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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA VARA DO

TRABALHO DE XXXXX – ES

Autor xxxx, brasileiro, casado, aposentado,


portador do RG nº 11111 SSP/ES, inscrito no CPF sob o nº 111111, com
endereço na Rua O, nº 2, Centro, São Mateus - ES, por sua procuradora in fine
assinada, devidamente qualificada no instrumento de mandato anexo, vem
respeitosamente à presença de V. Exa., ajuizar a presente

AÇÃO ANULATÓRIA, C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E


MATERIAIS

em face de UNIAO FEDERAL, através da Procuradoria da República no Estado


do Espírito Santo, com sede na Av Jerônimo Monteiro, nº 625, Centro - Vitória -
ES - CEP: 29010-003, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

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01- DOS FATOS

O Requerente foi autuado pelo Requerido na data de


07/05/2013, ocasião em que teve concedido o prazo de 10 dias para interposição do
recurso.

O recurso foi interposto via correio dentro do prazo e o


Requerente ficou aguardo o retorno quanto ao mesmo. Importante informar que no
recurso interposto fez constar seu endereço residencial, além do endereço da fazenda
onde ocorreu a autuação.

Os meses se passaram e o Requerente não recebeu


qualquer resposta quanto ao recurso interposto e menos ainda as guias para quitação da
multa.

Passados mais de 3 anos do fato, o Requerente foi


surpreendido por uma correspondência do cartório de protesto, informando sobre a
cobrança das multas referentes ao auto de infração e multas sobre estas, mais que
dobrando o valor a ser pago!!! Vale ressaltar que o endereço que consta do documento
de protesto, sequer é o endereço do Requerente, sendo o documento entregue porque o
oficial do cartório, por tratar-se de uma cidade pequena, conhece o Requerente.

Indignado, o Requerente entrou em contato com o


Ministério do Trabalho, onde foi informado que ele não teria sido localizado, por tratar-se
de zona rural e por esta razão intimado a pagar através do diário oficial!!!

Óbvio que o pagamento não foi realizado por total


desconhecimento do Requerente quanto a esta cobrança, motivando o protesto de seu
nome.

O Requerente é produtor rural e não mudou de


endereço, ou seja, se foi encontrado neste endereço para ser autuado também deveria
ter sido para ser cobrado!!!

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A desculpa absurda de que não foi ele encontrado por
tratar-se de zona rural não tem qualquer parâmetro, pois foi exatamente lá que ele foi
encontrado quando foi autuado das irregularidades!!!

O Requerente em memento nenhum se eximiu de


pagar, somente não foi notificado e nem recebeu as guias para tanto. No entanto não é
justo que seja cobrado de multa e taxas cartorárias quando jamais foi cobrado! O
Requerente tem direito de pagar o débito com o desconto de 50% previsto em lei e não
ter seu nome protestado e inserido em órgãos de proteção ao crédito como o CADIN e
outros.

O valor principal é de R$ 16.101,20 (dezesseis mil


cento e um reais e vinte centavos), sendo certo que caso tivesse sido oportunizado ao
Requerente o pagamento da época correta, o valor a ser pago seria de R$ 8.050,60 (oito
mil cinquenta reais e sessenta centavos).

Com o protesto e as multas aplicadas, o valor cobrado


foi de R$27.830,54 (vinte e sete mil oitocentos e trinta reais e cinquenta e quatro
centavos), mais que o triplo do valor devido.

É de conhecimento público que os produtores rurais d


a região vem passando por muitas dificuldades face à seca prolongada há mais de dois
anos e que agravou-se no último ano. O Requerente vinha há muito tentando
financiamento para sua plantação e quanto o obteve, surgiu o protesto em referência!

O Requerente desesperou-se e angariou recursos


junto a amigos e filhos para efetuar o pagamento e ter prejudicada a negociação bancária
em andamento, assim pagou o valor integral para não ter o nome protestado.
Não foi oportunizado ao Requerente o pagamento do
débito, razão pela qual não pagou, não podendo ele ser punido pela atitude arbitrária da
Requerida que protestou os títulos sem sequer realizar a cobrança da forma devida.

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O Requerente como já informado e claro nos autos é
produtor rural e vive daquilo que produz! É sabido por qualquer cidadão brasileiro o quão
difícil é a vida dos agricultores, dado a quantidade ínfima de incentivos do governo.

Para que sua lavoura resista aos tempos de seca e


para que produza todos os anos, o Requerente necessita de empréstimos concedidos
pelo governo e para isso tem que ter seu nome limpo!!!

O Requerente paga seus impostos, mantém todas as


suas contas em dia, no entanto foi surpreendido com a situação relatada nos presentes
autos. Caso seja cobrado o valor protestado, o Requerente que demitir seus funcionários
para conseguir quitar o débito!! Um total absurdo!!!

