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AUTARQUIA DE ENSINO SUPERIOR DE ARCOVERDE – AESA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE ARCOVERDE – CESA


CURSO LICENCIATURA EM HISTORIA

LUCIELIO DE FRANÇA PALMEIRA

CYNTHIA BARROSA

A AÇÃO TRANSFORMADORA PROPORCIONADA PELA IMPLANTAÇÃO DA


LINHA FÉRREA CENTRAL PERNAMBUCO NO INICIO DO SÉCULO PASSADO.

ARCOVERDE -PE
2021
A AÇÃO TRANSFORMADORA PROPORCIONADA PELA IMPLANTAÇÃO DA
LINHA FÉRREA CENTRAL PERNAMBUCO NO INICIO DO SÉCULO PASSADO.

LUCIELIO DE FRANÇA PALMEIRA ¹

CYNTHIA BARROSA²

RESUMO

Este artigo faz uma pesquisa teórica, reflexiva e exploratória sobre o desenvolvimento
histórico da linha férrea central Pernambuco. Trazendo para nós a memória daquele
que foi um dos primeiros meios de transporte humano terrestre, em massa e de
mercadorias em grande escala sem tração animal, denominado de transporte
ferroviário. Seu objetivo geral é resgatar a memória da linha férrea para nossa região,
destacando sua suma importância para a identificação histórica e cultural, em especial
do Interior de Pernambuco. Ressaltando que, de uma outra dinâmica de deslocamento
as linhas ferroviárias da capital rumo ao interior em especial pela linha férrea central
Pernambuco nas primeiras três décadas do século passado, proporcionaram a estas
localidades beneficiadas um maior do desenvolvimento, econômico, social e
populacional, entre outros. A Ferrovia, trouxe consigo um upgrade no
desenvolvimento, para todo o Estado de Pernambuco, o agronegócio atraiu para o
Agreste e Sertão as linhas férreas, e eu mim volto em especial para a cidade de
Arcoverde que teve um desenvolvimento econômico político e social que mudaria para
sempre sua história.

Palavras-chave: Linha Férrea, Ferrovia e Pernambuco.


1 INTRODUÇÃO

A Linha Férrea foi algo revolucionário que surgiu no século XIX na Europa,
trazendo uma inovação no transporte de cargas, pessoas e cultura. Diante da sua
utilidade para o progresso mundial, rapidamente cruzou Fronteiras, atravessou
Oceano, chegando às Américas.

A primeira estrada de ferro, chega no Brasil após a segunda metade do século


XIX, e logo se expandiu pelas Províncias. Pernambuco foi contemplado com essa
tecnologia por volta de 1858. Houve uma modificação brusca em sua economia.
Nosso principal produto era a cana de açúcar, a partir do século XIX, pode observa-
se uma variante. De acordo com ampliação das ferrovias, melhora-se o transporte de
mercadoria de todo o Estado, inclusive do nosso interior Agreste e Sertão, facilitando
o transporte do algodão e feijão. Lembrando também, o quão importante foi para o
deslocamento de pessoas.

É necessário resgatar a importância das vias férreas para o interior de


Pernambuco, toda sua contribuição para as periferias. Contribuindo para que os mais
novos conheçam e valorizem a história dos seus antepassados. Severino (1941),
salienta para a importância da pesquisa bibliográfica documental, a necessidade de
um estudante pesquisador estar em contato com os livros. Para a confecção dessa
pesquisa, me utilizei de algumas fontes como: livros, jornais, revistas, mídias digitais
e mapas.

Diante da importância das linha Férrea, surgiu em mim a necessidade de


resgatar as memórias e contribuições que a mesma proporcionou para a história do
Munícipio de Arcoverde-PE, onde a novas gerações tem pouco conhecimento desse
marco histórico acontecido em nossa localidade.
2 CONHECENDO O SURGIMENTO DA LINHA FÉRREA NO MUNDO, NO BRASIL
E SUAS CONTRIBUIÇÕES.

