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Capacitação em Mamografia

TNL.Regma Carvalho

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O QUE VAMOS ESTUDAR?

● Física Aplicada a Radiologia


● Sistema de detecção digital
● Controle de qualidade
● Evolução dos mamógrafos
● Anatomia e fisiologia da Mama
● Aspectos patológicos
● Tipos de mama
● Posicionamentos básicos em Mamografia,crânio caudal e médio lateral.
● Posicionamentos Complementares
● Classificação BIRADS
● Mamografia sob a perspectiva do médico Radiologista
● Abordagem a paciente(como conquistar a cliente)
● Atendimento humanizado
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ANATOMIA E FISIOLOGIA DA MAMA
● A mama é uma glândula
sudorípara,constituída
por parte
glandular,gordura,eleme
ntos fibrosos e uma rede
vascular.
● O parênquima mamário
é constituído por ductos
e lóbulos.
● Elementos fibrosos
constitue toda a mama.

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TABELA DE TANNER

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PATOLOGIA x ANOMALIA MAMÁRIA
Doença de Paget

● A Doença de Paget da mama (figuras 1


e 2) é uma forma rara de câncer que se
caracteriza por apresentar alterações
eczematosas da aréola e do mamilo
(reações inflamatórias da pele com
formação de vesículas, escamas e
prurido). Corresponde a menos de 5%
dos casos de câncer de mama
diagnosticados anualmente. É mais
frequente entre 60 e 70 anos de
idade.1.
Fonte:Adams SJ, Kanthan R. Paget’sdiseaseof the male
breast in the 21st century: A systematic review. Breast
2016;29:14-23.
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PATOLOGIAS X ANOMALIA MAMÁRIA
Politelia

● Aumento do número de complexo


areolomamilar
● Anomalia mamária
● Alterações renais e cardíacas na
mãe
● Duplo ducto
● Identificar na anamnese
Fonte:Caliskan M et al. Paget’s disease of the breast: the experience of the European

Institute of Oncology and review of the literature. Breast Cancer Res Treat 2008;112:513-21.

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PATOLOGIAS X ANOMALIA MAMÁRIA
Polimastia

● É sinônimo de tecido
mamário acessório ou
supranumerário.
● Incidência rara de
carcinoma.
● Polimastia incide em
cerca de 1 a 5% da
população, sendo a axila o
local mais frequente de
aparecimento
● Cirurgias

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C.A DE MAMA
● A fisiopatologia do CA de mama
inicia-se pelo crescimento rápido e
desordenado das células cancerígenas.
● As células sofrem processo de mutação
espontânea.
● Essas alterações podem ocorrer em genes
especiais(proto-oncogenes),inativos em
células normais.
● A formação do tumor pode levar anos para
sua formação.
● Geralmente assintomáticos,fixas e com
bordas irregulares(visualizado em imagem).

Fonte:DOI https://doi.org/10.25248/reac.e8174.2021

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C.A DE MAMA

Fonte:DOI https://doi.org/10.25248/reac.e8174.2021
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INCA:2020
INCA: 2020
11
INCA:2020 12
HISTOLOGIA DA MAMOGRAFIA
● 1913

A história da mamografia teve início em 1913,


quando o cirurgião alemão Albert Salomon
realizou um estudo radiográfico com mais de 3
mil espécimes de mastectomias, comparando os
achados macroscópicos na imagem com os sinais
microscópicos das doenças mamárias.

● 1920- Radiografias das mamas


● 1930-Mamografia médio lateral
● 1960-Robert Egan descobre que < KV e >
mAs qualifica a imagem.
● 1980-Ge desenvolve mamógrafo com
compressão.
● 2017-Tomossíntese

. Radiografia da mama adquirida em meados de 1927 Fonte: Acervo13


SQRI.
EVOLUÇÃO DOS MAMÓGRAFOS

● 1960-1970 ,evolução dos


mamógrafos.
● Década de 80,rastreamento
● 1990,radiologia digital
● Século XX-avanços
tecnólogicos,SUS

Fonte: AmsiPro-Light, corpo 12. Rio de Janeiro, dezembro de


2018.

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EVOLUÇÃO DOS MAMÓGRAFOS

● Posicionamento de Raul
Leborgne.
● Exposição à radiação sem
proteção
● Alta dose
● < Qualidade da imagem
● Posicionamento restrito

Fonte:Livro-Doença da mama/Diagnóstico e tratamento.Bassete


Jackson

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FÍSICA DA RADIAÇÃO NA MAMOGRAFIA

COMPONENTES DO
MAMÓGRAFO

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EFEITO ANÓDICO

● Ocorre na ampola de raios X, relacionado com o ângulo


de inclinação da pista de choque dos elétrons no anódio. A
intensidade da radiação emitida da extremidade do cátodo
no tubo de raios X é maior que a emitida pela
extremidade do ânodo.

