligar a chave comutadora na posição
3. Aguardar a total eliminação do ar interno através do bico e em seguida fechar o registro
4. Atingida a pressão de trabalho, ajustada deslocando-se o contra-peso para frente ou para
trás, mudar a chave comutadora para a posição médio para manter a pressão
5. Terminado o tempo de esterilização, desligar a chave comutadora, abrir o registro, esperar o
manômetro, voltar a zero e em seguida abrir a tampa.

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As instruções estão presentes na
autoclave, em caso de dúvida.

Limpe os materiais antes de introduzi-los na autoclave, preferencialmente em banho ultra-


sônico ou em solução desincrustante. Enxaguar em água corrente e secá-los totalmente.

ATENÇÃO: Cuidar para que o equipamento esteja distante de mãos inaptas e


curiosas, visto que, todo o conjunto da tampa adquire, em funcionamento,
temperaturas na ordem dos 100 ºC, que podem provocar o perigo de queimaduras.
São imprescindíveis utensílios de proteção, tais como luvas de trabalho, óculos de
proteção e outros.

IV.III. INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA


As considerações descritas a seguir constituem precauções, restrições e advertências com o
propósito de reduzir os riscos para os operadores e evitar riscos com o equipamento em virtude de uma
operação mal realizada. Desta forma, os funcionários de operação e manutenção deste equipamento
deverão proceder de acordo com o indicado neste manual, dando destaque aos itens listados neste
capítulo.

IV.III.I - Instalação:
A área em torno da autoclave deve ser mantida limpa e livre, evitando condições perigosas causadas por
deslizamento ou tropeços nesta área.
O Instalador e Usuário têm a obrigação cumprir as disposições legais estabelecidas na Norma NBR
5410 para a instalação e/ou funcionamento do equipamento.

IV.III.II. - Operação da Autoclave:


Os operadores que usam a autoclave devem ser treinados para esta atividade. Nunca permita que pessoas
não treinadas utilizem o equipamento.
Luvas protetoras devem ser usadas sempre que o operador estiver em contato com a câmara de
esterilização aquecida.
Cestos, recipientes, bandejas e pacotes em geral, devem ser retiradas com luvas especiais para evitar
queimaduras ao fim do ciclo de esterilização.
Luvas protetoras devem ser usadas para descarga da pressão e verificação do funcionamento da
válvula de segurança.
Nunca utilize o equipamento sem água.
Não abra a porta do equipamento se a pressão indicada no manômetro não estiver em 0 Kgf/cm2.

IV.III.III - Manutenção da Autoclave:

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A manutenção e o reparo devem ser realizados por pessoal técnico habilitado.
Desligar a energia elétrica antes de se iniciar os serviços de manutenção ou reparo do equipamento.
Tomar cuidado com todas as partes internas não protegidas do equipamento, já que estas podem causar
queimaduras durante a manutenção e reparo do mesmo.
A limpeza do gabinete deve ser realizada com a utilização de panos macios e produtos não
agressivos.
A limpeza da caldeira deve ser realizada com a utilização de panos macios e produtos não
agressivos ao aço inoxidável.
Ferramentas pontiagudas não devem ser usadas para colocar ou remover a vedação da caldeira.

CRONOGRAMA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA


- Diariamente
- Limpar internamente a caldeira.
- Limpar o (s) cesto (s) e o suporte do mesmo.
- Limpar a guarnição da tampa.

Semanalmente
- Limpar o gabinete externamente.
- Limpar a resistência elétrica.
- Limpar o reservatório de água.

Mensalmente
- Verificar o aterramento do equipamento.
- Verificar e reapertar as conexões hidráulicas.
- Verificar e reapertar os contatos elétricos e aterramento.
- Verificar a guarnição da tampa, e trocar se necessário.
- Verificar a válvula controladora de pressão.
Semestralmente
- Limpar os elementos hidráulicos.
- Verificar as válvulas de alívio de pressão.
Anualmente
- Aferir os instrumentos de controle e indicação.

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VII– PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇAÕ PREVENTIVA
Antes de iniciar a manutenção, verifique se o equipamento está desligado da rede elétrica. Se
possível, realize as manutenções com o equipamento “frio”.

VII.I - Limpeza da Caldeira


Características Técnicas: Construída com chapas de aço inoxidável AISI 304 pelo processo qualificado MIG
e TIG por soldadores também qualificados. Acabamento interno polido.
Procedimento: A limpeza é extremamente importante. A superfície brilhante ajudará a prevenir a
corrosão.
Depósitos de sujeiras podem ser facilmente removidos. Recomenda-se a utilização de produtos
apropriados para a limpeza tais como sabão neutro, detergente neutro e pano umedecido. Após o enxágüe,
secar a câmara e passar um pano embebido a álcool para desinfecção da caldeira.
Quando houver dificuldade para remover incrustações, usar esponja ou escova macia de fibras
sintéticas ou vegetais.
- Evitar contatos com metais diferentes. Isto ajudará prevenir a corrosão.
A caldeira não deve ficar em contato com desinfetante ou soluções esterilizantes por muito tempo, pois
muitas vezes estas soluções contêm cloretos que podem causar corrosão.
O pó e a sujeita depositados no aço INOX em atmosferas marinhas ou industriais, absorvem
contaminantes corrosivos. Neste caso também a evaporação e a maior concentração podem resultar
em corrosão ou dano à superfície do aço.
O ácido nítrico (HNO3) pode ser utilizado para remoção de manchas na superfície. Recomenda-se
emprega-lo na concentração de 10% (uma parte de ácido para nove partes de água), sempre
utilizando luvas de borracha e proteção para os olhos. No caso de contato acidental com a pele, lave-a com
água em abundância e siga as orientações no rótulo da embalagem.
Com a manutenção da limpeza, correta, estes depósitos serão removidos e o processo de corrosão será
inibido, garantindo aumento da vida útil da câmara.
OBS.: Os itens referentes à limpeza acima mencionados são de extrema importância, principalmente em
regiões litorâneas.
VII.II - Limpeza do(s) Cesto(s):
Características Técnicas: Fabricados em aço inoxidável, com alças para transporte também em aço
inoxidável.
Procedimento: recomenda-se a utilização de produtos apropriados para a limpeza tais como sabão neutro,
detergente neutro e pano umedecido. Após o enxágüe, secar e passar um pano embebido a álcool
para desinfecção.

VII.III- Limpeza da guarnição da porta


Características Técnicas: Fabricada em silicone
Procedimento: para uma maior vida útil da guarnição da tampa, limpar diariamente a mesma com

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álcool a fim de se retirar resíduos de sujeira que possam estar depositados. Após a limpeza lubrificar
toda a extensão da guarnição com talco neutro evitando-se excessos de talco, deixando apenas uma
camada de proteção.

VII.IV - Verificar o aterramento do equipamento


Características Técnicas: O perfeito aterramento é de fundamental importância para o funcionamento e
proteção do equipamento a fim de se evitar choques elétricos ao operador. Procedimento: O aterramento
deve ser feito com haste independente para o equipamento. Nunca utilizar o fio neutro para esse fim.
A resistência de aterramento deve ser menor ou igual a 10 ohms.
10.5 - Verificar e reapertar as conexões hidráulicas Características Técnicas: Conexões do tipo
latão, cobre ou inox.
Procedimento: Para evitar vazamentos futuros e desgaste prematuro das conexões deve-se verificar
periodicamente se estão bem vedadas, livres de vazamentos.

