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ARTIGO – DOI: http://dx.doi.org/10.15689/ap.2018.1703.14883.09

Entrevistas cognitivas: revisão,

Diretrizes para uso e aplicação em
Pesquisa Psicológica
Estefania Caicedo Cavagnis, Mauricio Federico Zalazar-Jaime1
Universidade Nacional de Córdoba – Faculdade de Psicologia, Córdoba, Argentina

RESUMO
As Entrevistas Cognitivas são um método para identificar e corrigir problemas relacionados às respostas a um item de um questionário. A ideia
básica é entender por que uma pessoa reage, como o faz e como se comportará. Ou seja, fornecem evidências de validade com base no
processo de resposta. No entanto, existem diferenças sobre como essas entrevistas devem ser conduzidas. Portanto, é apresentado um guia
para esclarecer as etapas que compõem esse processo e, assim, facilitar a tomada de decisões em seu desenvolvimento. Espera-se que os
futuros interessados utilizem este guia, tanto na criação ou adaptação de instrumentos, quanto em instâncias anteriores à coleta de dados.

Palavras-chave: entrevistas cognitivas; avaliação psicológica; guia de aplicativos.

RESUMO – Entrevistas Cognitivas: Revisão, Diretrizes para Uso e Aplicação em Pesquisas Psicológicas
As entrevistas cognitivas são um método para identificar e corrigir problemas ao responder a um item de um questionário. A ideia básica é
entender por que uma pessoa responde, como ou como determinar como ela se comportará. Ou seja, fornecem prova de validação com base
no processo de resposta. Não, existem diferenças sobre como essas entrevistas devem ser conduzidas. Portanto, é apresentado um guia para
esclarecer as etapas que compõem esse processo e facilitar a tomada de decisões em seu desenvolvimento. Espero que os futuros
interessados utilizem este guia, seja na criação ou adaptação de instrumentos, assim como em instâncias anteriores de coleta de dados.

Palavras-chave: entrevistas cognitivas, avaliação psicológica, aplicativo, guia.

RESUMO – Entrevistas Cognitivas: Revisão, Diretrizes para Uso e Aplicação em Pesquisas Psicológicas
As entrevistas cognitivas são um método de identificar e corrigir problemas ao responder a um item em um questionário. A ideia básica é
entender por que e como uma pessoa responde a uma pergunta. Ou seja, ele fornece evidências de validade com base no processo de
resposta. No entanto, existem diferenças sobre como essas entrevistas devem ser desenvolvidas. Portanto, é apresentado um guia para
esclarecer as etapas que compõem esse processo e facilitar a tomada de decisões em seu desenvolvimento. Espera-se que este guia seja útil
para futuros pesquisadores tanto na criação ou adaptação de instrumentos quanto em instâncias que antecedem a coleta de dados.
Palavras-chave: entrevistas cognitivas; avaliação psicológica; aplicativo; guia.

A avaliação psicológica trata da exploração e análise do
comportamento; atividade determinada por diferentes
objetivos, como descrição, seleção, previsão, explicação e
avaliação de tratamentos ou intervenções (Fernández-
Ballesteros, 2013). Devido à expansão e importância que
experimentou nas últimas décadas, diferentes associações
como a American Educational Research Association (AERA),
a American Psychological Association (APA) e o National
Council on Measurement in Education (NCME) desenvolveram
os Standards for Educational and Psychological Testing
(AERA, APA & NCME, 2014), publicação que premia
um quadro de referência para o desenvolvimento, avaliação,
interpretação e práticas relacionadas com a utilização de testes.
Conforme destacado por AERA et al. (2014), a
confiabilidade e a validade constituem padrões técnicos que
todos os instrumentos devem seguir para serem usados de
forma adequada e responsável. A primeira refere-se à
consistência que um teste tem para medir um determinado
atributo, enquanto a validade implica o grau em que as
evidências e a teoria suportam a interpretação dos resultados
para os quais o teste foi proposto. Um aspecto ligado a ambas
as normas reside no fato de grande parte das provas serem
aplicadas em

1 Endereço para correspondência: Faculdade de Psicologia. Universidade Nacional de Córdoba. Cidade Universitária, Córdoba, Argentina, CEP: 5000. Tel.: +54 (0351)
535-3890 (ramal: 60201). E-mail: mfzalazar@gmail.com
Obrigado. Ao Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) e ao Secretário de Ciência e Tecnologia da Universidade Nacional de Córdoba.

