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Introdução (1 parágrafo de 5 linhas) 

A introdução é a primeira informação do texto e, por


isso, é nesse momento que o candidato
precisa contextualizar o tema e já apresentar as teses
que serão defendidas durante o desenvolvimento.
Definir quais serão essas teses é, na verdade, o
primeiro passo, antes mesmo de começar a escrever.  

Desenvolvimento (2 a 3 parágrafos de 5
a 7 linhas) 
O desenvolvimento, sem dúvidas, é a parte mais
importante de um texto dissertativo-argumentativo,
pois é nesse espaço que o candidato irá explicar
suas teses.
Ou seja, é nos parágrafos de desenvolvimento que a
ideia de solução é explicada de fato.
Por isso, esse passo merece uma atenção maior do
candidato, já que é aqui que vai conseguir mostrar
seus conhecimentos de maneira mais abrangente.
Como veremos no próximo tópico, algumas dicas
podem ajudar você na hora de escrever seu
desenvolvimento e também a começar esses
parágrafos.
As frases iniciais dos parágrafos de desenvolvimento
são muito importantes, pois são responsáveis pela
coesão textual e pela conexão entre as ideias, como
veremos a seguir.  

Conclusão (1 parágrafo de 5 linhas) 


A conclusão é o fechamento do texto, não precisa
ser algo longo. O intuito aqui é dar um “resumo” do
que foi falado anteriormente.
É interessante pensar nas seguintes informações:
ações sugeridas, quem seria responsável por elas,
quais seriam seus efeitos e como isso será feito.  

Como começar um
parágrafo de
desenvolvimento da
redação 
Como foi possível notar, o desenvolvimento é a parte
mais importante da redação do Enem, o que faz com
que muita gente ache sua escrita difícil. Para saber o
que escrever no desenvolvimento, é só voltar no
planejamento do texto.
Para cada tese que você definiu como solução para
o problema apresentado, busque entender porque
você pensa que aquilo é uma solução.
Veja também quais informações dos textos de apoio
(motivadores) podem ser utilizadas como forma de
embasar sua ideia.
Assim, cada tese que você pensou se torna um
parágrafo diferente no desenvolvimento.
Para construir esses parágrafos de desenvolvimento
você precisa: 
 deixar claro de qual “parte” do problema você está
falando; 
 colocar em seguida qual sua sugestão de solução
(tese); 
 explicar essa tese com mais detalhes
(argumentos).
Lembre-se que os parágrafos de desenvolvimento
precisam fazer sentido entre si. Isso quer dizer que: 
 a ideia de um não pode contradizer a anterior,
apenas se realmente for esse o objetivo (cuidado
com os conectivos utilizados); 
 as ideias precisam estar coerentes entre si e
fazerem sentido dentro da ideia geral; 
 busque argumentos e embasamentos
relacionados, mas indicar que suas teses podem
ser trabalhadas juntas para solucionar um
problema.
Escrever bem é uma questão de prática e, por isso, a
dica mesmo é treinar cada vez mais para conseguir se
acostumar com o formato e encontrar as melhores
construções para sua maneira de escrever.
Outro ponto muito importante é treinar a interpretação
textual a fim de conseguir entender de fato qual o tema
abordado (amplo) e qual problema está sendo discutido
de fato (específico).
Para isso, uma boa dica é praticar a leitura de
diferentes tipos de texto, desde informativos até de
ficção. Isso faz com que o cérebro se esforce cada vez
mais e seja treinado para atender diferentes estilos. 
Expressões para usar no
desenvolvimento da
redação 
Como vimos, os parágrafos de desenvolvimento são os
mais importantes de uma redação de Enem e precisam,
antes de tudo, ter coerência e coesão entre si.
Isso quer dizer que as ideias precisam ser
complementares, sem que um parágrafo “negue” ou
contradiga o anterior, por exemplo.
Além disso, outro ponto muito importante é o uso dos
conectivos.
Saber utilizar as expressões corretamente na hora de
fazer a redação contribui para que o texto fique mais
fluido e coeso.
Veja algumas das principais expressões para
começar seu parágrafo de desenvolvimento da
redação do Enem!
 Alguns argumentam que...   
 Além disso... 
 Isso sem contar que... 
 Outros, porém, ...  
 Os registros históricos de ___ e _____ indicam
que…
 Em consequência disso, é possível notar que…
 Dentre as razões que levaram _____, é possível
destacar…
 A partir dessa ideia, é possível considerar que… 
 Outro fator existente ... 
 Da mesma forma,...
 Outra preocupação constante... 
 Ainda convém lembrar... 
 Por outro lado... 
 Porém, mas, contudo, todavia, no entanto,
entretanto...
A redação do enem é um dos pontos principais e mais
relevantes da pontuação do candidato e, por isso, é
essencial que ele estude sobre as melhores maneiras
de criar uma boa redação!

Produção de Textos no 4º Ano


Lembra que no artigo anterior mencionei que a produção de textos deve
ser desenvolvida constantemente?

Constância é tudo na formação de um bom escritor e de um bom leitor!

