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Politica de Saude
Politica de Saude
Unidade 3
Instrumentos de Regulação
em saúde e uso de
tecnologias
Diretor Executivo
Gerente Editorial
ALESSANDRA FERREIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
4 POLÍTICA DE SAÚDE
Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que:
ÍCONES
Para o início do
Houver necessidade
desenvolvimento
de apresentar um
de uma nova
novo conceito.
OBJETIVO competência. DEFINIÇÃO
Quando necessárias
As observações
observações ou
escritas tiveram que
complementações
ser priorizadas para
para o seu
NOTA IMPORTANTE você.
conhecimento.
Curiosidades e
Algo precisa ser indagações lúdicas
Unidade 3
melhor explicado ou sobre o tema em
EXPLICANDO detalhado. estudo, se forem
MELHOR VOCÊ SABIA?
necessárias.
Se houver a
necessidade de Quando for preciso
chamar a atenção fazer um resumo
sobre algo a acumulativo das
REFLITA ser refletido ou RESUMINDO últimas abordagens.
discutido.
POLÍTICA DE SAÚDE 5
Conhecendo os instrumentos de regulação em saúde........... 9
SUMÁRIO
A Regulação na legislação................................................................... 12
Os Níveis de complexidade............................................................................... 23
Unidade 3
O Mercado de trabalho....................................................................... 42
6 POLÍTICA DE SAÚDE
Na unidade passada conversamos sobre a regulação em
saúde, mas você sabe de que forma ela é realizada? Não, pois
APRESENTAÇÃO
bem, nesta unidade vamos conversar sobre os instrumentos de
regulação em saúde.
Unidade 3
Por fim, compreendendo as necessidades do mercado
como um todo, muitas empresas, independentemente de sua
área de atuação, sobrecarregam seu profissionais em busca de
resultados, o que acarreta, muitas vezes problemas de saúde
para o indivíduos, por isso, vamos falar um pouco sobre a saúde
do trabalhador e as consequências econômicas.
POLÍTICA DE SAÚDE 7
Olá. Seja muito bem-vinda (o). Nosso propósito é
auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de
OBJETIVOS
8 POLÍTICA DE SAÚDE
Conhecendo os instrumentos
de regulação em saúde
Neste tópico vamos compreender melhor os
instrumentos de regulação tanto no setor público
como do setor privado de saúde. E então? Motivado
OBJETIVO para desenvolver esta competência? Então vamos
lá. Avante!
Unidade 3
para o governo, por isso, desde essa época era necessário
que se avaliasse os serviços prestados e analisasse as contas
comparando o que foi pago com o que realmente foi realizado.
POLÍTICA DE SAÚDE 9
Esse processo de regulação acelerou com a criação do
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), pois a prestação
de assistência médica ainda era baseada na aquisição de serviços
privados. Perceba que o INPS necessitava de uma grande rede
de prestadores por todo o país. Para formação dessa rede
necessitava de um mecanismo regulatório eficiente com critérios
estabelecidos, o perfil da rede credenciada.
10 POLÍTICA DE SAÚDE
objetivo de acompanhar a relação econômica com os prestadores
de serviços credenciados.
Unidade 3
Podemos entender a regulação como a capacidade de
intervenção nos processos de prestação de serviços, orientando
ou alterando a sua execução, através de mecanismos indutores,
normas, regulamentação ou restrições (SANTO; MERHY, 2006).
POLÍTICA DE SAÚDE 11
pessoas (microrregulação), ou em aspectos mais amplos, como
as definições das políticas (macrorregulação) a qual pode ser
considerada um dos mecanismos mais estratégicos de gestão.
(SANTO; MERHY, 2006)
A Regulação na legislação
Como vimos na unidade passada, no artigo 197 da
Constituição Federal de 1988 descreve que:
Unidade 3
Fonte: Wikimedia
12 POLÍTICA DE SAÚDE
Outra legislação que fala sobre regulação em saúde é a
Lei nº 8.080/90 a qual define as competências das três esferas
de governo e estabelece o Sistema Nacional de Auditoria
(BRASIL, 1990).
Os Instrumentos de regulação
Os instrumentos de regulação são importantes para que
o governo consiga exigir o cumprimento de suas decisões. São
Unidade 3
divididos em ferramentas e estratégias, que podem ser utilizadas
juntas e vão desde legislações até requisitos e exigências
administrativas (FARIAS, JUNIOR COSTA, 2009)
POLÍTICA DE SAÚDE 13
série de normatizações definidas a partir da Lei nº 8.080/90 e
reforçada pela Norma Operacional da Assistência à Saúde
(NOAS-2001 e 2002) bem como pelo Pacto da Saúde, em 2006.
