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DL236 2003 Atmosferas Explosivas PDF
DL236 2003 Atmosferas Explosivas PDF
(1) (2)
C — Impurezas botânicas
1 — Alperces — Prunus americana L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
2 — Amêndoas amargas — Prunus dulcis (Mill.) D. A. Webb var. amara (DC) Focke Todas as matérias-primas para alimentação animal.
[=Prunus amygdalus Batsch var. amara (DC). Focke].
3 — Farinha não descorticada de faia — Fagus silvatica (L.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
4 — Camelina — Camelina sativa (L.) Crantz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
5 — Mowrah, Bassia, Madhuca — Madhuca longifolia (L.) Macbr.(=Bassia longifolia Todas as matérias-primas para alimentação animal.
L= Illipe malabrorum Engl.) Madhuca indica Gmelin [=Bassia latifolia (Roxb)=
Illipe latifolia (Roscb) F. Mueller].
6 — Purgueira — Jatropha curcas L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
7 — Cróton — croton tiglium L. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
8 — Mostarda-da-índia — Brassica juncea (L.) Czern. e Coss ssp Intergrifolia (West) Todas as matérias-primas para alimentação animal.
Thell.
9 — Mostarda-de-sarepe — Brassica juncea (L.) Czern e Coss. ssp Juncea . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
10 — Mostarda-da-china — Brassica juncea (L.) Czern. e Coss. ssp. Juncea var. Lutea Todas as matérias-primas para alimentação animal.
batalin.
11 — Mostarda-preta — Brassica nigra (L.) Koch . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
12 — Mostarda-da-etiópia — Brassica carinata A. Braun . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Todas as matérias-primas para alimentação animal.
prescrições mínimas destinadas a promover a melhoria b) «Área perigosa» uma área na qual se pode for-
da protecção da segurança e da saúde dos trabalhadores mar uma atmosfera explosiva em concentrações
susceptíveis de exposição a riscos derivados de atmos- que exijam a adopção de medidas de prevenção
feras explosivas no local de trabalho. especiais a fim de garantir a segurança e a saúde
dos trabalhadores abrangidos;
Artigo 2.o c) «Área não perigosa» uma área em que não é
provável a formação de atmosferas explosivas
Âmbito em concentrações que exijam a adopção de
1 — O presente diploma é aplicável à administração medidas preventivas especiais.
pública central, regional e local, aos institutos públicos
e demais pessoas colectivas de direito público, e a todos 2 — As referências aos princípios gerais de prevenção
os ramos de actividade dos sectores privado, cooperativo da segurança, higiene e saúde no trabalho entendem-se
e social, bem como a trabalhadores independentes, no como remissões para o regime aplicável em matéria de
que respeita aos trabalhos susceptíveis de expor os tra- segurança, higiene e saúde no trabalho.
balhadores a riscos derivados de atmosferas explosivas.
2 — O presente diploma não abrange: Artigo 4.o
a) As áreas utilizadas directamente no tratamento Classificação das áreas perigosas
médico de doentes e durante o mesmo;
b) A utilização de aparelhos a gás, nos termos do 1 — As áreas perigosas são classificadas, em função
Decreto-Lei n.o 130/92, de 6 de Julho; da frequência e da duração da presença de atmosferas
c) O fabrico, manipulação, utilização, armazena- explosivas, nas seguintes zonas:
gem e transporte de explosivos ou substâncias a) Zona 0 — área onde existe permanentemente
quimicamente instáveis; ou durante longos períodos de tempo ou com
d) As indústrias extractivas abrangidas pelo Decre- frequência uma atmosfera explosiva constituída
to-Lei n.o 324/95, de 29 de Novembro, na redac- por uma mistura com o ar de substâncias infla-
ção dada pela Lei n.o 113/99, de 3 de Agosto;
máveis, sob a forma de gás, vapor ou névoa;
e) Os transportes rodoviários abrangidos pelo Regu-
lamento Nacional de Transporte de Mercado- b) Zona 1 — área onde é provável, em condições
rias Perigosas por Estrada, a que se refere o normais de funcionamento, a formação ocasio-
Decreto-Lei n.o 77/97, de 5 de Abril, na redacção nal de uma atmosfera explosiva constituída por
dada pelo Decreto-Lei n.o 76/2000, de 9 de uma mistura com o ar de substâncias inflamá-
Maio; veis, sob a forma de gás, vapor ou névoa;
f) Os transportes ferroviários abrangidos pelo c) Zona 2 — área onde não é provável, em con-
Regulamento Nacional de Transporte de Mer- dições normais de funcionamento, a formação