O surgimento da Linha Férrea foi importante para o desenvolvimento do


mundo. Durante esse período, houve um despertar tecnológico para grandes meios
de transporte terrestre, e ao longo dos anos, foi se aprimorando com novas
tecnologias e inovações. No século XIX, especificamente na década de 20. George
Stephenson, constrói a primeira Ferrovia Pública, inaugurada em 1825.

Um marco no evolução do Transporte Férreo, ligando grandes


distancia como as linhas Stockton e Darlington com mais de 40 km de extensão. Essa
Ferrovia, ligava as produções de carvão de Durham ao litoral inglês com locomotivas
movidas a vapor. Logo, essa inovação tecnológica rapidamente encantou outros
países e freneticamente se espalhou pela Europa e para o resto do mundo. SILVA,
aponta seu surgimento anos seguinte a Revolução Industrial, no século XVIII, na
Inglaterra.

Foi no ano de 1804 que surgiu a primeira locomotiva movida com um motor
a vapor, inovação criada pelo engenheiro britânico Richard Trevithick. Esse
evento histórico ocorreu na cidade inglesa de South Wales, quando foram
carregadas 18 toneladas de ferro e 70 homens por 14 km. Quando a
velocidade chegou aos 8 km/h os trilhos não resistiram e quebraram.

Após a segunda metade do século XIX, as ferrovias já haviam produzido


grandes transformações em boa parte da Europa. No Brasil, a primeira linha
ferroviária surgiu ainda no Brasil império, sendo concretizado um sonho do Imperador
Dom Pedro II, que há décadas almejava a realização desse projeto em solo Brasileiro.
Essa instalação, aconteceu primeiramente na Região Sudeste, por volta de 1854.
Esclarecendo que, essa Ferrovia foi um empreendimento particular, atribuído a Irineu
Evangelista de Sousa (Barão de Mauá) sua principal utilidade era o escoamento da
produção de café das suas fazendas ao porto de Mauá no Rio de Janeiro, um trecho
de aproximadamente 15 km.

A segunda região Brasileira a ser instalada foi a Região Nordeste, no Estado


de Pernambuco, cidade de Recife. Ao todo, foram construídas três Ferrovias, sendo
sua primogênita a E.F Recife ao São Francisco aberta em 1858. Considerada, a
segunda Ferrovia a entrar em funcionamento no Brasil. Em 1871, entra em atividade
a E.F Central Alagoas, e no ano de 1882 inicia-se o funcionamento da E.F Sul de
Pernambuco. A priori, essas Ferrovias eram de concessão do Governo Imperial. Pós
Republica ficou sobre concessão do Governo da Província Pernambuco até o ano de
1904.
A chegada da linha Férrea foi um divisor de águas para o desenvolvimento
econômico e social do Brasil. Segundo Mazzeo:

Historicamente, as ferrovias já haviam produzido transformações em


boa parte da Europa, no período que se seguiu à Revolução
Industrial. No Brasil, este meio de locomoção de pessoas e de
produtos se impregnou à sua paisagem na virada do século XIX para
o XX. Ainda no período do Império, o Brasil assistiu ao advento das
estradas de ferro como uma grande novidade técnica, dinamizadora
da vida local e integradora do território. Ainda que de maneira
paulatina, o desenvolvimento dos meios de transporte e dos meios
de comunicação – a exemplo do telégrafo, do telefone, do automóvel
e do navio a vapor – impulsionava a interligação do país, sinalizando
para a tendência a trocas de mercadorias e de informações.

A linha Férrea foi um fenômeno que se desenvolveu em quase todos os


grandes centros urbanos espalhados pelo mundo. No Brasil, e suas regiões não foi
diferente. Adentrando-se, a Capital de Pernambuco (Recife), sendo uma das
principais Cidades do Brasil em desenvolvimento econômico, levando em
consideração seu aumento populacional e uma urbanização geográfica em
crescimento eminente tanto no litoral quanto no interior. Como aponta Cardoso 2020:

“Em Pernambuco, entre 1858 e 1863 mais de 130 pontos de embarque, entre
estações e paradas ferroviárias foram abertas, atendendo às demandas e
peculiaridades de várias localidades, desempenhando importante papel no
processo histórico da sua formação, marcando paisagens urbanas e rurais .