A lei prevê que somente ocorrerá a notificação por


edital em casos extremos onde a pessoa se encontra em loca incerto e não sabido, o que
não é o caso!

Outro fato relevante é que muito embora o Requerido


informe ter feito a publicação por edital, buscando no Diário Oficial do Espírito Santo
entre os meses de junho/2013 a dezembro/2016, nada foi encontrado, conforme se
observa do documento em anexo (print da tela).

As informações vindas do Requerido são


desencontradas e não justificam o ato praticado por eles.

A notificação por edital é nula e todas as cobranças


que decorrem dela.

De tudo isso, tem-se que o Requerente não pode ser


prejudicado pela negligencia do órgão requerido.

2. DOS FUNDAMENTOS:

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2.1. DA NULIDADE DA NOTIFICAÇÃO POR EDITAL E DAS COBRANÇAS DE
MULTA, JUROS E DESPESAS CARTORÁRIAS:

A CLT prevê os procedimentos a serem adotados em


nos casos de processo ou procedimento administrativo instaurado. Dentre outras
disposições, estabelece que:

Art. 636. Os recursos devem ser interpostos no


prazo de 10 (dez) dias, contados do recebimento
da notificação, perante autoridade que houver
imposto a multa, a qual, depois de os informar
encaminhá-los-á à autoridade de instância
superior. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
§ 1º - O recurso só terá seguimento se o
interessado o instruir com a prova do depósito da
multa. (Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de
28.2.1967)
§ 2º - A notificação somente será realizada por
meio de edital, publicada no órgão oficial, quando
o infrator estiver em lugar incerto e não sabido.
(Incluído pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
§ 3º - A notificação de que trata êste artigo fixará
igualmente o prazo de 10 (dez) dias para que o
infrator recolha o valor da multa, sob pena de
cobrança executiva. (Incluído pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
§ 4º - As guias de depósito eu recolhimento serão
emitidas em 3 (três) vias e o recolhimento da multa
deverá preceder-se dentro de 5 (cinco) dias às
repartições federais competentes, que escriturarão
a receita a crédito do Ministério da Trabalho e
Previdência Social. (Incluído pelo Decreto-lei nº
229, de 28.2.1967)
§ 5º - A segunda via da guia do recolhimento será
devolvida pelo infrator à repartição que a emitiu,
até o sexto dia depois de sua expedição, para a
averbação no processo. (Incluído pelo Decreto-lei
nº 229, de 28.2.1967)
§ 6º - A multa será reduzida de 50% (cinquenta por
cento) se o infrator, renunciando ao recurso a
recolher ao Tesouro Nacional dentro do prazo de
10 (dez) dias contados do recebimento da
notificação ou da publicação do edital. (Incluído
pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)
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§ 7º - Para a expedição da guia, no caso do § 6º,
deverá o infrator juntar a notificação com a prova
da data do seu recebimento, ou a folha do órgão
oficial que publicou o edital. (Incluído pelo
Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Como já informado anteriormente, o Requerente não


se encontrava em local incerto e não sabido, muito pelo contrário, estava no mesmo local
onde foi encontrado para ser notificado das infrações!

É absurdo que o órgão que o notificou não tenha mais


o encontrado para determinar o pagamento da multa!!! Não houve mudança de endereço,
não houve nada! O Requerente permaneceu no mesmo local, trabalhando diariamente!
Outro fato importante é que o Requerente forneceu seu endereço residencial quando
interpôs o recurso administrativo e a Requerida enviou o protesto para outro endereço
que sequer é o Requerente.

Importante destacar que recentemente foi sentenciado


um processo em idênticas condições, a saber:
Processo Nº RTOrd-0001318-09.2015.5.17.0191
AUTOR EDIVALDO PERMANHANE
RÉU UNIÃO (EXECUÇÃO FISCAL- MULTA
TRABALHISTA C/DÍVIDA ATIVAPROCURADORIA
DA FAZENDA
NACIONAL)
RÉU MINISTERIO DO TRABALHO E
EMPREGO - MTE
Intimado(s)/Citado(s):
- EDIVALDO PERMANHANE
PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
SENTENÇA
RELATÓRIO

EDIVAL PERMANHANE propôs ação ordinária visando a

declaração de nulidade de sua citação por edital e, por


conseguinte, da cobrança de multas e juros decorrentes
da mora, o cancelamento do protesto e retirada
definitiva do seu nome no CADIN, além de indenização
por danos morais.
A petição de ingresso foi instruída com depósito judicial
no total de R$ 16.160,60, Id n. ff505ce.
Deferido, liminarmente, o pedido de tutela provisória de
urgência antecipada para determinar a suspensão do
registro do autor no CADIN (cadastro informativo de