Quanto mais escrevo, melhor escrevo.

Quanto mais leio, mais quero ler.

Então… a constância vai ajudar as turmas do Quarto ano a escreverem


mais e melhor!

As turmas do quarto ano já dominam à leitura e a escrita, já dominam a


amarração do texto, já tiveram contato com diversos gêneros textuais
nas séries anteriores.

Eles são criativos, maduros, ágeis e isso torna o trabalho com a


produção de textos mais dinâmico, interativo, o que torna os
momentos de escrita muito mais significativos e prazerosos, tanto
para você, como para seus alunos.

Então, é em cima dessa compreensão que eu quero compartilhar


algumas dicas e conversar com você sobre as etapas dos processos de
escrita. 

Como Trabalhar Produção de Textos


no 4º Ano
1ª Dica: Ouça os seus alunos

A primeira dica que quero compartilhar para você trabalhar de forma


eficiente a produção de textos com sua turma de quarto ano é:

Ouça os seus alunos!

Inclua-os nos momentos onde será decidido o gênero que será


trabalhado.

Inclua-os nos momentos de planejamentos de como será realizada a


proposta de produção textual. Isso fará toda a diferença no ato da
escrita.
A escrita precisa fazer sentido na vida dos seus alunos. Ela precisa ser
significativa. Ela precisa ser realizada com entendimento.

Não é escrever apenas por escrever. Não é escrever por que a


professora tem a obrigação de colocar o aluno para escrever e eles têm
que obedecer. Não é escrever porque a professora está pedindo e vai
dar uma nota.

É escrever por prazer! Escrever por que querem e gostam de escrever.

Ouça os seus alunos! Observe a sua turma! Eles têm preferências. Use


isso a seu favor!
Deixe-os escolher o gênero textual que será trabalhado. Uma vez ou
outra, dê a eles essa oportunidade de escolha. Eles se envolvem mais
com as propostas que mais se identificam.

Comece por aí e aos poucos vá apresentando novas propostas, novos


gêneros e naturalmente o nível de dificuldade aumentará de acordo com
o desenvolvimento e amadurecimento da turma.

2ª Dica: Aposte na prosa e nos gêneros que


permitam com que o autor escreva sobre a vida

A Segunda dica é: No Quarto ano é bacana apostar na prosa e nos


gêneros que permitam com que o autor escreva sobre a vida.

Aposte nos gêneros que permitam a criança registrar suas descobertas,


seus conhecimentos…
Quer um exemplo de um gênero textual que a galerinha do Quarto ano
gosta demais? Diários! Eles amam escrever em diários! Os meninos
também, tá?

Você já parou para pensar porque o livro o “Diário de um Banana” faz


tanto sucesso nessa faixa etária?

Registro de acontecimentos e descobertas é o que tem nesse tipo de


literatura e é o que encanta a garotada do quarto ano.

Traga para a sua turma como proposta de produção textual, um


momento para que eles construam os seus próprios diários e realizem o
registro dos acontecimentos do dia e de suas descobertas.

Com materiais simples, trabalhe a parte artística de criação do


diário e medeie esse momento de maneira que eles descubram e
compreendam a intenção comunicativa do gênero.

Ajude-os a entender e a construir conhecimentos sobre as


particularidades em relação à linguagem, a forma e o contexto do
gênero que está sendo trabalhado.

Peça para que os alunos tragam para a sala de aula seus diários
pessoais, se tiverem.

Leia com eles os diários e mostre os diferentes suportes onde esse


gênero pode ser manifesto.

Além do diário, fábulas, contos de fadas, letras de música, paródias,


cartas, receitas, bilhetes…

Muitos são os gêneros que podem e devem ser trabalhados e


produzidos com a galerinha do Quarto ano; que topa tudo!
Sabemos que os gêneros variam de acordo com a intenção
comunicativa. Então professor(a), seja intencional e faça com que seus
alunos sejam intencionais!
3ª Dica: “Passeie” com a sua turma pelos mais
variados gêneros textuais

A terceira dica é: Você pode “passear” com a sua turma pelos mais
variados gêneros textuais.

Esses “passeios” pelos gêneros, essas idas e vindas; que chamamos


de movimento espiral é muito importante para o crescimento dos
nossos alunos e para a evolução e o amadurecimento da escrita dos
nossos pequenos.

Você pode usar e abusar dos gêneros nessa série. Se precisar de ideias,
posso te ajudar. 

No meu curso: ´Técnicas e Oficinas lúdicas – Redação nas séries iniciais


de ensino fundamental’ compartilho muitas sugestões, com aulas
prontas, que irão te ajudar.
O curso contempla 6 módulos com mais de 60 aulas recheados de
estratégias lúdicas, técnicas de escritas divertidas, oficinas,
brincadeiras… que irá te ajudar a formar uma aluno leitor e escritor
apaixonado.

Esse é um curso que vai te deixar com a cabeça fervilhando de ideias.


Tenho certeza que você vai gostar!

4ª Dica: A escrita é a articulação de um processo


A quarta dica que eu quero compartilhar com você e que você precisa
ter isso bem claro na sua mente, no seu entendimento é que: a escrita é
a articulação de um processo.