Todas essas normatizações fundamentaram o sistema de
planejamento, controle, avaliação e regulação do SUS.
14 POLÍTICA DE SAÚDE
O Pacto pela Saúde foi dividido em três dimensões (BRASIL,
2008):
Unidade 3
• Pacto de Gestão: busca a relação cooperativa e soli-
dária entre os gestores a partir de diretrizes e respon-
sabilidades fortalecendo a descentralização, regiona-
lização, financiamento do SUS, planejamento no SUS,
Programação Pactuada Integrada (PPI), regulação da
Atenção à Saúde e Regulação da Assistência, partici-
pação e controle social, gestão do trabalho na saúde e
educação na saúde.
POLÍTICA DE SAÚDE 15
é direito do cidadão ter acesso a serviços de qualidade, como
o governo pode garantir isso no setor privado? Através da
regulação!
atual brasileiro.
16 POLÍTICA DE SAÚDE
nos dois principais desafios desse setor: redução de custos e
a melhoria da qualidade da atenção prestada nos serviços de
saúde”. Vale ressaltar que essa auditoria busca a avaliação da
qualidade assistencial e a melhoria da gestão dos recursos.
(GARRAMA, 2018)
Unidade 3
Fonte: Wikimedia
POLÍTICA DE SAÚDE 17
Para regulamentar os Planos de Saúde foi elaborada a Lei
nº 9.656, de 3 de junho de 1998 a qual dispõe sobre os planos e
seguros privados de assistência à saúde, como vamos ver melhor
a seguir
18 POLÍTICA DE SAÚDE
Essas medidas impostas pela lei exigiram que as empresas
do setor buscassem formas de adequação ao novo modelo
como a exigência de fornecimento de dados, criação de reservas
técnicas, realização de auditorias contábeis, auditorias de saúde,
como parte da rotina operacional dessas empresas. (KOYAMA,
2006)
Unidade 3
e degenerativas, doenças infecciosas, doenças preexistentes,
doenças mentais, exames e tratamentos de alto custo, ou
apresentava limitações para utilização de procedimentos e dias
de internação.
POLÍTICA DE SAÚDE 19
Conhecendo os níveis de
complexidade e forma de
liberação
Neste tópico vamos falar sobre os níveis de
complexidade tecnológico da saúde, estão
distribuídos no sistema e sobre a incorporação
OBJETIVO dessas tecnologias. E então? Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá.
Avante!
20 POLÍTICA DE SAÚDE
O Decreto 7.508/2011 regulamenta a Lei 8.080/90 e
traz conceitos e regulamento em relação a redes de
atenção à saúde. Mas a legislação que estabelece
SAIBA MAIS diretrizes para a organização da Rede de Atenção à
Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS)
é a Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010,
na qual você pode encontrar por que organizar
Rede de Atenção À Saúde.
Unidade 3
superioridade da atenção com maior tecnologia.
Figura 3 – A mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos para as redes de atenção à
saúde
POLÍTICA DE SAÚDE 21
Lembrando que essa complexidade está atrelada
as tecnologias aplicadas, porém, essa visão
aparenta uma simplicidade na atenção primária
IMPORTANTE e a única possibilidade de entrar no SUS através
dela. Essa nova legislação traz uma nova visão e
um novo conceito nessa estrutura, chamado de
“Redes de Atenção à Saúde”.
22 POLÍTICA DE SAÚDE
usuário do sistema durante todo o processo de tratamento e
acompanhamento.
Unidade 3
veem modificando nos últimos anos.
Os Níveis de complexidade
Ficou claro que chamamos de níveis de complexidade
devido à densidade tecnológica do procedimento de cuidado,
certo? Então vamos falar sobre essa complexidade tecnológica.
POLÍTICA DE SAÚDE 23
Na Gestão Plena do Sistema Municipal,
o município recebe a totalidade dos recursos
federais programados para o custeio da
IMPORTANTE assistência em seu território, quando tem
capacidade para ofertar com suficiência
esses serviços à população.
24 POLÍTICA DE SAÚDE
Figura 4 – movimentação dos usuários no sistema
Unidade 3
Fonte: Pixabay
• Procedimentos traumato-ortopédico;
• Patologia clínica;
• Anatomopatologia e citopatologia;
• Radiodiagnóstico;
POLÍTICA DE SAÚDE 25
• Exames ultrassonográficos;
• Diagnose;
• Fisioterapia;
• Terapias especializadas;
• Próteses e órteses;
• Anestesia.