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créditos não quitados do setor público federal) e do
protesto efetivados pelo Cartório do 1º Ofício \"Arnaldo
Bastos\", mediante a expedição de ofícios ao MTE e à
Serventia, conforme decisão Id n. 3abd785
Oferecida defesa.
Produzida prova documental.
Ausente a reclamada à audiência.
É o relatório.
FUNDAMENTAÇÃO
Dispensada a ré de comparecimento à audiência nos
termos da Recomendação TRT 17ª SECOR N. 01/2015.
Pretende o autor a declaração de nulidade da sua
citação por edital e, por conseguinte, da cobrança
relativa aos juros e multas decorrentes da mora, com o
reconhecimento do valor depositado em juízo como
quitação do débito, bem assim o cancelamento do
protesto em cartório e do seu registro no CADIN.
Narra a inicial que o autor foi autuado em 27/05/2014 por
Auditor- Fiscal do Trabalho em razão de infração às
normas de proteção ao trabalho, tendo optado por não
apresentar defesa nos termos do artigo 629, §3º, da
CLT, motivo por que permaneceu aguardando a
notificação das multas para pagamento, o que não
ocorreu. Diante disso, o autor diligenciou perante o
órgão competente no sentido de quitar seu débito,
todavia, foi-lhe informado que as
multas seriam enviadas para o mesmo endereço
constante do Auto de Infração.
A despeito disso, somente depois de 12 meses do fato,
foi o
requerente surpreendido por uma correspondência do
cartório informando sobre o protesto da dívida e a
cobrança das multas sobre o principal, além dos juros
de mora.
Em virtude da cobrança, o autor retornou ao MTE para
solicitar esclarecimentos, onde obteve a resposta de
que sua intimação fora realizada por Diário Oficial, uma
vez não localizado, já que o endereço está
compreendido em zona rural.
O autor não contesta a validade do Auto de Infração.
A controvérsia nos autos cinge-se à legalidade ou não
da forma de notificação do autuado para pagamento da
multa por violação às leis trabalhistas.
A alegação defensiva é de que a ré envidou os esforços
previstos em lei na tentativa de notificar o autor,
enviando a notificação por meio de carta registrada e
somente após o insucesso da medida é que a efetivou
por edital.
Extrai-se dos autos que a notificação para cobrança das
multas foi remetida pelo MTE ao autor, via correios, em
11/08/2014, para o endereço constante do Auto de
Infração, qual seja, Fazenda Vovô Délio, S/N, Rod. São
Mateus x Boa Esperança, Zona Rural, São Mateus-ES.
A correspondência foi devolvida pelos correios, em
09/10/2014, com a informação \"não procurado\".

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Depois disso o MTE realizou a notificação do autuado
por edital, no Diário Oficial da União, em 31/10/2014.
O parágrafo segundo do artigo 636 da CLT preconiza
que a
notificação por edital somente será realizada quando o
infrator estiver em lugar incerto e não sabido.
A Portaria n. 854/2015 do MTE que disciplina sobre a
organização e tramitação dos processos de multas
administrativas e de Notificação de Débito de Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço e/ou Contribuição Social,
fixa no seu capítulo IV as regras sobre o ato de ciência
ao autuado e notificado, estabelecendo nos seus
artigos 22
e 23, in verbis:
\"Art. 22. O autuado e o notificado serão cientificados
das decisões, por escrito, mantendo-se cópia no
processo, podendo a ciência ser feita:
I - pessoalmente;
II - por via postal, com aviso de recebimento, ou outro
meio que assegure a ciência do interessado;
III - por meio de publicação oficial, quando o
interessado estiver em local incerto e não sabido, não
for encontrado ou recusar se a receber o documento.
Parágrafo único. A notificação pode ser feita ao
representante ou preposto do interessado.
Art. 23. Considera-se feita a notificação:
I - pessoal, na data da ciência do interessado;
II - por via postal com aviso de recebimento ou outro
meio que assegure a ciência do interessado, na data do
seu recebimento;
III - por publicação oficial, 10 (dez) dias após sua
publicação.\"
Ora, a correspondência devolvida pela EBCT não
assegura a ciência do autuado.
Não houve recusa pelo autor ou mudou-se ele do local.
O motivo \"não procurado\" significa que sequer houve
tentativa de localização do destinatário do objeto,
conforme informação dos correios, provavelmente,
porque o endereço está situado em zona rural.
Como se infere das normas já citadas, a notificação por
edital deve ser medida excepcional e só prevalece na
hipótese em que o autuado não for encontrado, após
exauridos os meios para sua localização, sob pena de
violação ao princípio da ampla defesa e ao devido
processo legal.
Assim, na hipótese vertente, incabível se mostra a
notificação do autuado por edital, até porque o
endereço era o mesmo constante do Auto de Infração e,
mesmo assim, o MTE não adotou nenhuma outra
providência após a devolução da correspondência pela
EBCT com a informação \"não procurado\".
De conseguinte, declaro nula a notificação do autor
realizada pelo MTE via edital, garantido-lhe o direito de
pagamento da multa administrativa com redução de
50%, na forma do artigo 636, §6º, da CLT e, de
conseguinte, a invalidade de sua inscrição em Dívida