Diante desses fatores, deu-se a necessidade da implantação de uma forma de


transporte que facilitasse a mobilidade populacional. Baseado nessa informação,
foram instalados os primeiros trilhos na cidade do Recife, utilizando o que tinha
de mais moderno no Transporte na época. Viu-se também, através de estudos, que a
ampliação da Redes Ferroviárias a partir de Recife rumo ao Interior e Litoral, seria
de grande utilidades do ponto de vista social para o transporte de passageiros e para
desenvolvimento econômico facilitando transporte de mercadorias. Dessa forma
trazendo uma melhor contribuição para o escoamento das produções agrícolas,
proporcionando, uma maior integração.

É imprescindível lembrar da importância da Empresa Great western na história


econômica da região nordeste do Brasil ligada a produção e ao desenvolvimento
social de nossa região, responsável pela implantação e administração das linhas
Férreas. Cardoso 2020 em sua fala nos comprova essa relevância:

“...a consolidação de uma rede ferroviária no estado só ocorreu no início do


século XX, quando a Great Western of Brazil Railway tornou-se a empresa
responsável pelas principais linhas de longa distância ramais
pernambucanos, abrangendo ainda linhas do Rio Grande do Norte, Paraíba
e Alagoas.

Cardoso afirmar em suas falas, o quão importante foi o empreendimento da


Great Western no Nordeste do Brasil, Em atividades no ramo ferroviário desde 1835
na Inglaterra a great western foi autorizada em 1872 expandir seus negócios no Brasil
empreender a construção de várias estradas de ferro no nordeste brasileiro sempre
do litoral ao agreste e sertão dentre elas a estrada tema de nosso estudo.

3 A CONSTRUÇÃO DA LINHA FÉRREA CENTRAL PERNAMBUCO E SUA


CHEGADA EM OLHO DAGUA DOS BREDOS E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O
DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO.

Chegamos a Ferrovia, Estrada de Ferro Pernambuco Central, motivo de minha


inquietação, que teve sua implantação inicial em 1885, sobe a responsabilidade da
empresa inglesa THE GREAT WESTERN OF BRASIL RAILWAY COMPANY.A
estrada de ferro central Pernambuco teve como ponto inicial cidade do Recife, como
demonstra o mapa a seguir, dando continuidade nas cidades mencionadas:
(Jaboatão 1885), (Moreno 1885), (Vitoria 1886), (Gravata 1894), limite entre Zona da
Mata e Agreste Pernambucano. (Caruaru 1895), (São Caetano 1891).
Em outubro de 1904 a Empresa Inglesa Great Western consegue a concessão
junto ao Governo da província de Pernambuco para administração, firmando o
compromisso de ampliação da rede até a cidade de Cimbres, atual
Pesqueira. Concessão que durou até dezembro de 1950, pois em janeiro de 1951 a
malha ferroviária do Nordeste foi desta vez administrada pelo governo federal vindo a
denominar-se rede ferroviária do nordeste (RFN).
Continuando a pesquisa fatos relevantes chamam a atenção, como os ciclos
do agronegócio que impulsionavam a economia do interior como do algodão e
mandioca e criação de gado no Agreste e Sertão. Nesse período, Cimbres, atual
Pesqueira já se destacava no Interior Pernambucano como uma das cidade mais
industrializada do Nordeste da época, com fábricas de doces, beneficiadora de
algodão, mamona, etc.
Retomando as inaugurações Ferroviárias temos, (Belo Jardim,1906);
(Sanharó e Cimbres - Pesqueira 1906), finalizando assim, o projeto assumido pela
Great Western junto ao governo da província de Pernambuco durante os três anos
seguintes não se falava e não se tinha nenhum projeto de ampliação da rede. Abaixo
o mapa de 1909 da Great western de todas suas redes no nordeste onde mostra o
ponto final da linha Pernambuco central a cidade de Pesqueira.
Figura 1: Mapa Great Westerm

