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A Linha Africana da Umbanda:

O Legado dos Kimbandas

Prof. Cláudio Zeferino/QA


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A Religião de Umbanda, ao se definir
como exclusivamente nacional, de
alguma maneira infligiu uma morte
branca a seu passado negro.

Como uma religião brasileira, a


Umbanda foi obrigada a integrar sua
cosmologia às contradições de uma
sociedade de classe, que assina ao
negro uma posição subalterna dentro de
um mundo de dominância branca.

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QUAL DEVE SER O FOCO E A REFERÊNCIA DO
MÉDIUM UMBANDISTA QUE SE ENCONTRA
PERDIDO?

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O KIMBANDA, trabalhando para uma pessoa
determinada, vai estabelecer a comunicação
entre o mundo dos vivos e o dos espíritos,
em busca do equilíbrio da comunidade,
dentro das leis universais e inflexíveis criadas
por Nzambi.

KIMBANDA =
CURANDEIRO/FEITICEIRO/RITUALISTA/MÉ
DICO DO CORPO E DA ALMA

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O KIMBANDA é versado na ciência da
umbanda - arte da cura e da adivinhação - é o
ritualista que adivinha acontecimentos futuros
e desvenda os mistérios do passado. É ele
que. interpretando os sinais que vêm do
mundo espiritual sabe prescrever os remédios
para as doenças e os conjuras para os
malefícios.

O KIMBANDA está capacitado a promover a


felicidade entre os casais, apaziguar a fúria
dos mortos e prevenir o mal.
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O Kimbanda é o médico do corpo e da alma.

Ele sabe também afastar os espíritos


perturbadores às vezes apenas batendo de leve
na cabeça da pessoa ou jogando um pouquinho
de água e pedindo ao espírito que se afaste.

Portanto, sempre que houver qualquer


inquietação ou decisão importante a tomar, deve-
se consultar um Kimbanda.

Quando um espírito está querendo se manifestar


por meio de uma pessoa, os Familiares,
percebendo os sintomas, deverão chamar
imediatamente um Kimbanda.

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Existem/Existiam duas maneiras para uma
pessoa se tornar um KIMBANDA.

A primeira delas é ter um Kimbanda como


ancestral e dele receber “a umbanda”. Por
meio de um sonho, o ancestral mostra ao
sucessor o campo/a floresta, onde estão os
remédios; indica as encruzilhadas, os
lugares exatos para cada um dos
tratamentos, além de ministrar todos os
ensinamentos necessários.

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Outra forma de se tornar Kimbanda é
trabalhando com um deles na condição de
aprendiz.

Contudo, como os mestres viventes sempre


escondem alguns segredos a umbanda
recebida em sonho é sempre mais forte;
desde que se tenha o conhecimento
necessário para interpretar esses sonhos.

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AULA 1:
A LINHA AFRICANA E SUAS FALANGES

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1) FALANGE DO POVO DE CABINDA OU POVO DA COSTA

2) FALANGE DO POVO DO CONGO

3) FALANGE DO POVO DE ANGOLA

4) FALANGE DO POVO DE BENGUELA

5) FALANGE DO POVO DE MOÇAMBIQUE

6) FALANGE DO POVO DE LUANDA

7) FALANGE DO POVO DE GUINÉ

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Chefiada por Zum-Guiné / Pai Guiné.

Aqui se encontram aqueles Pretos Velhos que


são propriamente os Mestres de Umbanda e
Kimbanda, os Molujis e grão-mestres das artes
e ciências ocultas, a verdadeira magia que está
fora do olhar dos profanos.

Eles são doutrinadores e exigentes, amantes da


sabedoria e inimigos da ignorância.

São a expressão da filosofia.

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O termo Guiné pode ter como origem uma
provavelmente referência a "Gana", que era o
nome pelo qual os nativos chamavam a área
anteriormente ocupada pelo Império Mali. É
nesta mesma região que surgiu o Império
Mandinga.

