Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Biofisica Trabalho
Biofisica Trabalho
Instruções: Tomando por base o conteúdo explicado em aula, a leitura das referências
indicadas e as suas
1a) Explique por que é necessário variar a tensão em uma corda de violão para afiná-la
corretamente.
A relação entre a tensão da corda e a frequência do som produzido é direta: quanto maior a
tensão, maior a frequência e mais agudo será o som. Da mesma forma, quanto menor a
tensão, menor a frequência e mais grave será o som.
2a) Uma corda de violão sob uma tensão T produz um harmônico fundamental de frequência f.
Porém, a corda está desafinada, e precisamos que a frequência aumente em 10%. Qual deverá
ser a variação percentual na tração exercida sobre a corda para que ela fique corretamente
afinada?
De acordo com a Lei de Hooke para uma corda, a frequência é diretamente proporcional à raiz
quadrada da tensão aplicada.
Agora, substituindo f' por 1,1f (10% maior que f) na equação acima:
f / T = 1,1f / T'
Podemos simplificar a equação, dividindo ambos os lados por f e multiplicando por T':
T' = T / 1,1
v = √(γ * P / ρ)
Considerando todos os gases à mesma temperatura, podemos fazer uma análise comparativa
da densidade e do índice de adiabaticidade dos gases em questão para determinar a ordem
das velocidades do som.
Hidrogênio (H₂): O hidrogênio possui a menor massa molar dentre os gases mencionados, o
que resulta em uma menor densidade. Além disso, o hidrogênio tem um índice de
adiabaticidade (γ) próximo a 1,4. Portanto, a velocidade do som no hidrogênio será a maior
entre os gases mencionados.
Hélio (He): O hélio tem uma massa molar um pouco maior que a do hidrogênio, resultando em
uma densidade ligeiramente maior. O hélio tem um índice de adiabaticidade próximo a 1,66,
um pouco maior do que o hidrogênio. Assim, a velocidade do som no hélio será menor do que
no hidrogênio, mas ainda maior do que nos gases restantes.
Oxigênio (O₂): O oxigênio tem uma massa molar maior em comparação com o hélio, o que leva
a uma densidade maior. O índice de adiabaticidade do oxigênio é cerca de 1,4, igual ao do
hidrogênio. Portanto, a velocidade do som no oxigênio será menor do que no hélio e no
hidrogênio, mas ainda maior do que no nitrogênio.
Nitrogênio (N₂): O nitrogênio tem uma massa molar maior do que o oxigênio, resultando em
uma densidade ainda maior. O índice de adiabaticidade do nitrogênio é próximo a 1,4, igual ao
do oxigênio e do hidrogênio. Portanto, a velocidade do som no nitrogênio será a menor entre
os gases mencionados.
Portanto, a ordem das velocidades do som nos gases, do menor para o maior, é: nitrogênio,
oxigênio, hélio e hidrogênio.
A intensidade sonora é uma medida da energia do som transmitida por unidade de área
perpendicular à direção de propagação do som. A definição matemática da intensidade sonora
(I) é dada pela fórmula:
I = P/A
Essa fórmula indica que a intensidade sonora é determinada pela relação entre a potência
sonora emitida pela fonte sonora e a área através da qual o som se propaga. Quanto maior a
potência sonora emitida e/ou menor a área de propagação, maior será a intensidade sonora.
O significado físico da intensidade sonora está relacionado com a quantidade de energia
transportada pelo som. Uma maior intensidade sonora indica que mais energia sonora está
sendo transmitida por unidade de área, resultando em um som mais alto e mais perceptível. A
intensidade sonora é diretamente relacionada com o volume ou a amplitude do som que uma
pessoa ouve.
Além disso, a intensidade sonora também pode ser usada para medir a exposição a níveis de
som prejudiciais. Valores altos de intensidade sonora podem ser prejudiciais à audição
humana, podendo causar danos se a exposição for prolongada. Portanto, a intensidade sonora
é um parâmetro importante na avaliação dos efeitos do som no ambiente e na saúde humana.
O conceito de nível de intensidade sonora, medido em decibéis (dB), está relacionado à noção
de intensidade sonora, medida em watts por metro quadrado (W/m²). A intensidade sonora é
uma medida física da energia transportada pelo som em uma determinada área,
representando a quantidade de energia sonora que passa por uma unidade de área em um
determinado período de tempo.
Porém, o uso direto da intensidade sonora em muitas aplicações práticas pode ser complexo e
pouco intuitivo. Primeiro, porque a intensidade sonora pode variar por uma ampla faixa de
valores, desde níveis muito baixos, como o sussurro de uma pessoa, até níveis extremamente
altos, como o som de uma explosão. Lidar com esses valores em uma escala linear pode
dificultar a compreensão e a comparação entre diferentes intensidades sonoras.
Além disso, a audição humana não percebe o som de forma linear em relação à intensidade
física. O ouvido humano é mais sensível a variações em baixos níveis de intensidade sonora e
menos sensível a variações em altos níveis de intensidade. Isso significa que uma mudança
pequena na intensidade sonora em níveis baixos pode ser facilmente percebida, enquanto
uma mudança igualmente pequena em níveis altos pode passar despercebida. Para levar em
consideração essa percepção auditiva, é necessário adotar uma escala logarítmica.