Fonte:
Nesse momento, entra na história a figura do jornalista Zeferino Candido
Galvão Filho. Intelectual jornalista membro da academia pernambucana de letras e
Proprietário do jornal a gazeta de Pesqueira-PE, homem de grande sensibilidade com
as causas sociais. Percebe que Vários Municípios, vilas, povoados do
Sertão Pernambucano almejavam que os trilhos ferroviários desse continuidade rumo
ao Sertão.

Vendo esse anseio popular dos Sertanejos, principalmente da sociedade da


vila de Olho D’água dos Bredos, pelo progresso e desenvolvimento. Zeferino Galvão,
lança uma campanha de mobilização política e social, usando sua influência.
Aproveitando seu prestígio, foi até a Capital Federal, na época Rio de Janeiro, onde
teve uma audiência com o (CARDEAL ARCOVERDE), DOM JOAQUIM
ALBUQUERQUE CAVALCANTE ARCOVERDE somando forças para a realização do
pedido de ampliação das redes Ferroviárias. Ou seja, para que os trilhos da Great
western, chegasse até a recém elevada a qualidade de vila Olho D’água dos
Bredos.terra natal do Cardeal Arcoverde, nascido em 1850, na Fazenda Fundão, onde
ele tinha deixado vários parentes inclusive irmãos. Tal campanha, surtiu resultado e
em 1910. Pinto ,1949, pág.139 nos traz a seguinte fala:

No período de 1909 a 1913, que corresponde à administração A. T. Connor


e à presidência de David Simson, prosseguiram os trabalhos ... da linha de
Pesqueira, com a inauguração, em 1911, das estações de Ipanema e
Mimoso, num percurso de trinta quilômetros e, logo no ano seguinte, com a
de Barão do Rio Branco (anteriormente Olhos d´Água dos Bredos e hoje
Arcoverde.
Figura 2:

Fonte:

As obras são retomadas, e os trilhos tomaram rumo ao Sertão pernambucano


(Ipanema 1911), (mimoso 1911) e finalmente em 13 de maio de 1912 é inaugurada a
estação na Vila Olho D’água dos Bredos, contando com a presença do então
Governador de Pernambuco na época General Emídio Dantas Barreto.

Ainda em 1912, o nosso primeiro e grande fator de desenvolvimento já


provocou mudanças e transformações de várias ordens. A primeira foi logo após a
inauguração da estação que foi nomeada de estação Barão do Rio Branco,
homenagem prestada pelo, General Dantas Barreto ao amigo e grande reintegrador
do Território Nacional (Jose Maria da Silva Paranhos Junior – Barão do Rio Branco),
falecido três meses antes da inauguração.

A vila também passa a se chama Barão Rio Branco, popularmente


chamada Rio Branco. No período antes da inauguração do trem, estima-se que a
população não passava de 400 habitantes. Menos de cinco anos após a chegadas
dos trilhos nossa população já passava de 1500 habitantes, com uma localização
privilegiada, logo Rio Branco se tornaria um grande centro logístico de compras
e vendas e embarques de mercadorias.
Devido as circunstâncias, Rio Branco atraiu comerciantes e vendedores de
cidades circunvizinhos e do alto sertão, aquecendo nossa economia através feiras
livres, inclusive (feira de gado 1916).

Logo, começa a chega inovações sociais e tecnológicas, que só as grandes


cidades da época tinham. tais como: (luz elétrica movida a gerador 1913), (agência
de postal e de telégrafos 1913), (hotel pousadas 1915), (banda de música
1913),(banheiros públicos 1916)(jornais 1921), (cinema Rio Branco 1917),
(clubes sociais 1915), (médicos fixos 1920), (indústria Sambra 1919),(grupo escolar
1925), (paróquia de nossa senhora do livramento 1919).

