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Ministério da educação e saúde

BIBLIOTECA NACIONAL

DOCUMENTOS
HISTÓRICOS

CARTAS PARA A BAHIA


— Ífe6 — i
CARTAS DE D. SANCHO DE FARO E SOUZA
1719 — 1720
' •*?•¦.

CARTAS, PATENTES E PROVISÕES


1724 — 1725

VOL. LXXIII

TYP. BAPTISTA DE SOUZA


Rua da Misericórdia, 51 — Rio.
19 4 6
A A
(ff§\

Q^Òò-C
CARTAS PARA A BAHIA
Códice: I — 2, 2, 3
N.° 108 do cat. Mans.
N.» 5.883 do C. E. H. B.
(Continuação)

Carta para o Coronel Pascoal de Fi-


gueiredo.
i
tr
Recebo a carta de Vossa Mercê e me parece
dizer-lhe que obrou bem em mandar para esta pra-
ça o Sargento José Rodrigues e o Cabo de Esqua-
dra, Francisco Pinheiro visto se acharem doentes e
não serem necessários, e como também não o são
os soldados que ficaram nessa vila fará Vossa Mer-
cê recolher ao Morro os que pertencem àquele presí-
dio e os mais a esta cidade.
Brevemente mandarei para os índios as ferra-
mentas necessárias e espero que Vossa Mercê os fa-
ça conservar com todo o sossego. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e maio, 31 de 1726. Vasco Fer-
nandes César de Menezes. Para o Coronel Pascoal
de Figueiredo.

Carta para o Capitão de Mar e Guer-


ra Bartolomeu Freire de Araujo Jabo da
frota.

Quarta-feira, que se há de contar cinco de ju-


nho, mandará Vossa Mercê, às três horas da tarde,
meter um Capitão dos da guamição da sua nau
com Alferes e dois Sargentos e cinqüenta homens
guardar este palácio; um sargento com dez homens
para as Portas de São Fènto, e na mesma forma ou-

^MBMMH
— 4 —

tros tantos para o Corpo da Guarda da Praia e Por-


tas do Carmo, e não havendo tantos sargentos, po-
dera arvorar alguns Cabos de Esquadra. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e maio, 31 de 1726. Vas-
co Fernandes César de Menezes. Senhor Bartolo-
meu Freire de Araújo.

Carta para o Coronel Pedro Leolino


Mariz.

Recebo a carta de Vossa Mercê com aqueles ai-


voroços que em todo o tempo me devem as suas no-
tícias e por conta deles sinto que o contágio do Pa-
raoassú se atrevesse a inquietar a saúde de Vossa
Mercê porque lha desejo com todas as felicidades
de que se faz credora a sua pessoa.
Em carta de 22 do passado, repetida por pri-
meira e segunda via, disse a Vossa Mercê o que se
me oferecia assim à respeito das dependências de
que o tenho encarregado como da dúvida em que
ficava na certeza da notícia que me deu Bernardo
de Matos, reconhecendo que a sua paixão o obri-
garia a Coer. lig. (sic.) o que lhe participaram sobre
bromar (como ele diz) o ribeiro de Antônio Car-
los, e suponho que mui satisfeito desta infelicidade;
porém, como a paixão nos homens é mui poderosa
não me admiro de que tão apressamente e sem obri-
gação se resolvesse a participar-me uma notícia
com tantas circunstâncias de dúvida sabendo mui-
to bem o empenho em que me tinha posto a daquele
descobrimento; mas como a prudência e atenção
de Vossa Mercê tudo sabe prevenir e remediar, quis
o —

com tanto trabalho e desvelo livrar-me deste cui-


dado, cuja advertência lhe agradeço muito; e prin-
cipalmente o zelo com que tão desamarradamente
deixou as dependências da sua casa, por acudir a
esta e a remediar as embrulhadas desse continente
que com assistência da sua pessoa considero sosse-
gado, porque o seu respeito, modo, e capacidade
tudo facilita, e sabe compor, e quanto a esta parte,
não tenho mais que dizer porquanto como Vossa
Mercê me segura que por todo mês me remete as
amostras, pedras e relação, isto é o mesmo que eu
podia acrescentar que como aqui se acha a frota
tomara dar nela conta a Sua Majestade, que Deus
guarde, com toda a certeza do que tem resultado
das diligências a encarregado a Vossa Mer-
cê por lhe haver já dito no navio de licença deste
descobrimento, e conquista e estimarei muito que ve-
nha também a tempo de ir na mesma ocasião o pro-
cedido das datas deste descobrimento em que espe-
ro empregue Vossa Mercê logo o seu zelo e ativida-
de.
As embrulhadas dessa vila, seguirão diferem
tes termos com a presença de Vossa Mercê que tudo
saberá corrigir de sorte que se evitem tão repetidas
desordens, e espero que o mesmo obre em todas as
mais dependências dela, cujas notícias seguem tal
variedade pela paixão dos que costumam dar que
confesso a Vossa Mercê me tem confundido e por
me livrar de todo o escrúpulo, e desembaraços fico
de acordo no que Vossa Mercê me diz tendo só por
certas as suas informações, asim porque reconhe-
oue faço
ço a sua capacidade como pela confiança
da sua pessoa, e independência em toda a matéria
pertencente ao serviço de Sua Majestade, e sossê-
go público.
Ao Coronel André da Rocha escrevo agrade-
cendo-lhe o zelo e trabalho com que se houve na exe-
cução da diligência de que Vossa Mercê o encarre-
gou e principalmente na abertura do caminho pa-
ra o novo descobrimento, de que se seguem tantas
utilidades e para que nos valhamos, sem prejuízo
público, do préstimo deste Coronel tenho ordenado
ao Ouvidor Geral da Comarca mande proceder a no-
va eleição nessa vila.
Já disse a Vossa Mercê que não tenho dúvida
em perdoar a André da Rocha os crimes com que
se acha, o que não está já executado por se não po-
der entrar nesta diligência por não vir com as cia-
rezas necessárias a relação que delas mandou por
ser preciso dizer-se o distrito donde se cometeu,
em que tempo, se tem parte, se houve ou
devassa e em que juizo: e quando se não procedesse
a uma ou outra cousa, declarar-se se fez corpo de
delito e em que vila ou perante que juizo.
Estou com grande cuidado na remessa dos
quintos porque a frota não tem mais demora do
que até vinte de julho, dia em que infalivelmente há
de partir, por cuja causa espero que Vossa Mercê
aplique esta diligência com tal calor que possam
chegar a tempo de ir nela e como Vossa Mercê co-
nhece a importkncia desta diligência se faz
desnecessário maior recomendação.
Estimarei muito que Vossa Mercê passe livre
de queixas e com muito boa saúde seguindo-se-lhe
a tudo as fortunas que lhe desejo e para o que con-
correrei em todo o tempo não perdendo em nenhum
— 7 —

qualquer ocasião que se me ofereça de assim o con-


seguir. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho,
2 de 1726. Vasco Fernandes César de Menezes. Pa-
ra o Coronel Pedro Leolino Mariz.
t
\
Carta para o Coronel André da Rocha
Pinto.

O Coronel Pedro Leolino Mariz me deu conta


do que resultou da diligência que encarregou a Vos-
sa Mercê representando-me o trabalho e zelo com
que Vossa Mercê a executou e também na abertura
da estrada para b novo descobrimento; uma e outra
dependência agradeço a Vossa Mercê e como nunca
duvidei do préstimo de Vossa Mercê espero que
com êle se faça acredor às atenções de Sua Majesta-
de, que Deus guarde, desempenhando em tudo as
obrigações de bom e leal vassalo; sobre o particular
do perdão ele Vossa Mercê escrevo ao Coronel Pe-
dro Leolino, por não vir com as declarações neces-
sárias a relação que Vossa Mercê mandou em esta
chegando, como digo logo deferirei ao reqaerimen-
to de Vossa Mercê, que Deus guarde. Bahia e ju-
nho, 2 de 1726. Vasco Fernandes César de Mene-
zes. Para o Coronel André da Rocha Pinto.

Para o Provedor da Alfândega.


í
i

No navio que hoje amanheceu nesta Bahia, vin-


do de Lisboa, vem por ordem de Sua Majestade Fi-
dei Franco, e três religiosos Arrabidos cujos fato se
há de desembarcar amanhã pela manhã.
Vossa Mercê o tenha assim entendido para pas-
— 8 -

sar as ordens necessárias para que assim se execute.


Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho, 7 de
1726. Vasco Fernandes César de Menezes. Senhor
Provedor da Alfândega.

Para o Capitão da Fortaleza do Mor-


ro.

Vai um oficial da Vedoria com as fardas e di-


nheiro para se socorrer e fardar a infantaria dês-
se presídio. Nosso Senhor etc. Bahia e junho, 8
de 1726. Vasco Fernandes César de Menezes. Pa-
ra o Capitão da Fortaleza do Morro.

Carta para o Administrador das fei-


torias do Cairú.

Chegaram as duas charruas carregadas, e agra-


deço ao administrador o zelo com que se houve na
sua expedição, as outras duas se têm demorado por
causa do tempo e estão prontas para sair todas as
vezes que este der lugar; espero'que o administra-
dor se haja de maneira na sua entrega que por cau-
sa dela se não demore a frota que há de partir infa-
livelmente a 20 de julho. Em uma das ditas ehar-
ruas vai o conto de réis para pagamento dos ofi-
ciais e condutores. Em companhia delas mandará
o administrador as barcas carregadas de madeira
miúda na forma da minha ordem, e tanto que as
expedir me virá falar para confirmarmos alguns
particulares perlencentes aos cortes cm que deve-
mos tratar antes de partir a frota. Nosso Senhor
etc. Bahia junho, 8 de 1726. Vasco Fernandes Ce-
sar de Menezes. Para o Administrador das feito-
rias do Cairú.

Para o Desembargador Provedor-mor

Remeto a Vossa Mercê a carta inclusa para


mandar pôr pronto o conteúdo nela com declara-
ção que o que respeita a ela arreios, clavinas, pis-
tolas, catanas e botas, hão de ser das que houver
nos armazéns e em lugar de patronas, boleas e no
que toca aos chamados trastes para cozinha se de-
ve saber de Fidel Franco, o que é necessário para •
o transporte daqui para o Rio de Janeiro, porquan-
to Sua Majestade que Deus guarde, não me declara
que o prova a seu arbítrio para uma campanha que
pelas suas disposições poderá ser
dilatada, principalmente pedindo uma bacia gran-
de para banhos que não me lembra ser prática em
campanha alguma semelhante regalo, e terá Vos-
sa Mercê entendido que se faz mui necessário que
este General ou Governador declare a quem se hão
de entregar as cousas que pede e as mais que for
pedindo, para constar a Sua Majestade que lhe fo-
ram dadas, e por que não haja alguma equivocação
ou sutileza italiana, não só me remeterá Vossa Mer-
cê outra vez esta mesma carta, mas tudo quanto
doc.umen-
pertencer a matéria sujeita se faça com
tos próprios e naturais para os pôr na presença de
Sua Majestade que Deus guarde e a Vossa Mercê.
Bahia e junho, 14 de 1726. Vasco Fernandes Cesar
de Menezes. Senhor Desembargador Provedor-mor.
— 10 —

Carta de Fidel Franco de que faz men-


ção a de Sua Excelência.

Excelentíssimo Senhor. Vice-Rei meu Senhor.


Para o serviço de Sua Majestade, que Deus guar-
de, que dignando-se me honrar com a incum-
bência de Governador me determinou recorresse a
Vossa Excelência para tudo o que entendesse era
para a execução das ordens que me determina; ..
serem necessárias dez celas, com
todos os seus arreios, pistolas, clavinas e catanas,
botas, e esporas, para a minha comitiva, como tam-
bém dois quintais de pólvora, quatro de chumbo,
e duzentas perderneiras e patronas ou bolsas em
que isto ande. Para cozinha são precisos os trastes
dc serviço dela costumados, e uma bacia grande pa-
ra banho, como também os adiamentos e preparos
de mesa necessários e uma peça de burel ou pano
pardo inferior para hábitos dos religiosos, cousas
todas de que com facilidade em outra terra se não
pode fazer provisão e peço a Vossa Excelência
seja servido mandar por ordem sua se prepare e
se entregue o referido. Deus guarde a Vossa Ex-
celência por felicíssimos anos. Bahia, em 12 de
junho de 1726. Beija as mãos de Vossa Excelência
seu Capitão e Servidor Fidel Franco Beloto.

Carta para o Coronel Antônio Homem


de Afonseca.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 2 do passa-


do, e fico entendendo haver recebido a minha úl-
tima ordem à respeito dos gados, e espero que esta
— 11 —

seja melhor executada do que foram as primeiras,


que como não ignoro as causas desta omissão, ou
dissimulação não deixarei de proceder como me
parecer justo.
Como Vossa Mercê se acha com queixa e tanlo
por esta razão como por necessitar de vir à cida-
de à respeito dos seus negócios lhe concedo licença
para o fazer, deixando recomendada a execução das
minhas ordens aos seus subalternos, a quem adver-
tira que as não dissimulem sob pena de serem aspe-
ramente castigados. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e junho, 15 de 1726. Vasco Fernandes César
de Menezes. Para o Coronel Antemio Homem ele
Afonseca Corrêa.

Carta para o Coronel Miguel Calmon


de Almeida.
»
Em cinco do corrente se ausentou desta praça
Geraldo CoelKo, soldado da companhia do Capitão
Bento Corrêa, e como este é filho de André Fer-
nandes, natural do Najé, Vossa Mercê o mande logo
prender e remeter a esta cidade e não aparecendo,
mandará a seu pai para dar conta dele. Bahia e
junho, 17 de 1726. Vasco Fernandes César de Me-
nezes. Para o Coronel Miguel Calmon de Almeida.

Carta para o Desembargador Prove-


dor-mor sobre Fidel Franco.

Como me consta que Fidel Franco dissera esta


manhã que não pudera dormir toda a noite por ver
o tempo bom e não ter embarcação pronta para fa-
— 10 —

Carta de Fidel Franco de que faz men-


çâo a de Sua Excelência.

Excelentíssimo Senhor. Vice-Rei meu Senhor.


Para o serviço de Sua Majestade, que Deus guar-
de, que dignando-se me honrar com a incum-
bência de Governador me determinou recorresse a
Vossa Excelência para tudo o que entendesse era
para a execução das ordens que me determina; ..
serem necessárias dez celas, com
todos os seus arreios, pistolas, clavinas e catanas,
botas, e esporas, para a minha comitiva, como tam-
bém dois quintais dc pólvora, quatro de chumbo,
e duzentas perderneiras e patronas ou bolsas em
que isto ande. Para cozinha são precisos os trastes
dc serviço dela costumados, e uma bacia grande pa-
ra banho, como também os adiamentos e preparos
de mesa necessários e uma peça de burel ou pano
pardo inferior para hábitos dos religiosos, cousas
todas de que com facilidade em outra terra se não
pode fazer provisão e peço a Vossa Excelência
seja servido mandar por ordem sua se prepare e
se entregue o referido. Deus guarde a Vossa Ex-
celência por felicíssimos anos. Bahia, em 12 de
junho de 1726. Beija as mãos de Vossa Excelência
seu Capitão e Servidor Fidel Franco Beloto.

Carta para o Coronel Antônio Homem


de Afonseca.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 2 do passa-


do, e fico entendendo haver recebido a minha úl-
tima ordem à respeito dos gados, e espero que esta
— 11 —

seja melhor executada do que foram as primeiras,


que como não ignoro as causas desta omissão, ou
dissimulação não deixarei de proceder como me
parecer justo.
Como Vossa Mercê se acha com queixa e tanto
por esta razão como por necessitar de vir à cida-
de à respeito dos seus negócios lhe concedo licença
para o fazer, deixando recomendada a execução das
minhas ordens aos seus subalternos, a quem adver-
tira que as não dissimulem sob pena de serem aspe-
ramente castigados. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e junho, 15 de 1726. Vasco Fernandes César
de Menezes. Para o Coronel Antônio Homem de
Afonseca Corrêa.

Carta para o Coronel Miguel Calmou


de Almeida.

Em cinco do corrente se ausentou desta praça


Geraldo Coemo, soldado da companhia do Capitão
Bento Corrêa, e como este é filho de André Fer-
nandes, natural do Najé, Vossa Mercê o mande logo
prender e remeter a esta cidade e não aparecendo,
mandará a seu pai para dar conta dele. Bahia e
junho, 17 de 1726. Vasco Fernandes César de Me-
nezes. Para o Coronel Miguel Calmon de Almeida.

Carta para o Desembargador Prove-


dor-mor sôbre Fidel Franco.

Como me consta que Fidel Franco dissera esta


manhã que não pudera dormir toda a noite por ver
o tempo bom e não ter embarcação pronta para fa-
— 12 —

zer viajem para o Rio de Janeiro me resolvo a man-


dar a Vossa Mercê a portaria inclusa, para que a
todo o tempo conste que quando Fidel Franco se
resolver a não embarcar na sumaca que se tenha
mandado preparar para o levar estará eseta corrente
para poder seguir viajem. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e junho, 18 de 1726. Vasco Fernan-
des César de Menezes'. Senhor Desembargador Pro-
vedor-mor.

Para o Desembargador Provedor-mor


sobre as cousas para Fidel Franco.
i

Confesso a Vossa Mercê que me não sei resol-


ver nos particulares de Fidel Franco e seus com-
panheiros e parece-me convenientíssimo que as suas
dúvidas e quimeras se ponham em termos que as
mande eu à presença de Sua Majestade, que Deus
guarde, para que desde logo fique entendendo em
que paravam os seus projetos; mande Vossa Mercê
por-lhe prontos seis barris de biscoitos, doze lei-
toes e doze carneiros, e no que respeita ao cozinhei-
ro mandará Vossa Mercê fazer diligência por ai-
gum bom ou mau. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e junho, 19 de 1726. Vasco Fernandes César
de Menezes. Senhor Desembargador Provedor-mor.

Para o Desembargador Provedor-mor

E' tempo de se fazer a carne para a nau da In-


dia e como vieram esta semana seiscentas e tantas
reses, parecendo a Vossa Mercê mande pedir ao
Juiz de Fora as que forem necessárias para este
¦— 13 —

efeito, porque tem ordem minha para assim o exe-


cutar. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho,
21 de 1726. Vasco Fernandes César de Menezes.
Senhor Desembargador Provedor-mor.

Para Bartolomeu Freire de Araújo.

Amanhã, mando lançar um bando sobre o re-


cebimento do ouro e regulando-me pelo do ano pas-
sado destino às segundas, quartas e sextas de cada
casa
semana; e esta diligência se há de fazer em
de Vossa Mercê e na do Capitão de Mar e Guerra
faz
Pedro de Oliveira Muge e porque para ela se
Infantaria João
preciso a assistência do Capitão da
orde-
de Brum que se acha a bordo da nau da índia
nará Vossa Mercê ao Capitão de Mar e^ Guerra
um
Pedro de Oliveira Muge que mande rendê-lo
a esse
dos seus Capitães Tenentes, advertindo que
há de suceder o outro de dez em, dez dias para que
ordem in-
assim fique mais suave o trabalho.; e a
Capitão
clusa mandará Vossa Mercê ao referido
a minha
João de Brum para que tenha entendido
o render como
resolução e declare ao oficial que
a
se há de haver naquela diligência. Deus guarde
1726. Vasco
Vossa Mercê. Bahia e junho 21 de
Bartolomeu
Fernandes César de Menezes. Senhor
Freire de Araújo.

Para o Desembargador Provedor-mòr

do au-
Vi os papéis que me parecem próprios
nunca deve
tor e não menos a comissão vocal que
diligência prin-
merecer crédito, porém, como esta
— 14 —

cipiou por termo me parece deve continuar ao me-


nos para que por todos os caminhos se conheça a
incivilidade deste velhaco; e se o Borgonhom foi
esta manhã falar a Vossa Mercê como ontem lhe
ordenei, ouvir cousas que autorizam a boa opi-
nião que temos deste homem, a letra do escrevente
é melhor do que a do secretário, porém, julgo insepa-
ráveis os três sujeitos nas suas idéias que não sei
destinguir qual é o de maior destreza. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e junho, 27 de 1726. Vas-
co Fernandes César de Menezes. Senhor Desem-
bargador Provedor-mor.

Para o Coronel Domingos Borges de


Barros.

O ajudante entregou o Capitão José Borges ao


qual concedi a cidade por prisão atendendo ao que
Vossa Mercê me representa; e no que respeita a
sua inocência averiguarei a verdade, porém, nun-
ca o julgarei sem culpas. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e junho, 28 de 1726. Vasco Fernan-
des César de Menezes. Para o Coronel Domingos
Borges de Barros.

Carta para o Coronel Pedro Barbosa


Leal.
i
As cartas que Vossa Mercê me remete do Pa-
dre Antônio de Mendanha, e Se seu filho Francis-
co Rebelo, são segundas vias de outras que já há
mais de mês e meio recebi e considerando então o
mesmo que Vossa Mercê; agora me aponta lembram
— 15 —

do-me do que várias vezes me disse sobre o desço-


brimento das esmeraldas mandei passar patente de
Mestre de Campo ao dito P^ancisco Rebelo ordenan-
do-lhe observasse o mesmo Regimento que tir.ha seu
pai do qual me mandou esta patente tirou
na secretaria há mais de mês e meio um
Mendes, que mora na praia, por via de quem vie-
ram cs cartas à vista do que está satisfeita a dili-
gência de Vossa Mercê, que em todos os sentidos
se encaminha para o melhor serviço de Sua Majes-
tade, que Deus guarde. Deus guarde a Vossa Mer-
cê. Bahia e junho, 27 de 1726. Vasco Fernandes
César de Menezes. Para o Coronel Pedro Barbosa
Leal.

Outra carta para o mesmo Coronel.

Atendendo ao que Vossa Mercê me insinua ã


respeito do gentio bárbaro., como lodo o meu dese-
jo e estinguí-lo por evitar as distribuições que come-
te acho-me obrigado a abraçar todos os meios que
podem concorrer para assim o conseguir e com
maior razão sendo apontados por Vossa Mercê em
quem reconheço zelo e desinteresse em tudo o que
pertence ao serviço de Sua Majestade, que Deus
guarde, e por esta razão não duvido prover a Gas-
par Pereira Ferraz no posto de Coronel não só em
atenção a tudo o que Vossa Mercê me diz senão tam-
bém pelo reconhecer com toda a capacidade para
os maiores empregos, porém» como os distritos que
Vossa Mercê aponta para este Regimento perten-
cem ao Coronel Miguel Calmon, e os que não são
como Vossa Mercê costuma fazer o mesmo que
— 16 —

fizeram os alferes sem embargo de que não quero


compreender neste número ao dito Miguel Calmon
por reconhecer a sua sinceridade contudo busco
pretexto de o ouvir sobre esta matéria e será êsle
tal que lhe não fique lugar de duvidar na partilha,
por nãc ficar obrigado a responder pelas conse-
quêncJas que do contrário se seguirem. E pode Vos-
sa Mercê estar certo de que Gaspar Pereira e seu fi-
lho hão de ser acomodados. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e junho, 27 rae 1726. Vasco Fernan-
des César de Menezes. Para o Coronel Pedro Bar-
bosa Leal.

Outra carta para o mesmo Coronel

E' certo que ninguém com mais formalidade do


que Vossa Mercê fala, e discorre sobre as dependên-
cias das minas e sertão: Bernardo de M>atos ficou
de repente cego da sua paixão; Pedro Leolino me
escreveu longamente segurando-mc ter ouro e com
muita conta para os mineiros e o motivo cpie houve
para se dizer que não o havia e tudo mais que então
sucedeu, cujas desordens considero proce-
dido do tempo em que se fez a repartição como já
disse a Vossa Mercê e do mais que Vossa Mercê
agora me insinua eu espero todas as horas notícias
de Pedro Leolino como me avisou o com elas a im-
portância dos ditos quintos que tudo me disse
do vir junto no fim deste mês; o que importa é
que uma e outra cousa avuP.e para podermos satis-
fazer a espectação do Conselho Ultramarino. Agra-
deeo a Vossa Mercê a diligência da remessa das
minhas cartas para o Rio das Contas. Deus guarde
— 17 -

a Vossa Mercê. Bahia e junho, 27 de 1726. Vasco


Fernandes César de Menezes. P,ara o Coronel Pe-
dro Barbosa Leal.

Carta para o Cabo da Frota.

Deixe Vossa Mercê estar o mesmo Capitão Te-


nente a bordo da nau da índia até nos vermos e fa-
larmos nessa matéria. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e julho, 2 de 1726. Vasco Fernandes César
de-Menezes. Senhor Barlolomeu Freire de Araújo.

Portaria para o Provedor da Alfân-


dega.

O Provedor da Alfândega mande logo entre-


gar na secretaria dêsíe Estado os autos que no seu
juízo se processarem entre Estêvão Lacerda, como
autor, e Fidel Franco Beloto réu, cujos autos me
dizem ser dois 4 de 1720.
R-.ibrica. i&
Carta para o Desembargador Prove-
dor-mor.

O Desembargador João Veríssimo nomeia pa=


ra Meirinho da diligência a que vai por ordem de
Sua Majestade, que Deus guarde, a Antônio Gomes
de Araújo para quem me parece pede provimento;
diga-me Vossa Mercê se lhe oferece alguma dúvida
por parte da Fazenda Real, visto ser o dito Antô-
nio Gomes escrivão do meirinho dela. Deus guarde
a Vossa Mercê. Bahia e julho, 4 de 1726.
Aditamento de mão própria.
18

Já mandei ao Provedor da Alfândega reme-


tesse a esta secretaria os autos que Vossa Mercê
pediu. Vasco Fernandes César de Menezes. Senhor
Desembargador Provedor-mor.

Carla para o Desembargador Prove-


dor-mor.

Mande Vossa Mercê aparelhar logo e pôr de


verga de alto a nau da índia por que o cabo da fro-
ta não queira com a sua materiaíidde tirar algu-
ma conseqüência própria do seu gênio. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e julho, 8 de 1726. Vas=
co Fernandes César de Menezes. Senhor Desembar-
gador Provedor-mor.

Carla para o Cabo da Frota.

Remeto a Vossa Mercê os dois requerimentos


dos senhores de engenho e homens de negócio para
que me diga o que se lhe oferece sobre o seu conteú-
do e também para que declare o tempo que tem fei-
to desde que deu fundo nesta Bahia, o trabalho que
se fêz sem embargo dele, e se nos trapiches se acha-
vam já os efeitos que se puderam transportar, e
prontos os navios que cá estavam para os receber.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e julho, 5 de
1726. Vasco Fernandes César de Menezes. Senhor
Bartolomeu Freire de Araújo.

Carta para. o Cabo da Frota.

a minha carta em que dá de-


ferimento ao que muitas vezes me disse presente ai-
— 19 —

gumas pessoas porque diante delas me segurou o


grande expediente que se tinha dado, assim à descar-
ga da frota, não obstante as muitas chuvas, como
às providências de eu ter miandado recolher a estes
trapiches o peso, o açúcar e tabaco que no Recôn-
cavo se achavam feitos e repúblicos que desde que
Vossa Mercê aqui chegou até o dia de hoje não che-
gar a oito úteis os que têm havido, havendo chovi-
do incessantemente desde o primeiro de março teu-
do sido a maior parte do verão molhado e por isso
se suspenderam as moagens e o transporte dos efei-
tos.
Os navios que aqui se achavam, antes da che-
gada de Vossa Mercê não só estavam crenados e
prontos mas muitos com os porões feitos
que vieram em sua companhia; ainda trabalham
alguns deles nas crenas de que se segue uma de
duas cousas, ou que Vossa Mercê não os aplicou,
ou que o tempo o impediu.
Não me meto em interpretar as ordens a que
Vossa Mercê quer dar diferente inteligência por-
que se Sua Majestade, que Deus guarde, manda que
Vossa Mercê não altere a sua partida, salvo por em-
baraço do tempo, essa mesma razão se considera
para a frota não poder partir no mesmo tempo por
ser êle o que só embaraça o expediente dela; e se a
viagem de Vossa Mercê fosse tão prolongada que
chegasse a esta Bahia quatro ou cinco dias imedia-
tos aos do prazo pergunta-se se havia Vossa Mercê
de partir no termo dele; além de que Sua Majestade
manda as frotas para conduzir os efeitos e se estes
não se pusessem prontos por omissão minha ou por
descuido dos homens poderia o dito Senhor proce-
der contra os culpados menos observantes das suas
— 20 —
a

ordens; mas se a grosseiria do tempo é a que emba-


raça a sua execução deve suprir-se este incidente
com a boa e sincera inteligência dos executores.
Consta-me que Vossa Mercê ordenou a maior
parte dos Capitães dos navios que hoje levassem
ao cais dos trapiches, não só as suas'lanchas mas
outras embarcações para levarem para bordo os
efeitos à revelia; supondo que fora esta execução
tem Vossa Mercê ordem particular que derrota ou-
tra com que me acho para de nenhuma sorte o con»
sentir.

E üllimamente as ordens que tenho para, a ex-


pedição da mesma frota são públicas por documen-
tos e Vossa Mercê as não ignora ainda que duvide
declará-las.

O que o secretário de Estado me diz com ....


a frota se possa demorar mais alguns dias
sem eleclarar quantos. Se Vossa Mercê os deve
limitar regulando-se pelas ordens restritas com que
se acha as quais não me participa talvez por con-
terem segredo em que não podiam fiar de mim, po-
de resolver nesta parte o que lhe parecer; e só di-
go execute o que Sua Majestade lhe manda com de-
claração que se não o fizer tão ajustadamente co-
mo sua mente real, responderá ao dito Senhor pe-
lo prejuízo qiue se seguir em Vossa Mercê ir com
os navios, ficando nesta cidade os efeitos, visto es-
tar só pelo tempo esta dificuldade e pela inteligên-
cia de Vossa Mercê não o poder supri-la. E Vossa
Mercê me remeta logo documento por que conste
que recebeu esta carta. Deus guarde a Vossa Mer-
cê. Bahia e julho, 8 de 1726. Vasco Fernandes Cé-

,
— 21 —

sar de Menezes. Senhor Bartolomeu Freire de


Araújo.

Carta para o Cabo da Frota.

Já disse a Vossa Mercê muitas vezes que El-


Rei me proibia com cominação grande o poder me-
ter-me em venda e compra dos efeitos e os que estão
nos trapiches e peso se acham ajustados e não se
carregam a proporção do meu desejo c do zelo de
Vossa Mercê porque o tempo não o permite, e se li-
vesse jurisdição nele faria com que me obedecesse
de Sua
por que em tudo se executassem as ordens
Majestade, que Deus guarde, que ninguém como eu
as venera.
No que respeita ao que Vossa Mercê me diz sô-
bre o ser falsa a notícia de dar ordem aos Capitães
dos navios para carregarem à revelia, bem creio
mentiriam, mas é certo que o disseram; e no que to-
ca à subordinação de Vossa Mercê nunca eu a podia
duvidar porque do contrário se seguiria uma gran-
de desordem1 no serviço cie Sua Majestade, porém,
não posso deixar de reparar que antes de Vosso
Mercê responder a minha carta mandou por à cunha
os mastareus da sua nau, diligência que se podia fa-
•zer alguns dias depois, participando-me Vossa Mor-
cê primeiro.
Vossa Mercê me diga logo o último dia em que
se finaliza o prazo da sua demora, para o mandar
fazer publicar e extinto o
tempo seguirá Vossa Mercê a sua viagem levando
os navios como estiverem e deixando os efeitos que
se não puderem carregar por causa do mesmo tem-
-- 22 -

po isto nos lermos de Vossa Mercê executar as suas


ordens.
Visto que não tem tenente a infantaria da fra=
gata Nossa Senhora de Nazaré mandará Vossa Mer-
cê ao Capitão de Mar e Guerra dela que se reco-
lha o Capitão Tenente e fique governando o alfe-
res mais antigo a mesma infantaria. Deus guarde
a Vossa Mercê. Bahia e julho, de 1726. Vasco Fer-
nandes César de sMenezes. Senhor Bartolomeu
Freire de Araújo.

Carta para o Cabo da Frota.

Ontem fui pessoalmente aos trapiches e peso


do tabaco sem embargo de não me achar ocioso no
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, e não
ser esta diligência mui decente ao meu caráter; e
nestes termos indo Vossa Mercê ou mandando os
seus subalternos àquelas partes, poderia saber o
que me pergunta e executar as ordens que tem de
Sua Majestade, as quais me parece se poderão tam-
bém estender ao apresto dos navios, porém, no ca-
so que Vossa Mercê se escuse daquela diligência
saiba que os homens de negócio são os que têm
ajustado umas e outras partidas. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e julho, 10 de 1726. Vasco
Fernandes César de Menezes. Senhor Bartolomeu
Freire de Araújo.

