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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI

INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS – IRN

MEMORIAL DESCRITIVO

Ana Clara Monteiro de Siqueira- 2019015745


Betsabet Sulamita Roque Sullca - 2019010257
Lucas Vicentini do Santos - 2019009588
Rafael Augusto Marques Machado - 2021000300
Vitor Mota dos Santos - 2019002086

ITAJUBÁ – MG
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ – UNIFEI
INSTITUTO DE RECURSOS NATURAIS – IRN
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO AVALIATIVO PARTE 2


PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO
DE CONSTRUÇÕES (PRÁTICA)

Memorial Descritivo apresentado como requisito parcial para


obtenção de aprovação na disciplina ECI026.2 - Planejamento e
Execução de Construções (Prática), no curso de Engenharia Civil,
na Universidade Federal de Itajubá.

ITAJUBÁ – MG
2023
SUMÁRIO

1. DESCRIÇÃO TÉCNICA 4
2. OBJETIVOS 4
3. ESPECIFICAÇÕES 4
5. GENERALIDADES 5
6. SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS 6
7. SERVIÇOS PRELIMINARES 7
7.1. Placa de Obra 7
7.2. Limpeza e Preparo da Área 7
7.3. Sondagem do Terreno 8
7.4. Escavações 8
7.5. Instalação do Canteiro de Obra 9
7.6. Locação da Obra 9
7.7. Ligação Provisória de Água 9
7.8. Ligação Provisória de Luz 10
7.9. Tapume e Portão da Obra 11
8. PROJETO ESTRUTURAL 12
8.1. Normas técnicas utilizadas 13
8.2. Vida útil de projeto 13
8.3. Infraestrutura 14
8.3.1. Estacas 14
8.3.2. Blocos de Coroamento 16
8.3.3. Vigas baldrames 25
8.4. Superestrutura 34
8.4.1. Pilares, Vigas e Lajes 34
8.4.2. Escadas 37
8.4.3. Alvenaria de embasamento 39
8.4.7. Revestimento das Paredes e Tetos 46
8.4.8. Revestimentos dos Pisos 51
8.4.9. Pintura 54
1. DESCRIÇÃO TÉCNICA

OBRA: Construção de Edifício Residencial Multifamiliar de 4 Pavimentos


LOCAL: Rua São Judas Tadeus, Cruzeiro, Itajubá, MG
ÁREA A CONSTRUIR: 1.240,79 m²
PROPRIETÁRIOS:
Ana Clara Monteiro de Siqueira - 2019015745
Betsabet Sulamita Roque Sullca - 2019010257
Lucas Vicentini dos Santos - 2019009588
Rafael Augusto Marques Machado - 2021000300
Vitor Mota dos Santos - 2019002086

2. OBJETIVOS

O propósito deste documento descritivo é quantificar e classificar os materiais e


métodos que serão utilizados na construção, determinar as características técnicas e fornecer
orientações durante o planejamento e execução das obras e serviços definidos.

3. ESPECIFICAÇÕES

Para uma execução adequada dos serviços e obras, é imprescindível a estrita


observância aos projetos e memoriais descritivos componentes e específicos. Ao final da obra,
o executor deverá fornecer à Prefeitura Municipal de Itajubá - MG os desenhos atualizados de
quaisquer elementos que tenham sofrido alterações durante a execução, desde que as mesmas
tenham sido autorizadas pelo responsável técnico

4. NORMAS TÉCNICAS

Todos os serviços relacionados à obra em questão devem ser executados em


conformidade com as Normas da ABNT vigentes, bem como com as normas das
concessionárias locais. É importante ressaltar que a fiscalização tem o direito de rejeitar
qualquer serviço que não atenda aos critérios estabelecidos. Portanto a segue a lista de NBR
utilizada para confecção do Edifício:
● NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto - Procedimento;
● NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos;
● NBR 10821 - Esquadrias externas para edificações;
● NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão;
● NBR 15575 - Edificações habitacionais — Desempenho Parte 1: Requisitos
gerais;
● NBR 5626 - Instalação predial de água fria;
● NBR 8160 - Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução\
● NBR 14432 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de
edificações - Procedimento

5. GENERALIDADES

Este documento descreve as obras necessárias para a construção do Edifício


Horizonte, localizado com na Rua São Judas Tadeu, nº 94, no bairro do Cruzeiro em
Itajubá/MG. As atividades a serem realizadas incluem escavações, preparação da
infraestrutura, construção da superestrutura, alvenaria, impermeabilização, instalações
elétricas, hidrossanitárias e pluviais, cobertura, revestimentos, esquadrias, pavimentação,
pintura e complementos. A obra será realizada por profissionais capacitados de acordo com as
normas técnicas aprovadas e reconhecidas.
Os materiais utilizados devem ser de alta qualidade e atender aos requisitos
especificados pelos órgãos regulamentadores Brasileiros. Materiais que possuam
características e propriedades similares aos especificados serão considerados equivalentes,
mas a contratada deve comprovar isso por meio de uma instituição confiável.
Todos os materiais a serem usados na construção devem ser submetidos à fiscalização
para aprovação e análise por meio de amostras múltiplas. Se a utilização for vetada, a
contratada deve substituí-lo sem afetar o cronograma estabelecido, e as despesas serão de sua
responsabilidade.
A contratada deve realizar um rigoroso controle tecnológico dos materiais utilizados
na obra e verificar os elementos da construção ou serviço que foram impermeabilizados para
garantir a qualidade adequada.
Impostos federais, estaduais ou municipais, taxa de seguro, responsabilidade civil e
outros contratos devem estar incluídos nos preços apresentados pela contratada. Multas
impostas pela fiscalização ao contratado decorrentes de violações cometidas pela empresa
durante a execução dos serviços serão de responsabilidade da construtora.
A obra deve ser supervisionada por um encarregado da contratada, que será
responsável pelos trabalhadores, exceto pelos engenheiros ou titulares da empresa, e será a
única pessoa autorizada a estabelecer contato com a fiscalização.
A construtora é responsável pelo projeto e execução dos galpões, depósitos e barracões
necessários para a obra, e essas instalações devem ser aprovadas pela fiscalização do CREA e
do Município. As despesas para a instalação e manutenção dessas instalações são de
responsabilidade da construtora.

6. SERVIÇOS TÉCNICOS PROFISSIONAIS

Para garantir a qualidade e segurança da obra, a empresa executora deverá manter um


profissional qualificado, seja um Engenheiro Civil ou Arquiteto, como Responsável Técnico
pela execução. Esse profissional deverá acompanhar de forma permanente todo o processo,
desde o início até a conclusão da obra.
Para iniciar a construção, alguns procedimentos são obrigatórios e devem ser
providenciados pela empresa, como a ART de execução, que deve estar vinculada às ARTs de
projeto. Além disso, um Diário de obra deve ser mantido com anotações diárias sobre os
serviços executados, para documentar todas as etapas da construção.
Outra medida importante é a matrícula da obra no CNO (Cadastro Nacional de Obras),
que funciona como um sistema de registro para obras em todo o território nacional. Esse
registro é obrigatório e facilita o acompanhamento e fiscalização da obra pelos órgãos
competentes. Com essas medidas, a empresa pode garantir que a obra esteja em conformidade
com as normas e regulamentações vigentes.
Assim os serviços técnicos profissionais garantem a funcionalidade, segurança e
eficiência do empreendimento. Desde a concepção até a conclusão da obra, é fundamental
seguir rigorosamente o projeto arquitetônico da edificação, assim como os projetos
complementares que abrangem áreas específicas (projeto estrutural, projetos de instalações
elétricas e hidrosanitárias, projeto de prevenção e combate a incêndios).

7. SERVIÇOS PRELIMINARES

7.1. Placa de Obra

Durante sua execução, toda obra, serviço ou instalação feitos por profissionais da área
tecnológica devem ter uma placa de identificação. A placa tem o objetivo de informar à
sociedade que os serviços foram executados por profissionais tecnicamente capacitados e
legalmente habilitados. A obrigação de colocar a placa é determinada pelo artigo 16 da Lei
Federal nº 5.194/66 e também ajuda a promover a valorização profissional, possibilitando a
divulgação do trabalho do especialista responsável. A placa deve ser visível e legível do lado
da via pública, mas as dimensões e o material são escolha do profissional, desde que cumpram
essas condições.
7.2. Limpeza e Preparo da Área

Inicialmente as vegetações indesejadas, como gramas, arbustos e pequenas árvores,


serão removidas com a utilização de equipamentos adequados, como roçadeiras, cortadores de
grama e motosserras. Os profissionais responsáveis pela limpeza realizarão o corte da
vegetação próxima ao solo, garantindo a retirada completa das plantas.
Em seguida, será feita uma limpeza manual superficial para remover pedras, madeiras,
plásticos e outros resíduos que possam estar espalhados pelo terreno. Equipes especializadas
utilizarão ferramentas apropriadas, como pás, vassouras e carrinhos de mão, para recolher e
empilhar os detritos em locais designados para posterior descarte.
Durante toda a obra, será realizada uma limpeza periódica para remover quaisquer
entulhos e detritos que possam acumular-se no terreno. Além disso, todos os resíduos gerados
pela limpeza serão transportados e descartados corretamente em áreas autorizadas, seguindo
as normas ambientais vigentes. A garantia de uma área limpa e segura é fundamental para o
sucesso da obra, bem como para a preservação do meio ambiente.
7.3. Sondagem do Terreno

Para garantir uma avaliação precisa do terreno, será contratada uma equipe
especializada em sondagens. Essa equipe será responsável por fazer um estudo detalhado do
solo, identificando sua composição e características geológicas. Com as informações
coletadas, será possível determinar a estabilidade do terreno e definir as melhores técnicas de
construção e fundação para o empreendimento. Essa etapa é crucial para garantir a segurança,
qualidade e a durabilidade da obra.
O tipo de sondagem escolhido é o SPT, e segundo segundo a NBR 8036:1983 a
quantidade de furos de sondagem é determinada de acordo com o tamanho do terreno.
Seguindo as recomendações da norma, o número mínimo de furos para terrenos de até 1.200
m² é de 1 furo para cada 200 m², desta forma, como o terreno para execução dessa obra é de
625 m², optou-se por executar 4 furos.
Quanto à profundidade dos furos, foram seguidas as recomendações da NBR 6484,
que determina que estas deverão prever o mínimo de 15 m abaixo do nível do terreno natural.
Ainda, no mínimo, 33% dos furos de cada unidade deverão atingir o impenetrável ou o limite
máximo de 25 m. Portanto, determinou-se que dos 4 furos totais, 2 furos terão 15 m de
profundidade e 2 furos terão 25 m de profundidade, totalizando 80,00 m.
Caso o terreno apresenta passagem de um corpo hídrico, sugere-se que a sondagem
atinja uma profundidade mínima de 2 a 3 metros abaixo do nível do lençol freático, a fim de
obter informações adequadas sobre a capacidade de carga e a estabilidade do solo. Essa
profundidade permite a identificação de camadas de solo mais resistentes e a avaliação dos
possíveis efeitos da água no desempenho das fundações.