A maioria dos Pretos Velhos que militam nesta


falange são de origem Islâmica. Grande parte
dos Africanos escravizados vindos a Região da
Guiné foram levadas para os Estados do
Nordeste do País.

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A povoação inicial da atual Guiné, surgiu
através de migrações de povos vindos do
Sudão (Atual Mali), Níger e Senegal. A primeira
povoação com habitação talvez tenha sido a
dos pigmeus, eles foram obrigados a fugir da
região ante a invasão de povos vindos do norte.

Desde a época da introdução do islamismo na


Guiné no século XVIII, as religiões animistas
(minoria e em tribos) passaram a entrar em
declínio contínuo – foram evacuadas para
regiões mais ao sul e para dentro de aldeias.
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OS KIMBANDAS
(Curandeiro. Oráculo. Exorcista. Mago. Benzedeiro.
Orientador)

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OS KIMBANDAS
(Curandeiro. Oráculo. Exorcista. Mago. Benzedeiro.
Orientador.)

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São os que, praticamente se dedicam quase que
exclusivamente a realização de curas, sejam elas
materiais ou espirituais e, neste último caso, as curas
de obsessões.

Normalmente fazem uso de rezas ou orações


(geralmente quase sempre conhecidas somente por
eles). Se valem também dos mais diversos tipos de
simpatias (que se popularizaram) e de benzimentos
das mais diversas formas.

Solicitam muitos trabalhos nas praias ou bocas de


mata.

Gostam de contar história e de cantar. Pode-se dizer


que aqui a “magia” é telúrica ou seja, que provém da
natureza e de seus elementos.
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São os que se dedicam a nos atender sempre que
estamos com “caminhos amarrados” desfazendo
trabalhos de feitiçarias e demandas de todo o tipo. Muito
desses caminhos amarrados tem como culpado a própria
pessoa e suas relações.

Usam os mais diversos tipos de elementos: Marafo,


fumo, charutos, punhais, moedas do dinheiro corrente,
os mais diversos tipos de defumadores. Podem trabalhar
com o auxilio de um Exu ou de uma Pombagira.

Solicitam muitos trabalhos em cemitérios, no cruzeiro


das almas além das praias e boca de matas.

São ótimos para afastar pessoas indesejadas que tem o


desejo de nos prejudicar.
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São dedicados aos trabalhos de alta-magia para quebras de
demanda que foram direcionadas as pessoas. São mais rígidos na
forma de trabalhar e as mirongas e mandingas são bem mais
elaboradas.

Possuem praticamente a mesma capacidade de atuação dos pretos


velhos mandingueiros, a diferença está numa maior capacidade de
manipulação dessas energias. O trabalho com o auxilio de Exu e
Pomba Gira é constante.

São excelentes manipuladores de formas pensamentos. Aqui a


magia é em forma de arte, ou seja, alquimia, leis herméticas e os
mais diversos tipos de magia e manipulações energéticas que não
são oriundas da natureza.

Usam a pólvora como elemento de trabalho além de Marafo, fumo,


charutos, punhais, moedas do dinheiro corrente, os mais diversos
tipos de defumadores, ervas, sementes, ossos e visceras.

Solicitam muitos trabalhos em cemitérios, no cruzeiro das almas


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além das praias, pedreiras e boca de matas.
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No Congo, os pigmeus viviam como escravos de mestres bantus.

Os pigmeus escravos pertenciam desde o nascimento até à sua


morte aos mestres bantos - um relacionamento que os bantos
chamam de "honrada tradição".

Chegavam a ser considerados parte do seu patrimônio familiar e,


como tais, são transmitidos como herança de geração a geração.

Nessas condições, é o patrão banto quem responde por eles


diante da sociedade. Defendem-nos em tribunais, onde às vezes os
pigmeu nem sequer têm o direito de comparecer, e conservam
seus eventuais documentos públicos, que usam sem maiores
controles.

Os bantos desfrutam dos bens que os pigmeu caçam e colhem e


exigem que trabalhem em seus campos. Em troca, lhes dão
retalhos velhos de tecido, alguns produtos de cultivo e até suas
cabanas, quando estas já estão semidestruídas.
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Pigmeu é um termo utilizado para vários grupos étnicos mundiais
cuja altura média é invulgarmente baixa.

