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Ciência VS Senso Comum

 
Constança Vaz pires a 07/03/2023 01:09
O senso comum ou conhecimento vulgar é o conhecimento do nosso dia a
dia é adquirido pela nossa experiência de vida, acumulação de informação
e crenças, é também muitas vezes passado de geração em geração. É
desorganizado, prático tem apenas utilidade no dia á dia.
A ciência é uma forma de conhecimento organizado, explicativo e que
recorre a métodos para testar e avaliar as suas teorias.
Cientismo- Doutrina que considera o conhecimento cientifíco como a única
forma de conhecimento fiável, seguro e rigoroso.
Pseudociência- Tipo de teoria ou atividade sem qualquer base cientifíca,
mas que procura passar por cientifíca.
Uma das diferenças que se sente é o facto que a ciência é um estudo muito
mais aprofundado que o senso comum.
Principais característícas da ciência: Procura descrever, explicar e prever os
fenómenos e as suas relações.
Recorre a uma linguagem especifíca, técnica e rigorosa.
Encontra-se sujeita a alterações e correções.
Baseia- se em pesquisas e investigações.
O conhecimento cientifíco é critíco, metódico e sistemático.
O conhecimento vulgar écritíco,espontâneo e assistemático.
 
O problema da demarcação
O problema da demarcação basicamente trata-se de saber o que distingue a
ciência da não ciência, ou o que separa o conhecimento cientifíco de outras
formas de conhecimento.
 
Formule o Problema da demarcação
 
O que distingue as teorias científicas das que não são científicas?
 
 
O critério da verificabilidade
O critério da verificabilidade foi proposto numa reflexão de um grupo de
filósofos no sec 20 conhecido como círculo de Viena segundo este critério,
uma teoria só é científica se aquilo que propõem puder ser verificado
empiricamente .
Afirmação empiricamente verificável- É aquela que o valor de verdade
pode ser pelo menos determinado através de expriência e observaçã,
Afirmações verificáveis- Algumas árvores têm mais de 3 metros de altura.
A lua gira em torno da terra
Existem plantas em Marte (o valor de verdade ainda não foi estabelecido
mas no futuro podemos ter um conjunto de observações que o possam
esclarecer.
Afirmações não verificáveis- A porta do céu é feita de ouro.
Certos anjos têm asas.
 
O critério da falsificabilidade
O filósofo popper é um dos principais críticos ao critério da
verificabilidade e em alternativa propõem o critério da falsificabilidade é
na possibilidade de refutar as teorias científicas que segundo popper se
encontra a chave para demarcar as teorias científicas das não cientificas.
O critério da falsificabilidade- Uma teoria é científica apenas se for
empiricamente justificável, ou seja, apenas se for possível falsificar pela
experiência aquilo que ela afirma. Testar uma teoria não é procurar casos
que a apoiem, mas sim tentar encontrar casos que sejam incompatíveis com
ela ( casos que a serem observados a falsifiquem).
Exemplos de afirmações falsificáveis: Amanhã nevará na serra da estrela -
Se amanha não nevar na serra da estrela provar-se-á que a proposição é
falsa.
Todos os nativos de Peixes são mulheres - Se observarmos um nativo de
peixes homem provar-se-á que a afirmação é falsa.
Exemplos de afirmações não falsificáveis: Amanhã ou nevará na serra da
estrela ou não - Nenhuma observação provaria que ela é falsa.
Surgirá no céu uma bola de fogo- Não se dizendo uma data nem em que
consiste tal bola, é impossível provar que a preposição é falsa. Quanto
maior for o grau de falsificabilidade de uma afirmação mais interessante ela
será para a ciéncia.
 
 

 
A perspetiva indutivista do método cientifíco
Na perspetiva indutivista do método cientifíco, a indução, como forma de
pensar sobre os factos e problemas está presente no contexto de justificação
das teorias e também segundo muitos indutivistas no contexto de
descoberta.
Contexto de descoberta- Observação dos factos ou fenómenos, a
observação é neutra, imparcial, rigorosa e objetiva.
 Formulação de hipóteses, depois de observar sistematicamente para
encontrar as causas dos fenómenos, o cientista parte para a
formulação de hipóteses (explicação geral acerca dos fenómenos)
Contexto de justificação- Exprimentação, após a formulação de hipótese os
cientistas deduzem consequências que usam para fazer previsões e
procuram verificá-la através de testes exprimentais, se as consequências
não se verificarem a hipótese é rejeitada se as consequências se verificarem
dá-se a confirmação da hipótese.
Generalização dos resultados, o cientista generaliza a relação encontrada
entre os factos e fenómenos semelhantes estabelecendo uma lei geral que
expressa as relações constantes entre esses factos ou fenómenos.
 
Critícas ao indutivismo
 
A observação não é necessariamente o ponto de partida para fazer ciência-
Geralmente o ponto de partida da ciência são os problemas que surgem do
confronto entre uma observação e as expectativas ou teorias já existentes,
A observação não é totalmente neutra- A observação é afetada pressupostos
teoricos, teorias, conceitos e pelas expetativas que o cientista desenvolve
face á investigação.
Factos que não são observáveis- Há teorias que têm como objetivo factos
que não são observáveis como por exemplo a origem do universo.
O problema da indução- O raciocinío indutivo não confere rigor lógico
necessário ás teorias científicas, segundo hume este não é rracionalmente
justificável, pelo que também não há justificação racional para as crenças
obtidas por indução. Então se o método científico se baseia na indução e se
esta não é fiável então a ciência não é fiável e as leis cientifícas não são
justificáveis.
 
Críticas do Popper ao indutivismo
 
 O facto de uma hipótese ser bem sucedida num teste empírico não a
verifica ou torna verdadeira- Unicamente mostra que não é (ainda)
falsa.
 O que deve ser testado não é a possibilidade de verificação mas sim
a de refutação de uma hipótese.
 As hipóteses não são extraídas dos factos: são conjeturas criadas pelo
cientista para tentar responder a um problema
 A indução não tem valor cientifíco
 A observação não é meio de prova
 
A evolução da ciência para popper
A ciência evolui através da eliminação de erros ou refutação de teorias. As
hipóteses sofrem uma espécie de evolução seletiva: as teorias mais fortes-
as que resistem ás várias tentativas de refutação- são as melhores. As
teorias menos aptas são eliminadas e dadas como erro.
 O progresso significativo na ciência é sempre revolucinário.
 A ciência evolui progressivamente em direção á verdade.
 As teorias falsificadas são substituídas por outras melhores e que
mais se aproximam da verdade.
Á medida que se deteta erros estamos mais perto da verdade no entanto,
nenhuma teoria, mesmo aquela que é corroborada, é completamente
definitiva e verdadeira. Apenas pode se conseguir uma maior aproximação
á verdade (verosimilhança).
 
O problema da objetividade científica
Popper considera que pelas caracteristícas lógicas ao processo de
justificação das teorias cientificas, o conhecimento cientifico é objetivo. A
escolha e a avaliação das teorias dependem apenas de critérios objetivos.
 

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