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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 011.

586/2015-0

GRUPO II – CLASSE I – Plenário


TC 011.586/2015-0.
Natureza: Embargos de Declaração (Representação).
Entidade: Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social
(Dataprev).
Embargante: GLS Engenharia e Consultoria Ltda.
Representação legal: José Eduardo Coelho Branco Junqueira Ferraz
(OAB/RJ 106.810).

SUMÁRIO: EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO OPOSTOS CONTRA
DECISÃO QUE MANTEVE O REGULAR
PROSSEGUIMENTO DA LICITAÇÃO.
REPRESENTANTE NÃO QUALIFICADA
COMO INTERESSADA NOS AUTOS. NÃO
CONHECIMENTO DOS EMBARGOS.
MANUTENÇÃO DOS TERMOS DO
ACÓRDÃO.

RELATÓRIO

Trata-se de embargos de declaração opostos pela empresa GLS Engenharia e Consultoria


Ltda, em face de suposta contradição existente no Acórdão 2.318/2015-TCU-Plenário, por meio do
qual apreciou representação, com pedido de medida cautelar, formulada a este Tribunal pela mesma
empresa, com fulcro no art. 113, § 1º, da Lei 8.666/93, versando sobre supostas irregularidades no
edital do Pregão Eletrônico 357/2015, promovido pela Empresa de Tecnologia e Informações da
Previdência Social (Dataprev).
2. Mencionado certame tem por objeto a “contratação de empresa especializada para
prestação de serviços, pelo prazo de sessenta meses, de manutenção integrada de infraestrutura de
datacenter do Centro de Processamento Rio de Janeiro – CPRJ, preservando as certificações das
normas ABNT NBR 15.247 e NBR 60.529 obtidas, com a realização de serviços de adaptações,
inclusive de infraestrutura, para que o referido datace nter alcance a certificação de sustentabilidade de
operações máxima do padrão Tier III (Ope rational Sustainability)”.
3. O acórdão ora embargado revogou a medida cautelar anteriormente adotada e condicionou
a adjudicação ou a homologação para a empresa vencedora ACECO TI, a depender da fase em que se
encontrava o pregão, ao ajuste da proposta para o valor total de R$ 40.544.981,46. Em complemento,
notificou a Dataprev acerca das irregularidades constatadas no Pregão Eletrônico 357/2015, tal qual se
transcreve:
9.1. conhecer da presente representação, satisfeitos os requisitos de admissibilidade previstos nos
arts. 235 e 237 do Regimento Interno deste Tribunal, c/c o art. 113, § 1º, da Lei 8.666/93, para, no
mérito, julgá-la parcialmente procedente;
9.2. revogar a medida cautelar adotada, condicionando-se a adjudicação ou a homologação (caso a
adjudicação já tenho sido realizada) do Pregão Eletrônico 357/2015 aos ajustes sugeridos pela
Secex-RJ, resultando em proposta com valor total de R$ 40.544.981,46;