VII.V - Verificar e reapertar os contatos elétricos


Procedimento: Para evitar o desgaste prematuro dos contatos elétricos como os dos contatores, deve-
se verificar periodicamente se as partes estão bem conectadas e livres de mal contato.

VII.VI – Limpeza do Reservatório de Água


Procedimento: Desconectar os Taps situados na parte traseira do equipamento e escoar a água em
uma rede de esgoto independente. Recolocar os Taps.

VII.VII- Verificar as válvulas de segurança/alívio de pressão


Características Técnicas: Fixada na parte superior da tampa de bronze e com ajuste pré determinado pela
fábrica para atuação em caso de sobre pressão.
Procedimento: Acionar periodicamente a argola da válvula de alivio/segurança para verificar se a
pressão esta sendo aliviada e se o sistema de acionamento não está travado, o que impossibilitará o
acionamento automático, na pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior a Pressão
Máxima de Trabalho Admissível.

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IX- PROCEDIMENTOS DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A seguir são mostrados alguns possíveis defeitos que o equipamento pode vir a apresentar por
diversos motivos, juntamente com as suas causas prováveis e as ações a serem tomadas.
Problema Prováveis Causas Ações Recomendadas
Após apertar a chave Disjuntor da Rede desarmado Verificar o disjuntor
geral, a Autoclave não
liga Disjuntor do Painel de Comando desligado Ligar o Disjuntor do
Painel
Falta de fase elétrica Verificar a entrada das
Fusível do CLP ou da Unidade de Comando fases o Fusível
Trocar
queimado
Autoclave ligada, mas Falta de água na rede Verificar a rede de água
não entra água Registro de Entrada da Água fechado Abrir o registro de água

Filtro de Entrada de Água sujo Trocar o refil

Válvula Solenóide de Entrada da Água suja Limpar a Válvula

Válvula Solenóide de Entrada da Água queimada Trocar a Válvula


Autoclave não aquece Resistência queimada Trocar a Resistência
Contator com pólos abertos Trocar o Contator
Transdutor de Pressão desprogramado, Programar o Transdutor
indicando pressão não existente de Pressão
Autoclave aquece Falta de água na rede Verificar a rede de água
câmara externa mas Válvula Solenóide posição 3 queimada ou suja Limpar ou trocar a
não faz Pré-vácuo Válvula
Rele Térmico da Bomba de Vácuo desarmado Armar o Rele

Bomba de Vácuo queimada Trocar a Bomba de


Válvula de Ar com mau funcionamento, dando Vácuo a Válvula de Ar
Trocar
entrada de ar
Autoclave faz Pré-vácuo Válvula Solenóide que liga a Câmara Externa Trocar a Válvula
mas não entra pressão para a Interna queimada Solenóide
na Câmara Interna
Fusível da Unidade de Comando queimado Trocar o Fusível
Autoclave não entra em Sensor do PT100 aberto Trocar o Sensor do
esterilização PT100
Autoclave esteriliza mas Válvula Solenóide da Bomba de Vácuo (posição Trocar o diafragma ou a
Pressão da Câmara 08), com diafragma estourado Válvula toda
Interna não sai
Autoclave não seca Falta de água na rede Verificar rede e registro
de entrada da água
Tempo de programação de secagem insuficiente Verificar a programação

Válvula de Resfriamento da Bomba de Vácuo Trocar a Válvula


queimada
Filtro de Entrada de Água sujo Trocar o refil

Filtro Y da Bomba de Vácuo e Pulgador Limpar a tela interna do


obstruído filtro
Autoclave termina o ciclo Falta de lubrificação na guarnição Lubrificar a guarnição
mas não abre a porta com o produto
Cabo de Aço quebrado recomendado
Trocar o cabo de Aço

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Válvula para Desinflar a guarnição obstruída ou Desobstruir ou trocar a
queimada Válvula

Rele térmico da Contatora desarmado Armar o Rele, através do


botão dele
Motor queimado Trocar o motor
Ao apertar a tecla para Cabo de Aço quebrado Trocar o Cabo de Aço
fechar a porta, a mesma Rele Térmico da Contatora desligado Ligar o Rele Térmico
não se fecha
Falta uma das fases na rede Verificar a entrada das
Motor queimado fases
Trocar o motor
Falta de lubrificação nas guarnições Lubrificar as guarnições

Falta de lubrificação no cabo de aços Lubrificar os cabos de


aços
Autoclave não seca Falta de água na rede Verificar rede e registro
de entrada da água
Tempo de programação de secagem insuficiente Verificar a programação

Válvula de Resfriamento da Bomba de Vácuo Trocar a Válvula


queimada
Filtro de Entrada de Água sujo Trocar o refil

Filtro Y da Bomba de Vácuo e Pulgador Limpar a tela interna do


obstruído filtro
Terminada a Esterilização, Válvula de Ar queimada Trocar a Válvula
não entra ar na Câmara Válvula de Retenção presa Trocar a Válvula
Com o Gerador de Água Eletrodos de Nível sujos Limpar os Eletrodos de
vazio, entra aquecimento Nível
direto
Autoclave entra água, mas Eletrodos sujos Limpar os Eletrodos
não liga Contatora da Bomba de Água colada Trocar a Contatora

POSSÍVEIS PROBLEMAS NO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO


MOTIVOS DE NÃO OCORRER UMA BOA ESTERILIZAÇÃO:
Má formação dos pacotes
Má limpeza do material antes da esterilização
Embalagens primárias ou secundárias inadequadas
Mistura de material esterilizado com sem esterilizar
Ciclo de esterilização inadequado (tempo, temperatura e pressão)
Rotina de esterilização inadequada
Equipamento quebrado ou com avarias
Equipamento sem realizar a manutenção preventiva
Processo de esterilização não validado
Falha na liberação de produtos esterilizados
Contaminação de produtos já esterilizados
Fornecimentos de água e eletricidade inadequados
Outros problemas com o equipamento
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Não efetuar um ciclo em vazio após o equipamento ficar inoperante por 48 horas ou mais
- Se o problema persistir e não puder ser solucionado de acordo com as orientações
acima, desligue o equipamento e não tente liga-lo. Contate a assistência técnica.

- Recomenda-se desconectar o plug e desligar o disjuntor quando o aparelho permanecer sem uso.
- Nunca tente abrir a porta do equipamento sem antes fazer a exausta e a pressão descer a zero.

ESQUEMA HIDRÁULICO

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ESQUEMAS ELÉTRICOS

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ESQUEMA ELÉTRICO

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LOCALIZAÇÃO DAS PEÇAS

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A NBR-ISO11134:2001 determina em seu anexo A que o controle de temperatura tenha exatidão de
±1% ou melhor, na faixa de 50°C a 150°C, sendo ajustados na faixa de +0,5% na temperatura de
esterilização, enquanto o controle de pressão tenha exatidão de +1,6% ou melhor, na faixa de o a 5
bar.
Nos equipamentos atuais, a medição é feita por sensores ligados a placas de conversão analógico-
digital (que convertem o sinal do sensor em sinais binários, compatíveis com o sistema digital),
sendo que o conjunto sensor-placa deve permitir uma resolução tal que possa obter a leitura da
faixa de temperatura ou pressão melhor que o preconizado pela norma. O ideal é que o conversor
tenha resolução de pelo menos 10 bits e que os sensores utilizados alcancem esta resolução.
Quanto à calibração dos instrumentos, é sempre conveniente que o sistema permita a verificação de
todo o conjunto (a chamada calibração em malha fechada), pois assim podem-se minimizar os erros
do sistema, melhorando sua exatidão. As NBRs também preconizam que um sistema de registro da
temperatura deva estar incorporado ao
esterilizador. Este sistema de registro pode ser uma impressora, um registrador gráfico ou qualquer
outro dispositivo que permita a gravação permanente dos parâmetros de processo. O registro de
todo o processo, com a finalidade de permitir a rastreabilidade também é condição das Boas
Práticas de Fabricação.