cadorias Perigosas por Caminho de Ferro, apro- de uma atmosfera explosiva constituída por uma
vado pelo Decreto-Lei n.o 227-C/2000, de 22 mistura com o ar de substâncias inflamáveis,
de Setembro; sob a forma de gás, vapor ou névoa, ou onde
g) Os transportes marítimos abrangidos pela Con- essa formação, caso se verifique, seja de curta
venção da Organização Marítima Internacional, duração;
anexa ao aviso do Ministério dos Negócios d) Zona 20 — área onde existe permanentemente
Estrangeiros publicado no Diário da República, ou durante longos períodos de tempo ou com
1.a série, n.o 76, de 2 de Abril de 1986, com frequência uma atmosfera explosiva sob a forma
emendas aprovadas, para aceitação, pelo de uma nuvem de poeira combustível;
Decreto n.o 10/94, de 10 de Março; e) Zona 21 — área onde é provável, em condições
h) Os transportes aéreos abrangidos pela Conven- normais de funcionamento, a formação ocasio-
ção sobre Aviação Civil Internacional, aprovada nal de uma atmosfera explosiva sob a forma
pelo Decreto-Lei n.o 36 158, de 17 de Fevereiro de uma nuvem de poeira combustível;
de 1947; f) Zona 22 — área onde não é provável, em con-
i) O transporte de mercadorias perigosas ou poluen- dições normais de funcionamento, a formação
tes em navios com origem, destino ou em trân- de uma atmosfera explosiva sob a forma de uma
sito em portos nacionais, regulado pelo Decre- nuvem de poeira combustível, ou onde essa for-
to-Lei n.o 94/96, de 17 de Julho. mação, caso se verifique, seja de curta duração.
3 — As exclusões referidas no número anterior não 2 — Considera-se condição normal de funcionamento
se aplicam a meios de transporte destinados à utilização a situação de utilização das instalações de acordo com
em atmosferas potencialmente explosivas. os parâmetros que presidiram à respectiva concepção.
1 — Para efeitos do presente diploma, entende-se 1 — O empregador deve avaliar de forma global os
por: riscos de explosão, tendo em conta as obrigações gerais
do empregador previstas no regime aplicável em matéria
a) «Atmosfera explosiva» uma mistura com o ar, de segurança, higiene e saúde no trabalho e nomea-
em condições atmosféricas, de substâncias infla- damente os seguintes aspectos:
máveis, sob a forma de gases, vapores, névoas
ou poeiras, na qual, após a ignição, a combustão a) A probabilidade de ocorrência de atmosferas
se propague a toda a mistura não queimada; explosivas, bem como a sua duração;
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a) As fugas e libertações, intencionais ou não, de 1 — Nas áreas onde se possam formar atmosferas
gases, vapores, névoas inflamáveis ou poeiras explosivas devem ser utilizados equipamentos e sistemas
combustíveis que possam dar origem a risco de de protecção que correspondam às categorias definidas
explosão sejam desviadas de forma adequada pelo Decreto-Lei n.o 112/96, de 5 de Agosto, e pela
ou removidas para local seguro ou, se tal não Portaria n.o 341/97, de 21 de Maio, salvo disposição
for praticável, confinadas de forma segura ou em contrário do manual de protecção contra explosões.
neutralizadas por outro método adequado; 2 — Nas áreas onde se possam formar atmosferas
b) As medidas de protecção a aplicar em atmos- explosivas serão nomeadamente utilizadas as seguintes
feras explosivas que contenham vários tipos de categorias de equipamento que sejam adequados para
gases, vapores, névoas ou poeiras inflamáveis gases, vapores, névoas ou poeiras:
ou combustíveis correspondam ao potencial de a) Nas zonas 0 e 20, aparelhos da categoria 1;
risco mais elevado; b) Nas zonas 1 e 21, aparelhos da categoria 1 ou 2;
c) Os trabalhadores disponham de vestuário de c) Nas zonas 2 e 22, aparelhos da categoria 1, 2
trabalho adequado, constituído por materiais ou 3.
que não originem descargas electrostáticas sus-
ceptíveis de inflamar atmosferas explosivas;
d) A instalação, os equipamentos, os sistemas de Artigo 13.o
protecção e os respectivos dispositivos de liga- Dever de coordenação
ção só sejam postos em serviço se o manual
de protecção contra explosões indicar que 1 — Se estiverem presentes trabalhadores de várias
podem ser utilizados com segurança na presença empresas no mesmo local de trabalho, cada empregador
de atmosferas explosivas e se os seus dispositivos é responsável pelas actividades que estejam sob o seu
de ligação estiverem claramente identificados; controlo.