7.4. Escavações

Para a execução das fundações, serão utilizadas escavações mecânicas, enquanto as


escavações manuais serão destinadas à instalação de tubulações de água e esgoto. Qualquer
material resultante dessa atividade, conhecido como “entulho”, será retirado da Unidade, a
menos que possa ser aproveitado para aterro ou reaterro, dependendo de suas características.
Neste caso, o material reaproveitável será colocado em áreas próximas à obra para uma
utilização mais eficiente.
7.5. Instalação do Canteiro de Obra

Serão utilizados para escritório, refeitório, vestiário e banheiros container. Estes


equipamentos serão alugados pela AFA Locações para serem utilizados como estruturas
temporárias durante o período necessário de execução do projeto. Além disso, a utilização de
materiais metálicos e o tratamento termoacústico, implementado a cada um deles pela própria
fornecedora, confere maior durabilidade e resistência aos abrigos, tornando-os ideais para
suportar as condições climáticas e ambientais a que possam ser expostos.
Quanto ao almoxarifado, e abrigo dos insumos de aço, da madeira e do cimento serão
utilizados abrigos de madeira com telha de fibrocimento.

7.6. Locação da Obra

Para garantir a precisão na construção, será utilizada a técnica de locação da obra por
meio de gabarito de tabuas corridas pontaletadas, devidamente esquadrejado e nivelado. Esse
procedimento permitirá a marcação exata dos pontos de apoio da estrutura, seguindo a planta
de locação do projeto estrutural, tanto em termos de nível quanto de distâncias. Dessa forma, a
execução da obra será feita de maneira segura e eficiente, atendendo aos padrões de qualidade
e segurança exigidos. É importante ressaltar que o gabarito deve ser verificado e ajustado
regularmente, a fim de garantir que a construção esteja seguindo o planejamento estabelecido.

7.7. Ligação Provisória de Água

A ligação provisória de água deve atender às exigências da COPASA, sendo


responsabilidade da construtora construir previamente a mureta e deixar cortado o nicho e as
aberturas até o piso para embutir as duas pernas do Conjunto de Ligação, conforme a Figura
1. O custo do consumo mensal até a entrega da obra também é de responsabilidade da
construtora. Na entrega da obra, a mesma deve solicitar o desligamento.
Figura 1: Mureta para ligação de água
Fonte: Cartilha ligação de água COPASA

7.8. Ligação Provisória de Luz

A ligação provisória de energia elétrica ao canteiro deve atender às exigências da


concessionária local (CEMIG), assim como apresentado nas Figuras 2 e 3. O custo do
consumo mensal de energia até a ligação definitiva e entrega da obra é de responsabilidade da
construtora.
Assim a construtora deve fornecer e custear as instalações sanitárias provisórias da
obra.

Figura 2: Instalação elétrica residencial


Fonte: Notas de Aula Prof. Aldo Arouca (Canteiro de Obras)

Figura 3: Instalação provisória no canteiro de obras


Fonte: Notas de Aula Prof. Aldo Arouca (Canteiro de Obras)

7.9. Tapume e Portão da Obra

A Norma Regulamentadora NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na


Indústria da Construção estabelece requisitos específicos para os tapumes, como sua
resistência e altura mínima. Conforme a norma, os tapumes devem ser robustos e apresentar
uma altura mínima de 2,20 metros em relação ao nível do terreno. Além disso, quando a
distância entre a demolição e o alinhamento do terreno for inferior a 3,00 metros, é necessário
instalar um tapume ao longo do alinhamento para garantir a segurança adequada.
Os tapumes de madeira foram selecionados para serem utilizados na obra, devido aos
benefícios que oferecem, desempenhando um papel crucial na proteção e delimitação do
entorno da construção. Eles garantem a segurança do local, evitando a entrada de pessoas e
animais não autorizados. Além disso, os tapumes de metal são conhecidos por sua grande
resistência, proporcionando uma barreira física sólida e durável.
Uma vantagem adicional dos tapumes de madeira é a capacidade de reutilização. Após
o término da obra, eles podem ser desmontados e reaproveitados em outros projetos de
construção. Isso não apenas reduz os custos de materiais, mas também tem um impacto
positivo no aspecto sustentável da obra, ao minimizar o desperdício e a necessidade de
descarte.
Figura 4: Tapume de madeira
Fonte: escolaengenharia.com.br/tapume/

Um portão para tapume de madeira é uma opção comumente utilizada para permitir o
acesso controlado ao canteiro de obras cercado pelo tapume. Assim como o tapume em si, o
portão é feito de material madeira compensada. Esses materiais proporcionam segurança
adicional ao acesso do canteiro de obras, além da possibilidade de reciclagem para uso futuro.
O tamanho e a largura do portão devem ser adequados para permitir a entrada e saída de
veículos e equipamentos necessários para a obra. Considerando a largura média de um
caminhão de 2,5m, o portão principal dimensionado terá 4m, sendo 2 folhas de 2m cada. Essa
largura permite que os caminhões entrem e saiam do canteiro de obras com facilidade, sem
restrições de espaço.

8. PROJETO ESTRUTURAL

O projeto estrutural de um edifício é uma etapa fundamental no processo de


construção, responsável por definir a segurança, estabilidade e durabilidade da estrutura.
Trata-se de um conjunto de análises, cálculos e especificações técnicas que visam garantir a
integridade do edifício, suportando as cargas atuantes e considerando fatores como resistência
dos materiais, dimensionamento adequado dos elementos estruturais e prevenção de possíveis
patologias. Vale ressaltar que até o momento presente do projeto, foi realizado apenas o
pré-dimensionamento da infraestrutura do edifício, estabelecendo valores aproximados das
dimensões e características dos elementos estruturais e sistemas. Estudos e refinamentos
detalhados serão realizados posteriormente para garantir um projeto completo e adequado.

8.1. Normas técnicas utilizadas

A existência de normas técnicas para o desenvolvimento do projeto estrutural de um


edifício é crucial, pois essas normas estabelecem critérios e requisitos que garantem a
segurança, a qualidade e a durabilidade da construção. Elas orientam o dimensionamento dos
elementos estruturais, estabelecem padrões de qualidade e desempenho, além de serem
atualizadas regularmente para incorporar avanços tecnológicos e melhores práticas da
engenharia. Ao seguir essas normas, os profissionais asseguram a integridade da estrutura e
promovem a confiança dos usuários no edifício.

Tabela 1: Resumo da Normas utilizadas para projeto estrutural


ABNT NBR 5674:2012 Manutenção de edificações
ABNT NBR 6118:2014 Projeto de estruturas de concreto – Procedimento

ABNT NBR 6120:1980 Cargas para o cálculo de estruturas de edificações


ABNT NBR 6123:1988 Forças devidas ao vento em edificações
ABNT NBR 8681:2003 Ações e segurança nas estruturas – Procedimento
ABNT NBR 14432:2001 Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações
ABNT NBR 15200:2012 Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio
ABNT NBR 15421:2006 Projeto de Estruturas Resistentes a Sismos – Procedimento
ABNT NBR 15575:2013 Coletânea de Normas Técnicas - Edificações Habitacionais – Desempenho
Fonte: Autoria própria

8.2. Vida útil de projeto

Conforme prescrição da NBR 15575-2 Edificações habitacionais - Desempenho Parte


2: Requisitos para os sistemas estruturais, a Vida Útil de Projeto dos sistemas estruturais
executados com base neste projeto é estabelecida em 50 anos. Entende-se por Vida Útil de
Projeto, o período estimado de tempo para o qual este sistema estrutural está sendo projetado,
a fim de atender aos requisitos de desempenho da NBR 15575-2.
Foram considerados e atendidos neste projeto os requisitos das normas pertinentes e
aplicáveis a estruturas de concreto, o atual estágio do conhecimento no momento da
elaboração do mesmo, bem como as condições do entorno, ambientais e de vizinhança desta
edificação, no momento das definições dos critérios de projeto.

8.3. Infraestrutura

A infraestrutura do edifício é composta pela fundação do edifício sendo dividida em 3


grandes elementos estruturais: estacas, blocos de coroamento e vigas baldrames.

8.3.1. Estacas

Considerando as características do terreno e visando garantir a segurança do


empreendimento, foi decidido utilizar fundações do tipo indireta. Sendo que o modelo
utilizado para as mesmas serão estacas pré-fabricadas em concreto armado, ou seja não
moldadas "in loco", conforme indicado no projeto de fundações. As especificações e
profundidades das estacas serão determinadas com base nos desenhos, nas especificações do
projeto de fundações e nos resultados de sondagens realizadas anteriormente, em
conformidade com a norma NBR 6122, NBR 12131 e NR-18, possuindo o concreto de tais
estacas Fck de 30 MPa.

Figura 5: Estacas pré-fabricadas de concreto


Fonte: SOTEF engenharia

De acordo com o dimensionamento das estacas, temos o número de estacas necessárias


divididas por pilares que a mesma servirá de base, além das dimensões de tais elementos
estruturais sendo que tais valores seguem no apêndice A.
Assim a quantidade de estacas e as dimensões das mesmas segue abaixo
● 64 Estacas pré-fabricadas de concreto armado, diâmetro equivalente 25 cm,
para uma carga axial de 125 t, com ponteira normal no extremo com 600 cm de
altura
● 26 Estacas pré-fabricadas de concreto armado, diâmetro equivalente 35 cm,
para uma carga axial de 125 t, com ponteira normal no extremo com 600 cm de
altura
● 4 Estacas pré-fabricadas de concreto armado, diâmetro equivalente 40 cm, para
uma carga axial de 125 t, com ponteira normal no extremo com 600 cm de
altura
E a localização de tais estacas presente na planta de forma do projeto de fundações.

8.3.1.1. Armadura

A armadura presentes nas estacas pré-fabricadas de concreto armadura, serão


compostas por barras de aço CA-50 de 10 mm de diâmetro e espaçamentos de 150
mm.

8.3.1.2. Concreto tipo, FCK e abatimento

O Fck do concreto utilizado nas estacas pré-fabricadas deverá possuir uma resistência
ter uma resistência à compressão de 30 MPa, sendo que para este projeto serão utilizadas
estacas de concreto armado, com abatimento máximo de 5 cm.

8.3.1.3. Corte da estaca


Essa etapa envolve a remoção da parte superior da estaca para garantir a superfície
plana e nivelada necessária para a construção da estrutura acima, garantido que a carga do
bloco de coroamento seja transferida a estaca corretamente.

8.3.1.4. Procedimento Executivo

Devido ao fato de estacas utilizadas na fundação do edifício serem pré-fabricadas as


etapas de execução de tais elementos consistem em 3 etapas, descritas a seguir:
a) As estacas são cravadas no solo com o auxílio de uma Torre-guia hidráulica, de
9 t, para cravação de estacas pré-fabricadas
b) Como mencionado anteriormente é realizado o corte da cabeça das estacas.
c) As estacas devem estar bem alinhadas e aprumadas, além de presença de guias
que impeçam o seu desvio
d) Estacas que desviarem mais que ⅕ de seu diâmetro em relação ao seu eixo
devem ser retiradas. O espaço mínimo entre os eixos das estacas deve ser igual
a 2,5 vezes o seu diâmetro.

8.3.2. Blocos de Coroamento

No que se refere às estacas, é necessário construir blocos de coroamento sobre elas.


