Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
C1 N2 Roteiro
C1 N2 Roteiro
PIC 2023
G2 – CICLO 1 – ENCONTROS 1 E 2
Textos:
https://cdnportaldaobmep.impa.br/portaldaobmep/uploads/
material_teorico/1xoebyf256iv.pdf
Sites:
● http://clubes.obmep.org.br/blog/sala-de-problemas-raciocinio-logico/
● https://rachacuca.com.br/logica/problemas/
Página 1 de 25
Nossa proposta para o primeiro encontro é discutir a importância de se fazer uma boa
leitura dos problemas e organizar os dados de modo a tirar o máximo de informação
de um único dado, ou afirmação.
Nessa situação Pedro tira uma conclusão errada da informação dada pela mãe, pois
nem sempre o fato de ser bom em matemática leva à medalha. Há muitos fatores
envolvidos. Número de Medalhas disponíveis, número de bons alunos em matemática,
etc. Aproveite a oportunidade para apresentar aos estudantes quantas medalhas são
de cada nível e o critério classificatório por tipo de instituição.
Página 2 de 25
entende por alguma informação dada, se consegue identificar todos os dados, se
consegue pensar um caso particular com números menores, ou uma situação
concreta.
Depois há que se buscar estratégias e utilizar uma ou mais para solucionar o problema
proposto.
Nesse momento, talvez ajude animar seus estudantes com perguntas, tais como:
Você já conhece algum problema parecido com esse?
Tem alguma ideia de como começar a resolver?
Imagine um problema mais fácil, com menos informações ou com números menores.
Suponha que o problema esteja resolvido, como o problema proposto se relaciona
com a solução?
Não se detenha em uma estratégia. Se não consegue avançar, deixe-a de lado.
Se a estratégia que escolheu não adiantou muito na solução, procure usar outras
estratégias e tente combiná-las.
Tente chegar à resposta final, não desista.
Por último, mas não menos importante, dê aos estudantes oportunidade para refletir
sobre o resultado obtido e o processo que foi utilizado na resolução. Faça perguntas
como:
Você entendeu bem a sua solução? Sabe explicar por que funciona? A solução
encontrada tem sentido ou é absurda? Como foi o caminho que utilizou para chegar ao
resultado? Por onde começou? Em que momento e como saiu de situações que
pareciam não avançar para a resposta? Quantas vezes mudou de rumo? As suas
escolhas foram boas (no sentido de avançar em relação à resposta)? Poderia pensar
de uma maneira mais organizada e fácil de explicar para seus colegas? A forma com
que resolveu o problema se aplica a casos mais gerais? A estratégia se aplica a outras
situações relacionadas com o tema?
Problema 2.
A mãe de César deu a ele as seguintes instruções para fazer um bolo:
● Se colocar ovos, não coloque creme.
● Se colocar leite, não coloque laranja
● Se não colocar creme não coloque leite.
Seguindo as instruções de sua mãe, César pode fazer um bolo com:
Página 3 de 25
A) ovos e leite, mas sem creme.
Problema 1.
O designer Pedro criou vários espelhos para a sala de jogos da casa de um cliente e os
dispôs como no quadro a seguir:
O cliente pediu a Pedro que trocasse a ordem dos espelhos, com as seguintes
instruções:
● Os desenhos brancos devem ficar adjacentes.
● A estrela deve andar um lugar.
● O quadrado deve estar entre o círculo e a estrela.
Ajude Pedro a resolver o problema.
Problema 3.
Ana deve a Beto 1 real, Carlos deve a Ana 1 real, Dora deve a Beto 2 reais, Beto deve a
Emília 3 reais, Carlos deve a Emília 2 reais, Emília deve a Dora 1 real, Carlos deve a Beto
2 reais, Dora deve a Carlos 1 real e Ana deve a Dora 3 reais. Cada um deles recebeu de
seus pais 10 reais para pagar suas dívidas. Depois que forem efetuados todos os
pagamentos, quem vai ficar com mais dinheiro?
Problema 11.