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Ativa da União, o cancelamento do protesto e seus
efeitos perante o CADIN e demais órgãos de proteção
ao crédito.
Pretende, ainda, o autor indenização por dano moral em
razão de sua irregular inscrição no CADIN.
O C. STJ consolidou o entendimento de que a inscrição
indevida no cadastro de inadimplentes, por si só, gera o
dever de indenizar, uma vez presumido o dano.
O E. TRT da 17ª Região assim se posicionou, para
hipótese
semelhante, no julgamento do RO 0100012-
4.2012.5.17.0101.
Portanto, configurado o ato ilícito (artigo 186 do CC),
impõe-se o dever de reparação, com fundamento no
artigo 927, parágrafo único, do CC.
Diante disso, atento aos princípios da razoabilidade e
proporcionalidade, ao caráter compensatório e,
sobretudo,
pedagógico e preventivo da reparação, fixo a
indenização por danos morais em R$ 5.000,00.
Aliás, esse montante tem certa relação de
correspondência com aquele fixado na jurisprudência
supracitada.
Atualização na forma da Súmula 439 do TST.
Em razão da sucumbência, condeno a ré no pagamento
de
honorários advocatícios no importe de 15% sobre o
valor da condenação, nos termos da Súmula 219, III e VI,
do TST e artigo 85, §3º, I, do CPC.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, julgo procedentes os pedidos
deduzidos pelo autor para declarar nula a notificação
realizada pelo MTE via edital, e garantir-lhe o direito de
pagamento da multa administrativa com redução de
50%, no importe de R$ 16.160,60, na forma do artigo
636, §6º, da CLT e, de conseguinte, a invalidade de sua
inscrição em Dívida Ativa da União, o cancelamento do
protesto e seus
efeitos perante o CADIN e demais órgãos de proteção
ao crédito, além da condenação da ré no pagamento de
dano moral no importe de R$ 5.000,00 e honorários
advocatícios no valor de R$ 3.174,09, estes, apurados
sobre o valor do desconto obtido pelo autor (R$
16.160,60) e dano moral (R$ 5.000,00), tudo na forma da
fundamentação acima, parte integrante deste comando.
Atualização na forma da Súmula 439 do TST para o
dano moral.
Após o trânsito em julgado, a Secretaria deverá expedir
alvará em favor da União do depósito Id n. ff505ce e
oficiar ao Cartório de 1º Ofício \"Arnaldo Bastos\" para
cancelamento definitivo do protesto, bem assim do
registro do autor no CADIN e demais órgãos de
proteção ao crédito.
A reclamada deverá cancelar a inscrição do autor na
Dívida Ativa da União após o trânsito em julgado.
Custas processuais de R$ 486,69 sobre o valor da

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condenação, R$ 24.334,69, porém dispensadas (artigo
790-A, I, da CLT).
Intimem-se.
SÃO MATEUS/ES, 31 de Agosto de 2016.
SAO MATEUS, 8 de Setembro de 2016
EZEQUIEL ANDERSON
Juiz do Trabalho Substituto

E a jurisprudência pátria coaduna com este


entendimento:

MULTA ADMINISTRATIVA POR INFRAÇÃO À


LEGISLAÇÃO TRABALHISTA. INVALIDADE DA
NOTIFICAÇÃO POR EDITAL. CONCESSÃO DO
BENEFÍCIO LEGAL DE PAGAMENTO DA MULTA
COM REDUÇÃO DE 50%. EXCLUSÃO DO NOME
DOS AUTORES DO CADIN. CABIMENTO. O art.
636, § 2º, da CLT, referente ao processo
administrativo por violação à legislação
trabalhista, é expresso no sentido de que a
notificação por edital somente poderá ser realizada
quando o infrator estiver em local incerto e não
sabido. Assim, uma vez comprovado nos autos
que os autores não se encontravam em local
incerto e não sabido e que o Órgão Fiscalizador foi
negligente no seu dever de notificar os autuados
da decisão administrativa proferida, impõe-se
assegurar-lhes o direito previsto no art. 636, § 6º,
da CLT, de pagar a multa administrativa com
redução de 50%, bem como de terem o nome
excluído do CADIN em razão da multa objeto da
lide.
(TRT-3 - Relator: Convocado Paulo Mauricio R. Pires,
Primeira Turma)
(grifos nossos)

