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ELEMENTOS DO CRIME

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Elementos do crime (nunca esqueça):

Crime é um fato típico e antijurídico (ilícito) praticado por um ser humano que possua culpabilidade.

Fato típico (1º elemento do crime):


- Conduta;
- Resultado;
- Nexo causal;
- Tipicidade.
- Conduta (1º elemento do fato típico)
A conduta penalmente relevante necessita ser (em ordem de aferição):
a) Humana
b) Voluntária
c) Dolosa ou culposa

* No que tange à conduta necessitar ser humana, existe uma exceção:


(artigo 225, § 3º, CF/88).
pessoa jurídica cometer crime ambiental

* No que tange à conduta necessitar ser voluntária, ela não o será quando a ação ou omissão ser der em situação
de:

a) Atos reflexos
b) Sonambulismo
c) Hipnose
d) Coação física irresistível

Como isto já foi cobrado em concursos públicos?

01. (2013- FUNCAB - PC-ES - Escrivão de Polícia) Manoel estava cortando uma laranja com um canivete em
seu sítio, distraído, quando seu primo, Paulo, por mera brincadeira, veio por trás e deu um grito. Em razão
do susto, Manoel virou subitamente, ferindo Paulo no pescoço, provocando uma lesão que o levou a óbito.
Logo, Manoel:

A) não praticou crime, pois agiu por ato reflexo.


B) praticou o crime de homicídio culposo.
C) praticou o crime de homicídio doloso por dolo direto.
D) praticou crime de homicídio doloso por dolo eventual.
E) praticou crime de lesão corporal seguida de morte.

02. (2013- FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) A força irresistível, o movimento reflexo e a coação moral
irresistível, são hipóteses de ausência de conduta.

03. (2012- FGV - PC-MA - Escrivão de Polícia) O movimento reflexo, a hipnose e o sonambulismo não afastam a
conduta.

04. (2013- CESPE - TJ-PB - Juiz Leigo) Um resultado típico perpetrado por alguém em razão de força irresistível,
de movimentos reflexos ou de estado de inconsciência não pode ser atribuído penalmente a seu causador, dada a
inexistência de conduta.

05. (2014- MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto) Nas ações em curto-circuito e nos atos reflexos
inexiste conduta por ausência de voluntariedade.

06. (2012- CONSULPLAN - TSE - Analista Judiciário - Área Judiciária) A doutrina do direito penal explica que
um dos elementos do fato típico é a existência de um comportamento humano comissivo ou omissivo, doloso ou

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culposo. Pode-se afirmar que há comportamento humano para efeitos de caracterização do fato típico nos casos de
estados de inconsciência, tais como sonambulismo, hipnose, etc.

07. (2012- TJ-PR - TJ-PR - Assessor Jurídico) Mévio sofre de sonambulismo e seus ataques são frequentes.
Em determinada noite, durante um desses ataques, Mévio se levanta, dirige-se ao exterior de sua casa e,
tendo um espasmo, acaba empurrando Adolfo de um penhasco, que é vizinho às residências de ambos.
Adolfo falece em virtude de lesões decorrentes da queda. Ao acordar, sem ter nenhuma consciência nem
lembrança do que ocorreu, Mévio é informado do episódio e fica bastante feliz com a brutal morte de Adolfo,
seu desafeto. Diante dos fatos narrados, assinale a alternativa correta.

A) Mévio deverá ser condenado por homicídio culposo.


B) Mévio deverá ser condenado por homicídio doloso.
C) Mévio deverá ser absolvido, já que havia inexigibilidade de conduta diversa.
D) Mévio não comete crime algum, diante de absoluta ausência de conduta humana.

08. (2016- FAURGS - TJ-RS - Assessor Judiciário) A coação irresistível, desde que física, exclui o fato típico em
relação ao coagido.

09. (2016- CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Conhecimentos Gerais) A coação física e a coação moral irre-
sistível excluem a conduta do agente, pois eliminam totalmente a vontade pelo emprego da força, de modo que o
fato passa a ser atípico.

Dolo.
Previsão legal:

Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

10. (2014- IBFC - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros) Em relação ao dolo o Código Penal
adota as teorias:

A) Da vontade e do assentimento.
B) Da vontade e da cognição.
C) Da representação e do assentimento.
D) Da probabilidade e da cognição.

O dolo, como visto alhures, pode ser direto ou indireto.

O direto pode ser de 1º grau ou de 2º grau.

O indireto pode ser alternativo ou eventual.

Vamos falar de dolo direto?

Dolo direto de 1º grau: o sujeito quer causar um resultado e vai em busca disso.
Dolo direto de 2º grau: o sujeito, para alcançar um dolo de 1º grau, escolhe um meio. Deste meio escolhido para
alcançar este dolo de 1º grau decorrem outros resultados a título de efeitos colaterais, consequências tidas como
necessárias do meio escolhido.

Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

11. (2014 - VUNESP - PC-SP - Técnico de Laboratório) Condutor dirige seu veículo e vê seu maior desafeto
atravessando a rua na faixa de pedestres. Estando próximo à faixa, o condutor, consciente, deliberada e

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intencionalmente, acelera seu veículo e o coloca na direção de seu desafeto, acabando por atropelá-lo e
matá-lo. De acordo com o Código Penal, o crime cometido deve ser considerado

A) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imperícia.


B) doloso porque o agente não atentou para a faixa de pedestres.
C) doloso porque o agente tinha intenção de matar seu desafeto.
D) culposo porque o agente deu causa ao resultado por negligência.
E) culposo porque o agente deu causa ao resultado por imprudência.

12. (2014- FGV - MPE-RJ) Jorge pretende matar seu desafeto Marcos. Para tanto, coloca uma bomba no jato
particular que o levará para a cidade de Brasília. Com 45 minutos de voo, a aeronave executiva explode no
ar em decorrência da detonação do artefato, vindo a falecer, além de Marcos, seu assessor Paulo e os dois
pilotos que conduziam a aeronave. Considerando que, ao eleger esse meio para realizar o seu intento, Jorge
sabia perfeitamente que as demais pessoas envolvidas também viriam a perder a vida, o elemento subjetivo
de sua atuação em relação à morte de Paulo e dos dois pilotos é o:

A) dolo alternativo;
B) dolo eventual;
C) dolo geral ou erro sucessivo;
D) dolo normativo;
E) dolo direto de 2º grau ou de consequências necessárias.