Página 4 de 25
Quatro jovens: Paulo, Rodrigo, André e Tiago foram juntos para uma loja de
departamentos e cada um comprou somente um objeto. Um deles comprou um livro,
outro um relógio, outro um par de sapatos e outro uma máquina fotográfica. Estes
objetos encontravam-se no primeiro, segundo, terceiro e quarto andares, mas não
necessariamente nesta ordem e cada objeto era vendido somente em um dos quatro
andares. Com base nas pistas seguintes, determine o objeto que cada um comprou e
em que andar foi realizada a compra.
Pista 1. Rodrigo foi somente para o primeiro andar
Pista 2. Relógios eram vendidos somente no quarto andar
Pista 3. Tiago foi somente ao segundo andar
Pista 4. Paulo comprou um livro
Pista 5. Rodrigo não comprou uma máquina fotográfica.
Problema 5.
Durante a aula dois celulares tocaram ao mesmo tempo. A professora logo perguntou
aos alunos: "De quem são os celulares que tocaram?" Guto disse: "O meu não tocou".
Carlos disse: "O meu tocou" e Bernardo disse: " O de Guto não tocou". Sabe-se que um
dos meninos disse a verdade e os outros dois mentiram. Qual das seguintes
afirmações é verdadeira?
B) Bernardo mentiu.
D) Carlos mentiu.
Problema 6.
Em uma brincadeira, a mãe de João e Maria combinou que cada um deles daria uma
única resposta correta a três perguntas que ela faria.
Página 5 de 25
Ela perguntou:
Depois perguntou:
Finalmente perguntou:
Problema 7.
A figura mostra os cartões com as respostas de Ana, Beatriz e Cecília para uma prova
de múltipla escolha, com cinco questões e cinco alternativas A, B, C, D e E. Ana acertou
quatro questões. Beatriz acertou uma e Cecília acertou três. Qual foi a questão que
Ana errou?
Problema 9.
Adriano, Bruno, Carlos e Daniel participam de uma brincadeira na qual cada um é um
tamanduá ou uma preguiça. Os tamanduás sempre dizem a verdade e as preguiças
sempre mentem.
● Adriano diz: "Bruno é uma preguiça".
● Bruno diz: " Carlos é um tamanduá".
● Carlos diz: " Daniel e Adriano são diferentes tipos de animais".
● Daniel diz: " Adriano é uma preguiça".
Página 6 de 25
Quantos dos quatro amigos são tamanduás?
Problema 10.
Quatro amigos vão ao parque de diversões e um deles resolve entrar sem pagar.
Aparece um fiscal que quer saber qual deles entrou sem pagar.
- Eu não fui, diz Rafael.
- Foi Gilvan, diz Jurandir
- Foi o Jurandir, diz o Márcio.
- O Marcio não tem razão, diz Gilvan.
Só um deles mentiu. Quem não pagou a entrada do parque?
Problema 12.
No país da verdade, onde ninguém mente, reuniram-se os amigos Marcondes,
Francisco e Fernando. Entre os três ocorreu a seguinte conversa:
Página 7 de 25
Problema 4.
Quatro times disputaram um torneio de futebol em que cada um jogou uma vez contra
cada um dos outros. Se uma partida terminasse empatada, cada time ganhava um
ponto; caso contrário, o vencedor ganhava três pontos e o perdedor, zero. A tabela
mostra a pontuação final do torneio. Quantos foram os empates?
Time Pontos
Cruzinthians 5
Flameiras 3
Nauritiba 3
Greminense 2
Página 8 de 25
não chegam ao resultado. Perceber o erro é tão fundamental quanto ter certeza do
acerto. Pois podemos não saber tocar um instrumento, mas podemos identificar os
erros cometidos por quem o está praticando e a prática é uma boa aliada no
aprendizado de qualquer coisa. Lembre-se que este é um Problema que prepara para o
pensamento algébrico, embora não seja generalização da aritmética.
Ana 1 3 4
Beto 3 3
Carlos 1 2 2 5
Dora 2 1 3
Emilia 1 1
Total a receber 1 5 1 4 5
Página 9 de 25
Vemos assim que, ao final, Emília ficará com mais que os outros.