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9.3. dar ciência à Dataprev acerca das seguintes irregularidades constatadas no Pregão Eletrônico
357/2015:
9.3.1. falta de detalhamento da planilha de custos e formação de preços, a qual não atende ao
disposto no art. 7º, § 2º, inc. II, da Lei 8.666/93, por não conter elementos mínimos à definição dos
custos por parte das empresas licitantes;
9.3.2. não adoção de BDI reduzido para simples fornecimento de materiais e equipamentos, o que
contraria a jurisprudência do TCU acerca da orçamentação de obras e serviços de engenharia, em
especial o Acórdão 2.622/2013-TCU-Plenário;
9.3.3. descrição incompleta para o serviço de recarga de gás FM 200, o que não permitia a
orçamentação adequada do referido serviço;
9.4. determinar à Secex-RJ que monitore o cumprimento do item 9.2 deste acórdão;
9.5. encaminhar cópia deste acórdão, bem como do relatório e do voto que o fundamentam, à
representante e à Dataprev
4. Em sede de embargos declaratórios, alegou a embargante, em essência que:
a) existiria omissão na decisão embargada, o que por si só legitima o acolhimento dos
embargos e a reforma da aludida decisão;
b) há uma declaração da ABNT acostada aos autos que comprova inexistir outra empresa
no Brasil, além da ACECO TI, capaz de prover serviços com base na certificação
exigida pela NBR 15.247, norma que especifica os requisitos para salas-cofre e cofres
para hardware resistentes a incêndios;
c) o certame estaria direcionado, visto haver um monopólio de tal empresa, posto que
nenhuma outra seria capaz de vencer a licitação nos moldes ofertados;
d) a legalidade do pregão estaria comprometida, uma vez que apenas uma empresa
detentora de monopólio técnico poderia participar, o que denotaria um jogo de cartas
marcadas;
e) nessa situação, o correto seria a Administração Pública lançar mão de uma contratação
por dispensa de licitação e não onerar o Erário com a realização de um certame que, na
visão dela, seria inútil;
f) haveria outra irregularidade no certame, porquanto o BDI apresentado pela empresa
ACECO TI (27,5%) mostrou-se superior ao limite estabelecido no edital (25%), tendo
este Tribunal informado que a licitante poderia retificar sua proposta;
g) tal fato mostrar-se-ia conflitante com o princípio da vinculação ao instrumento
convocatório, em afronta ao artigo 41 da Lei 8.666/1993;
h) conclui que os fatos narrados demonstram a contradição do acórdão vergastado, o qual
não considerou o monopólio da ACECO TI para prestar os serviços de manutenção em
salas certificadas pela ABNT NBR 15.247, bem co mo o princípio da vinculação ao
edital.
5. Ao final, requer a embargante que o recurso seja conhecido e provido para se reconhecer a
contrariedade da decisão combatida, conferindo caráter infringente à presente espécie recursal, no
sentido de que seja anulado o referido pregão.
É o relatório.

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VOTO

Em análise embargos declaratórios opostos pela empresa GLS Engenharia e Consultoria


Ltda, em face de suposta omissão e contradição existente no Acórdão 2.318/2015- TCU-Plenário, que
apreciou atos do Pregão Eletrônico 357/2015, promovido pela Empresa de Tecnologia e Informações
da Previdência Social (Dataprev). As questões aqui consideradas originaram-se de representação
formulada pela empresa que ora apresenta este recurso.
2. O certame destina-se à “contratação de empresa especializada para prestação de serviços,
pelo prazo de sessenta meses, de manutenção integrada de infraestrutura de datacente r do Centro de
Processamento Rio de Janeiro – CPRJ, preservando as certificações das normas ABNT NBR 15.247 e
NBR 60.529 obtidas, com a realização de serviços de adaptações, inclusive de infraestrutura, para que
o referido Datacenter alcance a certificação de sustentabilidade de operações máxima do padrão Tier
III (Operational Sustainability)”.
3. Mediante despacho presente na peça 49, foi concedida cautelar para a suspensão da
licitação até que as questões suscitadas fossem esclarecidas. Após a realização das oitivas, este
Tribunal decidiu revogar a cautelar pelos motivos explicitados no voto condutor do acórdão
combatido. Nessa mesma decisão, a Dataprev foi cientificada de todas as impropriedades associadas à
realização do procedimento licitatório, as quais, na visão deste Pleno, não maculariam sua condução a
ponto de causar nulidade.
4. Nesse particular, a única questão que mereceu tratamento mais acurado pela Dataprev seria
a correção do valor da contratação, visto que a empresa selecionada apresentou proposta com
Bonificações e Despesas Indiretas (BDI) ligeiramente ac ima dos percentuais definidos como teto em
edital. Em face dessa particularidade, este Tribunal determinou correção dos valores antes da
assinatura do ajuste.
5. Passo ao exame das alegações da representante. Em extrato, a empresa aponta omissão e
contradição no acórdão vergastado, porquanto este não teria considerado dois pontos: (i) o real
monopólio da empresa vencedora (ACECO TI) para prestar os serviços de manutenção em salas
certificadas; e (ii) a ofensa ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, visto que o BDI da
empresa vencedora foi aceito em valor superior ao definido em edital. Nesse contexto, a embargante
pugna pela anulação do certame, razão a conferir efeitos infringentes ao acórdão embargado.
6. Verifico, de início, que a espécie recursal não atende aos requisitos de admissibilidade
ínsitos nos artigos 34, § 1º da Lei 8.443/1992, c/c artigos 146 e 282 do Regimento Interno do TCU, em
virtude de a representante não ser parte interessada no processo, razão pela qual os embargos não
devem ser conhecidos.
7. Esse tem sido o entendimento pacífico deste Tribunal, o qual tem reiteradamente decidido
que os representantes e os denunciantes não são automaticamente considerados interessados nos
processos resultantes de suas representações e d enúncias, pois, em princípio, seu papel consiste apenas
em provocar a ação fiscalizatória do TCU.
8. Não obstante a rejeição da admissibilidade, decidi adentrar excepcionalmente no mérito
das alegações apresentadas pela representante, em nome da transparência e por se tratar de contratação
relevante, que envolve o fornecimento e guarda de informações previdenciárias aos cidadãos mediante
o gerenciamento e manutenção de grandes bases de dados.
9. Antecipo que os argumentos trazidos pela empresa GLS, ainda que os embargos fossem
conhecidos, não merecem prosperar pelos motivos que passo a expor.

