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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA


BIONORTE - REDE DE BIODIVERSIDADE E BIOTECNOLOGIA DA AMAZÔNIA LEGAL

Tema: Uso de bactérias endofíticas e Trichoderma spp. no controle biológico de doenças


e na promoção de crescimento de plantas
Palestrante: Alessandra Keiko Nakasone
Aluna: Lídia Dely Alves de Sousa
Data: 09/05/2023, Macapá/AP

Resenha:
A aula tratou sobre controle biológico de doenças a partir do potencial de bactérias
endofíticas e Trichoderma spp., assim como a promoção do crescimento de plantas. Para
que ocorra uma doença, é necessário que haja um patógeno com virulência, um
hospedeiro suscetível e um ambiente favorável. Com base nisso, foram exemplificados
alguns tipos de doenças que acometem plantas como a mandioca e a pimenta do reino.
Esses exemplos representam os tipos de patógenos de maior dificuldade de controle
efetivo, sendo necessário o controle biológico. O controle biológico é a utilização de um
microrganismo para controlar um patógeno. Ele ocorre de forma direta, em que se faz uso
de matéria orgânica que aumenta a atividade de antagonistas ao patógeno e direta, em
que há a introdução de antagonistas em contato ou na região de contato do patógeno
(solo, por exemplo). Já existem muitos agentes de controle biológicos com eficiência
reconhecida por estudos tanto em vírus, bactérias, quanto fungos. Os mecanismos das
interações com os antagonistas estão relacionados às relações ecológicas negativa para
o patógeno, sendo elas: competição, antibiose, hipovirulência e parasitismo. Além disso,
há indutores de resistência química ou induzida das plantas para fortalecer essa
resistência específica ao patógeno. Essa última tem a vantagem de ser bastante
eficiência a longo prazo e diminuir gastos com novas inserções, por exemplo, de
agrotóxicos, assim como as demais. Para conhecer mais, foi apresentado o AGROFIT,
que é um site de busca com filtros para selecionar os diferentes tipos de produtos de
controle. As bactérias endofíticas são microrganismos que vivem no interior de plantas,
mas não causam nenhum dano a elas. Elas são responsáveis pelo controle biológico das
plantas conferindo a elas resistência induzida e antagonismo aos microrganismos. Além
disso, promovem o crescimento delas a partir de fixação de nitrogênio, antagonismo a
fitopatógenos, produção de fitohormônios e auxílio na absorção de nutrientes. Há uma
metodologia de isolamento para determinar uma bactéria endofítica. Para isso, é feita a
seleção de plantas aparentemente saudáveis. Após isso, elas são levadas para
laboratório, na qual é lavada em álcool 70%. Faz-se, então, a lavagem 2 duas vezes com
água destilada por 10 minutos. Em seguida, macera, agita, faz diluição em série, o
mapeamento e seca. Por fim, faz-se a análise. Ainda há uma etapa de contraprova, em
que se seleciona algumas das amostras finais e as adiciona na água destilada, se houver
crescimento bacteriano, deve-se descartar a amostra e refazer todo o experimento. Foram
mostrados os trabalhos desenvolvidos pela EMBRAPA com base nessas bactérias
endofíticas e os sucessos com as pesquisas em relação ao controle biológico.

Lídia Dely Alves de Sousa, BIONORTE – AP, 2023. RESENHA 2.

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