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Resumo - Aula ECA
Resumo - Aula ECA
INFÂNCIA E SOCIEDADE
A ideia/conceito de infância não é linear, é descontinuo.
A infância é contextual, acompanha a sociedade, depende de como a sociedade vive. Ex: se a criança for
necessária ela fará, como os índios que já caçam ou já cozinham.
INFÂNCIA NA ERA PRÉ-MODERNA
Marco da modernidade – fim da idade média, transição. O ponto central é a revolução francesa.
Roma Antiga a sociedade era organizada pelo pater famílias – o chefe, homem mais velho.
A criança não tinha voz, crianças como objeto de direto.
O instituto da adoção surgiu aqui – para dar continuidade na família, adoção de homens.
Idade Média 2 fases:
o 1ª fase: mortalidade infantil. Contexto de fome, preste
A sociedade entendia que criança era um mini adulto, e logo que conseguisse se vestir e comer sozinha, já
seria inserida no trabalho – regime feudal.
Total desapego dos pais, não havia diferenciação entre adultos e crianças.
o 2ª fase: filosofia cristã
Filosofia cristã – fim da idade média - importante no sentido de fomentar a dignidade, período medieval.
Ideia de “igual e semelhante a Deus”. Crianças são dignas.
Para defender que as crianças eram anjos, deveria se seguir a ideologia da igreja, logo a proteção era
apenas as crianças geradas na constância do casamento. Aos bastardos não.
INFÂNCIA E MODERNIDADE
Aries – sentimento de infância – sec. XVII noção de que criança está em desenvolvimento, precisa de proteção
e não é um adulto.
Classes ricas iam para a escola: meninas sempre voltadas para aprendizado doméstico
Classes pobres: durante a revolução industrial as crianças eram mão-de-obra, para contribuir com a renda
familiar.
Desigualdade entre a infância rica e pobre. O que gerou muito analfabetismo, mortalidade etc.
A partir do séc.20 começa haver a proteção real, antes era só caridade.
Principais documentos de proteção internacional
o1924 – Declaração dos Direitos da Criança. Objetivo era reduzir o trabalho infantil e uma ampliar acesso à escola
o1959 – Declaração Universal dos Direitos da Criança. Estabeleceu que crianças são sujeitos de direitos. Proteção
mínima a autonomia infantil. Titulares de direitos a dignidade, liberdade, saúde.
o1989 – Convenção dos Direitos da Criança. Adotou a doutrina da proteção integral
A CONVENÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA– 3 PILARES
Foi a Convenção dos Direitos da Criança que inspirou o ECA.
1º pilar: reconhecimento da criança e do jovem como pessoa em desenvolvimento., merecedora de proteção especial.
2º pilar: proteção do direito a convivência familiar.
3º pilar: dever das nações subscritoras de assegurar esses direitos com absoluta prioridade.
HISTÓRICO NO BRASIL: 4 FASES
1º fase: invisibilidade – até sec. XVII
2º fase: assistencialismo católico – igreja toma pra si as responsabilidades das crianças. Se aplicava exclusivamente as
crianças pobres e abandonadas. As instituições responsáveis eram as Santas Casas de Misericórdia.
Rodas dos Expostos 1726 – 1927 – abandonava as crianças, normalmente fora do casamento. Ao invés de
viver com isso manda pra igreja e mantem a família tradicional abençoada.
3º fase: institucionalização – 1927: promulgado o Código de menores, no qual a criança merecedora de tutela do
Estado era o “menor” em situação irregular. O objeto do Código era proteger criança carente e/ou delinquente.
Criança carente abrigada
Criança delinquente internada/reformatório FEBENS
4º fase: proteção integral – se inaugurou com a Constituição, no art.227.
Fase da desinstitucionalização, isto é, retira de abrigos e coloca na convivência familiar.
DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL
É o conjunto de enunciados que exprimem um valor ético maior, organizado por meio de Dignidade da infância
normas interdependentes, que reconhecem a criança e o adolescente como sujeitos de direito.
Inaugurada pela CF art.227:
responsabilidade tripartida, entre sociedade, estado e família
proteção estendida ao jovem até 29 anos EC 65/10, em virtude de primeiro emprego etc.
A doutrina da proteção integral substitui a doutrina da situação irregular
O fundamento de amos os códigos de menores era a doutrina da situação irregular – carência x delinquência
DIREITOS FUNDAMENTAIS
Direito a vida e saúde
art.7º - politicas sociais públicas que permitem o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso.
Dever da sociedade pais e estado – assegurar a saúde
Dever dos pais – consultas médicas, vacinação, alimentação adequada.