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diferentes países em relação ao local onde foi
construído e, portanto, o pesquisador deve realizar
estudos de adaptação pertinentes para evitar problemas
relacionados à familiaridade dos estímulos, nível de
dificuldade e características ligadas à amostra, entre
outros (ver Hambleton , Merenda & Spielberger, 2005);
aspectos que adquirem relevância uma vez que os
diversos itens que compõem um teste atuam como
um conjunto de estímulos, que devem ser compreendidos para inspecionar qual estratégia de evocação a pessoa
de forma unívoca para que as diferenças presentes
nas pontuações sejam devidas a mudanças reais no
constructo que se pretende avaliar .
Nesse ponto, as Entrevistas Cognitivas (doravante de acordo com o estímulo inicial ao qual foi submetido.
EC) fornecem evidências de validade com base no
processo de resposta ao analisar as atividades de
resolução (operações cognitivas) enfrentadas por quem
participa ao responder os itens de um instrumento
( AERA et al., 2014); atividade que permite aumentar
tanto a confiabilidade (por exemplo, refinar declarações resposta, um processo de natureza complexa que pode
ambíguas) quanto a validade (por exemplo, fornecer
informações sobre a relevância e clareza de um item;
Dietrich & Ehrlenspiel, 2010). Por exemplo, se
administrarmos a subescala de raciocínio numérico
pertencente ao Teste de Aptidões Diferenciais (DAT-5;
Bennett, Wesman, & Seashore, 2000), poderíamos
determinar se a pessoa examinada pode deduzir
naturalmente a resposta ou, caso contrário, usa algum
padrão de resposta particular. Ainda, como alguns
trabalhos apontam (Goerman & Caspar, 2010; Willis &
Miller, 2011) os EC também permitem avaliar a
tradução ou equivalência sociocultural de diferentes
termos específicos de cada região ou faixa etária,
permitindo manter uma certa igualdade conceitual ,
semântico e funcional (Matsumoto, 2001).
A consideração sobre o desenho das questões e
a necessidade de padronizá-las começou a ser
formulada de forma incipiente na década de 1930
(Groves et al., 2009 apud Miller, 2014). No entanto,
não foi até a década de 1980 que um progresso
significativo foi produzido, por um lado, pelo movimento modalidade cujo objetivo é identificar problemas no
CASM ( Cognitive Aspects of Survey Methodology),
que introduziu a noção de que os processos de
pensamento individuais devem ser considerados para
avaliar a validade e as fontes potenciais de erro nos
questionários (Schwarz, 2007 citado por Miller, 2014;
Tourangeau, 2003) e, por outro lado, a interação entre
psicometria e psicologia cognitiva como um dos
métodos predominantes para identificar e corrigir
problemas nos processos de pensamento no momento
da emitir uma resposta (Willis, 1999; Beatty & Willis,
2007).
Apesar da existência de diferentes modelos
teóricos destinados a explicar como as pessoas
processam a informação (Jobe & Herrmann, 1996;
Presser et al., 2004; Willis, 2004), o mais reconhecido é o desenvolvido
Entrevistas Cognitivas
por Tourrangeau (1984), que destaca quatro fases. A
primeira, compreensão, tem como foco avaliar a
intencionalidade e o significado da pergunta, ou seja, a
que a pessoa acredita que está sendo referida?Qual
o significado das palavras e/ou frases?; a segunda,
recuperação, envolve a atividade de indagar na
memória aquela informação relevante ligada àquele
estímulo desencadeador (item). Essa fonte é importante
usa para fornecer sua resposta. Na terceira fase,
decisão/julgamento, a pessoa considera as informações
recuperadas na etapa anterior e avalia sua relevância
Além disso, é possível observar até que ponto o
examinando está demonstrando um esforço mental
para responder à pergunta de forma precisa e reflexiva,
ou até que ponto ele está dando certas respostas para
tentar agradar o examinador. A última instância é a
ser caracterizado como consciente ou automático.
Devido ao gradual reconhecimento que a
metodologia EC tem obtido na literatura, e devido à
escassa literatura em espanhol sobre o assunto, o
objetivo desta revisão é colocar à disposição dos
futuros usuários desta técnica, uma série de
orientações gerais para a preparação, condução e
análise de ICs. Embora este trabalho não pretenda ser
um guia exaustivo, ele fornece uma série de
recomendações necessárias para a realização de um
CE, por exemplo, aspectos relacionados ao
procedimento, amostra, administração (coleta de dados
e protocolo de administração), análise e questões
relacionadas à o examinador.
Metodologia das entrevistas cognitivas: guia de
aplicação
Conforme mencionado, as QAs constituem um
método qualitativo e flexível desenhado para examinar
os processos cognitivos realizados pela pessoa que
responde a um teste; Estes representam uma
processo pergunta-resposta (Collins, 2003). A ideia
básica é entender por que uma pessoa responde da
maneira que o faz e, nesse ponto, determinar como
uma pergunta se comportará; especificamente seu valor interpretati
Apesar dos consensos na literatura e da existência de
um modelo teórico dominante (Tourangeau, 1984),
ainda existem diferenças em relação à forma como
devem ser realizados (Presser et. al, 2004), por
exemplo, existem regras gerais ou alguma estrutura
Particularmente em termos de número de participantes,
duração aproximada e análise das respostas? Portanto,
a seguir, procuramos esclarecer as etapas que
compõem esse processo, possibilitando o esclarecimento
dos processos e permitindo a tomada de decisão
condizente com o objetivo do usuário.
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Caicedo Cavagnis, E., & Zalazar-Jaime, MF