13. (2014- CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Ricardo, com o objetivo de matar Maurício,
detonou, por mecanismo remoto, uma bomba por ele instalada em um avião comercial a bordo do qual sabia que
Maurício se encontrara, e, devido à explosão, todos os passageiros a bordo da aeronave morreram. Nessa situação
hipotética, Ricardo agiu com dolo direto de primeiro grau no cometimento do delito contra Maurício e dolo direto de
segundo grau no do delito contra todos os demais passageiros do avião.

14. (2016- FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual) O dolo direto de segundo grau também
é conhecido como dolo de consequências necessárias.

15. (2015 - FGV - TCE-RJ - Auditor Substituto) Preocupado com as notícias divulgadas por jornal da cidade
acerca de irregularidades ocorridas na administração municipal, o prefeito decide eliminar a vida do jorna-
lista responsável pelas matérias. Dessa forma, ainda que ciente de que o jornalista alvo sempre estava
acompanhado de um segurança que dirigia o seu automóvel, coloca uma bomba dentro do veículo, certo de
que o explosivo seria acionado à distância. No momento em que o jornalista alvo e seu motorista ingressa-
ram no carro, foi acionado o explosivo, que destruiu o veículo e causou a morte do jornalista, alvo principal,
e do motorista. Com relação à morte deste último, o agente atuou com:

A) dolo alternativo;
B) dolo eventual;
C) dolo direto de primeiro grau;
D) dolo direto de segundo grau;
E) culpa, já que não desejava inicialmente aquele resultado, que, todavia, era previsível.

Dolo alternativo.

“O agente quer praticar um crime, mas não sabe qual. Um ou outro resultado o satisfaz.”

Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

16. (2014- VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) O dolo alternativo consiste na vontade e consentimento do
agente a produzir um ou outro resultado.

Dolo eventual.

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“O agente não quer causar o resultado (se quisesse seria dolo direto). Contudo, pratica uma conduta de risco,
percebe o que ela pode causar e não se importa com a ocorrência do resultado (assume o risco).”
Como isto já foi cobrado em concursos públicos?

17. (2007 - FCC - MPU - Analista - Processual) João, dirigindo um automóvel, com pressa de chegar ao seu
destino, avançou com o veículo contra uma multidão, consciente do risco de ocasionar a morte de um ou mais
pedestres, mas sem se importar com essa possibilidade. João agiu com dolo eventual.
Previsão legal:

Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

 Elementos do crime culposo.


Conduta humana voluntária
Resultado lesivo involuntário

Violação de um dever objetivo de cuidado (negligência, imprudência ou imperícia)


Nexo de causalidade entre conduta e resultado
Tipicidade (Art. 18, II, p. único, CP).
 Previsibilidade
Obs: Perceba que involuntário no crime culposo é o resultado, não a conduta!
Como isto já foi cobrado em concurso público?

18. (2014 - FGV - SUSAMP - Advogado) São elementos do crime culposo: conduta voluntária, inobservância
de um dever objetivo de cuidado; resultado lesivo não querido, tampouco assumido, pelo agente; nexo
causal entre a conduta descuidada e o resultado; previsibilidade; tipicidade.

19. (2013 CESPE - PC-DF - Agente de Polícia) O crime culposo advém de uma conduta involuntária.
Negligência x imprudência x imperícia:

A negligência é um comportamento negativo, quando o sujeito deixa de fazer o que deveria. Em provas, vemos os
vocábulos desídia, desleixo, desatenção...

A imprudência é um comportamento positivo, quando o sujeito faz o que não deveria. Em provas, vemos os vocá-
bulos precipitação, afoitez...

A imperícia é ausência de qualificação técnica necessária e/ou habilidade para o exercício de arte, profissão, oficio
ou atividade.

Como isto já foi cobrado em concursos públicos?

20. (2011 - MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça) A imprudência é relacionada com a atitude positiva do agente,
percebendo-se no seu atuar o desleixo, a desatenção ou a displicência.

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21. (2012 - VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) Imprudência é uma omissão, uma ausência de precaução em
relação ao ato realizado.

22. (2017 - CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Antônio, renomado cientista,
ao desenvolver uma atividade habitual, em razão da pressa para entregar determinado produto, foi omisso ao não
tomar todas as precauções no preparo de uma fase do procedimento laboratorial, o que acabou ocasionando dano
à integridade física de uma pessoa. Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir: Embora não tenha
desejado o resultado danoso, Antônio poderá ser punido devido à imperícia na execução do procedimento labora-
torial.

23. (2013 - CESPE - DPF - Perito Criminal Federal - Cargo 10) A imprudência caracteriza-se pela omissão daquilo
que razoavelmente se faz, ajustadas as condições emergentes às considerações que regem a conduta normal dos
negócios humanos.

24. (2012 - VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) O resultado involuntário trata de elemento do fato típico cul-
poso.

25. (2009 - FCC - MPE-AP - Técnico Administrativo) No tocante à culpa, considere:

I. Conduta arriscada, caracterizada pela intempestividade, precipitação, insensatez ou imoderação.


II. Falta de capacidade, despreparo ou insuficiência de conhecimentos técnicos para o exercício de arte,
profissão ou ofício.
III. Displicência, falta de precaução, indiferença do agente, que, podendo adotar as cautelas necessárias,
não o faz.

As situações descritas caracterizam, respectivamente, a

A) negligência, imprudência e imperícia.


B) imperícia, negligência e imprudência.
C) imprudência, imperícia e negligência.
D) imperícia, imprudência e negligência.
E) negligência, imperícia e imprudência.

26. (2009 - FCC - MPE-SE - Técnico do Ministério Público – Área Administrativa) O médico que, numa cirurgia,
sem intenção de matar, esqueceu uma pinça dentro do abdômen do paciente, ocasionando- lhe infecção e
a morte, agiu com

A) culpa, por imperícia.


B) dolo direto.
C) culpa, por negligência.
D) culpa, por imprudência.
E) dolo eventual.

27. (2016 - FGV - MPE-RJ - Analista do Ministério Público - Processual) No crime culposo, a imprudência se
caracteriza por uma conduta negativa, enquanto a negligência, por um comportamento positivo.

Tipicidade no crime culposo (artigo 18, p. único, CPB).

Crime culposo (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. (Incluído pela Lei
nº 7.209, de 11.7.1984)

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, senão
quando o pratica dolosamente. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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Como isto já foi cobrado em concursos públicos?

