Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Análise Geomorfológica Das Crateras de Impacto de Vargeão e Vista
Análise Geomorfológica Das Crateras de Impacto de Vargeão e Vista
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
Brasília
2018
1
AMANDA ALMEIDA ROCHA
Brasília
2018
2
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO PARA FINS
DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
3
FOLHA DE APROVAÇÃO
Aprovada em:
Banca Examinadora
4
DEDICATÓRIA
que não tiveram e não terão as mesmas oportunidades que eu, cujos impostos também
contribuíram para custear minha educação até aqui. Que o acesso à educação superior
"Se as máquinas produzirem tudo o que precisamos, o resultado vai depender de como
as coisas serão distribuídas. Todos podem usufruir de uma vida de luxo e prazer se a riqueza
produzida pelas máquinas for compartilhada. Ou a maioria das pessoas pode acabar
miseravelmente pobre se os donos das máquinas se posicionarem com sucesso contra a
redistribuição da riqueza. Até agora, a tendência parece seguir na segunda opção, com a
tecnologia conduzindo a uma desigualdade cada vez maior".
(Stephen Hawking)
5
RESUMO
de abertura sintética sensor ALOS PALSAR, para análise geomorfológica das crateras
no estado do Paraná.
O trabalho também indica que ambas possuem grande probabilidade de serem um tipo
de duplo crateramento por impacto, com asteróide de sistema binário, pois se encaixam
6
ABSTRACT
ROCHA, A.A. Geomorphological analysis of the impact craters of Vargeão and Vista
Alegre. 2018. 46. Thesis (Specialist’s degree) – Institute of Geoscience, University of Brasilia,
DF, 2018.
This work presents remote sensing techniques using the synthetic aperture
radar ALOS PALSAR sensor for the geomorphological analysis of Vargeão impact
crater, located in the state of Santa Catarina and Vista Alegre impact crater, located in
The analysis indicates the classification of both as craters of the complex type.
The work also indicates that both are very likely to be a type of double impact crater,
with binary system asteroid, because they fit within the equation obeying the limit of the
radius of Hill-sphere.
7
APRESENTAÇÃO
objetiva.
regional.
impacto.
usados técnicas de sensoriamento remoto sobre as imagens oriundas dos satélites ALOS
PALSAR e ASTER.
8
LISTA DE FIGURAS
9
Figura 20 – Perfil topográfico sentido NO-SE. Estrutura de Impacto de Vargeão. 37
Figura 31 – Perfil topográfico e geologia sentido SO-NE. Estrutura de Impacto de Vista Alegre. 47
LISTA DE TABELAS
10
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12
1.1 OBJETIVO ........................................................................................................ 12
1.2 LOCALIZAÇÃO .............................................................................................. 13
1.3 GEOLOGIA REGIONAL .................................................................................14
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
5. CONCLUSÃO......................................................................................................... 48
11
1. INTRODUÇÃO
outros corpos celestes no nosso sistema solar, sendo também considerado como o mais
de impacto são menos frequentes, apenas cerca de 180 estruturas foram confirmadas
A razão pela qual é mais difícil diagnosticar as crateras de impacto na Terra está
planeta geologicamente ativo. As forças que a modelam, como por exemplo tectonismo,
1.1 Objetivo
12
1.2 Localização
Impacto de Vista Alegre estão localizadas na porção oeste do estado de Santa Catarina e
e 52º41' W e possui diâmetro aproximado de 9,5km (Crósta et al. 2010), medido entre
Figura 1 - Localização das crateras de Vargeão e Vista Alegre (Adaptado de Crósta et al. 2010).
13
1.3 Geologia regional
basáltica no Cretáceo e fazem parte da Formação Serra Geral, situadas na porção central
da bacia do Paraná.
planetas rochosos e suas luas, estas são raras na Terra. Há apenas alguns exemplos
conhecidos como a cratera Lonar na Índia (Osae et al. 2005), formada no basalto
Deccan trap e a cratera Logancha na Rússia, formada nos basaltos Siberian trap
Terra (Peate 1997) e sua formação está relacionada com o rifte do Gondwana. O
14
2. REFERENCIAL TEÓRICO
impacto ocorre se, e somente se, houver a presença de material meteorítico, feições de
características.
Koeberl, 2010).
desenvolvimento do trabalho.
i) Crateras Simples:
São as menores estruturas, com diâmetro entre 0-20km. São caracterizadas por
soerguido e terraço nas bordas. A razão entre a profundidade e o diâmetro nas crateras
15
ii) Crateras Complexas:
por falhas normais com dobramentos associados. Estes são diagnósticos para a
final da estrutura.
cratera ou anéis e são chamadas de bacias, pois nelas é depositada a maior parte das
brechas dos materiais fundidos produzidos pelo impacto e pelo colapso da estrutura.
