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Apostila Taxonomia Classificação Ser Vivo
Apostila Taxonomia Classificação Ser Vivo
SISTEMÁTICA
A sistemática é a área da biologia dedicada a inventariar e descrever a biodiversidade e compreender as relações
filogenéticas entre os organismos. Inclui a TAXONOMIA e também a FILOGENIA.
A sistemática moderna é geralmente baseada em uma variedade de informações, incluindo sequências de DNA, dados
bioquímicos e dados morfológicos.
FILOGENIA (Willi Henning)
A filogenia é a história evolutiva de uma espécie ou de um grupo de espécies, desde os seus ancestrais até os seres
recentes.
TAXONOMIA (Lineu)
Taxonomia é o ramo da biologia responsável pela identificação, nomenclatura e classificação de todos os animais
e plantas que habitam a Terra, com base nas diferentes características que estes partilham entre si. A ideia de
padronizar os seres vivos surgiu a partir dos trabalhos do naturalista (botânico) austríaco Carl von Linné (também
conhecido por Carlos Lineu, em português) em 1758.
O atual sistema de classificação dos seres vivos usados hoje ainda se baseia nos princípios estabelecidos por
Lineu. O sistema de Lineu agrupa os seres vivos em categorias levando-se em conta semelhanças ou diferenças,
comparáveis em diversos níveis. Porém o sistema de Lineu não é baseado na evolução dos organismos. Os biólogos
usam as árvores filogenéticas para classificar organismos em termos de suas linhagens ancestrais e no estudo de
espécies extintas. Linné foi então o inventor da atual classificação dos seres vivos em diferentes grupos (conhecidos por
taxons), de acordo com as suas semelhanças genéticas: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie.
II - SISTEMAS NATURAIS:
* Utilizam características típicas da natureza biológica, como: morfologia, fisiologia,
desenvolvimento embrionário, parentesco evolutivo (ancestralidade comum), material genético, distribuição,
cariótipo, etc.
* Aceito atualmente.
As categorias taxonômicas ou táxons podem ser representadas, da mais ampla para a mais restrita, da seguinte
maneira:
REINO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE (REFICOFAGE )
Além dessas categorias, muitas vezes são utilizadas categorias intermediárias, tais como subfilo, superordem,
superfamília, subgênero, subespécie.
OBSERVAÇÃO: hoje as categorias não iniciam com reino, iniciam com o domínio. A classificação dos três
domínios proposta por Woese, em 1977, divide os seres vivos em três grupos: Archaea, Bacteria e Eukarya.
Mas o atual sistema de classificação dos organismos também considera a espécie como unidade de
classificação.
Atualmente utiliza-se o domínio para iniciar a classificação. Sendo estes:
Archaea (arqueobactérias),
Bactéria (eubactéria – bactéria e cianobactéria) e
Eukarya (protistas, fungos animais e vegetais).
Assim, atualmente as categorias taxonômicas ou táxons, da mais ampla para a mais restrita, são:
DOMÍNIO REINO FILO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE (DoREFICOFAGE )
Panthera pardus(Leopardo)
Quando espécies diferentes cruzam ou não formarão embriões, ou formarão, mas o embrião será abortado ou
podem se desenvolver, mas serão estéreis e não pertencerão à nenhuma das duas espécies, sendo chamados de
HÍBRIDOS.
Geralmente os indivíduos oriundos do cruzamento de espécies diferentes (os híbridos) são inférteis, pois:
• Macho e fêmea não possuem órgãos genitais bem desenvolvidos o que dificulta o acasalamento.
• Filhotes estéreis (não produzem espermatozóides ou óvulos).
Exemplo 2 - Leão e leoa (Panthera leo) sendo cruzada com Tigre e tigresa (Panthera tigres) darão origem ao
Ligre ou liger (se o cruzamento foi do leão com a tigresa) ou ao Tigon ou tigreão (se o cruzamento foi da leoa
com o tigre).