Carta para o Cabo da Frota.

Implica louvar Vossa Mercê agora o meu zelo


com me protestar há poucos dias uma e mil vezes
— 23 —

pela expedição das ordens de Sua Majestade, refe-


rindo-se e lembrando-me o decreto do dito Senhor
se intrometam em alterar a partida da frota e não
em que proíbe que os Vice-Reis e Governadores, não
pode haver para mim maior infelicidade do que ser
Vossa Mercê despertador das minhas obrigações
em matéria em que Vossa Mercê me e
porque se encontraram muitas dificuldades não se
pôs em execução; e suposto que não haja sítio que
não tenha os mesmos defeitos, que Vossa Mercê re-
conhece na Casa da Arrecadação do Tabaco, mais
que o armazém dele que se acha na ribeira, que pa-
ra se pôr em termos de recebê-lo serão precisos m
tos mais dias do que tem a frota de demora; contu-
do ao Desembargador Superitendente do Tabaco
mando a carta de Vossa Mercê para que sendo pos-
sível fique Vossa Mercê com a glória de acrescem
tar este serviço mais ao seu merecimento. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e julho, 11 de 1726.
Vasco Fernandes César de Menezes. Senhor Barto-
loraeu Freire de Araújo.

Carta que se escreveu ao Coronel José


Pires de Carvalho.

Mande Vossa Mercê logo fazer a obra de lin-


gueta que ontem apontou o Desembargador Supe-
ritendente do Tabaco para melhor expedição do
embarque dele, e ordenará ao caixeiro do armazém
que amanha e em todos os domingos e dias santos
que houver, enquanto aqui se detiver a frota se
ache pronto no dito armazém para se continuar o
trabalho da carga dela. Deus guarde a Vossa Mer-
— 24 -

cê. Bahia e julho, 13 de 1720. Vasco Fernandes Cé-


sar de Menezes. Para o Coronel José Pires de Car-
valho.

Carta para Bartolomeu Freire de


Araújo, Cabo da Frota.

Amanhã dezessete do corrente, depois de dar


Ave Maria e acabados os fortes de salvar, mandará
Vossa Mercê que a sua nau salve com sete peças e
que façam o mesmo os mais navios que estiverem
cm termos de o fazer, advertindo que todos hão de
ser de tropa ao mesmo tempo e que isto mesmo se há
de observar nas duas noites seguintes. Deus guarde
a Vossa Mercê. Bahia e julho, 16 de 1726. Vasco
Fernandes César de Menezes. Senhor Bartolomeu
Freire de Araújo.

CARTAS DE D. SANCHA DE FARO E SOUZA


Códice: 1-2,2,7 .
N.° 5.873 do C. E. B. N.
N.u 98 do Cat. Mans.

Carta para o Coronel Miguel Calmon


de Almeida sobre a gente que há de dar
dos distritos de Maragogipe para a guer-
ra dos bárbaros do Cairu.

Por repetidas queixas dos moradores do Cairu


que têm chegado à minha presença e pelo desejo
que o mesmo povo tem de afastar "temdaquelas vizi =
nhanças o gentio bárbaro, que nelas dado por
vezes alguns assaltos e feito algumas mortes, me
—.25 —

resolvo a permitir possam fazer a entrada que pre-


tendem, e como para o poderem conseguir com mais
seguro sucesso, lhes não baste a gente moça desim-
pedida e mais resoluta daquele distrito me pedem
gente de Jaguaripe, Jequeriçá e Maragogipe, e estes
três distritos são também interessados em pôr lon-
ge das suas vizinhanças os dilos bárbaros para não
padecerem as hostilidades e insolências, que tantas
vezes têm experimentado. Ordeno a Vossa Mercê
ecolha no distrito de Maragogipe, entre o povo dele,
os soldados mais capazes para esta ação, dos quais
me remeterá Vossa Mercê uma lista para me ser
dá a esta
presente o número deles e execução que
ordem; e ao sargento-mor da artilharia Inácio Tef=
xeira Rangel que se acha na mesma vila do Cairu
escreverá Vossa Mercê logo daí cm direilura avi-
sando-o do número de homens que desses distritos
de Maragogipe lhe pode mandar esta empresa.
23
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e fevereiro,
de 1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Mi-
guel Calmon de Almeida.

Para os oficiais da câmara da vila do


Cairu sobre a guerra dos bárbaros.

Recebo a carta de Vossas Mercês e lhes agrade-


Sargento-mor Inácio Tei-
ço a conta que me dão. 0 há
xeira Rangel me remeteu a lista da gente que
intenta
nesse povo capaz de ir à diligencia que se
serem, so-
contra o gentio bárbaro, e por ela vejo
o
mente cinqüenta e sete as pessoas desimpedidas,
essa causa tenho or-
que me parece mui pouco e por
Ja-
denado aos coronéis dos distritos dc Jequeriçá,
— 26 —

guaripe e Maragogipe me mandem uma lista da gen-


te que há neles eapaz de ir a est^a empresa ordena-
do-lhe juntamente que do número do que houver
remetam também uma relação ao mesmo Sargento-
mor Inácio Teixeira para que o dito veja o núme=
ro com que se acha. Pelo que toca ao Capitão-mor
das Entradas Antônio Veloso que Vossas Mercês me
nomeiam para cabo, como me dizem também que êle
se acha criminoso, ordenei ao Juiz Ordinário da vi-
Ia da Cachoeira que se informasse que casta de cri-
mes são os deste homem, e que me desse logo con-
ta do que achasse para ver se os que têm são capa-
zes de que eu lhe dê um salvo conduto por nos apro-
veitarmos dele, visto a boa informação que Vossas
Mercês me dão dele e a que também me deu o dito
Sargento-maior. E pelo que toca aos índios escre-
vo ao Administrador da aldeia do Jaguaripe dê
trinta para esta empresa. Deus guarde a Vossas
Mercês. Bahia e fevereiro, 23 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para os oficiais da câmara da vila do
Cairu.

Carta para o Juiz Ordinário da vila de


Jaguaripe Francisco de Crasto de Mene-
zes, sobre remeter a carta inclusa ao Sar*
gento-mor Manuel Pinto de Eça e ao Capi-
tão dos índios da aldeia de Santo Antônio
à presença de Vossa Excelência c aviso dos
que há na dita aldeia capazes de tomar ar-
mas.

E' importante ao serviço de Sua Majestade, que


Deus guarde, que tanto que Vossa Mercê receber es-
— 27

ta envie, sem demora alguma, a carta inclusa ao


Sargento-maior Manuel Pinto de Eça o que Vossa
Mercê fará por pessoa de confiança que lhe traga
recibo de como lha entregou o qual Vossa Mercê me
remeterá e sem tardança alguma junto com ela, à
minha presença o Capitão dos índios da aldeia de
Santo Antônio desse Jaguaripe, informando-me
Vossa Mercê, particularmente do número de índios
que tem a dita aldeia e cm especial aqueles que são
mais capazes de pegar em armas, desembaraçados e
valorosos para que com a informação de Vossa Mer-
cê e ouvindo ao dito Capitão resolva eu o número
de índios que da dita aldeia hão de passar à vila
do Gairu em companhia dos homens brancos que
hão de ir do mesmo Jaguaripe, Jequeriçá e Mara-
gogipe, a desviar da vizinhança daquela vila o gen-
tio bárbaro de que me têm dado conta os oficiais
da câmara dela e moradores do seu termo. Espero
com
que Vossa Mercê proceda nesta diligência
aquele cuidado e zelo com que deve empregam-se em
todas as que tocam ao serviço de Sua Majestade,
Mercê.
11 que Deus guarde. Deus guarde a Vossa
Bahia e fevereiro, 23 de 1719. O Conde do Vimiei-
ro. Para o Juiz Ordinário da vila de Jaguaripe.
Francisco de Crasto e Menezes.
A' margem: Esta carta não teve efeito por se
escrever ao dito Juiz Ordinário a que vai registada
adiante.
Carta para o Ilustríssimo Senhor Ar-
cebispo.

Ilustríssimo Senhor. Meu Senhor. Ontem à


noite chegando a esta casa, e vindo da de Vossa Ilus-
— 28

tríssima, se me deu parte que um clérigo que prega


de Missão na igreja e freguesia de São Pedro, sá-
bado à tarde no sermão que fez pedira três Ave Ma-
rias para que Deus Nosso Senhor desse a Vossa
Ilustríssima muita saúde, contra os seus inimigos
que o eram da igreja e de Jesus Cristo; e como não
me consta que nesta cidade haja quem deixe dc ve-
nerar à pessoa de Vossa Ilustríssima como deve
nem também seja presente que aqui haja inimigos
da igreja, nem de Jesus Cristo, considerando a to-
dos fiéis cristãos e obedientes à mesma igreja não
posso deixa de dizer a Vossa Ilustríssima como
quem se acha governando este Estado que esta im-
prudente exortação do dito missionário parece en-
caminhar-se a provocar o povo a algum desatino
bárbaro e como desta sua idéia pode resultar algu-
ma perturbação que a todos nos desaborrece (sic.)
deve Vossa Ilustríssima mandá-lo advertir, peça as
suas Ave Marias sem que insite os ânimos com se-
melhaníes estímulos, pelo que se pode seguir de tão
inconsiderado zelo e suposição, menos verdadeira;
espero que Vossa Ilustríssima assim lho estranhe
para que não continue semelhante quimera tão per-
niciosa ao sossego comum, e em tanto dano do ser-
viço de Sua Majestade e concórdia em que procuro
manter estes moradores, como a Vossa Ilustríssima
consta. Fico aos pés de Vossa Ilustríssima, que Deus
guarde muitos anos. Bahia e fevereiro, 27 de 1719.
Ilustríssimo Senhor. Beijo a mão a Vossa Ilustrís-
sima, seu maior criado e venerador. O Conde do
Vimieiro. Ilustríssimo Senhor. Dom Sebastião
Monteiro da Vide.
— 29 —

* Carta para o Capitão da Fortaleza do


Morro sobre ir para a mesma fortaleza
Francisco Rabelo de Melo.

0 Mestre Manuel Francisco Lisboa entregará


nessa fortaleza a Francisco Rabelo de Melo, solda-
(io desta praça, para acabar o degredo em que foi
condenado; e Vossa Mercê fique advertido a não
dar licença aos soldados ou outras.quaisquer pes-
soas que por ordem de justiça forem degredados
para essa fortaleza ou mandadas residir nela.
Avise-me Vossa Mercê logo das notícias que
houver da lancha em que deste porto fugiram os
piratas e do lanchão que mandei em seu seguimen-
to. Guarde Deus a Vossa Mercê. Bahia e maio, 2 de
1719. Conde do Vimieiro. Para o Capitão da For-
taleza do Morro.

Carla que se escreveu ao Coronel


Francisco Barreto de Aragão sobre os sol-
dados que vieram reconduzidos para a pra-
o dito coronel
ça e as patentes que mandou
dos providos, e se moram nos seus distri-
tos.
Vossr.
Chegou o Sargento-mor do regimento de
Mercê com a leva dos soldados que nele se alista-
aqueles a
ram de novo, dos quais assentaram praça
o seu livramento;
que não achei justa causa para
diligência
espero que Vossa Mercê dê fim a esta
com brevidade e com aquela exação que deve c fio
"do a
nascimento de Vossa Mercê, fico entendendo
antes da
causa por que esla se não tinha findado
minha nova ordem que a Vossa Mercê remeti.

1
30 —

Ficam as patentes que Vossa Mercê remeteu, é


necessário que Vossa Mercê me diga se estes ho-
mens fazem a sua obrigação e se são moradores nos
distritos em que estão providos porque tenho várias
queixas, tanto dos moradores da Cachoeira como
dos do Iguape, dos muitos mocambos que neles, há e
dos roubos que cometem os negros que neles se
acham amocamòados, e junto com esta informação'
mandará Vossa Mercê, os tais Capitães mores e
seus Sargentos-mores à minha presença.
Vossa Mercê dê execução às minhas ordens com
lôda a brevidade e me remeta as patentes de todos
os oficiais que há no seu regimento e daqueles que
disserem as têm em Lisboa a confirmar e me reme-
terá Vossa Mercê uma relação de todos eles, os pos=
tos que exercem e do tempo que estão providos nê-
les, tudo com individuação para me ser presente.
Torno a recomendar a Vo^sa Mercê a diligência da
fatura dos novos soldados e recondução dos ausen-
tes desta praça, no que Vossa Mercê porá muito par-
ticular cuidado.
O soldado e o fiador que Vossa Mercê remeteu
por este estar aleijado lhe dei um despacho para
que se não procedesse contra êle e o mandei embora
e juntamente seu fiador. Guarde Deus a Vossa
Mercê. Bahia e março, 3 de 171ÍL O Conde do Vi- j/
mieiro. Senhor Coronel Francisco Barreto de Ara-
gão.
— 31 —

Carta que se escreveu ao Sargento-


maior Manuel Pinto de Eça a ordem cita-
da esta registada no livro delas a folhas
102.

Recebo duas de Vossa Mercê com a notícia do


levantamento dos índios da aldeia de Santo Antô-
nio de Jaguaripe contra o seu capitão-maior e jun-
tamente me participa Vossa Mercê a prisão deste
e de dois índios mais que se desavieram com um clé-
rigo deminoribus, e se atreveram também com um
dardo, delito, que pede castigo, como também o mes-
mo aos cabeças dos que se levantaram contra o dito
Capitão-mor a cujo fim vai a ordem inclusa para o
Juiz Ordinário da vila de Jaguaripe que espero me
informe miudamente do que lhe constar e Vossa
Mercê me diga que composição pode ter esse nego-
cio para que a aldeia se ponha no seu antigo susse=
sem alguma
go e os pertubadores deste não fiquem
demonstração aqui me seguram que o dito Capitão-
mor fora sempre mal aceito dos seus súditos;
e
Vossa Mercê me dirá também se lhe consta a causa
se é êle ou não capaz de os governar.
A gente que Vossa Mercê houver de mandar a
Inácio Seixas serão aqueles moços mais desembara-
da ação e de darem
çados e mais resolutos capazes
conta dela e sempre será razão que vá algum ofi-
ciai também desembaraçado e com capacidade de os
sujeitar e trazer debaixo da obediência para que
obrem o que lhe ordenar o Capitão da faceção. Co-
lhendo Vossa Mercê alguma notícia dos piratas a
entenda se
participará a todos os portos para onde
encaminha a sua navegação e os suponho já entre-
— 32 —

gues porque saíram daqui sem mantimentos nem


água, nem pólvora nem bala e inda que já melhora-
ram de barco pelos avisos que tenho o que novamen-
te apanharam ia carregado de telha e tijolo para
Porto Seguro e não podia levar mantimentos para
muitos dias cuja consideração me faz persuadir se
viram á render mortos à fome e á sede; cm seu se-
guimento vai uma barca desta Ribeira com guarni-
ção de soldados, queira Deus se encontrem e mos
tragam para a prisão donde sairam. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e março, 7 de 1719. 0 Conde
do Vimieiro. Para o Sargento-mor Manuel Pinto de
Eça.

C^ Carta para o Coronel Miguel Calmou


C^£ sobre.

Tudo quanto Vossa Mercê me propõe em


ordem a isenção dos seus soldados para o socorro
que se me pode do Cairú me parece ponderado pru-
dentemente mas estas mesmas dificuldades que Vos-
sa Mercê propõe por parle da gente que lhe perten-
ce são as mesmas que terão os mais povos para pre-
tenderem da mesma isenção porque em todos eles
menos os que são portos do mar se tem feito sol-
(iado para a praça e se hão de fazer novamente pe-
Io estado em que se acham os dois terços desta guar-
nição e pela pouca observância que se tem com as
ordens deste governo pois se estão consentindo geral-
mente em todos os distritos dos regimentos da or-
denança desta Capitania um sem número cie solda=
dos que se tem ausentado da praça e se acham dis-
simulados ou consentidos nos mesmos distritos sem
que haja um só oficial que cuide da sua recondução
porque se Vossa Mercê o faz nu parte que lhe toca
33

ainda com a sua inteireza poderá não lhe constar que


os capitães do seu Regimento talvez toleram alguns
nos distritos da suas companhias e isto mesmo suce-
dera aos mais coronéis pois ainda sem culpa dele a
poderão ter os seus oficiais em que se me não ofe-
rece dúvida alguma porque já aqui tenho em prisão
um Capjtão que não só tolerava soldados pagos no
seu distrito por inconsiderada comiseração senão
também por abominável interesse aceitando o que
se lhe dava para não mandar os soldados para a
sua obrigação e ofício mas pondo de parte esta ma-
teria que é a de que agora não trato digo a Vossa
Mercê que os seus soldados é necessário que sejam
mais que para plantar mandiocas porque se os ín-
dios forem de Maragogipe de necessidade hão de
eles procurar muito que os socorram dos mais po-
vos que ainda que sejam mui numerosos de gente
toda lhe há de parecer pouca para sua defensa e as-
sim ordeno a Vossa Mercê que por destacamento ti-
re de cada uma das companhias do seu regimento
três ou quatro soldados os menos impedidos e os mais
resolutos que esta diminuição no regimento quase se
não percebe a respeito do número dele e Vossa, Mer-
cê nomeará um oficial também o mais desembara-
çado e capaz de os sujeitar e fazer a marcha cem
obediência e com vontade, e se com esta suavidade
ainda Vossa Mercê considerar neles alteração
facilissimo é o remédio porque mandando-me Vos-
sa Mercê o primeiro que se altere, o castigo de um
servirá de exemplo para se moderarem os mais e Vos
sa Mercê faz tudo com tanto entendimento, e tanta
brandura que os moverá a que vão a esta ação mui
gostosamente; porque se nela não considera Vos-

5*1 5.332^33 a/j


II Junto £J
V - V
34

sa Mercê interesse para os seus soldados deve con-


siderar-lhe, não pequena glória por irem auxiliar á
quem os procura para sua defensa e estirpação dos
seus inimigos quanto à despesa que hão de fazer
não tem Vossa Mercê que lhes recear porque os mo-
radores do Cairu se têm obrigado a lhes assistirem
com os mantimentos necessários para a empresa dá
qual basta que resulte afugentarem-se os índios
bárbaros que continuam extorções na dita vila do
Cairu e seu termo. Os capitães-mores, sagentos-
mores, e mais oficiais das entradas que houver nos
distritos do regimento de Vossa Mercê os fará Vos-
sa Mercê pôr em marcha, incorporados com a gente
que nomear, porque é razão já que não fazem en-
tradas aos mocambos que estejam usando das insig-
nias sem terem exercido algum nos seus postos e
esta entrada s e não em caminha a buscar negros
dirige-se a afugentar índios bárbaros, em tudo se
destina ao serviço de El-Rei e conservação de seus
vassalos.
Assim que Vossa Mercê tiver aviso do sargen-
to-mor Inácio Teixeira do dia em que se hão de
achar no Cairu os seus soldados Vossa Mercê os fa-
rá pôr em marcha para a vila do Cairú a incorpo-
rar-se com os mais que hão de formar corpo, para
esta ação que espero desempenhe a gente de Vossa
Mercê com diferença a todos os outros para que eu
fique entendendo que não são homens só para a la-
voura senão também para valerem e acudirem aos
outros homens. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e março, 7 de 1719. O Conde do Vimieiro. Se-,
nhor Coronel Miguel Calmon de Almeida,
— 35 —

Carta que se escreveu aos oficiais da


câmara da vila da Cachoeira esôbre o povo
de Jaguaripe não pôr em maior preço o
gado que se cortar no seu açougue senão
pelo preço que os ditos oficiais da câmara
da vila da Cachoeira puserem na sua or-
dem citada, está registada no livro delas a
folhas 102.

Vejo o que Vossas Mercês me representam em


ordem a que o povo de Jaguaripe não ponha ern
maior preço o gado que se cortar no seu açougue.
que o que Vossas Mercê mandam talhar no dessa
vila e não se me faz dúvida passar a ordem mas
tenho por indubitável que o dito povo replique a ela
porque não é fácil nc tempo preseiite e com a este-
rilidade de gados que se experimenta nos povos
deste recôncavo que se coma uma arroba de carne
por quatrocentos réis como Vossas Mercês a que=
rem conservar; o povo de Jaguaripe não repara
em gastar por maior preço a troco de que lhe não
falte, e como Vossas Mercês fazem este reparo é
muito provável que o dito povo não se conforme
com o que Vossas Mercês intentam e Vossas Mercês
não poderão evitar ia dita falta se se não sujeitarem
a mais algum aumento no dito preço, porque a cama-
ra desta cidade lho está dando de duas patacas e ain-
da assim não pode conseguir ter a carne que baste
para o povo nem atalhar o dano que Vossas Mer-
cês esperimentam de se venderem as reses em pé
e talhada às escondidas sem que baste proibições e
castigos e cautelas para que os marchantes vendam
o gado e o cortem no açougue desta cidade; contu=
— 36 —
i

do por não deixar de fazer o que Vossas Mercês me


pedem e por mostrar-lhes o quanto a minha vonta-
de se conforma com as suas conveniências vai a or-
dem inclusa para que Vossas Mercês a vejam e a
remetam aos oficiais da câmara da vila de Jaguari-
pe e tudo o mais qu;e eu valer o têm Vossas Mercês
em mim pronto para tudo o que os acomodar. Deus
guarde a Vossas Mercês. Bahia e março, 7 de 1719.
0 Conde do Vimieiro. Para os oficiais da câmara
da vila da Cachoeira.

Carta que se escreveu ao Juiz Ordiná-


rio da vila de Jaguaripe sobre remeter os
índios da aldeia de Santo Antônio capazes
de tomar armas, quando tiver aviso do Sar-
gento-mor Inácio Teixeira, e que vão go-
vernados pelo seu capitão em, segurar aos
mesmos índios que os moradores do Cairu
lhes hão de assistir com o sustento na en-
trada que vão fazer.

Recebi a de Vossa Mercê com a lista dos índios


que tem a aldeia de Santo Antônio de Jaguaripe ca=
pazes de pegar em armas, os quais remeterá Vossa
Mercê com avisos do Sargento-mor Inácio Teixeira
à vila do Cairu no dia que êle lhe assinalar, os
irão governados pelo seu Capitão estando em quais
ter-
mos de soltura que pelo que lhe ouço
justamente e
em sua defensa deu no estudante de minoribus
e
constanto-lhe a Vossa Mercê quais sejam
os cabe-
ças que desobedecem ao dito Capitão os mandará
prender e remeter a esta cidade e Vossa Mercê
dera segurar aos índios que forem ao po»
Cairú que os
— 37 —.

moradores da mesma vila lhes hão de assistir com


todo o necessário para seu sustento e Vossa Mercê
terá cuidado de avisar ao dito sargento-maior que
tem os índios prontos para quando a êle lhe sejam
necessários, Deus guarde a Vossa Mercê muitos
anos. Bahia e março, 8 de 1719. O Conde do Vimi-
eiro. Para o juiz ordinário da vila de Jaguaripe.

Carta para o Juiz Ordinário da vila


da Cachoeira com as duas para o Capitão
de Cavalos da Cachoeira Pedro de Araújo
Vilas Boas e o Sargento-mor Teotônio Tei-
xeira de Magalhães sobre a condução c
transporte dos tabacos.

As duas cartas inclusas remeterá Vossa Mercê


logo que receber esta ao Capitão de Cavalos Pedro
de Araújo Vilas Boas e Sargento-maior Teotônio
Teixeira de Magalhães aos quais ordeno que com
toda a atividade possível façam descer todos os ta-
bacos que estão feitos e ficarem de resto em casa
dos lavradores que os fabricam para o porto dessa
vila e do Iguape, donde se costumam transportar
em direitura para o armazém da sua arrecadação
nesta cidade e porque é conveniente ao serviço de
Sua Majestade, que Deus guarde, se não demore a
remessa dos ditos tabacos nos portos referidos,
assim por não retardar a carga dos navios da frota,
que por instantes espero nesta Bahia como por
que o rigor do inverno não impeça carrearem-se e
transportarem-se; ordeno a Vossa Mercê que faça em
barcar para esta cidade todo o tabaco que estiver nos
referidos portos dessa vila e Iguape e o que demais
—^^mmm

— 38 —
'
f
vier chegando a eles em direitura ao armazém des-
ta cidade, remetendo Vossa Mercê em cada barco
carregação do número de rolos e paus com suas mar-
cas, que neles vierem e carta sua em que mo faça
presente praticando inviolavelmente esta forma que
é a mesma que se observou nos anos passados, o que
espero execute Vossa Mercê sem falta alguma. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e março, 8 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Para o Juiz Ordinário da vila
da Cachoeira.

Ordem que cita a carta acima para o


Capitão de Cavalos da Cachoeira Pedro
de Araújo Vilas Boas sobre a condução dos
tabacos.
Porquanto é conveniente ao serviço de Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, que os tabacos desçam
com toda a antecipação das casas dos lavradores
que os fabricam para o porto da Cachoeira e dele
os navios da frot^a que se esperam nesta Bahia, por
os navios da frota que seesperam nesta Bahia, por
instantes, não retardem a sua carga em esperar se
conduzam e também por que o inverno com o seu ri-
gor não impeça as conduções. Ordeno ao Capitão
de Cavalos da Cachoeira, Pedro de Araújo Vilas
Boas que tanto que receber esta ordem procure com
toda a atividade possível fazer conduzir os dito? ta-
bacos para o porto da Cachoeira aplicando os la-
vradores deles de tal modo na sua condução que não
parem assim em carrear os que estão feitos como
os restos deles que lhes ficarem ainda em suas casas
e esta diligência hei por mui recomendada ao dito
Capitão de Cavalos, pois tem de experiência o quão
— 39 —

importante é conduzirem-se os ditos tabacos com


toda a anticipação. Bahia e março, 8 de 1719. O
Conde do Vimieiro.

Ordem para o Sargento-mor Teotô-


nio Teixeira de Magalhães sobre a condu-
ção dos tabacos citada na carta acima.

Porquanto é conveniente ao serviço de Sua Ma-


jestade, que Deus guarde, que os tabacos desçam
com toda <a anticipação das casas dos lavradores
que os fabricam para os portos donde se embarcam
para esta cidade para que os navios da frota que se
espera nesta Bahia, por instantes, não retardem a
sua carga em esperar se conduzam e também por que
o inverno com o seu rigor impeça as conduções e
transportes deles. Ordeno ao Sargento-mor Teo-
tônio Teixeira de Magalhães que tanto que receber
esta ordem procure com toda a atividade possível
fazer conduzir os ditos tabacos dos distritos do seu
regimento para o porto de Iguape, donde costumam
embarcar-se para esta cidade aplicando os lavrado-
res deles de tal modo na sua condução que não pa-
rem assim em carrear os que estão já feitos como
os restos deles que ainda lhe ficarem em suas casas.
E esta diligência hei por muito recomendada ao di-
to Sargento-maior pois tem experiência o quão é im-
portante conduzirem-se os ditos tabacos e transpor-
tarem-se a esta cidade com toda a antecipação. Ba-
hia e marco, 8 de 1719. O Conde do Vimieiro.
— 40 —

Ordem que na mesma ocasião se reme-


teu ao Capitão de Cavalos Pedro de Araú-
jo Vilas Boas sobre fazer abrir os carni-
nhos para a condução dos tabacos.

0 Capitão de Cavalos do distrito da Cachoeira


Pedro de Araújo Vilas Boas se informará se algu-
ma das estradas ou caminhos por donde se costumam
carrear os tabacos para os portos de Santo Amaro
e Cachoeira está impedido, ou fechado, e achando-o
assim o mandará logo logo abrir, pondo todos em
forma que se passe por eles livremente sem emba-
raço algum, para que de nenhum modo#sc diiate a
condução dos tabacos nem os lavradores deles
pade-
çam o menor dano e fará notificar às pessoas que
costumam fechar as tais estradas e caminhos
para
que os tenham sempre abertos como são obrigados
pela lei sob pena de se proceder contra eles, de que
se passará certidão, a qual me remeterá o dito Capi-
tão de cavalos a quem hei por muito recomendada
esta diligência. Bahia e março 6 de 1719. O Conde
do Vimieiro.

Carta para o Ouvidor da Comarca de


Sergipe de El-Rei José Corrêa do Amaral.

Sinto que Vossa Mercê ainda não esteja livre


de queixas porque o desejo ver com a saúde muito
boa.
Vossa Mercê para fazer a diligência
que Sua
Majestade lhe ordena se acha com a dificuldade de
que lhe parecem velhos os soldados pagos desse
sidio e rebeldes os da ordenança da mesma pre-
Capita-
41

nia e recorre1 nesta consideração às ordenanças dos


Palmares parectíndo-lhe que estes serão os que me-
Jhor o possam ajudar na dita diligência e COmo estes
homens pertencem ao governo de Pernambuco, não
se deve puxar por eles, sem atenção ao governador
da mesma capitania e havendo na da Bahia os solda-
dos que a Vossa Mercê tenho nomeado, parece des-
necessário recorrer ao outro domínio que ainda que
o de Pernambuco tenha subordinação ao governo
geral, havendo em Sergipe soldados, é escusaelo va-
ler-se de outros mais distantes e quanto à parte que
me toca tenho dado cumprimento ao que Vossa
Mercê me tem pedido e Sua Majestade ordenou ao
Senhor Marquês meu antecessor: o Cabo que a Vos-
sa Mercê nomeei lenho notícia que é muito brioso
e que tem muito valor como Vossa Mercê mesmo
reconhece e sendo êle encarregado desta ação tenho
por sem dúvida dará muito boa conta dela, saben-
efcTsujcitar os soldados a ludo quanto se encaminhe
a melhor se lograr este serviço que El-Rei meu Se-
nhor lhe manda a Vossa Mercê fazer e em que es-
pero faça este merecimento (ao mesmo Senhor.
Agradeço a Vossa Mercê o cuidado com que
procura os bichos e pássaros, e como o portador
trouxe aqui um ovo tão galante, que senti o ver-se
quebrado na mão do Tenente General que o recebeu.
Vossa Mercê veja em que posso prestar-lhe que pa-
ra tudo me tem com grande vontade. Deus guarde a
Vossa Mercê muitos anos. Bahia e fevereiro, 28 de
1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Doutor José
Corrêa do Amaral.
— 42 —

.':(;{. Carta para o Capitão-mor da Capita-


nia de Sergipe de El-Rei Custódio Rebelo
Pereira.

Tenho visto todas as cartas de Vossa Mercê e


pelo que toca a nomear eu aos Coronéis quando lhe
falo por escrito Senhores Coronéis esta honra que
lhe faço não lhe pertence a Vossa Mercê o disputâ\-
Ia e só lhe toca cuidar na sua obrigação e em não ex-
ceder à jurisdição que El-Rei lhe dá porque não sei
que tenha Vossa Mercê nenhuma para haver de
passar patentes, como agora aqui me chega uma de-
pois de outras em que Vossa Mercê fez governador
dos índios Salvador de Lima e desta maneira se
supõe Vossa Mercê com o poder que têm os Gover-
nadores deste Estado que em Vossa Mercê mais que
em outro estranho por haver sido soldado por haver
servido no reino, e por ser obrigado a não ignorar
as brigações de súdito. Vossa Mercê cuide mais
em si por me evitar o dissabor de fazer demonstra-
ção com êle.
Os soldados que se acham providos em postos
por nomeação dos Senhores Generais meus ante-
cessores se nas suas patentes se declara que de sol-
«lados pagos passarão a ocupar os ditos
postos,
justamente devem ser conservados neles, e assim
examinará Vossa Mercê as ditas Patentes, as quais
não tendo esta declaração se colhe que, com enga»
no ocupam os ditos postos, neste caso não é razão
que neles se conservem e estes tais mandará Vossa
Mercê que venham servir nos seus terços não con-
sentindo de nenhuma maneira que soldado algum
desta praça se oculte ou dissimule nos distritos des-
43 —

sa Capitania em que Vossa Mercê porá aquele cui-


dado que deve recomendando-o assim a todos os ofi-
ciais que se acham estapalhados pela mesma Capi-
tania.
Pelo que toca aos postos que se acham vagos nos
distritos do Rio de São Francisco avisará Vos-
sa Mercê aos coronéis da minha parte que me man-
dem uma relação dos sujeitos que têm mais capazes
para Capitães e para Alferes, com advertência que
hão de ser dos homens principais, com nobreza e
m
capacidade para haverem de subir aos mais postos
pelo decurso do tempo. Este Capitão Francisco Be-
zerra em que Vossa Mercê me fala dizèndo-me que
os seus soldados não o querem acompanhar, por ser
de cor parda mandará Vossa Mercê à minha pre-
sença com a sua patente porque se não a tiver con-
firmada por El-Rei lhe mandarei dar baixa do pôs-
to com este fundamento, e elegerei um Capitão bran-
co para haver de servir na sua companhia e ser nc-
Ia mais obedecido, para o que avisará Vossa Mercê
ao seu Coronel que nomeie os sujeitos que tem ca-
pazes e declare as circunstâncias da sua suficiência
para eu dar a preferência ao mais benemérito.
Pelos traslados das Patentes dos Coronéis eles-
sa Capitania saberá Vossa Mercê os distritos de
cada um deles, e saberão também os Capitães quem
são os seus Coronéis se é que as patentes, dos ditos
Capitães não o declaram.
O Regimento do Coronel José de Araújo Rocha
foi o primeiro que se formou nessa Capitania e me
dizem se acha ainda com duas companhias menos,
as quais se podem formar, havendo gente bastante
da companhia do Capitão Leornardo Franco de La=
— 44 —

penha por ser todo o distrito desta pertencente ao


mesmo Regimento.
O Coronel Pedro da Silva Daltro, a
quem Vos-
sa Mercê tanto favorece me dizem
que não tem mais
que unicamente duas companhias e isto não é regi-
mento nem era razão que se cuidasse em tal;
mas
visto estar nomeado dos mais regimentos
que lhe íi-
carem vizinhos se poderão formar as dez compa-
nhias que lhe faltam havendo" gente
para uns e ou-
tros regimentos o que se não pode fazer sem
ver as
listas de todos para que os mais numerosos
dêm sol-
dados aos que se acham mais diminutos, e
para esta
partilha se .fazer com acerto e igualdade como
Vossa Mercê tem corrido toda capitania e conhece
por experiência o terreno deve Vossa Mercê vir a
esta cidade conferir comigo para concluirmos
por
uma vez esta bicha de sete cabeças e vindo Vossa
Mercê ficará esta partilha ajustada, e se fará
'.hor o serviço de Sua Majestade. me-
Deus
a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e marco, guarde
10 dè
1719. O Conde do Vimieiro. Para o
Capitão-mor
da Capitania de Sergipe de El-Rei Custódio
Rebelo
Pereira.