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10. A empresa entende haver omissão em virtude de o Acórdão 2.318/2015-TCU-Plenário não


ter explicitamente tratado da questão afeta à possibilidade de participação de apenas uma empresa no
Pregão 357/2015. Ao compulsar os autos, percebe-se que a empresa GLS apresentou esses argumentos
no bojo dos apontamentos da representação inicial (peça 1, p. 8) sob o título “do direcionamento do
certame”. A Secex-RJ, por sua vez, examinou esse ponto no contexto da questão relacionada ao
parcelamento do objeto, dada a complexidade de serviços e atividades envolvidas no escopo da
contratação e sua relação com a competitividade do certame (peça 46).
11. Ainda que não tenha havido expressa omissão no exame da impossibilidade de
participação de outras empresas no referido pregão, considero pertinente avaliar de forma direta as
considerações trazidas pela GLS, como forma de explicitar o conteúdo da análise já então empreend ida
quando do estudo inicial da representação.
12. A representante aduz que o próprio Tribunal entende que as regras de habilitação técnica
devem ser flexibilizadas para oportunizar a participação do maior número de licitantes. Nessa seara,
haveria direcionamento do certame para a única empresa que possui certificações em sala cofre, o que
prescindiria inclusive da realização de licitação para a contratação do objeto ora em exame, porquanto
não haveria outros interessados capazes de atender aos requisitos impostos pelo termo de convocação.
13. A alegação de direcionamento da licitação, consoante aqui já colocado, guarda relação
direta com a inviabilidade técnica de parcelamento do objeto deste pregão, nos termos tratados no
acórdão combatido e nas análises que o acompanham, as quais inclusive contam com o parecer da
Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (Sefti), unidade especializada deste Tribunal.
Este pronunciamento encontra-se à peça 70 do TC 012.030/2015-5, processo que trata de pregão
similar, a ser contratado para o datacenter de São Paulo.
14. As razões colacionadas pela empresa seriam plausíveis caso o alvo da contratação não
possuísse as particularidades e objetivos desse tipo de estrutura. O funcionamento desse datacenter
exige uma série de cautelas para a salvaguarda e recuperação de informações de magnitude
consideráveis, haja vista processar mensalmente mais de trinta milhões de aposentadorias, pensões e
auxílios, abrigar o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) com mais de duzentos e
cinquenta milhões de registro, além de conter aproximadamente onze milhões de óbitos cadastrados.
15. Com todo esse porte e nos termos defendidos pela Sefti, argumentos de ordem técnica
justificam o não parcelamento do objeto, visto a integração total do ambiente e dos sistemas que o
compõem. Ademais, a presença de múltiplos prestadores de serviços atuando no ambiente da sala-
cofre traria fragilidades ao sistema, no qual deve imperar a mitigação de riscos para garantir a
segurança e disponibilização perene das informações.
16. Todas essas peculiaridades impõem à Administração o dever de zelar por esses dados, o
que implica a exigência de certificações que garantam a qualidade e continuidade dos serviços
prestados. Como consequência, os requisitos relacionados à comprovação de habilidade para prestar
serviços que atendam à NBR 15.247, que trata de requisitos atinentes ao uso da sala cofre, vão ao
encontro da busca pelo interesse público e não maculam a realização do certame.
17. Não obstante inexistir outra empresa capaz de prover serviços específicos para as salas-
cofre nos termos da NBR 15.247, outros interessados poderiam vir a obter a certificação para
participar do pregão. Nesse diapasão, caso a Dataprev decidisse abster-se de usar o instituto da
licitação, a qualquer tempo outros interessados poderiam alegar estarem aptos a se habilitar para o
certame, conforme motivos que passo a expor.
18. Dos elementos acostados aos autos (peça 30, p. 2-3 e peça 35, p.102), depreende-se que
quando da primeira modernização do datacenter, a consultoria jurídica da Dataprev pronunciou-se
sobre a possibilidade de inexigibilidade de licitação. Naquela ocasião havia a informação de que

