Você está na página 1de 3

Olá, estudante!

Estudamos na Unidade 1 os fundamentos teóricos da terapia dos esquemas. Depois de concluir a leitura
cuidadosa da Unidade I, leia o artigo a seguir e assista ao vídeo:
1. Artigo. Entrevista com Dr. Jeffrey Young. http://www.rbtc.org.br/detalhe_artigo.asp?id=79
2. Vídeo. Terapia do Esquema: entrevista com Jeffrey. https://www.youtube.com/watch?
v=brIWqbjuMj8&list=PL3Oj1t-8rNL1npIB8k9896EWVns4xL1dD&index=1&t=11s
Discuta as seguintes questões:
- De que forma os seguintes fatores influenciaram a proposta Teórica de Young: a) as emoções, b) a
origem dos problemas pessoais? Por que são tão importantes em sua teoria?
- Principais semelhanças e diferenças da Terapia do Esquema (TE) com a Terapia Cognitivo-
comportamental (TCC). Quais fatores segundo Young, diferenciam e complementam a TE com relação
à TCC?
Observação: componha o seu texto com entre 300 a 500 palavras. Responda separadamente identificando
cada parte desta tarefa. Apresente as referências consultadas: apostila, artigos e vídeo. Vincule e integre o
conteúdo, além de mostrar reflexão crítica e integração das leituras. Pode incorporar outra referência
bibliográfica, preferivelmente artigos científicos. Não utilize blogs ou páginas de notícias.
Por gentileza, consulte antes de enviar sua tarefa: #Dicas1 - antes de enviar as tarefas e melhorar a
produtividade!
A palavra é de vocês!

A terapia do Esquema, desenvolvida por Jeffrey E.Young, concentra-se nos esquemas e traumas subjacentes
do paciente para tratar transtornos da personalidade, posteriormente também foi ampliada para outros casos
clínicos como depressão crônica, transtornos alimentares, traumas da infância, casais e prevenção de
recaídas de problemas com drogas e álcool. Com uma base substancial na Terapia Cognitivo.

O modelo de Young o diferencia do ecletismo, que, segundo ele, se caracteriza por testar estratégias de
várias abordagens, sem integração. Por outro lado, o que faz é combinar os elementos mencionados de
forma sistemática, gerando assim um modelo completo baseado no conceito de esquemas que reúne as
contribuições das outras terapias para complementar seus estudos, combinando com Gestalt, Psicanálise,
Teoria do apego, os aspectos do modelo comportamental e construtivista, Young foi ganhando notoriedade
no tratamento dos transtornos psicológicos crônicos, considerados difíceis de tratar. Mas, o que mais se
aproxima de sua prática é a TCC, por sua estrutura, seguindo uma sequência de avaliação e tratamento.
Utiliza inventários, é um tratamento ativo e diretivo, tem uma relação terapêutica favorável às mudanças do
cliente e além de ser uma abordagem sensível e humana com empatia e acompanha as mudanças do cliente.

O que as diferem é que a TE, inicialmente é um tratamento de longo prazo enquanto que a TCC é mais curta,
a TCC focada no aqui e agora, enquanto a TE aprofunda mais na história da infância, na relação terapêutica
propõe uma experiência emocional corretiva, outra questão é a TE trabalha melhor com transtornos de
personalidade grave enquanto a TCC não demonstra bons resultados. Young delineia dezoito esquemas
específicos em cinco domínios e Beck conceitua atualmente como crenças, mas em consonância com Young
acreditava que o esquema é o nível mais profundo do pensamento e que levam a outros níveis de cognição.
Ou seja, ambos concordam com a definição do esquema, porém utilizam termos diferentes, na TE há dezoito
esquemas em cinco domínios, a TCC simplifica em crenças.

Para Young, os fatores que complementam na terapia é que em alguns casos severos os pacientes não
estavam evoluindo por não serem afetados emocionalmente, era possível identificar os problemas, entender
as distorções, mas, não conseguia mudar.

Neste momento foi preciso ampliar as técnicas para explorar outras dimensões, como aprofundar nas
emoções, sentimentos da infância ou algo menos racional seria possível acessar elementos inconscientes, o
posicionamento do terapeuta também foi complementado, sendo mais ativo, suprindo as necessidades como
o que os pais não fizeram, o que se chama de “pareamento limitado” que modifica os esquemas mais
profundos.

Na teoria de Young, principalmente trabalhando com transtornos de personalidade grave foi por ele
observado que não afetava emocionalmente, por que os pacientes desenvolviam evitação cognitiva e afetiva
que bloqueiam as memórias e sentimentos negativos e assim impedem de se olhar profundamente e também
impedia alguns comportamentos. Esse estilo de funcionamento é originado pelas experiências vividas na
infância ou na adolescência pelas privações ocorridas nesta fase ou pelas necessidades que não foram
supridas. Elas podem desenvolver esquemas desadaptativos formados pela memória, emoções e sensações
corporais, e como resposta ocorre comportamentos desadaptativos. Entretanto, esses esquemas
desadaptativos também podem ocorrer com a superproteção, ou seja, as necessidades foram supridas
demasiadamente sem que ocorresse nenhuma privação.

Conhecer os esquemas desadaptativos e como eles surgiram e se mantém possibilita a construção de formas
adaptativas para satisfazer as necessidades que não foram atendidas no processo da terapia.

Referência:

YOUNG, Jeffrey; FALCONE, Eliane Mary de Oliveira; VENTURA, Paula Rui. Entrevista com Dr. Jeffrey
Young. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, v. 4, n. 1, 2008. Disponível
em: http://www.rbtc.org.br/detalhe_artigo.asp?id=79  
Borges, Grun Taisa, TERAPIA COGNITIVA FOCADA EM ESQUEMAS – TERAPIA DOS ESQUEMAS
UNIDADE I FUNDAMENTOS BÁSICOS DA TERAPIA DOS ESQUEMAS. Equipe Técnica de
Avaliação, Revisão Linguística e Editoração, 2023.

Você também pode gostar