Deveres do poder público – garantia de atendimento especializado aos menores pelo SUS, políticas públicas de
alimentação (merenda) e de saneamento básico. Atendimento a gestante – saúde pré e pós-natal.
Art.8º - saúde do nascituro e atendimento a gestante
teoria natalista
planejamento reprodutivo
métodos contraceptivos
§8º - as gravidas atenção humanizada, acompanhamento saudável, alimentação adequada, ao parto natural
cuidadoso e atendimento integral pré-natal, perinatal e pós-natal.
Art.11 – assegurado atendimento integral a saúde
princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde.
(atendimentos de prevenção, novos serviços do SUS)
garantia de atendimento para habitação e reabilitação
garantia de concessão de medicamentos e próteses – ex: maconha nos casos de epilepsia.
promoção da saúde bocal – clinicas populares
obrigatoriedade da vacinação
Proteção à saúde mental: art.98, III e art.101 VI - estado de drogadição – inclusão obrigatória em programa de
tratamento.
Proteção aos portadores de deficiência: estatuto da pessoa com deficiência – autistas – garantia de tratamento
inclusivo em vistas a proteção a saúde, convivência familiar e a educação, com vedação a discriminação.
Direito a liberdade
Art.15 – respeito a dignidade humana no processo de desenvolvimento e são sujeitos de direitos civis
Art.16 - liberdade de ir e vir, liberdade de opinião, de expressão, crença e culto religioso, liberdade de brincar;
para participar da vida familiar, comentaria e política, liberdade pra buscar refúgio, auxilio e orientação.
Direito a educação
Art.53 – tem direito a educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo do exercício da
cidadania, e qualificação para o trabalho
Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola
Direito de ser respeitado por seus educadores
Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer a instancia escolar superior
Direito de organização e participação em entidades estudantis
Acesso a escola pública e gratuita próxima de sua residência
Direito a convivência familiar e Direito a convivência comunitária
Art. 4º e art.16 – principio traduz a necessária preservação dos vínculos familiares da criança e do adolescente
por meio da ampla convivência. Direito de estar em ambiente familiar de afeto e cuidado.
A remoção da criança do ambiente familiar é sempre exceção.
Convenção dos Direitos da Criança: Zelar para que a criança não seja separada de seus pais contra a vontade
dos mesmos, exceto quando, sujeita a revisão judicial, as autoridades competentes determinarem, em
conformidade com a lei, que tal separação é necessária ao interesse maior da criança.
Necessidade de terem convívio no ambiente escolar, religioso e recreativo. Estimulo a participação em espaços
complementares ao doméstico, nos quais os infantes se identifiquem.
Art.19 – direito ser educado no seio de sua família, excepcionalmente em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.
§1
º - toda criança que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação
reavaliada, no máximo, a cada 3 meses, devendo a autoridade judiciaria competente, com base em relatório elaborado
por equipe interprofissional (psicóloga, assistente social) decidir de forma fundamentada pela possibilidade de
reintegração familiar ou pela colocação em família substituta, em quaisquer modalidades.
§ 2º - A permanência em programa de acolhimento institucional não se prolongara por mais de 18 meses, salvo
comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente fundamentada pela autoridade
§ 3º - A manutenção ou reintegração à sua família terá preferência em relação a qualquer outra providencia, caso
em que será está incluída em serviço de programas de proteção, apoio e promoção.
§4º - será garantida a convivência com a mãe ou pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas
promovidas pelo responsável ou na hipótese de acolhimento institucional, pela entidade responsável,
independentemente de autorização judicial.
§5º - será garantida a convivência integral da criança, com a mãe adolescente que estiver em acolhimento
institucional.
Art.92 – o responsável pelo acolhimento familiar ou institucional deverá a cada 6 meses elaborar relatório, para
avaliar se a criança está integrada
MODALIDADES DE FAMÍLIA
Família natural origem - formada pelos pais ou qualquer deles e seus descendentes – art.25 caput.
Família extensa entende-se por família extensa ou ampliada, aquela que se estende para além da unidade pais e
filhos, ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança convive e mantem vinculo de
afinidade e afetividade – art.25, §ú – parentes – avós, tios.
Família substituta aquela que se torna responsável pela criança através dos institutos da guarda, tutela ou adoção –
art.28
ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL X ACOLHIMENTO FAMILIAR
Semelhança: abrigar a criança, retirando-a de situação de risco.
Diferença:
acolhimento institucional é realizado pelo Estado (abrigos, casa-lar e casa de passagem).
Acolhimento familiar é realizado por família acolhedora, cadastrada no programa – ganham verba.