Exemplo 3 – cavalo e égua (Equus caballus) sendo cruzada com zebra macho e zebra fêmea (Equus zebra)
darão origem ao: Zégua ou eguebra (se foi a gua com um macho de zebra) ou cebrallo ou zebralo
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
PRIMEIRA: compare as categorias taxonômicas da espécie humana e do cão e vejam que eles pertencem a mesma
classe, logo todas que estiverem antes de classe, como reino e filo, também serão iguais. Entretanto são diferentes em
relação à categoria taxonômica ordem, logo todas que estarão depois, como família, gênero e espécie também serão
diferentes.
Homem (reino = metazoa, filo = chordata, classe = mammalia, ordem = primata, família = hominidae, gênero =
Homo e espécie = Homo sapiens)
Cão: (reino = metazoa, filo = chordata, classe = mammalia, ordem = carnivora, família = canidae, gênero =
Canis e espécie = Canis familiaris)
SEGUNDA: O cão domestico (Canis familiaris), o lobo (Canis lupus) e o coiote (Canis latrans) pertencem a uma mesma
categoria taxonômica, todos pertencem ao mesmo gênero. Sendo do mesmo gênero obrigatoriamente serão do mesmo
reino, ao mesmo filo, a mesma classe, a esma ordem, a mesma família. Entretanto eles pertencem à espécies diferentes.
TERCEIRA: Panthera leo (leão), Panthera tigris (tigres) e Panthera onca (onça) pertencem a diferentes espécies, porem
podemos dizer que pertencem ao mesmo reino, ao mesmo filo, a mesma classe, a esma ordem, a mesma família e ao
mesmo gênero.
NOMENCLATURA CIENTÍFICA
REGRAS DE NOMENCLATURA
Todo nome científico deve ser escrito em latim (língua morta) ou latinizado – Homo sapiens –
Trypanosoma cruzi ou Tryapanosoma Cruzi.
A nomenclatura é binomial, sendo o primeiro nome igual ao do gênero e o segundo é o epíteto
específico– Musca domestica.
O nome do gênero deve sempre começar por letra maiúscula e o da espécie em letra minúsculas.
Os dois juntos formam o nome da espécie, ex.: Canis familiaris, que é o cão doméstico.
O nome científico deve ser:
a) Grifado: ex.: Homo sapiens
b) Em itálico: ex.: Homo sapiens
c) Ou em negrito : ex.: Homo sapiens
Nos casos em que o nome da espécie se refere a uma pessoa, a inicial pode ser maiúscula ou minúscula.
Exemplo:Trypanosoma cruzi ou Trypanosoma Cruzi
— Trypanosoma cruzi é o nome dado por Carlos Chagas ao protozoário causador da doença de Chagas,
em homenagem a Oswaldo Cruz.
Quando ocorrerem subdivisões das categorias taxonômicas (super e sub), o nome da subespécie deve
vir depois do epíteto específico e em letra minúscula (trinomial).
- Quando existe subgênero, o nome que o designa deve ser escrito depois do nome do gênero, entre
parênteses e com inicial maiúscula. Exemplo: Anopheles (Nyssorhinchus) darlingi
- Quando existe subespécie, o nome que a designa deve ser escrito depois do nome da espécie, sempre
com inicial minúscula. Exemplo: Rhea americana alba (ema branca).
Lei da prioridade: Se para o mesmo organismo dois nomes diferentes,por autores diversos, deve
prevalecer a primeira denominação. Quando citar o ano da primeira publicação, este deverá vir
separado do autor por vírgula.
O nome científico ao ser usado pela primeira vez em um texto, deve ser escrito por extenso; nas demais
vezes que aparecer, a parte genérica pode ser abreviada. Ex. C. familiaris;
O nome das famílias dos animais recebe o sufixo idae, e nas plantas o sufixo é aceae.
Ex: Felidae: família do animal leopardo. Poaceae: família da planta milho
Quando se desejar mencionar o autor e a data que descreve a espécie, escreve-se o nome da espécie,
depois o nome do autor (inicial maiúscula, abreviado ou não e sem nenhuma pontuação entre a
espécie e ele), acrescenta-se uma vírgula e logo a seguir a data.