Algumas notas sobre o procedimento (CSAI-2R) para a população esportiva argentina (Caicedo
Dependendo da informação que se pretende Cavagnis, Pereno & De la Vega, 2017), onde foi
conhecer, a EC pode ser desenvolvida por meio de perguntado aos participantes do estudo “o que você
duas estratégias, a técnica do think-aloud e a técnica da estava pensando quando respondeu à pergunta sobre
sondagem verbal (Collins, 2003). Embora seja importante se você está no auge do desafio?
apresentar essas duas modalidades separadamente, os A segunda técnica, ao contrário da primeira,
limites entre elas não são tão precisos. Além disso, estabelece um roteiro de acompanhamento por áreas
embora o uso do método think-aloud tenha sido específicas de cada item. Ou seja, é desenvolvido com
abandonado em favor da técnica de sondagem verbal base nas características ou elementos dos itens que, na
(Beatty & Willis, 2007), o primeiro deriva dos opinião de quem conduz o estudo, são potencialmente
procedimentos psicológicos descritos por Ericsson & problemáticos devido à interpretação diferencial que as
Simon (1980), nos quais a pessoa é instruído a pessoas ou subgrupos de pessoas podem fazer (Padilla
verbalizar seus pensamentos enquanto responde aos itens do&questionário.
Benítez , 2014). Esta modalidade assume um papel
Nela, o entrevistado lê cada pergunta e registra ou anota mais ativo do entrevistador e uma sondagem mais
o processo que o entrevistado realiza para preparar uma aprofundada das respostas, direcionando as intervenções
resposta, o entrevistado só intervém para pedir à pessoa para a compreensão de uma palavra ou frase, que se
que lhe diga o que está pensando quando faz uma longa consegue através de diferentes tipos de sondagem:
pausa; isso responde ao fato de que o processo não compreensão/interpretação, paráfrase, julgamento/
deve ser interrompido, orientado ou sugerido possíveis confiança, memória, específico e geral. A Tabela 1
comentários a fim de evitar qualquer tipo de viés. Um mostra exemplos de inquéritos utilizados no estudo de
exemplo do uso dessa técnica foi realizado no estudo de Caicedo Cavagnis et al. (2017) onde também foi
adaptação do Revised Competitive State Anxiety Inventory-2 analisado um questionário (auto-registro) de lesões esportivas.

tabela 1
Tipos de perguntas de sondagem verbal
Cara Exemplo
de compressão/interpretação A seu critério O que significa o termo desempenho esportivo?

paráfrase Como você definiria, em suas próprias palavras, desempenho esportivo?

Julgamento/Confiança O que você estava pensando para responder quais são as razões pelas quais você teve um bom
desempenho no último jogo?

Memória Como você se lembra do número de vezes que foi ao cinesiologista durante o último mês?

Específico Nesta questão em particular, que sentido tem a palavra ansiedade?

Em geral Foi difícil chegar a esta informação?

Cada uma das técnicas apresentadas apresenta que a informação obtida depende da capacidade de
uma série de vantagens e desvantagens (Beatty & Willis, introspecção do entrevistado. Além disso, quando é
2007; Willson & Miller, 2014). Entre as vantagens do guiado, o objetivo principal do EC pode ser distorcido, o
método think loud, destaca-se que, pelas características que requer certas habilidades por parte do entrevistador
da entrevista (aberta), requer um baixo nível de para ressignificá-lo (Willis, 1999). Por último, embora
treinamento por parte de quem conduz as entrevistas e, não represente necessariamente uma desvantagem, é
além disso, garante que o processo é isento de vieses e importante realizar essas entrevistas concomitantemente
preconceitos porque só intervém minimamente para (ver a seção Coleta de Dados), pois elas podem ser
saber o que a pessoa está pensando. Nessa modalidade, influenciadas pelo tipo de processo de memória
podem surgir informações inesperadas, o que torna esse envolvido. Assim, tenta-se descobrir o processamento
método uma opção valiosa quando a pessoa é mais próximo da resposta, de forma a recuperar a
extrovertida, eloquente e possui ampla experiência no informação e o processo de pensamento envolvido ao
assunto. Quanto às desvantagens, destacam-se a responder ao questionário (Willson & Miller, 2014).
resistência em fornecer informações, vieses no
processamento da informação e processos de Quanto às vantagens da técnica de votação verbal,
há o controleuma
pensamento automático nem sempre facilmente acessíveis à consciência, da entrevista
vez que para