Cruzinthias 1 1 3
Flameiras 1 1 1
Nauritiba 1 1 1
Greminense 0 1 1
Outra solução: Note que em cada jogo disputado são distribuídos 2 pontos, no caso de
empate ou 3, caso não ocorra empate. Como cada um dos times jogou uma única vez
Página 10 de 25
com seus três adversários, foram disputados ao todo seis jogos, nos quais foram
distribuídos 13 pontos. Agora, só é possível escrever 13 como seis parcelas de 2 ou 3
da seguinte forma: 13=2+ 2+ 2+ 2+ 2+ 3; logo, cinco dos seis jogos terminaram
empatados.
Como, pelo enunciado, João e Maria deram resposta correta exatamente uma vez, o
dia da semana em que aconteceu a brincadeira foi quinta-feira.
Como Ana acertou quatro das questões e Cecília três, são sete acertos em cinco
questões, ou seja, responderam duas questões iguais (a primeira e a última). Como
Beatriz deu a mesma resposta para a questão 1, esta foi a questão que ela acertou,
errando todas as demais. Como a resposta de Cecília para as segunda e quarta
questões são iguais, podemos concluir que Cecília errou exatamente essas questões.
Daí, ela acertou a terceira e Ana errou a terceira.
Observe que o uso de uma tabela de dupla entrada identificando as respostas comuns
das meninas favorece a visualização do resultado. Na tabela com as questões por
coluna e as alternativas assinaladas por linha, identificamos as respostas das meninas.
A partir daí segue o mesmo argumento anterior.
1 2 3 4 5
C Beatriz
D Ana
E Ana Beatriz
Página 12 de 25
Com a informação que o total de bolas em quaisquer cinco caixas consecutivas é o
mesmo, podemos dizer que
(número de bolas caixa 1) + 5 + 9 + 1 + (número de bolas caixa 5) = 5 + 9 + 1 + (número
de bolas caixa 5) + (número de bolas caixa 6).
Daí, pode-se concluir que o número de bolas da caixa 6 é igual ao número de bolas da
caixa 1.
Comparando o total de bolas das caixas 2, 3, 4, 5, 6 e o das caixas 3, 4, 5, 6 e 7, e
usando o resultado que obtivemos podemos afirmar que:
5 + 9 + 1 + (número de bolas caixa 5) + (número de bolas da caixa 1) = 9 + 1 + (número
de bolas da caixa 5) + (número de bolas da caixa 1) + (número de bolas da caixa 7).
Comparando os dois membros da igualdade, podemos concluir que o número de bolas
da caixa 7 é igual ao número de bolas da caixa 2, ou seja 5.
Repetindo o processo para a sequência de caixas 3, 4, 5, 6, 7 e 4, 5, 6, 7, 8, pode-se
concluir que o número de bolas da caixa 8 é igual a 9.
Repetindo sucessivamente para as sequencias de cinco caixas seguidas, pode-se
concluir que na caixa 9 tem 1 bola, na caixa 10 tem o mesmo número de bolas da caixa
5 e na caixa 11, o mesmo número de bolas da caixa 1.
Assim, pode-se perceber que o número de bolas se repete a cada cinco caixas. Assim,
para saber quantas bolas há na caixa 2016, basta dividir 2016 por 5 e ver quanto é o
resto. Se for zero, coincide com o número de bolas da caixa 5. Se for 1, o mesmo
número de bolas da caixa 1, para o resto 2, o número de bolas da caixa 2, para o resto
3, o número de bolas da caixa 3, para o resto 4 o número de bolas da caixa 4.
Agora 2016 = 403 x 5 + 1, ou seja, o resto da divisão é 1.
Assim, só precisamos identificar o número de bolas na caixa 1.
Como na figura aparecem duas caixas consecutivas com 3 e 7 bolas respectivamente, a
caixa de número 5 deve ter 3 bolas e a de número 1, 6, 11, 16, etc, deve ter 7 bolas.
Logo o número de bolas na caixa de número 2016 é 7.
Observação para o professor: Esse problema pode ser resolvido com o uso de
variáveis. No entanto, o principal é a formação do pensamento algébrico subjacente.
Assim, devem ser exploradas ambas as soluções com e sem a notação algébrica, para
que os estudantes tenham oportunidade de ampliar suas ferramentas matemáticas e
desenvolver o pensamento algébrico.