Carta que se escreveu aos Coronéis Pe-


dro Barbosa Leal, Antônio Ferreira de
Souza, Garcia de Ávila Pereira, Domingos
Borges de Barros, João Velho de Araújo,
Manuel de Araújo de Aragão, Domingos
da Costa de Almeida, Sebastião da Rocha
Pita, e o Capitão-mor da Capitania dos
Ilhéus sobre mandarem as listas dos seus
regimentos daquela Capitania na forma da
ordem de 21 de novembro de 1718.
— 45 —

Por ordem de 21 de novembro -de 1718, encar-


reguei a.Vossa Mercê em virtude da Provisão que
tive de Sua Majestade, que Deus guarde, de 21 de
julho do mesmo ano que tanto que a recebesse fizes-
se logo logo sem demora alguma alistar todos os
homens brancos e pardos forros que houver nos dis-
trits do seu regimento capazes de tomar armas,
remetendo-me lista separada de cada companhia,
assinada pelo Capitão dela com todas as mais de-
clarações na mesma ordem expressadas, e porque
até hoje que vão correndo para quatro meses não
tem chegado as ditas listas, demora mui digna de
se estranhar pela notável falta que se mostra na
execução das ordem de Sua Majestade ordeno de
novo a Vossa Mercê me remeta com toda a bre-
vidade as ditas listas na mesma forma que na ordem
se exprimiu. E a mesma execução dará Vossa Mer-
cê também a todas as mais ordens minhas qjig se
lhe tem remetido, antes e depois daquela, porque na
inteira observância delas consiste fazer-se o serviço
de Sua Majestade como convém. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e março, 8 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Senhor Coronel Pedro Barbosa Leal.

Carta para o Juiz Ordinário da vila da


Cachoeira.

Ainda que este Capitão-mor das entradas esti-


vesse com muito boa saúde eu o não ocuparia em
ação alguma nem o consentiria na minha presença
pela atrocidade do delito que Vossa Mercê me diz
cometeu nem eu sei a justiça como não se tem enten-
dido com êle, pois está em pena de morte; Vossa Mer
— 46 —

cê não tem que cuidar mais nesta matéria e haja


por não falado no tal homem. Guarde Deus a Vos-
sa Mercê. Bahia e março, 14 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Juiz Ordinário da vila da Cacho-
eira.

Carta para o Capitão Manuel de Afon-


seca Saraiva Dias.

Recebo uma de Vossa Mercê de 11 do corrente


e lhe agradece) a pronta execução que dá às minhas
ordens.
O inglês que Vossa Mercê remeteu
preso man-
dei soltar por me constar haver ido a esse distrito
a comprar uns quintais de jacarandá e não ser dos
que fugiram do forte de Santo Antônio do Carmo.
Pelo que toca à ordem que Vossa Mercê me
diz
lhe mandara o seu coronel para factura das
pontes
para conduções dos tabacos e açúcares ne-
cessário para a expedição da frota; neste particular
de nenhum modo altere Vossa Mercê o
que se pra-
ticou nos governos passados e a madeira
que se hou-
ver de cortar para as ditas pontes não deve ser ma-
deira de lei. e esta se não deve tirar lòda dos matos
ele um só morador, mas sim repartir-se
pelos mais
vizinhos ao distrito donde se houver de fazer
as
pontes o que Vossa Mercê executará prontamente,
e sem a mínima demora em tal forma
que por esta
causa não haja nenhuma nas conduções que
por ela
se houverem de fazer. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e março, 15 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o Capitão Manuel de Afonseca Saraiva Dias.
— 47 —

Carta para o Capitão da Fortaleza do


Morro.

Recebo duas de Vossa Mercê e pela de 28 de fe-


vereiro fico entendendo a pronta execução que
Vossa Mercê deu à minha ordem sobre os ingleses
que deste porto fugiram, o que lhe agradeço e espe-
ro que Vossa Mercê todas as vezes que tiver noti-
cias algumas deles mas participe porque ontem man-
f
dei sair desta Bahia um bergantim em alcance de-
les por me dizerem haviam já melhorado de embar-
cação e andavam pirateando. E pelo que toca a se-
gunda de sete do corrente em que Vossa Mercê me
dá conta ficar entregue do soldado Francisco Re-
belo que o Mestre Manuel Francisco Lisboa levou
por ordem minha para essa fortaleza para acabar
de cumprir o degredo em que foi condenado e da
certidão que o dito soldado lhe pede e dúvida que se
lhe .... a passar-lhe sem ordem minha Vossa Mercê
lha pod>e passar vezes que tiver acabado o
tempo de seu degredo e o mesmo fará aos mais que
o forem cumprir na dita fortaleza. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e março, 14 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Capitão da Fortaleza do Morro.

Carta para o Coronel Domingos da


Costa de Almeida, sobre a partição das
companhias que declara e nomear sujeitos
para dois Capitães e seus Alferes.

Tenho visto as listas do regimento de Vossa


Mercê que todas vêm em belíssima forma é na mes-
ma que eu queria para as poder remeter sem que lá
— 48 —

houvesse em que se reparar porém o regimento de


Vossa Mercê se acha com duas companhias menos
do que deve ter porque costumam os regimentos
ter
doze companhias e como é razão que vá a notícia
dos mesmos regimentos a Sua Majestade sem
cou-
sa que haja de nos mandarem emendar repartirá
Vossa Mercê a companhia do Capitão Teotônio
Monteiro da Rocha a de Luiz Fernandes do
Vale a
de Manuel Fernandes do Vale e a de Manuel
de
Sousa Barreiros que todas têm o número
de duzen-
tos setenta e dois homens,
que repartidos por seis
companhias fica cada uma de
quarenta e cinco ho»
meus e se fará esta partilha nas
quatro nomeadas
por serem do regimento as mais numerosas exetua-
das a da ribeira em que se não deve fazer
partilha
porque nunca nela pode haver número certo a res-
peito dos embarques e como as acima declaradas
ficam confinanles umas com outras,
fica na boa di-
reçao de Vossa. Mercê o acerto
e igualdade da
mesma partilha; e Vossa Mercê
me mandará uma
relação das pessoas, que se lhe oferecerem
com no-
breza, para a nova criação dos dois
Capitães e AN
feres das duas novas companhias
como também
memória dos que devem entrar
a sargentos das
mesmas companhias « Com a dita relação
Mercê me manda virão os que Vossa
pretendentes à minha
presença para eu fazer escolha, o
que será com toda
a brevidade e remeterá Vossa Mercê
as duas listas
inclusas aos Capitães a tocam
que para haverem de
tazer os cabos de esquadra
que lhes faltam e os
acrescentarem nas mesmas listas.
Deus gnarde a
Vossa Mercê. Bahia e março,
15 de 1719. O Con-
de.do Viveiro. Senhor Coronel
Domingos „a Cos.
ta de Almeida.
•4 I
^cx. - © §
Carta que se escreveu ao Coronel Se-
bastião da Rocha Pita sobre as listas que
mandou e faltarem em algumas das com-
panhias do seu regimento cabos de esqua-
dra e sargentos.

Recebo as listas que Vossa Mercê me manda


do seu regimento que é preciso tornarem à mão de
Vossa Mercê algumas que não vêm em forma por-
que a do Capitão das justiças nem tem sargentos
nem cabos de esquadra e o Capitão os deve nomear
logo e mandar esta lista numerada e a nomeação
dos ditos oficiais para se lhes sentar praça.
A do Capitão João Nunes lhe faltam dois ca-
bos de esquadra que logo fará e os mandará decla-
rados na dita lista para que conste não estar di-
minuta destes dois oficiais.
A companhia dos homens de negócio está sem
cabos de esquadra que o Capitão logo nomeará e
virão mencionados na mesma lista;
A companhia do Capitão Felipe Rodrigues de
Souza que se acha sem cabos de esquadra os nomeia-
rá logo.
A companhia dos homens pardos do Capitão \
Antônio de Souza não tem cabos de esquadra que
logo o capitão nomeará e virão mencionados na
mesma lista.
A companhia dos Medeiros a que falta um sar-
gento e quatro cabos de esquadra que o Capitão logo
nomeará. _¦*¦
A lista do Capitão José de Carvalho que traz
numerado um unto e um ajudante que não deve
vir na lista dos soldados e assim mandará Vossa
— 50 —

Mercê emendar todas estas listas


para que vão em
boa forma quando as remeter a Sua Majestade
Deus guarde e pelo que respeita isenção que
à
ter o Capitão dos familiares, em virtude que quer
da sua
patente carta do Senhor Dom Rodrigo da Costa
mais documentos, que mostra de tudo e
darei conta
a Sua Majestade que quanto a mim
o querer êle fa-
zer corpo separado, me parece redícularia,
sobredito senhor resolverá o porém o
que for mais conve-
inente ao seu real serviço, e Vossa
Mercê nesta par-
te saberá o que deve observar com
a mesma com-
panhia sem contingências da verdade,
a Vossa Mercê muitos anos. Bahia guarde Deus
e março, 15 de
1719. O Conde do Vimieiro.
Senhor Coronel Se-
bastião da Rocha Pita.

Carta para o Coronel Manuel


de
Araújo de Aragão com o bando
sobre as
minas das cabeceiras ou sertão
do Rio das
Contas.

Como suponho a Vossa Mercê


ainda no seu
engenho e me não conste
que oficial de suposição
haja no seu distrito remeto a
Vossa Mercê o ban-
do incluso para que logo logo
o encaminhe àquela
pessoa que tiver no seu regimento de
ração e capaz de o mandar logo mais conside-
lançar a tom de
° dê'e CÓPÍâS ^ q« ™d° 2
eo^se r
P° "aS P3*5 maÍS
r11 e povos vizinhos e de pÚWicas d° R*
da Contas
das
executado me mandará Vossa assim, se haver
Mercê uma.-ertídão
Passada pelo ta. oficial executor da
dita ordem
Beus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e março,.l7'de
— 51 -

1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Ma-*


nuel de Araújo de Aragão.

Carta do juiz da Cachoeira e respos-


tas à margem dela.

Senhor. Em virtude e cumprimento da or- *


dem de Vossa Excelência soltei da cadeia aonde,
estava preso o Capitão Antônio Tavares de Pina e
em virtude da mesma ordem de Vossa Excelência
prendi o Tabelião Pedro Corrêa de Vasconcelos e
fica preso à ordem de Vossa Excelência que man-
dará o que for servido, a cuja disposição fico sem-
pre obedientíssimo. Deus guarde a Vossa Excelên-
cia muitos anos, que lhe desejam os seus criados
Cachoeira 12 de março de 1719. Ao pés de Vossa,
Excelência seu menor criado. Bruno Barbosa de
Araújo.

Resposta.

Fico entendendo a execução que deu à minha,


ordem, mas como agora me faz o tabelião re-
querimentos justificando-se com papéis que remeti,
a Vossa Majestade, Vossa Majestade os verá, e me
infprmará o que lhe constar na verdade, pois eu não •
posso obrar cousa alguma, sem as informações de
qtíe devo fazer confiança. Deus guarde a Vossa
Majestade. Bahia e março, 17 de 1719. 0 Conde >
do Vimieiro.

Carta para o Juiz Ordinário da vila


do Camamu, Domingos de Almeida.
52

Pela que recebo de Vossa Mercê vejo não ser


mui ambicioso de Capitão das Ordenanças dessa
vila, e nesta consideração, se me faz dificultoso
o
prover a Vossa Mercê em qualquer das companhias
vagas, ou novamente criadas; porque os
postos
com que El-Rei costuma honrar aos seus
vassalos
nao se devem dar senão a quem saiba deles
fa/er
estimação, e assim só farei o contrário
Vossa Mercê faça pretensão mui quando
gostosamente ....
os mais opositores, e quanto a vir Vossa
Mercê
pessoalmente falar-me visto estar impedido
sua ocupação e doença antecedente, pela
o dispenso
deste trabalho, e também não me é necessário
to-
mar o de me informar da pessoa de Vossa
Mercê
que como está servindo e exercitando o cargo de
juiz ordinário dessa vila tenho por sem dúvida
ser dos principais dela. Deus o
guarde a Vossa Mer-
ce, muitos anos. Bahia e março, 16
de 1719 0
Conde do Vimieiro. Para o Juiz Ordinário
da vila
do Camamú.

Carta para os oficiais da câmara da


vila do Camamú.
f
• Recebo a de Vossas Mercês
em agradecimento
da proibição que faço em se tirar
a. casca dos man-
gues do rio dessa vila e neste particular não
vem Vossas Mercês cousa alguma, me d-
porque sou obri-
gado a procurar a conservação de tudo
«•ncaminha a bemdésse quanto se
povo, e assim o podem Vos-
m Mercês entender da minha vontade
tanto nesta
matéria, como em outra qualquer
que diga respeito
ao mesmo povo e assim digo
Vossas Mercês
— 58 -

por nenhuma intervenção das pessoas desta cidade


ou de outro qualquer povo excedam a minha ordem
nem o permitam e havendo transgressores dela (o
que não espero) me darão parte para os castigar e
em tudo o mais que Vossas Mercês me ocupem me
hão de achar com bom ânimo e gosto para tudo
quanto for conveniência sua. Guarde Deus a Vossas
Mercês muitos anos. Bahia e março, 16 de 1719. O
Conde do Vimieiro. Para os oficiais da Câmara da
vila do Camamú.

Carta para o Sargento -mor do Ca«


mamu Pantaleão Roiz de Oliveira.

Cinco cartas recebo de Vossa Mercê ao mesmo


tempo e respondo por parte. Quanto ao soldado
Belchior Dias fica com a sua praça aclarada e
servindo na prisão, em castigo da sua culpa e
para ser solto a seu tempo, o tenho mandado ad-
vertir, que mande buscar a sua muiher e a sua fa-
mília, para o que Vossa Mercê concorrerá mandan-
do-o dizer à dita mulher, para que se disponha c
trate da sua jornada.
Pelo que toca à execução da ordem que a Vos-
sa Mercê mandei para haverem de ter a suas armas
todos os soldados da ordenança os ricos e abastados
em termo de seis meses e os mais pobres no es-
paço de um ano; sem embargo de que Vossa Mercê
entenda que todos se acham com as ditas armas,
não deixe Vossa Mercê de pôr algum cuidado em
fazer este exame com toda a especulação. Os in-
gleses fugidos desta praça a sua necessidade os há
de obrigar a tomar porto; eu tenho mandado em
— 64 —
i

í*r~ :--:*^ seu alcance, mas no caso


que alfvão parar ao Ca-
mamu Vossa Mercê fará apreensão neles
e os man-
dará com toda a segurança
porquie eles cortam
grilhões com toda a facilidade.
Fico entendendo estar Vossa Mercê entregue
da ordem que.lhe foi sobre a recondução
dos sol-
dados ausentes e dos que remeti a Vossa
Mercê em
carta particular, de que Vossa Mercê me
manda um
na ocasião presente|por não achar mais;
todo o tempo que apereçam Vossa Mercê porém, a
os pren-
dera e os mandará como também
qualquer dos Ca-
pitães em cujo distrito estiverem acoutados.
Pelo que toca a Manuel de Souza
Pino-Capi-
tao-mor das Entradas, não se acha nos
livros da
V^oria ticasse praça em tempo algum '
e ele constantemente o nega e nesta consideração
torno a remeter, porém, Vossa Mercê o
o obrigue a
que logo logo co a exercitar o seu
posto fazendo entradas e se assim não o executar
constando haver mocambos no seu
distrito Vossa
Merco mo mandará outra vez
para ser castigado.
E quanto a haver Vossa Mercê dado
mento às minhas ordens sobre a casca cumpri-
de mangue
Vossa Mercê continue em as executar
,com aquela
pontualidade que costuma.
Chegaram os fiadores que Vossa Mercê
dou e ficam em prisão dois, man-
porque seus filhos
nao aparecem, e remeterá Vossa Mercê
os mais em
os alcançando.
Vossa Mercê advirta que aqui corre voz
a que
nao dou crédito que Vossa Mercê dissimula
nos seus
distritos muitos e que não manda senão
os que lhe
— 55 —

parece, eu tenho por mentirosa esta notícia públi-


ca, e hei de sentir sumamente que se verifique por-
que estas matérias, como são delicadas toda a de-
monstração nelas parece precisa, e eu hei de ma-
goar-me muito dever cousa que estranhe a Vossa
Mercê, e porque possa punir quando lhe devo a
galantaria de me ter mandado tanta abundância
de óleo de cupauba, de qiue Vossa Mercê não quis
dizer o custo, e eu ficaria muito obrigado a Vossa
Mercê quando nesta parte não guardasse o segredo
que observa, porque é sem dúvida que Vossa Mer»
cê mandou fazer esta diligência por pessoa a quem
a pagou.
Quanto as duas companhias pagas mandará
Vossa Mercê os sujeitos em que eu hei de fazer es-
colha, declarando-me a sua nobreza e capacidade;
e quanto as duas que se hão de partir e de que se
hão de fazer quatro se acomodarão também os que
me parecerem mais capazes, mandando-os Vossa
Mercê e fica em memória a pessoa do Juiz Ordiná-
rio Domingos de Almeida e mandará Vossa Mercê
também as pessoas que hão de servir de Alferes
que hão de ter a mesma nobreza e capacidade para
que do tal posto possam passar aos mais, e neles se
habilitem para os maiores segundo os merecimen-
tos de cada qual.
As quatro Patentes, dos quatro Capitães, que
não procuraram a sua confirmação as mandarão
logo confirmar na primeira embarcação, porque
quero me devam esta atenção sem primeiro esta di-
ligencia; porém a Vossa Mercê lhe fique em memó-
ria esta minha resolução para que me avise os que
— 56 —

se descuidam em as mandar confirmar porque em


tal caso as proverei em outros sujeitos.
Fico entendendo que o Capitão da leva c bem
procedido, e faz a sua obrigação como Vossa Mer-
cê diz, como também o Capitão Paulo Soares, de
quem Vossa Mercê dá boa informação.
0 Capitão Manuel Roseiro, mandará Vossa
Mercê à minha presença para que eu o veja e
saiba a sua insuficiência. Guarde Deus a
Vossa
Mercê. Bahia e março, 16 de 1719. O Conde do
Vi-
mieiro. Para o Sargento-mor Pantaleão Roiz
de
Oliveira.

Carta que se escreveu ao Sargento-


mor da vila do Camamú, Pantaleão Roiz
de Oliveira sobre o Capitão Manuel Ro>
seira Duarte.

O Capilão Manuel Roseira Duarte veio


peran-
te mim e eu lhe falei e ouvi e
quanto a sua ore-
sença não me pareceu mal, nem no entendimento
lhe achei lezão alguma disse-me
que estivera embar-
cado por causa de um crime do
qual já se achava
hvre, e com posse da sua companhia,
e como este
moço seja também filho de um Capitão
que tam»
bem nesse novo serviu havendo êle antecedentemen-
te sido Alferes e este provimento havê-lo
feito o Se-
nhor Marquês de Angeja,
que cuidava muito no
serviço ds Sua Majestade, e em tudo
o que dele per-
tencia se desvelava muito, e neste
Capitão não ha-
ja culpas para haver de privar de seu
posto, nenhu-
ma duvida tenho a conservá-lo nele
e assim o te-
nha Vossa Mercê entendido
para não lhe faltar
— 57 -

com aquelas estimações que merece pelo seu pôs-


to, e não me informo da razão por que foi feito
porque me basta o havê-lo provido o Senhor Mar-
quês, para que eu entenda firmemente, tem todas
as circunstâncias, e merecimento que o Capitão pa-
ra o dito posto. A sua Patente lhe fará Vossa Mer-
cê mandar confirmar'na primeira ocasião de em-
barcação que houver para o Reino, que sem embar-
go de eu lhe fazer esta advertência bom será que
Vossa Mercê como seu Sargento-maior o aplique
para que não tenha descuido nesta diligência
Guarde Deus a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e
março, 17 de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o
Sargento-mor da vila do Camamú.

Carta para o Sargento-mor da vila


do Camamú.

Nas levas que Vossa Mercê mandar para esta


praça tenha entendido que os soldados que hauvem
em com elas, hão de ser nomeados pelos v
capitães das companhias a que tocar, por ser só
quem os deve nomear e de nenhum modo Vossa Mer-
cê, porque o que a Vossa Mercê lhe toca é dar a or-
dem aos Capitães e lhes dar o número de soldados
ou de Sargentos que Vcssa Mercê lhe pedir. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e março, 20 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Para o Sargento-mor da vila
do Camamú.

Carta para o Sargento-mor da vila


de Boipeba.
m. .

— 58 —

Cinco cartas recebi de Vossa Mercê, a


resposta, e pelo que toca à ordem que faço
que foi a Vossa
Mercê e aos oficiais da câmara,
para que houves-
sem de fazer lançamento das "farinhas
que o
houvesse de dar como é obrigado aos soldados povo
assistem de presídio na fortaleza do Morro que
fico
entendendo a prontidão de, Vossa Merco
nesta
parte, e a boa execução dos ditos oficiais da .-âma-
ra, o que sempre confiei assim' deles
como de Vos-
sa Mercê, e os sírios de farinha
que se têm cobra-
do dos capitães que a retinham em seu
zao que distribuam pelos mesmos soldados poder é ra-
segun-
do o vencimento de cada um, fazendo
Vossa Mercê
que se cobre tudo o que eles estiverem a dever
tranhando-lhes juntamente da minha es
parte este
procedimento para que fiquem entendendo
chegando a notícia de semelhante descaminhoque me
de severamente e sem esta brandura o hei
castigar.
No que toca à cadeia estar arruinada
segura, este requerimento se deve e pouco
fazer aos oficiais
da câmara para que tendo bens do
Conselho com que
a reedificar e fortalecer o façam
por crédito da mes-
ma vila aonde se podem suceder casos
aos mesmos juizes a fazerem que obrigem
prisões, e a meterem
em cadeia segura os delinqüentes;
o quanto a obser-
vanc.a que Vossa Mercê há de
ter com os soldados
ausentes e com os que se ocultarem
ou dissimularem
nessa vila e seu terreno não tenho
dúvida de que
Vossa Mercê assim o fará com aquela
inteireza e zê-
Io no serviço de Sua Majestade a
é obrigado e
como Vossa Mercê tem participado que
a mesma ordem
as sargentos-mores vizinhos não
alegarão inocência,
di,r soldados dÍstritos
TAeaspor qualquerforem achados aI«»«* ^
ditos outro oficial que vá a
— 59 —

eles a reconduzi-los. O soldado João Corrêa está


na cadeia até ser tempo de poder ter recurso.
O Ajudante que Vossa Mercê culpa de mau exe-
cutor do seu posto e mais amigo da sua convenien-
cia, devia Vossa Mercê prende-lo e por este modo
ser castigado e não privá-lo do posto sem lhe formar
culpa e ser convencido em juízo e se não sabe ler
isso se havia de considerar quando se lhe passou a
patente e quando Vossa Mercê lhe deu a posse, mas
já agora não há mais que tolerá-lo já que assim o
quiseram porém faça-o Vossa Mercê fazer a sua
obrigação e faltando a ela castigue-o ou mandc-o
para esta cadeia.
Os provimentos dos postos de Alferes e Sargen-
to que os Capitães nomearam e Vossa Mercê apro-
vou hão de vir à minha presença para eu tis confir-
mar e lhes mandar sentar praça e suponho que se
farão as nomeações segundo as minhas ordens. Aos
Capitães cujas Patentes Vossa Mercê manda dirá
Vossa Mercê que têm perdidos os postos segundo as
ordens de Sua Majestade por não haverem confir-
ma do as suas patentes pelo mesmo senhor mas que
sem embargo de assim ser quero que me devam o
dar-lhes tempo para mandarem confirmar as ditas
patentes pela primeira embarcação que for para o
reino de que Vossa Mercê me avisará se assim o fa-
zem, porque havendo neles omissão me mandará
Vossa Mercê relação dos sujeitos com nobreza e com
suficiência para poderem ocupar os ditos postos.
Convenho visto o número da gente que Vossa
Mercê me diz que das suas companhias se formem
três e me mande Vossa Mercê os sujeitos capazes
para poder prover na nova companhia e das duas

-
60

que há em que falta um capitão, pois Vossa Mercê


não remete a Patente, me dirá Vossa Mercê por
quem vagou para também a haver de prover.
Vejo a boa execução que Vossa Mercê deu à
minha ordem pelo que respeita aos ingleses fugidos
que até agora se não têm podido apanhar fazendo-
se-lhes toda a boa diligência e Vossa Mercê a conti-
nuará em procurar notícia deles que ainda que ha-
jam melhorado de embarcação a necessidade os há
de fazer entregar, quando a balandra que mandei
em busca deles os não traga. Não serve de mais
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e Março, 21 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargento-mor
da vila de Boipeba.
.1
Carta para o Coronel Egas Muniz
Barreto sobre a soltura de seu filho.

Não duvido que sejam inimigos de Vossa


Mercê o Tenente General Antônio Ferrão o seu
Sargento-maior e Manuel Gonçalves Ramalho co-
mo Vossa Mercê o afirma assim creio mas não
por-
que de nenhum deles o tenha entendido porque aos
dois não conheço e Antônio Ferrão jamais me falou
em Vossa Mercê e em seu filho ao qual prendi obri-
gado das queixas que repetidamente me chegaram
por muitas diferentes pessoas informando-me eu
juntamente de outras que tinham ido a esse distrito
e nele tinham inteligência também é muito
possível
que todas mintam mas não é nada bom que tantos
o digam eu o mando soltar e lho mando a Vossa
Mercê para sua casa para que Vossa Mercê com as
suas admoestações se nele tem havido erros Ihos
emende e se não ponha no perigo de
perder o pôs-
— 61 -

to em que já hoje o conserva a boa vontade que eu


a Vossa Mercê lhe tenho, eu terei cuidado de sa-
ber o que obra o seu Sargento-mor de Vossa Mercê
e quando se lhe verifique culpa esteja Vossa Mer-
cê certo que não há de ficar sem castigo: quererá
Deus que Vossa Mercê viva muitos anos, para que
logre o seu posto apesar de todas as invejas. Guar-
de Deus a Vossa Mercê. Bahia e março, 23 de
1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Egas
Muniz Barreto.

Carta que se escreveu ao Coronel Mi-


guel Calmon de Almeida sobre ter a gcni*>
pronta para a marcha e a deixar entregue
ao Capitão José de Toar de Ulhoa todo
o tempo que fôr necessária e avisar ao Sar-
gento-maior Inácio Teixeira.

Vossa Mercê é tão pontual na sua obrigação


e tão empenhadamente zeloso no serviço do seu
pai que por não faltar a execução das ordens
que se encaminham ao serviço do mesmo senhor
se esquece das suas conveniências, e ainda do seu
sossego e descanso da sua casa sem admitir dispen-
sação alguma ainda quando se lhe dava com a
maior vontade mas já que Vossa Mercê a tem tão
eficaz de ir à diligência que eu já havia transferi-
do ao seu Capitão não quero tirar-lhe a Vossa
Mercê o gosto de que se empregue nela, como in-
tenta e sempre será executada com diferente
acerto porque as disposições de Vossa Mercê o sou-
beram sempre segurar; faça Vossa Mercê muito boa
jornada e escolha tão boa gente que ela por si só seja

..:-y.^í:>-'v.ív-
- 62 —

quem desempenhe a ação e feita a dita escolha


mandará Vossa Mercê dizer ao Sargento-maior
Inácio Teixeira que tem a gente pronta para o dia
que se assinalar e mandará Vossa Mercê que os
soldados estejam preparados esperando este a vi-
so com o qual se porão prontamente em marcha
indo com eles oficial de respeito e sufiência
que
os governe e Vossa Mercê se recolherá a sua casa,
a não deixar perder a sua fazenda que os enge-
nho, ainda moem e estamos em tempo
que será no-
eiva toda suspensão que houver neste trabalho e
quando Vossa Mercê se recolher deixará encarre-
gada a expedição da gente ao Capitão José de Toar
de Ulhoa por ser o mais antigo e me constar o seu
préstimo sem que seja necessário nova ordem mi-
nha porque esta mesma carta ficará servindo de
ordem. Deus guarde a Vossa Mercê, muitos anos
como desejo. Bahia e março, 26 de 1719. 0 Conde
do Vimieiro. Senhor Coronel Miguel Calmon
de
Almeida.

Carta escrita a André da Rocha


Pinto, sobre as minas do rio das Contas
para que não deixe minerar nelas.

Sem embargo de que não tenho tido ocasião


de
falar com Vossa Mercê tenho tanta notícia
da sua
pessoa da sua atividade e préstimo
deixar de valer-me deste que não posso
para que seja Vossa Mercê
o instrumento de que o serviço de
Sua Majestade
tenha a sua devida observância
nesse distrito
adonde me seguram se está minerando
te e em todo o rio das Contas atualmen-
contra as resoluções
— 63 —

de Sua Majestade que de nenhuma maneira


quer
se abram novas minas principalmente nos sítios
que
se acham tão vizinhos ao mar como esse, por razões
particulares que assim o perssuadem e nesta con-
sideração manda lançar bando e fixar editais nas
partes mais públicas para que ninguém se atreva a
continuar na operação e lavor das ditas minas o
que Vossa Merèê encontrará com toda a força por-
que nisso faz serviço grande a Sua Majestade e po-
dera Vossa Mercê mandar-me presos os que o im-
pugnarem, e fio de Vossa Mereê se encarregue
desta diligência e me dê conta de tudo o
que fôr
obrando que sempre será com aquele acerto
que es-
pero. Deus guarde a Vossa Mercê muitos anos.
Banhia e março, 27 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para André da Rocha Pinto.

Carta para o Sargento-mor Manuel


sobre os quatro soldados
ausentes desta praça que remeteu e con-
tinuar a qualquer tempo a mesma dili-
gència.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 26 do cor-


rente e com ela chegaram os quatro soldados au»
sentes desta praça Vossa Mercê procedeu neste
particular muito como devia, e conforme as ordens
que tem minhas e ainda que esta execução mostra
ser escusada mais recomendação contudo a torno
diligência a qualquer tempo com tal vigilância, e
a fazer a Vossa Mercê e espero continue na mesma,
atividade, que tenha eu muito que agradecer a Vos-
sa Mercê o cuidado e eficácia com
que se emprega
— 64

no serviço de Sua Majestade que Deus 'guarde


Guarde Deus a Vossa Mercê. Bahia e março, 29
de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargento-
mor Manuel Pinto de Eça. . ,

Carta para o Sargento-mor Manuel


Pinto de Eça sobre ter prontos os quaren-
ta homens, com cabo para os enviar ao Sar-
gento-mor Inácio Teixeira Rangel assim
que receber aviso seu.