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coletar informações específicas ou investigar possíveis
fontes de erro; a facilidade na formação do examinador
e a formulação de questões ligadas à reflexão sobre as
razões de determinado comportamento, atitude ou
opinião. Consequentemente, a produtividade da
informação fornecida é maior porque os diferentes tipos
de sondagens (ver Tabela 1) favorecem a fluidez do
pensamento e/ou crítica das pessoas. Entre as
desvantagens está a artificialidade e a possibilidade de
a pergunta sugerir certos tipos de respostas, por isso é
recomendável sondar com perguntas neutras. Por
exemplo, na adaptação do Profile of Mood States-VIC
em atletas de Córdoba, Argentina (Caicedo Cavagnis,
Pereno & De la Vega, manuscrito em preparação), um
erro teria sido perguntar dentre a lista de adjetivos que
indagam sobre estados humor “você acha que hostil é
um adjetivo característico de humor negativo?”, quando
a pergunta correta é “a que tipo de humor você acha
que o adjetivo hostil se refere?”.
Notas sobre a amostra
Uma das primeiras decisões reside no número de
pessoas que devem ser entrevistadas, pois o objetivo é
entender os padrões e processos cognitivos de quem
responde a um determinado questionário. Assim, o que
vai nortear a quantidade e as características da amostra
será a complexidade das questões, o objetivo do estudo
e as análises a serem desenvolvidas. Nesse sentido, não
existe uma forma única de determinar o tamanho ideal
dos participantes, isso dependerá de se, nas entrevistas
realizadas, o pesquisador identificou todos os possíveis
problemas de um instrumento. Uma das estratégias
consiste em incluir a maior diversidade de características
sociodemográficas como idade, sexo, escolaridade, entre
outras. No entanto, a principal dificuldade é saber
quanta diversidade é suficiente para atender a esse
objetivo e o fato de que haverá características da
população que não poderão ser contempladas. Outra
estratégia é determinar aquela subpopulação que poderia
ter maiores dificuldades de compreensão das questões.
Como se vê, apesar das diferentes sugestões, é
importante lembrar que, sendo um método qualitativo, a
representatividade não é majoritariamente numérica,
mas determinada por critérios como saturação teórica
(desenvolver entrevistas até que não haja novas
descobertas) e relevância teórica (selecionar pessoas
para abranger a maior diversidade possível e, assim,
garantir a avaliação do maior número de processos ou
padrões de pensamento; Willson & Miller, 2014). Padilla
& Benitez (2014) indicam que ambos os critérios são
alcançados com um número entre 20 e 50 entrevistados,
embora Willis (2004) sugira que raramente é necessário
realizar mais de 12 a 15 entrevistas. Além disso, as
normas estabelecidas pelo
Entrevistas Cognitivas
AERA et al. (2014), insistem na necessidade de comparar
os processos de resposta usando subgrupos de
examinandos. Por exemplo, Caicedo Cavagnis et al.
(2017) em seu estudo definiram os grupos com base no
gênero e tipo de esporte, pois o que se pretendia analisar
poderia ser afetado por variáveis sociodemográficas e
esportivas, entre outras.
Outra variável que contribui para determinar o
número suficiente de entrevistas consiste em observar
os possíveis problemas que podem surgir no processo.
Em outras palavras, se forem detectados grandes
problemas a serem corrigidos, não faz sentido continuar
entrevistando até que tais dificuldades sejam sanadas.
Assim, alguns autores (Willis, 1999; Beatty & Willis,
2007) sugerem a realização de rondas de entrevistas
entre 5 e 15 pessoas onde se revisam as questões
colocadas para detectar e modificar problemas que
possam surgir; desta forma espera-se que cada grupo
seja apresentado com o protocolo modificado com base
nas observações da rodada anterior. Além disso, é
importante considerar que, por vezes, as exigências do
estudo (tempo e transferências, por exemplo), tornam
necessário estabelecer algum pagamento ou
compensação em troca da participação, aspectos que
devem ser avaliados ao realizar esse tipo de atividade .
Independentemente da estratégia implementada,
recomenda-se o uso de amostragem não probabilística
intencional (Willson & Miller, 2014), para garantir que uma série de ca
Notas sobre a administração
Neste ponto, há pelo menos três aspectos que
devem ser abordados. Em primeiro lugar, é necessário
que antes da entrevista seja feita uma avaliação dos
objetivos do questionário e verificações técnicas no
protocolo da entrevista, uma vez que existe uma certa
tendência à pressa na hora de fazer as entrevistas, e
então se deparam com certas questões, dificuldades que
poderiam ter sido evitadas se houvesse tempo extra
disponível para revisar o instrumento de avaliação
(Forsyth & Lessler, 2004).
Por outro lado, é importante determinar o número
de entrevistas a serem realizadas por dia, a forma como
serão realizadas, a possibilidade de gravá-las e o meio
pelo qual serão realizadas. O habitual e preferível é que
sejam realizados em laboratório, face a face, embora
também possam ser realizados por telefone (meio que
pode ser útil quando a entrevista foi concebida para ser
realizada nesta modalidade ou quando as pessoas não
podem se deslocar até o local da entrevista) entrevista;
Willis, 1999). Terceiro, no processo de administração do
protocolo é importante levar em conta a que tipo de
informante estamos nos dirigindo, ou seja, nossas
perguntas configuram um especialista ou narrador? Isso
porque muitas vezes as perguntas pedem que a pessoa
avalie uma questão, partes ou o próprio questionário e
isso pode estimular aspectos relacionados
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Caicedo Cavagnis, E., & Zalazar-Jaime, MF