Página 13 de 25
verdade)
As casas pintadas mostram que esta situação não pode ocorrer, ou seja, Adriano não
pode ser um tamanduá.
Vejamos o que ocorre sabendo que Adriano é uma preguiça e usando o mesmo critério
para preenchimento das outras linhas da tabela:
A tabela nos mostra, então, que Adriano é uma preguiça e seus amigos são todos
tamanduás. Logo, três dos quatro amigos são tamanduás!
Problema 10. (1ª Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas do Piauí (2004)
Problema 3).
Devemos investigar, primeiramente, quem é o mentiroso.
Suponhamos que Rafael seja o mentiroso. Nesse caso, os outros três estariam falando
a verdade, o que não é possível, pois apenas um entrou sem pagar (e, nesse caso,
Rafael, Gilvan, Jurandir teriam entrado sem pagar). Assim, Rafael não é o mentiroso.
Supondo que Jurandir seja o mentiroso, nesse caso, Gilvan e Marcio teriam falado a
verdade, o que, também, não é possível, pois Márcio afirma que foi Jurandir e Gilvan
diz que Márcio não tem razão. Assim, o mentiroso também não é o Jurandir.
Se Gilvan for o mentiroso, Jurandir e Márcio não são mentirosos, o que obviamente
não é possível, já que apenas um entrou sem pagar.
Página 14 de 25
Resta, portanto, que Márcio seja o mentiroso. Nesse caso, os demais falam a verdade e
o Gilvan entrou sem pagar, de acordo com o que disse Jurandir.
P R A T 1 2 3 4
a o n i º º º º
u d d a a a a a
l r r g n n n n
o i e o d d d d
g a a a a
o r r r r
Relógio N N S N N N N S
Par de sapatos N S N N S N N N
Máquina N N N S N S N N
Fotográfica
Livro S N N N N N S N
1º andar N S N N
2º andar N N N S
3º andar S N N N
4º andar N N S N
Daí, a resposta é:
André comprou o relógio no 4º andar.
Paulo comprou o livro no 3º andar.
Rodrigo comprou o par de sapatos no 1ª andar.
Tiago comprou a máquina fotográfica no 2º andar.
Página 15 de 25
Com a primeira informação, quando Francisco diz que não sabe o número que o
Fernando recebeu, sabemos que ele não recebeu o 1, caso contrário, Fernando teria
recebido o 2. Então x é maior ou igual a 2.
Também, o y é maior ou igual a 3, pois se ele fosse o 1, a primeira resposta de
Fernando seria que o número recebido por Francisco é o 2; se fosse y=2, como
Francisco disse que não sabia, ele não teria o 1 e assim, o x seria igual a 3.
Assim depois da primeira fala de Fernando, ele conclui que x é maior ou igual a 2 e
Francisco conclui que y é maior ou igual a 3.
Após a segunda fala de Francisco, Fernando conclui que x é maior ou igual a 4.
Com a segunda fala de Fernando, Francisco conclui que y é maior ou igual a 5.
Após a terceira fala de Francisco, Fernando conclui que x é maior ou igual a 6 e após a
terceira fala de Fernando, Francisco conclui que y é maior ou igual a 7.
Nesse ponto temos dois casos a analisar:
1. x=6 .
Nessa situação, como Francisco sabe que y é maior ou igual a 7, ele concluiria que
y=7 . Daí, a princípio, Fernando ficaria em dúvida se x=6 ou x=7 . Mas tem elementos
para concluir que x não poderia ser 8, pois caso contrário Francisco não poderia
garantir que sabia a resposta na quarta fala. Logo o par ( x , y ) =(6 , 7) resolve o
problema.
2. x=7 .
Como Francisco sabe que y é maior ou igual a 7, a única possibilidade é y=8. Nesse
ponto Fernando poderia pensar que x=7 ou x=9 , mas sabe que não poderia ser 9,
pois, se fosse, Francisco não saberia ainda a resposta em sua quarta fala. Daí Fernando
só pode concluir que x=7 . Logo o par ( x , y ) =(7 , 8) também satisfaz o problema.
De fato, essas são as únicas soluções possíveis. Veja que se x >7, Francisco não saberia
ainda o número em sua quarta fala, pois ficaria em dúvida entre ser y=x −1> 6 ou
y=x +1>8 .