Recebo a Carta de Vossa Mercê de 26 do cor-


ra lhos enviar, e com eles mandará Vossa Mercê
mor Inácio Teixeira Rangel quarenta homens do
seu regimento para a entrada que tenho resoluto
se faça aos bárbaros; o que sobre este particular se
me oferece dizer a Vossa Mercê é ordenar-lhe co-
mo por esta ordeno tenha prontos* os ditos quaren-
ta homens dos mais desembaraçados e animosos
que houver no seu regimento como tenho já orde-
nado a Vossa Mercê para os remeter ao dito Sar-
gento-mor todas as vezes que receber aviso seu pa-,
ra lhos enviar ,e com eles mandará Vossa Mercê
juntamente o cabo Ângelo de Aguiar Barriga que
Vossa Mercê me avisa e afirma é de grande dispo-
sição e valor e bem estimara, eu praticá-lo para o
ouvir mas como se acha criminoso não é lícito que
venha a minha presença enquanto não esteja absolto
pela justiça. Vossa Mercê seguirá o aviso que tiver
elo Sargento-mor Inácio Teixeira e quanto ao tem-
po que Vossa Mercê julga ser conveniente para a
entrada o dito Sargento-mor oficiais da Câmara do
Cairu e .pessoas mais práticas daquele país o ajus-
— 65 -

tarão segundo a sua experiência. Deus guarde a


Vossa Mercê. Rahia e março, 9 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Sargento-mor Manuel de Eça.
i

Carta que se escreveu ao Capitão da


Fortaleza do Morro de São Paulo sobre
a desobriga dos soldados.

Vi a conta que Vossa Mercê me deu por carta


de 25 do corrente sobre se acharem os soldados do
presídio dessa fortaleza sem capelão que os confe-
ce pela obrigação do preceito anual desta quares-
ma por estar o Padre Capelão suspenso. Ao ilus-
tríssimo Arcebispo deste Estado mande fazer pre-
sente a necessidade com que se acham êsses solda-
dos tanto para a desobriga da quaresma, como pa-
ra terem pronto sacerdote que lhes administre os
mais sacramentos de que necessitarem, ao que res-
poncleu ordenava ao vigário da vila de Boipeba
mandasse desobrigar pelo seu quadjutor ou sacer-
dote que lhe parecesse os soldados e mais oficiais
da guarnição dessa fortaleza assim o tenha Vossa
Mercê entendido e me dará conta se executa a dita
ordem visto o empedimento em que se acha o Pa=
dre Capelão Fer-
reira da Costa, examine Vossa Mercê se há
por esse distrito sacerdote a quem se possa en-
carergar a capelania dessa fortaleza para que não
suceda: falecerem algumas pessoas sem os sacra-
mentos precisos e me avisará do seu préstimo e
procedimento, para eu resolver sobre esta matéria
o que é conveniente ao serviço de Deus e salvação
das almas. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e

tf tf**:.
,.*..*i aía*¦¦•'¦¦
— 66 —

março, 21 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o


Capitão da Fortaleza do Morro Carlos de Sepúlve-
da.

Carta para o Mestre de Campo Co=


mandante Manuel Nunes Viana, com o
Bando que se lhe remeteu, sobre os gados
para as minas, registado no livro deles a
folha 28.

Recebo a de Vossa Mercê de 18 de janeiro, e


dela colho não se achar Vossa Mercê ainda entre-
gue das que lhe escrevi em ordem a me vir falar,
por importar assim ao serviço de Sua Majestade
que Deus guarde e algumas matérias de que Vossa
Mercê foi encarregado pelo Excelentíssimo Senhor
Marquês de Angeja e outras que de novo se ofere-
ceram que convém comunicar com Vossa Mercê pe-
Ia confiança que faço da sua fidelidade, e notório
préstimo, e na consideração de que Vossa Mercê
trará já alguns dias de niarcha se me oferece dizer-
lhe que o espero com alvoroço, e lhe agradeço o
aplauso com que festeja que a grandeza de Sua Ma»
jestade que Deus guarde quisesse servir-se de mim
neste lugar no qual hei de estimar muito ter razão
para valer a Vossa Mercê em tudo, quanto me
ocupe.
Vejo o que Vossa Mercê me diz sobre a inquie-
tação das Minas Gerais e resolução do Conde Dom
Pedro de Almeida na criação de uma nova vila
no
rio a que chamam do Papagaio e
juntamente fico
entendendo pela conta que .Vossa Mercê
me dá o
fundamento com que aquele
povo impugnou esta
67

determinação, eu escrevo sobre este particular ao


Conde que está na fé de que o dito distrito é per-
tencente a sua jurisdição e domínio e dou conta a
Sua Majestade do que me consta sobre esta matéria
para que o mesmo senhor me ordene o que for
mais do seu real serviço e agrado e no entretanto,
entendo se absterá deste procedimento o dito Con-
de e Vossa Mercê com toda a eficácia procurará
que de nenhuma maneira o dito povo nem aos mais
vizinhos se oponham às determinações do mesmo
Conde se não com rogos e com, aquela prudente mo*
déstia que é permitida aos súditos até Sua Majes-
tade mandar como digo o que for em maior utili-
dade do seu real serviço para o que todos devemos
concorrer com aquele fervor que é próprio na ra-
zão ele bons vassalos o que Vossa Mercê cumprirá
tão iiivioilàvelmente como lhe ordeno.
Pelo mesmo Conde Governador tenho notícia
que as pessoas que costumavam conduzir gados e
mais víveres para provimento das minas tenha ha»
vido nelas a omissão de fazerem menos freqüente
'des
o dito provimento e como as conseqüências deste
cuido sejam tão perniciosas como considero vai o
bando incluso, para que Vossa Mercê a tom de caixas
o mande lançar em todos os lugares em que houver
povoações ou currais, mandando pôr cópias do
mesmo bando por editais nas partes mais públicas,
e nas em que Vossa Mercê entender se farão mais
manifestos, e no caso que esta carta ache a Vossa
Mercê já no caminho da Bahia como suponho Vos-
sa Mercê mandará executar o dito bando e ordem
minha pelo oficial que entender ser de mais con-
fiança e maior atividade para a pronta observância
da dita ordem, a cujo fim lhe escreverá Vossa Mer-
— 68 —

cê com mesma de que espero me dará brevemen-


te conta nesta cidade. Guarde Deus a Vossa Mer-
cê muitos anos como desejo. Bahia e março 20
de
1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Manuel
Nu-
nes Viana.

Carta que se .escreveu aos Coronéis do


Recôncavo Pedro Rarbosa Leal, Francisco
Barreto de Aragão e Miguel Calmon de
Almeida, sobre a condução dos açúcares
•e tabacos para esta cidade e aos coronéis
José Pires de Carvalho e Egas Muniz Bàr-
reto sobre a condução dos açúcares sò-
mente.

Por ser muito conveniente ao serviço de Süa


Majestade que Deus guarde que os açúcares e ta-
bacos que se hão de embarcar nos navios da fro-
ta que se espera brevemente nesta Bahia estejam
nos trapiches e armazém de arrecadação do taba-
co idela, com toda a antecipação que for
possível,
assim para que se não demore neste porto a sua
carga, em esperar que eles venham de fora como
porque o rigor do inverno, com os maus caminhos,
(que ordinariamente causa) não impeça poderem os
lavradores destes gêneros mandá-los carrea re con-
duzir com toda a suavidade em tempo eonvenien-
te e útil as suas fábricas, de que os mesmos têm
tanta experiência. Ordeno a Vossa Mercê
que tan-
to que receber esta mande logo aplicar todos os
senhores de engenho lavradores de canas, e
taba-
cos que houver nos distritos do seu regimento
ra que cada um mande conduzir sem demora pa-
os açu-
69

cares e tabacos que estiverem feitos e os


que
mais forem fazendo para os trapiches e armazéns
donde se costumam recolher, dos quais Vossa Mer-
cê os fará expedir, e transportar para os desta ei-
dade prontamente, no que Vossa Mercê
porá um
tal cuidado que sem perder tempo algum mostre
inteiramente, bem lograda esta diligencia do seu
trabalho (que lhe hei por muito recomendada), e o
zelo e atividade com que se costuma empregar em
todas as que tocam ao serviço de Sua Majestade.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e março, 18 de
1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Pe-
dro Barbosa Leal.

Carta para o Sargento-mor Manuel


Pinto de Eça ter prontas as ordenanças
do seu regimento para que os piratas não
lancem gente em terra.

Agora me chega aviso do sargento-mor da vi»


Ia de Boipeba pedindo-me pólvora c bala e armas
para socorro das ordenanças daquela vila por se
acharem algumas naus de piratas naqueles mares
e terem entrado duas na barra do Camamu em se-
guimento de uma sumaca que saiu deste porto para
o do Rio de Janeiro tomando-a irremediàvelmen-
te e como podem fazer algum desembarque e ainda
poderem chegar à ilha de Itaparica a invadi-la avi-
so a Vossa Mercê para que tenha as ordenanças
prontas e arrumadas para acudir a parte qu?; con-
vier à defensa da mesma ilha o que Vossa Mercê
fará com aquele valor que eu fio da sua pessoa e
mais oficiais a quem pertence. Para Boipeba man-
-70-

do socorro que se me pede e dois oficiais


pagos
para haverem de ajudar ao Sargento-maior e ao
do Camamu nas disposições militares a
que for
preciso dar providência; e Vossa Mercê terá cuida-
do em avisar-me de tudo o que suceder. Deus
guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e abril, 11 de 1719.
O
Conde do Vimieiro. Para o Sargento-mor Manuel
Pinto de Eça.

Carta que se escreveu ao Capitão de


Cavalo Pedro Machado Palhares, para ter
pronta a snia tropa.

Agora me chega aviso do Sargento-maior da


vila de Boipeba pedindo-me pólvora, bala, e armas
para socorro das ordenanças daquela vila por se
acharem algumas naus de piratas naqueles mares
e terem entrado duas na barra do Camamu em se-
guimento de uma sumaea que saiu deste porto para
o do Rio de Janeiro, tomando-a irremdiàvelmente
e como podem chegar à ilha de Itaparica, a invadi-la
aviso a Vossa Mercê para que tenha a sua com-
panhia pronta e arrumada para acudir a parte que
convier à defensa da mesma ilha o que Vossa Mer-
cê fará com aquele valor que en fio da sua pessoa.
Para Boipeba mando o socorro que se me pe-
de e dois oficiais pagos para haverem de ajudar
ao Sargento-maior e à do Camamu nas disposições
militares que fôr preciso dar providencia e Vos-
sa Mercê terá cuidado em avisar-me de tudo o
que
suceder. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e abril

o
- 71 -

11 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão


de Cavalos da Ilha de itaparica.

Carta para o Capitão do forte da


Ponta de Itaparica Antônio Gonçalves da
Rocha.

Vossa Mercê estando capaz se recolherá ao seu


forte prontamente tendo a sua artilharia prepara-
da para todo o acontecimento e de qualquer novi-
dade que a Vossa Mercê conste me dará parte.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e abril 11 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão Antô-
nio Gonçalves da Rocha.

Carta para o Capitão da Fortaleza do


Morro de São Paulo.

Por me constar que andam corsários na cos-


ta e que dentro da barra do Camamú apresaram
uma sumaca que saiu deste porto trago na deman-
da deles a nau: grande Nossa Senhora da Palma e
São Pedro e estou aprestando outra fragata a toda
a pressa para a mesma diligência e defensa da nos-
sa barra e mares; e como me chega notícia de apa-
recerem mais navios e constar que se acham espa-
lhados nas ilhas de Santa Ana e Rio de Janeiro e
poderão intentar algum desembarque nesta consi-
deração aviso a Vossa Mercê para que tenha a sua
«ente pronta e a artilharia, desse forte preparada
para todo o acontecimento. E de qualquer novi-
dade que haja me dará Vossa Mercê logo conta.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e abril 11 de
— 72 —

1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão da


Fortaleza do Morro.

Carta que se escreveu ao Capitão de


mar e guerra da fragata guarda-costa
Domingos dos Santos Cardoso.

Lembrado estará Vossa Mercê


que por repc<
tidas vezes lhe disse nesta casa
que seguisse o mes-
mo regimento com que havia saído deste
Bento de Araújo Dantas agora me seguram porto
Vossa Mercê lho não pedira e se foi sem que
êle e não
sei que conta pode Vossa Mercê
dar de si
sem saber o que há de fazer e nesta consideração
remeto cópia do mesmo regimento com
alguns
acrescentamentos mais e novamente lhe ordeno
e re-
comendo não perca ocasião de chocar com
os pira-
tas porque de se perderem as ocasiões se segue
o
que Vossa Mercê já experimentou e o mais que
dera experimentar; vai a fragata Nossa Senhora po-
do
Rosário e São Gonçalo que aprestei com a brevidade
que pude no tempo esta há de andar na conserva de
Vossa Mercê e o Capitão Teodósio Manuel
que a
governa lhe haverá fazer muito boa companhia na
peleja quando se ofereça ocasião em que as nossas
armas a possam ter; espero
que Vossa Mercê se
lembre do posto que ocupa
para o desempenhar co-
mo espero da sua pessoa. Guarde Deus
a Vossa
Mercê muitos anos. Bahia e abril 11 de
1719. O
Conde do Vimieiro. Para o Capitão de
mar e guer-
ra Domingos dos Santos Cardoso.
73 —

Carta que se escreveu ao Sargento


i
maior da vila de Boipeba sôbre ir à dita
vila o Ajudante Francisco Luiz e o Aife-
res Vasco de Brito.

Vai o ajudante Francisco Luiz e o Alferes


Vasco de Brito para o ajudarem a Vossa Mercê pa-
ra qualquer operação militar para que seja preciso
um ou outro e levam ordem para poderem acudir
ao Camamú sendo necessário para também ajuda-
rem ao Sargento-maior da mesma vila levam de so-
corro a Vossa Mercê para as ordenanças cem armas
de fogo, dois barris de pólvora c dois c.unhetes de ba-
Ias e vendo Vossa Mercê que pode ser necessário ao
Camamú por ter melhor barra e ser nela mais fácil
qualquer «ente digo desembarque lhe acudirá Vos-
sa Mercê com alguma gente sem desamparar esse
porto no qual espero que Vossa Mercê sendo neces-
sário faça a defensa conveniente como deve e é obri-
gado. Guarde Deus a Vossa Mercê. Bahia e abril
11 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargen-
to maior da vila de Boipeba.

Carta que se escreveu ao Sargento-


maior da vila do Camamú sôbre ir à di-
ta vila o ajudante Francisco Luiz e o Al-
feres Vasco de Brito.

Pela que recebo de Vossa Mercê e por outra


que recebo do Sargento-maior de Boipeba fico en-
tendendo que duas embarcações de piratas seguiu-
do uma sumaca que saiu deste porto a foram tomar
dentro nesse; este portador que Vossa Mercê
— 74 —

manda me diz que depois de posto cm caminho


vira na boca dessa barra duas naus surtas e nes-
ta consideraçã e no receio de algum desembarque
espero que Vossa Mercê com a muita gente
que tem
castigue o atrevimento de qualquer nação
que aí
chegar para o que terá Vossa Mercê as ordenanças
prontas arrumadas e municiadas. Para Boipeba
mando dois oficiais militares com ordem «le irem
ajudar a Vossa Mercê sendo necessário e a mesma
mando ao Sargento-maior da mesma vila
para que
sendo preciso lhe mande a Vossa Mercê alguma
gente eu trago fora a nau grande guarda-costa e
estou a toda a pressa preparando outra fragata
pa-
ra a ir acompanhar e lhe ser mais fácil o desinfes-
tarem esses mares. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e abril, 11 de 1719. 0 Conde do Vimieiro.
Para o Sargento-mor da vila do Camamú.

Carta que se escreveu ao Capitão-


mor da Capitania de Seregipe de El-Rei
sobre não querer que Manuel Barbosa Bar-
radas exerça o posto de Capitão-mor da
Freguesia de Vila Nova.
<

Agora me chega uma carta de Manuel Barbo-


sa Barradas Capitão-mor da freguesia de Vila No-
va por provimento e patente do Excelentíssimo Se-
nhor Marquês de Angeja meu antecessor e
me diz
que Vossa Mercê lhe impede o exercício do seu
pôs-
to e ainda tivera a ousadia de mandar servir outro
ordenando aos povos não reconhecessem
por Capi-
1ão-mor ao dito Manuel Barbosa e como semelhan-
te procedimento se não faça crível na
pessoa de um

M
— 75 —

súdito quero primeiro ouvir a Vossa Mercê antes


que me resolva a estranhar-lhe esta resolução tão
alheia de quem professa a vida de soldado e não de-
ve desconhecer a razão de súdito se Vossa Mer-
cê desconhece a obediência que deve ter ao Gover-
nador Geral e que essa capitania é membro do
corpo desta Bahia desculpável é c seu erro mas não
me persuado que Vossa Mercê o haja tão manifes-
to porque se dá o caso que pudesse haver pessoa
tão esquecida da sua obrigação não seria muito se-
considerasse indigno do todo e qualquer serviço de
Sua Majestade o que de Vossa Mercê não poderei
crer em tempo algum; porque o serviço do Reino é
prova de que Vossa Mercê não ignora o bom servi-
ço. O Capitão-mor que Vossa Mercê quis mandar
servir contra a Patente do Excelentíssimo Marquês
me consta ser assistente na Capitania de Pernam-
buco há mais de dez ou onze anos como vejo de ai-
gumas certidões que se me remetem, e nestes termos
a Patente do novo provido caso que assim seja o
de nenhuma maneira devia Vossa Mercê impugnar
que( como digo) quanto a mim me parece incrívei
e se Vossa Mercê sôbre esta matéria e sôbre algemas
dúvidas da sua jurisdição tiver que me represen-
tar virá à minha presença para que eu o ouça e de»
termine as ditas dúvidas segundo as ordens de Sua
Majestade. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
abril, 12 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Ca-
pitão-mor da Capitania de Sergipe de El-Rei.
— 76 —

Carta que se escreveu ao Capitão-mor


da Freguesia de Vila Nova Manuel Bar»
bosa Barradas, sobre não querer o Capi-
tão-mor de Sergipe de El-Rei que cie exer-
cite o dito posto.

Pela que recebo de Vossa Mercê fico enten-


dendo a esfera do seu merecimento e as
justas cau-
sas com que o Excelentíssimo Senhor Marques de
Angeja meu antecessor proveu a Vossa Mercê no
posto de Capitãomaior da freguesia de Vila Nova
em cujo exercício devia Vossa Mercê continuar
sem contradição alguma porque o Capitão-maior
de Sergipe se tivera jurisdição para fazer Capitães
maiores na mesma Capitania seria um segundo
Governador da Bahia de cujo corpo c membro a
Capitania de Sergipe e assim enquanto a esta igno-
rancia se é que cai nela o dito Capitão=mor lhe or-
deno a Vossa Mercê que exercite o seu posto na" for-
ma da sua patente tendo entendido que é súdito c
subordinado ao dito Capitão-mor de Sergipe e que a
êle unicamente tocam as mostram gerais das orde-
panças como Capitão-maior de toda a Capitania
e a Vossa Mercê lhe pertence de nenhuma manei=
ra o conhecimento das ordenanças nem na sua mes-
ma freguesia no que respeita às ditas mostras, nem
ainda no que toca às operações, militares porque
eslas companhias têm Capitães que as mandam, co-
ronéis que governam os regimentos e o Capitão-
maior de Sergipe que domina todo o distrito por
se incluir nele a dita ordenança Capitães e Coro-
néis: a Vossa Mercê não lhe toca outra cousa ai-
guma mais que a assistência da sua freguesia com
77

os oficais que deve ter que em >um Sargento-maior


e deis ajudantes para que Vossa Mercê com estes
dê ajuda ao Juiz da Vintena em qualquer caso que
se ofereça pertencente à justiça e que a mesma
justiça haja de na secretaria deste
Estado não se acha regimento particular dos Capi-
tães-mores das freguesias nem o deve haver pois a
sua jurisdição se não estende a mais Vossa Mercê
assim o tenha entendido e não deixe de estimar um
posto e uma insígnia com que Sua Majestade que
Deus guarde costuma honrar os vassalos benemé-
ritos e os generais como delegados da sua real pes-
soa. Ao Capitão-mor de Sergipe escrevo duvidan-
do do seir procedimento nesta parte por me pare-
cer incrível que um homem soldado ignore as leis
militares e as leis de súdito. Ficam as certidões e
a cópia da Patente até me chegar resposta do dito
Capitão-mor de Sergipe e torno a dizer a Vosssa
Mercê que em virtude da mesma patente e desta
minha carta que lhe servirá de ordem exercite o
seu posto como o deve. exercitar tendo a sua assis-
tência na freguesia e reedificando a cadeia que foi
a condição com que o Senhor Marquês fêz o dito
provimento. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia c
abril, 12 de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o
Capitão-mor da Freguesia de Vila Nova. Manuel
Barbosa Barradas.

Carta para o Coronel Garcia de Ávila


Pereira.

Chegaram-se as informações que Vossa Mercê


dá dos sujeitos que se lhe ofereciam capazes pa-
ra os postos de Capitães-maiores e Sargentos-maio-
— 78 —

res das duas freguesias de Nossa Senhora das Bro-


tas e Nossa Senhora da Vitória e como estas são
tão vizinhas à cidade e imediatas a ela se fazem
desnecessários os ditos provimentos e assim só se
me oferece nesta parte dizer a Vossa Mercê que
não tem necessidade no serviço de Sua Majestade de
se fazerem ou criarem os ditos postos.
Pelas listas do seu regimento que Vossa Mercê
remeteu a esta secretaria consta não haver no dito
regimento mais que nove companhias e como pa-
ra estar completo e se reputar por verdadeiro re-
gimenlo necessita de ter doze companhias repar»
tira Vossa Mercê as mais numerosas ( como já lhe
tenho ordenado) para que de novo se façam três e
me mandará Vossa Mercê uma relação das pessoas
mais capazes e dos pretendentes que há assim pa-
ra Capitães e Alferes como para os mais postos
com a circunstância de serem assistentes nos mes-
mos distritos e neles as primeiras pessoas e decJa-
rara Vossa Mercê não a nobreza, mas os serviços
de cada um deles e co nestas informações parti-
culares virão os mesmos sujeitos à minha presen»
ça e Vossa Mercê me diga o estado em que se acha
a nova estrada que Vossa Mercê se obrigou, a
abrir.
Já a Vossa Mercê constará que andam pira-
ta? fazendo corso em tôd* esta costa e que nela
continua mos seus roubos e presas com notória
perda e prejuízo grande de todo este Estado. Eu
trago no mar a nau gurrcla-casta Nossa Senhora
da Palma e a toda pressa estou metendo manti-
mentos e gente na fragata pequena Nossa Senho-
ra do Rosário e São Gonçalo mas como a costa é di-
79 —

latada e estas não possam estar em toda a parte


sendo muito possível que os corsários intentem o
desembarque em alguma para roubar algumas ca-
sas e alguns povos da mesma costa faço a Vossa
Mercê este aviso para que esteja de acordo na par-
te que lhe toca e sendo necessário acudir com o seu
regimento, ou com parte dele a algum sítio, que se
ache com este temor -deixo na disposição de Vossa
Mercê a prontidão e acerto deste socorro, e de qual-
quer novidade que se ofereça me participará Vos-
sa Mercê sem demora alguma. Guarde Deus a Vos-
sa Mercê muitos anos. Bahia e abril, 12 de 1719.
0 Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Garcia de
Ávila Pereira.

Carta para o Ouvidor da Capitania dos


Ilhéus.

Recebo a de Vossa Mercê pelo sargento que


a lan-
ia no bergantim e ficou em terra deixando
de
cha entregue ao Almoxarife dessa Capitania
da Fazenda
que será logo saoer o Provedor-mor
entregar
Real para a fazer conduzir e a mandar
Mercê terá
ao dono do mesmo Bergantim e Vossa
teve nessa
cuidado de avisar-me do sucesso, que
noite o
Capitania porque aqui me avisam que de
maltratam nela; e como também se me dá parte,
com a
de haverem morto ao Sargento-maior tendo
mesma insolência tirado a vida ao Capitão-mor
faz preci-
antecessor de Bernardo de Farias se me
so dar conta a Sua Majestade porque verdadeira-
sei se-
mente povo tão inquieto e desobediente não
faça
ria útil o mlandar-se arrasar, Vossa Mercê
toda a diligência com o dito Capitão-mor a quem
80

escrevo para que sejam presos os delinqüentes de


tão estrondosos casos e os remeta a esta cadeia
com os pre)cessos da suas culpas. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e abril, 12 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Ouvidor da Capitania dos
Ilhéus.
Carta para o Capitão tle mar e guer-
ra Domingos elos Santos Cardeiso.

Duas recebo de Vossa Mercê e em ambas vejo
confesso a Vossa Mercê que me enraivesse e me pica
a diligência que faz por chocar com o pirata, mas
ver que ande a vista de luma nau de guerra na nos-
sa obra e nas nossas barbas, fazendo presas e fa-
zendo o que quer sem podermos eemseguir a fortu=
na de lhe podermos chegar.
Vai a fragata pequena que por mais pequena
é muito possível que lhe chegue e choque com êle
o que Vossa Mercê fará com o mesmo vigor fazen-
do toda a diligência pelo meter à pique; espero que
Vossa Mercê não perca ocasião de castigar o atre-
vimento deste pirata, e tirar a ousadia aos mais
que podem infestar esta costa Vossa Mercê haven-
do peleja ou retirando-se o inimigo, não ande tão
chegado a terra que se arrisque a uma travessia* e
conservando a altura desta barra até os Ilhéus bem
pode alagar-se trinta a quarenta léguas ao mar
adonde melhor poderá descobrir as naus que vie-
rem do sul, e as que vierem do norte. Deus lhe dê a
Vossa Mercê muito bom sucesso e guarde muitos
anos. Bahia e abril, 13 de 1719. O Conde do Vimi-
eiro. Para o Capitão de mar e guerra Domingos
dos Santos Cardoso.
— 81 —

Carta para o Capitão Teodósio Ma-


nuel de Liima.

Vossa Mercê assim que sair a nossa Barra pro-


curará a toda a diligência chegar-se a parlavento
tudo o que puder e ganhando-o será sem dúvida
com o favor de Deus que essa fragata e a em que
vai Domingos dos Santos metendo no meio ao pi-
rata lhe castigue o atrevimento de andar à vista da
nossa obra e nas nossas barbas, tomando as nossas
embarcações e fazendo as presas que Vossa Mercê,
sabe Vossa Mercê chocará com o dito pirata ainda
que seja antecipando-se a Domingos dos Santos seu
cabo, que ele socorrerá a Vossa Mercê e Vossa
Mercê melhor chegará ao inimigo por ir em fraga-
ta melhor de vela; Deus dê a Vossa Mercê tão
bom sucesso que o enfado que nos causa este pira-
ta se compense com o gosto que espero ter de que
Vossa Mercê seja quem o meta a pique. Guarde
Deus a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e abril,
13 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão
Teodósio M'anuel de Lima.

Carta para o Capitão Teodósio Ma-


neul de Lima que vai por cabo na fraga-
ta °Nossa Senhora do Rosário e São Gon-
calo.

Vossa Mercê me avise se lhe falta alguma cou-


sa e se tem tudo o que lhe é necessário a bordo e
estando pronto e achando os pilotos e prático que
tem tempo de sair não se deterá Vossa Mercê nem
um só instante.
Avistando-se Vossa Mercê com a fragata Nos-
— 82 —

sa Senhora da Palma lhe dará alguns marinheiros


e artilheiros, que lhe forem de sobejo, fazendo a
escolha como para si. Guarde Deus a Vossa Mer-
cê. Bahia e abril, 14 de 1719. O Conde do Vimiei-
ro. Para o Capitão Te.Mlosio Manuel de Lima.

Carta que se escreveu ao Sargento-


maior da freguesia ida Jacobina André
Rodrigues Soares.

Tenho tão boa informação e notícia da pes-


soa de Vossa Mercê que com atenção ao seu mere-
cimento me resolvi a provê-lo no posto de Sargen-
to-maior dessa freguesia para que tivesse o hon-
roso exercício dele que é de sorte que cs reis e os
seus delegados no governo dest-3 Estado costumam
honrar os sujeitos de bom procedimento autorida-
de e honra, com que vivem nos povos em que tem
suas casas e família; e porque em Vossa Mercê
concorrem todas estas circunstâncias pelo que me
consta lhe mando a patente de Sargento-maior da
dita freguesia da Jacobina, que Vossa Mercê exer-
citará com grande zelo do serviço de Sua Majesta-
de e respeito das suas justiças a que sempre ajuda-
ra em tudo o que se encaminhar à boa administra-
ção dela, tendo grande concórdia e omissão com o
seu Capitão-maior incitando o povo a maior quie-
tação e paz entre si para o que concorrerá com o
coto Capitão-maior e mais oficiais com o mais efi-
caz zelo do serviço de Deus e de Sua Majestade e
bem de todos esses moradores assim espero
que
Vossa Mercê o execute para ter muito que lhe lou-
var e me não arrepender da escolha que fiz da
pes-
m de Vossa Mercê para. tão êsle honrado posto e po-
— 83 —

dera Vossa Mercê arvorar assim que lhe der a pos-


se, e o juramento o seu Capitão-maior. Guarde
Deus a Vossa Mercê. Bahia e abril, 14 de 1719. O
Conde do Vimieiro. Para o Sargento-maior André
Rodrigues Soares.

Carta que se escreveu ao ajudante da


freguesia da Jacobina Silvestre Alvares.

Suponho a Vossa Mercê já chegado digo já


descansado na sua casa o hei de estimar muito che-
gasse a ela com boa saúde e fizesse uma feliz jor-
nada.
Fazendo provimento de alguns postos nessa
freguesia da Jacobina, me lembrou Vossa Mercê
muito para haver de lhe dar exercício no serviço de
Sua Majestade assim o elegi por Ajudante do Sar-
gento-mor e Capitão-mor da mesma freguesia de
que vai a Vossa Mercê a Patente, e espero que o
seu merecimento o faça digno de outras maiores;
Vossa Mercê não cuide em largar essa freguesia e
vir para esta cidade porque nesse distrito pode
Vossa Mercê fazer muifos serviços a El-Rei que se-
jam do agrado de Deus e satisfação dè»te Governo
para que Vossa Mercê esteja sempre na memória dos
seu* generais. Gwie Deus a Vossa Mercê. Bahia
<> íuiil, 14 de 17\\i C CcmJí do, Vimieiro. Para o,
Ajudante Silvestre Alvares.

Carta para o Capitão de mar e guer-


ra Domingos dos Santos.

Chegou a nau da índia e faço aviso a Sua Ma-


jestade da sua chegada pelo patacho que aqui se
— 84 —

acha mais pronto a fazer viajem para a ilha de São


Miguel, que é do Senhor Conde da Ribeira e vai
agora em direitura para o porto de Lisboa, e co-
mo me consta que os corsários desejam dar-lhe ah
cance, Vossa Mercê com essa nau e com a nau Nos-
sa Senhora do Rosário, lhe dará comboi, deixan-
do-a amarrada cinqüenta léguas ao mar, e vendo
Vossa Mercê que nele não aparece embarcação sus»
peita, a mandará seguir a sua viajem, e tornará <§

para a altura do seu regimento com a dita fragata


Nossa Senhora do Rosário até chegar a nossa fro-
ta e a outra nau da índia que se espera. E Vossa
Mercê se chegará logo para a barra a espera do
dito patacho que entendo sairá dentro de três a
quatro dias. Vossa Mercê. Guarde Deus. Bahia e
abril, 15 de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o
Capitão de mar e guerra Domingos dos Santos

Carta para o Capitão Teodósio Ma-


nuel de Lima. Cabo da fragata de guerra
Nossa Senhora do Rosário e São Gonçalo.

Vossa Mercê entregará a carta inclusa ao Ca=


pitão de mar e guerra Domingos dos Santos Car-
doso; e Vossa Mercê se deixará andar obra aber-
ta para junto com o dito Capitão de mar e guerra
comboiar o patacho que vai de aviso para Lisboa,
com a notícia da chegada da nau da índia, o qual
"Conde
é um do Senhor da Ribeira, que estava pre-
parado para fazer viajem para a ilha de São Mi-
guel. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e abril, 15
de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão
Teodósio Manuel de Lima.
— 86 —

Carta para o Excelentíssimo Senhor


Conde de Assumar.