PROCESSO Nº TST-AIRR-37-07.2012.5.03.0096
Firmado por assinatura eletrônica em 08/05/2013
pelo Sistema de Informações Judiciárias do
Tribunal Superior do Trabalho, nos termos da Lei
nº 11.419/2006.
ACÓRDÃO
6ª Turma
ACV / rbb /
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE INSCRIÇÃO NO
CADIN. MULTA ADMINISTRATIVA. NOTIFICAÇÃO
POR EDITAL.DESPROVIMENTO. Diante do óbice
do art. 896, a, da CLT, bem como da ausência de
10
violação dos dispositivos invocados, não há como
admitir o recurso de revista. Agravo de
instrumento desprovido.
Vistos, relatados e discutidos estes autos de
Agravo de Instrumento em Recurso de Revista
nº TST-AIRR-37-07.2012.5.03.0096, em que é
Agravante UNIÃO (PGFN) e são Agravados LUIZ
ANTÔNIO MÂNICA E OUTROS.
Inconformada com o r. despacho, que denegou
seguimento ao recurso de revista, agrava de
instrumento a União.
Com as razões de fls. 824/830, alega ser
plenamente cabível o recurso de revista.
Contraminuta apresentada às fls. 838/841.
O d. Ministério Público do Trabalho deixou de
emitir Parecer, por desnecessária a sua
intervenção.
É o relatório.
V O T O
I - CONHECIMENTO
Agravo de instrumento interposto na vigência da
Lei nº 12.275/10, sendo desnecessário o preparo.
Conheço do agravo de instrumento, uma vez que
se encontra regular e tempestivo.
II – MÉRITO
MULTA ADMINISTRATIVA. NOTIFICAÇÃO POR
EDITAL. IRREGULARIDADE.
O eg. Tribunal Regional do Trabalho assim
fundamentou o entendimento acerca da matéria, in
verbis :
"O Juízo de origem, em decisão de fls. 656/659,
tendo em vista o depósito judicial do valor
atualizado da dívida, deferiu o pedido de
antecipação de tutela, determinando a imediata
suspensão do registro dos nomes dos autores do
Cadastro Informativo de créditos não quitados do
setor público federal - CADIN.
Em sentença de fls. 682/689, o Juízo a
quo reconheceu a validade do auto de infração,
todavia, declarou a irregularidade da notificação
do Condomínio no processo administrativo,
motivo pelo qual reconheceu o direito dos autores
em pagar a multa com redução de 50% em seu
valor, nos termos do art. 636, § 6º, da CLT, sem
qualquer incidência de juros ou multa por mora,
apenas atualizada a partir do dia imediato ao
vencimento da obrigação até a data do efetivo
pagamento.
(...)
Nesse diapasão, o artigo 636 da CLT, que trata dos
recursos em processos de multas administrativas,
11
em seu § 2º, assim como o artigo 231 do CPC,
autoriza a notificação por edital somente quando o
infrator estiver em local incerto e não sabido.
Do mesmo modo, o artigo 23 do Decreto
n. 70.235/72, que dispõe sobre o processo
administrativo fiscal, estabelece as providências
necessárias e os meios próprios para a notificação
válida do sujeito passivo, ressalvando a
possibilidade de intimação por edital em seu
parágrafo primeiro, apenas nos casos em
que "resultar improfícuo um dos me i os previstos
no caput deste artigo (...)".
Portanto, é certo que a citação por edital, nos
procedimentos administrativos, assim como nos
judiciais, somente é possível após o esgotamento
das outras modalidades de citação.
Na hipótese dos autos, verifica-se que a
notificação postal do Condomínio Norberto Mânica
e outros (fls. 559) retornou ao remetente. Em razão
disso, a única providência tomada pela União foi a
consulta na base de dados da Receita Federal em
relação ao endereço do condômino Norberto
Mânica, cujo nome encabeça o auto de infração,
sendo que a notificação também restou infrutífera,
por motivo de mudança de endereço, conforme
informação prestada pelos Correios (fls. 561).
Entendo que tal diligência não é suficiente para
autorizar a notificação via edital, mormente porque
a simples alteração de endereço não indica que o
infrator se encontra em local incerto e não sabido,
sendo necessário, em tais circunstâncias, novas
diligências a fim de se buscar o atual endereço do
infrator, procedendo-se a nova notificação postal.
É certo, também, que caberia à União, neste caso,
proceder à notificação dos demais condôminos,
responsáveis solidários pelo pagamento das
obrigações fiscais, na forma da Portaria MTE
1.964/99, a fim de se regularizar a cientificação
necessária, todavia, tal procedimento não foi
adotado pela recorrente.
Verifica-se, ademais, que era de conhecimento do
Órgão de Fiscalização os atuais endereço dos
condôminos autores Luiz Antônio Mânica e Celso
Mânica (Rua São José, n 33, Centro, Unaí/MG), uma
vez que foram corretamente lançados no Anexo 2
da Certidão de Dívida Ativa (fls. 571).
Nesse contexto, não merecem guarida os
argumentos recursais alusivos à obrigatoriedade
de se proceder à atualização do endereço nos
cadastros na Receita Federal, INSS ou Ministério