Página 16 de 25
Lista de Problemas – PIC 2023 – G2 – Ciclo 1 – Encontro 2
ENUNCIADOS
Problema 1. João está em uma sala onde existem duas portas sem nenhuma
identificação, uma delas leva à vitória e a outra à derrota. Na sala também existem
dois computadores, um deles está programado para responder apenas com a verdade
e o outro apenas com a mentira, mas João não sabe qual é qual. João pode fazer uma
única pergunta a um dos computadores. Elabore uma pergunta que João poderia fazer
e qual o procedimento ele deve tomar, em função da resposta recebida, para sair pela
porta vitoriosa?
Problema 2. Ana é filha de uma Matemática e envia à sua mãe um bilhete como
representado na figura abaixo.
Problema 3. Pedro possui 11 bolas idênticas, sendo uma delas com peso maior que as
demais. Ele possui uma balança de dois pratos e pode usá-la para até 3 pesagens.
Descreva um procedimento segundo o qual Pedro consegue determinar qual das 9
bolas é a mais pesada.
Problema 4. O teclado do computador de Antônio está com um defeito nas teclas das
operações de adição, subtração, multiplicação e divisão. Ele enviou um e-mail para
José com a seguinte expressão, 4*8#3*(2@1)@[8&(6&3)]&[8&(2*2)] e avisou que o
resultado é 25. Sabendo que, sinais diferentes representam operações diferentes e
sinais iguais a mesma operação, determine a operação que cada sinal está
representando.
Página 17 de 25
Problema 5. Quando eu tinha a idade que você tem hoje, nossas idades somavam 40
1
anos e a tua idade era da minha. Determine a minha idade hoje.
3
Problema 6. Cem moedas aparentemente iguais são distribuídas em dez pilhas, com
dez moedas em cada pilha. Em uma das pilhas, entretanto, as moedas são falsas, e a
única distinção para as moedas verdadeiras é em relação ao peso: enquanto cada
moeda verdadeira pesa 10 g, cada moeda falsa pesa 9 g. Como podemos descobrir
qual a pilha falsa fazendo apenas uma pesagem em uma balança de precisão?
Problema 7. Ana quer saber qual de seus quatro irmãos, André, Eduardo, Rafael ou
João, pegou o seu chocolate. Interrogados, eles fazem as seguintes declarações:
● André: – Foi o Eduardo.
● Eduardo: – Foi o João.
● Rafael: – Não fui eu.
● João: – Eduardo mente quando diz que fui eu.
Sabendo que apenas um dos quatro disse a verdade, descubra quem pegou o
chocolate de Ana.
Problema 8. Ana, Bete e Cristina foram tomar um café na saída do trabalho. A conta
ficou em R$25,00, cada uma entregou uma nota de R$10,00 para o pagamento e
pediram o troco em moedas de R$1,00. Ao receberem o troco, cada uma pegou uma
moeda e deixaram duas para a atendente. Assim que saíram Ana fez a seguinte conta:
Cada uma de nós pagou R$9,00 o que totaliza R$27,00, mais R$2,00 que ficou para a
atendente, resultando em R$29,00, não está faltando R$1,00?
Problema 9. Ontem, a professora Robemi observou a chegada de seus alunos para sua
aula e notou que cada estudante apertou a mão de seis meninas e oito meninos. O
número de apertos de mão entre “meninos e meninas” foi cinco a menos do que os
outros tipos de aperto de mão. Quantos estudantes foram observados pela professora
Robemi?
Problema 10. Do total de 100 funcionários de uma empresa, 30 tem menos de 45 anos
1
de idade e 55 são homens. Sabe-se ainda que das mulheres tem menos de 45 anos
3
de idade. Quantos funcionários dessa empresa são homens e com 45 anos ou mais de
idade?
Problema 11. Bruno está perdido no interior de uma caverna. Olhando um mapa, ele
encontra três passagens numeradas, conforme mostra a imagem abaixo.
Página 18 de 25
No mapa há a informação de que, embora acima de cada passagem exista uma
mensagem, somente uma das mensagens é verdadeira. Ajude o Bruno descobrir em
qual passagem está a saída.