Excelentíssimo Senhor. Meu Senhor. Escrevi


a Vossa Excelência os dias passados, por um ber-
gantim que saiu deste porto para o Rio de Janei-
ro, o qual foi tomado por uma embarcação -de Cor-
sários, dos muitos que atualmente andam infestan-
do esta costa; e como esta via não há de chegar à
mão de Vossa Excelência lhe remeto a cópia das
minhas cartas por este próprio que aqui chega e
um capitão do distrito do Rio das Velhas cujos
moradores, recorrem a mim para serem conserva-
dos na estabelecida posse em que sempre estiveram
desde o descobrimento do Brasil, até o presente,
de pagar os dízimos a esta Capitania, serem pro-
vidos, os postos por este governo e eles não conhe-
cerem diferente domínio eu lhe escrevo venerem
as ordens de Vossa Excelência respeitem as suas
direções e se não ponham a eles mais que com revê-
rentes súplicas; porém sem embargo de que os
mande obrar com esta prudência novamente reti-
fico a Vossa Excelência o mesmo que já lhe digo
nas outras cartas que se Vossa Excelência não tem
ordem expressa de Sua Majestade para erigir a
nova vila que intenta para sujeitar estes homens a
sua jurisdição que impugnam, com o fundamento
Vos»
que a Vossa Excelência é presente que deve
sa Excelência abster-se deste procedimento, assim
lho digo como amigo, e lho insinuo também como
conta a
governador da cabeça deste estado eu dou
Sua Majestade da sua determinação de Vossa Ex-
celência êle e só (como já disse em outra) é quem
real
pode ampliar, jurisdição ou restringidas cuja
— 86 —

resolução será somente a que eu abrace ainda em


prejuízo da jurisdição deste governo o que Sua Ma-
jestade como senhor de todo o Brasil poderá alar-
gar o distrito de Vossa Excelência, ainda diminuin-
do o meu. Já avisei a Vossa Excelência que havia cha
mado Manuel Nunes Viana por duas vias nova-
mente lhe despedi dois próprios espero-o com bre-
vidade segundo a distância, e entendo firmemente
há de obedecer em tudo o que lhe ordene, e em or-
dem à quietação desses povos sendo ele o instru-
mento na parte que lhe tocar; fico também espe-
rando resposta de Vossa Excelência e que me dê
muitas ocasiões de o servir a que não faltarei com
aquela vontade que devo. Deus guarde'a Vossa Ex-
«elência muitos anos. Bahia e abril, 16 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Exlentíssimo Senhor Conde
de Assumar.

Carta para os moradores do distrito


do rio das Velhas.

Pela representação que Vossas Mercês me fa-


zem fico entendendo as determinações do Gover-
nador das Minas Dom Pedro de Almeida, Conde de
Assumar cuja grande capacidade,, e alento me per-
suade não fará cousa alguma, que se não encami-
nhe ao serviço de Sua Majestade que Deus guar-
de com expressa ordem sua, porque o contrário
»ão é crivei e de um cavaleiro tão ilustre e tão
prudente e nesta consideração Vossas Mercês co-
mo vassalos de El-Rei devem venerar a sua pessoa,
respeitá-lo, e não se lhe opor as suas direções, se
não com uma submissão reverente e com uma sú-
plica humilde porque não corre por conta de Vossa
— 87 —

Mercê qualquer excesso em que ele queira adiam


tar a sua jurisdição, porque passando os limites da
que ELRei lhe permite o mesmo senhor será quem
lho estranhe e em mim não haverá descuido em
lhe fazer presente a posse em que Vossas Mercês
estão, de não conhecer outro domínio que a Bahia,
e ao Conde escrevo se abstenha deste procedimen-
to até real resolução de Sua Majestade porém no-
vãmente torno a dizer a Vossa Mercê que as suas ré-
plicas sejam modestas reverentes, e com a humib
dade, que devem a um delegado de El-Rei naquele
governo adonde estão fazendo uma lão grande fij
gura, como se verifica desta circunstância; e Vos-
sas Mercês descassem que eu tomo por minha conta
saber a real vontade de Sua Majestade para obe-
decer a ela como seu fiel vassalos em que Vossas
Mercês me devem sequir como subditos desle Estado
e vassalos também do mesmo Senhor. Guarde Deus
a Vossas Mercês muitos anos. Bahia e abril, 26 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para os moradores
do distrito do rio das Velhas.
Carla para o Mestre de Campo Mu-
nuel Nunes Viana.
Senhor meu. Tenho escrito a Vossa Mercê re-
lenho
petklas vezes significando-lhe o desejo que
de lhe falar, a cujo fim o tenho chamado por in-
tender que assim convém ao serviço de Sua Majes- i
tade de quem Vossa Mercê é tão bom vassalo por m
via de seu compadre de Vossa Mercê João Cor-
reia Maciel lhe escrevi duas vezes e ultimamente o
fiz por um soldado, que daqui mandei procurar a
mes-
Vossa Mercê com carta minha, agora repito a
»ía diligência por um próprio que daqui manda o
— 88 --

Capitão Antônio Coelho Ferreira, que veio a nego-


cio, e me fez entrega de uma representação que me
fazem os moradores do Rio das Velhas aos quais
escrevo instruindo-os na sua obrigação e no respeito
com que devem olhar os governadores delegados
de Sua Majestade segurando-lhes me não hei de
descuidar de fazer presente ao mesmo senhor a
posse em que eles se acham e o intento com que
procura o Conde Governador erigir a nova vila,
para cuja resolução é muito possível tenha or-
dem expressa de El-Rei e não sendo assim lhe digo
ia ele se abstenha da dita resolução até ordem do
mesmo senhor que como o é de todo este Esíado po-
de ampliar} jiurisldições ou restringi-las; Vossa
Mercê enquanto se não vê comigo tome muito por
sua conta o ter o povo naquele sossego que convém,
e deve ler porque a Sua Majestade seguro que Vos-
sa Mercê há de ser o instrumento de toda a quieta-
ção pela grande confiança que faço da sua pessoa
e notícia que tenho dela, e só as obras de Vossa
Mercê poderão desempenhar este bom conceito que
sempre conservarei de sua pessoa, guarde Deus a
Vossa Mercê muitos anos. Bahia e abril, 26 de
1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Mestre de
Campo Manuel Nunes Viana.

Carta que- se escreveu ao Capitão da


tropa de Cavalos da Itaparica Pedro Ma-
chado Palhares sobre mandar, retirar os
seus soldados do sítio da Aratuba, e os
obrigar a que tenham meia dúzia de car-
gas de pólvora, e bala cada um.

Vossa Mercê obrou bem em virtude da minha


— 89 —

ordem em por pronta a sua tropa, no sítio da Ara-


tuba, visto daquela parte se descobrir a barra c os
melhores lugares, em que o inimigo podia fazer de-
sembarque. E como por ora não tenho notícia de
que seja preciso naquele lugar a assistência dos di-
tos soldados, Vossa Mercê os mandará logo re-
tirar para suas casas deixando-os notificados e ad-
vertidos para acudirem prontamente todas as ve-
zes que Vossa Mercê os avisar, que marchem para
a parte que for preciso o que Vossa Mercê executará
vendo no mar mais naus que as duas que ao pre-
sente descobre, as quais são duas fragatas de Sua
Majestade que Deus guarde, que por ordem minha
andam cruzando os mares e guardando a costa; e
aos ditos soldados obrigará Vossa Mercê a que ca-
da um tenha pronto meia dúzia de cartas de polvo-
ra e bala para qualquer ocasião que se oferecer pois
devem fazer assim, não só pelo que toca ao serviço
de Sua Majestade senão também pela defensa da
própria vida, honra e fazenda. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Rahia e abril, 26 de 1719. 0 Conde do
Vimeiro. Para o Capitão de Cavalos Pedro Macha-
do Palhares.

Carta para o Coronel Francisco Bar-


reto de Aragão.

Recebi as duas cartas de Vossa Mercê de 20 e


29 de abril e com elas chegaram os dois soldados
que Vossa Mercê remeteu, que haviam desertado des
ta praça e agradeço a Vossa Mercê muito o cui-
dado com que se emprega nesta diligência por ser
tanto do serviço de Sua Majestade que Deus guar-
de como Vossa Mercê tem reconhecido, e assim es-
— 90 —
¦
pero continue Vossa Mercê na mesma diligencia o
seu Sargento-maior Capitães e mais oficiais do seu
Regimento com tal atividade, que em qualquer dos
distritos deles não possa escapar soldado algum eles-
ta praça desertado. Deus guarde a Vossa Mercê.
Rahia e maio, 4 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Senhor Coronel Francisco Barreto de Aragão.

Para o Sargento-mor da vila das Ca-


ravelas.

Recebo a de Vossa Mercê de 26 de março na


qual Vossa Mercê faz menção haver-mc escrito ou-
tra e mandado as listas de que nesta vem cópias,
pelas quais vejo que nesse distrilo, se não acha
genle para mais do que duas companhias as quais
tem capitães como Vossa Mercê me diz mas um an-
tigo sem confirmação na sua patente, c incapaz pe-
los seus achaques de poder continuar, e nesta con-
sideração me mandará Vossa Mercê uma relação
dos homens mais principais desse distrito com dis-
tinção da sua tal, ou qual nobreza e do modo de vi-
da que lem como também me declarará Vossa Mer-
cê se o Alferes da mesma companhia é homem no-
bre e a capacidade que tem e os que se quiserem
opor à companhia o farão vindo pessoalmente a
minha presença ou mandando por Procurador seu
fazer-me esta representação o que Vossa Mercê
executará enquanto o Coronel do Regimento a que
pertencem estas duas companhias não toma posse
'do dito Regimento. Guarde Deus a Vossa Mercê.
Bahia e maio, 5 de 1719. O Conde do Vimieiro. Pa-
ra o Sargento-maior do rio das Caravelas.
— 91 —

Para os oficiais da Câmara da Vila


de Porto Seguro.

Recebo a de Vossas Mercês de 10 de abril, pe-


Ia qual vejo a pontualidade e zelo com que execu-
tam as minhas ordens pertencentes ao serviço de
Sua Majestade em que todos nos devemos empe-
nhar como bons vassalos seus e pelo que respeita à
coir
pessoa do Ouvidor espero que ele dê tão boa
ta de si que esse povo viva mui satisfeito da minha
eleição e da sua justiça e encomendo a Vossas Mer-
cês todos mui particularmente a quietaeão desses
moradores e a boa amizade e concórdia em que se
devem conservar unindo-se todos para o que for do
bem do povo e do serviço de Sua Majestade por
se acha
que só isto será do seu real agrado e de quem
no governo deste Estado; c quando eu nele tenha
a Vossas Mercês algum préstimo, me acharão com
toda a boa vontade para lhes valer no que estiver
na minha mão e não for injusto. Guarde Deus a
Vossas Mercês muitos anos. Bahia e maio, 5 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para os oficiais da
Câmara da Vila de Porto Seguro.

Para o Sargcnto=mor da vila de Boi-


peba.

Recebo a de Vossa Mercê de 20 de abril hoje


5 de maio e por ela me certifico do zelo com que
Vossa Mercê se emprega no serviço de Sua Majes-
tade e bem desse povo parecendo-me excelente-
mente, todas as suas disposições e aprovo muito,
— 92 —

que Vossa Mercê ponha a Artilharia no sítio que


houver de defender a entrada de qualquer inimigo,
que intente o desembarque, nesse povo o qual será
muito bem defendido estando Vossa Mercê ne!e e
havendo as obras de fortificação de que me dá no-
tícia, nas quais poderão pelejar os soldados, e fa-
zer grande dano aos que se atrevam a querer en-
trar no porlo e o seu mangai fazia impedimento
para haverem de descobrir as embarcações que vi-
rem de fora também aprovo muito a resolução que
Vossa Mercê tomou como juntamente fico de açor-
do, vindo à minha presença os apontados por Vos-
*a Mercê para os postos de capitães ve-los com cui-
dado e atenção porém torno a dizer a Vossa Mercê
que este postos se não hão de prover senão nas
pessoas mais nobres do dito povo e moradores ne-
les, por ser assim a vontade real, e mo ordenar
Sua Majestade que Deus guarde e a Vossa Mercê
muitos anos. Bahia e maio, 5 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Sargento-maior da vila de Boi»
peba, Gonçalo de Araújo de. Azevedo.

Para o Sargento-mor da vila do Ca-


mamú.

Recebo a de Vossa Mercê e por ela fico enten-


dendo a boa satisfação com que Vossa Mercê e todo
esse povo se acha da prontidão com que lhe acudi
mandando-lhe os dois oficiais "de infantaria
para
haver de o ajudar no que fosse necessário à sua de»
fensa e estimo que Vossa Mercê idele se aproveitas-
se para o exercício dos soldados porque alguma
utilidade se seguirá de eles o haverem feito asim mas
é razão, que os que repugnaram vir a© chamado de
- 93 ¦

Vossa Mercê induzindo aos mais a que não obede-


cessem aos seus capitães fiquem sem castigo ai-
gum merecendo-o muito rigoroso e assim a estes ca-
becas prenderá Vossa Mercê e mos remeterá em gri-
Ihões ou algemas para maior segurança sua por-
que não é justo fique sem castigo quem é tal que
deixa de concorrer para os meios da sua defensa. O
Ajudante e Alferes mandará Vossa Mercê recolher,
porque já lá não servem para cousa alguma e Vos-
sa Mercê quando lhe seja necessário desta praça
qualquer cousa que convenha a sua defensa e des-
se povo achar-me-á com uma grande vontade pa-
ra lhe valer e para os defender. Guarde Deus a
Vossa Mercê. Bahia e maio, 5 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Sargento-mor da Vila do Ca-
mamú Pantaleão Rodrigues de Oliveira.

Carta do Juiz Ordinário da vila da


Cachoeira Bruno Barbosa de Araújo e a
resposta que Sua Excelência deu à mar-*
gem dela.

Excelentíssimo Senhor. Meu Senhor. Por um


despacho de Vossa Excelência em uma petição de
Sebastião Barbosa de Araújo pelo qual foi servido
ordenar-me que informando-me da verdade fizes-
se prender a Domingos da Costa Banhos, filho de
Manuel da Costa Banhos e o remetesse à cadeia
dessa cidade informando-me ser a narrativa ver-
dadeira mandei logo fazer a diligência para se
prender o lal sujeito e se não achou a este em ca-
sa, mais sim a notícia de que com alguma suspeita
ou receio da dita prisão se tem retirado ao eonven-
to de São Francisco de Paraguassú aonde ainda
— 94 —
se acha ao presente, mas sem embargo disso tam-
hém ainda fico continuando na diligência, quan-
do suceda achar-se fora do que dou parte a Vossa
Excelência para ficar entendendo, que em mim
não há omissão na execução das suas ordens
mas antes muita prontidão. Deus guarde a Vossa
líxcelência os anos que lhe desejamos seus criados.
Cachoeira e abril, 26 de 1719. Bruno Barbosa de
Araújo. j.

Resposta

Na forma deste aviso ide Vossa Mercê lhe or-


deno visto me segurar ser a queixa verdadeira e
justa prenda Vossa Mercê a Domingos da Costa
Banhos, assim que sair do seu homizio porque ele
não há de estar retirado no convento de Parauassú
sú toda a vida e não mando fazer advertência ao
guardião para o lançar fora, porque o caso não é
para tão grande demonstração e basta que Vossa
Mercê o prenda, assim que ele aparecer ou sair do
homizio e convento donde está. Guarde Deus a Vos-
sa Mercê muitos anos. Bahia e maio 5 cie 1719. O
Conde do Vimieiro.

Para o Ajudante Francisco Luiz e o


Alferes se recolherem logo a esta
praça.
ri'

Recebo a carta de Vossa Mercê de 24 de abril


í nela vejo a conta que me dá do
que obrou, nas vi-
Ias de Boipeba e Camamú desde que a elas chegou
até o presente no que Vossa Mercê obrou como
de-
via e assim lho agradeço. E porque tem cessado
a
notícia que me obrigou a mandar a Vossa
Mercê e
— 95 —

o Alferes seu Companheiro às ditas vilas lhe orde-


no que tanto que receber esta se recolham logo í>m-
bos a esta cidade assim por serem nela mais pre-
cisos como por ficarem os homens que se têm reti-
rado ao mato como Vossa Mercê me diz sem o es-
crupulo que tanto se imprimiu na sua imaginação
de irem nessa vila a fazer soldados. No que toca
às 6 peças de artilharia que aí se acham tomará
Vossa Mercê os calibres delas, de que me trará re-
Jação para conforme elas se Tratar das carretas de
que necessitam para estarem montadas e prontas
em qualquer ocasião e de caminho, verá Vossa
Mercê as paragens e praias que há na barra des.sa
vila mais capazes de poderem os piratas deitar
gente, a fazer suas aguadas e lenhas para que eu
com a informação que Vossa Mercê me der, resol-
va e ordene ao Sargento-maior como se poderá
evitar aos piratas esse benefício. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e maio 6 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Ajudante Francisco Luiz.

Para o Capitão de Cavalos Pedro de


Araújo Vilas Boas.

Injustamente se queixa Vossa Mercê do Sar-


gento-mor Teo tônio Teixeira, porque enquanto a
entender Vossa Mercê que ele o deseja fora do pos-
to de Capitão de Cavalos nem tal cousa como esla
me consta nem importaria nada o seu desejo ainda
que o tivesse porque Vossa Mercê foi provido por
um dos senhores generais meus antecessores e con-
servado pelos mais em observância da confirma-
ção que suponho Vossa Mercê terá de Sua Majes-
tade que Deus guarde; como também havendo si-
— 96 —

do criada a tropa de que Vossa Mercê é Capitão


não só para as ocasiões de guerra mas especial-
mente para a expedição dos tabacos que do distri-
to da vila da Cachoeira, devem fazer-se expedir
para esta cidade com pronta execução cuidado e
zelo em que lambem sou informado a boa diligên-
cia com que Vossa Mercê se emprega nesta incum-
hência tanjto do serviço do dito senhor e nesta
consideração pode Vossa Mercê estar muito des-
cansado que não só será conservado com toda aque-
Ia jurisdição que lhe toca mas com todo aquele cré-
dilo que merece pelo bom serviço que faz a Sua
Majestade na dita companhia, porém tenho notí-
cia que Vossa Mercê agrega a ela os homens sol-
teiros desempedidos e capazes de servirem a Sua
Majestade na praça de soldados pagos e que não só
alista a estes tirando-os a estes terços que deles
tanto necessitam mas ainda devendo ser a compa-
nhia de Vossa Mercê da lotação de cinqüenta sol-
dados Vossa Mercê a excede no número contra as
disposições militares, e direção deste governo e as-
sim não posso nesta parte, deixar de advertir a
Vossa Mercê que a sua companhia deve ter única-
mente cinqüenta soldados e que estes sejam os ho-
mens mais abastados, e mais capazes de poderem ter
um cavalo, e serem os tais casados, ou filhos úni-
cos que são aqueles por que eu não puxo para esta
praça nem para o exercício de soldados pagos em
atenção a falta que poderão fazer a seus pais, os
mais que não são únicos e são solteiros, tem ordem
o Sargento-mor Teotônio Teixeira, para os tomar
a rói e para mos remeter, para o que Vossa Mercê
deve concorrer e não impugnar esta diligência, e fio
de Vossa Mercê quando for «do serviço de Sua Ma-
— 97 —

jestade seja muito do seu empenho e do seu zelo.


Deus guarde a Vossa BfercÇ muitos anos. Bahia e
maio 8 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Ca-
pitão Pedro de Araújo Vilas Boas.

Carla para o Ouvidor da Capitania


dos Ilhéus.

Inácio Freire e Antônio de Souza, que se


acham presos na cadeia dessa vila da Capitania dos
Ilhéus pela culpa que lhe resultou da querela que
deles deu D. Ursula das Virgens, no caso que pela
justiça sejam mandados soltos Vossas Mercê os re-
mela presos com toda a segurança à cadeia desla ci-
dade á minha ordem por estar informado que os di-
tos são soldados desta praça e andam desertores dela
o que Vossa Mercê executará prontamente e sem
a mínima demora, e não o fazendo assim
virá logo logo, dar a razão porque não exe-
cutou. Deus 'guarde a Vossa Mercê. Bahia e maio,
13 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o OuvLlor
<ia Capitania dos Ilhéus.

Carta que se escreveu ao Sargento-


mor Manuel Pinto de Eça.

Duas recebo de Vossa Mercê ambas escritas


em oito do corrente e dando resposta a uma c ou-
tra enquanto a dispsição de Vossa Mercê pelo que
respeita às Companhias da ordenança marcharem
para as paragens que Vossa Mercê lhe assinalou
para as haverem de defender na ocasião de inimi-
go sem embargo de eu não ser prático no país me
parece que a disposição de Vossa Mercê está
— 98 —

feita com muito acerto e que na ocasião da peleja


po raquela parte donde o inimigo quiser entrar se
deve puxar por mais alguma gente da que estiver
repartida pelos postos assinalados os quais nunca
de todo em todo se devem desamparar, porque os
estratagemas da guerra, mostram muitas vezes ser
o acometimento por uma parte e ao depois vem a
ser a execução por outra para o que serve a caute-
Ja e a prudência de quem governa. Tenho respon-
dido pelo que toca a esta matéria. E pelo que res-
peita a jurisdição envio o Sargento-mor da Orde-
nança e o Capitão de cavalos concorrendo ambos
de dois sem assistência dos coronéis deve estar o
Capitão de Cavalos à ordem do Sargento-maior
por ser maior a sua patente e só em campanha
achando-se um Sargento-mor da Cavalaria e um
Sargento-maior da infantaria da ordenança deve
governar o Sargento-maior da Cavalaria e assim
em todos os postos iguais; o que não será na
pra-
ça porque nelas governam lis infantarias e a cava-
laria em postos iguais, como digo e quando há di-
fcrença dos postos governa o de mais patente, tan-
Io na praça como fora dela assim o tenha Vossa
Mercê entendido para o executar na parte
que lhe
toca e esta mesma declaração mandarei fazer ao
Capitão Pedro Machado para evitar questões
que
não têm fundamento algum nem podem vir à ima-
ginaeão senão naquelas pessoas a quem falta o uso
da disciplina militar. Guarde Deus a Vossa Mer-
cê. B>ahia e maio, 15 de 1719. O Conde do Vimiei-
ro. Para o Sargento-mor Manuel Pinto de Eça.

Carta que se escreveu ao Capitão de


Cavalos Pedro Machado.
— 99 —

Por me constar que Vossa Mercê se acha dtr-


vidoso sobre a sua jurisdição com a do Sargento- ;.-,
mor Manuel Pinto fique Vossa Mercê entendendo
que o há de governar não só êle mas todo o oficial *.,?.
cie mais patente que a de Vossa Mercê tanto na
campanha como nas praças isto mesmo que se pra-
tica com a infantaria é o mesmo que também está
em prática com a cavalaria, porque se Vossa Mer-
cê se achar em ação com o dito Sargento-maior no
mesmo tempo que chegar o Coronel de Vossa Mer-
cê cessou a jurisdição do dito Sargento-mor por ser
maior a patente do dito Coronel e ser ele quem de-
ve governar. Guarde Deus a Vossa Mercê Bahia e
maio, 16 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Ca-
pitão de Cavalos Pedro Machado.

Para o Capitão Teodósio Manuel de


Lima Cabo da Fragata pequena de Sua
Majestade.

Vai a mestrança para examinar a causa que os


carpinteiros tiveram'para opor a Vossa Mercê em
susto e de toda essa gente a que se Vossa Mercê
não deixara desembarcar nenhuma só pessoa e pa-
ra haver de receber a água que Vossa Mercê lhe
diz é preciso virá Vossa Mercê dar fundo junto ao
forte do mar na parte que lhe parecer mais conve-
mente e no que toca a largar Vossa Mercê o seu
cabo não posso louvar esta resolução tornando-a
Vossa Mercê sem ordem sua. Guarde Deus a Vos-
sa Mercê. Bahia e maio 16 de de 1719. Vossa
Mercê não deixará chegar a seu bordo embarcação
alguma que não leve ordem minha ou vá em servi-
ço da nau. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão
Teodósio Manuel de Lima.
— 100 — i

Para o Capitão Dom Hierônimo da


Silveira, e Albuquerque, quando foi nomea-
do por cabo da fragata de gu^rda-costa. oc

Pela ordem inclusa ficará Vossa Mercê enten-


dendo o tenho nomeado para o governo dessa fra-
gata o que faço com muito gosto assim pelo conhe-
cimento que tenho da sua pessoa e dos seus proce-
dimentos como porque em toda a ocasião saberá
mostrar ser filho do grande pai que teve; Vossa
Mercê assim que receber esta tendo aguarda neces-
sária e algum mantimento mais de que pode neces-
sitar e lhe tenho mandado meter a bordo como
também alguma pólvora em troco da que se mo=
lhou se fará prontamente à vela fazendo ioda a
diligência por sair ainda hoje que se contam 18 do
corrente pela barra fora a por-se naquela altura
que consta do regimento que a Vossa Mercê
deixou o Capitão Teodósio Manuel de Lima a quem
eu o havia dado; e na dita altura se conservará fa-
zendo um e outro bordo até se incorporar com Vos-
sa Mercê o seu Cabo Domingos dos Santos Cardo-'
so a quem. Vossa Mercê seguirá e obedecerá em tu-
do como *ao cabo das fragatas e parecendo-lhe a
Vossa Mercê que algum soldado artilheiro ou ma-
rinheiro se acha totalmente incapaz de continuar
na armada por doença ou achaque de perigo o
poderá Vossa Mercê mandar para terra porque en-
tre tanta gente não farão falta três ou quatro ho-
mens e Vossa Mercê tenha em tudo muito bom su-
cesso e a saúde que lhe desejo, para que recolhi-
das as naus que esperamos, venha também ali=
viar a nossa saudade. O Conde do Vimieiro. Para o
Capitão D. Hierônimo da Silveira e Albuquerque.
— 101 —

Para o Capitão de mar e guerra Do-


mingos dos Santos Cardoso. j

Vossa Mercê observará o seu regimento na


forma que lhe tenho disposto conservando-sc na ai-
tura que consta do mesmo Regimento, enquanto o
lempo não o encontrar porque em tal caso seguirá
Vossa Mercê o rumo que lhe parecer mais conveni*
ente à conservação das fragatas e porque o Capitão
Teodosio Manuel de Lima fica. em terra impedido
vai governando a fragata Nossa Senhora do Rosa-
rio e São Gonçalo o Capitão Dom Hierônimo da
Silveira que com Vossa Mercê andará sempre in-
corporado e Vossa Mercê não se recolherá sem que
chegue a nau da índia, naus de Macau e frota de
Portugal, e com elas poderá Vossa Mercê entrar
para dentro por ser assim melhor ao serviço de
Sua Majestade. Guarde Deus a Vossa Mercê mui-
tos anos. Bahia e maio, 18 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Capitão de Mar e Guerra Do-
mingos dos Santos Cardoso.

Carta que se escreveu ao Capitão da


Fortaleza do Morro de São Paulo Carlos
de Sepulveda.

Vossa Mercê bem mostra que é soldado e não


se descuida da sua obrigação dando-me pronta-
mente aqueles avisos de que deve ser sabedor na
parte que a Vossa Mercê toca.
Sinto muilo a desgraça da perdição da Curu-
beta que como fica ainda em ser segundo o aviso
de Vossa Mercê; tomará Vossa Mercê por conta do
seu cuidado da sua atividade e do seu zelo fazer
— 102 —

que vão embarcações a bordo e ver se na enchente


da maré a podem por à nado e salvá-la para o que
fará Vossa Mercê que trabalhem esses homens vi-
zinhos, que tiverem barco, e inteligências do mar
e eu mando ordem ao Provedor-mor que havendo
na ribeira alguma embarcação capaz a remeta pa-
ra também ajudar. Esla não serve demais. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e maio, 18 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Para o Capitão da P^ortale-
sa do Morro.

Carta para o Capitão Dom Hierôni-


mo da Silveira sobre desembarcar da nau
guarda costa e mais gente que se acha na
i
mesma nau.

Vossa Mercê assim que receber esta pode de-


sembarcar e a mais gente da sua nau, deixando
uma esquadra ao paiol da pólvora, como é estilo,
e mandando fazer entrega dos mantimentos à
ordem do Provedor porque agora me chega carta
do Capitão de mar e guerra Domingos dos Santos
que se acha na altura que eu lhe determinei guar-
dando a costa e segurando a entrada aos navios
que vierem buscar esta barra e nesta consideração
me parece desnecessário que saia a fragata Nossa
Senhora do Rosário e São Gonçalo por não termos
notícias por ora que os piratas andem na nossa
vizinhança. Bahia e maio, 19 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Capitão Dom Hieronimo da
Silveira.
— 103 —

Carla que se escreveu ao Coronel Ma-


nuel de Araújo dc Aragão e ao Capitão
João Rodrigues Adorno do mesmo teor
sobre os indios que hão de estar armados
para a entrada que Sua Excelência man-
da fazer aos bárbaros do distrito do Cai-
rú.

Para a entrada que mando fazer ao gentio


bárbaro que se acha como aldeado nos matos do
termo da vila do Cairú da qual há de ir por cabo
o Capitão Antônio Veloso da Silva, morador no Bo-
queirão distrito de Maragogipe pela eleição que
dele fizeram os oficiais da câmara da dita vila são
necessários todos os índios de guerra, que a Vossa
Mercê for possível dar da aldeia que administra
nessa parte os quais há de mandar entregar arma-
dos, em os fins de agosto deste ano à ordem do di-
to Capitão Antônio Veloso para daquele lugar fa-
zer marcha com eles, e com os que também há de
dar para o mesmo efeito o Capitão João Rodrigues
Adorno e mais gente que ha de ir da vila de Jagua-
ripe para a do Cairú, donde os ditos oficiais da Ca-
mara hão de assistir a todos com os mantimentos
necessários como me tem escrito.
Esta empresa é tanto do serviço de Sua Ma-
jestade que Deus guarde como da quietaçáo c uli-
lidade sabida de seus vassalos; e como Vossa Mer-
cê em um e outro particular costuma empregar-se
com muito zelo e cuidado, espero obrará em tudo
com tanta atividade que Sua Majestade fique bem
servindo aqueles moradores com o sossego que tan-
to desejam e lhes procuro, e eu tenha- muito que
•m virtude desta ordem executa: e do número de
104

agradecer a Vossa Mercê e assim fico esperando


m<i dê Vossa Mercê logo conta de que
índios de armas que manda para esta ação lenr
brando a Vossa Mercê que é muito necessário vão
bem admoestados, para que não faltem ao dito ca-
bo porque sou informado são os ditos índios inccns-
tantes, e por isso, facilissimos em fugir para as
suas aldeias o que sucedendo fazer alguns os man-
dará Vossa Mercê logo presos a esta cidade à mi-
nha ordem para eu mandar ter com eles aquela de-
monstração de castigo que me parecer convenien-
te a exemplo tão prejudicial. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e maio, 19 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Senhor Coronel Manuel de Araújo Ara-
gão... E na outra se pos: Senhor João Rodrigues
Adorno.
/
Carta para o Capitão-mor da Capita-
nia dos Ilhéus Bernardo de Faria Correia.

Tenho recebido todas as de Vossa Mercê e es-


tá retardada ia resposta por falta de ocasião louvo
o por Vossa Mercê em boa arrecadação a fazenda
e bens da câmara dessa vila e que procure restitui-la
do que lhe anda sonegado: mas estas matérias sem-
pre devem tratar-se com suavidade dos povos e
sem opressão nem violências. O superior dos pa-
dres da companhia"queixa-se de Vossa Mercê o ha-
ver descomposto de palavras este procedimento é
alheio de toda a boa razão e Vossa Mercê deve em
todo o particular obrar com ela, para ser melhor
aceito, e me não chegarem clamores do povo. Vos-
sa Mercê virá em recebendo esta, para esta cidade,
ficando governando a capitania o Capitão mais an-
tigo visto não haver sargento-mor e pelo que toca
— 105 —

ao político, o Ouvidor e a Câmara governarão na


parte que lhe toca para o que vão as ordens neces-
sárias. Deus guarde a Vossa Mercê muitos anos.
Bahia e maio, 23 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o Capitão-mor da Capitania dos Ilhéus Ber-
nardo de Faria Correia.

Carta para os oficiais da Câmara da


vila dos Ilhéus.

Por mais que Vossas Mercês se empenhem em


justificar a pessoa do Capitão-mor e juiz ordiná-
rio dessa vila Bernardo de Faria Correia são Iam
tas as queixas que me chegam suas e consta-me
ser tão geral o clamor de todo esse povo, que se
me faz preciso pordhe aquele remédio que deve
aplicar-se-lhe por este Governo Geral e assim vai or-
dem de minha parte para que ele venha a esta ci-
dade e correrá por conta do ouvidor fazêlo por cm
marcha com ioda a brevidade para o que lhe vai
ordem, como também ao Capitão mais antigo, para
haver de governar as armas e a Vossas Mercês pa-
ra o governo do político enquanto êle se não re-
colhe novamente a essa Capitania ou tomo dife-
rente resolução que possa ser mais do serviço de
Sua Majestade e sossego desses moradores a que
l
devo unicamente atender. Guarde Deus a Vossas
Mercês muitos anos. Bahia e maio, 25 de 1719. O
Conde do Vimieiro. Para os oficiais da Câmara da
vila dos Ilhéus.
— 106 —

Oarta que se repetiu aos Coronéis


Francisco Barreto de Aragão Miguel
Calmon de Almeida e ao Sargento-maior
Gabriel da Rocha Moutinho, que o é do
regimento do Coronel Pedro Barbosa
Leal, sobre a condução dos açúcares, e
tabacos. E aos Coronéis José Pires de
Carvalho, e Egas Muniz Barreto, sobre a
dos açúcares somente.