28. (2016 - CESPE - TJ-DFT - Juiz) A conduta será culposa quando o agente der causa ao resultado por imprudên-
cia, negligência ou imperícia e só poderá ser considerada crime se houver previsão do tipo penal na modalidade
culposa.

Previsibilidade x previsão.

Bom, antes de tudo preciso que saibas que a previsibilidade é um elemento que precisa estar presente em todo
crime culposo. A previsão, por sua vez, só está presente em um tipo de crime culposo (te mostro os tipos daqui a
pouco).

A previsibilidade é ligada AO FATO.

“O fato (o que aconteceu) era ou não possível de se imaginar que poderia acontecer?”

Exemplo: se tu aplicas um susto em uma pessoa prestes a descer uma escada, caso essa pessoa se assuste, caia
e se machuque, esse fato (o que aconteceu) era ou não era previsível (possível de imaginar)?

A previsão é ligada ao AGENTE que praticou o fato.

“O sujeito, no caso concreto, percebeu o que estava para acontecer ou não percebeu? Se percebeu, houve previsão;
se não percebeu, não houve previsão.

Exemplo: o sujeito, ao ultrapassar o sinal vermelho, percebeu que poderia atropelar um pedestre que acabara de
pisar na faixa de pedestres.

Espécies de culpa.

Consciente (ex lascívia)

O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco, percebe o que essa conduta de
risco pode causar mas acredita, sinceramente, que nada vai acontecer.

Existe previsibilidade no fato e o agente teve previsão.

Inconsciente (ex ignorantia)

O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco e causa o resultado sem perceber.
Existe previsibilidade no fato, mas o agente não teve previsão.

Culpa consciente x Culpa inconsciente.

Culpa consciente: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco, percebe o que
essa conduta de risco pode causar mas acredita, sinceramente, que nada vai acontecer.

Culpa inconsciente: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco e causa o resul-
tado sem perceber.

Dolo eventual x Culpa consciente x Culpa inconsciente.

Dolo eventual: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco, percebe o que essa
conduta de risco pode causar e não se importa com a ocorrência do resultado (assume o risco).

Culpa consciente: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco, percebe o que
essa conduta de risco pode causar mas acredita, sinceramente, que nada vai acontecer.

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Culpa inconsciente: O agente não quer causar o resultado. Contudo, pratica uma conduta de risco e causa o resul-
tado sem perceber.

Como isto já foi cobrado em concursos públicos?

29. (2013 - FGV - TJ-AM - Analista Judiciário-Oficial de Justiça Avaliador e Leiloeiro) Os elementos listados
a seguir devem estar presentes necessariamente em qualquer espécie de crime culposo, à exceção de um.
Assinale-o.

A) Inobservância do dever objetivo de cuidado.


B) Previsão pelo agente.
C) Tipicidade.
D) Resultado lesivo
E) Previsibilidade.

30. (2013 - CESPE - Polícia Federal - Escrivão da Polícia Federal) A culpa inconsciente distingue-se da culpa
consciente no que diz respeito à previsão do resultado: na culpa consciente, o agente, embora prevendo o resultado,
acredita sinceramente que pode evitá-lo; na culpa inconsciente, o resultado, embora previsível, não foi previsto pelo
agente.

31. (2012 - VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) Na culpa consciente, o resultado não é previsto pelo agente,
embora previsível.

32. (2012 - FCC - TJ-PE - Oficial de Justiça) Na culpa consciente, o agente

A) prevê o resultado, mas não se importa que o mesmo venha a ocorrer.


B) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por imprudência.
C) prevê o resultado, mas espera, sinceramente, que não ocorrerá.
D) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por negligência.
E) não prevê o resultado, mas lhe dá causa por imperícia.

33. (2016 - CESPE - TCE-SC - Auditor Fiscal de Controle Externo - Direito) Caracteriza-se o dolo eventual no
caso de um caçador que, confiando em sua habilidade de atirador, dispara contra a caça, mas atinge um compa-
nheiro que se encontra próximo ao animal que ele desejava abater.

34. (2013 - FUNCAB - PC-ES - Médico Legista) Há mera culpa consciente, e não dolo eventual, quando o
agente:

A) atua sem se dar conta de que sua conduta é perigosa, e de que desatende aos cuidados necessários para evitar
a produção do resultado típico, por puro desleixo e desatenção.
B) não quer diretamente a realização do tipo, mas a aceita como possível ou até provável, assumindo o risco da
produção do resultado.
C) conhece a periculosidade da sua conduta, prevê o resultado típico como possível, mas age deixando de observar
a diligência a que estava obrigado, por confiar que este não se verificará.
D) quer o resultado representado como fim de sua ação, sendo sua vontade dirigida à realização do fato típico.

35. (2015 - FCC - TCM-GO - Auditor Conselheiro Substituto) A respeito do dolo e da culpa, é correto afirmar
que

A) na culpa consciente o agente prevê o resultado e admite a sua ocorrência como consequência provável da sua
conduta.
B) no dolo eventual o agente prevê a ocorrência do resultado, mas espera sinceramente que ele não aconteça.
C) a imprudência é a ausência de precaução, a falta de adoção das cautelas exigíveis por parte do agente.
D) a imperícia é a prática de conduta arriscada ou perigosa, aferida pelo comportamento do homem médio.
E) é previsível o fato cujo possível superveniência não escapa à perspicácia comum.

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36. (2014 - CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Age com dolo eventual o agente que prevê
possíveis resultados ilícitos decorrentes da sua conduta, mas acredita que, com suas habilidades, será capaz de
evitá-los.

37. (2008 - CESPE - TCU - Analista de Controle Externo - Auditoria Governamental) Durante um espetáculo de
circo, Andrey, que é atirador de facas, obteve a concordância de Nádia, que estava na platéia, em participar da sua
apresentação. Na hipótese de Andrey, embora prevendo que poderia lesionar Nádia, mas acreditando sinceramente
que tal resultado não viesse a ocorrer, atingir Nádia com uma das facas, ele terá agido com dolo eventual.

38. (2014 - TRF - 4ª REGIÃO - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto - adaptada) No dolo eventual, une-se
o assentimento à assunção do risco, a partir da posição do agente que tem consciência de que pode ocorrer o
resultado e assim mesmo age. Na culpa consciente, assoma ao espírito do agente a possibilidade de causação do
resultado, mas confia ele que esse resultado não sucederá.