● O lado do catódio fica posicionado do lado da parede


torácica (> densidade e espessura) e o lado do anódio em
direção ao mamilo (<densidade e espessura).

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RECEPTOR DE IMAGEM-Tela Filme
● Filmes radiográficos de exposição direta,sem tela
itensificadora
● 1970-telas fluorescentes
● < quantidade de radiação
● Curva característica-sensibilidade do receptor de
imagem, características de contraste do filme. Quanto
mais íngreme a inclinação ou o gradiente da curva, maior
será o contraste visto pelo observador

Fonte: Acervo SQRI. 18


MAMOGRAFIA COMPUTADORIZADA-CR(computerized
radiography)
● Placa de material fotoestimulável
● Imagem latente
● Laser estimula os fótons em forma de
luz para a formação da imagem

Vantagens: Qualidade na imagem,menor


exposição,manipulação de contraste,tempo
de exame.

Fonte:TOHNO, E.; COSGROVE, D. O.; SLOANE, J. P. Ultrasound diagnosis of breast


diseases. London: Churchill Livingstone, 1994 19
MAMOGRAFIA DIGITAL-DR(digital radiography)

● Empregam uma matriz de detectores de


radiação localizada no bucky do braço
em “C” do mamógrafo.
● A imagem digital é formada como uma
matriz bidimensional de elementos de
imagem (pixels) de tamanho fixo.
● Cada pixel tem um valor único
● A imagem digital pode ser apresentada
para interpretação com um contraste
independente das características do
detector

Fonte:COLÉGIO BRASILEIRO DE RADIOLOGIA. BI-RADS: sistema de laudos e registro de dados de


imagem da mama. 5. ed. São Paulo: Colégio Brasileiro de Radiologia, 2016 20
TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA OU MAMOGRAFIA EM 3D
Conceito:A Tomossíntese Mamária é uma tecnologia de aquisição de imagem tridimensional baseada em
mamografias digitais convencionais, que podem caracterizar melhor as mamografias. Principalmente
mostrando as mamas densas, porque reduz a sobreposição do tecido mamário. Essa técnica envolve a
obtenção de imagens por compressão mamária multiangular durante um curto período de exposição à
radiação (Figura 7) (URBAN ET AL, 2014; KOPANS, 2014).

● Como é realizada ?
● Quais incidências ?
● Tipos de Mama ?
● Vantagens x Desvantagens
● Ainda é realizada a compressão ?
● Quantidade de Imagens geradas

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MAMA EM QUADRANTES

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MAMA EM HORAS

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TIPOS DE MAMA

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1. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23714456
2. https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa062790
3. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4200066/
4. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27115381
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TIPOS DE MAMA E SUAS INDICAÇÕES CLÍNICAS

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TIPOS DE MAMA E SUAS INDICAÇÕES CLÍNICAS

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ANAMNESE
1. Nome completo
2. Data de nascimento
3. Menarca
4. Última menstruação
5. Histórico de câncer na familia (tios,avós,pais)
6. Filhos?quantos?
7. Reposição hormonal ?período?
8. Alteração na tireóide
9. Já realizou mamografia anteriormente?há quanto tempo?houve
alteração?
10. Cirurgia na mama?qual tipo?período?
11. Sintomática?
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OBSERVAÇÃO DO PROFISSIONAL

1. ALTERAÇÃO VISÍVEL E/OU PALPÁVEL?


2. RETRAÇÃO DOS MAMILOS ?
3. ESCOLIOSE?
4. POSICIONAMENTO
5. EQUIPAMENTO

A QUALIDADE DO EXAME DEPENDE ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE DO PROFISSIONAL


QUE ESTÁ POR TRÁS DO MAMÓGRAFO!!!

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O QUE DEVEMOS IDENTIFICAR NO EXAME DE MAMOGRAFIA ?

Posicionamento:Incluir a máxima quantidade de glândula mamária na


radiografia. A maior porção possível da mama deve ser incluída na
mamografia e não deve haver dobras de pele ou projeções de outras partes
do corpo sobre a imagem da mama.