Por carta de 18 ele março ordenei a Vossa


Mercê que tanto que a recebesse mandasse logo
aplicar todos os senhores de engenho lavradores de
canas, e tabacos que houvesse nos distritos do seu
regimento, para que cada um conduzisse sem de-
mora os açúcares e tabacos que estivessem feitos
e e>s que mais se fizessem, para os trapiches, e ar-
mazens dos rios donde se costuma recolher, dos
quais Vossa Mercê os faria expedir, e transportar
para os desta cidade prontamente. . E porque ne-
les se acham mui poucos açúcares tabacos e a
frota se espera por instantes nesta Bahia nova-
mente recomendo a Vossa Mercê a execução da di-
ta ordem pondo nela tal atividade e cuidado
que
se não perca instante de tempo e vença a grande
demora que até hoje se mostra teve a condução e
transporte destes gêneros para esta cidade
pois ne=
Ja esprimi a Vossa Mercê todos os inconvenientes e
ou antecipação e assim aos senhores de engenho e
untilidades que se seguiam de semelhante demora,
lavradores, como a frota, que não é
justo se de-
tenha neste porto um instante em esperar
por estes
?•feitos para a sua carga. Assim o encarrego
a
Vossa Mercê, por ser do serviço de Sua Majestade
e conveniência geral de seus vassalos. Deus
guarde
a Vossa Mercê. Bahia e maio 27, de 17.19.
o Conde
107

do Vimieiro. Senhor Coronel Francisco Barreto


de Aragão.

Carta que se repetiu ao Juiz Ordiná-


rio da vila da Cachoeira, sobre a condu-
ção e transporte dos tabacos remelendo-se
lhe as cartas que acusa sobre o mesmo pa-
ra o Capitão de Cavalos Pedro de Arau-
jo Vilas Boas e os Sargento-mores Teoto-
nio Teixeira de Magalhães, e Tome Pe-
reira.

Em carta de 8 de março remeti a Vossa Mercê


duas para o Capitão de Cavalos Pedro de Araújo
Vilas Boas e o Sargento-maior Teotonio Teixeira
de Magalhães em que lhe encarreguei a condução
dos tabacos das casas dos lavradores deles para os
portos dessa vila e a do Iguape e a Vossa Mercê or-
denei que sem parar os fizesse embarcar para o ar-
mazém desta cidade esprimindo-lhe as razões por-
vi
que assim ordenava. E porque eu pessoalmente
nele o pouco tabaco com que se acha no que me mos-
tra tem havido grande omissão nesta diligência nova-
mente repite a Vossa Mercê por esta a execução da
dita ordem e ao Capitão e Sargento-maior a quem
Vossa Mercê remeterá logo logo as duas cartas inclu
sas e terá tal aplicação pela parte que he teca no
transporte dos ditos tabacos para o armazém des-
ta cidade que se não perca instante de tempo, e
vença o que até agora houve de demora na t^xpedi-
ção deles, a respeito de evitar toda a que podem
causar, não estando nesta cidade a carga da frota
Assim o encarrego a Vossa Mercê por ser tanto do
serviço de Sua Majestade que Deus guarde como
— 108 —

da conveniência geral de seus vassalos. Deus guar-


de a Vossa Mercê. Bahia e maio, 27 de 1719.
Também Vossa Mercê remeterá a carta inclusa ao
Sargento-maior Tome Pereira. O Conde do Vimiei-
ro. Para o Juiz Ordinário da vila da Cachoeira.
Bruno Barbosa de Araujo,

Carla que se repetiu ao Capitão de


Cavalos da Cachoeira Pedro de Araujo
Vilas Boas e ao Sargento-maior Teotonio
Teixeira de Magalhães sobre a condução
dos tabacos em observância da ordem de 8
de março que se lhe remeteu e ao Sargento
maior Tome Pereira sobre o mesmo em
observância da de 15 de março.

Por ordem de 8 de março que remeti a Vossa


Mercê por via do Juiz Ordinário da vila da Cacho»
eira lhe encarreguei a brevidade em que havia de
fazer descer os tabacos das casas dos lavradores,
que os fabricam para os armazéns da dita vila ex-
primindo-lhe as razões porque assim era conveni-
ente. E porque eu em pessoa vi no armazém desta
cidade os tabacos que nele se acham em que se mos-
tra a grande omissão com que se tem
procedido
nesta diligência novamente a encarrego
por esta
a Vossa Mercê para que ponha nela tal cuidado e
aplicação que se vença toda a demora
que tem ha-
vido e evite a que pode fazer a retardação destes
gêneros à carga da frota que neste porto se espe-
ra por instantes. Assim recomendo a Vossa Mercê
por ser tanto do serviço de Sua Majestade, que
Deus guarde como da conveniência
geral de seu»
vassalos. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e
109

maio 27 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o


Capitão de Cavalos da Cachoeira Pedro de Araújo
Vilas Boas.
Carta que escreveu o Excelentís-
simo senhor, Conde do Vimieiro governa-
dor e capitão general deste estado o
Juiz da vila de Jaguaripe Francisco de
Castro, sobre o requerimento de Antônio
de Souza Ferreira contra Bento de Couto.

Senhor. Por parte de Antônio de Souza Fer-


reira Alcasiua morador no Jequeriçá termo des-
ia vila me foi apresentado uma sua petição, com
despacho de Vossa Excelência para se lhe tirar
uma devassa contra Bento do Couto de Miranda,
sobre uma assuada que diz lhe fizera .de noite,
E sem embargo de obedecer ao que Vossa Exeelèn-
cia me ordena informe a Vossa Excelência pelo
que consta do cartório de um dos tabeliães desta
vila que querelando o ano passado o dito Antônio
de Souza do dito Bento do Couto sobre este caso e
dando suas testemunhas não resultou culpa contra
este de que se queixou o dito Antônio de Souza do
Juiz do ano passado ao Excelentíssimo Senhor Mar-
quês de Angeja Vice-Rei que foi deste Estado na
mesma forma que o fez a Vossa Excelência e re-
metendo o dito Senhor a sua queixa ao Desembar-
gador e Doutor Ouvidor Geral do Crime este man-
dou se lhe remetesse o traslado da querela como as-
sim se fez do que não resultou cousa alguma contra
o querelado e depois vindo em correição o Doutor
Provedor da Comarca revendo todas as querelas
entre as mais foi esta de que se trata não obrigou
— 110 —

a livramento o dito querelado, por achar ler despa-


chado o juiz justamente pelo merecimento do su-
mário das testemunhas. Isto é o que na verdade
posso informar a Vossa Excelência sem embargo
do que mandará Vossa Excelência o que for justi»
ça e o que for serviço. A' pessoa de Vossa Exce-
lência guarde Deus muitos anos, como nós os seus
criados lhe desejamos e havemos mister. Jaguari-
pe e maio, 27 de 1719. Francisco de Crasto
de Menezes.

Resposta que deu Sua Excelência a


carta acima.

Visto o que Vossa Mercê me relata haver pro-


cedido, sobre a assuada que Bento de Couto deu a
seu sogro e nã0 haver resultado da querela e das tes-
temunhas deles culpa alguma ao réu como nem
também na diligência que o Senhor Marquês meu
antecessor cometeu ao Desembargador Ouvidor
Geral do Crime Vossa Mercê suspenda o tirar de-
vassa no caso que eu lhe mandasse tirar e o autor
usará dos meios da justiça por aquele caminho que
for mais conveniente. Guarde Deus a Vossa Mer-
cê. Bahia e maio, 30 de 1719. O Conde do Vimiei-
ro.

Carta que se escreveu ao Capitão-mor


%^ da Capitania do Espírito Santo, João de
Ad^ Velasco e Molina.

Acho-me com 9 cartas de Vossa Mercê a que


vou respondendo por partes, na primeira que vejo e
leio me diz Vossa Mercê que havia dado posse ao
-111 _

Ouvidor que estava privado desta ocupação e resti-


luido a ela por acórdão da relação e quanto a es-
te ponto tem Vossa Mercê feito o que devia e o que
eu da sua pessoa podia esperar; diz Vossa Mercê
juntamente que Francisco Rodrigues Procurador^
da Câmara que era Escrivão da Ouvidoria fizera
deixação do dilo ofício que Vossa Mercê lhe não
quisera aceitar, e que requerendo-lhe u Ouvidor
com instância lhe desse Escrivão, para as suas di-
ligências, Vossa Mercê lhe nomeará três tabelães
cio judicial, que ele regeitou com o pretesto de te-
rem muito que fazer e serem achacjsos, em cujos
termos lhe nomeara Vossa Mercê um moço bom es-
crivão e inteligente, com o qual fica servindo por
nomeação dos dois meses em que Vossa Mercê o
podia prover; e sobre este particular se me. ofere-
cê dizer a Vossa Mercê que servindo ele com boa
satisfação e a contento do dito Ouvidor pode man-
dar buscar a sua provisão para eu lha mandar pas-
sar nesta secretaria.
Na mesma carta me dá Vossa Mercê conta da
atrocidade de uma morte que fez um mulato que
seus parentes violentamente tiraram da prisão es-
tamdo com grilhões e algemas e como Vossa Mercê
mandou tirar devassa de um e'outro caso, colhen-
do-se estes delinqüentes que nem sempre estarão no
velhacoáto que Vossa Mercê diz, os remeterá Vos-
sa Mercê a esta cadeia e as suas culpas ao Desem-
bargador Ouvidor Geral do Crime para serem sen-
tenciados por ela conforme a lei; e os dois oficiais
que se ofereceram para guarda do preso no caso
que lhe resulte alguma culpa da devassa os reme-
terá Vossa Mercê também a esla cadeia. O serven-
tuário que está servindo com Provisão de Manuel
— 112 —

Garcia o suspenderá Vossa Mercê enquanto lhe não


mostrar Provisão deste Governo que não terei dú-
vida a mandar-lha passar avisando-me Vossa Mer-
cê do seu prestimo e procedimento.
Vejo o que Vossa Mercê me diz sobre a repug-
nância dos soldados que não querem obedecer a Jft-
sé Fernandes Sol nem o querem conhecer por seu
Capitão nem ainda o admitiram por seu Alferes
esta desobediência pede rigoroso castigo mas co-
mo não é possível dar-se este a cento e tantos ho-
mcns os que a Vossa Mercê lhe parecerem mais cui-
pados e entender que foram os cabeças desia ai-
teração e>s remeterá Vossa Mercê" presos a esta ci-
dade por que não continue a desobediência tão pre-
judicial, e escandolosa dirá Vossa Mercê ao mes-
mo José Fernandes Sol que mande por seu procura-
dor buscar a patente ele Capitão elo Forte que Vos-
sa Mercê aponta se acha vago; e procurará Vos-
sa Mercê um dos homens principais para Capitão
da Companhia com condição de que não há de ser ne
nhum dos cabeças deste levantamento senão aquele
cpie Vossa Mercê entender, está menos culpado ou
mais inocente; e como o Ourives estiver desocupa-
do lhe fará Vossa Mercê fazer o mapa e me avisa-
râ da renda que Sua Majestade tem neí=sa Capita-
nia adonde tenho grandíssimo deseja de ir e o fi-
zera de mui boa vontade se El-Rei mo permitisse.
Antônio de Lemos a quem o Senhor Marquês
de Angeja passou o provimento de Alferes, conti=
nuará neste posto, e seu filho no ofício de Escri-
vão da Fazenda sendo capaz, de que Vossa Mercê
me dará informação; e ele mandará por seu Pro-
curador requerer Provisão deste" Governo. Vejo
que Vossa Mercê mandou registar a provisão de
— 113 —

compra dessa Capitania e fico entregue dela pela


remessa que Vossa Mercê me faz.
No que toca às fortalezas de que Vossa Mercê
me dá conta, e do que tem obrado nelas como tam-
bém nos reparos da artilharia que tem montado
valendo-se não só da fazenda real, mas ainda da
sua própria incitando os povos para condução das
madeiras e se me oferece dizer a Vossa Mercê que
neste particular tem obrado como bom vassalo no
grande serviço que tem feito a Sua Majestade e com
o mesmo fervor espero que Vossa Mercê o continue
com aquele rendimento que aí houver da Fazenda
Real com a sua indústria ,e boa direção até eu dar
conta a Sua Majestade para que seja servido man-
dar acudir a essa despesa e as fortalezas da barra
são as primeiras em que Vossa Mercê há de por o
maior cuidado, e nos reparos da artilharia na falta
de alcatrão os mandará Vossa Mercê untár todos
com aseite de peixe para que assim se conservem
enquanto se lhes não dá outro remédio e tendo Vos-
sa Mercê falta de pólvora e bala, com aviso de Vos-
sa Mercê se lhe remeterá, pelo que toca aos dois ca-
sos de que Vossa Mercê me faz menção o primeiro,
pertence ao Padre Bartolomeu Miranda conquista-
dor dos seus mesmos negros como nesta conquista
houve tiros ,e houve feridos justamente se devia
tirar a devassa e se deve continuar e remetcr-se es-
ta, com todo o processado ao Desembargador Ou-
vidor Geral do Crime desta Relação como junta-
mente os culpados na mesma devassa para have-
rem de ser punidos por ela.
O caso de que Vossa Mercê me dá conta, sobre
a sublevação de José de Souza e de Antônio de Si-
— 114 —

queira morte do Capitão do Mato e mais progresso


da contenda reconheço ser caso grave e que pede
remédio e em tanta distância que vai desta capita-
nias às terras referidas não acho outro nenhum
meio, senão que as ordenanças mais vizinhas ao
mesmo distrito dêm alguma gente para a conquis-
ta, e prisão dos tais negros concorrendo a este fim
todos os oficiais das entradas e mato que houver
nas vizinhanças do mesmo distrito, 0 escolhendo-se
nas ditas ordenanças os homens mais destimidos e
capazes da empresa, em que devem achar-se os
dois interessados e senhores dos mesmos negros
com todos escravos e gente que tiverem sua e pu-
derem adquirir, sendo cabo deste corpo de gente
ou o mesmo Senhor dos negros sublevados que é
secular, ou aquelav,pessoa que Vossa Mercê lhe pa-
recer mais própria para uma função em que se re-
que rtoda a boa disposição e se sobre esta parti-
cular tiver já havido alguma composição ou se te-
nham presos os ditos negros sublevados, Vossa
Mercê me dará conta para que eu nesta parte fi-
que descansado. Guarde Deus a Vossa Mercê mui-
tos anos. Bahia e abril, 20 de 1719. O Conde do Vi-
mieiro. Para o Capitão-mor João de Velasco e Mo-
li na.

Carta para o Capitão-mor João de


Velasco e Molina sobre balsamo e óleo.
'/ '•¦

Pelo Padre João Barbosa Maciel recebi um fei-


xe com seis igarrafas de balsamos e óleo de Cupaiba,
e pelo Mestre Francisco Miranda recebi também
quatro fascos dois de óleo de Cupaiba, e dois de
balsamo em um caixote ;e como Vossa Mercê em
— 115 —

nenhuma destas duas cartas me declara as medi-L


das que vem de um e outro óleo, me vejo embaraça-
do com o custo dele; porque pelo que Vossa Mercê •
me diz fico entendendo que cada medida de balsa- •
mo custa seis patacas e de óleo de Cupaiba pataca
e meia porém isto não é o que basta para que eu
saiba as medidas que trazem de um e outro óleo
tanto as garrafas como os frascos e será razão que
Vossa Mercê me não guarde este segredo, e me di-
ga em suma a importância toda para que eu a
mande em qualquer embarcação que se ofereça, fi-
cando Vossa Mercê na certeza de que sempre lhe
hei de ser devedor, porque o cuidado de Vossa Mer-
cê e trabalho que tem tido com esta encomenda,.
não há satisfação que o iguale e porque assim o re-
conheço dou a Vossa TVlercê um e muitos agradeci-
mentos e como estes gêneros são tão procurados
em Portugal já fiz remessa de parte deles em uma
galera que daqui mandei de aviso com a notícia de
me achar neste porto com três naus da índia duas
deste ano e outra que o ano passado ficou arriba-
da em Moçambique Vossa Mercê me tem para o-
que eu prestar com muito boa vontade e com muito
conhecimento da atenção que tem as minhas en-
comendas. Deus guarde a Vossa Mercê muitos
anos. Bahia e maio, 31 de 1719. 0 Conde do Vi-
mieiro. Senhor Capitão-mor João de Velasco e
Moliha.

Carta . para o Capitão-mor Manuel


Coelho Mendes sobre usar da mesma or-'
dem que se passou ao seu sargento-maior,.
para á condução dos tabacos.
— 116 —

Estimo muito que Vossa Mercê se ache com a


confirmação da sua patente e saber juntamente
que tenho nessa freguesia um Capitão-mor tão ze-
loso do serviço de Sua Majestade e com tanta von-
tade de se empregar nela e nesta consideração usa-
rá Vossa Mercê daquela mesma ordem que se man-
dou ao seu Sargento-maiô"r por se ter dele mais wn-
tigo conhecimento e não repare Vossa Mercê em
que ele fosse ocupado ,e a Vossa Mercê se lhe não
desse até agora este trabalho porque ordinária-
mente este governo se distribue pelos oficiais de
que é mais conhecido o seu préstimo e como no de
Vossa Mercê fico eu agora certificado, poderá Ves-
sa Mercê com todo o calor fazer conduzir os taba-
cos para o Porto e os que se acham nele fazê-los em-
barcar para o trapiche desta cidade adonde cos-
tumam recolher-se até a chegada da frota
que os
transporta a Portugal e fio da boa vontade com
que
Vossa Mercê serve a Sua Majestade
que Deus
guarde, dê todo o expediente a esta remessa para
que eu tenha que lhe louvar. Guarde Deus a Vos-
sa Mercê muitos anos. Bahia e maio, 31 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Para o Capitão-mor Manuel
Coelho Mendes.

Carta para o Sargento-mor-da vila


do Camamu sobre não impedir tirar cas-
ca de mangue.

Vossa Mercê não impeça de nenhuma manei-


ra tirar-se casca de mangue ncs rios dessa vila
às
pessoas que forem tirá-las a eles, senão unicamen-
te ou próximos a eles, porque as
queixas que me
chegam são repetidas e eu não gosto de
que no meu
— 117 —

governo haja queixosos nem que se lhe façam vio-


lencia,? tenha-o Vossa Mercê assim entendido pa-
ra o executar na forma que lhe ordeno. Deus
guarde a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e junho,
2 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargento-
mor da Vila do Camamu.

Carta para os oficiais da Câmara da


Vila do Camamu; sôbre a casca de Man-
gue.

Assim como olho para todas as conveniências


desse povo não é razão que eu me esqueça das pes-
soas que me fazem o justo requerimento eu,-. lhes
deixar tirar casca de mangue para os cortumes
que são precisos para a fábrica do,3 couros e sola
de que necessita esta cidade e toda esta capitania
e como aqui me chegam várias queixas da violên-
cia com que Vossas Mercês o impedem com tão no-
íório e escandaloso prejuízo sendo Sua Majestade
fiue Deus guarde também prejudicado na parte que
lhe toca dos seus direitos advirto a Vossas Mercês
que se hajam com moderação com as pessoas que
forem tirar o dito mangue porque para Vossas
Mercês ficarem utilisados, e eu lhes fazer favor, bas-
ta çue lhe vede aqueles lugares que fiquem, em po-
voado, ou próximos a eles, e assim não impeçam
Vossas Mercês as pessoas que forem fazer esta di-
ligêiicia aos rios em partes remotas porque de não
ser assim me será preciso dar-lhes faculdade para
que a tirem em toda a parte e Vossas Mercês não
logrem o indulto que estão possuindo. Guarde
Deus a Vossas Mercês. Bahia e junho, 2 de 1719.
— 118 —

SP' ¦'¦''' O Conde do Vimieiro. Para os oficiais da Câmata


da vila do Camamu.
"Carta
para o Coronel Garcia de A vi-
Ta Pereira.

Não me resolvo a alterar a repartição que fize»


r.m os senhores generais meus antecessores dos
distritos que pertence71 a Vossa Mercê e aos mais
coronéis seus vizinhos por não confundir a mesma
partilha e por evitar queixas de que ficassem pre-
ji.dicados na nova forma, e assim se conservará
Vossa Mercê com a gente que tem e se as nove
companhias são tão pou?o numerosas que não po-
dem produzir doze de cinqüenta homens cada uma
fique o regimento como até agori se achava mas
Vossa Mercê não deixe de examinar a genta que
tem porque muitas vezes sucede haver oficiais que
2 5 c metem toda em lista e será mais do serviço de
Sua Majestade que Vossa Mercê tenha um regi-
mento de doze companhias que lhe são dadas, e
rão de nove, com que se não acha inteirado o cor-
po do mesmo regimento. No que toca à estrada
não tenho dúvida, a que Vossa Mercê dará todo
aquele calor que fa-^a segura a sua promessa.
Guarde Deus a Vossa Mercê muitos anos como de-
s.-\]o. Bahia e maio, 31 de 17J.9. O Conde do Vimi-
eiro. Senhor Coronel Garcia de AviJa Pereira.

Carta para João de Araújo de E<;a


sobre o ofícb de Provedor da fazenda dos
Ilhéus.

Recebo a de Vossa Mercê de 9 do corrente e fi-

y
— 119 —

ce entendendo o que Vossa Mercê nela me diz mas


é sem dúvida que o Senhor Marquês de Angeja
meu antecessor não havia de tirar o ofício de pro-
vedor da fazenda dessa Capitania a seu filho de
Vossa Mercê e provê-lo no sujeito que atualmente
o está exercendo sem mui justificadas causas e bem
informado de um e outro procedimento eu não hei
de tirar o ofício a quem o serve sem que o serven-
tuário dê a causa para isso cometendo algum cri-
me porque o contrário seria fazer injustiça que é
ousa que muito abomino e sempre hei de prover
tento neste ofício de provedor como em todos os
mais àqueles sujeitos que forem mais beneméritos
esiimarei achar mais razão ao filho de Vossa Mer-
cc para o prover o que só será como digo tendo o
serventuário algum crime, e acabado o ano de pro-
vimento com que novamente se acha o serventuá-
rio me fará Vossa Mercê lembrança do seu filho
que por esta circunstância, sempre estará muito na
minha memória. Guarde Deus a Vossa Mercê.
Bahia e maio, 31 de 1719. 0 Conde do Vimieiro.
Para João de Arãujo de Eça.

Carta para o Capitão-mor Antônio


Veloso da Silva sobre a eleição que a câ-
mara da vila do C-\:rú fez a sua pessoa pa-
ra cabo da entrada aos bárbaros.

Estimei muito muito que a câmara do Cairú


legesse a Vossa Mercê cabo da entrada que se há
de fazer ao gentio bárbaro pela boa notícia que
tenho da pessoa de Vossa Mercê de quem confio
uma ação tão importante ao sossego e bem daque-
les moradores, porém sinto que Vossa Mercê se
— 120 —

ache indisposto lhe não pareça próprio este


tempo para haver de fazer a dita entrada porque
desejava se executasse prontamente mas como
Vossa Mercê é de parecer que os caminhos dos ma-
tos não estarão capazes até setembro fique muito
embora para então a dita função porém como pre-
sen temente me chega noticia que o dito gentio
bárbaro faz algumas excursões para a parte da ca-
choeira me parecia conveniente ao serviço de Sua
Majestade e boa 'disciplina militar fazer-se-lhe aco-
mentimento por luma e outra parte tanto pelo Cairu
como pela Cachoeira; mas como eu não sou práti-
co no país consulte Vossa Mercê este intento com
o Coronel Miguel Calmon enquanto êle se não vê
comigo e do que Vossa Mercê ajustar me dará
conta em muitas ocasiões em que lhe lenha présti*
mo. Guarde Deus a Vossa Mercê. Bahia e maio 31
de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão-
mor Antônio Veloso da Silva.
Para a Capitania do Espírito Santo.
Nesta última embarcação que pròximamente
chegou a este porto recebo quantidade de cartas de
Vossa Mercê que vou respondendo para que Vos-
sa Mercê fique sem dúvida em tudo o que me pro-
põe; diz Vossa Mercê em uma delas que o Provedor
da Fazenda dessa Capitania se acha sem regimento
c sem saber como se deve haver com as embar-
cações que aí chegam necessitadas de água, de
mantimentos e algum conserto, a que respondo que
sendo as embarcações de particulares se deve fazer
toda «a despesa por conta dos mesmos particulares
e sendo a embarcação de El-Rei por conta da Fa-
zenda Real e não havendo rendimento que baste
— 121 —
nesta mesma se deve tomar a particulares dessa
Capitania passando-se letra para o Tesoureiro ge-
ral deste estado porque não é razão que as embar-
cações de El-Rei pereçam por falta de providên-
cia e já sobre este mesmo particular tenho dado
conta ao dito senhor e no caso que as ditas embar-
cações sejam de homens de negócio de Angola ou
de outra qualquer parte far-se-á como digo a des-
não
pesa por conta dos interessados e se o Capitão
trouxer dinheiro com que as satisfaça deve tomar-
se dinheiro sobre a carga da mesma embarcação
não consentindo que se venda nenhuma sem re-
solução do conselho da fazenda deste Estado e
sem que se paguem a El-Rei aqueles direitos que
lhe pertencem pelo que respeita aos oficiais dos
defuntos e ausentes devem governar-se pelas dis-
não o
posições do seu mesmo Regimento e quando
tenham e o devem procurar e o devem ter ou náo
comerem os emolumentos dos seus ofícios pois fal-
tam às obrigações deles e sobre esta matéria sendo
alguma dúvida a devem consultar com o provedor
dos defuntos e ausentes desta Bahia.
Ko que toca aos poucos soldos com que se
e
acham os soldados dessa praça falta de fardas
haverem de
pouco rendimento do subsídio, para
Vossa
ter dois mil e oitocentos e oitenta como
Mercê diz lhes e dado eu lhe não sei dar remédio
solda-
algum porque também o hão tenho para os
réis
dos deste presídio que apenas vencem trinta
nas guardas
por dia trabalhando incessantemente, e
nas armadas e nas guarnições das fortificações
Majes-
sobre este particular tenho recorrido a Sua
cen-
tade o alvitre que Vossa Mercê dá dos dez por
no
to de que devem sair este soldos e se cobram
a
Rio de Janeiro esta resolução só Sua Majestade
— 122 —

repre-
pode tomar e fazendo-me Vossa Mercê uma
sentação por escrito com todos os fundamentos que
se lhe oferecerem de maior força darei conta ao
mesmo Senhor que é o que unicamente esát na mi-
nha mão como também sentir muito que esses sol-
dados não tenham tão avultados soldos que possam
viver com mais largueza e sem tanta opressão. Vejo
a relação que Vbssa Mercê me remete das fortale-
zas e mais defensas dessa Capitania das ilhas em
que se pode fazer fortificação e tudo o mais que
contém a mesma relação em ordem à sua defensa
e melhoramento que pode ter fazendo-se novas
obras e colho de tudo este resumo que essa Capita-
nia não escusa preparar-se e já nesta consideração
tenho dado conta a Sua Majestade que Deus guar-
de e com a sua resposta e resolução se executará
o que o mesmo Senhor fôr servido ordenar-me. Na
falta de artilheiros e achar-se Vossa Mercê nes-
sa Capitania somente com um Capitão c um con-
deslavei da Artilharia louvo mui to o meio que o
zelo de Vossa Mercê buscou em adquirir artilhei-
ros sem fazer despesa a Sua Majestade vencen-
do com unia prudente indústria uma quase irreme-
diável necessidade porque não vejo nessa Capita-
nia meios com que se multipliquem soldos e assim
se fica devendo tudo à indústria, e boa disposição
de Vossa Mercê e guardando-se os seus homens o
seu privilégio os terá Vossa Mercê seguros, para a
ocasião em que lhe forem necessários e bem creio
que Vossa Mercê nesta parte lhos fará guardar
inviolàvelmente. O mapa que Vossa Mercê me re-
mete da Capitania vem com toda a clareza, e esti-
mo eu muito que venha com as vantagens que Vos*
sa Mercê me diz e que haja presenciado sondar-se
o rio e saber-se o fundo e alturas do mesmo; de-
— 123 —

termino dando-me Deus vida ser eu mesmo quem <>


leve a Portugal, se no entretanto Sua Majestade o
não quiser ver porque em tal caso lho remeterei na
primeira ocasião £e todo este cuidado e pontuali-
dade, agradeço euVVossa Mercê reconhecendo o
bem que se emprega no serviço de seu Rei suponho
que já Vossa Mercê terá passado a Mostra o que
a/gora vejo tem executado pelas listas que me che-
bas-
gam nesta ocasião das quais entendo terem
iante número de soldados, e ainda muitas destas
companhias terem muito mais gente do que pede
a sua devida lotação e assim das mais numerosas
doze compa-
perfará Vossa Mercê o número das
nhis que deve te ro regimento que compreende todo
esse distrito e para os oficiais que de novo se cria-
rem para elas visto náo poderem vir à minha pre-
sença como Vossa Mercê dificulta me mandará uma
relação dos mais nobres dos mais capazes e dos
èsle emprego
que se acharem com um serviço para
com declaração dos que estão mais suficientes paia
e sem-
Capitães, para alferes e para os mais postos
Procurador pa-
pre estes sujeitos devem ter cá um
ra as suas patentes e se Ide passarem e eles as pro-
no-
curarem, depois de eu haver feito a escolha e a
à
meacão dos mais beneméritos; e pelo que toca
verdadeira informação não me é necessário reco-
a ver-
mendação alguma a Vossa Mercê porque sei
dade e zelo com que obra em tudo o que é serviço
de Sua Majestade e mais autoridade ,e respeito
desses povos e ordenanças deles, e das companhias
vague algum posto,
providas a todo o tempo que oposi-
Vossa Mercê me avisará prontamente dos
tores a êle e dos mais beneméritos e qualificados pa-
sem-
ra que o regimento dessa Capitania se conserve
visto com atenção tudo
pre em boa forma. Tenho
— 124 —

o que pertence à artilharia e munições que tem as


fortalezas e o armazém e pelo que respeita às car-
retas da mesma artilharia já em'outra ocasião dis
se a Vossa Mercê que visto haver aí muitas e boas
madeiras e oficiais para as fazerem que mandasse
logo trabalhar nelas e montasse a artilharia toda;
e como as madeiras são de Sua Majestade e os la-
vradores não duvidarão fazer graciosamente a
condução por ser em ordem à sua mesma defensa,
não tem Vossa Mercê outra despesa que fazer mais
que com os oficiais; e estes jornais havendo acres-
cimo na Fazenda Real se farão por conta dela; e
quando não baste suprirá o pagador geral desta
cabeça do Estado, porque creio Sua Majestade se
ciará por muito bem servido que assim se execu-
le por ser tudo encaminhado ao seu real serviço e
defensa dos seus domínios. No rol das munições
e mais petrechos com que se acha o armazém, con-
sidero essa Capitania falta de morrão para a arti-
lharia, lanadas e soquetes e também pederneiras e
enxadas, para o que tenho passado portaria ao
provedor da Fazenda para que nesta ocasião lhe re-
meta a Vossa Mercê tudo isto de que necessita e
tenho por sem dúvida se entregará ao Mestre por-
tador destas cartas e Vossa Mercê não deixe de me
dar mui boas novas suas em todas as ocasiões que
se oferecerem porque as sei estimar muito e as de-
sejo continuadas. Guarde Deus a Vossa Mercê
muitos anos. Bahia e julho, 6 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Capitão-mor da Capitania do E.c-
pírito Santo.
125

Carta para o Coronel Domingos Bor-


ges de Barros.