Esses blocos são confeccionados utilizando concreto armado com uma resistência
característica à compressão (Fck) de 30 MPa. As dimensões e a disposição da armadura
necessárias para os blocos estão definidas no projeto de fundações. Antes de executar os
blocos, é fundamental realizar o nivelamento das cabeças das estacas, removendo camadas
contaminadas e criando uma superfície adequada para a aderência entre os elementos
estruturais.
Além disso, é importante mencionar que, durante a construção dos blocos, será
aplicada uma camada de brita com uma espessura de 5 cm. Essa camada de brita tem a
finalidade de fornecer uma base estável e uniforme para os blocos de coroamento,
contribuindo para a distribuição eficiente das cargas e evitando problemas relacionados à
compactação do solo. Essas precauções adicionais garantem a estabilidade e a eficácia do
sistema de fundação do edifício.

Figura 5: Blocos de coroamento


Fonte: CarLuc engenharia

Assim, para o edifício dimensionado foram construídos 38 blocos de coroamento de


concreto armado, sendo que para a construção de tais blocos foram utilizados 25 m³ de
concreto e 1,3 m³ de aço CA-50, assim a tabela com as dimensões dos blocos está inserida no
Apêndice A, a localização desses blocos pode ser vista também no anexo A. A seguir estão
descritas todas as etapas do processo executivo dos blocos do edificio

8.3.2.1. Escavação manual

Devido ao fato de ser uma obra de pequeno porte, e o solo de solo de 1ª categoria, a
escavação pode ser realizada manualmente pelo pelo servente, devido ao fato de a
profundidade do bloco não passar de 2 metros.
Considera-se escavação em situação de escoramento e material depositado ao lado da
vala; os coeficientes de consumo não incluem o transporte do material escavado e o
escoramento da vala. Escavação de material de 1ª categoria (qualquer tipo de solo, exceto
rocha) executada manualmente.Em presença de água, considera aumento nos coeficientes de
consumo de até 20%. O critério de medição para esse serviço foi o volume medido de corte.
O procedimento executivo consiste no escoramento para contenção das paredes da
vala escavada. Por fim as normas técnicas utilizadas para esse serviço foram:
NBR 12266 - Projeto e execução de vaias para assentamento de tubulação de água,
esgoto ou drenagem urbana;
NR-18- Condiçõesemeioambientedetrabalhonaindústriadaconstrução-18.13 - Medidas
de proteção contra quedas de altura;
NBR 9061 - Segurança de escavação a céu aberto

8.3.2.2. Apiloamento de fundo de vala

O apiloamento do fundo da vala deverá ser realizado golpeando-se em média de 30 a


50 vezes por metro quadrado, a uma altura média de 50 cm, utilizando um soquete de até 30
kg de madeira de formato quadrado, com dimensões variáveis entre 20 cm e 30 cm de base, e
espessura de 2" ou 3", com cabo encaixado no mesmo.
Considera-se mão-de-obra para lançamento e apiloamento de solo em fundo de valas
com soquete ou maço. Já o critério de medição deste serviço consiste na área do fundo da vala
apiloada. O apiloamento do fundo da vala deverá ser realizado golpeando-se em média de 30
a 50 vezes por metro quadrado, a uma altura média de queda de 50 cm.
Soquete ou maço: pedaço de madeira de formato quadrado ou retangular, com
dimensões variáveis entre 20cm e 30cm de base, e espessura de 2" ou 3", com cabo encaixado
no mesmo. As normas utilizada para este serviço estão descritas abaixo:
● NBR 12266 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubjlação de
água, esgoto ou drenagem urbana;
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção -
18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura;
● NBR 9061 - Segurança de escavação a céu aberto;

8.3.2.3. Lastro de Brita


A etapa de execução do lastro de brita 3 e 4, com 5 centímetros de espessura em
blocos de coroamento inclui o seguinte processo:
1. Preparação da base nivelada e compactada.
2. Espalhamento uniforme do lastro de brita 3 ou 4 sobre a base.
3. Compactação do lastro para garantir estabilidade.
4. Verificação do nivelamento da superfície.
5. Realização de testes de controle de compactação.
Essas etapas são fundamentais para garantir uma base sólida e estável para os blocos
de coroamento. Sendo que para esse serviço a utilizado Brita 3 e 4, e o critério de medição
deste serviço é o volume de Lastro

8.3.2.4. Formas

As formas dos blocos de coroamento serão produzidas no canteiro utilizando os


seguintes materiais:
❖ Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3mm / diâmetro da
cabeça: 3,0 mm)
❖ Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm/ largura: 300 mm)
❖ Tábua 1" x 12" (espessura: 25 mm/ largura: 300 mm)
❖ Desmoldante de fôrmas para concreto
❖ Barra de aço CA-50 3/8" (bitola: 10,00 mm/ massa linear: 0,617 kg/m)
❖ Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da
cabeça: 3,0 mm)
Considera-se material e mão-de-obra para fabricação, montagem (inclusive de
travamentos) e desenforma.
Discriminação dos coeficientes de mão-de-obra por metro quadrado de fôrma:
- Fabricação para um aproveitamento: carpinteiro: 2,05 h / ajudante: 0,512 h;
- Fabricação para três aproveitamentos: carpinteiro: 0,683 h / ajudante: 0,171 h;
- Fabricação para cinco aproveitamentos: carpinteiro: 0,410 h / ajudante: 0,102 h;
- Montagem: carpinteiro: 0,806 h / ajudante: 0,202 h;
- Desmontagem: carpinteiro: 0,346 h / ajudante: 0,086 h.
Esse(s) insumo(s) tem seus componentes explícitos na "composição detalhada
incluindo a produção de insumos".
O critério de medição é a área desenvolvida na planta de fôrmas (superfície da fôrma
em contato com o concreto). As tábuas devem ser colocadas com o lado do cerne para o
interior das fôrmas. As juntas entre as tábuas devem ser bem fechadas, para impedir o
vazamento da nata de cimento. Os sarrafos são utilizados para fazer o travamento da
fôrma.Pouco antes da concretagem, escovar e molhar as fôrmas no lado interno. Desenforma:
utilizar cunhas de madeira e agente desmoldante (aplicado uma hora antes da concretagem).
Evitar a utilização de pé-de-cabra. As normas utilizadas para elaboração desse serviço são:
● NBR 11700 - Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento
para uso geral
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
-18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada
Para Procedimento Executivo, consultar também a seguinte literatura:
● A Técnica de Edificar, item 6.1.9.2.1.

8.3.2.5. Armadura

A armadura dos blocos será constituída de aço para estruturas em geral, CA-50, com
diâmetro até 10,0 mm, corte e dobra industrial, fora da obra. sendo que os seguintes materiais
serão utilizados nessa etapa:
❖ Espaçador circular de plástico para pilares, fundo e laterais de vigas, lajes,
pisos e estacas (cobrimento: 30 mm);
❖ Barra de aço CA-50 3/8" (bitola: 10,00 mm/ massa linear: 0,617 kg/m);
❖ Arame recozido (diâmetro do fio: 1,25 mm/ bitola: 18 BWG);

Considera-se corte, soldagem e dobra de aço feito por empresa especializada, fora da
obra. A montagem da armação nas fôrmas é por conta da obra. Para essa composição,
admitiu-se uma perda no consumo do aço de 5% por já ser cortado e dobrado industrialmente,
embora, dependendo do grau de organização do canteiro e controle sobre os materiais, essas
perdas possam variar de 0% a 10%. Já o critério de medição será em massa obtido pelo
levantamento em projeto de armação. O procedimento executivo consistem em executar o
dobramento das barras em bancada, com comprimento suficiente para barras maiores,
conforme disposição de espaço no canteiro da obra.Obedecer rigorosamente ao projeto, limpar
as barras de aço, removendo qualquer substância prejudicial à aderência do concreto, remover
também as crostas da ferragem e ferrugem. Segundo pesquisa de mercado, os diâmetros de 8,0
mm, 10,0 mm e 20,0 mm são as bitolas mais comercializadas do aço CA-50.
As normas utilizadas para esse serviço seguem abaixo:
● NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto
● NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado -
Especificação (váüda a partir de 03/03/2008)
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
-18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura
Para Procedimento Executivo, consultar também a seguinte literatura:
● A Técnica de Edificar, item 6.1.3.2.

8.3.2.6. Concreto tipo, FCK e abatimento

Para este serviço foi utilizado concreto usinado bombeavel, com Fck de 30 MPa e
classe de agressividade de resistência C30, com brita 0 e 1 sendo que o resultado do slump é
de 190mm tem uma margem de erro de 20 mm para cima ou para baixo, excluindo o serviço
de bombeamento na NBR 8953, não sendo necessário realização de mistura, o critério de
medição é o volume de concreto.
Realizar ensaios de resistência dos dos corpos-de-prova com idade de sete dias. A
resistência alcançada deve ser maior que 60% da resistência característica exigida pelo projeto
aos 28 dias.
Normas técnicas:
● NBR 5738 - Concreto - Procedimento para moldagem e cura de
corpos-de-prova;
● NBR NM67 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do
tronco de cone NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção -18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 8953 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de
resistência
Para Procedimento Executivo, consultar também a seguinte literatura:
● A Técnica de Edificar, item 6.1.11.
● Caderno de Encargos, item P-05.CON1.

8.3.2.7. Transporte e adensamento

Utilizando o concreto anteriormente utilizado realizou-se a locomoção (transporte) e


adensamento do mesmo utilizando o vibrado especificado abaixo:

❖ VIBRADOR de imersão, elétrico, potência 1 HP (0,75 kW) - vida útil 20.000 h

Consideram-se mão-de-obra e equipamento necessários para o transporte, lançamento,


adensamento e acabamento do concreto aplicado em fundações do tipo viga baldrame. Sendo
o transporte feito com carrinho-de-mão. Estima-se que o consumo de mão-de-obra para o caso
de fundações seja bem superior ao da concretagem em estruturas devido à dificuldade de
acesso entre uma viga de fundação e outra, normalmente os terrenos estão com lama, o
caminho é precário e o volume concretado é pequeno em relação à concretagem de um
pavimento (laje+viga).
O critério de medição para este serviço foi o volume calculado em plantas de fôrmas
computando uma só vez o volume referente à intersecção de vigas, blocos de fundação,
sapatas e estacas.
O procedimento executivo desta etapa deve ser executado rigorosamente e este
descrito abaixo:
1) Observar se as juntas entre as fôrmas estão bem vedadas para evitar o vazamento
da nata de cimento.
2) TRANSPORTE: deverá ser feito de modo a evitar a segregação. Utilizar carrinhos
de mão (com pneus de borracha) somente para pequenas distâncias. Prever rampas de acesso
às formas. Iniciar a concretagem pela parte mais distante.
3) LANÇAMENTO: deverá ser feito logo após o amassamento, nas fôrmas
previamente molhadas. Em nenhuma hipótese lançar o concreto com pega já iniciada. A altura
de lançamento não pode ultrapassar, conforme as normas, 2 m. Nas peças com altura maiores
que 3 m, o lançamento do concreto deve ser feito em etapas, por janelas abertas na parte
lateral das fôrmas. Em alturas de quedas maiores, usar tubos, calhas ou trombas.
4) ADENSAMENTO / VIBRAÇÃO: começar a vibrar logo após o lançamento. Evitar
vibrar a menos de 10 cm da parede da fôrma. A profundidade de vibração não deve ser maior
do que o comprimento da agulha de vibração. Evitar vibrar além do tempo recomendado para
que o concreto não desande. O processo de vibração deve ser cuidadoso, introduzindo e
retirando a agulha, de forma que a cavidade formada se feche naturalmente. Várias incisões,
mais próximas e por menos tempo, produzem melhores resultados.
5) ACABAMENTO: sarrafear a superfície de lajes e vigas com uma régua de alumínio
posicionada entre as taliscas e desempenar com desempenadeira de madeira, formando as
guias e mestras de concretagem. Em seguida, deve-se verificar o nível das mestras com
aparelho de nível, remover as taliscas, sarrafear o concreto entre as mestras e executar o
acabamento final com desempenadeira de madeira.
6) CURA: deve ser iniciada assim que terminar a concretagem, mantendo o concreto
úmido por, pelo menos, 7 dias. Molhar as fôrmas no caso de pilares e vigas. Cobrir a
superfície concretada com material que possa manter-se úmido (areia, serragem, sacos de
pano ou de papel, etc.). Proteger a área concretada do sol e do vento até a desforma.
As normas técnicas para esta etapa estão descritas abaixo:
● NBR 5738 Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova
● NBR 12654 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto
● NBR 12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento -
Procedimento
● NBR 6118 • Projeto de estruturas de concreto
● NBR NM 67 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de
cone NR18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção -18.13
• Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 8983 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência
Para procedimento executivo, consultar também a seguinte literatura:
● Caderno de Encargos, item P-05.C0N.1.