Ex. Trypanosoma cruzi Chagas, 1909. Canis familiaris Lineu ou L., 1758 (cão)
A abreviatura de espécie é sp. e a de espécies (plural) é spp. Ex:
- Coffea arabica ou Coffea sp. (café)- referente a uma espécie ou quando o autor não tem interesse em
citar o nome da espécie ou usado quando a espécie ainda não foi identificada, mas o gênero já foi
descrito.
- Plasmodium spp. (referente às várias espécies existentes).
Robert H. Whittaker (1959) com a descoberta dos seres microscópico e a evolução do conhecimento científico,
criou um sistema de classificação que divide os seres vivos em cinco reinos: Monera, protistas, fungos, plantas e animais.
Vírus não pertence a nenhum desses reinos.
Já Woese (1990) realizou um estudo comparativo do RNA ribossômico, e criou a classificação em Domínios. Ele
percebeu que os eucariontes (protistas, fungos, plantas e animais) apresentam muitas relações entre si, por isso ficaram
todos juntos no mesmo domínio, Eukarya, e que os procariontes (integrantes do monera) deveriam ser separados, pois
haviam entre alguns divergências genéticas importantes, logo esses foram organizados em dois grupos (bacteria e
Archaea). Os seres vivos passaram, então, a ser classificados em três subdivisões principais, denominadas de Domínios,
uma categoria acima de Reino. Os três domínios considerados são: Archaea, Bacteria e Eukarya.
Assim, considerando a classificação de Whittaker o único reino com seres procariontes é o monera. Considerando
a classificação de Woese, extingue-se o Reino Monera, e os procariontes estão agora agrupados em dois domínios: Archae
e Bacteria. Logo, na classificção em domínios, o reino monera não é mais considerado e foi dividido entre os domínios
Bactéria e Archaea
1 - REINO MONERA – unicelulares (uma célula), procariontes, isto é, que não possuem núcleo
individualizado por uma membrana em suas células; o material genético desses seres encontra-se disperso no
citoplasma, não encontra-se individualizado. São as bactérias e as cianofíceas (também chamadas de
cianobactérias e de algas azuis); podem ser ainda:
- Heterótrofos ou consumidoras (bactérias patogênicas)
- ou autótrofos por fotossíntese (cianobactérias) ou por quimiossíntese (arqueobactérias).
Exemplo de bactérias:
• Cocos: bactérias que apresentam formato esférico.
• Bacilos: bactérias que apresentam formato de bastão.
• Espirilos: bactérias com formato helicoidal e rígidas.
• Espiroquetas: bactérias com formato helicoidal e flexíveis.
• Vibrião: bactérias que apresentam formato de vírgula.
2- REINO PROTISTA: Seres unicelulares ou multicelulares (ou pluricelular – várias células) , eucariontes
PROTISTA I – unicelular ou multicelular, sem tecido; autotróficos (sintetizam - fabricam seu próprio alimento)
fotossintetizantes. Ex.: algas (euglena, clorófita, feófita, etc).
PROTISTA II – eucariontes, unicelulares, Heterótrofos(não sintetizam seu próprio alimento). Ex.:Protozoários
(Trypanosoma, ameba, giárdia, paramecio, etc).
4- REINO PLANTAE (ou dos vegetais ou reino Plantae ou Metaphyta) - seres eucarióticos, multicelulares,
com tecidos especializados e autotróficos fotossintetizantes (clorofilados); seus representantes formam embriões
multicelulares que, durante o processo de desenvolvimento retiram alimento diretamente da planta genitora. Ex:
as plantas briófitas, pteridófitas, giminospermas e angiospermas.
5- REINO DOS ANIMAIS (ou reino Animalia ou Metazoa) - Engloba todos os seres vivos pluricelulares,
eucariontes, heterotróficos e com tecidos especializados. Geralmente apresentam capacidade de locomoção e
grande parte gera descendentes por reprodução sexuada. Ex: animais vertebrados ou invertebrados,
protocordados ou cordados.