26 POLÍTICA DE SAÚDE
otologia; cirurgia de implante coclear; cirurgia das
vias aéreas superiores e da região cervical; cirurgia da
calota craniana, da face e do sistema estomatognático;
procedimentos em fissuras labiopalatais; reabilitação
protética e funcional das doenças da calota craniana,
da face e do sistema estomatognático; procedimentos
para a avaliação e tratamento dos transtornos
respiratórios do sono; assistência aos pacientes
portadores de queimaduras; assistência aos pacientes
portadores de obesidade (cirurgia bariátrica); cirurgia
reprodutiva; genética clínica; terapia nutricional;
distrofia muscular progressiva; osteogênese
imperfeita; fibrose cística e reprodução assistida. Os
procedimentos da alta complexidade encontram-se
relacionados na tabela do SUS, em sua maioria no
Unidade 3
Sistema de Informações Hospitalares do SUS, e estão
também no Sistema de Informações Ambulatoriais
em pequena quantidade, mas com impacto financeiro
extremamente alto, como é o caso dos procedimentos
de diálise, da quimioterapia, da radioterapia e da
hemoterapia (MS, 2009, p. 32).
POLÍTICA DE SAÚDE 27
de urgência e emergência como porta de entrada no sistema de
saúde.
A Incorporação de novas
tecnologias em saúde
A Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) estuda a
implementação, difusão e uso das tecnologias em saúde baseado
em dados de eficácia, efetividade, segurança, custos, custo-
efetividade, entre outros (SILVA A. e., 2019).
28 POLÍTICA DE SAÚDE
A Lei 12.401/2011 “Altera a Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990, para dispor sobre a assistência terapêutica
e a incorporação de tecnologia em saúde no âmbito do Sistema
Único de Saúde - SUS” (BRASIL, 2011, caput). Essa Lei define que:
A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS
de novos medicamentos, produtos e procedimentos,
bem como a constituição ou a alteração de protocolo
clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições do
Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.
(BRASIL, 2011, art. 19).
Unidade 3
IMPORTANTE contra mão dessa participação social em diversos
cenários em nosso país pois “extingue e estabelece
diretrizes, regras e limitações para colegiados da
administração pública federal” (BRASIL, 2019,
caput)
Fonte: Freepik
POLÍTICA DE SAÚDE 29
A Lei 12.401/2011 traz algumas inovações para a
incorporação de tecnologias em saúde no âmbito do SUS, dentre
elas podemos citar:
30 POLÍTICA DE SAÚDE
forma sustentável e transparente favorecendo sua consolidação
no SUS.
Figura 6 – Quebra-cabeça da Tecnologia em saúde, avanços tecnológicos utilizados de
maneira adequada
Unidade 3
Fonte:Pixabay
POLÍTICA DE SAÚDE 31
Analisar os impactos da
indústria da saúde em
diversas áreas
Você compreende o que é a indústria da saúde?
Sabe quais os impactos que essa indústria tem
sobre o sistema de saúde atual? Se anda não
OBJETIVO consegue fazer essas conexões, não tem problema,
pois esse será o tema deste tópico. Motivado para
desenvolver esta competência? Então vamos lá!
A Indústria da saúde
Os serviços tecnológicos são de extrema importância para
Unidade 3
32 POLÍTICA DE SAÚDE
É uma área com grande dinamismo, envolvendo atividades
de alta intensidade de inovação nos paradigmas tecnológicos,
pois existe a base produtiva de produtos e serviços relevantes.
Unidade 3
Perceba que o grande desafio é trabalhar de forma
simultânea a visão sistêmica da área da saúde a partir de dois
pontos: a lógica econômica e a lógica sociossanitária; observando
a interface que existe entre elas. (GADELHA C. a., 2012)
POLÍTICA DE SAÚDE 33
Figura 7 – Pesquisa & Desenvolvimento em equipamentos de saúde
Unidade 3
Fonte:Pixabay
34 POLÍTICA DE SAÚDE
O Complexo Industrial da Saúde
Gadelha, 2003, descreve que o Complexo Industrial da
Saúde pode ser considerado um complexo econômico, a partir
de um conjunto de atividades para manter relações entre setores
de compra e venda de produtos e serviços e/ou de tecnologia e
conhecimento.
Unidade 3
interdependência desses setores?
Figura 8 – Complexo industrial da saúde – caracterização geral
POLÍTICA DE SAÚDE 35
Medicamentos? Pois bem, essa relação é muito comum e faz
muito sentido, pois o setor de medicamentos constitui o grande
mercado desse grupo.
