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Tarefa Mito Da Caverna
Tarefa Mito Da Caverna
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
Platão, célebre filósofo, teve como genitor Apolo e nasceu da virgem Perictione, nascido
no ano 427, segundo seus biográficos os escritos destinados a este filósofo não se limita a vida
de um homem, visto que são tributos determinados por um gênio. Nesse sentido, a concepção
platoniana afirma que o Thaumazein(espanto) é a origem de toda a filosofia, pois esse assombro
se faz presente na vida de todos os filósofos e o ato de pensar se exprime por meio de um
discurso(logos) silenciosamente e a si mesmo. É elementar destacar a analogia que Platão faz
na obra A República por meio do mito da caverna ao modo de vida sombrio que os indivíduos
se encontravam, o qual se aplica sublimemente a diversos cenários no mundo contemporâneo.
Desse modo, por intermédio da interpretação de Marilena Chauí será retratado os fatores mais
pertinentes.
Em primeiro plano, é necessário idealizar uma caverna escondida, onde por inúmeras
gerações há pessoas encarceradas desde a infância com seus membros acorrentados de tal forma
que não conseguem se movimentar, permanecendo em uma única posição, destinando sua visão
a contemplar somente sua fronte, sem ao menos realizar o movimento de seu pescoço. A
caverna possui uma entrada, permitindo que uma pequena luminescência exterior penetre o
ambiente, de maneira que na semi-sombriedade possa se enxergar o que acontece ali.
Nessa condição, o feixe de luz que permeia o ambiente, provém de um grande e alto
fogaréu externo, entre essa fonte de luz e os encarcerados, no exterior há um caminho onde foi
levantada uma muralha, tornando a condição daquelas pessoas semelhante à um palanque de
marionetes. Desse modo, é projetado para os encarcerados por meio do fogaréu a sombra de
diversas esculturas, como a de ser humanos, animais, aves e de tudo que se passa no exterior,
limitando-se apenas a essa representação falsa da realidade, sem poder conhece-la
verdadeiramente.
Em decorrência disso, os encarcerados observam as sombras como uma realidade
determinada, pois não sabem que são frutos de uma exibição condicionada das coisas, sendo
inconcebível a existência de “outro mundo”. Dessa forma, eles desconhecem que a
luminosidade que impera na caverna é resultado do fogaréu e da luminosidade externa, logo
acreditam que esse fulgor de luz é o único no mundo.
É inegável que nesse regresso a caverna, o encarcerado não seria compreendido por seus
colegas, pois devido o condicionamento causado pelo ambiente em que estavam, tudo o que
eles conheciam era admitido como verdades inquestionáveis, alegando, portanto, que não há
nenhuma realidade fora aquela. Desse modo, qualquer outra visão é reconhecida como uma
alucinação. Logo, após o encarcerado relatar toda a existência de um novo mundo, seus colegas
debochariam de sua fala, e diante as tentativas de transformar os pensamentos limitados dos
seus companheiros, a insipiência imperaria, de forma que seus colegas tentariam assassina-lo.
Contudo, talvez, um dos encarcerados seguido de muito diálogo buscaria verificar se tal mundo
descrito pelo homem livre existe e o acompanhe para fora da caverna.
Contudo, um dia, um homem decide procurar conhecer o fogaréu que tanto o agita
interiormente, então esse desejo de conhecer o fogaréu destrói todos os grilhões que o aprisiona.
Em um primeiro momento, o homem contempla o sentimento de liberdade, de modo que ao
mesmo tempo percebe a tristeza que impera no rosto de algumas pessoas que vivem naquela
caverna. Posteriormente, motivado pelo desejo de conhecer o que o espera naquela luz que
cerca a caverna, o homem se direciona a saída daquele ambiente, ao sair ele aprecia e admira
uma realidade diferente, predominante de relações diversas, casais de homens andam de mãos
dadas e se beijam, casais de mulheres também e não há nenhum julgamento social naquele
local, as pessoas são o que elas são, não reprimem sua identidade, não há nenhum grilhão para
os acorrentar, elas apenas vivem sua felicidade de forma livre.
Entusiasmado com toda aquela descoberta, o homem debuta em choro, pois sempre foi
imposto há viver uma vida que não desejava, a ter ideais de relações que ele não sonhava, e a
partir desse momento poderia ser quem ele é, a viver conforme sua identidade, a sua natureza
de ser humano. À medida que o homem ficou esclarecido da existência de um mundo em que
podia manifestar sua identidade e ser livre, ele se lembrou das pessoas que estavam aprisionadas
na caverna, então decidiu retornar para revelar que todos os valores que elas conheciam como
únicos e verdadeiros não passavam de uma ilusão condicionada pela caverna.
Sem dúvidas, as pessoas não o compreenderam, pois para elas não existia a possibilidade
desse mundo relatado pelo homem liberto, logo o julgaram como um devasso, doente,
merecedor de piedade por Deus, pois estava condenado a morte. Talvez depois de muito diálogo
alguém da caverna teria coragem de enfrentar os grilhões para manifestar sua identidade e
conhecer junto com o homem liberto esse mundo acolhedor das diferenças e que não impõe
valores segregadores.