8.3.2.8. Pintura Asfáltica


A Pintura asfáltica do bloco de coroamento sujeito à umidade de solo, será feita tinta
asfáltica, especificada a seguir:


Figura 6:Neutrol 45 Tinta Betuminosa 18 Litros - 112134 - VEDACIT
Fonte: Magazine Luiza

O processo de aplicação de pintura asfáltica para impermeabilização em duas demãos


precisa ser realizada da seguinte forma:
Preparação da superfície: Certifique-se de que a superfície esteja limpa, seca e livre de
poeira, óleos ou outros contaminantes. Realize qualquer reparo necessário, como
preenchimento de rachaduras ou nivelamento de irregularidades.
Diluição: Caso necessário, dilua a pintura asfáltica de acordo com as instruções do
fabricante. Alguns produtos já vêm prontos para uso, enquanto outros podem exigir diluição
com solvente específico, em seguida aplica-se a primeira demão, espera–se o tempo de
secagem, depois a segunda demão e por fim o tempo de secagem final
É importante seguir as instruções específicas do fabricante quanto à diluição,
espessura da camada e tempo de secagem para obter a impermeabilização adequada. A pintura
asfáltica é utilizada para proteger superfícies contra a umidade, proporcionando uma barreira
impermeável e prolongando a vida útil das estruturas.
8.3.2.9. Reaterro manual

Considera-se mão-de-obra para lançamento do material e espalhamento do solo em


camadas, não inclusos compactação ou apiloamento. Em alguns casos pode haver a
necessidade de adquirir empréstimo de solo, não considerado nos coeficientes de insumo.
O critério de medição do serviço, volume medido no aterro. Para iniciar o aterro sempre no
ponto mais baixo, em camadas horizontais de 0,20 m a 0,40 m de espessura, superpostas.
Prever o caimento lateral ou longitudinal para rápido escoamento das águas pluviais, evitando
o acúmulo em qualquer ponto. Por fim as normas técnicas utilizadas foram
● NBR 12266 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água,
esgoto ou drenagem urbana
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção - 18.1 3 -
Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 9061 - Segurança de escavação a céu aberto

8.3.3. Vigas baldrames

A viga baldrame do edifício deve ser executada da seguinte maneira: primeiramente,


deve-se realizada a escavação do terreno conforme as dimensões e profundidade especificadas
no projeto. Em seguida, devem ser instaladas as formas de madeira ao longo do perímetro da
viga. A armadura de aço apresentada na figura 6, composta por barras de diâmetro de 10 e
estribos 5mm como determinadas determinadas no projeto, deve ser posicionada dentro das
formas, respeitando as coberturas de 4 cm. Em seguida, o concreto com resistência
característica à compressão (Fck = 30 MPa) devidamente definido deve ser despejado nas
formas, preenchendo completamente o espaço da viga. O concreto deve ser devidamente
adensado e nivelado para garantir uma distribuição uniforme. Após o período de cura
necessário, as formas devem ser removidas, revelando a viga baldrame pronta para suportar as
cargas e transmiti-las para as fundações do edifício.
Figura 7: Detalhamento da Viga Baldrame
Fonte: Autoria Própria; AutoCAD

8.3.3.1. Escavação manual

Devido ao fato de ser uma obra de pequeno porte, e o solo de solo de 1ª categoria, a
escavação pode ser realizada manualmente pelo pelo servente, devido ao fato de a
profundidade do bloco não passar de 2 metros.
Considera-se escavação em situação de escoramento e material depositado ao lado da
vala; os coeficientes de consumo não incluem o transporte do material escavado e o
escoramento da vala. Escavação de material de 1ª categoria (qualquer tipo de solo, exceto
rocha) executada manualmente.Em presença de água, considera aumento nos coeficientes de
consumo de até 20%. O critério de medição para esse serviço foi o volume medido de corte.
O procedimento executivo consiste no escoramento para contenção das paredes da
vala escavada. Por fim as normas técnicas utilizadas para esse serviço foram:
NBR 12266 - Projeto e execução de vaias para assentamento de tubulação de água,
esgoto ou drenagem urbana;
NR-18- Condiçõesemeioambientedetrabalhonaindústriadaconstrução-18.13 - Medidas
de proteção contra quedas de altura;
NBR 9061 - Segurança de escavação a céu aberto

8.3.3.2. Apiloamento

O apiloamento do fundo da vala deverá ser realizado golpeando-se em média de 30 a


50 vezes por metro quadrado, a uma altura média de 50 cm, utilizando um soquete de até 30
kg de madeira de formato quadrado, com dimensões variáveis entre 20 cm e 30 cm de base, e
espessura de 2" ou 3", com cabo encaixado no mesmo.
Considera-se mão-de-obra para lançamento e apiloamento de solo em fundo de valas
com soquete ou maço. Já o critério de medição deste serviço consiste na área do fundo da vala
apiloada. O apiloamento do fundo da vala deverá ser realizado golpeando-se em média de 30
a 50 vezes por metro quadrado, a uma altura média de queda de 50 cm.
Soquete ou maço: pedaço de madeira de formato quadrado ou retangular, com
dimensões variáveis entre 20cm e 30cm de base, e espessura de 2" ou 3", com cabo encaixado
no mesmo. As normas utilizada para este serviço estão descritas abaixo:
● NBR 12266 - Projeto e execução de valas para assentamento de tubjlação de
água, esgoto ou drenagem urbana;
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção -
18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura;
● NBR 9061 - Segurança de escavação a céu aberto;

8.3.3.3. Lastro de concreto

O lastro da viga baldrame é executado semelhante ao lastro de brita descrito no item


7.3.2.3, possuindo para esse caso os mesmos 5 cm de espessura entretanto para este lastro será
o seguinte concreto específico:
❖ CONCRETO USINADO CONVENCIONAL (NÃO BOMBEAVEL) CLASSE DE
RESISTÊNCIA C10 COM BRITA 1 E 2, SLUMP = 80 MM +/- 10 MM (NBR 8953)
8.3.3.4. Formas

As formas das vigas baldrames serão feitas na obra, com chapa compensada
plastificada, com espessura de 12 mm sendo possível utilizá-la mais uma vez em outra forma.
sendo que os materiais utilizados montagem de tais formas estão descritos abaixo:
❖ Chapa compensada plastificada (espessura de 12mm)
❖ Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3mm / diâmetro da cabeça: 3,0
mm)
❖ Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm/ largura: 300 mm)
❖ Tábua 1" x 6" (espessura: 25 mm/ largura: 150 mm)
❖ Desmoldante de fôrmas para concreto
❖ Prego 17 x 27 com cabeça (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça: 3,0
mm)
Considera-se material e mão-de-obra para fabricação, montagem (inclusive de
travamentos) e desenforma.
Discriminação dos coeficientes de mão-de-obra por metro quadrado de fôrma:
- fabricação para um aproveitamento: carpinteiro: 2,05 h / ajudante: 0,512 h;
- fabricação para três aproveitamentos: carpinteiro: 0,683 h / ajudante: 0,171 h;
- fabricação para cinco aproveitamentos: carpinteiro: 0,410 h / ajudante: 0,102 h;
- montagem: carpinteiro: 0,806 h / ajudante: 0,202 h;
- desmontagem: carpinteiro: 0,346 h / ajudante: 0,086 h.
Esse(s) insumo(s) tem seus componentes explícitos na "composição detalhada
incluindo a produção de insumos".
O critério de medição é a área desenvolvida na planta de fôrmas (superfície da fôrma
em contato com o concreto). As tábuas devem ser colocadas com o lado do cerne para o
interior das fôrmas. As juntas entre as tábuas devem ser bem fechadas, para impedir o
vazamento da nata de cimento. Os sarrafos são utilizados para fazer o travamento da
fôrma.Pouco antes da concretagem, escovar e molhar as fôrmas no lado interno. Desenforma:
utilizar cunhas de madeira e agente desmoldante (aplicado uma hora antes da concretagem).
Evitar a utilização de pé-de-cabra. As normas utilizadas para elaboração desse serviço são:
● NBR 11700 - Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento
para uso geral
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
-18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada
Para Procedimento Executivo, consultar também a seguinte literatura:
● A Técnica de Edificar, item 6.1.9.2.1.

8.3.3.5. Armadura

A armadura dos blocos será constituída de aço para estruturas em geral, CA-50, com
diâmetro até 10,0 mm, corte e dobra industrial, fora da obra. sendo que os seguintes materiais
serão utilizados nessa etapa:
❖ Espaçador circular de plástico para pilares, fundo e laterais de vigas, lajes,
pisos e estacas (cobrimento: 30 mm);
❖ Barra de aço CA-50 3/8" (bitola: 10,00 mm/ massa linear: 0,617 kg/m);
❖ Arame recozido (diâmetro do fio: 1,25 mm/ bitola: 18 BWG);
Considera-se corte, soldagem e dobra de aço feito por empresa especializada, fora da
obra. A montagem da armação nas fôrmas é por conta da obra. Para essa composição,
admitiu-se uma perda no consumo do aço de 5% por já ser cortado e dobrado industrialmente,
embora, dependendo do grau de organização do canteiro e controle sobre os materiais, essas
perdas possam variar de 0% a 10%. Já o critério de medição será em massa obtido pelo
levantamento em projeto de armação. O procedimento executivo consistem em executar o
dobramento das barras em bancada, com comprimento suficiente para barras maiores,
conforme disposição de espaço no canteiro da obra.Obedecer rigorosamente ao projeto, limpar
as barras de aço, removendo qualquer substância prejudicial à aderência do concreto, remover
também as crostas da ferragem e ferrugem. Segundo pesquisa de mercado, os diâmetros de 8,0
mm, 10,0 mm e 20,0 mm são as bitolas mais comercializadas do aço CA-50.
As normas utilizadas para esse serviço seguem abaixo:
● NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto
● NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado -
Especificação (váüda a partir de 03/03/2008)
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
-18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura
Para Procedimento Executivo, consultar também a seguinte literatura:
● A Técnica de Edificar, item 6.1.3.2.