36 POLÍTICA DE SAÚDE
O Complexo político e institucional do
complexo da saúde
Você percebeu que o complexo industrial da saúde está
imerso em um contexto político e institucional? Nesse sentido,
a intensidade de conhecimento e tecnologia das atividades de
saúde é uma fonte essencial de inovações relacionadas com as
instituições de ciência e tecnologia, sendo um fator crítico de
competitividade no mercado.
Unidade 3
POLÍTICA DE SAÚDE 37
Consegue perceber a importância do Estado nesse
contexto? As ações de promoção e de regulação na saúde estão
diretamente relacionadas a utilização das inovações existentes e
o rumo dos estudos futuros.
38 POLÍTICA DE SAÚDE
O desenvolvimento e a política industrial são pontos de
pauta em diversas discussões sobre o pape do Estado para
superar a condição de dependência dos insumos e tecnologias
importadas. (SILVA, ANDREOLI; BARRETO, 2016)
Unidade 3
competitividade industrial. (SILVA, ANDREOLI; BARRETO, 2016)
POLÍTICA DE SAÚDE 39
A primeira teve como objetivo fortalecer a expansão da
base industrial através da melhoria da capacidade inovadora
das empresas. Um exemplo desse momento foi a criação de
um instrumento de financiamento: o Programa de Apoio de
Desenvolvimento da Cadeia Produtiva Farmacêutica ‑ (Profarma
I), criado pelo BNDES para estimular a produção nacional de
fármacos e medicamentos, dividido em três subprogramas:
Produção; Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação; e
Fortalecimento das Empresas Nacionais.
Desafios e oportunidades na
Indústria da Saúde
Acredito que está claro que a área da saúde está em grande
expansão, por isso, há muitas oportunidades principalmente
quando pensamos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
40 POLÍTICA DE SAÚDE
Figura 10 – Desafios e oportunidades
Fonte: Pixabay
Unidade 3
podem ser gerados. Gadelha, 2012, p.33, traz alguns exemplos
de alto impacto sobre os processos de transformação que estão
em curso atualmente:
• Novas tecnologias médicas de alta complexidade que
mobilizam todo o sistema de inovação (transplante, por
exemplo);
• Novas biotecnologias de fronteira;
• Terapia celular, caracterizando a dificuldade de se definir
a fronteira entre serviços assistenciais e a biotecnologia
industrial;
• Química orgânica avançada (química fina);
• Tecnologia diagnóstica que envolve plataformas tecnoló-
gicas para testes de diagnóstico em grande escala, com
facilidade e alta precisão;
• Utilização intensiva de Tecnologia da Informação (TI),
tanto nos serviços quanto nos equipamentos para
diagnóstico e tratamento;
• Nanotecnologia.
POLÍTICA DE SAÚDE 41
Vale ressaltar que esses estudos acontecem de forma
assimétrica, ou seja, países desenvolvidos, em geral, investem
mais que países com fragilidade econômica como o Brasil, sendo
esse um grande desafio dos países em desenvolvimento.
O Mercado de trabalho
Quando se fala em trabalhadores de saúde, devemos ter em
mente que é um grande conjunto de diversos profissionais, com
Unidade 3
Fonte: Freepik
42 POLÍTICA DE SAÚDE
Além disso, esse mercado de trabalho necessita de
profissionais com formação e/ou habilitação específica para
desempenhar suas funções. Perceba que esse perfil de
profissional necessita investir em sua formação e atualização
para se manter no mercado de trabalho, mas esse mercado
está realmente disposto a investir em profissionais qualificados?
Ou prefere contratar profissionais que aceitem receber o piso
salarial? Mas como investir em atualização recebendo apenas o
piso salarial?
Unidade 3
chamado de salário (VARELLA & PIERANTONI, 2008)
POLÍTICA DE SAÚDE 43
Compreendendo as consequências
econômicas da doença
Em algum momento você desse nosso estudo você
chegou a se perguntar de que forma a doença dos
indivíduos pode influenciar na economia? Não?!
OBJETIVO Sem problemas, vamos refletir sobre esse tema a
partir de agora! Motivado para desenvolver esta
competência? Então vamos lá!