Você como professor(a) que também é escritor(a) e formador(a) de


escritores precisa conhecer cada etapa desse processo para aplicá-lo de
forma correta.

Mas, você conhece cada etapa dos processos de escrita? Vamos


relembrar?

➥ Momento de planejamento,

➥ Ato de escrita,  

➥ Revisão,  
➥ Reescrita e 

➥ Avaliação

Momento de planejamento:

A primeira etapa que é o MOMENTO DE PLANEJAMENTO é


importantíssima para que seu aluno escreva bem.

Inclua seus alunos nesse momento de planejamento! Deixe-os planejar!


Medeie esse momento, conversando com a sua turma sobre a finalidade
do texto.

Faça-os entender o motivo de estarem escrevendo determinado texto.

No momento de planejamento você precisa trabalhar com ele as


condições para a produção de um texto. No artigo anterior expliquei
tudo direitinho sobre as condições para produção de um texto. Se você
ainda não leu, dá uma olhadinha aqui no blog.

Outra dica importante, ainda dentro do momento de planejamento,


antes de iniciar o ato de escrita:

É nesse momento que você vai incentivar o seu aluno a fazer o


repertório. Seu aluno do 4° ano já tem maturidade e autonomia para
construir um repertório sozinho.

Pesquisas em livros, internet, vídeos assistidos, o conhecimento


enciclopédico, o conhecimento de mundo que esse aluno formou ao
longo de sua vida, a bagagem de conhecimentos que esse aluno
carrega… tudo isso é fonte para elaboração do repertório.

Você vai precisar levar seu aluno a pensar sobre o que ele vai escrever e
sobre os objetivos para aquela escrita.
O repertório vai ajudar o escritor a organizar as ideias para que nada
seja esquecido no ato da escrita.

Ninguém escreve bem sobre aquilo que não sabe? Lembra que eu
sempre falo isso?

Então…

Ato de escrita:

Partindo para a segunda etapa que é o ATO DE ESCRITA, é chegada a


hora de colocar no papel o planejado.

Se você teve com a sua turma um bom momento de planejamento, fique


tranquila! Eles estão prontos para escrever!
E escreverão certos e seguros do que escrever e como escrever.

Lembre-se! Quanto mais a escrita parecer com uma prática real da vida,
mais motivados os seus alunos vão ficar e mais argumentos eles terão
para escrever.

Revisão:

Bem, partindo para o momento de REVISÃO, esse pode ser um dos


momentos mais bacanas e divertidos dentro das etapas dos processos
de escrita.

Esse momento não precisa ter apenas a participação do professor.  Ele


pode ser feito em duplas (cada aluno lê o texto um do outro), em grupos
ou coletivamente com leitura em voz alta.

É o momento em que o texto é relido para os estudantes façam as


correções e intervenções que forem necessárias e esse momento está
completamente ligado com a próxima etapa que é a REESCRITA.

Reescrita:

Uma dica muito legal, gente! Independente da proposta de escrita ou do


gênero que você e sua turma tenham optado por produzir deixe o seu
aluno descansar do texto e faça a revisão e à reescrita alguns dias
depois da produção.

Você vai ver como isso vai ajudar no amadurecimento da escrita e no


desenvolvimento da autonomia do seu a aluno.

Você vai notar que seus alunos ao relerem o texto, depois do descanso,
sentirão a necessidade de realizar, em alguns casos, a reescrita do texto
e as correções. É um momento bem legal!
Avaliação:

E por último a AVALIAÇÃO.

Pensa comigo. Toda proposta de produção de textos precisa ser


avaliativa? Escrever para (o) professor(a) corrigir e dar nota. Até onde
isso pode estimular nosso aluno a gostar de escrever?  

A primeira pessoa que precisa avaliar a produção que foi feita é o


próprio aluno. Ele precisa ter a consciência do trabalho que realizou e
avaliar se esse trabalho foi um bom trabalho ou se ele tem condições de
melhorar.

Como já mencionei em um dos artigos anteriores, a escrita precisa fazer


sentido, precisa ser útil e precisa estar contextualizada à realidade em
que o aluno está inserido.
O aluno precisa analisar e avaliar se ele conseguiu se comunicar com
aquela produção. Ele precisa mostrar a satisfação ou a insatisfação com
o que ele produziu.

Se optar por avaliar, é preciso definir o que estará sendo avaliado na


produção. Preciso avaliar tudo?

Defina o que será avaliado em cada produção.

Vou avaliar questões ortográficas? Vou avaliar questões estruturais do


texto? Vou avaliar questões relacionadas à coesão e coerência?

Quando for avaliar, deixe claro para o seu aluno o que você estará
avaliando e tenha cuidado para não desestimular o seu aluno e formar
um aluno não escritor por causa de notas.

Como eu sempre falo, tudo isso precisa ser desenvolvido respeitando o


tempo e a maturidade dos alunos do quarto ano.

Vamos conferir essas e outras dicas no vídeo? Então, segue comigo no


vídeo abaixo!

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