MARCAÇÕES AFIXADAS NO
EQUIPAMENTO
Existem alguns símbolos afixados nas embalagens e equipamentos conforme definido nas normas
ISO 780, EN 980 e IEC 60601. Abaixo estão estes símbolos com seu respectivo significado.
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Corrente alternada trifásica

Desligado apenas para uma parte do equipamento

Ligado apenas para uma parte do equipamento

Atenção! Consultar documentos acompanhantes

Tensão elétrica perigosa

Risco de choque elétrico em caso de abertura

Acesso proibido a pessoas não autorizadas

Terminal de aterramento para proteção

Saída / entrada de água

Superfície quente

Comunidade Européia

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Este lado para cima
Frágil

+70°C

- 40ºC

Temperatura de armazenamento e
transporte
Não use ganchos

Proteger da chuva
Empilhamento máximo

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ACIDENTES COM AUTOCLAVE

DESCARTE DE PRODUTOS QUÍMICOS E


PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Como aumentoda industrialização e da população,observa-se um aumento crescente na geração de resíduos sólidos
industriais, especialmente nos grandes centros industriais. Esse fato tem acarretado em mais uma fonte potencialmente
poluidora do meio ambiente, o que inclui a contaminação do solo, subsolo, águas superficiais, subterrâneas e do ar.
Os acidentes ambientais envolvendo descarte de resíduos químicos ou de produtos químicos em viaspúblicas,
disposição indevida sob o solo, bem como o armazenamento inadequado de produtos químicos em indústrias, galpões
de armazenamento, massas falidas, terrenos baldios e instituições de ensino colocam em risco a saúde pública e ao
meio ambiente.
São inúmeros os casos atendidos por entidades públicas como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e órgãos ambientais
envolvendo o abandono de tambores, bombonas, sacos plásticos e outras embalagens em margens de rodovias e seus
acessos marginais, contendo resíduos químicosperigosos.
Dependendo da sua natureza química, os resíduos envolvidos causam a contaminação do ar provocando incômodos às
populações circunvizinhas. Essa situação se agrava quando alguns resíduos são queimados, o que torna mais difícil a
extinção do fogo por parte do corpo de bombeiros. Nesses casos há que se investigar o destino das águas utilizadas no
combate ao incêndio. Os acidentes ambientais de origem tecnológica de fontes estacionárias na indústria química e no
armazenamento tem sido objeto de preocupação ambiental e de segurança dos trabalhadores envolvidos nessas
instalações.

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RISCOS AMBIENTAIS
São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos
existentes nos ambientes de trabalho e capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função de sua
natureza, ou intensidade e tempo de exposição.

GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3- GRUPO 4 -


GRUPO 5 - AZUL
VERDE VERMELHO MARROM AMARELO
RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS RISCOS
FÍSICOS QUÍMICOS BIOLÓGICOS ERGONÔMICOS ACIDENTES
Esforço físico intenso Arranjo físico inadequado
Ruídos Poeiras Vírus
Levantamento e Máquinas e equipamentos
Vibrações Fumos Bactérias transporte manual de sem proteção
peso
Radiações Névoas Protozoários Exigência de postura Ferramentas defeituosas e
ionizantes Inadequada inadequadas
Neblinas
Frio Fungos Controle rígido de Iluminação inadequada
Gases produtividade Eletricidade
Calor Parasitas Imposição de ritmos Probabilidade de incêndio ou
Vapores excessivos explosão
Pressões Bacilos
anormais Substâncias, Trabalho em turno e Armazenamento inadequado
compostos ou noturno Animais peçonhentos
Umidade produtos químicos Jornadas de trabalho
em geral prolongadas Outras situações de risco que
Monotonia e poderão contribuir para
repetitividade ocorrência de acidentes.

Outras situações
causadoras do
STRESS físico e/ou
psíquico

VIAS DE PENETRAÇÃO
FATORES QUE INFLUENCIAM

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30
Capítulo 6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL

O emprego do Equipamento Individual é


uma
determinação legal, contida na Norma
Regulamentadora
n.º 6 da Portaria MTE 3214/78, que visa
disciplinar as

condições em que o mesmo deve ser empregado na proteção do trabalhador.


O empregador assume a obrigatoriedade de fornecer gratuitamente, sem nenhum ônus para o trabalhador, o
EPI adequado para a tarefa a ser executada, como meio de neutralizar agentes físicos, químicos ou biológicos,
nocivos à saúde do indivíduo.
Por outro lado, o empregado está obrigado a usar o EPI fornecido pela empresa de modo adequado e
exclusivamente para o fim a que se destina, sendo a recusa ao uso do mesmo é considerada infração que pode
ser punida, na forma da legislação, até mesmo com dispensa por justa causa do empregado faltoso.
Nenhum EPI poderá ser comercializado e/ou adquirido sem que possua o “Certificado de Aprovação” (C.A.), o
qual atesta haver sido o equipamento aprovado pela autoridade competente e apto para o fim a que se destina
(expedido pelo MTA – Ministério do Trabalho e Administração).

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR QUANTO AO EPI


Obriga-se o empregador, quanto ao EPI:
 Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
 Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do Trabalho;
 Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
 Tornar obrigatório o seu uso;
 Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
 Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica.
 Comunicar ao MTA qualquer irregularidade observada no EPI.

OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO QUANTO AO EPI


Obriga-se o empregado, quanto ao EPI:
 Usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;
 Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
 Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso.

CARACTERÍSTICAS DOS EPI’S.


Equipamento de Proteção Individual - EPI: é todo dispositivo de uso individual, destinado à proteção de
uma pessoa.
Quando usar o EPI
Quando não for possível eliminar o risco por outras medidas ou equipamentos de proteção coletiva.
Quando for necessária complementar a proteção coletiva.
Em trabalhos eventuais ou emergenciais.
Em exposição de curto período.
Como escolher o EPI

31
A escolha do EPI deve ser feita por pessoal especializado, conhecedor não só do equipamento, como também
das condições em que o trabalho é executado.
É preciso conhecer também o tipo de risco, a parte do corpo atingida, as características e qualidades técnicas do
EPI, se possui Certificado de Aprovação - CA do M.T.E e, principalmente, o grau de proteção que o
equipamento deverá proporcionar.
Classificação dos EPI
Os equipamentos de proteção individual são classificados de conformidade com a parte do
em corpo que deve ser protegida.
Proteção da cabeça
Capacete – Protetores para o crânio e para o rosto. Para o crânio, usam se diversos
tipos de capacetes ou chapéus, e para o rosto utilizam-se protetores faciais; protege de impacto de objeto, que
cai ou é projetado e de impacto contra o objeto imóvel e somente estará completo e em condições adequadas de
uso se composto de:
 Casco – é o capacete propriamente dito;
 Carneira – armação plástica, semi elástica, que separa o casco do couro cabeludo e tem a finalidade de
absorver a energia de impacto;
 Jugular – presta-se à fixação de capacete à cabeça.
O capacete de celeron - Celeron é um material que não se deforma ao contato com objetos quentes ou
respingos de líquidos a altas temperaturas. Por isso os Capacetes com casco em Celeron, além de leves e
confortáveis, são resistentes a temperatura extrema (calor).  se presta também, à proteção contra radiação
térmica.