do Trabalho, porquanto eventual descuido do
12
infrator não elide a responsabilidade legal do ente
público.
É certo, ainda, que não há nos autos qualquer,
demonstração de que os autores tenham criado
embaraços às respectivas notificações, de modo a
ensejar a notificação editalícia.
Por fim, oportuno registrar que, conforme bem
salientado pelo Juízo de origem, não guardam
pertinência com a questão ora debatida as
disposições contidas nos artigos852-B, § 2,
da CLT e 39 do CPC, invocados no recurso.
Assim, não há dúvidas quanto a irregularidade
havida na notificação por edital do quarto
reclamante, Condomínio de Empregadores Rurais
Norberto Mânica e outros, para ciência da decisão
administrativa que julgou subsistente o auto de
infração, com cominação de multa administrativa
que resultou na certidão de dívida ativa à qual
foram os autores inscritos. Destarte, não
alcançando a notificação editalícia sua finalidade
primordial, resta flagrante o cerceamento de
defesa e óbice ao direito dos autores à quitação da
multa com redução de 50% e sem demais
encargos, nos moldes do artigo 636, parágrafo 6º,
da CLT." (fls. 806/808)
Nas razões do recurso de revista, a União alega
que foram feitas duas tentativas de notificação dos
recorridos, ambas infrutíferas, sendo que a última
se deu no endereço constante na base de dados
da Receita Federal, pelo que configurado se tratar
de local incerto e não sabido. Entende que, em
face da mudança de endereço, competia aos
recorridos informar os novos endereços e não ao
Ministério do Trabalho diligenciar na localização
deles. Sustenta que houve negligência por parte
dos recorridos em cumprir seu dever legal de
manter o endereço atualizado nos órgãos que
interessam. Aponta ofensa aos arts. 636 e 852-
B da CLT e 39 do CPC. Traz arestos.
O r. despacho denegatório não permitiu o
processamento do recurso de revista por entender
que a decisão traduz interpretação razoável dos
dispositivos legais, aplicando ainda o óbice
do 896, a, da CLT.
As insurgências veiculadas em recurso de revista
foram reiteradas em sede de agravo de
instrumento.
Sobressai dos termos do v. acórdão recorrido que
o eg. TRT manteve a r. sentença que entendeu
irregular a notificação dos recorridos realizada por
meio de edital, ante o fundamento de que tal
13
procedimento apenas se justifica nos casos em
que esgotadas as demais vias de citação.
Ressaltou que a simples mudança de endereço
não implica concluir que o infrator encontra-se em
local incerto e não sabido, pois a União poderia ter
procedido à notificação dos demais condôminos
solidários, ou notificados os autores nos
endereços constantes no Anexo 2 da Certidão de
Dívida Ativa, que eram do conhecimento do Órgão
de Fiscalização. Além do mais, registrou que não
há indícios nos autos de qualquer embaraço à
notificação.
Trata-se de Ação Declaratória de Nulidade de
Inscrição no CADIN, ajuizada pelos recorridos, por
meio da qual pretendem, além do reconhecimento
da nulidade, o direito de liquidarem a multa
administrativa imposta, sem a incidência de juros
de mora e com a redução de 50% do valor, tendo
em vista a irregularidade da notificação do quarto
autor (Condomínio Norberto Mânica e outros).
Verifica-se que a notificação do quarto autor,
realizada por meio de edital, foi considerada
irregular, porque não evidenciado tratar-se de local
incerto e não sabido, já que a União tinha meios de
notificar os demais autores que respondem
solidariamente pela dívida, ou até mesmo nos
endereços que eram de conhecimento do órgão de
fiscalização.
Diante do contexto fático demonstrado pelo eg.
TRT, inexiste qualquer afronta ao art.636 da CLT,
na medida em que registrado que o endereço do
autor era de conhecimento do órgão, não se
tratando de endereço incerto e não sabido.
Intacto o art. 852-B da CLT, que se direciona às
reclamações enquadradas no procedimento
sumaríssimo, situação diversa da dos autos.
O art. 39 do CPC dispõe apenas que compete à
parte comunicar ao escrivão qualquer mudança de
endereço, mas não trata especificamente das
hipóteses permissivas da notificação via edital.
Quanto à divergência jurisprudencial, impende
ressaltar que desserve para o confronto de teses
pretendido todos os julgados colacionados, por
serem oriundos de órgãos não relacionados no
artigo 896, a, da CLT.
Em face do exposto, nego provimento ao agravo
de instrumento.
ISTO POSTO
ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do
Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade,
negar provimento ao agravo de instrumento.
14
Brasília, 8 de Maio de 2013.
Firmado por Assinatura Eletrônica (Lei nº
11.419/2006)
Aloysio Corrêa da Veiga
Ministro Relator
(grifos nossos)