Na década de 20 começam a circular os primeiros veículos vindo de trem da


capital como mostra a foto abaixo logo se instalam as primeiras agencias automotivas
(agências de automóveis Ford 1922).

Figura 3:

Fonte:
Começa- se a criar na população um ideia e um sentimento de uma possível
ruptura de Pesqueira-PE.

Dá início a formações de grupos políticos com intuito de levar a tão promissora


Vila de Rio Branco a sua emancipação Política. Processo esse, que não foi fácil.
Mas, veio acontecer em 11/09/1928, através da lei estadual de número 1.931 do então
Governador Estácio Coimbra, que eleva a Vila de Rio Branco a categoria de Cidade. E
teve como primeiro prefeito o cel. Antonio Japiassu A mudança de topônimo
para ARCOVERDE, só ocorreu anos mais tarde, em 31/12/1943. Uma Homenagem a
DOM JOAQUIM ALBUQUERQUE CAVALCANTE ARCOVERDE, Cardeal Arcoverde,
seu filho mais ilustre do seu tempo.

Do ano de 1912 até 1930 quando os trilhos tomou o destino para Lagoa
de Baixo (atual Sertânia), Rio Branco foi o destino final da linha férrea Pernambuco
central a ponta dos trilhos como era conhecida Rio branco em Pernambuco, como
mostra o mapa abaixo da Great western em 1916:

Figura 4: Mapa Ferroviário do Estado de Pernambuco

Fonte: O AlmanakLaemmert, 1916

Somente no ano de 1963 os trilhos chega definitivamente a seu destino final, a


Cidade de Salgueiro-PE. Há exatos 608 km de distância, do ponto de partida Recife
em 1885. Durante todos esses anos de atividade, a linha férrea central Pernambuco
passou por várias concessão que foram:

E. F. Central de Pernambuco (1885-1904) Great Western (1904-1950); Rede


Ferroviária do Nordeste (1950-1975) ; RFFSA (1975-1982) ; METROREC (1982-

Mas em 26 de agosto de 1983 tem suas atividades parcialmente paralisadas


desativando algumas estações

Figura 5: Desativação da estação em 26 de agosto de 1983

Fonte: Diário de Pernambuco, 12/09/1983.

Infelizmente, no início dos anos 90 teve suas atividades totalmente canceladas,


definitivamente. O prédio centenário da estação ferroviária de Arcoverde se encontra
sobre a responsabilidade do poder municipal e atualmente serve para atividades
culturais como teatro pintura dança. Hoje, para os mais jovens é conhecida na cidade
como estação da cultura, pondo em prática a Lei 11.483/2007 que concede ao
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN receber e administrar
os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural, oriundos da extinta
RFFSA, bem como zela pela sua guarda e manutenção.
A mais de dez anos a população pernambucana acompanha a implantação da
nova linha férrea transnordestina agora exclusivamente projetada para transporte de
cargas agrícolas e minerais apenas no viés econômico entre os estados do Piauí,
Ceará e Pernambuco em Arcoverde a linha passara por um imenso túnel sobre a BR
232 na área urbana da cidade. Mais, infelizmente a obra se encontra a alguns anos
parada.

Abaixo gráfico da estrada de ferro central Pernambuco construída pela


empresa great western com nome das localidades das estações data de inauguração
das mesmas, distancia da capital e altitude do nível.

