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Instituição: Faculdade Luciano Feijão

Curso: Arquitetura e Urbanismo


Disciplina: Estúdio Urbano I
Professora: Sara. Rosa.
Aluna: Isabel Cristina Dourado Vasconcelos

Relatório
Le Corbusier, Carta de Atenas e Kevin Lynch

Le Corbusier é um dos grandes arquitetos do século XX e uma figura proeminente


do modernismo, é através dele que conseguimos entender o contexto de muitos
elementos artísticos e arquitetônicos de grande influência do século, principalmente
nas grandes evoluções tecnológicas e nas aplicações tecnológicas no sentido
estrutural e estético, principalmente quando se trata de formas.

Charles Edouard Jeanneret, conhecido como Le Corbusier, conjunto nasceu em 6


de outubro de 1887 em Chaux-de-Fonds, Suíça. O mesmo foi arquiteto urbanista,
artista, membro fundador do CIAM (Congresso Internacional de Arquitetura
Moderna), além de suas grandes teorias que mudaram a cara da arquitetura
moderna, ele preparou um grande plano para o plano mestre para a cidade de
Chandigarh, na Índia, que tem muita relação com a cidade de Brasília e foi o maior
contribuinte para a linguagem moderna da arquitetura.

Le Corbusier, foi responsável por alguns planos fundamentais em alguns planos do


urbanismo racionalista insuperáveis em termos ideológicos como formais, traçados
geométricos e princípios funcionalistas.

Em 1922, apresentou o modelo utópico em três setores distintos, cinturões verdes, a


presença das vias bem delimitadas, pensadas para o fluxo dos transportes e por
ultimo a verticalização, inserindo os prédios altos e as vilas.

O mesmo defende a ideia das vias lineares assim como Kevin Lynch, que no seu
livro, defende a constância das vias e dos sentidos. O movimento moderno segue
um modelo de cidade setorizada, com estruturas independentes, como as cidades
jardins.

O congresso internacional de arquitetura moderna, foi fundado em 1928 e dissolvido


em 1959, as ideias do CIAM, nascem quando começam a surgir vários problemas
devido a revolução industrial que gerou caos nas cidades. O congresso tinha como
proposta melhorar e transformar a sociedade, que se tornou um dos principais
fóruns de discussão funcionalista que propôs um quadro de projeto universal de
intervenções no meio urbano, que dividia a cidade por funções, como trabalho,
moradia, institucional, transporte e lazer e assim cada função corresponde a um
tratamento urbano e arquitetônico específico e seus determinados espaços. Esse
movimento foi de grande influência, não afetou somente a arquitetura e a paisagem,
respingou também nos setores econômicos e na vida das pessoas.

Em 1933, surgiu a carta de Atenas, um documento que adotou um conceito


funcional de arquitetura moderna e urbanismo, foi bem provocativo para a época, as
ideias foram amplamente adotadas por urbanistas na reconstrução da Europa após
a segunda guerra mundial.

A carta de Atenas é um manifesto de um plano urbanístico, como um mapa de


planejamento da cidade com base em discussões e ideias e foi muito importante
para o planejamento das cidades na Europa.

Segundo o site Urbanidades, Kevin Lynch é um dos grandes autores do Urbanismo,


responsável por uma das obras mais famosas e mais influentes: A Imagem da
Cidade. Nela, ele destaca a maneira como percebemos a cidade e as suas partes
constituintes, baseado em um extenso estudo em três cidades norte-americanas, no
qual pessoas eram questionadas sobre sua percepção da cidade, como
estruturavam a imagem que tinham dela e como se localizavam.

Lynch identificou cinco elementos, as vias, os limites, os bairros, pontos nodais,


cruzamentos e por fim, falou dos elementos todos em conjuntos, ele fala de cada
elemento e de seu impacto na sociedade, o mesmo nos mostra que cada indivíduo
contém uma perspectiva da cidade através da organização dela.

Um dos principais conceitos trabalhados é a legibilidade, esse conceito traz consigo


o peso que uma distribuição de elementos causa para com o outro, pelo meio visual
da paisagem urbana, se o entorno transmite uma má organização de vias ou de
delimitações de elementos, as pessoas que passam por aquela cidade ou até
mesmo as que nela habitam, tendem a se sentirem desorientadas ou insatisfeitas
com o que é visto.

Estruturar e identificar o ambiente é uma habilidade vital para todos os animais que
se movem e, por outro lado, a sensação de desorientação é angustiante para quem
vivencia a cidade. Um ambiente legível oferece segurança e possibilita uma
experiência urbana mais intensa, uma vez que a cidade explore seu potencial visual
e expresse toda a sua complexidade. (SABOYA, Renato. Kevin Lynch e a imagem
da cidade. Urbanidades, 2008.)

A percepção sobre o ambiente, segundo Lynch, deve ter três preceitos a serem
reparados, como estrutura, identidade e significado. A visão que você tem de
mundo, a distinção que você cria sobre algo e sua relação com o espaço, demonstra
sua identidade.
Mas, a imagem da cidade deve incluir um padrão espacial ou se assentar com o
entorno, para que seja um espaço harmônico para seus observadores, dito isso,
estamos falando da estrutura. Já o significado, deve aparecer para os observadores,
seja ele, prático ou emocional, mas está mais recluso a identidade e sua colocação
dentro de uma estrutura.

Os três “tópicos” que foram citados, juntos, fazem com que a cidade seja um
ambiente organizado e com um modelo que acredita – se, que, sendo estabelecido
torna a cidade um lugar de melhor uso e de qualidade para seus observadores e
moradores de suas artérias.
Uma cidade com imageabilidade (aparente, legível ou visível), nesse sentido, seria
bem formada, distinta, memorável; convidaria os olhos e ouvidos a uma maior
atenção e participação. (LYNCH, 1960, p. 10)

Referências bibliográficas:

LYNCH, Kevin. A imagem da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 2011.


SABOYA, Renato. Kevin Lynch e a imagem da cidade. Urbanidades, 2008.
CIAM. Carta de Atenas. Assembléia do CIAM. Novembro de 1993.

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