com a conceção do questionário, quando na realidade o foco
deveria ser colocado no entrevistado como aquele que fornece
informação (narra) sobre o seu processo de resposta (Willson
& Miller, 2014). De fato, um exemplo consiste em perguntar
ao participante por que ele pensa em determinada pergunta
e não por que respondeu da maneira que respondeu.
As CAs de coleta de
dados podem ser feitas simultaneamente ou
retrospectivamente (Willson & Miller, 2014). Nos estudos de
validade, eles geralmente são realizados por meio de um
design retrospectivo, sendo realizados em um laboratório
equipado com material audiovisual para registrar o processo
(Padilla & Benítez, 2014), sendo ideal passar por um processo
de redução de impostos uma vez o estudo está terminado. EC.
Na pesquisa retrospectiva, o teste é respondido em
condições semelhantes às que serão aplicadas no futuro e,
a seguir, inicia-se a entrevista propriamente dita em sessão
de interrogatório. Esse tipo de pesquisa é útil ao testar
questionários autoaplicáveis e nos estágios finais de seu
desenvolvimento. Refira-se que esta modalidade, em dois
passos, pode afetar a recuperação e a memória do que a
pessoa estava a pensar ao responder ao teste, ao invés de
fornecer explicações fictícias na sessão de interrogatório.
Ao contrário disso, a votação simultânea tem a vantagem de
que a informação a ser perguntada é atual ao mesmo tempo,
porque se desenvolve em um ciclo onde o entrevistador faz a
pergunta, o entrevistado responde e então a entrevista é
realizada. a pergunta que ele respondeu (Willis, 1999).
Independentemente da modalidade, a pesquisa é
realizada por meio de perguntas delimitadas (previamente
escritas) ou espontâneas (durante a entrevista), que
apresentam suas vantagens e desvantagens. A formulação
das perguntas depende do número de entrevistadores / , dele
especialistas e do tipo de perguntas a serem feitas; O que se
sugere é estabelecer uma combinação dos dois tipos de
perguntas (delimitadas e espontâneas), enquanto a interação
entrevistador-entrevistado frequentemente admite que
perguntas espontâneas podem ser ricas em informações
que, por meio de um protocolo estritamente delimitado, não
desenvolveriam.
Um aspecto importante refere-se à duração das
entrevistas. A esse respeito, Willis (1999) sugere que
entrevistas de uma hora são ótimas, pois uma duração maior
gera demanda excessiva para a pessoa. A ideia central é a
flexibilidade; Deve-se sempre lembrar que na interação
entrevistador-entrevistado haverá aspectos que não podem
ser controlados e que certamente nos obrigarão a sair do
protocolo pré-estabelecido. Neste ponto, a única sugestão é
que não sejam realizadas mais do que três entrevistas por
dia, pois tanto a preparação prévia quanto o desenvolvimento
das entrevistas demandam tempo, atenção e cuidado (Willis,
1999).
366 Avaliação Psicológica, 2018, 17(3), pp. 362-370
Protocolo de entrevista As CAs
são semiestruturadas e são guiadas por um protocolo
com instruções utilizadas para apresentar o estudo e indicar
o papel que se espera que o participante desempenhe (Tabela
2). O protocolo permite que o entrevistador faça perguntas
relevantes para acessar o processo psicológico e as
operações cognitivas dos entrevistados (Padilla & Benítez,
2014).
É importante que o entrevistado seja informado, antes
do início, que não estará coletando informações pessoais,
mas que estará testando um questionário que contém um
conjunto de perguntas que podem ser difíceis de entender,
responder e/ou que em alguns casos podem não fazer
sentido. Assim, é importante lembrar que, embora a pessoa
vá responder às perguntas do questionário, estamos
interessados principalmente nas formas como ela chega a
essas respostas e nos problemas que encontra (por exemplo,
a clareza e a inteligibilidade das frases). .mais do que a
resposta ao questionário. Nesse ponto, a crítica e a liberdade
de expressão devem ser incentivadas, pois as pessoas,
devido a certos aspectos relacionados à desejabilidade social,
tendem a se comportar da maneira mais benevolente possível
e talvez não digam tudo o que gostariam de dizer sobre uma
questão.
Independentemente da modalidade ou técnica
selecionada para AC, é importante contar com entrevistadores
experientes, treinados nos objetivos específicos do estudo e,
idealmente, com experiência prática nesse processo. Uma
possibilidade é treinar um grupo de pessoas nessa
metodologia e que depois se responsabilize por treinar outras
pessoas, escolher os entrevistados e desenvolver toda a
logística do processo; E embora o número de entrevistas não
seja extenso, quanto maior for o número de entrevistadores,
maiores serão as opiniões e a riqueza da informação obtida
do que se um único entrevistador se encarregasse de realizar
todas as entrevistas (Willis, 1999).
Notas sobre a análise de dados Há uma
variedade de métodos usados para analisar os resultados,
nenhum dos quais é necessariamente melhor que o outro
(Miller, Willson, Chepp e Ryan, 2014; Willis, 1999). Por
exemplo, há quem ouça atentamente as gravações de cada
entrevista, outros trabalhem as notas que tomaram durante
as mesmas, elaborando um relatório para depois comparar a
produção dos diferentes entrevistados, e ainda outros
entrevistadores que recuperam a resposta exata fornecida
por cada participante para cada pergunta. No entanto, o
processo analítico das ICs orienta o tipo de conclusões que
podem ser feitas e, por isso, é importante, para agregar valor
às análises, realizar um estudo sistemático e transparente
(Miller et al., 2014) , requisitos que têm sido criticados por
diferentes autores (Fowler, Lloyd, Cosenza & Wilson, 2014).
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Entrevistas Cognitivas