Ao utilizar a escala logarítmica do decibel, os valores de nível de intensidade sonora podem ser
mais facilmente comparados e compreendidos. Além disso, o nível de intensidade sonora
reflete melhor a percepção auditiva humana, tornando-se uma medida mais adequada para
descrever e avaliar os diferentes níveis de som que encontramos no dia a dia.
A intensidade de uma onda sonora produzida por um oscilador de dimensões muito pequenas
diminui à medida que a distância aumenta. Isso ocorre por várias razões físicas relacionadas
com a propagação do som no ar.
Quando uma onda sonora se propaga a partir de uma fonte pontual, como o oscilador
mencionado, ela se espalha em todas as direções, formando uma esfera de onda em expansão.
Conforme essa esfera de onda se expande, a energia sonora é distribuída por uma área de
superfície cada vez maior.
A relação entre a intensidade sonora e a distância pode ser explicada pelo chamado "princípio
da conservação de energia". A energia sonora total emitida pelo oscilador é a mesma em
qualquer ponto ao longo da esfera de onda. Portanto, à medida que a esfera de onda se
expande, a mesma quantidade de energia sonora é espalhada por uma área maior.
Quando dois cachorros latem ao mesmo tempo, a intensidade sonora total não é
simplesmente a soma das intensidades sonoras individuais. De acordo com o princípio da
sobreposição de ondas sonoras, a intensidade sonora resultante é determinada pela adição
vetorial das ondas sonoras individuais.
I_total = 10 * log10(20,000,000)
Seguindo o princípio da sobreposição de ondas sonoras, quando duas fontes sonoras idênticas
estão em fase e equidistantes, ocorre um fenômeno chamado interferência construtiva. Nesse
caso, a intensidade sonora resultante é maior do que a intensidade sonora individual.
I_total = 280
Portanto, quando dois cachorros latem ao mesmo tempo e estão equidistantes, o nível de
intensidade sonora produzido será de aproximadamente 280 dB.
8a) Qual é a razão (quociente) entre as intensidades sonoras (medidas em W/m2) associadas
ao som de uma turbina de avião e o som de um cachorro latindo?
OBS: pesquise na internet os valores aproximados dos níveis de ruído associados a uma turbina
de avião e ao latido de um cachorro.
Para determinar a razão entre as intensidades sonoras associadas ao som de uma turbina de
avião e o som de um cachorro latindo, precisamos converter as medidas de decibéis (dB) para
a escala linear de intensidade sonora em watts por metro quadrado (W/m²).
= (10^14) / (10^8)
= 10^(14 - 8)
= 10^6
= 1.000.000
Em um sistema oscilatório, como um pêndulo, uma mola ou um circuito elétrico RLC, há uma
frequência natural de oscilação, também conhecida como frequência de ressonância. Essa
frequência é determinada pelas características do sistema, como a massa, a rigidez da mola ou
a capacitância e indutância do circuito.
Quando uma força externa é aplicada ao sistema oscilatório com uma frequência próxima da
frequência natural, ocorre uma transferência eficiente de energia para o sistema. Isso significa
que a energia fornecida pela força externa é absorvida pelo sistema e armazenada em sua
forma de energia cinética ou potencial, resultando em um aumento na amplitude das
oscilações.
Esse aumento na amplitude ocorre porque a força externa está sincronizada com o movimento
natural do sistema. A energia é adicionada a cada ciclo, reforçando as oscilações e resultando
em um efeito de "ressonância".
A ressonância pode ser benéfica em alguns casos, como em instrumentos musicais, em que a
ressonância das cordas ou das colunas de ar amplifica o som produzido. No entanto, a
ressonância também pode ter efeitos indesejados em sistemas, especialmente se não forem
controlados. Em sistemas mecânicos, por exemplo, a ressonância pode levar a vibrações
excessivas, falhas estruturais e danos. Em sistemas elétricos, a ressonância pode causar
problemas de sobretensão e respostas instáveis.
10a) Explique fisicamente a origem dos diferentes timbres observados nos diferentes
instrumentos musicais.
O timbre é uma característica fundamental dos instrumentos musicais que nos permite
distinguir sons produzidos por diferentes fontes, mesmo que possuam a mesma altura
(frequência fundamental) e intensidade. A origem dos diferentes timbres está relacionada às
características físicas e acústicas dos instrumentos.
Existem três principais componentes físicos que influenciam o timbre dos instrumentos
musicais: a fonte sonora, o sistema de ressonância e o envelope sonoro.
Fonte Sonora: A fonte sonora é responsável por produzir as vibrações iniciais que geram o
som. Nos instrumentos de corda, como violinos e violões, as cordas são a fonte sonora. Ao
serem tocadas, elas vibram e geram uma sequência de harmônicos que contribuem para a
riqueza e o caráter do timbre. Nos instrumentos de sopro, como flautas e trompetes, o ar em
movimento é a fonte sonora. A forma como o músico sopra, a geometria do bocal e outros
elementos afetam a qualidade do som produzido.
Além desses fatores físicos, também é importante mencionar que a técnica de execução do
músico desempenha um papel crucial na produção do timbre. A forma como o músico toca um
instrumento, como a pressão aplicada nas cordas, a embocadura nos instrumentos de sopro
ou a técnica de percussão, também influencia a qualidade sonora resultante.