Observações:
● Tamanho da mama
● Altura do paciente
● Compressão regulada
● Proteção Radiológica
● Cassete x Bucky x Bandeja

Fonte:SANTOS, A. Física médica em mamografia. Rio de Janeiro:


Revinter, 2010. 32
O QUE DEVEMOS IDENTIFICAR NO EXAME DE MAMOGRAFIA ?

Compressão:Sabemos que está adequada quando há separação significativa


dos tecidos da mama e não há perda de definição da imagem (borramento)
em razão do movimento da paciente.

Importância:

● Redução de densidade
● Imobilização
● Aproximação da maa com o filme
● Evitar artefatos
● Explicar para a paciente a necessidade
Fonte:SANTOS, A. Física médica em mamografia. Rio de Janeiro:
Revinter, 2010. 33
O QUE APRENDEMOS ATÉ AGORA?

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ESCALAS DE DENSIDADE RADIOGRÁFICA

Fonte: Acervo SQRI. 35


ARTEFATOS NA IMAGEM

Artefatos na radiologia se caracteriza por qualquer imagem adquirida ou produzida


indevidamente no exame radiológico, ou seja que não faça parte da ANATOMIA do
paciente. Exemplo: corrente no pescoço, botões na calça ou camisa, piercing, broche,
sutiãs, erro no processamento da imagem,etc.

METODOLOGIA DO TÉCNICO/TECNÓLOGO:

● Identificar o erro
● Não enviar o exame para o médico
● Atenção ao realizar o exame
● Solucionar o problema

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VAMOS IDENTIFICAR ALGUNS ARTEFATOS?

Projétil bem definido Processamento da imagem


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ARTEFATOS NA MAMOGRAFIA

Projétil bem definido Marcapasso


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POSICIONAMENTOS NA MAMOGRAFIA
INCIDÊNCIAS BÁSICAS
CCD- Crânio Caudal
● Inclui toda a glândula mamária, porção lateral e medial
● Centralização do mamilo no bucky
● Rosto lateralizado para o lado oposto da mama que está sendo
radiografado
● Ângulo 0º do mamógrafo em relação a paciente
● Protetor de tireóide e gônadas se possível
● Assimetria das mamas
● Mamilos rentes
● Espalhar a mama antes da compressão
Fonte:INCA 2020 39
POSICIONAMENTO CC(Crânio Caudal)

Fonte:INCA 2020 40
POSICIONAMENTO CC(Crânio Caudal)

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POSICIONAMENTO CC(Crânio Caudal)

Importância de pegar o grande músculo peitoral

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65 anos

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57 anos

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COMPARAÇÃO ENTRE MAMOGRAFIA 2D E TOMOSSÍNTESE

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Reconhecendo as
estruturas:

A - Parênquima Mamário

B - Camada adiposa posterior

C - Grande Músculo Peitoral

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POSICIONAMENTOS NA MAMOGRAFIA
MLO-Médio Lateral Oblíquo
● Identifica melhor o tecido junto à parede do tórax e à cauda axilar.
● O termo “oblíquo” se aplica ao plano de compressão da mama e não à
paciente.
● Inicie o exame girando o tubo de raios X, de modo que o suporte do filme
fique paralelo ao músculo grande peitoral. A angulação pode variar de
30° a 60°
● Angular de acordo com as características físicas da paciente
● Elevar o braço do lado radiografado para o suporte de apoio
● Suspender a mama para que fique o máximo possível paralelo ao final do
prolongamento axilar

Fonte:INCA 2020 52
POSICIONAMENTO MLO(Medio Lateral Oblíquo)

Fonte:INCA 2020 53
POSICIONAMENTO MLO(Medio Lateral Oblíquo)

Fonte:INCA 2020 54
55
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57
POSICIONAMENTO MLO(Medio Lateral Oblíquo)

Fonte:INCA 58
EXAMES COMPLEMENTARES

Fonte:Magalhães,2010

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EXAMES COMPLEMENTARES

Fonte:Magalhães,2010 60
61
62
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64
fontes: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032009001000004 65
VAMOS TESTAR OS CONHECIMENTOS?

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CONTROLE DE QUALIDADE -PROGRAMA

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CONTROLE DE QUALIDADE

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CONTROLE DE QUALIDADE-RDC 330

69
CONTROLE DE QUALIDADE

70
CONTROLE DE QUALIDADE

71
CONTROLE DE QUALIDADE

72
PHANTOM

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IMAGENS DO PAHNTOM

74
CONTROLE DE QUALIDADE

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CRONOGRAMA PARA PROGRAMA DE QUALIDADE

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