Problema 12. Em uma floresta, um macaco e uma coruja dormem em uma mesma
árvore. O macaco dorme quando a coruja está acordada e fica acordado quando a
coruja dorme. Sabendo-se que o macaco dorme em uma semana o tanto que a coruja
dorme em um dia, quantas horas dorme cada um desses animais por dia?
Página 19 de 25
Lista de Problemas – PIC 2023 – G2 – Ciclo 1 – Encontro 2
SOLUÇÕES e COMENTÁRIOS
Problema 1.
Vamos chamar de V a porta vitoriosa e por F a outra porta.
Uma possível pergunta que João poderia fazer, dirigindo-se a um dos computadores, é
a seguinte:
“Qual porta o outro computador me indicaria como sendo a vitoriosa?”
Tendo a indicação, João deve sair pela outra porta e não pela indicada na resposta.
Conferindo se a resposta está de acordo com o enunciado.
- Se João fez a pergunta ao computador que só responde a verdade, o outro seria o
que responde mentira e indicaria a porta F e essa seria a resposta que João ouviria,
pois o computador a que ele se dirigiu responde a verdade.
- Se João fez a pergunta ao computador que só responde mentira, o outro seria o que
responde a verdade e indicaria a porta V , mas João ouviria do computador a indicação
da outra porta, pois o computador a que ele se dirigiu responde com a mentira.
Em ambos os casos ele teria como resposta a porta F , por isso deve sair pela porta que
não foi indicada.
OBS: Existem outras perguntas que João poderia fazer, apresentamos aqui apenas
uma delas. Indicamos que todas as respostas sejam conferidas e só depois se decida se
estão certas ou erradas.
Problema 2.
Primeiro note que os números representados pelas palavras SEND e MORE possuem
4 dígitos, enquanto que a palavra MONEY representa um número de 5 dígitos, dessa
forma a letra M deve representar o algarismo 1, ou seja S+M ≥10 , ou S+ M ≥9 , caso
tenha vindo o 1 da soma anterior ( E+O ), vamos analisar os dois casos.
Se S+M ≥10 , como M =1, temos que S ≥ 9 e se S+ M ≥9 , como M =1, temos que S ≥ 8
, assim S=8 ou S=9 .
Se S=8, como M =1, temos que S+ M =9, dessa forma deve ter vindo o 1 da soma
anterior E+O para gerar o quinto dígito (dezena de milhar) da palavra MONEY , dessa
forma a letra O representa o algarismo 0, pois 1+ S+ M =10 , assim E+O=E+0=E,
mas esta soma deve ser igual ao valor de N que é distinto do valor de E , logo deve ter
vindo o 1 da soma anterior N + R e, assim, N é a unidade de E+1, de modo que
E+1 ≥10. Como E ≤ 9 temos que E+1=10 e, assim, N=0, o que não pode ocorrer,
pois a letra O representa o algarismo 0. Logo a letra S representa o algarismo 9.
Sendo S=9, se veio o 1 da soma E+O , temos 1+S+ M =11 , de onde temos O=1 , o
que não pode ocorrer, pois M =1, logo S=9 e não veio o 1 da soma anterior E+O ,
logo S+ M =9+1=10 e, portanto, a letra O representa o algarismo 0. Como
E+O=E+0=N , temos que veio o 1 da soma anterior N + R , sendo assim 1+ E=N e
N + R ≥ 10, logo N + R=10+ E . Substituindo N=1+ E , resulta em
1+ E+ R=10+ E ⟹ R=9 , mas isso não pode ocorrer, pois já sabemos que S=9, dessa
Página 20 de 25
forma a soma anterior D+ E ≥ 10 e assim temos 1+ N + R=E+10 e, portanto, R=8.
Assim já temos: O=0; M =1; S=9 e R=8
Vamos agora estudar as possibilidades para as demais letras.
Como D+ E ≥ 12, pois Y ≠ 0 e Y ≠1 e como 2 ≤ E ≤ 7, temos que 5 ≤ D ≤ 7.
● [( D=5 ¿ ⟹(E=7)¿, mas [(E=7)⟹(N =1+ E=8)¿ , o que é falso.