8.3.3.6. Concreto tipo, FCK e abatimento

Para este serviço foi utilizado concreto usinado bombeavel, com Fck de 30 MPa e
classe de agressividade de resistência C30, com brita 0 e 1 sendo que o resultado do slump é
de 190mm tem uma margem de erro de 20 mm para cima ou para baixo, excluindo o serviço
de bombeamento na NBR 8953, não sendo necessário realização de mistura, o critério de
medição é o volume de concreto.
Realizar ensaios de resistência dos dos corpos-de-prova com idade de sete dias. A
resistência alcançada deve ser maior que 60% da resistência característica exigida pelo projeto
aos 28 dias.
Normas técnicas:
● NBR 5738 - Concreto - Procedimento para moldagem e cura de
corpos-de-prova;
● NBR NM67 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do
tronco de cone NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção -18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 8953 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de
resistência
● Para Procedimento Executivo, consultar também a seguinte literatura:
● A Técnica de Edificar, item 6.1.11.
● Caderno de Encargos, item P-05.CON1.

8.3.3.7. Transporte e Adensamento

Utilizando o concreto anteriormente utilizado realizou-se a locomoção (transporte) e


adensamento do mesmo utilizando o vibrado especificado abaixo:

❖ VIBRADOR de imersão, elétrico, potência 1 HP (0,75 kW) - vida útil 20.000 h


Consideram-se mão-de-obra e equipamento necessários para o transporte, lançamento,
adensamento e acabamento do concreto aplicado em fundações do tipo viga baldrame. Sendo
o transporte feito com carrinho-de-mão. Estima-se que o consumo de mão-de-obra para o caso
de fundações seja bem superior ao da concretagem em estruturas devido à dificuldade de
acesso entre uma viga de fundação e outra, normalmente os terrenos estão com lama, o
caminho é precário e o volume concretado é pequeno em relação à concretagem de um
pavimento (laje+viga).
O critério de medição para este serviço foi o volume calculado em plantas de fôrmas
computando uma só vez o volume referente à intersecção de vigas, blocos de fundação,
sapatas e estacas.
O procedimento executivo desta etapa deve ser executado rigorosamente e este
descrito abaixo:
1) Observar se as juntas entre as fôrmas estão bem vedadas para evitar o vazamento
da nata de cimento.
2) TRANSPORTE: deverá ser feito de modo a evitar a segregação. Utilizar carrinhos
de mão (com pneus de borracha) somente para pequenas distâncias. Prever rampas de acesso
às formas. Iniciar a concretagem pela parte mais distante.
3) LANÇAMENTO: deverá ser feito logo após o amassamento, nas fôrmas
previamente molhadas. Em nenhuma hipótese lançar o concreto com pega já iniciada. A altura
de lançamento não pode ultrapassar, conforme as normas, 2 m. Nas peças com altura maiores
que 3 m, o lançamento do concreto deve ser feito em etapas, por janelas abertas na parte
lateral das fôrmas. Em alturas de quedas maiores, usar tubos, calhas ou trombas.
4) ADENSAMENTO / VIBRAÇÃO: começar a vibrar logo após o lançamento. Evitar
vibrar a menos de 10 cm da parede da fôrma. A profundidade de vibração não deve ser maior
do que o comprimento da agulha de vibração. Evitar vibrar além do tempo recomendado para
que o concreto não desande. O processo de vibração deve ser cuidadoso, introduzindo e
retirando a agulha, de forma que a cavidade formada se feche naturalmente. Várias incisões,
mais próximas e por menos tempo, produzem melhores resultados.
5) ACABAMENTO: sarrafear a superfície de lajes e vigas com uma régua de alumínio
posicionada entre as taliscas e desempenar com desempenadeira de madeira, formando as
guias e mestras de concretagem. Em seguida, deve-se verificar o nível das mestras com
aparelho de nível, remover as taliscas, sarrafear o concreto entre as mestras e executar o
acabamento final com desempenadeira de madeira.
6) CURA: deve ser iniciada assim que terminar a concretagem, mantendo o concreto
úmido por, pelo menos, 7 dias. Molhar as fôrmas no caso de pilares e vigas. Cobrir a
superfície concretada com material que possa manter-se úmido (areia, serragem, sacos de
pano ou de papel, etc.). Proteger a área concretada do sol e do vento até a desforma.
As normas técnicas para esta etapa estão descritas abaixo:
● NBR 5738 Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos-de-prova
● NBR 12654 - Controle tecnológico de materiais componentes do concreto
● NBR 12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo, controle e recebimento -
Procedimento
● NBR 6118 • Projeto de estruturas de concreto
● NBR NM 67 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de
cone NR18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção -18.13
• Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 8983 - Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência
Para procedimento executivo, consultar também a seguinte literatura:
● Caderno de Encargos, item P-05.C0N.1.

8.3.3.8. Impermeabilização com tinta Asfáltica

A impermeabilização das vigas baldrames no edifício foi realizada para proteger esses
elementos estruturais contra a umidade proveniente do solo. A seguir, está descrito o processo
de impermeabilização e os materiais utilizados:
- Preparação da superfície:Antes de iniciar o processo de impermeabilização, a
superfície das vigas baldrames será devidamente preparada. Será realizada a
remoção de qualquer sujeira, resíduos soltos ou partes danificadas. É
importante garantir que a superfície esteja limpa e uniforme para uma
aderência adequada do material impermeabilizante.
- Aplicação de argamassa de regularização:Após a preparação da superfície, será
aplicada uma camada de argamassa de regularização. Essa camada terá a
função de nivelar e regularizar a superfície das vigas baldrames, corrigindo
possíveis irregularidades e garantindo uma base adequada para a aplicação do
material impermeabilizante.
- Aplicação do material impermeabilizante: Foi aplicada uma pintura asfáltica de
alta resistência sobre a superfície das vigas baldrames. Essa manta é composta
por várias camadas de asfalto modificado e reforçado com materiais como
poliéster ou polietileno. Ela forma uma barreira impermeável, proporcionando
proteção eficaz contra a umidade proveniente do solo, a figura mostra a tinta
utilizada para esta etapa

Figura 8:Neutrol 45 Tinta Betuminosa 18 Litros - 112134 - VEDACIT


Fonte: Magazine Luiza

É importante ressaltar que o processo de impermeabilização das vigas baldrames foi


realizado por profissionais especializados e de acordo com as especificações técnicas e
normas vigentes. Além disso, o material impermeabilizante adequado levou-se em
consideração as condições específicas do local, como o tipo de solo presente em Itajubá, A
fim de garantir uma impermeabilização eficiente e duradoura.
8.4. Superestrutura

A superestrutura do edifício é a parte da estrutura acima do solo, composta por paredes


externas, pisos, lajes, vigas e pilares. Ela desempenha um papel fundamental no suporte do
peso do edifício, na distribuição adequada das cargas para as fundações e na garantia de
estabilidade e resistência para a edificação. É de extrema importância seguir rigorosamente
cada procedimento executivo para cada elemento da superestrutura, levando em consideração
os passos e elementos detalhados a seguir.

8.4.1. Pilares, Vigas e Lajes

8.4.1.1. Procedimento Executivo

Ao executar pilares, prever:


● Contraventamento em duas direções perpendiculares entre si, que devem estar
bem apoiados em estacas no terreno ou nas fôrmas da estrutura inferior. Se o
pilar for alto prever contraventamentos em dois ou mais pontos da altura. Em
contraventamentos longos, utilizar travessas com sarrafos para evitar
flambagem;
● Gravatas com dimensões e espaçamentos proporcionais às alturas e dimensões
dos pilares para que possam resistir ao empuxo lateral do concreto fresco.
Atentar para os espaçamentos na parte inferior dos pilares;
● Durante a concretagem verificar se os contraventamentos (escoras laterais
inclinadas) são suficientes para não sofrerem deslocamentos ou deformações
durante o lançamento do concreto;
● Janela na base dos pilares para facilitar a limpeza e a lavagem do fundo;
● Janelas intermediárias para concretagem em etapa em pilares altos.

Ao executar vigas e lajes, prever (conforme chapa compensada 12 mm, 1,10 m x


2,10m):
● Espaçamento entre caibros horizontais na laje que dependerá da espessura da
laje.
Exemplos:
- laje h = 8 cm, e = 55,0 cm;
- laje h = 10 cm, e = 44,0 cm;
- laje h = 15 cm, e= 36,6 cm.
● Gravatas das vigas dependerão das suas dimensões.
● Desenforma: utilizar cunhas de madeira e agente desmoldante (aplicado uma
hora antes da concretagem). Evitar a utilização de pé-de-cabra.
● Cuidados com a fôrma: o uso de vibrador com agulha revestida de borracha e o
uso de espaçadores na colocação de ferragem são indicados para não danificar
a superfície das chapas.

Os seguintes materiais serão utilizados nessa etapa:


❖ Prego 17 x 27 com cabeça dupla (comprimento: 62,1 mm / diâmetro da cabeça:
3.0 mm);
❖ Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 483 mm / diâmetro da cabeça: 3,0
mm);
❖ Pontalete 3 " x 3" (altura: 75.00 mm / largura: 75.00 mm);
❖ Sarrafo 1" x 3" (altura: 75 mm / espessura: 25 mm);
❖ Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm 7 largura: 200 mm);
❖ Tábua 1" x 6" (espessura: 25 mm / largura: 150 mm);
❖ Tábua 1" x 12" (espessura: 25 mm / largura: 300 mm);
❖ Desmoldante de fôrmas para concreto;
❖ Arame galvanizado (bitola: 12 BWG);
❖ Escora de madeira (diâmetro da seção: 100.00 mm / tipo de madeira:
eucalipto);

As normas utilizadas para esses serviços seguem abaixo:


● NBR 11700 - Madeira serrada de coníferas provenientes de reitor estamento
para uso geral
● NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto - Procedimento
● NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto
● NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada

8.4.1.2. Armaduras

As armaduras das vigas e pilares serão constituídas de aço para estruturas em geral,
CA-50, com diâmetro até 20,0 mm (detalhes construtivos no projeto estrutural), corte e dobra
industrial, fora da obra. Sendo que os seguintes materiais serão utilizados nessa etapa:

❖ Espaçador circular de plástico para pilares, fundo e laterais de vigas, lajes,


pisos e estacas (cobrimento: 30 mm);
❖ Barra de aço CA-50 3/8" (bitola: 10,00 mm/ massa linear: 0,617 kg/m);
❖ Barra de aço CA-50 1/2" (bitola: 12,50 mm / massa linear: 0.963 kg/m);
❖ Barra de aço CA-50 3/4 " (bitola: 20,00 mm / mass a linear: 2,466 kg/m)
❖ Arame recozido (diâmetro do fio: 1,25 mm/ bitola: 18 BWG);

Considera-se corte, soldagem e dobra de aço feito por empresa especializada, fora da
obra. A montagem da armação nas fôrmas é por conta da obra. Para essa composição,
admitiu-se uma perda no consumo do aço de 5% por já ser cortado e dobrado industrialmente,
embora, dependendo do grau de organização do canteiro e controle sobre os materiais, essas
perdas possam variar de 0% a 10%. Já o critério de medição será em massa obtido pelo
levantamento em projeto de armação. O procedimento executivo consistem em executar o
dobramento das barras em bancada, com comprimento suficiente para barras maiores,
conforme disposição de espaço no canteiro da obra.Obedecer rigorosamente ao projeto, limpar
as barras de aço, removendo qualquer substância prejudicial à aderência do concreto, remover
também as crostas da ferragem e ferrugem. Segundo pesquisa de mercado, os diâmetros de 8,0
mm, 10,0 mm e 20,0 mm são as bitolas mais comercializadas do aço CA-50.
As normas utilizadas para esse serviço seguem abaixo:
● NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto
● NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado -
Especificação (váüda a partir de 03/03/2008)
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção -
18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura

As lajes serão pré-fabricadas do tipo convencional para forro (peso próprio: 155
kgf/m² / sobrecarga: 50 kgf/m' / espessura: 80 mm / vão livre: 3,00 m)), deve ser realizada a
ancoragem das vigas de borda e em seguida a concretagem. Após a concretagem,
adensamento e cura da lajes deve ser realizado o capeamento (h=6 cm) com concreto leve.