A Saúde do trabalhador
Vimos que a saúde é um bem está físico, psicológico e social,
e quando relacionamos o social na saúde estamos colocando
Unidade 3
44 POLÍTICA DE SAÚDE
Figura 12 – Trabalhadores de diversas áreas
Unidade 3
Fonte: Freepik
POLÍTICA DE SAÚDE 45
Esse conjunto de atividades está detalhado nos incisos de I
a VIII do referido parágrafo, abrangendo:
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de
trabalho ou portador de doença profissional e do
trabalho;
46 POLÍTICA DE SAÚDE
VIII - a garantia ao sindicato dos trabalhadores de
requerer ao órgão competente a interdição de máquina,
de setor de serviço ou de todo ambiente de trabalho,
quando houver exposição a risco iminente para a vida
ou saúde dos trabalhadores (BRASIL, 1990, art.6).
Unidade 3
adoecimento mal caracterizadas, como o estresse e a fadiga física
e mental e outras manifestações de sofrimento relacionadas ao
trabalho.
Adoecimento psíquico do
trabalhador
Os transtornos mentais são agravos de saúde muito comuns
atualmente em nossa sociedade. Viapiana, 2018 p.176, traz dados
da Organização Mundial da Saúde “transtornos mentais como
depressão, abuso de álcool, transtorno bipolar e esquizofrenia se
POLÍTICA DE SAÚDE 47
encontram entre as 20 principais causas de incapacidade” Outro
dado da OMS que essa autora traz é a estimativa atual da OMS
que a depressão afeta cerca de 350 milhões de pessoas, sendo
que a taxa de prevalência na maioria dos países varia entre 8%
e 12%.
Fonte: Freepik
48 POLÍTICA DE SAÚDE
social latino-americada foi desenvolvida a categoria ‘cargas
de trabalho’ para identificar os elementos do processo de
trabalho que influenciam tanto o biológico quando o psíquico do
profissional gerando desgastes e, consequentemente, perda da
capacidade potencial.
Unidade 3
Quando se fala especificamente em carga psíquica, Viapiana,
2018, subdivide esse elemento em duas causas:
POLÍTICA DE SAÚDE 49
desenvolvimento das potencialidades humanas e de sentimento
de participação nos objetivos da sociedade (VIAPIANA, 2018).
semelhanças e diferenças?
50 POLÍTICA DE SAÚDE
Antunes, 2015, p. 271, descreve que uma boa Saúde Mental
permite a flexibilidade cognitiva e comportamental necessária
para que as competências sociais se manifestem, bem como
assegura a resiliência necessária para lidar com situações de
estresse, seja no trabalho, seja no convívio social.
Unidade 3
Fonte: Freepik
POLÍTICA DE SAÚDE 51
As empresas, cada vez mais, querem que os
trabalhadores estejam totalmente a disposição,
mas se a jornada formal de trabalho é limitada, em
REFLITA geral oito horas por dia, não tem como burlar esse
sistema! Você acredita nisso? Mas e a flexibilização
do tempo de trabalho? Por exemplo, o trabalho
home office. A justificativa é para que o funcionário
trabalhe no momento que mais lhe agrade, mas
como é contabilizada essas horas? E a tecnologia
de comunicação? Muitos funcionários levam o
celular da empresa para casa, ou utilizam seu
número pessoal para o contato com os clientes,
que, muitas vezes, vão ligar em qualquer horário.
Como contabilizar essa “hora extra”?
52 POLÍTICA DE SAÚDE
• Aumento da remuneração pela sua dedicação que,
ao ver do funcionário, está se dedicando ao máximo,
porém para a empresa, muitas vezes, ele só está
cumprindo sua obrigação;
POLÍTICA DE SAÚDE 53
Cardoso, 2015, traz um relato de caso de uma
jovem que trabalha em um banco e, por querer
muito uma promoção se dedica ao extremo e, ao
SAIBA MAIS conseguir, aumenta mais ainda a sobrecarga o que
leva ao adoecimento psíquico, e como a empresa, e
o próprio INSS, avaliam essa situação. Vale à pena a
leitura, não apenas do relato mas das constatações
da autora em relação a essas situações. Disponível
em:
Unidade 3
54 POLÍTICA DE SAÚDE
como a limpeza, por exemplo, a necessidade de cuidado, entre
outras tantas situações.
Unidade 3
POLÍTICA DE SAÚDE 55
ANTUNES, J. (2015). Crise económica, saúde e doença. Psicologia,
saúde & doença, pp. 267-277. Disponível em http://www.scielo.mec.
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Brasil. Com. Ciências Saúde, pp. 9-20. Disponível em http://bvsms.
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58 POLÍTICA DE SAÚDE
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destaque. Physis: Revista de Saúde Coletiva, pp. 521-544. Disponí-
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Unidade 3
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POLÍTICA DE SAÚDE 59