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nenhuma outra empresa seria capaz de fornecer os serviços nos moldes da NBR 15.247, fato
corroborado pelos documentos emitidos pela ABNT com data de 2012 (peça 35, p. 28).
19. O pregão que ora se examina tem como objeto ações para fins de continuidade das
soluções até então implantadas, com o acréscimo de melhorias para o funcionamento do datacenter
incluindo-se a manutenção do sistema. A informação presente nos autos indica que a situação de
exclusividade da empresa ACECO TI para prestar serviços em salas-cofres, nos termos da NBR
15.247, manteve-se quando da ocasião dessa licitação, consoante declaração da ABNT datada de
dezembro de 2014 (peça 42, p.125 do TC 012.030/2015-5).
20. Do exposto, pode-se extrair que entre a primeira contratação e esta haveria tempo hábil
para outras empresas se certificarem. Nesses termos, entendo que a Dataprev agiu com cautela ao
escolher o procedimento do pregão em detrimento da inexigibilidade de licitação. Corrobora tal
assertiva a apresentação de propostas por seis licitantes na ocasião da fase de lances do pregão, ainda
que apenas a empresa ACECO TI pudesse cumprir com todas as exigências de habilitação (peça 23, p.
2). A própria pesquisa de mercado, feita na fase interna da licitação, trouxe razoável número de
empresas ofertando orçamentos à Dataprev quando da estimativa de preços para o certame.
21. No caso concreto, não considero que essas circunstâncias tenham causado prejuízo à
contratação, dado que a empresa vencedora apresentou proposta com desconto de cerca de 3,30% em
relação ao valor estimado pela administração.
22. Verifica-se que a anulação de uma licitação desse porte, em face dos argumentos de
direcionamento trazidos pela GLS, é que daria ensejo a prejuízos a terceiros e à própria Administração.
Conclui-se que o interesse público está a ser preservado com a manutenção desse pregão nos moldes
em que se apresenta.
23. De igual modo, a aceitação de BDI em valor superior ao definido como teto pelo edital não
se configura vício insanável ensejador de anulação do Pregão 357/2015. Ademais, essa questão foi
expressamente examinada quando da prolação do acórdão de mérito, haja vista a própria decisão trazer
a medida capaz de convalidar a impropriedade, qual seja a determinação para que a contratação só seja
efetivada com a exclusão da diferença entre o BDI ofertado (27,5%) e o apresentado no edital (25%).
24. Nesse particular, devo pontuar que a presente via recursal, caso fosse conhecida, é de
cognição restrita, não cabendo rediscussão de mérito em relação aos pontos já objeto de julgamento
pelo acórdão em exame. Ainda assim, pondero refletir sobre a alegação, uma vez que este Tribunal há
tempos se debruça sobre o tema dos critérios e valores acerca da taxa conhecida como BDI.
25. Cabe esclarecer que o entendimento preponderante é de cada particular pode r apresentar a
taxa que melhor lhe convier, desde que o preço proposto para cada item da planilha e, por
consequência o preço global, não estejam em limites superiores aos preços de referência, valores estes
obtidos dos sistemas utilizados pela Administração e das pesquisas de mercado, em casos de lacunas
nos mencionados referenciais.
26. Concluo pela viabilidade do certame, ao sopesar que os elementos dos autos indicam que o
orçamento estimado pela Administração está apto a balizar os preços de mercado e que o desconto
ofertado traz a economicidade ao Pregão 357/2015. Ao privilegiar o princípio do formalismo
moderado, e ao sopesar que os princípios da economicidade e da eficiência sobrepujam a ofensa ao
princípio da vinculação ao instrumento convocatório, entendo que não há óbices ao prosseguimento
dessa contratação.
27. Com essas considerações, não conheço dos presentes embargos declaratórios e mantenho o
acórdão que ora se discute em seus exatos termos.
Em razão do exposto, VOTO para que o TCU aprove a minuta de Acórdão que ora
submeto a este Colegiado.
3