● [( D=6 ¿⟹ (E=7)¿, mas[ (E=7)⟹(N =1+ E=8)¿ , o que é falso.
● ( D=7 ¿⟹ ¿)]. Analisemos cada uma das possibilidades:
○ ( E=6 ¿ ⟹¿ ), o que não pode ocorrer pois D=7 .
○ ( E=5 ¿⟹ ¿ ), Assim, ( D+ E=7+5=12¿ ⟹(Y =2)
e os números seriam 9567+ 1085=10652, o que confere.
Logo a quantia que Ana pediu foi de 10652
Problema 3.
Pedro coloca 5 bolas em cada prato e realiza a 1ª pesagem. Se os pratos ficarem
equilibrados a bola mais pesada é a que Pedro não pesou e acabou, caso contrário, o
prato que estiver mais baixo conterá a bola mais pesada.
Agora Pedro divide estas 5 bolas colocando duas em cada prato e realiza a 2ª pesagem.
Se os pratos ficarem equilibrados a bola mais pesada é a que Pedro não pesou e
acabou, se não, o prato que estiver mais baixo conterá a bola mais pesada.
Finalmente Pedro pesa as duas bolas que estavam no prato mais baixo, realizando a 3ª
pesagem, o prato que estiver mais baixo contém a bola mais pesada.
Observação. Esses Problemas de pesagem são bons para preparar a parte de equilíbrio
das equações. Variar o número de bolas é uma estratégia interessante e também
perguntar o número mínimo de pesagens sem ter a informação que a bola de peso
diferente é a mais pesada rende uma excelente discussão.
Problema 4.
Temos:
* = multiplicação
# = subtração
@ = adição
& = divisão
Verificando
4 ×8−3 × ( 2+1 ) + [ 8 ÷ ( 6 ÷3 ) ] ÷[8 ÷ ( 2× 2 ) ]=¿
¿ 32−9+(4 ÷ 2)=23+2=25
Problema 5.
Página 21 de 25
Sejam x e y as nossas idades quando somavam 40 anos. Então temos x + y=40 e como
1
y= x ⟺ x=3 y , segue que [3 y + y=40 ⟺ y=10 ], assim x=30 .
3
Como sua idade atual é 30 anos, já se passaram 20 anos e, portanto, a minha idade
hoje é 50 anos.
Problema 6. (http://clubes.obmep.org.br/blog/probleminha-moedas-falsas/).
Vamos pegar uma moeda da primeira pilha, duas moedas da segunda pilha, três
moedas da terceira e assim por diante, totalizando 55 moedas (
1+2+3+ 4+5+6 +7+8+ 9+10=55 ¿ e vamos colocá-las na balança.
Se não houvesse moedas falsas, as 55 moedas escolhidas pesariam juntas 550 g; no
entanto, o valor medido pela balança pode variar de 540 g a 549 g :
● se a pilha com moedas falsas for a primeira, o valor mostrado pela balança
será 550−1×1=549 g ;
● se a pilha com moedas falsas for a segunda, o valor mostrado pela balança
será 550−2× 1=548 g ;
● se a pilha com moedas falsas for a terceira, o valor mostrado pela balança
será 550−3× 1=547 g;
● e assim sucessivamente.
Portanto, a partir do valor obtido com a pesagem, podemos identificar a pilha falsa,
segundo a tabela a seguir.
Observação: Professor, observe que aqui temos a organização dos dados em uma
tabela, com duas colunas. Seria interessante indagar que outras tabelas poderiam ser
montadas, explorando a diferença entre os resultados como sendo o identificador da
pilha falsa.
Problema 7. (http://clubes.obmep.org.br/blog/probleminha-verdade-ou-mentira/).
As afirmações de Eduardo e João são contrárias, pois um contradiz a palavra do outro.
Sendo assim, não há como ambas serem falsas ou ambas verdadeiras. Concluímos
então que apenas uma das duas é verdadeira. Se Eduardo fala a verdade, temos que
Página 22 de 25
João é o culpado e os outros mentiram. Porém se João é culpado, Rafael não é
culpado, como ele próprio afirmou. Obteríamos, assim, duas afirmações verdadeiras, o
que não é possível segundo as condições impostas pelo problema. Segue então que
João fala a verdade e, portanto, podemos concluir que André, Eduardo e Rafael
mentem. Porém, se Rafael mente, segue que é dele a culpa, já que ele tinha afirmado
que não era o culpado. Podemos, então, concluir que o culpado é Rafael.