Compensação de Culpas x Concorrência de Culpas

Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

39. (2014 - CESPE - TJ-CE - Analista Judiciário - Execução de Mandados) O direito penal admite a compensação
de culpas.

40. (2014 - VUNESP - DPE-MS - Defensor Público) A compensação de culpa deve ser aplicada para efeito de
responsabilização do resultado lesivo causado no direito penal pátrio.

41. (2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) Verifica-se o fenômeno
da compensação de culpas no caso em que um motorista desatento atropela um pedestre que imprudente e inopi-
nadamente atravessa via pública em local inadequado, estando afastada, portanto, a culpabilidade do motorista.
Preterdolo: Ocorre quando a conduta dolosa acarreta a produção de um resultado mais grave do que o desejado
pelo agente. O propósito do autor era praticar um crime doloso, mas, por culpa, sobreveio resultado mais gravoso.
Exemplos:

Lesão corporal seguida de morte

§ 3° Se da lesão resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o
risco de produzí-lo:

Pena - reclusão, de quatro a doze anos.

Estupro

Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir
que com ele se pratique outro ato libidinoso: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
(...)

§ 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

42. (2010 - FCC - TRE-AL - Analista Judiciário - Área Judiciária) No crime preterdoloso, a conduta inicial é dolosa,
mas o resultado dela advindo é culposo.

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43. (2015 - VUNESP - PC-CE - Delegado de Polícia Civil de 1a Classe) Se da lesão corporal dolosa resulta
morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado morte, nem assumiu o risco de
produzi-lo, configura(m)-se:

A) lesão culposa e homicídio culposo, cujas penas serão aplicadas cumulativamente.


B) lesão corporal seguida de morte.
C) homicídio culposo qualificado pela lesão.
D) homicídio doloso (dolo eventual).
E) homicídio doloso (dolo indireto).

44. (2014 - CESPE - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo) Ocorre crime preterdoloso quando o agente
pratica dolosamente um fato do qual decorre um resultado posterior culposo. Para que o agente responda pelo
resultado posterior, é necessário que este seja previsível.

Modos de Exteriorização da Conduta

Comissão

Omissão (omissão própria)

Comissão por omissão (omissão imprópria)

Crime comissivo: o tipo penal traz conduta que exprime ideia de ação. São crimes que, de regra, são praticados
através de uma ação.

Falsificação de documento público

Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.


Furto

Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.


Crime omissivo (omissão própria): o tipo penal traz conduta que exprime ideia de inação. São crimes que sempre
são praticados através de uma omissão.

Omissão de socorro

Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou ex-
traviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos,
o socorro da autoridade pública:

Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Comissão por Omissão (Omissão Imprópria):

Lembra que te falei que os crimes comissivos são, de regra, praticados através de uma ação?

Isso se aplica a todas as pessoas.

Contudo, existe uma categoria especial de pessoas (agentes garantidores) que pode praticar estes crimes comissi-
vos (violando uma norma proibitiva) através de uma omissão. Isso só é possível para eles.

Quem são estes agentes garantidores?

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Pessoas que tem o DEVER JURÍDICO (causalidade normativa) de evitar um resultado (art. 13, § 2º, CP):

§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de
agir incumbe a quem:(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Então, vê:

Digamos que João é amigo de Maria e estupra a filha desta. Maria (garantidora, tem o dever de evitar) pode evitar,
mas não evita. Neste caso, João praticou estupro (crime comissivo) na forma comissiva (praticou ação) e Maria
também praticou estupro (crime comissivo), mas não por ação e, sim, por ter se omitido e isto só é possível por ela
ser agente garantidora (tinha o dever de evitar).

Observações:

1) o garantidor tem o dever de evitar o resultado, mas para responder pelo resultado que não evitou há de ser aferido
no caso concreto se ele tinha possibilidade concreta e razoável de agir. Se não havia essa possibilidade não haverá
tipicidade.

2) o rol das situações de agentes garantidores é taxativo.


Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

45. (2013 - CESPE - TJ-BA - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) O resultado típico dos
crimes comissivos por omissão pode ser atribuído a qualquer pessoa, e não apenas aos indivíduos que tenham a
obrigação jurídica de evitar o resultado.

46. (2016 - VUNESP - TJM-SP - Juiz de Direito Substituto) Segundo o Código Penal, a omissão imprópria somente
terá relevância penal se, além do dever de impedir o resultado, o omitente tiver possibilidade de evitá-lo.

47. (2018 - FCC - DPE-AP - Defensor Público) Nos crimes comissivos por omissão, a falta do poder de agir gera
atipicidade da conduta.

48. (2008 - FGV - PC-RJ - Oficial de Cartório) José da Silva é guarda-vidas da piscina do clube Bonsucesso,
muito frequentado por crianças. Todos os dias, a piscina do clube é aberta às 9 horas da manhã pelo ser-
vente João de Souza e José da Silva é sempre o primeiro a entrar na área da piscina e assumir seu posto
no alto da cadeira de guarda-vidas. Contudo, no dia 1º de novembro de 2008, José da Silva não chegou no
horário. Mesmo sabendo que a piscina é aberta às 9 horas, José chegou no clube somente às 10 horas e se
deparou com uma cena macabra: duas crianças estavam mortas, afogadas na piscina. A partir do fragmento
acima, assinale a alternativa correta.

A) José da Silva não praticou crime algum.


B) José da Silva praticou o crime de omissão de socorro (art. 135, do Código Penal).
C) José da Silva praticou o crime de homicídio culposo (art. 121, §3º, do Código Penal).
D) José da Silva praticou o crime de homicídio doloso na modalidade comissiva (art. 121, caput, do Código Penal).
E) José da Silva praticou o crime de homicídio doloso na modalidade comissiva por omissão, pois ele exercia a
função de garantidor (art. 121, caput c/c art. 13, § 2º, do Código Penal).

49. (2016 - VUNESP - TJM-SP - Juiz de Direito Substituto) Nos termos do Código Penal, possui posição de
garantidor e, portanto, o dever de impedir o resultado, apenas quem, por lei, tem a obrigação de cuidado, proteção
ou vigilância.

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50. (2016 - VUNESP - TJM-SP - Juiz de Direito Substituto) A ingerência, denominação dada à posição de garan-
tidor decorrente de um comportamento anterior que gera risco de resultado, não está positivada no ordenamento
brasileiro, tratando-se de uma construção dogmática.