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TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 28 de outubro de
2015.

Ministro VITAL DO RÊGO


Relator

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ACÓRDÃO Nº 2738/2015 – TCU – Plenário

1. Processo nº TC 011.586/2015-0.
2. Grupo II – Classe de Assunto: I - Embargos de Declaração (Representação).
3. Recorrente: GLS Engenharia e Consultoria Ltda. (68.558.972/0001-30).
4. Entidade: Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev).
5. Relator: Ministro Vital do Rêgo.
5.1. Relator da deliberação recorrida: Ministro Vital do Rêgo.
6. Representante do Ministério Público: não atuou.
7. Unidade Técnica: Secretaria de Controle Externo no Estado do Rio de Janeiro (Secex-RJ).
8. Representação legal: José Eduardo Coelho Branco Junqueira Ferraz (OAB/RJ 106.810) e outros,
representando GLS.

9. Acórdão:
VISTOS, relatados e discutidos estes autos que tratam de embargos de declaração opostos em
face do Acórdão 2.318/2015-TCU-Plenário, prolatado no âmbito de representação, com pedido de
medida cautelar, formulada a este Tribunal pela empresa GLS Engenharia e Consultoria Ltda., com
fulcro no art. 113, § 1º, da Lei 8.666/93, versando sobre supostas irregularidades no edital do Pregão
Eletrônico 357/2015, promovido pela Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social -
Dataprev, tendo por objeto a "contratação de empresa especializada para prestação de serviços, pelo
prazo de sessenta meses, de manutenção integrada de infraestrutura de datacenter do Centro de
Processamento Rio de Janeiro - CPRJ, preservando as certificações das normas ABNT NBR 15.247 e
NBR 60.529 obtidas, com a realização de serviços de adaptações, inclusive de infraestrutura, para que
o referido datacente r alcance a certificação de sustentabilidade de operações máxima do padrão Tier
III (Operational Sustainability)";
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do Plenário,
diante das razões expostas pelo Relator, em:
9.1. com fundamento no art. 34 da Lei nº 8.443/1992 combinado com os arts. 282 e 146, §1º,
do Regimento Interno do TCU, não conhecer dos presentes embargos de declaração, em virtude de a
empresa GLS Engenharia e Consultoria Ltda não ser parte interessada nos presentes autos;
9.2. dar ciência deste Acórdão, bem como do Relatório e Voto que o fundamentam, à
representante.

10. Ata n° 43/2015 – Plenário.


11. Data da Sessão: 28/10/2015 – Ordinária.
12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-2738-43/15-P.
13. Especificação do quorum:
13.1. Ministros presentes: Aroldo Cedraz (Presidente), Benjamin Zymler, José Múcio Monteiro, Bruno
Dantas e Vital do Rêgo (Relator).
13.2. Ministros-Substitutos convocados: Augusto Sherman Cavalcanti e Marcos Bemquerer Costa.

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13.3. Ministros-Substitutos presentes: André Luís de Carvalho e Weder de Oliveira.

(Assinado Eletronicamente) (Assinado Eletronicamente)


AROLDO CEDRAZ VITAL DO RÊGO
Presidente Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente)
PAULO SOARES BUGARIN
Procurador-Geral

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