Observação: Professor, aqui é interessante analisar depois que conclui que o culpado é
Rafael.
Problema 8.
Não está faltando R$1,00, a conta feita por Ana é que está equivocada, veja:
Cada uma pagou R$9,00, totalizando R$27,00, onde já estão incluídos os R$25,00 da
conta e os R$2,00 da gorjeta, mais R$1,00 de troco que cada uma pegou, totalizam os
R$30,00.
Problema 9. (http://clubes.obmep.org.br/blog/problema-para-ajudar-na-escola-a-
chegada-dos-alunos).
Seja X o número de meninos observados pela professora e Y , o de meninas.
● Como toda menina apertou a mão de 8 meninos, o número de apertos de mão
entre “meninos e meninas” foi 8 Y .
● Mas, por outro lado, todo menino apertou a mão de 6 meninas, então o
número de apertos de mão entre “meninos e meninas” também pode ser
escrito como 6 X .
Já temos, então, uma primeira equação: 8 Y =6 X (i)
● Agora, cada menino apertou a mão de outros oito meninos e há X meninos.
Com isso, a princípio, teriam acontecido 8 X apertos de mão entre meninos,
mas contamos cada aperto de mão desse tipo duas vezes (uma vez para cada
participante). Logo, o número de apertos de mão entre meninos é 4 X .
● De forma análoga, o número de apertos de mão entre as meninas é 3 Y ; mas
vamos repetir o raciocínio:
– Cada menina apertou a mão de outras seis meninas e há Y meninas. Logo,
teriam acontecido 6 Y apertos de mão entre meninas; no entanto, contamos
cada aperto de mão desse tipo duas vezes (uma vez para cada participante).
Com isso foram, de fato, 3 Y apertos de mão entre meninas.
Como temos a informação de que o número de apertos de mão entre “meninos e
meninas” foi cinco a menos do que os outros tipos de aperto de mão, obtemos mais
uma equação: 8 Y = ( 4 X + 3Y )−5 (ii)
4
Observe que de (i) segue que X = Y ; assim, substituindo essa expressão em (ii),
3
segue:
4
8 Y =4 X + 3Y −5 ⟺ 8Y =4. Y +3 Y −5 ⟺ 24 Y =16 Y + 9 Y −15
3
⟹ Y =15
Página 23 de 25
Substituindo o valor Y em (i), temos que:
8 Y =6 X ⟺ 8.15=6 X ⟹ X =20
Problema 10.
Como a empresa possui 100 funcionários e 55 são homens o total de mulheres é dado
1
por 100−55=45. Agora, de 45 é 15 e, assim, temos 15 mulheres com menos de 45
3
anos. Logo o total de homens com menos de 45 anos é 30−15=15 , assim o número
de homens com 45 anos ou mais é dado por 55−15=40.
Perceba que:
● Se a saída estivesse na passagem I, teríamos duas mensagens verdadeiras: as
passagens I e II estariam com informações verdadeiras.
● Se a saída estiver na passagem II, teremos somente uma mensagem
verdadeira: as informações nas passagens I e II são falsas.
● Se a saída estivesse na passagem III, teríamos duas mensagens verdadeiras: as
passagens II e III estariam com informações verdadeiras.
Portanto, a saída está na passagem II.
Observando que o macaco dorme em uma semana o tanto que a coruja dorme em um
dia e, assim, a coruja dorme sete vezes mais do que o macaco. Dessa forma:
● Para cada hora que o macaco dorme, a coruja dorme 7 horas.
● Para cada 2 horas que o macaco dorme, a coruja dorme 14 horas.
● Para cada 3 horas que o macaco dorme, a coruja dorme 21 horas.
Como 21+3=24, em um dia, o macaco dorme 3 horas e a coruja dorme as
restantes 21 horas, já que, enquanto um dorme, o outro está acordado.
Página 24 de 25
Página 25 de 25