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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO RELATOR MESSOD AZULAY NETO

COLENDA 5ª TURMA CRIMINAL DO STJ

AREsp 2383517/PI (2023/0200023-7)

LUCAS ANTÔNIO DE SOUSA, devidamente qualificado nos autos, vem,

respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado, interpor

Agravo Regimental, com fundamento no artigo 258 e seguintes, do RISTJ, pelos

fatos e fundamentos a seguir expostos:

1. Dos fatos e fundamentos do pedido

O Sr. Ministro Relator Messod Azulay Neto, destacou que “a ausência de

impugnação adequada dos fundamento empregados pela Corte de origem para impedir o

trânsito do apelo nobre, nos termos do art. 932, inciso III do CPC, obsta o conhecimento

do agravo”.

Ocorre que, respeitosamente, não foi avaliada a possiblidade de

concessão da ordem de habeas corpus, ainda que de ofício, ao tomar

conhecimento das ilegalidades apontadas no REsp, bem como no Ag em Resp,

interpostos.

O próprio Ministério Público pugnou pelo provimento parcial do

recurso, tendo em vista a flagrante ilegalidade.

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Deste modo, REQUER, respeitosamente, a Colenda Turma avalie a

possiblidade, em caso de não conhecimento dos recursos interpostos, da

concessão de habeas corpus de ofício, ainda que nos termos propostos pelo

Ministério Público, em seu parecer, a qual destacou que “Restou claro que o

entendimento sufragado pelo Tribunal de origem vai de encontro à orientação

jurisprudencial dessa Corte Superior, o que leva à conclusão da juridicidade do discurso

jurídico do agravante no sentido de reforma da dosimetria da pena, no que tange a

terceira fase”.

Destacou o Parquet, que “não declinando as instâncias originárias motivos que

desbordem do tipo penal para a aplicação cumulada das majorantes (art. 157, §2°, II, e

§2°-A, I, do CP), nos termos do art. 68, parágrafo único, resta ausente a concreta

fundamentação a evidenciar maior grau de reprovabilidade da conduta, devendo incidir

apenas a fração de 1/3 (um terço) nesta fase dosimétrica.”

Não obstante, o brilhante parecer, destacado acima, é evidente a

ilegalidade apontada em outros pontos da respeitável fundamentação dos

julgadores originários, a qual, na fundamentação da negativação das

circunstâncias do artigo 59, menciona mero elemento do tipo penal, ao destacar

que “o delito deixou consequências, pois dos bens subtraídos, poucos foram recuperados

e as vítimas sofreram grande prejuízo, levando em consideração o baixo poder aquisitivo

da população da pequena cidade de Ipiranga do Piauí”, quando o prejuízo é inerente

ao tipo previsto no artigo 157, do Código Pena.

Do mesmo modo, quando ao artigo 70, o magistrado de origem, bem

como, o Tribunal a quo, apenas afirmaram que existe a possibilidade de cúmulo

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formal, deixando de expor motivos concretos para referida cumulação,

trazendo mera paráfrase.

2. Do requerimento

Por tudo exposto, REQUER o conhecimento e provimento do presente

agravo regimental, ou seja, respeitosamente, avaliada a possibilidade de

concessão de habeas corpus de ofício, nos termos do parecer do Parquet e da

presente petição recursal.

Picos-PI, 14.08.2023

MARDSON ROCHA PAULO (OAB-PI 15.476)

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