16
Figura 2 - Afloramento de brecha polimítica mostrando clastos de basalto e em menor
quantidade arenitos e clastos de calcita em uma matriz de coloração vermelha e granulometria
fina. Estrutura de Impacto de Vargeão (S26º48'90" W52º09'75"). Adaptado de Crósta et al.
2012.
Figura 3 - Brechas polimíticas em Vista Alegre. Este bloco mostra a cor típica cinza-aço de um
centro com menor intemperismo e um cinza-marrom nas bordas em uma zona mais
intemperisada. A disposição dos fragmentos angulares na matriz é caótica. Adaptado de Crósta
et al. 2010.
17
Figura 4 - Estágios característicos do processo de crateramento por impacto (adaptado de
French 1998, Yokoyama 2013).
de uma fração de segundos. Se a superfície é uma rocha sólida, o projétil penetra não
mais do que uma ou duas vezes o seu próprio diâmetro (Melosh, 1989).
18
Uma imensa quantidade de energia cinética é transferida para as rochas da
superfície através das ondas de choque geradas na interface entre projétil e superfície.
As ondas de choque são ondas mecânicas de alta energia, nas quais a pressão, a
velocidades supersônicas.
1998). Um dos efeitos das ondas de choque nas rochas-alvo é a formação de shatter
19
cones (cones de estilhaçamento), assim como ocorre na Estrutura de Impacto de
Vargeão e Vista Alegre (Figura 6). Um resumo dos efeitos de impacto em minerais e
Estrutura de Impacto de Vista Alegre (figura adaptada de Crósta et al. 2012 e 2010).
20
Figura 7 - Condições de pressão e temperatura no metamorfismo de choque. Modificado de
French (1998).
de choque e expansão das ondas de rarefação (Figura 8). O aumento da distância radial
deformação e aceleração.
grandes flutuações de pressão e temperatura fazem com que o projétil e uma parte do
alvo vaporizem.
21
Figura 8 - Diminuição na pressão da frente de onda de choque em função da distância radial
(French 1998).
energia inicial da colisão em energia cinética, de modo que diversos tipos de fragmentos
cratera transiente, que possui cerca de metade do tamanho da cratera final. À medida
que a expansão progride, suas bordas se elevam, tornando-se cada vez mais abruptas,
funcionando como uma rampa de lançamento para o material que continua sendo
(fundidos de impacto), de acordo com Osinski et al. 2008. Além dos fundidos de
22
impacto, formam-se também brechas de diversos tipos, podendo se formar nas rochas-
cratera transiente com o fluxo de material para o centro da estrutura (Figura 8A). Para as
A forma final da cratera se deve à reologia das rochas durante o impacto, que é
semelhante a um fluido de Bingham. O fluido de Bingham não escoa até que o limite
no espaço e no tempo sugerem que esssa "dupla" foi formada por crateramento de
impacto na Terra, sugerem que a separação no solo, L, entre os centros do par de duplo
Separações tão largas não podem ser produzidas pelo rompimento atmosférico,
rompimento do limite Roche (distância mais próxima para orbitar sem ser puxado pelo
24
aproximação próxima ao impacto (Bottke e Melosh, 1996). Melosh e Stansberry (1991)
(iii) cratera simples. O duplo crateramento é onde o asteróide binário de impacto forma
duas crateras separadas com pouca influência em cada uma embora tenham se formado
ao mesmo tempo.
Dcs diâmetro da cratera secundária. Para converter esse critério de limite em uma
relativa separação para o diâmetro primário impactante não é trivial, pois a relação entre
extremamente complexas.
Então com base nas leis de escala demonstradas por Collins et al. (2005),
(1)
(2)
25
média de impacto do asteróide (m/s), g é a gravidade (m/s²), θ é o ângulo de impacto
relativo à superfície.
As equações (1) e (2) podem ser usadas para estimar a separação do asteróide
rins das crateras não se sobreporem e não inclui nenhum efeito do material ejetado.
A equação (2) prevê que a separação L para uma duplo crateramento por
impacto para se formar está entre 7 e 11Dp na Terra, com um range entre 0.2 <Ds/Dp <1.