8.4.1.3. Concreto tipo, FCK e abatimento

Para este serviço foi utilizado concreto usinado bombeavel, com Fck de 30 MPa e
classe de agressividade de resistência C30, com brita 0 e 1 sendo que o resultado do slump é
de 190mm tem uma margem de erro de 20 mm para cima ou para baixo, seguindo os mesmos
critérios do item 8.3.3.6.

8.4.1.4. Transporte e adensamento

Utilizando o concreto anteriormente utilizado realizou-se a locomoção (transporte) e


adensamento seguindo os mesmos critérios do item 8.3.3.7.

8.4.2. Escadas

8.4.2.1. Procedimento Executivo

● Para conseguir um corte perfeito da fôrma, utilize serra de vídea (com dentes
menores).
● Desenforma: deve ser feita com cuidado, evitar a utilização de pé-de-cabra com
ponta forçada, utilizar cunhas de madeira e agente desmoldante que deve ser
aplicado uma hora antes da concretagem.
● O Vibrador com agulha (ponta) revestida de borracha é o mais indicado para
não danificar a superfície da chapa.
● A ferragem deve ser colocada e não jogada.
● Os espaçadores para a colocação de ferragem ajudam a proteger a superfície
das chapas.

As normas técnicas para esta etapa estão descritas abaixo:

● NBR 11700 - Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento


para uso geral
● NBR 14931 - Execução de estruturas de concreto - Procedimento
● NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto
● NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção
-18.13 - Medidas de proteção contra quedas de altura
● NBR 7203 - Madeira serrada e beneficiada

Os seguintes materiais serão utilizados nessa etapa:

❖ Chapa compensada plastificada (espessura de 12mm)


❖ Prego 17 x 21 com cabeça (comprimento: 48,3mm / diâmetro da cabeça: 3,0
mm);
❖ Pontalete 3" x 3" (altura: 75 mm/ largura: 75,00 mm);
❖ Tábua 1" x 8" (espessura: 25 mm/ largura: 200 mm);
❖ Desmoldante de fôrmas para concreto;
❖ Prego 17 x 27 com cabeça (comprimento: 62,1mm / diâmetro da cabeça: 3,0
mm);
❖ Prego 15 x 15 com cabeça (comprimento: 34,5mm / diâmetro da cabeça: 2,4
mm).

8.4.2.2. Armadura

As armaduras das vigas e pilares serão constituídas de aço para estruturas em geral,
CA-50, com diâmetro até 20,0 mm (detalhes construtivos no projeto estrutural), corte e dobra
industrial, fora da obra seguindo os mesmos critérios do item 8.3.3.5.
8.4.2.3. Concreto tipo, FCK e abatimento

Para este serviço foi utilizado concreto usinado bombeavel, com Fck de 30 MPa e
classe de agressividade de resistência C30, com brita 0 e 1 sendo que o resultado do slump é
de 190mm tem uma margem de erro de 20 mm para cima ou para baixo, seguindo os mesmos
critérios do item 8.3.3.6.

8.4.2.4. Transporte e adensamento

Utilizando o concreto anteriormente utilizado realizou-se a locomoção (transporte) e


adensamento seguindo os mesmos critérios do item 8.3.3.7.

8.4.3. Alvenaria de embasamento

8.4.3.1. Alvenaria

A alvenaria de embasamento será realizada com blocos cerâmicos portantes


(14x19x39) empregando argamassa mista de cimento portland CP II-E-32 (resistência: 32,00
MPa), cal hidratada CH III e areia tipo média sem peneirar traço (1:2:8 - unidade: m³).

8.4.3.2. Impermeabilização

A Impermeabilização da alvenaria de embasamento será realizada com argamassa de


cimento portland CP II-E-32 (resistência: 32,00 MPa) e areia tipo média peneirada, traço 1:3,
com aditivo impermeabilizante e plastificante em pó para argamassas, e = 2 cm - unidade: m³

8.4.3.3. Pintura asfáltica para Impermeabilização em 2 Demãos

A impermeabilização será realizada para proteger esses elementos estruturais contra a


umidade. Seguindo o mesmo procedimento descrito no item 7.3.3.8.
8.4.4. Alvenaria de vedação

8.4.4.1. Argamassa

Será utilizada argamassa de cimento portland CP II-E-32 (resistência: 32,00 MPa), e


areia tipo média sem peneirar, com aditivo impermeabilizante e plastificante em pó para
argamassas, deve-se seguir o seguinte procedimento executivo:

● O amassamento manual será feito em masseiras, tabuleiros ou superfícies


planas impermeáveis e resistentes.
● Misturam-se normalmente a seco os agregados, revolvendo-se os materiais
com pá. até que a mistura adquira coloração uniforme
● O amassamento é processado com o devido cuidado para se evitar perda de
água ou segregação dos materiais, até obter-se uma massa homogênea de
aspecto e consistência plástica uniforme.
● Preparar as quantidades de argamassa na medida das necessidades dos serviços
a serem feitos em cada etapa, evitando-se, assim, o endurecimento antes do
uso.
● Não utilizar argamassa que apresente vestígios de endurecimento

8.4.4.2. Alvenaria

Serão utilizadas 2 tipos de alvenaria para a vedação sendo elas de blocos de concreto,
juntas de 10 mm com argamassa mista de cimento portland CP II-E-32 (resistência: 32,00
MPa), cal hidratada CH III e areia sem peneirar traço 1:0,5:8 - tipo 2 - unidade: m².

● Espessura da parede: 14 cm - Utilizar blocos de concreto 14x19x39cm;


● Espessura da parede: 19 cm - Utilizar blocos de concreto 19x19x39cm.

Verificar a espessura das paredes de acordo com o projeto arquitetônico.


8.4.4.3. Procedimento executivo

● Executar a marcação da modulação da alvenaria, assentando-se os blocos dos


cantos, em seguida, fazer a marcação da primeira fiada com blocos assentados
sobre uma camada de argamassa previamente estendida, alinhados pelo seu
comprimento.
● Atenção è construção dos cantos, que deve ser efetuada verificando-se o
nivelamento, perpendicularidade, prumo e espessura das juntas, porque eles
servirão como gabarito para a construção em si.
● Esticar uma linha que servirá como guia, garantindo o prumo e horizontalidade
da fiada.
● Verificar o prumo de cada bloco assentado.
● As juntas entre os blocos devem estar completamente cheias, com espessura de
10 mm.
● As juntas verticais não devem coincidir entre fiadas contínuas, de modo a
garantir a amarração dos blocos.

8.4.5. Vergas/Cintas em blocos de concreto canaleta

Serão utilizadas canaletas pré-fabricadas, adquiridas prontas, para a instalação nos


blocos de concreto. As canaletas pré-fabricadas devem ter seção transversal correspondente à
dos blocos.
Os seguintes materiais serão utilizados nessa etapa:
❖ Areia lavada tipo média;
❖ Pedra britada 1 e 2;
❖ Cimento Portland CP II-E-32 (resistência: 32,00 MPa);
❖ Barra de aço CA-50 3/8" (bitola: 10,00 mm / massa linear: 0,617 kg/m) ;
❖ Pontalete 3ª construção (seção transversal: 3" x 3" / tipo de madeira: cedro);
❖ Sarrafo aparelhado (seção transversal: 1" x 4" / tipo de madeira: pinho);
❖ Tábua 3ª construção (seção transversal: 1" x 12" / tipo de madeira: cedrinho);
❖ Betoneira elétrica, potência 2 HP (1,5 kW), capacidade 400 l - vida útil 10.000
h.

8.4.5.1. Procedimentos executivos:

● Preparar a área para a moldagem das vergas, garantindo uma superfície limpa e
nivelada.
● Posicionar as fôrmas inferiores que serão utilizadas para suportar a verga
durante a concretagem.
● Preparar a ferragem necessária e posicioná-la dentro da área onde a verga será
moldada.
● Misturar os materiais (areia, pedra britada, cimento e água) na betoneira até
obter uma mistura homogênea e na consistência adequada para a moldagem.
● Despejar o concreto na área da verga, preenchendo completamente a fôrma.
● Utilizar vibradores de imersão para garantir a compactação adequada do
concreto.
● Alisar a superfície da verga utilizando uma colher de pedreiro ou
desempenadeira.
● Aguardar o tempo de cura do concreto conforme as especificações técnicas.
● Após a cura, remover as fôrmas inferiores utilizadas como suporte.
● Realizar a cura adequada da verga para garantir sua resistência e durabilidade.

8.4.6. Esquadrias

A localização de cada esquadria deve ser verificada no projeto arquitetônico. Serão


utilizadas as esquadrias listadas a seguir:

❖ JANELA de alumínio padronizada, colocação e acabamento, de correr, com


duas folhas, dimensões 1,20 m x 1,20 m, com vidro liso;
❖ JANELA de alumínio padronizada, colocação e acabamento, veneziana, com
três folhas, dimensões 1,20 m x 1,50 m, com vidro liso;
❖ JANELA de alumínio padronizada, colocação e acabamento, basculante (vitrô)
com uma seção, dimensões 0,60 m x 0,60 m, com vidro canelado;
❖ PORTA de alumínio sob encomenda, de correr, colocação e acabamento com
duas folhas;
❖ PORTA interna de madeira, colocação e acabamento, de uma folha com
batente, guarnição e ferragem. (dimensões 0,60 x 2,10 m);
❖ PORTA interna de madeira, colocação e acabamento, de uma folha com
batente, guarnição e ferragem. (dimensões 0,80 x 2,10 m);
❖ PORTÃO automático em aço, basculante, para vão de 2.500 mm x 3.500 mm;
❖ PORTÃO social de alumínio ultralight com lambril simples, dimensões 1,00 x
2,50 m.

8.4.6.1. Assentamento das Janelas

Para o correto assentamento das janelas, as seguintes etapas devem ser seguidas:

● Preparação do local:
○ Abrir as grapas laterais que serão chumbadas na parede.
○ Colocar a esquadria no local, observando as inscrições na embalagem que
indicam o lado de dentro e a posição correta (seta para cima).
○ Calçar levemente a peça com pedaços pequenos de madeira, evitando o uso de
cunhas.