Atendendo ao descòmodo que Vossa Mercê ti-


nha em lhe ser preciso, segundo as ordens de Sua
Majesta,e assistir ao antigo regimento que ocupa-
va, e de que era Coronel e se me representar por
estes incô-
parte de pessoa muito de Vossa Mercê
modos para que Vossa Mercê pudesse continuar o
serviço de Sua Majestade sem opressão da sua pes-
soa nem diminuição das suas fazendas tirei dos
regimentos do Coronel Pedro Barbosa Leal a fre-
Nossa Se-
guesia de São Pedro do Tararipe e a de
nhora da Oliveira, do de Francisco Barreto a de
São José das Itapororó e do de Egas Muniz
o distrito do Camorogi de cujos distrtos se compõe o
novo regimento que Vossa Mercê há de governar e
assim é também obrigado a visitá-lo todo e dividi-lo
em doze companhias com seus Capitães, Alferes
Sargentos, Cabos de Esquadra valendo-se Vossa
Mercê de todos aqueles oficiais que assistirem den-
tro nos mesmos distritos, que pertencendo antes^a
outros regimentos ficam por esta nova resolução
tocando ao de Vossa Mercê que me dará conta dos
inteirar
que são e dos que lhe ficam, faltando para
o número dos oficiais que devem ter doze compa-
nhias e Vossa Mercê no mesmo distrito informam
do-se das pessoas mais qualificadas e que com
mais nobreza, préstimq e serviços se acharem mora-
doras nele me fará uma relação de todos expres-
sando nela os mais beneméritos para poder fazer
nomeação de Capitães e Alferes, e entre os que Vos»
sa Mercê remeter em lista escolherei os que achar
com mais circunstâncias, declarando novamente
assistente no dis-
que cada um há de ser morador e
— 126 —

trito da sua companhia e feita a escolha me manda-


rá Vossa Mercê então listas de todo o regimento, e
de cada uma das Companhias de per si com de-
claração dos soldados que tem cada uma delas o
distrito que compreendem, e os regimentos de que
se tiraram e se formou este novo o que Vossa Mer-
cê fará com toda a brevidade, por ser assim con-
veniente ao serviço de Sua Majestade. Deus
guarde a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e julho,
6 de 1719. 0 Conde do.Vimieiro. Senhor Domin-
gos Borges de Barros. ,
••ii:

Para o Juiz Ordinário da Vila da Ca-


Choeira Bruno Barbosa de Araújo; em
resposta da que escreveu de haver recebi-
do as cartas que se lhe enviaram para os
oficiais nela declarados, acerca da condu-
ção do tabaco.

Senhor. Recebi a carta de Vossa Excelência de


27 de maio acompanhada com a do Coronel Fran-
cisco Barreto Sargento-mor e Capitão de Cavalos
e Sargento-maior Pereira as quais
assim que as recebi mandei logo entregar ao Sar-
gento-mor Teotônio Teixeira de Magalhães por
me achar de presente em minha casa de cama que
vindo para este Iguape com uma moléstia deixei
encarregado ao vereador mais velho, o Capitão-mor
Amaro Ferreira de Almeida a que despedi e os
tabacos para o armazém dessa cidade o que eu fiz
enquanto assisti na vila que os que vem à dita vila
os despacho com diligência e os do Iguape encar-
reguei ao Sargento-mor Teotônio Teixeira de Ma-
galhães por lhe ficar mais conveniente; e as cartas
de oito de março assim que as recebi as enviei a
— 127

quem Vossa Excelência mas enviou, a cuja obedi-


ência de Vossa Excelência estou sempre prontíssi-
mo. Deus guarde a Vossa Excelência os anos
que lhe desejam seus criados. Iguape. Hoje 7 de
julho de 1719. Aos pés de Vossa Excelência seu
menor criado. Bruno Barbosa de Araújo.
..,.¦,»-¦*•* -¦•-*•«-*•

. ¦' ' -

Resposta à margem da carta acima.

Sinto muito que Vossa Mercê tenha queixa e


estimo haver Vossa Mercê dado princípio a exe-
cução das minhas ordens e na sua impossibilidade
havê-las encarergado ao vereador mais velho, como
me diz, porque entendo que os súditos de Vossa Mer-
cê procurarão imitá-lo na observância, e no zelo,
Guarde Deus a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e
junho 12 de 1719. O Conde do Vimièiro.

Carta para o Sargento-mor do Rio


das Caravelas Pedro Coelho da Silva, sô-
bre as dúvidas que teve com o Capitão-
mor da povoação do Rio de S. Mateus.

Pela que recebo de Vossa Mercê fico entendem ¦'-'¦V

do, que o capitão-mor Manuel Gomes de Abreu não


teve razão em lhe não dar «a Vossa Mercê a sua
lancha para o ir meter de posse e voltar para sua
casa que ainda que tivesse prejuízo em o fazer como
Vossa Mercê ia em benefício seu devia atropelar
sua em
pelo seu incômodo porém por uma petição
que me representa que Vossa Mercê o prendera
por não pedir licença para arvorar e que Vossa
Mercê induzira os moradores do Rio de São Mateus
para lhe negarem obediência é um excesso tão
grande que o não posso crer de Vossa Mercê e por
¦> Oi)
— iiO —

esta mesma causa o mando ouvir em um despacho


meu porque não é crível que Vossa Mercê se animas-
se a prender um Capitão-mor que de Vossa Mercê
não tem pendência nem Vossa Mercê é seu superior
para o obrigar a pedir-lhe licença nem é possível
que Vossa Mercê induzisse os moradores com êle
representa porque a verifícar-se ser verdadeira a
sua queixa não poderei escusar a Vossa Mercê
daquele castigo e demonstração que pede o caso.
Não serve de mais. Guarde Deus a Vossa Mercê.
Bahia e junho, 15 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o Sargento-mor do Rio das Caravelas.

Para o Capitão-mor da freguesia da


Jacobina Antônio Pinheiro da Rocha.
¦O» f
Com esta remeto a Vossa Mercê a ordem in-
(
clusa pela qual verá encarrego a Vossa Mercê ao
Capitão Francisco de Brito Vieira e ao Capitão de
Cavalos que nesse distrito criei Domingos Pereira
Maciel a execução do Bando que a Vossa Mercê en-
viei com carta de trinta e um de janeiro deste ano,
em virtude das ordens de Sua Majestade que Deus
guarde que proíbem minerar-se ouro nos distritos
da Jacobina para que Vossa Mercê e os dito capi»
tães façam inviolàvelmente executar o dito bando
como nele se contém e dar cumprimento ao mais
que na dita ordem exprimo, para evitar que se não
minere ouro n/esses distritos. Também remeto a
memória inclusa das quatro listas separadas que
Vossa Mercê há de fazer com toda a brevidade pos-
sível e remeter-mas com a mesma, uma e outra
eousa espero da atividade de Vossa Mercê e do zelo
com que se deve empregar no serviço de Sua Ma-
jestade execute pontualissimamente para que o
129

dito senhor fique bem servido e eu tenha que agra-


decer a Vossa Mercê a quem Deus guarde. Bahia e
o
junho, 20 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para
capitão-mor da freguesia da Jacobina. Antônio
Pinheiro da Rocha.

Memória que cita a carta acima.


\c~
Alistará toda a gente assistente e moradora
com casa, mulher e filhos no distrito de toda a fre-
guesia da Jacobina.
Alistará todos os mineiros e mais pesssoas que
se acham no mesmo distrito por causa dos seus cri-
mes ou por outra qualquer.
Alistará todos os negros forros com também
dos que são moradores na Jacobina e dos que ali
se acham foragidos e minerando.
Alistará todos os negrros forros com também
dará
todos os escravos dos moradores e de tudo me
20 de
relação com toda a distinção. Rahia e junho,
1719. Rubrica.

Para os oficiais da Câmara da Vila


de Jaguaripe.
de 22
Há dias que recebi uma de Vossas Mercês
ulhes havia
de março em resposta dé" outra que e
dos preços
escrito a respeito dos gados e diferença
conhecida
em que nessa vila se arremetam com
e como a
maioria aos que na Cachoeira se cortam
a Vossas Mer-
instância da mesma vila escrevesse
deviam ter nesta
cês a favor da união que todos
de Vossas Mercê fico en-
parte e pela que recebo
esta reso-
tendendo as dificuldades que encontram
Vossas Mercês
lução não posso escusar de dizer a
— 130 —

que aprovo e me parece maravilhosamente a sua


discusão porque Vossas Mercês devem olhar mais
para a abundância desse povo que para a per-
da de quatro vinténs mais ou menos que crês-
ça na remetação de carne e para Vossas Mêr
eês seguirem os mesmos ditames da vila da Cacho
eha se põem no perigo de experimentarem fomes e
falta do mesmo gado, o que não convém de nenhu-
ma maneira porque se os principais desse povo po-
dem na necessidade recorrer às aves de pena e ou-
tros gêneros mais custosos a pobreza que não che-
ga a tanto precisamente havia de perecer e havia
de clamar; e assim acho não convém, senão o que
Vossas Mercês obram que se o contrário lhes fora
fácil não é crível que Vossas Mercês fossem inimi-
gos das suas conveniências podendo comer por me-
nos a carne que atualmente estão pagando por
mais. Vossas Mercês nesta parte seguirão o que
lhes estiver melhor e eu concorrerei em tudo o que
fôr a bem elésse povo e melhor satisfação de uns
oficiais da câmara tão zelosos e com tão bom têr-
mo, como experimento, e reconheço. Guarde Deus a
Vossas Mercês muitos anos. Bahia e junho, 26 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para os oficiais da
Câmara da Vila de Jaguaripe.

Para os oficiais da Câmara da Vila


da Cachoeira.

Sem embargo efe nos haver retardado, tanto a


frota êste ano que sendo hoje 25 de junho não te-
mos ainda nesta Bahia uma só embarcação, contu-
do olhando para a brevidade que deve ter neste
porto segundo o regimento ,e ordens de Sua Majes-
tade que Deus guarde que costumam trazer os ca-
— 131 -

bos das mesmas frotas me pareceu repetir a Vos-


sas Mercês a ordem que lhes tenho dado por várias
vezes para haverem de fazer conduzir todos os ta-
bacos que se acharem nessa vila para os trapiches -
desta cidade para que na ocasião em que a frota
chegue e carregue ache a sua carga pronta, e não
haja nesta diligência a mínima demora; também
sou informado que os tabacos que se acham nos
campos e se hão de transportar a essa vila e aos
portos de mar têm a dificuldade de se acharem os
caminhos intratáveis e nesta consideração devem
Vossas Mercês cuidar no seu conserto e em os man-
dar pôr correntes para que sem embaraço façam
os lavradores o dito transporte; fio de Vossas Mer-
cês o zelo e cuidado com que se haverão nesta par-
te e para tudo o que eu de Vossas Mercês lhes te-
nha préstimo me acharão sempre com mui parti-
cular vontade. Guarde Deus a Vossas Mercês
muitos anos. Bahia e junho, 25 de 1719. O Conde ¦
do Vimieiro. Para os oficiais da Câmara da vila
da Cachoeira.

Para o Capitão-mor Manuel Nunes


Coelho.

Para eu fazer justiça a Vossa Mercê nos seus


requerimentos não me é necessário valias nem que
Vossa Mercê buscasse proteção de pessoa alguma
porque eu desejo muito que todos os meus súdi-
tos vivam satisfeitos sem perturbação ?.lguma nos
postos que ocupam. 0 Senhor Marquês de Angeja
fez provimento na pessoa de Vossa Mercê e de João
Pereira de Matos para Capitães-mores de uma
mesma freguesia por lha pedirem o título da fregue-
1
— Í32 —

sia de Santo Amaro e Jesus Maria José sendo na re-


alidade uma só freguesia esta equivocação foi a cau-
sa de fazer-lhe duplicado o provimento porém já se
acha desfeita a dúvida porque Vossa Mercê que está
na posse do dito posto o continuará sem oposição ai-
guma porque o seu competidor João Pereira de Ma-
tos o tenho acomodado na freguesia de São Felipe da
Cupioba, aonde êle assiste e é morador e assim po-
de Vossa Mercê estar descansado e execitar o
seu posto, com aquele cuidado e zelo que espero de
Vossa. Mercê para que Sua Majestade nesta parte
seja bem servido, e os moradores com assistên-
cia de Vossa Mercê vivam quietos e sossegados e as
justiças tenham quem as ajude para melhor ad-
ministração das suas obrigações. Torno a remeter
a Vossa Mercê as certidões que me manda por não
serem já necessárias e a Vossa Mercê guarde. Deus
muitos anos como desejo. Bahia e junho, 25 de
1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o Capitão-mor
Manuel Nunes Coelho.

Para o Administrador da feitoria das


madeiras do Cairu.

Aqui me chegam várias queixas de Vossa Mer-


cê e muito repetidas pelos moradores de Jaguaripe
que ficando distante do corte das madeiras sete lé-
guas com rios em meio, sem atender a estes incômo-
dos, nem o haver-se praticado sempre fazer=se
a condução pelos moradores do Cairu os obri-
gam injustamente como eu reconheço e bem pudera
Vossa Mercê alcançar que eu não deixo de enten-
der estar tretas e nesta consideração trate Vossa
Mercê de mandar fazer a condução como se fêz sem-
pre e aos condutores se pagará segundo a distância e
— 133 —

conforme a razão mas esta lhe não deve acomodar


a Vossa Mercê pois busca caminhos de a embara-
de haver,
çar e com Vossa Mercê e que eu o hei
tempo
quando as madeiras não estejam no porto a
na fro.-
que as carreguem as charruas que se esperam
ta. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho, 23
de 1719. O^Conde do Vimieiro. Para o administra-
dor da feítoria das madeiras do Cairu.

Para o Capitão Manuel Coelho Men-


des.
Recebi, a de Vossa Mercê de 18 do corrente, cm
se conduzís-
que me dá conta de haver mandado
sem os tabacos que estavam no armazém da Cacho
eira para os trapiches desta cidade e quanto a
este expediente me parece dizer a Vossa Mercê que
não é preciso sua diligência, porque aos juizes da
mesma vila pertence o cuidado da expedição e sô-
e
bre esta matéria lhe tenho escrito várias vezes
repetirei e Vossa Mercê se deve empregar no tra-
balho de fazer conduzir dos campos da Cachoeira,
todo o tabaco, que houver neles para a dita vila e
ao conserto dos
portos do mar e pelo que respeita
e a
caminhos escrevo à Câmara da mesma Vila,
'anos. Bahia e
Vossa Mercê Guarde Deus muitos
Vimieiro. Para o
junho 25 de 1719. 0 Conde do
Capitão-mor Manuel Coelho Mendes.
Carta que se escreveu ao Capitão
João Gonçalves do Prado sobre fazer en-
trada com o cabo da guerra do gentio bár-
baro na parte do Cairu.
Consta-me que Vossa Mercê voluntariamente,
e por serviço de Sua Majestade determina achar-se
nas ai-
na entrada que se há de fazer pelo Cairu,
— 134 —

deias do gentio bárbaro, que se acham mais próxi-


mas àquele distrito para cuja ação tenho nomeado
gente e cabo que lhe chamam Antônio Veloso da Sil-
va que tendo-o a Vossa Mercê por seu companheiro
desempenhará melhor esta resolução tanto do ser-
viço de El-Rei e bem desses povos espero que Vossa
Mercê na tal ocasião se empregue tão zelosamente
no serviço do mesmo Senhor que possa merecer os
prêmios que pede dar-lhe a sua grandeza e para tu-
do o que fôr necessário que eu concorra terá cuida-
do o caso de mo lembrar para que eu possa acudir-
lhe, com aquele mesmo calor em que espero que êle
faça a guerra. Deus guarde a Vossa Mercê muitos
anos. Bahia e julho, 6 de 1719. O Conde do Vi-
mieiro. Para o Capitão João Gonçalves do Prado.

Carta que se escreveu ao Capitão-mor


Antônio Veloso da Silva, sôbre a guerra
do gentio bárbaro da parte do Cairu.

Aqui me diz o Sargento-mor Inácio Teixeira


que Vossa Mercê como cabo da gente que lhe tenho
nomeado para a guerra que lhe encarreguei do
gentio bárbaro mais confiante à vila do Cairu deter-
mina principiar no mês de setembro e como esta
ação seja tanto do serviço de Sua Majestade
peça
uma pronta execução. Ordeno a Vossa Mercê
que
sendo possível principiar a guerra e a entrada
por
todo o mês de agosto com aviso seu avisarei ao Coro
nel Miguel Calmon para a expedição da gente que há
de fazer pôr em marcha e espero que Vossa Mercê
se empregue nesta ocasião tão vigorosamente
que
fique extinto todo o gentio bárbaro daqueles con-
fins para que Vossa Mercê consiga juntamente de
Sua Majestade que Deus guarde aqueles
prêmios

t
&.
— 135

a
que merecer o seu procedimento. Deus guarde
Vossa Mercê. Bahia e julho, 6 de 1719. 0 Conde do
Vimieiro. Para o Capitão-mor Antônio Veloso da
Silva. 4lM
Para os oficiais da Câmara cia Vila
do Camamú.
Pelas queixas que os moradores da vila do
e
Cairu fizeram a Sua Majestade que Deus guarde
me representaram a mim de que o gentio bárbaro
distante da
que se acha aldeado dez ou doze léguas
mesma vila havia por vezes roubado as suas fazen-
das, e morto muitos escravos seus tanto negros co-
mo mulatos e um moço branco com repetidos assai-
tos que não podiam atalhar as pequenas forças da-
se fez presente ao
quela vila, com esta notícia que
dito Senhor e se me participou a mim ordenei por
no
este governo se escolhessem cinqüenta homens
regimento do Coronel Miguel Calmon, cinqüenta
do
no de Antônio de Sousa, cinqüenta da dita vila
de
Cairu para qüe incorporando-se-lhes os índios
Jaguaripe da administração de João Rodrigues
o Cano
Adorno e Manuel de Araújo de Aragão com
f^sem por
Antônio Veloso para os governar
aquela parte uma vigorosa guerra ao dito gentio
as
bárbaro, até o extinguirem todo que segundo
assim
reais ordens que pròximamente me chegaram
determinam por expressa resolução do mesmo
de ser
Senhor e como para os mantimentos que hão
a
sustentação deste número de gente se obrigasse
Mer-
dita vila do Cairu em primeiro lugar, e Vossas
• cês pelo que toca a essa vila devam concorrer com
decurso
os mesmos socorros pelo prejuízo que pelo
do
do tempo poderão experimentar com a invasão
ai-
dito gentio bárbaro espero que sem repugnância
moradores da
guma Vossas Mercês ajudem os ditos
— 136 -

vila do Cairu com o número de sírios de farinha


que ajustarem com a câmara da mesma vila, como
também as carnes ou peixes secos com que lhe pos-
sam acudir justamente, de que feito o dito ajuste
mo farão Vossas Mercês presente com toda a bre-
vidade para que eu assim o fique entendendo, e se
dar prontamente expedição a dita guerra que há de
ter princípio por todo o mês de agosto que «vem e
Vossas Mercês são tão bens vassalos de Sua Majes-
tade e tão interessados na dita expedição e guerra,
que fio jle seu grande zelo concorram com toda aque-
Ia vontade que em Vossas Mercês considero indubi-
tável. Deus guarde a Vossas Mercês. Bahia e julho,
6 de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Para cs oficiais
da Câmara da Vila do Camamú.

Para os oficiais da Câmara da Vila


de Jaguaripe.

Por essa vila hão de passar as ordenanças e


os índios que na vila do Cairu hão de formar corpo
para li a verem de fazer guerra ao gentio bárbaro,
que hostiliza as fazendas daqueles moradores, e
ainda as desse povo fazendo por vezes algumas
mortes tudo em prejuízo dos vassalos de Sua Ma-
jestade e do sossego deste Estado, e como hão de fa-
zer a dita passagem por todo o mês de agosto até
os princípios de setembro que vem Vossas Mercês
lhes terão prontos aqueles mantimentos que pos-
sam ser-lhes precisos à dita passagem até chegarem
ao Cairu aquartelando-os nessa vila e fazendo-ihes
todo o bom agasalho, pois vão não tão somente em
serviço de Sua Majestade como também no de Vossas
Mercês, e dos seus vizinhos; espero que Vossas Mer-
cês gostosamente executem assim e ajudem com tudo
— 137 —

o que lhes fôr possível os ditos moradores do Cairu


Mercês muitos anos. Rahia
guarde Deus a Vossas•Conde
e julho, 6 de 1719. O do Vimieiro. Para os
oficiais da Câmara da vila de Jaguaripe.

Para os oficiais da Câmara da Vila


do Cairu.
Segundo o que está ajustado com Vossas Mer-
do
cês tenho determinado que principie a guerra
e princi-
gentio bárbaro por todo o mês de agosto
terão Vos-
pio de setembro que vem e nesta certeza
sas Mercês os mantimentos prontos como promete-
assim
ram e ajustaram para o sustento da gente
e sem embargo
que aí chegar e durar a dita guerra
de que Vossas Mercês se obrigassem a fazer toda
du-
esta despesa havendo eu consideração a poder
te-
rar tempo dilatado a extinção do dito gentio
a
nho escrito à vila do Camamú para que os ajude
lhes for
Vossas Mercês na dita despesa com o que
os oficiais da câ-
possível para o que se avistarão
mara dessa vila com os daquela fazendo o dilo
com a
ajuste por um termo judicial como lambem
te-
vila de Jaguaripe a qual ordeno principalmente
cia dita
nha mantimentos prontos para a passagem
sobre esta
gente e do que Vossas Mercês obrarem
Guar=
matéria me darão parte sem demora alguma.
de Deus a Vossas Mercês muitos anos. Bahia e julho
oficiais
6 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para os
da Câmara da Vila do Cairu.
Carta para o Coronel Miguel Cal-
mon de Almeida.
bár-
Tenho resoluto se faça a guerra do gentio
o mês de
baro e se dê princípio a ela por todo
vem para o
agosto, e princípios de setembro que
— 138 —

que estão avisados os moradores da vida do Cairu


e Camamú, e Jaguaripe que todos hão de conçor-
íer com mantimentos assim para a passagem da
gente como para sua existência, Vossa Mercê o te-
nha assim entendido, para qua ao primeiro aviso
que lhe faça o Cabo Antônio Veloso ponha sem di-
lação alguma a gente em marcha; e comO os índios
das aldeias que se hão de unir a este corpo hão
de fazer trânsito por Maragogipe, ordenará Vos-
sa Mercê naquela, parte aos soldados e oficiais do seu
regimento lhes dêm mantimentos, no caso que ali
pernoitem e será muito conveniente ao serviço de
Sua Majestade que Deus guarde que Vossa Mercê se
-ache na marcha e expedição da dita gente para a
vila do Cairu, confio de Vossa Mercê que assim o
execute com todo o calor. Deus guarde a Vossa
Mercê muitos anos. Bahia e julho, 6 de 1719. O
Conde do Vimieiro. Para o Coronel Miguel Cal-
nion de Almeida.

Carta para o Coronel Domingos Bor-


ges de Barros.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 4 de junho


sobre a condução dos tabacos para a nau que se es-
tá fabricando na ribeira desta cidade para o que
mandará logo chamar ao Capitão Manuel de Fon-
seca a quem o Coronel Pedro Barbosa havia encar-
regado esta diligência para com êle conferir algum
meio, que vencesse a dificuldade que se lhe ofere-
cia a dita condução, sem embargo de reconhecer as
:ivpossibilidades que Vossa Mercê me representa
contudo como é maior a atividade com que Vossa
Mercê se emprega no serviço de Sua Majestade
que Deus guarde e a necessidade ds se acabar a nau
— 139 —

que seestá fabricando é preciso a respeito de se


evitarem os danos e prejuízos que se podem se-
guir em estar dilatado tempo no estaleiro fio e es-
pero do cuidado de Vossa Mercê obre nesta dili-
gência com tal eficácia que se vençam todas as difi-
culdades com que se acha a dita condução fique Sua
Majestade bem servido pela estrada velha t>u no-
va e eu tenha muito que agradecer a Vossa Mercê a
quem Deus guarde muitos anos. Bahia e julho 7 de
1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Do-
mingos Borges de Barros.

Para os oficiais da Câmara da Vila cio


Camamu.

Justa é a queixa que esse povo tem de mim que


sem embargo de que dei o despacho de que Vossas
Mercês fazem memória foi na consideração de não
fazer prejuízo aos mesmos moradores porque os
mangues que ficarem afastados deles, não é razão
que se vendam quando Vossas Mercês deles não ne-
cessitam porque se Vossas Mercês têm convenien-
cia dos mariscos também este pov,o e o de Portugal
são interessados em que se curtam as solas para se
gastarem cá e lá e SuaJVlajestade não perder os di-
reitos que dali lhe resultam com que neste parti-
cular é que Vossas Mercês sejam um poucos menos
varos; observem Vossas Mercês as minhas ordens
e as que têm de meus antecessores como lhes tenho
ordenado porém naqueles sítios em que não têm pre-
juízo não os impeçam porque desta violência se lhes
não segue utilidade alguma e ao serviço de El-
Rei alguma perda. Guarde Deus a Vossas Mercês.
Bahia e julho, 7 de 1719. O Conde do Vimieiro. Pa-
ra os oficiais da Câmara da vila do Camamu.
— 140 —

Para o Capitão Domingos de Almeida.

Sou informado que Vossa Mercê se acha exer-


cendo a ocupação de Juiz Ordinário da vila do Ca-
mamu e que por essa razão não vinha à minha pre-
sença sem que eu lhe concedesse licença a qual con»
cedo a Vossa Mercê e lhe ordeno que assim que re-
ceber esta se ponha logo a caminho para que eu com
a chegada de Vossa Mercê e com a sua presença pos-
sa resolver a pretensão que Vossa Mercê tem e ou-
tros sujeitos ao posto de Sargento-maior dessa vila.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e julho, 8 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão Domin-
gos de Almeida.

Para Lucas de Afonseca Saraiva Te-


soureiro da feitoria das madeiras.

Receoo a carta de Vossa Mercê de 21 de junho


deste ano e o que se me oferece dizer sôbre o con-
teúdo nela é que o Escrivão dessa feitoria se acha
preso na cadeia desta cidade donde Vossa Mercê o
pode embargar e ante o Provedor-mor da Fazenda
que é o seu Ministro competente propor V. M. os
seus requerimentos para lhe deferir muito conforme
a justiça que Vossa Mercê tiver a que não há de fal-
lar nem eu em auxiliar a razão dela. Deus guarde
a Vossa Mercê. Bahia e julho, 6 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para Lucas de Afonseca Saraiva.

Para o Administrador da feitoria das


madeiras João Teixeira de Souza.

Vejo a carta de Vossa Mercê de 30 de junho


i.
deste ano em que me dá conta de se haver valido dos

— 141

expedição
bois dos moradores de Jaguaripe para a
Deus
da carga das charruas de Sua Majestade, que
é impra-
guarde, Vossa Mercê tenha entendido que
ticável irem os gados dos moradores ele Jaguaripe
a conduzir as madeirs ao Cairu assim pela gram
de distância em que ficam e danificação com que
tão longe fora dos seus pas-
poderão chegar indo de e co-
tos, como pelos vários rios que têm que passar
semc-
mo para a tal condução nunca se puxou por
do Cai-
lhantes bois e só se fez com os dos moradores
logo de
ru cora os mesmos trate Vossa Mercê
todas *s
fazer a ditas conduções e de pôr prontas
carregar sem a
madeiras que dessa feitoria hão de esse
mínima demora as ditas charruas pois para
e avisos cora
efeito expedi a Vossa Mercê as ordens
Mercê pende a
toda a antecipação e sobre Vossa
omissão ialta,
execução das mesmas ordens e pela
Vossa Mercê obri-
ou prejuízo que houver ficará
tudo e por tudo o que tocar
gado a responder em
obrigue Vossa Mer-
a sua administração para o que
como sem-
cê logo os condutores da vila do Cairu
pre foi estilo. transporte das
O que Vossa Mercê obrou no
Vossa Mer-
cousoeiras está bem feito porém poderá
digo embarca-
cê advertir ao'Mestre das madeiras
a esta cidade viessem a
ções que as transportaram
de o haverem assim
minha presença dar-me parte
circunstancia
feito que por haverem faltado a esta
estou muito pronto
é que não estão pagos porque eu
e serviço que se me faz
para satisfazer o trabalho mestre da embar-
e assim advirta Vossa Mercê ao
me fale pa-
cação que conduziu as ditas cousoeiras
se lhe dever. Deus
ra ser pago prontamente do que
Bahia e julho, 6 de 1719.
guarde a Vossa Mercê. da
O Conde do Vimieiro. Para o Administrador
— 142 —

feitoria das madeiras da vila do Cairu. João Tei-


xeira de Sousa.

Carta para Baltazar Pereira Fagun-


des.

Vejo a carta de Vossa Mercê de 30 do mês pas-


sado sobre as partidas de tabaco que estão remeti-
das por casas particulares sem virem a esse trapi-
che para dele se remeterem para o armazém da
sua arrecadação desta cidade, com a brevidade que
tenho ordenado cuja notícia agradeço a Vossa Mer-
cê e espero ma continue de tudo o mais que se ofe-
recer para ordenar o que entender é mais çonve-
niente ao serviço de Sua Majestade que Deus guar-
de, e a Vossa Mercê. Bahia e julho, 6 de 1719. O
Conde do Vimieiro. Para Baltazar Pereira Fagun-
des.

Para o Juiz Ordinário da Vila da Ca-


choeira, sobre os tabacos retidos pelas ca-
sas dos moradores da dita vila de Iguape.

Agora me chegam notícias de que muitas par-


tidas de tabacos estão recolhidas em casas parti-
culares dessa vila e que o mesmo se observa no
Iguape com o pretexto de as quererem fazer maiores
e remeter juntas. Vossa Mercê examine logo logo
as casas donde estão retidos os tabacos assim nes-
sa vila como no Iguape e delas os faça conduzir
pa-
ra os trapiches donde se costuma embarcar
para
esta cidade em direitura ao armazém da sua arreca-
dação, executando prontamente as repetidas ordens
que a Vossa Mercê tenho expedido sobre este par-
ticular porque foram tão antecedentes a chegada de
I *¦>

alguns navios da frota que neste porto se acham que


poderão todos os tabacos estar já transportados a
esta cidade e assim espero que Vossa Mercê se apli-
que nesta diligência com tal cuidado que me não
motive estranhar-lhe a grande demora e omissão
com que nela tem procedido o que se verifica das
sôbreditas notícias. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e julho 6 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o Juiz Ordinário da Vila da Cachoeira.

Carta para o Capitão Manuel de


Afonseca Saraiva" Dória.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 14 do cor»


rente, e vejo o conteúdo nela de que Vossa Mercê
me dá conta pertencente à condução das vinte e
quatro carradas que estão por tirar de taboado pa-
ra a nau de Sua Majestade que Deus guarde que se
está fabricando na ribeira deste porto; resposta que
lhe deram os capitães a quem Vossa Mercê mostrou
a minha ordem; grandes lamas com que se acham os
caminhos; escujsas dos privilegiados e representa-
ção que lhe fez o caixeiro do contrato mostrando
lhe por um rol vinte e um homens, que diz estão li-
vres por uma ordem minha por tirarem as caixas
do dito contrato, que estes são os mais vizinhos aos
taboados por terem fábricas capazes e lhe fazem
muita falta.
Eu não duvido, que os moradores das compa-
nhias de Vossa Mercê e do Capitão Manuel Dantas
Pereira tenham só suprido as conduções dos ditos
taboados de que em parte desejam levá-los porém
é tão precisa a necessidade deles para se acabar r
dita nau por se não estar prejudicando este esta-
leiro em grave perda da fazenda de Sua Majestade
— 144 --

II
'
que me acho obrigado a dizer a Vossa Mercê deve
continuar a condução dos ditos taboados com o.
ííí-l

carros tias mesmas companhias e mandar notificar


aos Capitães das mais para que logo logo façam ir
das suas os carros que fôr possível para a mesma
condução sob pena de se haver da sua fazenda todo o
prejuízo que resultar tanto aos tabacos como à di- v
ta nau de que Vossa Mercê guardará certidão para
seu tempo o que farão com tal repartição que se
não fale ao mesmo tempo à condução dos taboa-
dos caixas dos engenhos e contrato e constando :
Vossa Mercê que a condução das caixas deste tem
cessado em alguma parte puxará logo logo pelos
carros ociosos e os obrigará à dita condução dos
taboados e o mesmo fará com os mais carros de pri-
vilegiados que lhe constar carream por aluguei, a
pessoas particulares sem isentar nenhum, porque
Sua Majestade deve ser servido pontualmente por
estar primeiro que todos, e ser senhor dos mesmos
privilégios espero que Vossa Mercê assim o execute
com todo o cuidado, e brevidade possível para que se
evite todo o prejuízo que pode resultar à fazenda do
dito senhor de se obrar o contrário', e a seu tempo
agradecerei a Vossa Mercê o trabalho que me re-
presenta haver lido, e que mais terá com esta dili-
gência e fatura de caminhos e pontes e fica muito
na minha lembrança deferir ao requerimento de
Capitão que Vossa Mercê me pede para seu irmão,
havendo companhia nesse Regimento em que o pu-
der acomodar. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e julho, 17 de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o
Capitão Manuel de Afonseca Saraiva Dória.
— 145 —

Garta que se escreveu ao Coronel Ma-


nuel de Araújo de Aragão sobre dar vite WA,
índios armados ao Capitão-mor Antônio
Veloso da Silva que vai fazer guerra ao
gentio bárbaro.