Com base em uma combinação da incerteza da idade e separação L < 10Dp, o par
de cratera é considerado muito provável de ser duplo; com separação L < 20Dp, o par de
cratera é considerado provável de ser duplo; e com separação L < 120Dp, o par de
De acordo com Miljkovic et al. (2013) os requerimentos para o par de cratera ser
identificado como uma dupla potencial são: (a) separação da cratera ser menor que
120Dp e (b) a estimativa da idade das crateras obedecem o limite da incerteza indicada.
De acordo com Bottke e Melosh (1996), Dp foi computada usando leis de escala
120Dp foi escolhido pois esta é a aproximação do raio de Hill-sphere para 1 AU (Roy,
26
3. MATERIAIS E MÉTODOS
de dados de sensoriamento remoto e técnicas tem sido usadas para determinar (i)
27
radar polarimétrico de abertura sintética de banda larga PALSAR (Phased Array L-band
topográficos reais da superfície terrestre, uma vez que não sofrem interferências de
nuvens e possui facilidade em ultrapassar o dossel vegetal. Como também para controle
alvo.
espacial (15 m por pixel nas bandas do VNIR e SWIR) e opera nas regiões do visível,
ASTER oferece 14 canais que variam de 0,5 a 12 µm, contudo o intervalo de 0,76 a
0,86 µm é captado duplamente (no Nadir e Off-Nadir) para geração de modelos digitais
28
3.3 Fluxograma
recorte da área de interesse, tratamento das imagens utilizando software ArcGIS 10.4 e
ENVI 5.1 e uso do software RockWorks v.16 para extração dos diagramas de rosetas,
4. DISCUSSÃO E RESULTADOS
Santa Catarina, na Formação Serra Geral (Freitas et al. 2002) e se divide em unidades
29
Chapecó, duas sequências intermediárias de rochas vulcânicas ácidas; e Cordilheira
Vargeão, possui dois terrenos distintos, que diferem devido a litologia e a nível de
intemperismo.
dissecados, relacionados ao fluxo de lava basáltica, onde os vales dos rios, como o de
pelo intemperismo químico dessas rochas ricas em ferro sob as condições do clima
subtropical.
30
O oposto ocorre nas áreas onde o fluxo vulcânico ácido ocorre, pois essas rochas
planos combinados com vales de rios rasos e profundos, como os rios Chapecó e
Apresenta um padrão multianular concêntrico interno com uma leve elevação da porção
central (Figura 19), brechas polimíticas e feições de shatter cones. Esta elevação central
13), infere-se uma borda íngreme com declividade superior a 22% e com boa precisão
ângulo de 45º, foi possível extrair informações acerca dos principais lineamentos
Estes lineamentos morfoestruturais são interpretados como falhas normais (ou lístricas)
satélite ASTER, com exagero vertical de 5 vezes, onde é possível utilizar as escarpas
para auxiliar na marcação dos lineamentos e estruturas para uma melhor análise e
31
Figura 13 - Mapa de Declividade (%) - Estrutura de Impacto Vargeão.
32
Figura 15 - Lineamentos estruturais extraídos do relevo sombreado e mapa de declividade da
Estrutura de Impacto de Vargeão.
33
Figura 17 - Modelo 3D de terreno (ArcScene) superfície composta com exagero vertical de 5x e
com 13m de interpolação da imagem ALOS e com imagem sobreposta ASTER VNIR RGB 231
- Estrutura de Impacto Vargeão.
Network) gerado a partir da interpolação linear das curvas de nível extraídas do modelo
PALSAR.
Vargeão agora com direção N-S para evidenciar as feições do soerguimento central do
núcleo.
34
Figura 18 - Modelo TIN. Perfil topográfico sentido Oeste-Lete. Estrutura de Impacto de
Vargeão.
35
Figura 19 - Modelo TIN. Perfil topográfico sentido Norte-Sul. Estrutura de Impacto de Vargeão.
36
As Figuras 20 e 21 apresentam a interpretação e correlação da geologia da
estrutura de impacto e do perfil topográfico de Vista Alegre, aqui interpretado com D1=
10.5 km, D2= 11.7 km, D3= 12.5 km (Yokoyama, 2013), D4= 13.7 km e D5= 14.5km
Núcleo
soerguido
Figura 20 - Modelo TIN. Perfil topográfico sentido SO-NE. Estrutura de Impacto de Vargeão.
37
Figura 21 - Perfil topográfico e geologia sentido SO-NE. Estrutura de Impacto de Vargeão.