● Verificação de alinhamento:
○ Certificar-se de que a peça esteja alinhada verticalmente, conferindo o prumo.
○ Utilizar um fio de nylon esticado, posicionado rente à parte inferior da peça,
para evitar possíveis desalinhamentos.

● Fixação da peça:
○ Com a peça devidamente calçada e o alinhamento conferido, iniciar a fixação
utilizando argamassa (mistura de uma parte de cimento para três partes de
areia).
○ Aguardar o tempo de secagem recomendado pela argamassa.

● Acabamento:
○ Após a secagem completa da argamassa, remover os calços de madeira e
preencher os buracos com cimento.
○ Realizar o acabamento na parede, incluindo a aplicação de pintura, de acordo
com o projeto estabelecido.

● Remoção da embalagem:
○ Quando todo o acabamento estiver concluído, remover a embalagem de
proteção rígida da peça de madeira.

8.4.6.2. Assentamento das Portas de Madeira

Para o correto assentamento das portas de madeira, é importante seguir um passo a


passo adequado, garantindo um resultado final de qualidade. Deve-se seguir as seguintes
etapas:

● Verificar o estado da porta: Antes de iniciar o processo de assentamento, é


fundamental avaliar a condição da porta. Certifique-se de que ela não esteja empenada,
trincada ou com algum dano significativo que comprometa seu funcionamento.
● Preparar a abertura: Antes de instalar a porta, certifique-se de que a abertura na parede
esteja pronta para recebê-la. Verifique se o vão está nivelado, sem saliências ou
irregularidades que possam afetar o encaixe adequado da porta.
● Ajustar as dobradiças: As dobradiças são elementos cruciais para o bom
funcionamento da porta. Certifique-se de que estejam alinhadas corretamente, tanto
em relação ao batente quanto à folha da porta. Verifique o alinhamento e o prumo das
dobradiças, garantindo que a suspensão da folha da porta não fique fora de linha.
● Utilizar calços apropriados: Entre o batente e os tacos fixados na alvenaria, é
importante utilizar calços na espessura exata para garantir um encaixe preciso. Evite o
uso de cunhas, pois elas podem comprometer o alinhamento da porta.
● Fixar a folha da porta: Após assegurar o alinhamento correto e a adequada instalação
das dobradiças, é o momento de fixar a folha da porta ao batente. Utilize parafusos
adequados e certifique-se de que estejam firmemente presos, garantindo a estabilidade
da porta.
● Verificar o fechamento e o funcionamento: Após a instalação completa, teste o
fechamento da porta para verificar se está alinhada e funcionando corretamente.
Certifique-se de que não esteja arrastando no piso ou no batente, e que o trinco e a
fechadura estejam operando adequadamente.

É importante ressaltar que, durante todo o processo de assentamento, deve-se ter


cuidado para evitar danos à porta ou ao batente. Devem ser utilizadas ferramentas adequadas e
evitar batidas nos parafusos das dobradiças, pois isso pode comprometer sua fixação.

8.4.6.3. Assentamento dos Portões

Para a correta instalação dos portões devem ser seguidos os seguinte passos:

● Preparação do local:
○ Verificar as dimensões do vão onde o portão será instalado e certificar-se de
que estão de acordo com as medidas do portão de correr.
○ Limpar o local de quaisquer obstáculos e garantir que a área esteja nivelada e
preparada para receber o portão.

● Montagem do portão:
○ Seguir as instruções do fabricante para a montagem do portão de correr,
garantindo que todas as peças estejam corretamente encaixadas.
○ Verificar se os trilhos, roldanas e demais componentes estão devidamente
fixados e alinhados.

● Fixação dos trilhos:


○ Fixar os trilhos na parte inferior e superior do vão, seguindo as recomendações
do fabricante.
○ Verificar o alinhamento dos trilhos utilizando um nível de bolha para garantir
um perfeito deslizamento do portão.

● Instalação das roldanas:


○ Posicionar as roldanas nos trilhos superiores, garantindo que estejam
corretamente alinhadas e niveladas.
○ Verificar se as roldanas deslizam suavemente nos trilhos e ajustar conforme
necessário.

● Fixação do portão:
○ Posicionar o portão nos trilhos, verificando se desliza suavemente de um lado
para o outro.
○ Fixar o portão às roldanas utilizando os parafusos e demais elementos
fornecidos pelo fabricante.

● Teste de funcionamento:
○ Abrir e fechar o portão algumas vezes para verificar se o movimento está suave
e sem problemas.
○ Verificar se o portão desliza livremente nos trilhos, sem obstruções ou
arrastamentos.

● Acabamento e finalização:
○ Realizar os acabamentos necessários nas áreas adjacentes ao portão, como
aplicação de massa e pintura, conforme o projeto estabelecido.
○ Limpar qualquer resíduo ou sujeira resultante da instalação.

8.4.7. Revestimento das Paredes e Tetos

O processo de revestimento das paredes e tetos incluirá as seguintes etapas: o


chapisco, que cria uma base de aderência; o emboço, responsável por nivelar e corrigir
imperfeições; o reboco, que é a camada final do revestimento. Além disso, o revestimento
cerâmico será utilizado em áreas como cozinha, banheiro, área de serviço e varanda,
proporcionando estética e funcionalidade aos ambientes. O processo executivo está listado a
seguir:

8.4.7.1. Chapisco das Paredes (e=5mm)

Serão utilizados nessa etapa areia lavada tipo média, Cimento Portland CP II-E-32 e
adesivo à base de resina sintética, seguindo o passo a passo listado abaixo:

❖ Para aplicação do chapisco, a base deverá estar limpa, livre de pó, graxas,
óleos, eflorescèncias, materiais soltos, ou quaisquer produtos que venham
prejudicar a aderência.
❖ Quando a base apresentar elevada absorção, molhar antes da aplicação.
❖ A aplicação do chapisco deverá ser realizada por aspersão vigorosa da
argamassa, continuamente sobre toda área da base que se pretende revestir.

Para a Argamassa (traço 1:3) seguir o seguinte passo a passo:

❖ Misturam-se normalmente a seco os agregados, revolvendo-se os materiais


com pá, até que a mistura adquira coloração uniforme.
❖ O amassamento é processado com o devido cuidado para se evitar perda de
água ou segregação dos materiais, até obter-se uma massa homogênea de
aspecto e consistência plástica uniforme.
❖ Preparar as quantidades de argamassa na medida das necessidades dos serviços
a serem feitos em cada etapa, evitando-se, assim, o endurecimento antes do
uso.
❖ Não utilizar argamassa que apresente vestígios de endurecimento.

8.4.7.2. Emboço das Paredes (e=20mm)

Serão utilizados nessa etapa areia lavada tipo média, Cimento Portland CP II-E-32,
Cal hidratada CHIII e adesivo à base de resina sintética, seguindo o passo a passo listado
abaixo:
❖ Para a Argamassa seguir o mesmo passo a passo anterior, se atentando ao novo
traço: (1:2:9) (Areia:Cal:Cimento).
❖ Preparação da superfície: Utilizando um balancim, os trabalhadores sobem
focando na alvenaria, removendo pedaços de ferro, pregos e outros resíduos.
Em seguida, eles descem o balancim e fixam arames nas paredes, medindo a
distância até a superfície da fachada. Alguns podem realizar a prática do
taliscamento, que consiste em nivelar a superfície.
❖ Chapisco da base: Aplica-se uma camada de chapisco comum sobre blocos de
alvenaria e utiliza-se uma desempenadeira dentada para aplicar o chapisco nas
superfícies de concreto.
❖ Lançamento da argamassa entre as taliscas: Formam-se as mestras utilizando
taliscas, e a argamassa é lançada entre elas. Aguarda-se até que a argamassa
"puxe" um pouco e, em seguida, realiza-se o sarrafeamento de baixo para cima.
❖ Lançamento uniforme da argamassa entre as mestras: A argamassa é lançada
de forma uniforme entre as mestras, respeitando a espessura final desejada.
Aguarda-se novamente até que a argamassa "puxe" e, então, realiza-se o
sarrafeamento.
❖ Desempenamento: Após o sarrafeamento, utiliza-se uma desempenadeira de
madeira para alisar a superfície. Para obter um acabamento ainda melhor,
pode-se passar uma desempenadeira de espuma.
❖ Juntas de dilatação: É importante prever juntas de dilatação no revestimento,
utilizando ferramentas adequadas do tipo frisador.

8.4.7.3. Reboco das Paredes (5mm)

Para a realização do reboco seguir o passo a passo:

❖ O reboco deve ser iniciado somente após 21 dias da conclusão do emboço, se a


argamassa for de cal, e sete dias se for uma mistura de cimento e cal.
❖ A superfície de aplicação deve estar emboçada, sarrafeada, rústica, seca e
limpa, ou então ser de concreto rústico e curado.
❖ Essas superfícies devem estar firmes e livres de qualquer substância que possa
prejudicar a aderência completa da argamassa.
❖ A argamassa deve ser preparada de acordo com a proporção determinada,
(traço 1:3:9) (Areia:Cal:Cimento) seguir o passo a passo do item 8.4.7.1.
❖ Antes de iniciar a aplicação, a superfície deve ser umedecida para garantir uma
perfeita aderência.
❖ A aplicação da argamassa deve ser feita com uma desempenadeira de madeira
sobre o emboço, em camadas de até 5 mm de espessura, em áreas não maiores
que 5 m².
❖ O acabamento da argamassa deve ser realizado enquanto ainda estiver úmida,
utilizando uma desempenadeira de madeira.

8.4.7.4. Chapisco dos Tetos (e=5mm)

O chapisco dos tetos deve seguir o seguinte passo a passo:

❖ Para aplicação do chapisco, a base deverá estar limpa, livre de pó, graxas,
óleos, eflorescèncias, materiais soltos, ou quaisquer produtos que venham
prejudicar a aderência.
❖ Quando a base apresentar elevada absorção, molhar antes da aplicação.
❖ A aplicação do chapisco deverá ser realizada por aspersão vigorosa da
argamassa, continuamente sobre toda área da base que se pretende revestir.
❖ A argamassa deve ser preparada de acordo com a proporção determinada,
(traço 1:3) (Areia:Cimento) seguir o passo a passo do item 8.4.7.1. com adição
de adesivo à base de resina sintética.

8.4.7.5. Emboço dos tetos

O emboço dos tetos deve seguir o seguinte passo a passo:

❖ Utilizar guias para o sarrafeamento, espaçadas a cada 2 metros, pelo menos.


❖ Aplicar a argamassa de forma a comprimi-la firmemente sobre a superfície a
ser revestida, utilizando uma colher de pedreiro como auxílio.
❖ Retirar o excesso de argamassa e nivelar a superfície com o uso de um sarrafo.
Em seguida, preencher as depressões com novas camadas de argamassa nos
pontos necessários, repetindo a operação até obter uma superfície cheia e
homogênea.
❖ O desvio de prumo tolerável é de até 3 mm por metro.
❖ A argamassa deve ser preparada de acordo com a proporção determinada,
(traço 1:2:9) (Areia:Cal:Cimento) seguir o passo a passo do item 8.4.7.1.