Art.19—B -- Programa de apadrinhamento – a criança em programa de acolhimento institucional ou familiar
poderão participar de programa de apadrinhamento O apadrinhamento consiste em estabelecer e proporcionar
vínculos externos a instituição para fins de convivência familiar e comunitária e colaboração com seu
desenvolvimento nos aspectos social, moral, físico, educativo e financeiro. Normalmente crianças em
acolhimento institucional.
Podem ser padrinhos os maiores de 18 anos, contanto que a criança não esteja inscrita no cadastro de adoção.
(não podem ter o propósito da adoção)
Pessoas jurídicas podem apadrinhar.
Terão preferência no programa crianças com menores chances de reinserção familiar ou adoção. (mais velhas,
menores chances de serem adotadas).
PODER FAMILIAR
Substituiu o “pátrio poder” – poder absoluto e ilimitado que o chefe da organização familiar tinha sobre seus
filhos. O Estado não podia interferir na família, pois já existia o chefe.
Poder familiar – encargo imposto por lei aos pais, que devem garantir os interesses do filho através de prestações
materiais, educativas e afetivas. Mudança de concepção! Pai e mãe.
Art.22 aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhe ainda, no
interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações legais.
Histórico
CC 16 pátrio poder era assegurado exclusivamente ao marido
CC 88 isonomia entre marido e mulher
ECA substituiu o caráter dominador do instituto pelo caráter protetivo . Retirou a expressão pátrio poder em
2009
CC 02 utiliza a expressão “poder familiar”
Características os pais não podem renunciar e não lidar com a
Irrenunciável criança, passar para avo a responsabilidade, é
Intransferível vedado. Se extingue apenas quando a criança
Inalienável completa 18 anos, mas não prescreve.
Imprescritível
Decorre da filiação biológica, jurídica ou socioafetiva (adoção/multiparentalidade)
Obrigação dos pais são personalíssimas – apenas eles podem realiza-las.
Art. 21 ECA É exercido igualmente pelo pai e pela mãe, os quais podem recorrer à autoridade judiciária em
caso de discordância.
Os deveres dos pais
Art.1634 compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação conjugal, o pleno exercício do poder
familiar, que consiste em, quanto aos filhos:
Dirigir-lhe a criação e educação; Exercer a guarda unilateral ou compartilhada (em regra compartilhada desde
2014); Conceder-lhe o negar consentimento para viajar para exterior; Casar....
Suspensão e perda do poder familiar
Art.24 a perda e suspensão será decretada judicialmente, assegurado o contraditório, nos casos previstos em lei
(taxativas), bem como na hipótese de descumprimento injustificado dos deveres e obrigações a que alude o art.22.
São sanções aplicadas aos pais, bem como forma de proteção do filho.
Art.23 A falta de recursos não é causa para perda ou suspensão do poder familiar.
Art.1.637 se os pais abusarem da autoridade, cabe ao juiz requerendo a algum parente ou MP adotar a medida
que lhe pareça reclamada pela segurança do menor e seus haveres, até suspendendo o poder familiar quando
convenha.
§ú – suspende igualmente quando pai ou mãe são condenados por sentença irrecorrível, em virtude de crime cuja
pena exceda a dois anos de prisão.
Suspensão: sanção menos grave. Superadas as causas que lhe deram ensejo, a suspensão pode ser cancelada. É
facultativa, podendo o juiz deixar de aplica-la, exceto no art.1637 que é obrigatório.
Perda do poder familiar: é imposta por sentença judicial – é medida imperativa/obrigatória - não facultativa ao
juiz. Legitimidade para requerer a perda: outro genitor ou o MP. Sentença que destitui o poder familiar deve ser
averbada no registro de nascimento. Art.1638 – quando os pais: Castigar imoderadamente, deixar o filho em
abandono material e educacional (não abandono afetivo), praticar atos contrários a moral e aos bons costumes;
incidir reiteradamente, nas faltas previstas no art anterior; entregar de forma irregular o filho a terceiros para fins
de adoção.
Restabelecimento do poder familiar
Será restabelecida quando cessada as condições que levaram a perda.
Exceto quando a criança já tenha sido adotada.
O restabelecimento é fundamentado no melhor interesse da criança
Família substituta
Regras para colocação em família substituta
Requer, quando possível, a oitiva da criança (menos de 12 anos), devendo ser respeitada sua opinião.
Depois dos 12 anos é necessário/obrigatório o consentimento do adolescente – art.28
Opiniões não vinculativas, apenas elementos.
É analisado o grau de parentesco e relação de afetividade da criança com a família substituta.