51. (2015 - CESPE - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária) A mãe que, apressada para fazer compras,
esquecer o filho recém-nascido dentro de um veículo responderá pela prática de homicídio doloso no caso de o
bebê morrer por sufocamento dentro do veículo fechado, uma vez que ela, na qualidade de agente garantidora,
possui a obrigação legal de cuidado, proteção e vigilância da criança.

52. (2013 - FGV - AL-MA - Técnico de Gestão Administrativa - Advogado) A indicação da figura do garantidor
pelo texto legal não pode ser ampliada, eis que o rol respectivo é taxativo.

Resultado (2º elemento do fato típico)

O resultado pode ser classificado em:

a) jurídico e
b) naturalístico.

Resultado jurídico é a violação da norma e, por isso, todo crime o possui.


Resultado naturalístico é o que está previsto no tipo penal. Nem todo crime o possui.

Como isto já foi cobrado em concursos públicos?

53. (2014 - FGV - PROCEMPA - Analista Administrativo - Advogado) Não há crime sem resultado jurídico.

54. (2009 - CESPE - DPE-AL - Defensor Público) Todo crime tem resultado jurídico, porque sempre agride um
bem tutelado pela norma.

55. (2014 - FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Não há crime sem:

A) dolo.
B) resultado naturalístico.
C) imprudência.
D) conduta.

Quanto à possibilidade ou necessidade de ter resultado naturalístico, os crimes são classificados em:
a) materiais;
b) formais;
c) de mera conduta

Crimes Materiais: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este INDISPENSÁVEL à consuma-
ção.

Exemplos:

Homicídio simples

Art. 121. Matar alguém:

Pena - reclusão, de seis a vinte anos.

Lesão corporal

Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:

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Pena - detenção, de três meses a um ano.
Crimes Formais: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este DISPENSÁVEL à consumação.

Exemplos:

Extorsão

Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:

Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.


Corrupção passiva

Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Crimes de Mera Conduta: O tipo penal contém somente conduta, sem mencionar resultado naturalístico.

Exemplos:

Violação de domicílio

Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem
de direito, em casa alheia ou em suas dependências:

Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.


Posse irregular de arma de fogo de uso permitido (Lei 10.826/03)

Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo
com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local
de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa:

Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

CRIMES MATERIAIS: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este INDISPENSÁVEL à con-
sumação.

CRIMES FORMAIS: O tipo penal contém conduta e resultado naturalístico, sendo este DISPENSÁVEL à consuma-
ção.

CRIMES DE MERA CONDUTA: O tipo penal contém somente conduta, sem mencionar resultado naturalístico.
Como isto já foi cobrado em concursos públicos?

56. (2013 - FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) Nos crimes materiais o tipo descreve uma conduta e um
resultado, não exigindo que este se produza para sua consumação.

57. (2013 - FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) Nos crimes formais o tipo descreve apenas uma conduta,
não fazendo qualquer referência ao resultado, que não existe no campo naturalístico.

58. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) A extorsão é considerada pelo STJ como crime material, pois
se consuma no momento da obtenção da vantagem indevida.

59. (2014 - CESPE - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto) Mateus tinha em seu poder fotos íntimas de sua ex-
namorada Lúcia. Após o fim do namoro, ele exigiu de Lúcia o pagamento de determinada quantia em dinheiro para

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não publicar as fotos na Internet. Mateus não publicou as fotos e, antes de receber o valor exigido, foi preso. Nessa
situação, deve ser imputado a Mateus o crime de tentativa de extorsão.

60. (2015 - FCC - CNMP - Técnico do CNMP - Segurança Institucional - adaptada) O agente enviou para mulher
casada cópias de fotografias dela nua, tiradas em encontro amoroso que haviam mantido. Exigiu dela o pagamento
de importância em dinheiro sob ameaça de, caso não atendido, revelar segredo íntimo de sua vida amorosa, envi-
ando as fotos ao seu marido, aos filhos e às pessoas do seu meio social. A partir desse relato, é correto afirmar que
a situação é tipificada como crime de extorsão na forma consumada, cuja pena é de reclusão de 4 a 10 anos e
multa, pois o agente constrangeu a vítima com o objetivo de obter vantagem econômica.

61. (2016 - CESPE - PC-GO - Escrivão de Polícia Substituto) Nos crimes materiais, a consumação só ocorre ante
a produção do resultado naturalístico, enquanto que, nos crimes formais, este resultado é dispensável.

Nexo causal.

Conceito legal de causa:

Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-
se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)

Teoria da equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua non)

Causalidade psíquica.

Como a 1ª parte do artigo 13 já foi cobrada em concursos públicos?

62. (2013 - FCC - TCE-SP - Auditor do Tribunal de Contas) O Código Penal brasileiro considera causa a ação ou
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido.

63. (2015 - FCC - TCE-CE - Conselheiro Substituto (Auditor) O Código Penal adota no seu art. 13 a teoria conditio
sine qua non (condição sem a qual não). Por ela, imputa-se o resultado a quem também não deu causa.

64. (2016 - CESPE - PC-PE - Delegado de Polícia) O estudo do nexo causal nos crimes de mera conduta é rele-
vante, uma vez que se observa o elo entre a conduta humana propulsora do crime e o resultado naturalístico.

65. (2014 - VUNESP - TJ-SP - Juiz) A relação de causalidade tem relevância nos crimes materiais ou de resultado
e nos formais ou de mera conduta.

66. (2013 - CESPE - DPE-RR - Defensor Público) De acordo com preceito expresso no CP, a relação de causali-
dade limita-se aos crimes materiais.

Como a 2ª parte do artigo 13 já foi cobrada em concursos públicos?

67. (2013 - CESPE - DPE-RR - Defensor Público - adaptada) A teoria adotada pelo CP tem como inconveniente
a possibilidade de se levar ad infinitum a pesquisa da causa, abrangendo todos os agentes das causas anteriores,
sendo limitada pelo dolo ou culpa da conduta.

68. (2014 - VUNESP - TJ-SP - Juiz) A relação de causalidade relevante para o Direito Penal é a que é previsível
ao agente. A cadeia causal, aparentemente infinita sob a ótica naturalística, é limitada pelo dolo ou pela culpa do
agente.

Chegamos às concausas...

Concausas: Concurso de eventos que vão em busca de um mesmo resultado.