Tabela 2
Informações relevantes de um protocolo de EC, retiradas de Cabanillas, Choque, Ramos, Pereno & Caicedo Cavagnis (2017)

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer a sua colaboração neste estudo.

saudação inicial Para nós, sua participação é muito importante e nos ajudará a desenvolver uma parte
central de nossa pesquisa.

Apresentação do estudo Este estudo insere-se no âmbito de um Estágio Supervisionado de Investigação em que se pretende analisar
a relação entre [detalhes do estudo e a sua organização].

Especificamente, o objetivo deste estudo é investigar como um questionário destinado a avaliar o

desempenho esportivo individual na competição de rugby é interpretado e compreendido... [sugere-se
O propósito do estudo
fornecer detalhes do questionário que será aplicado durante a entrevista]

Nesta entrevista, o objetivo é analisar o entendimento do formulário e suas categorias de análise, ou

seja, se forem claras, qual é a sua opinião sobre o desempenho esportivo no rugby e como você
Objetivo da entrevista
interpreta as questões deste formulário com base em sua experiência como treinador de rugby
Todas as informações que nos fornecer serão tratadas de forma anónima e confidencial.

Confidencialidade e uso O acesso às informações é restrito aos membros da equipe de pesquisa e serão utilizadas para fins de pesquisa
de informações e divulgação científica relacionados aos objetivos deste estudo. Da mesma forma, a entrevista será gravada
pessoais para facilitar a análise das informações, e também farei anotações no decorrer da mesma.

Primeiro vou entregar o questionário com as perguntas e as instruções de como respondê-las. Não esqueça
Processo de ler as instruções antes de responder ao questionário… [especificações sobre a técnica de
votação a ser utilizada].
duvidas Você tem alguma dúvida sobre o que acabei de lhe dizer?... Vamos começar então.

