Resumo do capítulo 11 – Homem, natureza e organização
produtiva Nesse capítulo, Polanyi explora a relação complexa entre a sociedade humana, a natureza e as estruturas econômicas. Polanyi argumenta que as concepções tradicionais de economia, que se baseiam na premissa de que a terra e o trabalho são recursos livres e ilimitados, estão em desacordo com a realidade. Ele sustenta que a sociedade humana está interligada com a natureza e depende dela para sua sobrevivência. No entanto, o sistema econômico baseado na ideia de mercado livre tende a ignorar essa relação e a explorar indiscriminadamente os recursos naturais. Polanyi examina como a Revolução Industrial, com sua ênfase na maximização do lucro e na expansão do mercado, levou a uma exploração desenfreada dos recursos naturais e a uma deterioração do ambiente. Ele argumenta que essa exploração insustentável é uma consequência direta da separação entre a economia e a natureza, promovida pelo sistema de mercado autorregulado. O autor também discute a importância das instituições sociais e políticas na gestão adequada dos recursos naturais. Ele sugere que uma organização produtiva baseada em princípios de solidariedade e sustentabilidade é necessária para superar os desafios ecológicos e garantir a sobrevivência a longo prazo da sociedade humana. Em suma, o Capítulo 11 de "A Grande Transformação" examina a interação entre o homem, a natureza e as estruturas econômicas, criticando a visão de mercado desenfreado que negligencia a sustentabilidade ambiental. Polanyi argumenta em favor de uma abordagem mais consciente e equilibrada na organização produtiva, reconhecendo a dependência da sociedade humana dos recursos naturais e a importância de instituições que garantam uma relação sustentável entre economia e natureza.
Resumo do capitulo 12- O nascimento do credo liberal
Nesse capítulo Polanyi explora criticamente o nascimento do credo liberal, analisando suas origens, princípios e consequências. Ele oferece uma perspectiva crítica sobre a aplicação desenfreada do liberalismo econômico e defende a importância de uma abordagem mais equilibrada, onde as preocupações sociais e ambientais sejam levadas em consideração na organização econômica. Ele analisa como essa ideologia influenciou a desregulamentação dos mercados, a liberdade de circulação de mercadorias e a transformação de áreas anteriormente consideradas fora do domínio do mercado, como terra, trabalho e até mesmo dinheiro, em mercadorias para serem compradas e vendidas no mercado. Logo, o autor critica o credo liberal por ignorar as consequências sociais e ambientais de sua aplicação. Ele argumenta que a total mercantilização de todas as esferas da vida leva a desigualdades extremas, instabilidade econômica e danos ao meio ambiente. Polanyi destaca os impactos negativos causados pela implementação desenfreada dos princípios liberais, como a exploração do trabalho, o deslocamento de comunidades rurais e a degradação dos recursos naturais. No entanto, Polanyi critica o credo liberal por sua visão unilateral da economia, que ignora as consequências sociais e ambientais de sua implementação. Ele argumenta que a mercantilização total de todas as esferas da vida pode levar a desigualdades extremas, instabilidade econômica e danos ao meio ambiente. Polanyi destaca os impactos negativos causados pela aplicação desenfreada dos princípios liberais, como a exploração do trabalho e a desintegração das relações sociais tradicionais. Em relação aos dogmas clássicos do trabalho, dinheiro e livre comércio, Polanyi examina como essas concepções moldaram a visão de mundo liberal. Ele critica a ideia de que o trabalho é uma mercadoria como qualquer outra, argumentando que a força de trabalho não pode ser tratada apenas como um elemento de mercado, mas está intrinsecamente ligada às vidas e identidades das pessoas. Além disso, ele questiona a visão de que o dinheiro é neutro e pode ser usado como um meio de troca sem consequências sociais, enfatizando que as relações monetárias têm implicações significativas para a sociedade. No que diz respeito ao livre comércio, Polanyi argumenta que a mercantilização completa de todas as esferas da vida, incluindo terra, trabalho e até mesmo relações sociais, pode levar a desigualdades extremas e a danos sociais e ambientais. Ele destaca os impactos negativos causados pela aplicação desenfreada dos princípios liberais, como a exploração do trabalho e a desintegração das relações sociais tradicionais. Em suma, Polanyi critica o laissez-faire e os dogmas clássicos do trabalho, dinheiro e livre comércio, argumentando que essas concepções têm consequências sociais e ambientais negativas.