O que se quer nos presentes autos não é nada


demais, tão somente que a lei seja cumprida.

Pela legislação, corroborada pelos julgamentos


citados, é nula a notificação realizada por edital, posto que não houve mudança de
endereço e muito menos foram esgotadas as tentativas de localização do Requerente.

O Requerente tem o direito de realizar o pagamento


das multas com o desconto de 50% uma vez que não foi devidamente notificado para o
seu pagamento.

Outrossim, com a nulidade da notificação feita por


edital de forma totalmente irregular, o Requerente não pode ser punido com aplicação de
multas, protestos e inscrição no CADIN por um fato que sequer foi notificado!

Considerando que o Requerente foi compelido a


realizar o pagamento para não ter o nome protestado, tem ele o direito a devolução por
parte da Requerida de todos os valores excedentes.

Considerando ainda que o valor cobrado e pago é


indevido, o Requerente faz jus a devolução em dobro do valor pago em excesso.

2.2 DA RESPONSABILIDADE CIVIL: OCORRÊNCIA DE DANOS MORAIS.

Conforme exaustivamente salientado, o Requerente


teve seu nome levado à protesto em razão de ato manifestamente ilegal do Requerido:
uma suposta notificação por edital para pagamento de multas decorrente de auto de
infração!!!

15
O Requerente jamais mudou de endereço e durante
todo o tempo se manteve no mesmo local. É totalmente absurda a alegação de não foi
encontrado e por esta razão foi notificado via edital... diga-se de passagem que tal edital
também não foi localizado!

O Requerente é homem íntegro, cumpridor de seus


deveres e vem sendo prejudicado pela situação que se instalou em razão do protesto
sofrido.

Cumpre informar que o Requerente mantem


financiamentos rurais para manutenção de sua lavoura, cujo cadastro é atualizado
semestralmente, estando no presente momento correndo o risco de perde-los, face aos
protestos e inscrição no CADIN.
Em razão das irregularidades praticadas pelo
Requerido há ocorrência de dano moral!

A pretensão do Requerente, de ver reconhecido o seu


direito, tem fundamentação, antes de tudo, com base na responsabilidade civil, como
demonstra o autor CARLOS ALBERTO BITTAR, em sua obra “Reparação Civil por
Danos Morais”, 2ª ed., Editora Revista dos Tribunais, preleciona:

Págs. 15/16. -
NECESSIDADE DE REPARAÇÃO: A TEORIA DA
RESPONSABILIDADE CIVIL. Havendo dano, surge a
necessidade de reparação, como imposição natural da
vida em sociedade e, exatamente, para a sua própria
existência e o desenvolvimento normal das
potencialidades de cada ente personalizado. É que
investidas ilícitas ou antijurídicas no circuito de bens
ou de valores alheios perturbam o fluxo tranquilo das
relações sociais, exigindo, em contraponto, as reações
que o Direito engendra e formula para a restauração do
equilíbrio rompido.

Nesse sentido, a prática do ato ilícito mencionado, a


saber, manutenção indevida em órgão de proteção ao crédito por dívida atualmente
inexistente, é repudiada pelo Código Civil em seu artigo 186, sendo garantido o direito de
reparação do dano, ainda que exclusivamente moral. É o que versa:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência, violar direito e causar dano
16
a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),
causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados
em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua
natureza, risco para os direitos de outrem.

Desse modo, os requisitos para a configuração da


responsabilidade civil são evidentes: a culpa do Requerido em protestar um débito que
sequer foi cobrado, o dano do Requerente em ver seu nome negativado indevidamente,
colocando em risco os financiamentos de sua lavoura e o nexo de causalidade é claro,
visto que se o Requerido tivesse encaminhado as multas assim como encaminhou os
autos de infração ao Requerente, nenhum desses problemas teria ocorrido.

