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Timóteo Bezerra da Silva

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O Velho e o Mar na Copa do Mundo

Há uma máxima no mundo esportivo que diz o seguinte: o esporte


não liga para quem você é. E verdade seja dita, essa é a grande
máxima da vida.
Quem me ensinou isso foi um velho pescador chamado Santiago,
que vinha passando por uma maré de azar há meses. Evidentemente,
Santiago não era o senhor popularidade, ao contrário, rejeitado,
ridicularizado e menosprezado por não conseguir atender as
expectativas dos outros, sempre os outros.
Se eu e as minhas circunstâncias somos gêmeos siameses,
Santiago me mostrou que é possível, sim, transcender essas
circunstâncias. O velho tinha um olhar alegre e ao mesmo tempo
indomável e não seria a sua idade, a sua condição física, o seu barco
caindo aos pedaços, ou quiçá as críticas que iriam fazê-lo desistir do
seu sonho
Assistindo aos jogos da Copa do Mundo eu percebi que o velho
Santiago daria um excelente técnico, e se eu pudesse descrevê-lo em
uma única palavra seria: excelência.
Ser campeão do mundo, vencer os melhores dos melhores não é
para covardes, não é para jogadores que “pescam na costa”, não
mesmo. É preciso se aventurar em um oceano desonhecido, ousar,
improvisar, ter no olhar a alegria de um sambista e a fúria de um deus.
Santiago fora forjado pelo mar, com as suas tempestades e
condições adversas, mais ele sabia que não era pessoal, era apenas o
mar sendo o mar, ou a vida sendo a vida: indiferente a todos.
Não me venha com essa de favoritismo. Isso é só uma desculpa
que perdedores e medíocres contam para justificarem o seu fracasso.
Ulisses não seria uma lenda sem antes desafiar Poseidon. Toda
grande conquista precisa de uma grande tempestade com seu ímpeto
imprevisível, bela e magnífica.
Um dia bradaremos a Poseidon, aos sete mares, aos críticos, aos
medíocres, aos “haters” e tudo que desafie a nossa soberania de
fazer a vida acontecer. Eu sou a tempestade!

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