a) Proteção dos olhos


Óculos de Segurança – Protegem os olhos de impacto de materiais projetados e de impactos contra objetos
imóveis.
Os óculos de segurança são, comprovadamente, muito eficazes quanto à produção contra impactos.
Proteção facial
Proteção facial – Protege todo o rosto de impacto de
materiais projetados e de calor radiante, podendo ser
acoplado ao capacete. É articulado com perfil côncavo de
tamanho e altura que permitem cobrir todo o rosto, sem
tocá-lo, sendo construído em acrílico, alumínio ou tela de
aço inox.

b) Proteção das laterais e parte posterior da cabeça


Capuz: Protege as laterais e a parte posterior da cabeça (nuca) de proteção das fagulhas, poeiras e similares.
Para uso em ambientes de alta temperatura, o capuz é equipado com filtros de luz, permitindo proteção também
contra queimaduras.

c) Proteção respiratória
Respiradores e Máscaras: Protegem as vias respiratórias contra gases tóxicos, asfixiantes e contra
aerodispersóides (poeiras).
Protegem não somente de envenenamento e asfixias, mas, também, de inalação de substâncias que provocam
doenças ocupacionais (silicose, siderose, etc...)
Há vários tipos de máscaras para aplicação específicas, com ou sem alimentação de ar respirável.

d) Proteção de membros superiores


Protetor de Punho, Mangas e Mangotes: Protegem o braço, inclusive o punho, contra impacto cortantes e
perfurantes, queimaduras, choques elétricos, abrasão e radiações ionizantes e não ionizantes.
Luvas: Protegem os dedos e as mãos de ferimentos cortantes e perfurantes, de calor, choques elétricos, abrasão
e radiações ionizantes.
32
e) Proteção Auditiva
Protetor Auricular: Diminui a intensidade da pressão sonora exercida pelo ruído contra o aparelho auditivo.
Existem em dois tipos básicos:
 Tipo PLUG (de borracha macia ou espuma de poliuretano), que é introduzido no canal auditivo.
 Tipo CONCHA, que cobre todo o aparelho auditivo, e protege também o sistema auxiliar de
audição (óssea).
O PROTETOR AURICULAR, não anula o som, mas reduz o RUÍDO (que é o som indesejável) a níveis
compatíveis com a saúde auditiva. Isso significa que, mesmo usando o protetor auricular, ouve-se o som mais o
ruído, sem que este afete o usuário.

f) Proteção do Tronco
Jaléco: Protege troncos e braços de queimaduras, perfurações,
projeções de materiais particulados e de abrasão, calor radiante e frio.

Avental: Protege o tronco frontalmente e a parte dos membros


inferiores – alguns modelos (tipo barbeiro) protegem também os
membros superiores – contra queimaduras, calor radiante,
perfurações, projeção de materiais particulados, ambos permitindo
uma boa modalidade ao usuário.

g) Proteção da Pele
Luva Química: Creme que protege a pele, especialmente do rosto e dos membros superiores contra a ação dos
solventes, lubrificantes e outros produtos agressivos.

h) Proteção dos Membros Inferiores


Calçados de Segurança: Protege os pés contra impactos de objetos que caem
ou são projetados, impacto contra objetos imóveis e contra perfurações.

Perneiras: Protegem as pernas contra projeções de aparas, fagulhas, limalhas,


etc., principalmente de materiais quentes.
k) Proteção Global contra Quedas
Cinto de Segurança: Cinturões antiquedas que protegem o homem nas atividades
exercidas em locais com altura igual ou superior a três metros, composto de
cinturão, propriamente dito, e de talabarte, extensão de corda (polietileno, nylon,
aço, etc.) com que se fixa o cinturão à estrutura firme.

Equipamento de Proteção Coletiva - EPC: é toda medida ou


dispositivo, sinal, imagem, som, instrumento ou equipamento destinado à
proteção de uma ou mais pessoas.

33
HOMEM 6MÓDULO II
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS.

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO


Conforme estabelece a Portaria 3214/78 (NR-23) toda empresa deverá ter sua brigada contra incêndio composta por
pessoas treinadas no uso correto dos equipamentos de combate á incêndio
TREINAMENTO E RECOMENDAÇÕES PARA O CASO DE INCÊNDIO
O treinamento deverá ser dado a todo elemento da brigada, ensinando-o a:
 saber localizar, de imediato, o equipamento de combate ao fogo;
 Utilizar de um extintor;
 engatar mangueiras;
 fechar uma rede de “splinkers”( chuveiros automáticos contra fogo ).
Durante o treinamento deverá ser dado ênfase ao controle de pânico e evacuação da área, verificando as vias de
acesso, portas de emergências, significado do sinal de alarme, deixando bem caracterizadas as rotas de fuga. Os
exercícios poderão ser realizados sem aviso prévio ( mas programado ), com a simulação do incêndio real, testando-se
a eficiência do material de proteção contra incêndio e o desempenho da brigada.
Providências: Recomendações para o caso de incêndio:
 Toda área deve ser evacuada.
 A brigada não tem todos os recursos e não domina todas as técnicas de combate ao fogo. Portanto em caso de
dúvidas, deve ser chamado imediatamente o Corpo de Bombeiros;
 Antes de dar-se combate a incêndio, deve se desligada a entrada de força a emergência.
 Em qualquer caso, deve ser mantida a calma, deve-se atuar com serenidade.
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
Como já foi dito a medida para prevenir o incêndio é não permitir que se forme o tetraedro do fogo. Armazenagem de
Material
 Manter sempre, se possível, a substância inflamável longe de fonte de calor e de comburente, como no caso de
operações de solda e oxi-corte.
 Manter sempre no local de trabalho, a mínima quantidade de inflamável para uso, como no caso, por exemplo, de
operações de pintura, nas quais o solvente armazenado deve apenas ser o suficiente para um dia de trabalho;
 Possuir um depósito fechado e ventilado para armazenagem de inflamáveis e, se o mais longe da área de
trabalho de operações;
 Proibição de fumar nas áreas onde existem combustíveis ou inflamáveis.
a) Manutenção Adequada
 Instalação elétrica apropriada
 Fios expostos ou descascados podem ocasionar curtos-circuitos, que de focos de incêndio se encontrarem
condições favoráveis à formação de chamas.
 Instalações elétricas mal projetadas
 Poderão provocar aquecimento nos fios e podem ser de origem de incêndios.
 Pisos anti-faíscas
 Em locais onde há inflamáveis, os pisos devem ser anti-faíscas, porque, um simples prego no sapato poderá
ocasionar um incêndio. Pela mesma razão, chaves elétricas blindadas oferecem maior proteção que chaves de faca.
 Instalação Mecânica
 Falta de manutenção e lubrificação em equipamentos mecânicos pode ocasionar aquecimento por atrito em
partes móveis, criando a perigosa fonte de calor.
b) Ordem e limpeza
 Os corredores, com papéis e estopas sujas de óleo pelo chão, são lugares onde o fogo pode começar a se propagar,
sendo mais difícil a sua extinção.
O FOGO – PROCESSOS DE EXTINÇÃO
O fogo é representado pelo tetraedro, que por ser uma figura geométrica de quatro lados, simboliza os quatro componentes
necessários para que exista fogo.
Combustível, Comburente, Energia para Ignição e Reação molecular.
 Combustível – aquilo que vai queimar e transformar-se;
 Calor – que dá início à combustão; (Energia)
 Oxigênio – gás que existe no ar atmosférico e que é chamado de comburente.
 Reação Molecular – É quando o fogo se mantém. (Condições do ambiente, reação em cadeia
Esses elementos são denominados elementos essenciais do fogo. Isso quer dizer, que se faltar um deles, não haverá
fogo. São representados pelo tetraedro do fogo.