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“5 passos para resolução de um caso prático sobre este assunto”

1- Verificar na questão a existência de mais de um evento indo em direção a um mesmo resultado;


2- Verificar quem é o sujeito da questão (a pessoa a qual a questão pedirá a responsabilidade penal);
3- Verificar qual o evento paralelo à conduta do sujeito da questão;
4- Verificar se este evento paralelo produziu, sozinho, o resultado (caso em que será ABSOLUTAMENTE indepen-
dente) ou se precisou em alguma medida da conduta do sujeito da questão (caso em que será RELATIVAMENTE
independente);
5- Verificar se este evento paralelo foi antes, durante ou depois da conduta do sujeito da questão.
Conclusão: Se utilizares os passos e chegares à conclusão de que se trata de concausa ABSOLUTAMENTE inde-
pendente (seja preexistente, concomitante ou superveniente), o sujeito NÃO responde pelo resultado final aconte-
cido, limitando-se a responder pela tentativa do que quis, pois houve ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL. Se utili-
zares os passos e chegares à conclusão de que se trata de concausa RELATIVAMENTE independente (seja pree-
xistente ou concomitante), o sujeito responde pelo crime que inicialmente quis, na forma consumada, pois NÃO
HOUVE ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL.

E se a concausa for relativamente independente superveniente?


Aqui, existem duas possibilidades (art. 13, § 1º, CP):

1- A concausa relativamente independente superveniente por si só não causou o resultado (responde por crime
consumado).
“o resultado final se deu na mesma linha de desdobramento natural da conduta do sujeito da questão”

2- A concausa relativamente independente superveniente por si só causou o resultado (responde por crime tentado).
“o resultado final FUGIU da linha de desdobramento natural da conduta do sujeito da questão”

69. (2015 - MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) Páris, com ânimo de matar, fere Nestor, o qual, vindo
a ser transportado em ambulância, morre em decorrência de lesões experimentadas em acidente automobilístico a
caminho do hospital, sendo o acidente, no caso, causa superveniente e relativamente independente, respondendo
Páris por homicídio consumado.

70. (2015 - MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) “Pátroclo", com o intuito de matar “Eneas", dispara
contra ele com arma de fogo, ferindo-o, sobrevindo a morte de “Eneas", exclusivamente por intoxicação causada
por envenenamento provocado no dia anterior por “Ulisses", devendo “Pátroclo", nessa situação, responder por
homicídio tentado, porque o envenenamento é considerado causa absolutamente independente preexistente.

71. (2015 - MPDFT - MPDFT - Promotor de Justiça Adjunto) “Aquiles", sabendo que “Heitor" é hemofílico, fere-o,
com intuito homicida, ocorrendo efetivamente a morte, em virtude de hemorragia derivada da doença da qual “Heitor"
era portador, situação essa que leva à punição de “Aquiles" por homicídio tentado, sendo a hemofilia, nesse caso,
considerada concausa.

72. (2015 - CESPE - DPE-RN - Defensor Público Substituto - adaptada) Situação hipotética: A vítima Lúcia foi
alvejada e ferida por disparo de arma de fogo desfechado por Aldo, que agiu com animus necandi. Internada em
um hospital, Lúcia faleceu não em decorrência dos ferimentos sofridos, mas em razão de queimaduras causadas
por um incêndio que destruiu toda a área de internação dos enfermos. Assertiva: Nessa situação, e considerando a
teoria da equivalência dos antecedentes ou da conditio sine qua non, Aldo será responsabilizado criminalmente pelo
resultado naturalístico (morte).

73. (2013 - FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) Paulo, querendo matar Lucia, vem a jogá-la da janela do
apartamento do casal. A vítima na queda não vem a falecer, apesar de sofrer lesões graves, tendo caído na área
do apartamento térreo do prédio. Naquele local, vem a ser atacada por um cão raivoso que lhe causa diversas
outras lesões que foram à causa de sua morte. Paulo deverá responder por tentativa de homicídio por força do
surgimento de causa superveniente relativamente independente que, por si só, causou o resultado.

74. (2014 - CESPE - TJ-SE - Técnico Judiciário - Área Judiciária) Considere que Alfredo, logo depois de ter
ingerido veneno com a intenção de suicidar-se, tenha sido alvejado por disparos de arma de fogo desferidos por

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Paulo, que desejava matá-lo. Considere, ainda, que Alfredo tenha morrido em razão da ingestão do veneno. Nessa
situação, o resultado morte não pode ser imputado a Paulo.

75. (2011 - CESPE - TJ-PB - Juiz) Considere que Márcia, com intenção homicida, apunhale as costas de Sueli, a
qual, conduzida imediatamente ao hospital, faleça em consequência de infecção hospitalar, durante o tratamento
dos ferimentos provocados com o punhal. Nesse caso, Márcia responderá por tentativa de homicídio.

76. (2011 - CESPE - TJ-PB - Juiz) Suponha que Mara, com intenção homicida, desfira dois tiros em Fábio e que,
por má pontaria, acerte apenas o braço da vítima, a qual, conduzida ao hospital, faleça em consequência de um
desabamento. Nesse caso, Mara deverá responder por homicídio doloso consumado.

77. (2009 - CESPE - DPE-ES - Defensor Público) Considere a seguinte situação hipotética. Alberto, pretendendo
matar Bruno, desferiu contra este um disparo de arma de fogo, atingindo-o em região letal. Bruno foi imediatamente
socorrido e levado ao hospital. No segundo dia de internação, Bruno morreu queimado em decorrência de um in-
cêndio que assolou o nosocômio. Nessa situação, ocorreu uma causa relativamente independente, de forma que
Alberto deve responder somente pelos atos praticados antes do desastre ocorrido, ou seja, lesão corporal.

78. (2008 - CESPE - PGE-CE - Procurador do Estado) Denis desferiu cinco facadas em Henrique com intenção
de matar. Socorrido imediatamente e encaminhado ao hospital mais próximo, Henrique foi submetido a cirurgia de
emergência, em razão da qual contraiu infecção e, finalmente, faleceu. Acerca dessa situação hipotética, assinale
a opção correta, com base no entendimento do STF.

A) Trata-se de causa absolutamente independente superveniente, que rompeu o nexo causal, devendo Denis res-
ponder por tentativa de homicídio.
B) Trata-se de causa relativamente independente e superveniente que rompeu o nexo causal, devendo Denis res-
ponder por tentativa de homicídio.
C) Não houve rompimento do nexo de causalidade, devendo Denis responder por homicídio doloso consumado.
D) Trata-se de causa relativamente independente e superveniente que rompeu o nexo causal, devendo Denis res-
ponder por lesão corporal seguida de morte.
E) Não houve rompimento do nexo causal, mas Denis deve responder apenas por tentativa de homicídio.