Irmãos devem ser colocados na mesma família, salvo situação que justifique a exceção – ex. 7 irmãos.
manutenção do grupo familiar na melhor medida.
Crianças indígenas e quilombolas – art28, §6º - necessário manter com pessoas da mesma etnia, manter a
cultura.
A colocação em família substituta estrangeira somente é possível na modalidade adoção. A adoção
internacional será sempre exceção.
GUARDA
Em decorrência desde instituto, o detentor assume o compromisso de prestar toda assistência ao menor de 18 e
tem o direito de opor-se a terceiros.
O instituto regulariza a posse/convivência fática da criança
Não pressupõe a perda do poder familiar
A família natural segue tendo o poder familiar, mas a guarda passa a ser exercida por outrem. Necessidade de
convivência com a família natural.
Guarda provisória, fática, guarda em favor da família extensa, guarda estatutária
TUTELA
Objetivo: responsabilizar o tutor não apenas pela criança/adolescente, mas também por seus bens.
A tutela não pode coexistir com o poder familiar. No entanto, os vínculos de parentesco com os pais não são
rompidos.
Pressupõe a previa decretação da perda ou da suspensão do poder familiar e implica o dever de guarda.
O tutor é sempre guardião da criança.
Testamentaria – legitima – dativa.
ADOÇÃO
Única modalidade de família substituta na qual ocorre o rompimento do parentesco com a família natural.
Características: irrevogável – não é possível arrependimento; excepcional – última medida; ato personalíssimo –
não é possível adoção por procuração.
Efeitos da adoção – art.41
Atribui ao adotado a condição de filho do adotante.
Desliga o vinculo do adotado com pais e parentes anteriores, exceto os impedimentos do matrimonio.
Mesmos direitos e deveres decorrentes da filiação, inclusive sucessório
Legitimidade para adotar
Os maiores de 18 anos – independente do estado civil
Diferença de 16 anos entre adotado e adotante
Adoção conjunta – casal deve comprovar estabilidade familiar
Adoção em caso de morte do adotante antes de ser prolatada a sentença (Adoção póstuma): necessária
inequívoca manifestação de vontade do adotante – art. 42. Ocorre no momento da morte do adotante.
Não podem adotar ascendentes e irmãos do adotando.
Requisitos da adoção
Apresentar reais vantagens para o adotando e fundar-se em motivos legítimos – art.43
Existência de consentimento dos pais ou representante do adotando, exceto quando perdido o poder familiar
ou quando desconhecidos os pais – art.45
Consentimento do adotando, quando maior de 12 anos, mas não é vinculativa.
Modalidades de adoção
Adoção conjunta
Adoção unilateral
Adoção póstuma
Adoção de maiores – art.1619
Adoção homoafetiva – não é objeto de lei, mas sim de decisão dos tribunais STJ 2012
Adoção internacional – art.51
Adoção intuitu personae – criança especifica, fura fila – em regra não é possível, não há previsão no ECA.
Mas os tribunais reconhecem quando tem vínculo de cuidado, segurança entre ambos.
Adoção a brasileira – simulação errônea de filiação – art. 242CP – possibilidade de não aplicação de pena
caso a adoção tenha sido realizada com fim nobre, de ajudar.
Fases do procedimento da adoção
Processo de inscrição do casal na Vara da Infância e da Juventude, por meio de requerimento e juntada de
documentos
Realização de curso, avaliação psicossocial e parecer do MP
Decisão de acolhimento do pedido – entrada na fila/inserção no cadastro
Existência de criança adequada ao perfil escolhido
Estagio de convivência – máximo de 90 dias, com possibilidade de prorrogação por igual período – art.46
Ação de guarda provisória c/c pedido de adoção
Sentença – art. 47
Eficácia constitutiva da adoção
Será inscrita no registro civil. Com a consignação do nome dos pais adotantes
Cancelamento do registro original da criança
Possibilidade de alteração de prenome – nome (necessária oitiva do adotando).
Conhecimento da origem genética pelo adotando
Art.48 – o adotado tem direito de conhecer sua origem biológica, bem como de obter acesso irrestrito ao
processo no qual a medida foi aplicada e seus eventuais incidentes, após completar 18 anos.
§ú – menor de idade ver o processo, desde que orientado juridicamente e psicólogo.
Adoção homoafetiva
Danos ao sadio desenvolvimento da criança? Ausência de comprovação científica.
ECA permite adoção por única pessoa, sem fazer referência a orientação sexual.
Antes do reconhecimento jurisprudencial da união homoafetiva: gay em união estável adotava unilateralmente.
Parceiro posteriormente buscava a regulamentação.