35
Eliminando um desses elementos, terminará a combustão, isto é, a queima.
É preciso conhecer e identificar bem o incêndio que se vai combater para escolher o equipamento correto. Um erro na
escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater as chamas ou pode piorar a situação aumentando as
chamas, espalhando-as ou criando novas causas de fogo.
CLASSES DE INCÊNDIO
Os incêndios são divididos em quatro (4) classes:
Classe A – Combustível comum
Ex.: papéis, madeira, tecidos. Lixo etc,.
Características: Queimam em profundidade, deixa resíduos após a queima (cinzas).
Modo de eliminação: resfriamento (água pura ou soluções de água com algum produto).
Classe B – líquidos inflamáveis
Ex.: álcool, benzol, gasolina, óleo, tinner, graxa, etc,.
Características: Queima somente na superfície, não deixa resíduos.
Modo de eliminação: Abafamento (extintor de gás carbônico, pó químico ou espuma química).
Classe C – Equipamentos elétricos
Ex.: motores, geradores, instalações elétricas, etc,.
Características: Deixa resíduos, queima por completo.
Modo de eliminação: Classe D – Metais Pirofóricos Ex.: magnésio, acetileno, butano, GLP, etc,.
Características: Modo de eliminação:
TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE COMBATE À INCÊNDIO. Os mais utilizados são:
 extintores
 hidrantes
 chuveiros automáticos ou outros..
EXTINTORES :
AGENTES EXTINTORES
São aparelhos portáteis ou carroçáveis que servem para extinguir princípios de incêndio. Os
extintores devem estar em local bem visível e de fácil acesso. Os extintores não são automáticos
ou auto ativados, se o incêndio começa eles continuam pendurados, inertes no lugar e nada
acontece, pois são as mãos humanas que, precisam levá-los ao lugar necessário, apontá-los
corretamente, ativá-los de modo a extinguir as chamas. São substâncias
que aplicadas ao fogo causam sua extinção. Os mais usados e conhecidos
são: a água, a espuma mecânica, o pó químico seco e o gás carbônico
(dióxido de carbono

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ÁGUA PRESSURIZADA - AP: É o agente extintor mais utilizado pelo seu poder extintor, baixo custo e pela facilidade
com que é encontrado na natureza. Sua principal ação extintora é por resfriamento, mas quando aplicada sob a forma de
neblina ou vapor age também por abafamento. Por ser a água condutora de eletricidade não deve ser aplicada para combate
a incêndios em equipamentos elétricos energizados a não ser em casos especiais sob forma de neblina.

PÓ QUÍMICO SECO – PQS ; Há várias composições de pós que, quando aplicadas sobre o fogo, extinguem-no,
principalmente por quebra da reação em cadeia. As composições dividem em tipo BC (líquidos inflamáveis e energia
elétrica); ABC (múltiplo uso, polivalente, para fogo em sólidos, líquidos
inflamáveis e eletricidade); e D (metais combustíveis).

GÁS CARBONICO – CO²


É um gás incombustível,
inodoro, incolor, não é tóxico
e não conduz corrente
elétrica, sendo, portanto o
agente extintor mais utilizado
para combate a incêndio envolvendo equipamentos elétricos energizados. É
mais pesado que o ar, impedindo que o oxigênio alimente a combustão, agindo
por abafamento. Em virtude de sua baixa temperatura ao vaporizar-se age,
secundariamente, por resfriamento. Pode também ser utilizado no combate a incêndios em líquidos combustíveis ou
inflamáveis. Por ser o CO2 asfixiante, não devemos aplicá-lo em recinto fechado, sem ventilação com pessoas no seu interior.
Utilização dos Extintores Portáteis
Os aparelhos extintores possuem operações de manejo semelhantes, cabendo observar a distância em relação à base do
fogo (local onde as chamas se originam). Os procedimentos gerais em relação ao manuseio dos aparelhos extintores são
1º - Identifique a classe do incêndio
2º - Retire o extintor adequado do seu suporte
3º - Rompa o lacre e retire o pino de segurança

4º - Teste o extintor, acionando o gatilho


5º - Desloque-se para o local do sinistro
6º - No local, observar a direção do vento, uma vez que o extintor de incêndio deve sempre ser utilizado a favor do vento;
7º - Apontar o esguicho (extintores de AP e PQS) e difusor (extintor de CO2) para o foco e acionar o gatilho, dirigindo o jato a base
do fogo, a uma distância de aproximadamente 01 metro.

Erros comuns na utilização dos


extintores: - Utilizar o extintor de
forma inadequada

OUTROS AGENTES; Além dos já citados, podemos considerar como agentes extintores terra, areia, cal, talco, etc.
LOCALIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EXTINTORES
Os extintores portáteis devem ser instalados, de tal forma que sua parte superior não ultrapasse a 1,60 m de altura em relação
ao piso acabado. A sinalização do local do extintor deverá ser por círculos vermelhos ou seta em vermelho com bordas

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amarelas. Em baixo de cada extintor deverá existir uma larga área do piso, com no mínimo, 1m x 1m, pintada de vermelho, que
não poderá ser obstruída em hipótese alguma, além de ser exigido, pelo menos, um corredor de acesso livre.
Os extintores deverão ser colocados em locais de fácil visualização e acesso e onde haja menos probabilidade do fogo
bloquear seu acesso. Não devendo ser localizados nas paredes das escadas e os sobre rodas (carretas) deverão ter garantido
sempre o livre acesso (transporte) a qualquer ponto de sua área de cobertura.
Quando o extintor encontra-se instalado num pilar, devem ser sinalizadas todas as faces do pilar.
Posicionamento do extintor: A parte superior do extintor portátil deve ficar no máximo 1,60m do piso.
 Não deve ser localizado nas paredes das escadas.
 Extintor sobre rodas deve ser posicionado em pontos centrais em relação aos extintores manuais e aos limites da área
a proteger. Identificação do extintor: Retângulo indicador da posição do extintor deve conter uma legenda para identificar o tipo
de agente contido no extintor. Esta legenda escrita em letras brancas, deve obedecer aos seguintes critérios:
AGENTE LEGENDA
Água AP
Gás Carbônico CO2
Espuma LGE
Pó Químico PQS

CUIDADOS
 Todos os extintores deverão ser revisados e testados hidrostaticamente a cada 5 anos.
 Extintores de água, pó químico seco, devem ter suas cargas trocadas anualmente.
 Os extintores de CO2 devem ser pesados a cada seis meses e as ampolas de gás dos extintores de água e de pó químico seco
(aparelhos pressurizados) a cada três meses

MÓDULO III
PRIMEIROS SOCORROS
Seja qual for o trabalho desempenhado, é possível que ele seja acionado para atender e socorrer vítimas dos mais variados
acidentes. Nessas horas, é importante que ele saiba como atuar para realmente ajudar o acidentado, pois o socorro
inadequado pode muitas vezes significar o agravamento das lesões sofridas pelas vítimas ou mesmo a sua morte. É importante
que o trabalhador conheça e saiba colocar em prática os conhecimentos para fornecer o suporte básico de vida. Saber fazer o
certo, na hora certa, pode significar a diferença entre a vida e a morte de um acidentado. Além disso, aplicação correta dos
primeiros socorros pode minimizar os resultados decorrentes de uma lesão, reduzir o sofrimento da vítima e colocá-la em
melhores condições para receber o tratamento definitivo.
CONCEITOS
⇒ Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa cujo estado físico coloca em perigo a sua vida ou a sua saúde,
com o fim de manter as suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições, até que receba assistência médica especializada.
GERENCIAMENTO DE RISCOS
Consistem na avaliação minuciosa por parte do brigadista em toda a cena de emergência, possibilitando eliminar ou minimizar, as situações
de risco existentes: incêndio, explosão, choque elétrico, contaminação com produtos químicos e agentes biológicos, intoxicação, asfixia,
atropelamento, ocorrência de novos acidentes etc.

EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)

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EPIs são equipamentos destinados à proteção da integridade física do socorrista durante a realização de atividades onde possam existir
riscos potenciais à sua pessoa.

ABORDAGEM DA VÍTIMA
A abordagem tem como objetivo determinar a situação atual da vítima. Desenvolve-se uma impressão geral, estabelecem-se
valores para os estados respiratórios, circulatório e neurológico. Em seguida, são rapidamente encontradas e tratadas as
condições que ameaçam a vida. Se o tempo permitir, mais frequentemente, quando o transporte está sendo efetuado, é feita
uma avaliação detalhada de lesões sem risco de vida ou que comprometam membros.Todas essas etapas são realizadas com
rapidez e eficiência com o intuito de minimizar o tempo gasto na cena. O processo de abordagem da vítima divide-se em quatro
fases:
 Avaliação geral da vítima;
 Exame primário;
 Exame secundário;
 Monitoramento e reavaliação.

AVALIAÇÃO GERAL DA VÍTIMA


Antes de iniciar o atendimento propriamente dito, o brigadista desenvolverá uma impressão geral da vítima (se há e quantidade de sangue,
falta de parte do corpo etc) que poderá direcionar o seu atendimento e poupar tempo.
EXAME PRIMÁRIO
Podemos conceituá-lo como sendo um processo ordenado para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida em
curto prazo.
É uma avaliação rápida, dividida em cinco etapas (ABCDE do trauma).
X – Grandes hemorragias
A - (Airway) permeabilidade das vias aéreas e controle da coluna cervical
B- (Breathing) ventilação. Se respira e como se processa essa respiração
C- (Circulation) verificar pulso, hemorragia e risco de estado de choque
D- (Disability) incapacidade neurológica
E- (Exposure) exposição de ferimentos
Como realizar o exame primário?
X – Verificar se tem muito sangue próximo da vítima, caso seja positivo estancar com pano e pressão direta no ferimento
A - Abertura das vias aéreas e controle da cervical
- Posicione-se ao lado da vítima em uma posição estável.
- Apoie a cabeça da vítima com uma das mãos, sobre a testa da vítima, com o objetivo de evitar a movimentação da cabeça e do
pescoço, até que se coloque o colar cervical.
- Mantenha a estabilização da cabeça da vítima, e com a outra mão provocar estímulos na lateral de um dos ombros da vítima, não o
movimentando.
- Apresente-se ao paciente e solicite o seu consentimento.
O que aconteceu?”. Uma resposta adequada permite esclarecer que a vítima está consciente, que as vias aéreas estão desobstruídas e
que respira;
Estabilização da cervical e estímulo verbal
Se a vítima não responder aos estímulos (paciente inconsciente), devemos realizar a
abertura da cavidade oral e observar se existe algum corpo estranho impedindo a
passagem do ar. Deve ser feita a varredura digital em adultos e crianças, e pinçamento em
lactentes.
B Verificar a respiração
Após a abertura das vias aéreas, deve-se verificar se a vítima está respirando espontaneamente. Caso a vítima não esteja
respirando, fazer duas ventilações de resgate
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(uso de ambú, pocket mask etc). Observar se houve passagem do ar (elevação do tórax e/ou abdome). Em caso negativo, iniciar
manobra de desobstrução de vias aéreas (OVACE). Em caso positivo, checar pulso carotídeo: paciente sem pulso→iniciar manobra de
reanimação pulmonar (esses procedimentos serão descritos logo adiante);
C - Verificar a circulação
Após a existência ou não da respiração, deve-se verificar a circulação da vítima que nos adultos e crianças deve ser observada na
artéria carótida, e nos lactentes na artéria braquial. Após a verificação do pulso, observar a existência de grandes hemorragias e,
encontrando alguma estancá-la rapidamente, utilizando um dos métodos que veremos à frente.
1) Verificação na artéria carótida; Localize na vítima o “Pomo de Adão” e coloque o dedo indicador e
médio nesse local; deslize os dedos no sulco entre a traqueia e o músculo lateral do pescoço mais
próximo a você; e exerça pequena pressão neste ponto sentindo o pulsar da artéria carótida.
2) Verificação na artéria braquial
Incapacidade neurológica
Observar as pupilas da vítima, pois em situação normal são do mesmo tamanho e possuem contornos regulares.Pupilas contraídas é
indicativo de má oxigenação no cérebro, e em caso de trauma a anormalidade das pupilas se apresentam em lado oposto ao
traumatizado.

OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO – OVACE


A OVACE é a obstrução súbita das VA superiores, causada por corpo estranho. Em adulto, geralmente, ocorre
durante a ingestão de alimentos e, em criança, durante a alimentação ou recreação (sugando objetos pequenos).
Quando uma pessoa consciente estiver se engasgando, os seguintes sinais podem indicar uma obstrução grave ou
completa das vias aéreas que exige ação imediata:
•Sinal universal de asfixia: a vítima segura o pescoço com o polegar e o dedo indicador;
•Incapacidade para falar;
•Tosse fraca e ineficaz; •Sons inspiratórios agudos ou ausentes;•Dificuldade respiratória crescente;
•Pele cianótica.
A desobstrução das vias aéreas deve seguir as manobras:
Vítima consciente: Perguntar à vítima se a mesma está engasgada, se afirmativo, iniciar a
manobra de Heimlich, que consiste:
Em pé ou sentada:
•Posicionar-se atrás da em vítima, abraçando-a torno do abdome;
•Colocar a raiz do polegar de uma das mãos entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifóide;
Estando a vítima em pé, ampliar sua base de sustentação,afastando as pernas e colocando uma delas entre as pernas da vítima; Pressionar o
abdome da vítima puxando-o para si e para cima, por 5 vezes, forçando a saída do corpo estranho;
• Observar se a vítima expele o corpo estranho e volta a respirar normalmente;
• Continuar as compressões até que a vítima expila o objeto ou perca a consciência.
Obs. 2: se a vítima da obstrução for a própria pessoa e essa se encontrar sozinha, deverá forçar a tosse de maneira insistente, ou utilizar-se
do espaldar de uma cadeira para que seja possível comprimir o abdome.
Deitada:
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•Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
•Ajoelhar-se ao lado da vítima ou a cavaleiro sobre ela no nível de suas coxas,
com seus joelhos tocando-lhe lateralmente o corpo
•Posicionar a palma da mão sobre o abdome da vítima, entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical, mantendo as mãos sobrepostas;
•Aplicar 5 compressões abdominais no sentido tórax; •Abrir a cavidade oral e observar se o corpo estranho está visível e removê-lo;
•Repetir o processo de compressão e observação da cavidade oral até que o objeto seja visualizado e retirado ou a vítima perca a
consciência.
Vítima Inconsciente: Para vítimas sem responsividade, deve ser aplicada a RCP, pois as compressões torácicas forçam a
expelição do corpo estranho e mantém a circulação sanguínea, aproveitando o oxigênio ainda presente no ar dos pulmões.
Importante ressaltar que durante a abertura das vias aéreas para a aplicação das ventilações de resgate, o socorrista deverá
inspecionar a boca e remover quaisquer objetos visíveis.
MANOBRA DE DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS EM BEBÊ: Para crianças maiores de um ano, aplicar a manobra de Heimlich, de
forma semelhante à do adulto, levando-se em consideração a intensidade das compressões que será menor; nos lactentes, para
realizar a manobra de desobstrução, o socorrista deverá tomar os seguintes procedimentos, após falhar a segunda tentativa de
ventilação de resgate:
•Segurar o bebê sobre um dos braços, com o pescoço entre os dedos médio e polegar e com o dedo indicador segurar o queixo da
vítima para manter as vias aéreas abertas, deixando-o com as costas voltadas para cima e a cabeça mais baixa que o tronco;
•Dar 5 pancadas com a parte hipotenar da mão entre as escápulas do bebê;
•Girar o bebê de modo que ele fique de frente, ainda mantendo a cabeça mais baixa do
que o tronco, e efetuar 5 compressões torácicas através dos dedos indicador e médio
sobre a linha dos mamilos (idêntica às compressões realizadas na RCP);
•Colocar o bebê sobre uma superfície plana e tentar retirar o corpo estranho;
•Realizar 1 insuflação e, caso o ar não passe, reposicionar a abertura das vias aéreas; •Abrir as vias aéreas e efetuar outra insuflação.
Caso o ar não passe, retornar para as pancadas entre as escápulas e as compressões torácicas, e repetir os procedimentos até que o
objeto seja expelido ou a vítima fique inconsciente. Nesse caso, proceder a manobras de RCP (ressuscitação cardiopulmonar)
PARADA RESPIRATÓRIA E CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
Parada respiratória é a supressão súbita dos movimentos respiratórios, que poderá ou não, ser acompanhada de parada cardíaca.
São causas de parada respiratória por ordem de incidência: doenças do pulmão, trauma, obstrução de Vias Aéreas, overdose por
drogas, afogamento, inalação de fumaça, epiglotite e laringite e choque elétrico;
A parada cardiorrespiratória é o cessar da atividade mecânica do coração. Ao se detectar uma parada cardíaca, o socorrista deve realizar
compressões torácicas, de acordo com os passos que veremos a seguir.
MANOBRA DE REANIMAÇÃO RESPIRATÓRIA E CARDIORRESPIRATÓRIA
A reanimação cardiorrespiratória ou cardiopulmonar requer uma sequencia de procedimentos parecido com o ABCD da avaliação inicial,
com a diferença que o “D” da RCP (ressuscitação cardio pulmonar) se refere à desfibrilação:
 X -Grandes hemorragias
 A - Vias aéreas: manter as vias aéreas para a passagem do ar;
 B - Respiração: ventilar os pulmões da vítima com pressão positiva;
 C- Circulação: fazer compressões torácicas;
 D - Desfibrilação: aplicação de choque para fibrilação ventricular sem pulso. As técnicas de desfibrilação não serão abordadas
nesta apostila.
Estabelecido que a vítima apresenta os sinais característicos de parada cardiopulmonar, você deve iniciar os procedimentos de RCP. Para
tanto, antes deve-se garantir que a vítima esteja em decúbito dorsal (costas no chão) e em uma superfície rígida.
Verificar grandes hemorragias – PRIMORDIAL – HORA OURO
VIAS AÉREAS (A)
1º passo: Na ausência de suspeita de trauma (vítimas clínicas), realize a manobra de inclinação da cabeça-elevação do queixo. Ao
suspeitar de eventos traumáticos realizar manobra de empurre mandibular.

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2º passo: inspecione a cavidade oral e certifique-se que não há nenhuma obstrução por prótese, vômito, sangue e outros. Retirar conforme
técnicas já descritas.
2. RESPIRAÇÃO (B)
3º passo: Fazer o VOS (ver, ouvir e sentir). Se não há nenhuma movimentação do tórax e nenhum ar exalado, a vítima está sem respirar. O
ideal é que essa avaliação dure de 3 à 5 segundos. Se constatar que não há respiração, a respiração é inadequada ou ainda, você
não tem certeza sobre a situação, inicie as ventilações artificiais.
4º passo: Realize 2 (duas) ventilações de resgate - boca-boca, boca-máscara, boca- nariz, bolsa-válvula-máscara e observe se houve
passagem de ar. As ventilações devem ter a duração de 1 segundo e um intervalo de aproximadamente 4 segundos entre elas, permitindo
assim a expiração.
Entretanto, o importante é observar se o volume de cada ventilação está sendo suficiente para produzir uma elevação torácica visível.
Devem-se evitar ventilações longas ou forçadas, pois pode exceder a pressão de abertura do esôfago, provocando distensão gástrica,
regurgitação e aspiração. Cuidado maior quando se trata de crianças e lactentes, onde o volume de ar insuflado deverá ser menor. Se
possível, a cânula orofaríngea deverá ser usada nesse momento;
5º passo: Se houve passagem de ar e a vítima não respira, mas possui pulso, isto é, a vítima está em PARADA RESPIRATÓRIA, deve-se
realizar a reanimação pulmonar, que consiste em ciclos de 10 a 12 ventilações por minuto para um adulto (1 ventilação a cada 5 segundos)
e 12 a 20 ventilações por minuto para lactentes ou crianças ( 1 ventilação a cada 3 segundos).
Após cada ciclo, observar se a vítima ainda apresenta pulso carotídeo. Continuar com as ventilações até que a vítima restabeleça a
respiração ou entre em parada cardiorrespiratória.
CIRCULAÇÃO (C)
6º passo: Checar pulso em artérias centrais, como carótida e femoral; em lactentes, utiliza-se a palpação da artéria braquial. Se ausente, a
vítima apresenta PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA, deve-se iniciar a compressão torácica externa na metade inferior do osso esterno.
Sequência:
6.1.1 Manobra de RCP
a) Localizar o ponto de compressão
Adulto e criança: Dois dedos acima do processo xifóide.

Em Criança Lactente: Um dedo abaixo da linha imaginária, entre os mamilos.