Tipicidade.

Princípio da insignificância (bagatela própria)

Requisitos (STF):

A) mínima ofensividade da conduta do agente.


B) ausência de periculosidade social da ação.
C) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento.
D) inexpressividade da lesão jurídica causada.

Aplica-se para contrabando? STF HC 110.964, 2º TURMA, 02/04/2012 / STJ RESP 1212946, 5ª TURMA,
11/12/2012.

Aplica-se para crime eleitoral? TSE, RESP 11887- 16/RN, 03/05/2011.

Aplica-se para descaminho? STF HC 123035, 1ª TURMA, 12/09/2014 / STJ AGRG NO RESP 1400187, 5ª TURMA,
13/05/2014.

Aplica-se para crimes contra a administração pública? STF HC 112388, 2ª TURMA, 14/09/2012 / STJ RESP
1275835, 5ª TURMA, 01/02/2012.

Aplica-se para crimes contra a fé pública? STF HC 105638, 1ª TURMA, 12/06/2012 / STJ AGRG NO RESP 82637,
5ª TURMA, 12/04/2013.

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Aplica-se para crimes da lei de drogas? STF HC 102940, 1ª TURMA, 06/04/2011 / STJ RHC, 5ª TURMA, 06/08/2013.
Aplica-se para crime ambiental? STF HC 112563, 2ª TURMA, 10/12/2012 / STJ HC 178208, 6ª TURMA, 01/07/2013.
Aplica-se para crime com violência ou ameaça à pessoa?

Aplica-se para furto qualificado?

Aplica-se à casos envoltos à Maria da Penha?

Aplica-se a casos de reiteração delitiva?

Princípio da adequação social.

SÚMULA 502-STJ:

Presentes a materialidade e a autoria, afigura-se típica, em relação ao crime previsto no artigo 184, parágrafo 2o,
do Código Penal, a conduta de expor à venda CDs e DVDs piratas.
Como isto já foi cobrado em Concursos Públicos?

79.(2010 - INSTITUTO CIDADES - DPE-GO - Defensor Público) É pacífico, na doutrina e na jurisprudência,


que o agente que furta objetos de valor irrisório deve ser absolvido com base no princípio da insignificância,
uma vez que, nessas circunstâncias, está excluída

A) a tipicidade formal.
B) a tipicidade material.
C) a ilicitude da conduta.
D) a culpabilidade do agente.
E) a punibilidade da conduta.

80. (2016 - MPE-PR - MPE-PR - Promotor Substituto) Pode-se afirmar que a denominada “tipicidade formal”
usualmente referida pela doutrina traz os elementos que servem para informar, de forma descritiva, o intér-
prete da lei a respeito da relevância ou irrelevância da conduta para o direito. Ou seja, a correspondência
entre a previsão legal e a ação constatada no caso concreto recebe usualmente a denominação de “tipici-
dade formal” pela doutrina.

81. (2015 - FCC - TJ-AL - Juiz Substituto) O chamado princípio da insignificância exclui a tipicidade formal da
conduta.

82. (2011 - TRT 15R - TRT - 15ª Região - Juiz do Trabalho) A respeito do atual entendimento conferido pelo
Supremo Tribunal Federal ao princípio da insignificancia, trata-se de princípio aplicado a despeito de restar patente
a existência da tipicidade formal.

83. (2007 - CESPE - TSE - Analista Judiciário - Área Administrativa) Para a configuração da tipicidade da con-
duta, exige-se apenas a tipicidade formal, sendo desnecessária a presença da tipicidade material.

84. (2014 - CESPE - MPE-AC - Promotor de Justiça) Conforme o entendimento da doutrina majoritária, o princípio
da insignificância afeta a tipicidade formal

85. (2012 - CESPE - TJ-RO - Analista Judiciário - Oficial de Justiça) Aplicando-se o princípio da adequação
social da conduta, afasta-se a tipicidade formal do fato.

86. (2015 - CESPE - Prefeitura de Salvador - BA - Procurador do Município – 2ª Classe) A aplicação do princípio
da insignificância implica reconhecimento da atipicidade formal de perturbações jurídicas mínimas ou leves, as quais
devem ser consideradas não só em seu sentido econômico, mas também em relação ao grau de afetação à ordem
social.

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87. (2015 - CESPE - Prefeitura de Salvador - BA - Procurador do Município – 2ª Classe) O princípio da adequa-
ção social surgiu como uma regra de hermenêutica, ou seja, possibilita a exclusão de condutas que, embora se
ajustem formalmente a um tipo penal — tipicidade formal —, não são mais consideradas objeto de reprovação social
e, por essa razão, se tornaram socialmente aceitas e adequadas.

88. (2017 - MPE-RS - MPE-RS - Promotor de Justiça - Reaplicação) Os princípios da adequação social e da
insignificância, sugeridos pela doutrina, servem de instrumentos de interpretação restritiva do tipo penal, que afetam
a tipicidade formal do fato.

89. (2013 - CESPE - DPE-ES - Defensor Público - Estagiário) O princípio da insignificância ou da bagatela
exclui

A) a punibilidade.
B) a executividade.
C) a tipicidade material.
D) a ilicitude formal.
E) a culpabilidade.

90. (2012 - CESPE - TRE-RJ - Analista Judiciário - Área Judiciária) A venda de cópias não autorizadas de CDs
e DVDs — cópias piratas — por vendedores ambulantes que não possuam outra renda além da advinda dessa
atividade, apesar de ser conduta tipificada, não possui, segundo a jurisprudência do STJ, tipicidade material, apli-
cando-se ao caso o princípio da adequação social.

91. (2013 - FGV - TCE-BA - Analista de Controle Externo) O Superior Tribunal de Justiça reconhece que a
falta de tipicidade material pode, por si só, tornar o fato atípico

92. (2010 - MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça) No crime tentado, aplica-se norma de extensão do tipo
penal, ampliando-se temporalmente a figura típica (adequação típica de subordinação mediata).

93. (2014 - FCC - TJ-AP - Juiz) A jurisprudência mais recente do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal
Federal não distingue sua aplicação aos crimes de descaminho e de contrabando, indiferenciadamente aceitando-
o, em tese, nos dois casos, sob os mesmos pressupostos técnicos, posto que idêntico o bem jurídico tutelado em
ambas as normas legais.