Há uma lenda que diz que os povos pigmeus primordiais (os Kás)
eram um povo muito alto, que passava de 220 cm na media de
altura, e que havia sido expulso para as densas florestas
equatoriais por uma maldição, há quase 5000 anos, pelos
ancestrais dos Bantus.

Conta a lenda que os Ká passaram mais de 3000 anos sem poder


ver a luz do sol e, passado esse tempo, foram denominados
pigmeus pelas tribos bantas da região, pois acabaram por ter uma
estatura muito baixa. Assim, com o nome mudado, os pigmeus
puderam voltar a ver a luz do sol.

Existem lendas também que indicam que os pigmeus seriam


portadores de uma magia florestal.

Dentro de uma visão militarizada, o s pigmeus atuariam como


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tropas comuns e ajudantes de ordem.
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Os Zulus são um povo do sul da África que vive em territórios
correspondentes à África do Sul, Lesoto, Essuatíni, Zimbábue e
Moçambique.

A mitologia Zulu é completamente distinta da mitologia Bantu.

Foram guerreiros rebeldes da tribo zulu que no passado


atacou fortemente os colonos britânicos, bôeres e
portugueses durante as épocas coloniais, resistindo ao
desbravamento e a colonização/invasão britânica e portuguesa
entre os séculos XIV e XIX e início do século XX.

Um de seus grades líderes foi Shaka que, ao assumir o


comando do Povo Zulu, observou que as armas usadas já
eram ultrapassadas para as novas tácticas de guerra. Ele
introduziu o uso do escudo que protegia o corpo inteiro e
implantou a substituição a lança que se atirava por uma lança
mais curta, qual funcionava como uma espada (assegai).

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Shaka Instituiu a técnica de combate “corpo-braço-cabeça” em
que o corpo era a grande concentração de tropas central, e a
única que os inimigos podiam ver, os braços eram dois grupos
de envolvimento rápido que atacavam pelos flancos, e a
cabeça, um regimento que, nos dois primeiros estágios de
qualquer batalha -- início com o embate frontal do corpo e o
segundo - era o ataque dos braços pelos flancos - - ficava
escondido por uma colina e de costas para a luta, ver a
batalha. No momento adequado recebiam a ordem de ataque,
que cumpriam sem pensar e sem tentar adequar-se à situação.
Velocidade, rapidez na comunicação e astúcia eram os outros
trunfos da estratégia.

Cada esquadrão era distinguido por diferentes cores dos panos


de cabeça e pelos couros de gado usados no escudo.

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Foi graças a esta organização militar de Shaka que os zulus
conseguiram conquistar e derrotar numerosas outras tribos,
levando o título de Grandes Guerreiros.

Era proibido aos jovens guerreiros casar-se e o casamento só


era autorizado como pagamento de serviços militares.

As mulheres e as crianças serviam também no exército,


seguindo o exército com o gado, cozinhando e carregando
comida, os homens de outras tribos que eram feitos
prisioneiros tornavam-se escravos e se eram novos e fortes
faziam parte do exército.

O sistema tático militar bem organizado tornou o reino zulu


bem sucedido por muitas décadas.

Dentro de uma visão militarizada, os Zulus são empregados


como uma tropa de choque e de resposta rápida.

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O termo NGANGA possui os mais diversos significados
dentro das línguas do Povo Bantu.

Santo, Divino, Chefe supremo de uma união de terreiros. Exu muito


pesado.

Feiticeiro, Mestre, Alguém competente numa atividade Especifica.

A qualificação em uma função social. Título provativo de cada um


dos líderes de ritualísticas de uma comunidade, que estão
dedicados principalmente ao bem estar de seu povo.

Pessoa com Habilidades Especiais.

Dentro de uma visão militarizada, os Ngangas seriam empregados


em atividades especiais onde se requer força aliada a inteligência.

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