38
4.2 Estrutura de Impacto de Vista Alegre
Compreende diferentes tipos de rochas vulcânicas (Wildner et al. 2006), com maior
por uma intensa dissecação do platô formado nas rochas basálticas pelo sistema de
39
drenagem fluvial. A dissecação é favorecida pelo intemperismo químico destas rochas
fortemente no relevo da região. A estrutura possui borda circular com escarpa íngreme e
da Estrutura de Impacto de Vargeão. De modo que é possível inferir que 30% (Crósta et
al. 2010) da borda da cratera foi erodida principalmente na região oeste por influência
do rio Chopim (Figura 24), que flui parcialmente para o interior da estrutura e então
40
Figura 24 - Relevo Sombreado 45º - Estrutura de Impacto Vista Alegre.
satélite ASTER, com exagero vertical de 5 vezes, onde é possível utilizar as escarpas
41
para auxiliar na marcação dos lineamentos e estruturas para uma melhor análise e
Apresenta uma leve elevação da porção central, brechas polimíticas e feições de shatter
Impacto de Vista Alegre como cratera do tipo complexa. Devido ao alto nível de erosão
42
Figura 26 - Diagrama de Roseta de Vista Alegre.
43
Figura 28 - Modelo TIN. Perfil topográfico sentido Oeste-Leste. Estrutura de Impacto Vista
Alegre.
Network) gerado a partir da interpolação linear das curvas de nível extraídas do modelo
PALSAR.
44
Figura 29 - Modelo TIN. Perfil topográfico sentido N-S. Estrutura de Impacto Vista Alegre.
45
Figura 30 - Modelo TIN. Perfil topográfico sentido NO-SE. Estrutura de Impacto Vista Alegre.
46
Núcleo
soerguido
47
5. CONCLUSÃO
Pode-se concluir diante do exposto que ambas as crateras de impacto de Vargeão
diâmetro das crateras aproximado, que apesar de ser menor que 20km, ambas são
rio Chopim.
De acordo com Miljkovic et al. (2013) ambas as crateras Vargeão e Vista Alegre
estão no limite do raio de Hill-sphere contudo, atende ao requerimento básico para o par
ser identificado como "possível" duplo crateramento por impacto do tipo cratera
complexa, pois a distância L das crateras é menor que 120 vezes o diâmetro do asteróide
primário Dp.
Turner et al. 1994). A idade da estrutura de impacto de Vargeão foi datada por
Yokoyama (2013) pelo método de Zircão e obteve o valor de 123±1.4 Ma. Sugere-se
40
que seja realizado uma datação com método Ar/39Ar no centro em cada uma das
(2015) e (2016).
Dentro do raciocínio feito por Miljkovic et al. (2013) e Collins et al. (2005) as
48
As tabelas apresentam a relação escalar para o duplo crateramento com os
valores dos diâmetros das estruturas de impacto propostas para Vargeão igual e superior
a 12.5 km e Vista Alegre, que estão no limite da condição de separação da cratera L ser
menor que 120Dp. A separação limite de 120Dp foi escolhido por ser a aproximação do
raio de Hill-sphere para 1 AU (Roy, 1988), que define o limite máximo de estabilidade
de um satélite-asteróide.
Vargeão de 12.5 km (de acordo com Yokoyama, 2013) e diâmetro de Vista Alegre de
9.5 km (de acordo com Crósta et al. 2010), apesar de estarem exatamente no limite de
49
Par de Dcp and Dcs Dp and Ds T +- ΔT
Cratera (km) L (km) (km) Ds/Dp L/Dp (Ma) Dupla?
Vargeão 13.7 1 123±1.4
108 0.7 108 Possível
Vista Alegre 9.5 0.7 135-125?
Tabela 6 - Discussão acerca dos diâmetros e duplo crateramento.
50
6. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
BOTTKE, W.F., Melosh, H.J., 1996. Binary asteroids and the formation of doublet craters.
Icarus 124, 372–391.
COLLINS, G.S., Melosh, H.J., Marcus, R.A., 2005. Earth impact effects program: a webbased
computer program for calculating the regional environmental consequences of a meteoroid
impact on earth. Meteorit. Planet. Sci. 40 (6), 817–840.
COLLINS, G.S., Melosh, H.J., Osinski, G.R., 2012. The impact-cratering process. Elements, 8
(1): 25-30.
CRÓSTA A. P., Koeberl C., Furuie R. A., Kazzuo-Vieira C. 2010. The first description and
confirmation of the Vista Alegre impact structure in the Paraná flood basalts of southern Brazil.
Meteoritics & Planetary Science 45:181-194.
CRÓSTA A. P., Kazzuo-Vieira C., Pitarello L., Koeberl C., and Kenkmann T. 2012. Geology
and impact features of Vargeão Dome, southern Brazil. Meteoritics & Planetary Science 47:51–
71.