94. (2014 - FCC - TJ-AP - Juiz) A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal vem admitindo sua aplicação, em
tese, aos crimes de roubo.

95. (2015 - CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Conforme a jurisprudência do STF, o princípio
da insignificância

A) não se aplica ao crime de contrabando.


B) não se aplica ao tráfico internacional de armas de fogo, exceto em casos que se restrinjam a cápsulas de muni-
ção.
C) deve ser adotado em casos de crime de tráfico de drogas.
D) é aplicável ainda que o agente seja reincidente ou tenha cometido o mesmo gênero de delito reiteradas vezes.
E) é aplicável ao crime de roubo.

96. (2013 - MPE-MS - MPE-MS - Promotor de Justiça) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, em caso de
apreensão de quantidade ínfima de cocaína é possível o trancamento da ação penal, com base no princípio da
insignificância.

97. (2009 - FCC - TJ-AP - Juiz) Se aceita a adoção do princípio da insignificância em caso de furto de bagatela,
a hipótese será de

A) absolvigao por atipicidade material da conduta


B) redução da pena pela regra do art. 155, § 2o, do Código Penal.

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C) concessão de perdão judicial.
D) extinção da punibilidade.
E) reconhecimento de circunstância atenuante inominada.

98. (2014 - VUNESP - PC-SP - Delegado de Polícia) Assinale a alternativa que apresenta o princípio que deve
ser atribuído a Claus Roxin, defensor da tese de que a tipicidade penal exige uma ofensa de gravidade aos
bens jurídicos protegidos.

A) Insignificância.
B) Intervenção mínima.
C) Fragmentariedade.
D) Adequação social.
E) Humanidade.

99. (2013 - TRF - 3ª REGIÃO - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Federal) O princípio da insignificância - construção juris-
prudencial e doutrinária sem previsão legal - é atualmente admitido como excludente de tipicidade em crimes ambi-
entais e inadmitido em crimes de falsificação de moeda.

100. (2008 - CESPE - STF - Analista Judiciário - Área Judiciária) É cabível a aplicação do princípio da insignifi-
cância para fins de trancamento de ação penal em que se imputa ao acusado a prática de crime de descaminho.

101. (2014 - CESPE - MPE-AC - Promotor de Justiça) Considerando o entendimento da doutrina majoritária
e do STJ, assinale a opção correta quanto ao princípio da insignificância.

A) Conforme o entendimento da doutrina majoritária, o princípio da insignificância afeta a tipicidade formal


B) Em se tratando do crime de contrabando, é possível a aplicação do princípio da insignificância.
C) Independentemente do valor do tributo sonegado em decorrência de crime de descaminho, é possível a aplicação
do princípio da insignificância.
D) A reiteração delitiva impede a aplicação do princípio da insignificância em razão do alto grau de reprovabilidade
do comportamento do agente
E) Para a aplicação do princípio da insignificância, exige-se a satisfação de um único requisito: ausência de pericu-
losidade social da ação.

102. (2012 - FUNCAB - PC-RJ - Delegado de Polícia) De acordo com o Glossário Jurídico do Supremo Tribunal
Federal, “o princípio da insignificância tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, ou seja, não
considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicação resulta na absolvição do réu e não apenas na
diminuição e substituição da pena ou não sua não aplicação”. Sobre o tema princípio da insignificância, Buscando
sua origem, de acordo com certa vertente doutrinária, no Direito Romano, o princípio da insignificância vem sendo
objeto de recorrentes decisões do STF, nas quais são estabelecidos dois parâmetros para sua determinação: redu-
zidíssimo grau de reprovabilidade do compor tamento e inexpressividade da lesão jurídica provocada.

103. (2015 - FGV - DPE-RO - Analista da Defensoria Pública - Analista Jurídico) Carlos, primário e de bons
antecedentes, subtraiu, para si, uma mini barra de chocolate avaliada em R$ 2,50 (dois reais e cinquenta
centavos). Denunciado pela prática do crime de furto, o defensor público em atuação, em sede de defesa
prévia, requereu a absolvição sumária de Carlos com base no princípio da insignificância. De acordo com a
jurisprudência dos Tribunais Superiores, o princípio da insignificância:

A) funciona como causa supralegal de exclusão de ilicitude;


B) afasta a tipicidade do fato;
C) funciona como causa supralegal de exclusão da culpabilidade;
D) não pode ser adotado, por não ser previsto em nosso ordenamento jurídico;
E) funciona como causa legal de exclusão da culpabilidade.

104. (2011 - CESPE - PC-ES - Delegado de Polícia) Segundo a jurisprudência do STF, é possível a aplicação do
princípio da insignificância para crimes de descaminho, devendo-se considerar, como parâmetro, o valor consoli-
dado igual ou inferior a R$ 7.500,00.

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105. (2010 - CESPE - ABIN - Oficial Técnico de Inteligência - Área de Direito) Um agente que tenha adquirido
cinco cédulas falsas de R$ 50,00 com o intuito de introduzi-las no comércio local deve responder pelo tipo de moeda
falsa, visto que, nessa situação, não se aplica o princípio da insignificância como causa excludente de tipicidade.

106. (2014 - IBFC - PC-RJ - Papiloscopista Policial de 3ª Classe) Segundo entendimento pacífico do Supremo
Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça, o aplicador da lei penal deve seguir alguns requisitos
para aplicação do princípio da insignificância. Assinale a alternativa que NÃO corresponde a um desses
requisitos:

A) Mínima ofensividade da conduta do agente.


B) Inexpressividade da lesão jurídica causada.
C) Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento do agente.
D) Ausência de periculosidade social da ação.
E) Estar o crime inserido no título “Dos Crimes contra o Patrimônio” do Código Penal.

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GABARITO:

01- A 54- V
02- F 55- D
03- F 56- F
04- V 57- F
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30- V 83- F
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35- E 88- F
36- F 89- C
37- F 90- F
38- V 91- V
39- F 92- V
40- F 93- F
41- F 94- F
42- V 95- A
43- B 96- F
44- V 97- A
45- F 98- A
46- V 99- V
47- V 100- V
48- A 101- D
49- F 102- F
50- F 103- B
51- F 104- F
52- V 105- V
53- V 106- E

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D) crime de comunicação falsa de crime;

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