e) O local de trabalho, os equipamentos de tra- 2 — Sem prejuízo da responsabilidade individual de
balho e os respectivos dispositivos de ligação cada empregador, prevista no regime aplicável em maté-
postos à disposição dos trabalhadores sejam ria de segurança, higiene e saúde no trabalho, o empre-
concebidos, construídos, montados, instalados, gador responsável pelo local de trabalho coordenará a
mantidos e utilizados de forma a minimizar ou aplicação das medidas relativas à segurança e saúde dos
a controlar os riscos de explosão e a sua pro- trabalhadores e especificará no manual de protecção
pagação no local e nos equipamentos de tra- contra explosões a finalidade, as medidas e os proce-
balho; dimentos de execução dessa coordenação.
f) Os trabalhadores sejam alertados por sinais
ópticos e ou acústicos da necessidade de aban- Artigo 14.o
donarem o local de trabalho antes de se veri-
ficarem as condições susceptíveis de originar Disposições especiais aplicáveis a equipamentos e locais de trabalho
uma explosão; 1 — Os equipamentos de trabalho que estejam em
g) As saídas de emergência sejam mantidas em utilização em áreas onde se possam formar atmosferas
boas condições de forma que, em caso de perigo, explosivas antes da entrada em vigor do presente
os trabalhadores possam sair das instalações diploma e cujas condições de utilização não sejam
rapidamente e em segurança; objecto de legislação específica devem satisfazer as pres-
h) Antes de os locais de trabalho que incluam áreas crições mínimas previstas no artigo 11.o
onde se possam formar atmosferas explosivas 2 — Os equipamentos de trabalho que sejam utili-
serem utilizados pela primeira vez, deve ser veri- zados pela primeira vez em áreas onde se possam formar
ficada a segurança do conjunto das instalações atmosferas explosivas depois da entrada em vigor do
por uma pessoa com conhecimentos técnicos no presente diploma devem satisfazer as prescrições míni-
domínio da protecção contra explosões. mas previstas nos artigos 11.o e 12.o
3 — Os locais de trabalho onde se possam formar
2 — Se a avaliação de riscos o exigir, os aparelhos atmosferas explosivas cujo funcionamento se inicie
e sistemas de protecção devem: depois da entrada em vigor do presente diploma devem
a) Ser mantidos em condições de funcionamento satisfazer as prescrições mínimas estabelecidas no pre-
eficaz, independentemente do resto das insta- sente diploma.
lações, nas situações em que um corte de energia 4 — Os locais de trabalho onde se possam formar
possa originar perigos adicionais; atmosferas explosivas que estejam em funcionamento
b) Poder ser desligados manualmente por traba- antes da entrada em vigor do presente diploma devem
lhadores devidamente qualificados, sem satisfazer, no prazo máximo de três anos após aquela
comprometer a sua segurança, se estiverem data, as prescrições mínimas estabelecidas no presente
incorporados em processos automáticos que se diploma.
afastem das condições de funcionamento pre- 5 — As modificações, ampliações ou transformações
vistas; de locais de trabalho onde se possam formar atmosferas
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explosivas, realizadas depois da entrada em vigor do Trabalho, que poderá delegá-la nos subinspectores-ge-
presente diploma, devem satisfazer as prescrições míni- rais e nos dirigentes com competência inspectiva.
mas neste estabelecidas.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 10
de Julho de 2003. — José Manuel Durão Bar-
Artigo 15.o roso — Maria Manuela Dias Ferreira Leite — António
Formação, informação e consulta dos trabalhadores Manuel de Mendonça Martins da Cruz — João Luís Mota
de Campos — Carlos Manuel Tavares da Silva — António
1 — O empregador deve proporcionar aos trabalha- José de Castro Bagão Félix.
dores que prestam serviço em áreas onde se possam
formar atmosferas explosivas uma formação adequada Promulgado em 11 de Setembro de 2003.
à protecção contra explosões.
2 — O empregador deve assegurar a informação e Publique-se.
a consulta dos trabalhadores e dos seus representantes O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
para a segurança, higiene e saúde no trabalho sobre
a aplicação das disposições do presente diploma. Referendado em 13 de Setembro de 2003.