Nesse sentido, Boeije & Willis (2013) indicaram que a
análise das ICs constitui a caixa preta dos relatos das
entrevistas, pois raramente é descrito como o processo foi
realizado. Assim, por um lado, a sistematicidade possibilita
que nenhum caso seja priorizado ou descartado sobre os
demais e, por outro lado, alude à transparência favorecendo
a clareza na forma como os casos são analisados e a que
conclusões se chega. Fowler e outros. (2014) gerou duas
modificações no processo de CA para dar transparência a
esse processo, por um lado, realizando pesquisas específicas
para todas as questões até considerar que cada etapa do
processo formulado por Tourangeau (1984) foi avaliada e ,
por outro lado, selecionar entrevistadores
especialistas independentes para julgar as entrevistas
realizadas, apontando quais áreas têm dificuldades e quais não.
A análise é um processo de redução, organização e
explicação dos resultados que pode ser conceituada em
cinco etapas iterativas (realizar a entrevista, sintetiza-la,
compará-la entre os entrevistados, compará-la por subgrupos
e tirar conclusões; ver Tabela 3 ) que exigem, por parte do
pesquisador, que uma série de decisões analíticas sejam
tomadas sobre essa informação.
A cada etapa há uma redução de dados que permite sem
síntese de como as pessoas se comportam diante de
determinada questão, objetivo final dos ICs. Assim, ao mesmo
tempo em que se reduz a informação, também se ganha uma
compreensão de como funciona a referida questão (Miller et al., 2014).

Tabela 3
Diagrama de análise e redução das informações obtidas através do CE
etapas de análise Resultado
1. Conduza a entrevista coletar informação
2. Sintetize as informações Sínteses detalhadas de informações

3. Compare as informações entre os participantes 4. Compre esquema temático

entre os grupos 5. Conclusões Esquema avançado por grupos
Conclusões finais das informações

É importante lembrar que os QAs são um processo mais faz a entrevista para determinar as implicações das
qualitativo do que quantitativo, por isso é importante prestar descobertas. Outro aspecto que deve ser considerado refere-
atenção, mais do que à repetição ou respostas globais dos se à existência de diferenças, quanto aos atributos dos
entrevistados, ao "julgamento clínico" de quem entrevistados, em relação àqueles que

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Caicedo Cavagnis, E., & Zalazar-Jaime, MF
eles serão avaliados com o próprio questionário e, em
caso afirmativo, avaliarão o quão inválidos são os
resultados. Além disso, o pesquisador deve se
questionar sobre os seguintes aspectos: o quanto
diferem as condições de aplicação do EC (laboratório)
e a aplicação final (trabalho de campo)? a amostra é
grande o suficiente? (Willis, 1999). Essas reflexões são torna-se padronizado. Não é necessário nenhum
importantes porque os CAs são frequentemente
criticados quando comparados aos testes-piloto,
porque a amostra é muito pequena ou porque há
diferenças nos ambientes de avaliação. No entanto,
deve-se lembrar que o objetivo dos CAs não é fazer
uma estimativa estatística, mas sim conhecer o
processo de resposta dos possíveis participantes e
analisar as dificuldades para aprimorar o instrumento
de medida. Como se pretende destacar, o número de
entrevistas nem sempre é uma vantagem em relação à qualidade
Apesar da utilidade das CAs, elas podem levar a
conclusões incompletas, errôneas ou enganosas, ou
seja, podem identificar problemas que não ocorrem no
processo real de avaliação (erros de comissão), ou não
identificar problemas que ocorrem (erros). omissão)
ou, ainda, seus resultados podem ser inconsistentes
quando realizados por diferentes pesquisadores (erros
de consistência interna do método; Beatty & Willis,
2007). Atualmente, tem havido progresso na concepção
de programas estatísticos para analisar dados de IC
(por exemplo, Q-suite; ver Mezetin & Massey, 2014
para uma revisão), que têm a vantagem de lidar com
uma grande quantidade de informação. , através de
certos processos de codificação, interpretação, busca
de padrões e geração de resultados.
Notas sobre quem conduz a entrevista
Ao longo deste trabalho, pouco se falou sobre a
posição epistemológica de quem conduz a entrevista,
aspecto que não só impactará o processo, como
também afetará as análises posteriores realizadas com
o material obtido. Es importante con siderar que los/
las investigadores/as poseen juicios acerca de las
personas (cuánto saben, cómo saben, o si son o no
capaces de comunicar, por ejemplo) que son impor
tantes de reconocer puesto que mediatizarán el proceso
de entrevista y análise. Conhecer a posição
epistemológica do entrevistador e tornar visíveis suas
crenças e o que deseja no momento da entrevista é
importante, pois configura a forma como ele dará
sentido às informações. Assim, pode adotar uma
abordagem objetiva, que busca compreender os
processos cognitivos independentemente do contexto
sociocultural das pessoas, ou uma abordagem
interpretativa que se concentra em como as
interpretações e experiências de vida fornecem dados
sobre o processo de pensamento. Wilson e Miller, 2014).
Por sua vez, também é importante esclarecer o
papel do entrevistador em relação à sua função:
368 Avaliação Psicológica, 2018, 17(3), pp. 362-370
Você coleta dados ou investiga? No primeiro caso, o
objetivo é coletar informações relacionadas aos
processos cognitivos e exige que elas sejam mantidas
o mais ausente possível para não contaminar o
processo de pensamento da pessoa e não enviesar a
precisão e validade dos dados, portanto, o processo
treinamento ou experiência em metodologia qualitativa.
No segundo caso, requer conhecimento de metodologia
qualitativa porque estuda os significados; Assim, a
entrevista é uma interação complexa na qual ele
desempenha um papel ativo na coleta de informações,
examinando possíveis contradições, inconsistências ou
lacunas na narrativa do participante, implementando
habilidades que permitem formular sondagens
adicionais para ter uma história. o processo cognitivo
da pessoa
dos dados
(Willson
(Willis,
& Miller,
1999).
2014).
Discussão
Os CTs são uma ferramenta importante que,
desde o seu surgimento, gradualmente adquiriu
reconhecimento nos processos de construção e
validação de questionários em diferentes disciplinas
(por exemplo, Mohorko & Hlebec, 2016; Eddy, Khastou,
Cook & Amtmann, 2011 ; Dietrich & Ehrlnspiel , 2010),
tornando-se uma das técnicas mais frequentes para
avaliar evidências de validade com base no processo de resposta.
O conhecimento desta metodologia por parte dos
investigadores é extremamente importante, pois permite-
lhes interpretar os itens de um questionário de forma
clara e inequívoca, através de uma inspeção do
processo cognitivo do entrevistado (Padilla & Benítez,
2014), evitando possíveis preconceitos (Miller, 2014).
Além disso, Willis & Zahnd (2007) destacam a
crescente diversidade da população no que diz respeito
às suas características, e a importância de se atentar
para os diversos contextos multiculturais, tornando a
CE uma ferramenta capaz de adequar os diferentes
enunciados de acordo com a interpretação feito por um
determinado grupo de pessoas.
Vale lembrar que os CTs devem vir acompanhados
de outra série de estudos complementares com o
objetivo de fortalecer a solidez do trabalho, como os
estudos de evidências baseadas em conteúdo. Dessa
forma, as informações coletadas fornecerão múltiplas
fontes de evidência para uma melhor qualidade do item
e/ou questão, evidenciando a necessidade de reavaliar
as questões revisadas para verificar se as modificações
feitas surtiram o efeito desejado.
Além disso, um debate presente na literatura
reside em esclarecer se o EC corresponde a um
processo sistemático estabelecido para executar uma
tarefa a fim de atingir um objetivo predeterminado
(método) ou se constitui um procedimento ou conjunto
de regras, normas ou protocolos que objetivo de obter
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Entrevistas Cognitivas

