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O grupo Avnai recebe esse nome por ter surgido, segundo relatos dos mitos e dos guardiãos,
na região de Avnaia, além das terras áridas do Nordeste. Englobam-se nessa família o Gerrull, o
Fon Holk, o Dodhix, o Riaca, o Dailai, o Utrux, o Lerivpi e muitas outras. Apesar de ter perdido
espaço para as línguas Zhud'zunik-Gestihabo, o Avnai é ainda muito abundante nas regiões do
Leste e Nordeste.
Os povos Avnais são humanos de pele levemente azulada, longuilíneos e de cabelos
variando entre o preto liso e o marrom ondulado. Alguns membos dessa raça crescem
consideravelmente, podendo alcançar até três metros e meio.
Como não se trata de uma língua comum ao tronco Nostrático, supõe-se que o Avnai tenha
sido falado por povos naturais da Índia e China há pelo menos 30 mil anos antes de Cristo, mas
também foram trazidas tribos da mesma raça vindas da França e da Inglaterra. O Avnai seria
portanto muito próximo a uma proto-língua, apesar de apresentar diferenças gritantes em relação às
línguas da terra.
A fonética das línguas avnais tendem a privilegiar as últimas consoantes, levantando a
suposição de que as línguas avnais no passado tenham se flexionado principalmente por prefixos e
desinências prefixais.
Algumas de suas palavras são recorrentes nas recontruções mais antigas de línguas
terrestres, o que talvez seja um indício de que elas tenham deixado suas marcas. As raízes mais
comuns do Proto-Avnai (PA) demonstram que essa língua desenvolveu-se primeiramente nos
desertos.
A correlação entre as diferentes raízes, a princípio, não nos parece familiar, mas basta uma
olhada com maior atenção para perceber que todas parecem manter terminações iguais ou
semelhantes. Segundo o Avnaísta Faba Kororam:
“O Avnai parece ter tido, em algum momento de seu desenvolvimento, uma tendência a desinências prefixais.
Isso criaria 'raízes filhas' com a parte inicial divergente entre as várias línguas, enquanto a parte final da palavra se
manteria praticamente a mesma”.
II.Mitologia comparada
A mitologia dos povos Avnais envolve histórias similares à de outros povos caçadores.
Segundo um mito original, um deus menor, geralmente um pastor de ovelhas, bois ou cavalos, teria
se afastado de seu grupo e, da primeira montanha que avistou, teria escalado. Desceu de lá com o
fogo da maldade humana e com a pedra da bondade. O fogo se extinguiu logo, mas se espalhou
rápido. A pedra teria permanecido fiel até que derreteu por causa do fogo, transformando-se em
água. Desde esse dia, fogo e água lutam, e o universo vem se formando em vários estágios
decorrentes da maneira como esses elementos lutam entre si.
Os nomes dos deuses não é uma constante, mas sabe-se que o nome do deus das nuvens,
chamado */bon/, teria permanecido em formas derivadas, e */goloS/, deus do fogo, seria
reverenciado pelos diversos povos Avnais. Sugere-se que essa crença tenha se originado de uma
espécie de totemismo, em que uma tribo se dividiria em três totens básicos: Fogo, Céu e Terra. O
totem da Água, segundo alguns estudiosos, teria desaparecido com suas lendas, pelo que sugerem as
lendas de */upfak/, o deus da água que viajou para o sul e transformou-se no Oceano.
Atualmente, a religião dos povos Avnais oscila entre um politeísmo e um dualismo simples,
com ritos bastante arcaicos e a presença de xamãs. São, porém, esses mesmos xamãs que, com a
chegada dos povos Zhud'zunik-Gestihabo, transformaram os rituais de alguns dos invasores,
criando um verdadeiro sincretismo.
III.Gramática comparada
Substantivos
Algumas línguas avnais perderam por completo o sistema de caso, outras perderam o
sistema de classe, outras perderam ambos. Algumas línguas mantêm os casos e as classes como
prefixos, outras mantêm a sufixação. Portanto, é bem variável o sistema. Veja abaixo o quadro
comparativo entre as diversas declinações substantivas.
SINGULAR
PA Lerivpi Dodhix Utrux Gerrull Fon Holk
Duradouro */bEkElonip/ /luppav0n/ /bEGinEla/ /jiJEbi~ke/ /Opajs/ /illEpEbEkE/
PLURAL
PA Lerivpi Dodhix Utrux Gerrull Fon Holk
Duradouro */bEkElonipi/ /luppav0n/ /bEGi:nEla/ /jiJEbi~ke/ /Opajs/ /illEpEbEki/
Números
Os números no grupo Avnai não têm nomeclatura precisa, mas costumam indicar, por meio
de sufixação, uma quantidade equivalente ao número indicado, além de indicar se o número está
sendo citado como adjetivo ou substantivo. Veja abaixo:
ADJETIVO
PA Lerivpi Dodhix Utrux Gerrull Fon Holk
1 */-npu/ /-pu/ /-lu/ - - /pu/
Os mesmos números, funcionando como substantivo, recebem a terminação plural dos casos
do substantivo (um número nunca se flexiona no singular, nem mesmo o número 1). Veja abaixo.
SUBSTANTIVO
Advérbios
Os advérbios no PA recebem um prefixo indicativo, que pode ser colocado antes ou depois
da raíz, e um subjuntivo, colocado geralmente como sufixo. Quando os advérbios se referiam a
outros advérbios ou a adjetivos, a terminação também mudava. Essa indicação auxilia na
compreensão dos verbos, uma vez que o modo subjuntivo é desconhecido no uso verbal.
Na maioria das línguas avnais, as terminações são resquiciais, ou seja, são apenas indícios
de que funcionava assim no passado, mas podemos encontrar essa regra em outras línguas menores,
no Fon Holk e no Dodhix.
Artigo
Verbo
TEMPOS
PA Lerivpi Dodhix Utrux Gerrull Fon Holk
P. Espacial */-o:ge/ /(laj)-/ /-ok/ /-ge/ /-Ok/ /-oki/
A forma nominal do verbo é geralmente aquela que, em PA, modifica-se para receber o
artigo. Essa forma recebe o nome de Tom Verbal, por mudar a forma como o verbo é tratado na
oração (ou o tom em algumas línguas). As modificações são interpretadas geralmente como um
geríndio, mas podem funcionar como um particípio ou infinitivo, de acordo com a função que
exerce:
TOM VERBAL
PA Lerivpi Dodhix Utrux Gerrull Fon Holk
Próximo */-Ratan-/ /(laj)--at/ /-Gata-/ /-to/ /GEto~n/ /-ata-/
Conjunções
Observação
O Gerrull transformou a flexão de gênero em flexão de número, assim, o masculino deve ser
compreendido como singular, o feminino como plural e o neutro como coletivo.