Após localizar o ponto correto da compressão cardíaca, o socorrista deve realizar as compressões usando o peso do tronco nos
adultos, peso do braço em crianças e peso da mão em lactentes. Os dedos não devem encostar-se ao tórax da vítima, somente em vítimas
lactentes que ao usar o peso da mão, o socorrista usará os dedos em contato com o tórax da vítima.
b) Realizar as compressões e insuflações quando o socorrista tiver certeza que a vítima não respira e não tem pulso, deve intercalar
compressões cardíacas com respirações artificiais (insuflações), de acordo com a tabela a seguir.
Adulto Criança Lactente
Duas mãos sobre o Dois dedos abaixo dos
Posição das mãos Uma mão sobre o esterno
esterno mamilos
Compressão 5 a 6 cm 4 a 5 cm 4 cm
30 compressões e 30 compressões e 15 compressões e
Repetições
02 insuflações 02 insuflações 02 insuflações
Ciclos 5 vezes 5 vezes 5 vezes

Uma vez iniciado o procedimento, o mesmo só para com a chegada de uma equipe de socorro especializada, com a chegada da vítima em
um hospital ou quando esboçar algum sinal de retorno dos sinais vitais. O socorrista deve monitorar constantemente a vítima. O
procedimento de reanimação poderá ser realizado por dois socorristas, que inverterão suas posições de compressão e insuflação ao final do
ciclo.
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HEMORRAGIA. Estancar imediatamente a hemorragia, fazendo no local um dos métodos que veremos mais à frente (nos casos de
hemorragia externa, pois não existe nenhum método de estancamento para hemorragia interna). É o extravasamento de sangue provocado
pelo rompimento de um vaso sanguíneo: artéria, veia ou capilar. Dependendo da gravidade pode provocar a morte em alguns minutos. O
controle de grandes hemorragias é prioridade.
HEMORRAGIA INTERNA. Esse tipo de hemorragia ocorre quando o sangue extravasado do vaso sanguíneo permanece dentro do
corpo da vítima. É o tipo de hemorragia mais perigosa, pois tanto a sua identificação quanto o seu controle são mais difíceis de serem
feitos fora do ambiente hospitalar. Mantenha a vítima em repouso e tranquilize-a; trate o estado de choque. Não remova um curativo já
colocado, caso não tenha ocorrido a contenção, coloque mais curativo sobre o primeiro, e proceda assim até que seja feita a contenção da
hemorragia. Sinais e Sintomas de Hemorragia Interna
 •Dor local;
 •Pele pálida e fria;
 •Edema em expansão;
 •Sangramento pelo ouvido e nariz (hemorragia cerebral);
 •Sede;
 •Fraqueza, tontura e desmaio;
 •Membro sem pulso, muitas vezes associada à fratura.
Tratamento da Hemorragia Interna
 •Mantenha as vias aéreas liberadas;
 •Manter a vítima deitada e o mais imóvel possível;
 •Use talas infláveis em caso de fraturas (exceto fraturas expostas);
 •Transporte na posição de prevenção ao estado de choque;
 •Não dê nada para a vítima beber;
 •Conduzir com urgência para um pronto socorro.
HEMORRAGIA EM MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
É de mais fácil identificação, pois basta visualizar o local onde ocorre a perda de sangue. Os sinais e sintomas são praticamente os
mesmos descritos para as hemorragias externas, e os métodos de contensão, veremos a seguir:
Com pressão Direta. Comprimir diretamente o local de sangramento usando compressa estéril, se possível. Nos ferimentos com
objetos penetrantes, devem-se comprimir ambos os lados do objeto. Pode-se fazer um curativo compressivo usando compressas ou
faixas elásticas, se isso for suficiente para o estancamento da fratura, caso contrário mantenha a compressão direta. Quando se
localiza grande hemorragia deve-se imediatamente realizar-se a compressão direta para posteriormente fazer tamponamento.
Pontos de Pressão. Outro método de controlar o sangramento é aplicando pressão profunda sobre uma artéria proximal à lesão. Esta é
uma tentativa de diminuir a chegada de sangue à ferida. Os principais pontos de pressão é a artéria braquial, a artéria axilar, a artéria
poplítea, a artéria femoral.

QUEIMADURAS. Lesão do tecido de revestimento do corpo, causada por agentes térmicos, químicos, radioativos ou elétricos,
podendo destruir total ou parcialmente a pele e seus anexos, até atingir camadas mais profundas (músculos, tendões e ossos). Ex: vapores
quentes; substâncias químicas (ex. ácidos); Radiações infravermelhas e ultravioletas; eletricidade.
CLASSIFICAÇÃO DAS QUEIMADURAS: Quanto à profundidade: 1º, 2º e 3º graus.
Queimaduras de 1º grau
 Lesão superficial da epiderme;
 Vermelhidão;
 Dor local suportável;
 Não há formação de bolhas;
 Lavar o local com água fria corrente.
Queimaduras de 2º grau

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o Lesão da epiderme e derme;
o Formação de bolhas;
o Desprendimento de camadas da pele;
o Dor e ardência de intensidade variável;
o Lavar o local com água fria corrente.
Queimaduras de 3º grau
• Lesão da epiderme, derme e tecido subcutâneo;
• Destruição dos nervos, músculos, ossos, etc.;
• Retirar anéis, pulseiras, tornozeleiras e congêneres, pois a vítima provavelmente sofrerá inchaço.

Torniquete; Essa técnica interrompe a circulação.

Amputação: guardar a parte amputada envolta em gaze ou compressa estéril (pode ser também um pano limpo), umedecido com
solução fisiológica; colocar a parte amputada, agora protegida, dentro de
um saco plástico e em seguida dentro de um segundo saco ou caixa de
isopor repleta de gelo e transporta-la ao hospital

. Picadas e Ferroadas de Animais Peçonhentos


Animais peçonhentos são aqueles que introduzem no organismo humano substâncias
tóxicas. Por exemplo, cobras venenosas, aranhas e escorpiões. Se possível deve-se capturar ou identificar o animal que picou a
vítima, mas sem perda de tempo com esse procedimento. Na dúvida, tratar como se o animal fosse peçonhento.
Sinais e Sintomas
 Marcas da picada; Dor, inchaço; Manchas roxas, hemorragia; Febre, náuseas; Sudorese, urina escura;
 Calafrios, perturbações visuais; Eritema, dor de cabeça;
 Distúrbios visuais; Queda das pálpebras;
 Convulsões; Dificuldade respiratória.
Cobras. Primeiros Socorros
• Manter a vítima deitada. Evite que ela se movimente para não favorecer a absorção de veneno;
• Se a picada for na perna ou braço, mantenha-os em posição mais baixa que o coração;
• Lavar a picada com água e sabão;
• Colocar gelo ou água fria sobre o local;
• Remover anéis, relógios, prevenindo assim complicações decorrentes do inchaço;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para que possa receber o soro em tempo;
• Não fazer garroteamento ou torniquete;
• Não cortar ou perfurar o local da picada.
Medidas Preventivas. • Usar botas de cano longo e perneiras; • Proteger as mãos com luvas de raspa ou vaqueta;
• Combater os ratos • Preservar os predadores • Conservar o meio ambiente.
Escorpiões/Aranhas. Sinais e Sintomas
• Dor; • Eritema; • Inchaço; • Febre; • Dor de cabeça.
Primeiros Socorros. • Os mesmos utilizados nas picadas de cobras;
• Encaminhar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo, para avaliar a necessidade de soro específico.
PICADAS E FERROADAS DE INSETOS: Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves ou generalizadas, devido a picadas de
insetos (abelhas e formigas).
OBS: Especial cuidado deve ser dado a picadas múltiplas ou simultâneas. Têm sido descritos casos fatais por ataque de
enxames de abelhas africanas por choque e hemólise maciça.

Sinais e Sintomas
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• Eritema local que pode se estender pelo corpo todo;
• Prurido;
• Dificuldade respiratória (edema de glote).
Primeiros Socorros
• Retirar os ferrões introduzidos pelos insetos sem espremer;
• Aplicar gelo ou lavar o local da picada com água;
• Encaminhar para atendimento hospitalar

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