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Docente: Irio Gonçalves Boraschi

Discente: Erick Roberth Freitas Ramires


Disciplina: Direito Empresarial I

Curso: Direito - UNEMAT Campus Pontes e Lacerda

Objetivo: descrever a atividade empresária (nome empresarial, obrigações


profissionais do empresário, identificação da empresa, fundo de comércio, registro
do empresário, alienação do estabelecimento empresarial); estejam livres para
abordar temas conexos/afins.

O nome empresarial ou nome de empresa é a designação do empresário, a


forma pela qual ele é individualizado e conhecido no meio negocial. Assim como o
nome da pessoa natural é seu elemento de identificação na sociedade, o nome
empresarial é o sinal distintivo do empresário e se destina ao exercício da atividade
empresarial.
Desta forma, o nome empresarial exige para sua formação a observância dos
princípios da novidade ou originalidade, textualmente consagrados no art. 34 da Lei
nº 8.934/94.
Assim sendo, o legislador preocupou-se em assegurar ao empresário o direito
de uso exclusivo do nome empresarial que escolher. Por isso, havendo identidade
de nomes ou mesmo similitude que possa levar à confusão, o empresário deve
distingui-lo pela adoção de qualquer designação que permita a distinção.
Nesse sentido, havendo identidade ou semelhança, cabe à Junta Comercial
recusar o registro do nome empresarial idêntico ou semelhante a outro já registrado
(art. 1.166 do CC).
Por conseguinte, os empresários individuais e as sociedades empresárias,
têm, basicamente, três obrigações fundamentais, para que suas atividades sejam
legalmente amparadas: a) dever de arquivamento de seus atos constitutivos na
Junta Comercial; b) dever de escrituração dos livros empresariais obrigatórios e; c)
dever de levantar, periodicamente, o balanço patrimonial e de resultado econômico
da empresa.
Nesse viés, a atividade empresarial compreende o estabelecimento que, é um
complexo de bens funcionalmente destinados ao exercício de atividade econômica.
Trata-se de organismo econômico utilizado pelo sujeito para explorar atividade
econômica ou empresa, o que é mais comum. Em outras palavras, o
estabelecimento constitui o aparato instrumental que o empresário deve dispor e
organizar, para adequá-lo ao exercício da empresa.
Ademais, os bens que integram o estabelecimento são todos necessários
para a atividade, incluindo bens móveis, imóveis, inclusive incorpóreos. Entre os
primeiros, podem ser citados maquinários, estoques, instalações, matéria-prima etc.
e, entre os últimos, o ponto empresarial, marcas, desenhos industriais, título do
estabelecimento, softwares, entre outros. A organização desses bens forma o
aparato para o exercício da atividade empresarial.
Assim, a reunião desses bens de forma organizada cria a capacidade de
gerar resultados econômicos, proveito que não se obteria sem tal organização. Essa
aptidão de gerar resultados denomina-se aviamento ou fundo de comércio. O
aviamento consiste no “resultado de um conjunto de variados fatores pessoais,
materiais e imateriais, que conferem a dado estabelecimento in concreto a aptidão
de produzir lucros”, na expressão do saudoso Oscar Barreto Filho (1988, p. 169).
O Estado criou o sistema de registros públicos para dar segurança e
publicidade a certos atos e negócios jurídicos.
No tocante à atividade econômica, o conhecimento dos atos e negócios é
dado, na atividade econômica empresária, pelo Registro Público de Empresas
Mercantis a cargo das Juntas Comerciais e, na atividade não empresária, pelo
Registro Civil das Pessoas Jurídicas.
O Registro de Empresas Mercantis e Atividades Afins é constituído por três
órgãos: o Departamento de Registro Empresarial e Integração (DREI), que tem por
funções supervisionar, orientar, coordenar e disciplinar por meio de normas; Juntas
Comerciais, que têm as funções de executar e administrar os serviços desse registro
público e Delegacias das Juntas Comerciais, que são órgãos locais do SINREM.
O empresário e a sociedade empresária estão vinculados às Juntas
Comerciais, posto que estas detêm a função executória dos seus atos. O art. 7º da
Lei nº 8.934/941 elenca os atos de competência das Juntas Comerciais,
enumerando entre eles os de inscrição, arquivamento, autenticação de atos e
documentos do empresário. As Juntas Comerciais atuam em nível estadual e o
empresário está subordinado à do local no qual explora a empresa.
Tratando-se de atividade econômica não empresária, a sociedade simples
pratica seus atos registrais junto ao Registro Civil de Pessoas Jurídicas da sua
jurisdição, lembrando que tratando de sociedade de advogados, os atos são
praticados perante a OAB.
Se a sociedade simples adotar um dos tipos de sociedade empresária,
continuará simples e sujeita ao respectivo registro, apenas devendo observar as
normas do Registro de Empresas Mercantis relativas à modalidade que adotar. Essa
interpretação decorre do disposto no art. 983 combinado com os arts. 984 e 1.150.

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