um determinado resultado (técnica). Embora ao longo na implementação de alguma ou outra ferramenta

deste manuscrito ambos os termos tenham sido
utilizados de forma equivalente, é importante esclarecer
o leitor sobre este aspecto. Assim como o movimento
CASM, os autores consideram que o CE constitui uma
técnica, pois é uma ferramenta para abordar o
conhecimento (por exemplo, investigar os processos
cognitivos dos participantes), que não responde a um
modelo estritamente padronizado. , pelo contrário ,
dependendo do objetivo perseguido pelo pesquisador, pode se
particular.
Em síntese, o objetivo deste trabalho consistiu em
revisar e sistematizar as informações sobre EC de
forma a disponibilizar esta técnica ao leitor,
exemplificando tanto sua aplicação quanto sua
interpretação na pesquisa psicológica. Para isso, ao
longo do artigo foram identificadas cada uma das
etapas de planejamento, elaboração e interpretação
dessa
basear
metodologia, e foi oferecida uma série de exemplos que perm

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recebido em janeiro de 2018

aprovado em setembro de 2018

Sobre os autores

Estefania Caicedo Cavagnis é graduada em Psicologia pela Universidade Nacional de Córdoba. Doutoranda em Psicologia (Faculdade de Psicologia,
UNC). Instituto de Pesquisas Psicológicas (IIPsi – CONICET – UNC). Professor auxiliar de Metodologia de Pesquisa Psicológica e professor responsável
pelo seminário eletivo não permanente Introdução à Psicologia do esporte e do exercício físico: aplicações ao alto rendimento esportivo.

Mauricio Federico Zalazar-Jaime é formado em Psicologia pela Universidade Nacional de Córdoba (UNC). Doutoranda em Psicologia. Trabalhou
como aluno e assistente de professor em diferentes departamentos do curso de Psicologia (UNC). Professor das disciplinas Técnicas e Instrumentos de
Exploração II e Metodologia da Investigação Psicológica (Universidade do Século XXI).

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