8.4.7.6. Revestimento Cerâmico (Cozinha, Banheiro, Área de Serviço e


Varanda)

Os seguintes materiais serão utilizados nessa etapa:

❖ Cimento branco não estrutural;


❖ Revestimento cerâmico esmaltado liso (espessura: 6,30 mm / largura: 200,00
mm / comprimento: 200.00 mm / resistência à abrasão: 3 );
❖ Revestimento cerâmico esmaltado liso (espessura: 6,30 mm / largura: 200,00
mm / comprimento: 200.00 mm / resistência à abrasão: 3 ).

A aplicação dos revestimentos deve seguir o seguinte procedimento:

❖ Certifique-se de que a superfície esteja limpa, regularizada e aprumada.


❖ Adicione água à argamassa colante na proporção indicada pelo fabricante,
amassando até obter uma mistura homogênea. Deixe-a em repouso por cerca
de 15 minutos e volte a misturá-la sem adicionar mais água antes de aplicá-la.
Isso deve ocorrer antes de aproximadamente 2 horas após o preparo.
❖ Espalhe a argamassa pronta com uma desempenadeira metálica de lado liso,
distribuindo-a de maneira uniforme sobre uma área não superior a 1 m².
❖ Em seguida, passe a desempenadeira metálica com o lado dentado sobre a
argamassa, formando sulcos com uma profundidade de aproximadamente 3 a 4
mm. Esses sulcos ajudarão na fixação e no nivelamento das peças cerâmicas.
❖ Assente as peças cerâmicas, que devem estar secas, de baixo para cima,
pressionando-as com a mão ou batendo levemente com um martelo de
borracha.
❖ O rejuntamento pode ser realizado após 12 horas do assentamento. Antes disso,
remova os excessos de argamassa colante e verifique se não há peças
apresentando som oco, usando um instrumento não contundente para fazer uma
percussão.

8.4.8. Revestimentos dos Pisos


8.4.8.1. Térreo
8.4.8.1.1. Lastro de concreto

O Lastro do concreto do Piso será executado com concreto não estrutural

8.4.8.1.2. Argamassa

O processo executivo da argamassa segue o mesmo procedimento do item 8.4.7.1.

8.4.8.1.3. Regularização Sarrafeada

A regularização sarrafeada de base para revestimento de piso com argamassa de


cimento e areia sem peneirar terá espessura de 3 cm
CONTEÚDO SERVIÇO:
1) Considera material e mão-de-obra para preparo, aplicação, sarrafeamento da
argamassa de regularização de piso, obtendo-se uma superfície áspera.
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO Pela área de piso.
PROCEDIMENTO EXECUTIVO
1) A laje ou lastro deverá ser molhado 24 horas antes da aplicação da camada de
regularização, porém sem água livre quando iniciada a operação.
2) Aplicar a argamassa sobre o lastro ou laje, estendendo-a com auxílio de régua e
deixando-a comp!etamente alinhada e uniforme.
3) Para uma boa adesão do cimentado sobre um lastro ou laje existente, é necessário
limpar e picotar a superfície da base antes de aplicar o cimentado.
4) Não permitir que se pise sobre o cimentado, durante dois dias no mínimo, após a
execução do piso.
5) A cura será feita conservando-se a superfície úmida durante sete dias.

8.4.8.2. Cozinha, Banheiro Área de Serviço e Varanda

Além da argamassa e da sarrafeamento, que seguirá o mesmo procedimento do


item anterior neste a cerâmica utilizada será:
CERÂMICA comum em placa 20 cm x 20 cm, assentada com argamassa pré-fabricada
de cimento colante e rejuntamento com cimento branco.
CONTEÚDO DO SERVIÇO
1) Considera material e mão-de-obra para preparo e aplicação da argamassa de
assentamento de pisos cerâmicos, inclusive rejuntamento.
2) Considerou-se 5% de perdas para as peças cerâmicas.
3) A mão-de-obra de assentamento das revestimentos é, normalmente, empreitada ao
azulejista, ficando a cargo da obra a execução do chapisco e do emboço e o fornecimento dos
azulejos, molduras e demais terminações, além da argamassa de assentamento, andaimes e
serventia.
CRITÉRIO DE MEDIÇÃO Área efetiva do revestimento, desenvolvendo-se áreas de
espoletas,faixas, etc.
PROCEDIMENTO EXECUTIVO
1) Certificar-se que a superfície está limpa, regularizada e aprumada.
2) Adicionar água à argamassa colante na proporção indicada pe:o fabricante,
amassando até se tornar homogênea. Deixar em repouso por cerca de 15 minutos e tornar a
amassá-las, sem novo acréscimo de água antes de aplicá-la, o que deverá ocorrer antes de
decorridas cerca de 2h do seu preparo.
3) Espalhar a argamassa pronta, com a desempenadeira metálica, do lado liso,
distribuindo bem a pasta sobre uma área não superior a 1m.
4) A seguir, passar a desempenadeira metálica com o lado sobre a camada (ter 3 mm a
4 mm), formando os sulcos que facilitaram a fixação e aprumo das peças cerâmicas.
5) Assentar 3s peças cerâmicas (que devem estar secas), de baixo para cima, sempre
pressionando com a mão ou batendo levemente com um martelo de borracha.
6) O rejuntamento pode ser executado 12h após o assentamento. Antes, deve-se retirar
os excessos de argamassa colante e fazer uma verificação, por meio de percussão com
instrumento não contundente, se não existem peças apresentando som cavo.
Por fim o matériais utilizados nesse mapa são:
❖ Cimento branco não estrutural
❖ Revestimento cerâmico esmaltado liso (espessura: 6,30 mm / largura: 200,00
mm / comprimento: 200.00 mm / resistência à abrasão: 3 )
❖ Argamassa pré-fabricada de cimento colante para assentamento de peças
cerâmicas

8.4.8.3. Quarto, Sala e Corredores

O Assoalho de madeira de lei, largura 10cm cu 20 cm, fixada sobre barrotes


trapezoidais de madeira 5 cm x 3 cm x 2 cm com espaçamento de 35 cm, assentado em
argamassa de cimento e areia sem peneirar traço 1:5.
❖ Prego 18 x 27 com cabeça (diâmetro da cabeça: 3,4 mm/comprimento:62,1
mm)
❖ Caibro (largura: 50,00 mm / altura: 60,00 mm / tipo de madeira: peroba- rosa)
❖ Assoalho de madeira com encaixe tipo macho-e-fêmea (espessura: 20,00 mm /
largura: 150,00 mm / tipo de madeira: ipê)
CONTEÚDO DO SERVIÇO
1} Considera perda de 10% para a tábua corrida assentada no sentido reto e 15% em
Diagonal.
2) Recomenda-se regularizar a base para fixação de taco e parquet, empregando argamassa de
cimento e areia média sem peneirar no traço 1:4, e = 3 cm.
3) Não considera raspagem e calafetação do assoalho de madeira.
O Cordão de madeira para acabamento de rodapé, será realizado com o seguinte
materiais
❖ Ajudante de carpinteiro;
❖ Carpinteiro;
❖ Prego 16 x 24 com cabeça (diâmetro da cabeça: 2,7 mm / comprimento: 55,2
mm);
❖ Cordão de madeira para rodapé (espessura: 20,00 mm / altura: 20,00 mm /
tipo de madeira: ipê);
Considera-se perda de 3% para os cordões de madeira

8.4.8.4. Escadas
Para revestimento das escadas usou:
❖ Cola neoprene
❖ Piso vinílico em placas (comprimento: 300 mm / espessura: 2 mm / largura:
300 mm)
❖ Testeira extrudada para degraus (espessura: 2,00 mm)
❖ Rodapé vinílico tipo normal (altura: 50,00 mm / espessura: 2,00 mm)

8.4.8.5. Hall

Para o Hall o revestimento utilizou-se os seguinte materiais:

❖ Piso vinílico em placas (comprimento: 300 mm / espessura: 2 mm / largura: 300 mm)


❖ Cola neoprene
❖ Rodapé vinílico tipo normal (altura: 50,00 mm / espessura: 2,00 mm)

8.4.9. Pintura

A pintura das paredes da edificação será realizada com tinta látex acrílica, sem massa
corrida, e deve seguir o seguinte procedimento:
❖ Certifique-se de que a superfície esteja firme, coesa, limpa, seca e isenta de gordura,
graxa ou mofo.
❖ Realize a lixagem da superfície para garantir uma melhor aderência da tinta. Utilize
uma lixa de granulação adequada para remover imperfeições e proporcionar uma
superfície uniforme.
❖ Aplique um reboco selador sobre a superfície e aguarde a cura e secagem por um
período mínimo de 30 dias.
❖ Para superfícies de concreto, gesso ou blocos de concreto, aplique previamente um
fundo preparador, seguindo as instruções do fabricante.
❖ Misture bem a tinta látex acrílica antes da aplicação e aplique-a com um rolo de lã,
garantindo uma cobertura uniforme. Utilize pincéis ou trinchas para os cantos e
detalhes de difícil acesso.
❖ Respeite o tempo de secagem indicado pelo fabricante entre demãos. Geralmente, o
intervalo mínimo é de 3 a 4 horas.

Lista de materiais necessários:

❖ Tinta látex acrílica (Tipo de acabamento: fosco).


❖ Líquido preparador de superfícies lata 18L. (Paredes externas).
❖ Selador base PVA para pintura látex. (Paredes internas).
❖ Lixa de granulação adequada.
❖ Rolo de lã e pincéis.
❖ Espátula (para remoção de imperfeições, se necessário).
❖ Panos ou materiais de proteção para cobrir áreas adjacentes.
APÊNDICE A
BLOCOS ESTACAS
N° Bloco
a (cm) L (cm) B bloco (cm) h bloco(cm) Øadotado (cm) h estaca (cm)
B1 30 60 120 35 25 600
B2 30 65 125 35 30 600
B3 30 65 125 35 30 600
B4 30 60 120 35 25 600
B5 30 65 125 35 30 600
B6 30 65 125 35 30 600
B7 30 60 120 35 25 600
B8 30 60 120 35 25 600
B9 30 60 120 40 25 600
B10 40 100 180 55 40 600
B11 30 60 120 45 25 600
B12 40 100 180 55 40 600
B13 30 60 120 45 25 600
B14 30 60 120 35 25 600
B15 30 60 120 35 25 600
B16 30 60 120 45 25 600
B17 35 75 145 45 30 600
B18 35 75 145 45 30 600
B19 30 60 120 45 25 600
B20 30 60 120 35 25 600
B21 35 75 145 40 30 600
B22 30 60 120 45 25 600
B23 30 65 125 35 30 600
B24 30 65 125 35 25 600
B25 30 60 120 45 25 600
B26 30 65 125 35 30 600
B27 30 65 125 35 30 600
B28 30 60 120 45 25 600
B29 35 75 145 45 30 600
B30 35 75 145 45 30 600
B31 30 60 120 45 25 600
B32 35 75 145 45 30 600
B33 30 60 120 35 25 600
B34 30 60 120 35 25 600
B35 30 60 120 35 25 600
B36 30 60 120 35 25 600
B37 30 60 120 35 25 600
B38 30 60 120 35 25 600

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