Assim, é de inferir-se que aquele que causar dano na


sua atividade, seja agindo em nome próprio ou de outrem, deve reparar tais danos,
decorrentes de sua atividade.

Ainda mais quando, hodiernamente, acolhe-se a ideia


de que tais instituições devem ter a responsabilidade imputada independente de culpa,
com supedâneo na conceituação de risco profissional, pois, "No direito brasileiro, a
tendência doutrinária e jurisprudencial, inspirada na legislação específica, é no sentido da
responsabilidade civil do banqueiro com base no risco profissional" (CHAVES, 1985, p.
33).

Tendo em vista os fatos narrados e a legislação pátria


vigente, é limpidamente visível a pretensão do Requerente, visto que seus prejuízos são
evidentes: aplicação de multa, juros e ainda o protesto e cadastro no CADIN.

Como se pode constatar, não há dúvidas quanto à


ocorrência dos danos morais ao Requerente, uma vez que experimentou
constrangimento indevido e desnecessário. Dano este que resultou da conduta
irresponsável da parte adversa, que não tomou os devidos cuidados indispensáveis para
evitar a situação em comento.

17
Neste sentido, vejamos os ensinamentos do autor
CLAYTON REIS, em sua consagrada obra DANO MORAL, que assim afirma:
A compensação da vítima tem um sentido punitivo para
o lesionador, que encara a pena pecuniária como uma
diminuição do seu patrimônio material em decorrência
do seu ato lesivo. Esse confronto de forças, de um lado
a vítima que aplaca o seu sentimento de vingança pela
compensação recebida, e do outro o lesionador que
punitivamente paga pelos atos inconsequentes, é forma
de o Estado agir para conseguir o equilíbrio de forças
antagônicas.

Ademais, o Dano Moral está previsto na Carta Magna


Federal em seu art. 5º., inc. “V” e “X”, e Código Civil Brasileiro no art. 186 (já citado),
senão vejamos a Constituição:
Art. 5º. (...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou
à imagem.
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e
a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.

Diante destas considerações, pretende o Requerente


a indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), por ser esta a
única forma punitiva que atingirá o Requerido, evitando com que a mesma prejudique
outros.

4. DA PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO

O Requerente conta hoje com 66 anos de idade e por


lei faz jus à prioridade de tramitação:
LEI Nº 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003
ESTATUTO DO IDOSO
DO ACESSO À JUSTIÇA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
 
Art. 70. O Poder Público poderá criar varas
especializadas e exclusivas do idoso.
Art. 71. É assegurada prioridade na tramitação dos
processos e procedimentos e na execução dos atos e
diligências judiciais em que figure como parte ou
interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, em qualquer instância.
 
§ 1º O interessado na obtenção da prioridade a que
alude este artigo, fazendo prova de sua idade, requererá
18
o benefício à autoridade judiciária competente para
decidir o feito, que determinará as providências a serem
cumpridas, anotando-se essa circunstância em local
visível nos autos do processo.
 
O Requerente apresenta cópia da sua CNH como
prova da idade.

5. DOS PEDIDOS:

Diante do exposto, requer a V. Exa.:

a) Conceder prioridade de tramitação na forma da lei


nº 10.741/2003;

b) A procedência do pedido, declarando a nulidade da


citação por edital, assim como das cobranças relativas às multas, admitindo o valor
devido como sendo o de R$ 8.050,60 (oito mil cinquenta reais e sessenta centavos),
excluindo-se a multa, os juros e despesas cartorárias, e procedendo a devolução em
dobro do valor de R$ 19.779,94 (dezenove mil setecentos e setenta e nove reais e
noventa e quatro centavos) pago de forma excedente, com juros e correção monetária
até a data do efetivo pagamento;

c) A procedência do pedido, com a condenação da


Requerida no pagamento da indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00
(trinta mil reais);

d) A CITAÇÃO da Requerida, através de seus


representantes legais, para comparecerem à audiência designada e, querendo,
contestarem a presente ação no prazo legal sob pena de revelia e confissão ficta quanto
a matéria de fato;

e) A condenação da Requerida em eventuais custas


processuais e honorários advocatícios;

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f) Por fim, a produção de todos os meios de provas em
direito admitidos, testemunhal, pericial, documental e demais que se fizerem necessárias,
e principalmente o depoimento pessoal do representante legalmente habilitado da
Requerida.

Dá-se a causa o valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil


reais) para efeitos legais.
Termos em que,
Pede deferimento.
Cidade , XX, DE XXXXX DE XXXX.

ADVOGADO
OABXXXXX

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