FREITAS M. A., Caye B. R., and Machado J. L. F. 2002. Projeto Oeste de Santa Catarina
(PROESC): Diagno ´stico dos recursos hı´dricos subterra ˆneos do oeste do Estado de Santa
Catarina. Unpublished Technical Report. 110 p. Brasilia: CPRM-Governo do Estado de Santa
Catarina.
JOURDAN, F., Reimold, W.U., Deutsch, A., 2012.Dating terrestrial impact structures.
Elements, 8 (1),49-53.
KOEBERL, C. (2004) Remote sensing studies of impact craters: how to be sure? Comptes
Rendus Geoscience, 336, 959–961.
51
KREHL, P.O.K, 2009. History of Shock Waves, Explosions and Impact: A Chronological and
Biographical Reference. Springer Berlin Heidelberg, 1288 pp.
MELOSH, H. J., 1989. Impact cratering: A geologic process. Oxford University Press, New
York, 245pp.
MELOSH, H.J., Stansberry, J.A., 1991. Doublet craters and the tidal disruption of binary
asteroids. Icarus 94, 171–179.
MILANI E. J. 2004. Comentários sobre a origem e evolução tectônica da Bacia do Paraná. In:
Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de
Almeida, edited by Mantesso-Neto V., Bartorelli A., Carneiro C. D. R., and Brito Neves B. B.
São Paulo: Beca. pp. 266–279.
MILANI E. J., Melo J. H. G., Souza P. A., Fernandes L. A., and Franc¸ a A. B. 2007. Bacia do
Parana´ . Boletim de Geocie ˆncias da Petrobras 15:265–287.
MILJKOVIC, K.; COLLINS, G.S.; Mannick, S.; Bland, P.A. Morphology and population of
binary asteroid impact craters. Earth and Planetary Science Letters 363 (2013) 121–132132.
OSAE S., Misra S., Koeberl C., Sengupta D., and Gosh S. 2005. Target rocks, impact glasses,
and melt rocks from the Lonar impact crater, India: Petrography and geochemistry. Meteoritics
& Planetary Science 40:1473–1492.
OSINSKI, G.R., Grieve, R.A.F., Collins, G.S., Marion, C., Sylvester, P., 2008. The effect of
target lithology on the products of impact melting. Meteoritics and Planetary Science, 43
(12),1939-1954.
PEATE D. W. 1997. The Parana´ -Etendeka province. In Large igneous provinces: Continental,
oceanic, and planetary flood volcanism, edited by Mahoney J. and Coffin M. American
Geophysical Union Geophysical Monograph 100. pp. 217–245.
REICHOW M. K., Saunders A. D., White R. V., Pringle M. S., Aj’Mukhamedov A. I.,
Medvedev A. I., and Kirda N. P. 2002. 40Ar-39Ar dates from the West Siberian Basin: Siberian
flood basalt province doubled. Science 296:1846–1849.
52
RENNE P., Ernesto M., Pacca I. G., Coe R. S., Glen J. M., Pre´ vot M., and Perrin M. 1992.
The age of Parana´ flood volcanism, rifting of Gondwanaland, and the JurassicCretaceous
boundary. Science 258:975–979.
SHOEMAKER, E.M., 1977. Why study impact craters? em Roddy, D.J., et al., (eds.) Impact
and Explosion Cratering, Pergamon, New York, 1-10.
SCHMEIDER, M. et al. (2015). New 40Ar/39Ar dating of the Clearwater Lake impact
structures (Que ´bec, Canada) – Not the binary asteroid impact it seems? in Geochimica et
Cosmochimica Acta 148 (2015) 304–324.
SCHMEIDER, M. et al. (2016). The two Suvasvesi impact structures, Finland: Argon isotopic
evidence for a “false” impact crater doublet. in Meteoritics & Planetary Science 51, Nr 5, 966–
980 (2016) doi: 10.1111/maps.12636.
TURNER S., Regelous M., Kelley S., Hawkesworth K., and Mantovani M. S. M. 1994.
Magmatism and continental break-up in the South Atlantic: High precision 40Ar-39Ar
geochronology. Earth and Planetary Science Letters 121:333–348.
WILDNER W., Arioli E. E., Licht O. A. B., Costa V. S., Longo E. G., Cantarino S. C., Sander
A., Perrotta M., and Souza-Filho C. R. 2006. Geologia e petrografia. In Geologia e recursos
minerais do sudoeste do estado do Parana ´, edited by Wildner W., Brito R. S., Boni Licht O.
A., and Arioli E. E. Brası´lia: CPRM. pp. 9–35.
53