Linha Centro
(Bitola de 1,00m)
Distância do
N° de Nome Altitude Data da
Nomes ponto inicial
ordem anterior (metros) inauguração
(quilômetros)
Pernambuco
99 Recife   0 2 25-3-1885
100 Ipiranga   4 3 1-1-1900
Edgard Werneck (RFN-
-   7 .5 1-5-1891
97)
101 Tejipió   9 11 25-3-1885
102 Coqueiral   10 12 31-8-1919
103 Floriano   14 33 15-6-1935
104 Jaboatão   17 45 23-3-1885
105 Balança (PE)   19 56 -
106 Moreno   27 85 15-8-1885
107 Tapera   38 155 10-11-1888
108 Tamatamerim   43 - -
109- Vitória de Santo Antão   51 146 9-1-1886
110 Pombos   64 190 8-5-1886
111 Russinha   72 293 24-8-1887
112 Cascavel (PE)   78 398 21-3-1930
113 Gravatá   89 448 4-1-1894
114 Insurreição (PT)   103 461 5-12-1931
115 Bezerros   112 459 1-12-1895
116 Gonçalves Ferreira   126 509 1-12-1895
117 Caruaru   139 537 1-12-1895
118 Barra do Taquara (PE) 1.436 149 - -
119 São Caetano   161 548 1-12-1895
120 Tacaimbá   180 565 25-12-1896
121 Belo Jardim   196 603 2-2-1906
122 Sanharó   212 648 1-11-1906
123 Pesqueira   228 636 6-11-1906
124 Ipanema   241 589 15-12-1910
125 Mimoso   251 635 27-12-1911
126 Arcoverde   269 664 13-5-1912

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir do que foi apresentado nesta pesquisa, que tem por objetivo
resgatar a memória para gerações atuais e futuras com base nas fontes de pesquisas
que consegui localizar, levando em consideração os sentimentos de pessoas que
vivenciaram esse período. Deixando a observação que, devido o atual momento
Pandêmico que estamos enfrentando, fomos privados de utilizar pesquisa de campo,
que considero fundamental para melhor exploração do conteúdo, pois algumas
pessoas que vivenciaram, trabalharam na Rede Ferroviária, iriam somar a todo o
conteúdo aqui apresentado.

Diante do que foi explanado, é possível compreender todo o progresso e


desenvolvimento de um período áureo na história dessas localidades beneficiadas.

Podendo se afirmar que, na economia da região e cidades abrangidas a estrada


de ferro foi sem dúvida o que mais influenciou a ocupação e o desenvolvimento do
pais. Em Pernambuco como percebemos na pesquisa, facilitou a ocupação territorial
para além do litoral que eram região com maior desenvolvimento voltando os olhares
para o interior que com o impulso proporcionado pela linha férrea mostrou todo seu
potencial econômico social e cultural.

Diante do que foi exposto, é perceptível que o desenvolvimento ocorrido nas


Primeiras décadas do Século passado, em Rio Branco, atual Município de Arcoverde-
PE, deve-se primordialmente a Linha Férrea Central Pernambuco, e até hoje
colhemos os seus frutos, desde aquele tempo nosso atual município vem se tornando
um polo que se destaca no interior de Pernambuco. Conhecido como Portal do Sertão
abrange as necessidades dos municípios vizinhos tendo um desenvolvimento
destacado.

Por isso, é imprescindível, trazer as memórias da Linha Ferréa para os tempos


atuais, relembrando sempre o quão grande foi sua importância.
.
5 REFERÊNCIAS

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em: < https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ferrovias.htm> Acesso em 25 de março
de 2021.

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José Lins do Rego.
Disponível em: <https://gvcult.blogosfera.uol.com.br/2018/01/09/literatura-em-
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18.03.2021.

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Disponível em <
https://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:bYFhDCLNDNAJ:https://p
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Recife. Secretária de Educação, 1982.

RIBEIRO, Teófanes Chaves. O Município de Arcoverde. Arcoverde-PE. Prima,


1951. Disponível em < Arcoverde, https://bit.ly/2BqO6vy> Acesso em 18.01.2021.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez,


2000.

PINTO, Estevão. História de uma estrada-de-ferrono Nordeste. (Contribuição para


o estudo da formação e desenvolvimento da Empresa The Great Western of Brazil
Railway Company Limited e das suas relações com a economia do Nordeste
Brasileiro. Editora S. Paulo, 1949.

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