Recebi a carta de Vossa Mercê de 16 de junho


em resposta da que lhe escrevi, sobre os índios que
são necessários para a guerra dos bárbaros da vila
do Cairu. Agradeço a Vossa Mercê o cuidado com
com o mesmo
que se empregou nesta diligência e
espero a continue mandando entregar no fim do
mês de agosto que entra em o distrito de Marago-
Silva cabo
gâpe ao Capitão-mor Antônio Veloso da
da dita guerra os 20 índios armados, que Vossa
Mercê me diz pode dar da sua administração para
Mer-
aquela impresa dos quais lhe mandará Vossa
os
cê uma lista, pelo oficial que os conduzir e com
as suas ai-
que suceder fugirem da marcha para
deias executará Vossa Mercê a prisão na forma que
lhe tenho avisado no segundo capítulo da primeira
índios este
carta e para que não cometam os ditos
adverti-
erro os mandará Vossa Mercê muito bem
e
dos, e admoestados. Sobre o bom trato, agasalho
índios o te-
mantimentos que se há de dar aos ditos
também
nho bem recomendado ao dito Cabo e assim
e fe-
o particular cuidado que há de ter dos doentes
ridos.
no
Do zelo com que Vossa Mercê se emprega
fio e
serviço de Sua Majestade que Deus guarde
Deus
confio todo o bom efeito desta expedição.
e julho, 18 de 1719.
guarde a Vossa Mercê. Bahia
Manuel de
O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel
Araújo de Aragão.
r-
— 146 -

Carta para o Capitão João Rodrigue s


Adorno sobre o tempo em que há de man-
dar entregar em Maragogipe ao Capitão-
mor Antônio Veloso da Silva os índios ar»
mados para a guerra dos bárbaros da vila
do Cairu.

Do recibo da carta que escrevi a Vossa Mercê


em 19 de maio deste ano por Tomaz de Abreu ar-
rais ao barco de Antônio Mendes sobre os índiv
que são necessários para a guerra que mando fa-
>:er aos bárbaros dos matos da vila do Cairú, fique,
entendendo o cuidado com que Vossa Mercê se apli-
cou àquela diligência e sem embargo de não rece=
ber resposta de Vossa Mercê do número de índios
armados que mandava para aquela ação conta que
esperava de Vossa Mercê como lhe avisei na dita
carta; só me resta dizer a Vossa Mercê de novo es=
pero da sua grande atividade, continue a mesma
diligência mandando entregar no fim do mês de
agosto que entra em o distrito de Maragogipe, ao
Capitào-mor Antônio Veloso da Silva, cabo da di-
ta guerra os índios armados que Vossa Mercê po-
de dar da sua administração para aquela empre-
sa, dos quais lhe mandará Vossa Mercê uma lista pe=
Ia pessoa por quem os mandar conduzir e com os
que suceder fugirem -da marcha para as suas ai-
deias, executará Vossa Mercê' a prisão na forma
que lhe tenho avisado no segundo capítulo da pri*
meira carta e para que os ditos índios não cometam
este erro os mandará Vossa Mercê muito bem ad-
vertidos, e admoestados. O bom trato, agasalho e
mantimentos que se há de dar aos ditos índios o te-
nho bem recomendado ao dito cabo e assim também
— 147 — M

o particular cuidado que há de ter com os doentes


e feridos.
Do zelo que Vossa Mercê se emprega no servi-
ço de Sua Majestade que Deus guarde fio e confio
todo o bom efeito desta expedição. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e julho, 18 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Senhor Capitão João Rodrigues Ador-
no.

Carta para o Capitão de Mar e Guer-


ra João Álvares Barrassas.

Ao Provedor da Alfândega desta cidade tenho


ordenado que no despacho do fato caixas, e fazen-
das que trouxerem os oficiais e mais gente da guar-
nição desse combói siga-em tudo a ordem que meu
antecessor lhe havia passado, sôbre este particular,
em seis de novembro de mil setecentos e quinze, que
a ser que o mesmo fato e caixas seja visto pelo es-
crivão da descarga, guardas que estão a bordo da
nau e um feitor para se examinar, se vem alguma
fazenda que deva direitos a Sua Majestade que
Deus guarde Vossa Mercê, o tenha assim entendido,
para na parte que lhe toca o. fazer executar. Bahia
e julho, 22 de 1719. O Conde do Vimieiro. Senhor
Capitão de Mar e Guerra João Álvares Barrassas.
— 148 —

Cartas que se remeteram aos coronéis


para se prender três ciganos e uma ei-
guna velha que fugiram os quais se reme-
terão aos coronéis aqui declarados comO
são: o Coronel José Pires de Carvalho, o
Sargento-mor Gabriel da Rocha Moüti-
nho, o Coronel Francisco Barreto de Ara-
gão, o Coronel Luiz da Rocha Pita Deus
dará o Coronel Miguel Calmon de Almei-
da, o Sargento-mor Manuel Pinto de Eça
o Cor°nel Garcia de Ávila Pereira, o Co-
ronel Manuel de Araújo de Aragão, o Co-
ronel Domingos Borges de Barros e o Co-
ronel Egas Monis Barreto.

Tanto que Vossa Mercê receber esta encarre-


gue Jogo logo a todos os Capitães do seu regimento
«pie cada um nos distritos àa sua companhia exami-
ue sem demora nem dissimulação alguma se neles
estão ou vão chegando Gregorio da Silva, João Bu-
galho, e José Fernndes este homem de alta estatu-
ra que não parece ciganos, os dois são mais baixos e
levam em sua companhia uma cigana velha, que é
sogra do dito José Fernandes e todos três são ciga-
iios, soldados fugidos desta praça e achando algur--
deles ou a cigana, logo ou depois que receberem a
ordem os prenda, e remeta com toda a segurança à
cadeia desta cidade donde se lhes fará assento à mi-
nha ordem e Vossa Mercê me dará conta com os
presos, quando os remeter, desta diligência que hei
por muito recomendada a Vossa Mercê a quem
Deus guarde. Bahia e julho, 21 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Senhor Coronel José Pires de Carva-
lho.
— 149 —

Cartas que se escreveram ao Juiz d*


Vila de São Francisco de Sergipe do Con-
de ao Juiz da Vila da Cachoeira, e ao Juiz
da Vila de Jaguaripe, sôbre remeterem um
mapa dos ofícios que se acham vagos, sem
proprietário.
Vossa Mercê tanto que receber esta me reme-
ta logo um mapa de todos os ofícios que nos juízos
dessa vila se acham vagos sem proprietário decla-
rando o ordenado que têm e os emolumentos, de
no decurso de
prós e precalços, que cada um rende
um ano. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e ju-
lho, 21 de 1719.. 0 Conde do Vimieiro Para o Suiz
úo
Ordinário da vila de São Francisco de Seregipe
Conde.
Carta que se escreveu ao Coronel Mi-
guel Calmon de Almeida sobre executar
6
o que se lhe tem ordenado por carta de
do corrente pertencente à guerra dos
bárbaro do Cairu, como nela se expressa.
ao
Ao Coronel Miguel de Araújo de Aragão e
ordenado
Capitão João Rodrigues Adorno tenho
entra, mandem en-
que no fim do mês de agosto que
da Silva
tregar ao Capilão-mor Antônio Veloso
em o distrito de Maragogipe, os índios armados que
hão de dar das aldeias da sua administração para
dos matos
a guerra que mando fazer aos bárbaros
a
do distrito do Cairu; o que me pareceu participar
o que
Vossa Mercê para o ter entendido e executar
é o
lhe tenho ordenado por carta de 6 do corrente
Deus guarde a Vossa
que se me oferece de novo.
do Vi-
Mercê. Bahia e julho, 21 de 1719? C Conde
Almei-
mieiro. Senhor Coronel Miguel Calmon de
da.
—¦ 150 —

Carta que se escreveu aos oficiais da


-: Câmara da vila de Jaguaripe, sobre exe-
eu tarem o que se lhes tem ordenado por
carta de 6 do corrente pertencente à guer»
ra dos bárbaros do Cairu como nela se
expressa.

Ao Coronel Manuel de Araújo de,Aragão e ao


Capitão João Rodrigues Adorno, tenho ordenado,
que no fim do mês de agosto que entra mandem en-
tregar ao Capitão-mor Antônio Veloso da Silva em
o distrito de Maragogipe, os índios armados, que
hão de dar das aldeias da sua administração para
a guerra que mando fazer aos bárbaros dos matos
do termo da vila do Cairu e esta mesma notícia
participarei ao Coronel Miguel Calmou de Almei-
da para que naquele distrito execute o que lhe te-
nho ordenado por carta de 6 do corrente e dali ex-
pedir com os ditos índios 50 homens armados do
seu regimento e como esta gente há de fazer trân-
sito pelos distritos dessa vila -de Jaguaripe, me pa-
receu participar esta notícia a Vossas Mercês para
executarem também pela parte que lhes toca o que
lhes tenho ordenado, por/carta de 6 do corrente.
Deus guarde a Vossas Mercês. Bahia e julho, 21
de 1719. O Conde do Vimieiro. Para os oficiais da
Câmara da vila de Jaguaripe.
— lõl —

Carta que se escreveu ao Capitão-mor


das entradas Antônio Veloso da Silva Ca-
bo da guerra dos bárbaros do Cairu sobre
se achar pronto no distrito de Maragogi-
pe para tomar conta da gente e que o Sar-
o-ento-mor Inácio Teixeira Rangel lhe há
de entregar o regimento.

Ao Cornei Manuel de Araújo de Aragão e ao


Capilão João Rodrigues Adorno tenho ordenado,
entra mande, en-
que no fim do mês de agosto, que
os
tregar a Vossa Mercê no distrito de Maragogipe
da sua
índios armados que hão de dar das aldeias
dos ma-
administração para a guerra dos bárbaros
los da vila do Cairu, e esta mesma notícia partiei-
de Almeida para
pei ao Coronel Miguel Calmon
lhe lenho orde-
que naquele distrito execute o que da
nado por carta de 6 do corrente ;e aos oficiais
da-
Câmara da vila de Jaguaripe e Sargento-mor
avisado para o
quele regimento, tenho também aquele
trânsito que Vossa Mercê há de fazer por
se lhes
distrito e gente branca e índios que mais
todos jun-
hão de incorporar, para dali seguirem com
vila do Cai-
tos a sua marcha, para os distritos da
que
ru. Esta notícia participo a Vossa Mercê para
no dis-
no tempo acima declarado, se ache pronto
daquela
trito de Maragogipe para tomar conta
Jaguaripe.
gente e índios e seguir a marcha para observar
O regimento que Vossa Mercê há de
hei de en-
desde aquele distrito até o fim da guerra
Rangel pa-
tregar ao Sargento-mor Inácio Teixeira
ra o enviar a Vossa Mercê por um próprio para
na entrega dele, e
que não haja demora, nem falta
a Vossa
o que se me oferece por ora. Deus guarde
do Vi-
Mercê. Bahia e julho, 21 de 1719. 0 Conde
ã
— 152 —

mieiro. Para o Capitão-mor das entradas Antônio


Veloso da Silva Cabo da guerra dos bárbaros da vi-
Ia do Cairu.
1
Carta que se escreveu ao Capitão-mor
Antônio Veloso da Silva sobre a mesma
guerra dos bárbaros dos distritos do Cai-
ru, de que é de parecer que se faça a dita
entrada pelo mesmo Cairu.

Recebi duas de Vossa Mercê ao mesmo tempo


uma de e outra de 18 do corrente e sem em=
bargo de me haver parecido que seria conveniente
fazer a guerra ao gentio bárbaro pelo Cairu e pela
vila de João Amaro como as dificuldades que Vos-
sa Mercê oferece convenha que se faça a entrada
pelo Cairu Vossa Mercê é de parecer e espero que
haja todo o bom sucesso porque me contas o
quer a Vossa Mercê ajudar também com os seus ar-
cos João Gonçalves do Prado; o sargento-mor da
Artilharia se há de achar também na mesma rção
e creio que com um primo seu; e Vossa Mercê vá
na certeza de que assim a sua pessoa como os mais
da conquista fazem um grande serviço a Sua Ma-
jestade a quem eu agora dou conta de tudo o que
está determinado e para que não haja dúvida em
que Vossa Mercê tenha toda a gente pronta para
haver de lazer marcha com Vossa Mercê novamen-
te aviso ao Capitão José de Toar para que êle tam-
bém avise às aldeias de que São Administradores o
Coronel Manuel de Araújo de Aragão e o Capitão
João Rodrigues Adorno e fiquem todos na certeza
de que Vossa Mercê há de sair de sua casa a 25 de
agosto que vem para que se incorporem com Vos-
sa Mercê e façam com o seu cabo a sua marcha,

\

— 153 —

Vossa Mercê terá cuidado de me fazer aviso de tu-


do o que fôr sucedendo na mesma guerra e a con-
tinuará até extinguirmos os ditos gentios. Guarde
Deus a Vossa Mercê muitos anos como desejo. Ba-
hia e julho, 26 de 1719. O Comte do Vimieiro. Pa-
ra o Capitão-mor Antônio Vb so da Silva.

Carta que se escreveu ao Capitão José


de Toar de Ulhoa sobre remeter uma car-
ta de Sua Excelência ao Capitão mor An-
tonio Veloso da Silva, Cab) da guerra dos
bárbaros do Cairu, e outra ao Coronel Mi-
guel Calmon de Almeida, e outra aos ofi-
ciais da Câmara da vila de Jaguaripe e
ter a gente pronta para acompanhar o dito
Capitão-mor Antônio Veloso da Silva.

Recebo a de Vossa Mercê com as duas inclusas


do Capitão-mor Antônio Velho dr. Mlva, a quem
Vossa Mercê encaminhará essa minha resposta e as
msís"cartas que vão para o Co:mel Miguel Calmon
de Almeida e para os oficiais da câmara da vila de
Jaguaripe, ficando Vossa Mercê na certeza de que
o dito Capitão-mor Antônio V*foso há de sair de
sua casa a 25 do mês de agosto que vem para que
Vossa Mercê tenha a gente pronta para fazer mar-
cííê com êle, e fio do zelo e atividade de Vossa Mer-
cí não haja o menor descuido. Guarde Deus a Vos-
sa Mercê muitos anos. Bahia e julho, 26 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Para o Capitão José de Toar
de Ulhoa.

1
— 154 —

Carta que se sscfiívèu ao Sargento-


mor Manuel Pinto de Eça sobre entregar
ao Capitão-mor Antônio Veloso da Silva,
Cabo da gr erra dos bávbaros os cinquen-
Ia homens armados do sei regimento cm
Jaguaripe, em 2 do mês de setembro.

Vossa Mercê esteja de acordo para em dois de


setembro que vem entregar em Jaguaripe ao Capi-
tão-mor Antônio Veloso da Silva, Cabo da guerra
que mando fazer aos bárbaros dos matos da vila do
Cairu os cinqinenta homens armados do seu regi-
mento e os índios, também armados, da aldeia elo
seu distrito que lhe tenho ordenado de para a mes-
ma guerra e terá Vossa Mercê prontos para toda a
mesma gente que marcha nesta expedição os man-
timentos que hão de ser precisos assim para a sua
chegada como para o seu trânsito até a vila do Cai-
ru e para que haja a mínima falta em cousa ai-
guma e esteja tudo prevenido antecipo este aviso
a Vossa Mercê a quem Deus guarde. Bahia e julho,
25 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargen*
to-mor Manuel Pinto de Eca.

1
— 155'—

Carta que se escreveu ao Sargento-


mor da vila do Cairu, Francisco Pinto de
Afonseca e Góis sobre ter prontos os cin-
quenta homens das companhias da orde-
nança dos distritos da dita vila e entre-
ga-los em Mapendipe ou em outra parte
mais conveniente ao Capitão-mor Antônio
Veloso da Silva Cabo da guerra dos bár-
baros e ter também prontos os mantimen-
tos hão de estar prontos em 5 do mês de
setembro.

A cinco do mês de setembro que vem terá Vos-


sa Mercê prontos os cinqüenta homens armados das
companhias da ordenança dessa vila para os entre-
gar no distrito de Mapendipe ou na parte que lhe
parecer mais conveniente; ao Capitão-mor Antônio
Veloso da Silva, Cabo da guerra que mando fazer
aos bárbaros dos matos dessa vila do Cairu e jun-
tamente os mantimentos que os oficiais da Câmara
dessa Vila se têm obrigado a dar para sustentação
de duzentos e cinqüenta homens que hão de ir para
a dita guerra, aos quais também escrevo a carta in-
clusa que Vossa Mercê lhes entregará.
Os seus cinqüenta homens e os mantimentos re-
feridos terá Vossa Mercê prontos e juntos no clito
distrito de Mapendipe ou donde lhe parecer mais
conveniente (como acima digo) que é aonde se há de
aquartslar toda a gente e há de entrar pelo Rio de
Una acima. E para que não haja falta de cousa ai-
este aviso
guma, e esteja tudo prevenido antecipo
a Vossa Mercê, a quem Deus guarde. Bahia c julho
25 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargen-
to-mor da vila do Cairu Francisco Pinto de Afonse-
ca e Góis.
_ 156 — .

Carta que se escreveu aos oficiais da


Câmara da vila do Cairu sôbre terem
prontos os mantimentos para duzentos e
cinqüenta homens que vão fazer guerra
aos bárbaros do dito Cairu com o Cabo, o
Capitão-mor Antônio Veloso da Silva.
Ao Sargento-mor dessa vila que esta há de en-
tregar a Vossas Mercês escreve que a cinco do mês
de setembro que vem tenha prontos, e juntos no dis-
trito de Mapendipe, ou na parte que lhe parecer mais
conveniente os cinqüenta homens armados que dessas
ordenanças hão de ir a guerra que mando fazer aos
bárbaros dos matos do termo da mesma vila para
ali os receber o Capitão-mor Antônio Veloso da
Silva, Cabo desta guerra e assim também os manti-
mentos que Vossas Mercês se têm obrigado a dar
para a sustentação de duzentos e cinqüenta homens
que hão de ir para a dita guerra, para a qual hão
de entrar pelo rio Una acima.
.Para que não haja falta de cousa alguma e lu-
do esteja prevenido e pronto no tempo referido, fa-
ço a Vossas Mercês o mesmo aviso, para que pela
parte que lhes toca executem o qae devem para que
se consiga o fim desejado desta despesa e expedi-
ção. Deus guarde a Vossas Mercês. Bahia e julho,
23 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para os oficiais
da câmara da vila do Cairu. '
Carta que se escreveu ao Capitão Jo-
sé Figueira para que se recolha todos os
índios da sua administração à sua aldeia e
outrossim que pedindo-lhe o Capiíão*mor
Antônio Veloso da Silva, Cabo da guerra
dos bárbaros, alguma ajuda e favor lhe dê.
Ao Capitão-mor Antônio Veloso da Silva te-
nho nomeado Cabo da guerra que mando fazer aos

illl
— 157 —

bárbaros dos matos da vila do Cairu a que há de


dar princípio de 5 do m$s de setembro que vem por
diante e porque só a gente que leva há de correr e
examinar todas as matas em alcance dos ditos bár-
baros. Ordeno a Vossa Mercê que tanto que rece-
ber esta faça logo logo, recolher e assistir na sua
aldeia a todos os índios que administra nesses dis-
tritos dos Ilhéus para que não suceda andando es-
de guerra
palhados fora dela topar-se com a gente
e entender esta são esses índios dos bárbaros qüe
buscam e por essa causa matá-los e cativá-los.
Também se o dito Capitão-mor chegar por
esses distritos ou de outros circunvizinhos donde
estiver pedir a Vossa Mercê algum favor e ajuda
tanto para a guerra dos ditos bárbaros, como para
conquistar algum mocambo de negros fugidos Vos-
sa Mercê lha dará prontamente, s5m demora algu-
ma, com os índios da sua administração pira que
a empresa que
por tardança não deixe de conseguir
a
intentar, o que tudo hei por muito recomendado
quem Deus guarde. Bahia e julho,
Vossa Mercê a "Conde
27 de 1719. O do Vimieiro. Para o Capitão
José Figueira.

Carta para o Desembargador Manuel


da Costa Moreira.

do Vimieiro,
O Excelentíssimo Senhor Conde
me or-
Governador e Capitão General deste Estado
lhe é sensi-
dena narticipe a Vossa Mercê quanto
rter o gosto de ver a Vossa Mer •
vel não pode
isso o emba-
nesta sua casa e que haja razão que a
à carta de
race como também não fazer resposta
Deus com
Vossa Mercê o que não será levando-o
en-
vida a Portugal, acabado o seu governo porque
158

tão terá êle cuidado de buscar a Vossa Mercê sem


que seja necessária a antecipação da sua diligência
que a petição sôbre a cobrança das propinas, vai des-
pachada sem prejuízo dos mandados antecedentes,
porque já a estes lhe não pode tirar a precedência
que quanto à contenda do engenho tem percebi-
do que o arrematador tem a seu favor a justiça,
pondo em juízo a importância das benfeitorias que
o rendeiro que foi lhe pede e nesta forma tem de-
ferido, que Vossa Mercê esteja na cerleza de que
Sua Majestade lhe tem ordenado remeta a Vossa
Mercê para o reino na presente frota, o que Vossa
Mercê tenha entendido para haver de o executar,
assim e pelo que toca a Bernabé Cardoso e seu so-
gro, que êle os manda chamar para que não tendo
posto em juízo a imoprtância das sobreditas ben-
feitorias a ponham logo logo para haver cie ter vi-
gor. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e julho,
28 de 1719. Gonçalo Ravasco Cavalcanti e Albu-
querque. Senhor Desembargador Manuel da Costa
Moreira.
Ao Coronel Francisco Barreto de
Aragão, para ordenar ao Capitão do dis-
trito, do Iguape, faça vir sem demora pa-
ra esta cidade a João Rodrigues Lima,
que se acha no dito distrito.

Tanto que Vossa Mercê receber esta, ordene


logo ao Capitão do distrito do Iguape faça vir sem
demora para esta cidade, a João Rodrigues Lima,
que se acha no mesmo distrito, o que Vossa Mercê
lhe fará com tal recomendação que se consiga com
brevidade a execução desta ordem. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e julho, 31 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Senhor Coronel Francisco Barreto de
Aragão.
Ni
OI1
I
— 159 —

Carta que se remeteu ao Capitão da


da Ponta de Itaparica Antônio Corrêa de
Morais sobre vir à presença de Sua Exce-
lência Bartolomeu de Sousa.

Tanto que Vossa Mercê receber esta faça vir


logo, sem demora, à minha presença- Bartolomeu
de Sousa, morador no distrito dessa Ponta de Ita-
parica a falar-me sem demora. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e agosto, o Io de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Capita) da Ponta de Iiapari-
ca Antônio Corrêa de Morais,

Carta que se escreveu ao administra-


dor da Feitoria de Madeiras do Cairu
João Teixeira de Sousa para ter a madei-
ra pronta para a carga das charruas.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 21 de julho,


sobre o que se me oferece dizer-lhe é muito louva-
vel o zelo com que Vossa Mercê se aplica ao servi-
ço de Sua Majestade, que Deus guarde, nem eu es-
perava menos do seu cuidado. Quando Vossa Mer-
cê esteve nesta casa a última vez assentou comigo
havia de ter carga para as duas charruas, e assim
tudo o que Vossa Mercê me diz obrou neste parti-
cular é muito pertencente a sua satisfação. As duas
charruas estão já nesta Bahia donde hão de sair
com toda a brevidade para o porto da feitoria do
Cairu a carregar as madeiras que vêm buscar para
a ribeira das naius de Lisboa e nas mesmas charruas
hão de ir juntamente todas as madeiras que fôr
possível para o palácio de Sua Majestade, da ribei-
ra da mesma cidade de Lisboa, e estas são as que
por ordem do dito Senhor eslão encarregadas ao
- 160 —

Tenente General da Artilharia, as .quais Vossa


Mercê me diz êle lhe recomendou o que devo con-
correr com toda a ajuda e favor e Vossa Mercê as-
sim o tenha entendido para que com todo o calor
se empregue em que se façam as ditas madeiras e
ponham prontas para se carregar as mais que fôr
possívei nas ditas charruas.
Ao Provedor-mor da Fazenda tenho já há
dias expedido ordem para dar dez mil cruzados que
Sua Majestade manda aplicar à despesa das ditas
madeiras para a ribeira das naus, e juntamente
outra para quatro mil cruzados mais que se hão de
dispender por ordem do dito Tenente General da
Artilharia para as despesas das outras madeiras
pertencentes ao palácio da ribeira.
Também ao"dito Provedor expedi já ordem pa-
ra os 6 barcos que Vossa Mercê me diz lhe são ne-
cessários para o embarque das madeiras, mas não,
podem ir para este serviço as barcas da ribeira
porque estão aplicadas à carga das madeiras do di-
to palácio.
Também vai a ordem que Vossa Mercê pede
para o Capitão da fortaleza do Morro mandar dela
soldados para ajudar ao embarque das madeiras.
Espero da atividade e cuidado de Vossa Mercê
que em tudo proceda com tal calor que estejam
prontas todas as madeiras e se embarquem nas
charruas com tal brevidade, que por omissão ou
descuido, não padeça demora a sua carga nesse
porto e se retarde o acompanharem a frota no tem-
po destinado da sua partida. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e agosto, 2 de 1719. O Conde do Vi-
mieiro. Para o Administrador da Feitoria das Ma-
deiras do Cairu.
161

Carta para o Juiz Ordinário da vila


da Cachoeira.

Recebo o mapa que Vossa Mercê me manda


os ofícios que se acham sem proprietários, com a
clareza dos seus emolumentos e tudo vem na forma
que eu esperava; também fica na prisão o artilhei-
ro da nau da índia e visto haver maltratado o ho-
mem de quem Vossa Mercê me dá parte não sairá
da cadeia senão para sair pela barra fora; Vossa
Mercê tudo obrou com acerto e com cuidado e as-
sim lho agradeço. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e julho, 31 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o Juiz Ordinário da vila da Cachoeira.

Carta para o Sargento-mor da Vila


do Cairu prender os índios ladinos, nela
declarados.

Tanto que Vossa Mercê receber esta mande lo-


go logo prender João de Araújo Carrapato, Sebas-
tião Cúpio, Francisco de Sousa, assistente em Ma-
ricoabo e todos os mais índios Ladinos que houver
no distrito dessa vila, com lato e assistência com
os brancos para que assim seguros não possam de
nenhuma sorte participar notícia alguma ao gentio
bárbaro de que os brancos lhe vão fazer guerra.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e agosto 4 de
1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o Sargento-mor
do Cairu Francisco da
'. :
162

Carta que se escreveu a Gonçalo Soa-


res ela Franca em que ordena Sua Exce-
lêncla que tanto que receber esta venha
logo à sua presença.

Segunda-feira, que se contam sete do correm


te, se achará Vossa Mercê nesta cidade e. nesta ca-
sa para certo negócio do serviço de Sua Majestade,
que Deus guarde, e a Vossa Mercê muitos anos.
Bahia e agosto, 4 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para Gonçalo Soares da Franca.

Carta para os oficiais da Câmara da


vila do Cairu.

Tanto que Vossas Mercês receberem esta cha-


miaião à minha presença Francisco Afonso da Sil-
va a quem Vossas Mercês nomearão em primeiro
lugar para Tesoureiro da feitoria das madeiras de
Sua Majestade, que Deus guarde, para tratar de
tirar a sua Provisão e receber o mais que lhe per-
tence para que não pare o serviço do dito senhor,
na pronta expedição que deve ter ao presente o que
Vossas Mercês farão com toda a brevidade a quem
Deus guarde. Bahia e agosto, 3 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para os oficiais da Câmara da vila do
Cairu.

Carta que se escreveu ao Coronel Do-


mingos Borges ele Barros sobre não emba-
raçar os carros que pertencerem ao Con-
tratador dos Dízimos Reais.

Pela que recebo de Vossa Mercê vejo a boa dis-


tribuição que tem feito dos carros para a condução

m
- 163 —

das madeiras pertencentes à nau que se está fabri-


cando nesta Ribeira e Vossa Mercê faz tudo com
tanto acerto tanta suavidade que Sua Majestade nes>
ta parte ficará bem servido, e os seus vassalos se
não acharão queixosos e porque o intratável dos
caminhos com o rigor deste tempo dificulta a pronta
expedição das ditas madeiras Vossa Mercê terá cui-
dado, cessando as chuvas de dar calor a esta remes-
sa por ser nociva toda a demora à respeito de que
aqui se acha já guarnição da dita nau que há de ir
para o Reino.
Os carros pertencentes ao contratador dos dí-
'zimos reais, ocupando-se no tal serviço Vossa Mer-
cê não lhe embarace e achando-se sem êle Vossa
Mercê se valha deles para a mesma condução. Não
serve de mais. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e agosto, 5 de 1719. O Conde do Vimieiro. Senhor
Coronel Domingos Borges de Barros.

Carta que se escreveu ao Capitão


Francisco de Crasto e Meneses sobre dar
parte ao seu Sargento-mor Manuel Pinto
de Eça para que êle veja de onde há de ti-
rar os oito soldados.

Pela que recebo de Vossa Mercê fico entenden-


do a ordem que teve do seu Sargento-mor Manuel
Pinto de Eça, em virtude das que eu lhe havia pas-
sado antecedentemente e como Vossa Mercê me re-
e a ocupa-
presenta a pequena companhia que tem
os seus soldados,
ção e mque se acham quase todos
considerando justas as causas de que Vossa Mercê
me faz exposição, o que resolvo é dizer a Vossa
Mercê que dê esta mesma parte ao seu Sargento-
mor para que êle veja de onde há de tirar cs oito
¦H ¦ I
— 164 —

soldados que Vossa Mercê dificulta pelas razões re-


feridas. Deus guarde a Vossa Mercê. B'ahia e
agosto, 5 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o
Capitão Francisco de Crasto e Meneses.
Carta para o Capitão-mor da capita-
nia de Seregipe de El-Rei.
Estimo eu muito que Vossa Mercê reconheça o
quanto eu desejo sempre ter-lhe algum préstimo,
tanto por alcançar que Vossa Mercê era merecedor
de todo o emprego como porque eu particular-
mente me interessava nos seus aumentos; porém,'
Vossa Mercê depois que se vou Capitão-mor de Sere-
gipe de El-Rei lhe devia parecer que o mesmo Im-
perador lhe não devia competir e entendia eu não
era Vossa Mercê dos homens que se desvaneciam
com os lugares; Vossa Mercê no que ocupa, tem
caído em algumas nadvertências porque Vossa Mer-
sê não pode prover postos, nem dar ofícios, aqueles
porque são provimento deste governo e estes porque
só Vossa Mercê te m faculdade de prover as serven-
tias por dois meses; e como Vossa Mercê em tudo
isto tem prevaricado não me deve pequena fineza
em ter suspendido a conta que devia já ter dado a
Sua Majestade destes procedimentos, e nesta sus-
pensão reconhecerá Vossa Mercê o que me deve, e
verá o quanto me lembro do tempo.
A> margem; Esta carta não teve efeito por se
escrever a que vai registada adiante a folha
i Carta para Hierônimo da Silva Cal-
deira.
Tanto que Vossa Mercê receber esta logo logo
sem demora alguma, venha à minha presença para

-¦A- -.!
— 165 —

certo negócio do serviço de Sua Majestade, que


Deus guarde, o que fará sem receio algum, nem
ainda de seus credores, no caso que os tenha;
e por esta ordeno a todos os oficiais dc justiça e mi-
lícia que tiverem ordem para prender a Vossa
Mercê não o façam, enquanto se detiver nesta ei-
dade por vir a ela a meu chamado. Deus guarde a
Vossa Mercê. BahMa e agosto, 7 de 1719. 0 Conde
do Vimieiro. Para Hierônimo da Silva Caldeira.
Carta para o Capitão de Cavalos da
Cachoeira Pedro de Araújo Vilas Boas.

Repetidas vezes tenho escrito a Vossa Mercê


sobre a condução dos tabacos para esta cidade ^ e
agora sou informado de que nos distritos da vila
da Cachoeira se acham quatro mil rolos de tabaco
mandado
que homens de negócio desta praça têm
reter neles para depois de parti ra frota os embar-
car para a Costa da Mina, cujo conluio se deve
evitar por todos os meios possíveis por convir ao
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, e au-
mento de sua Real Fazenda e arrecadação dos di-
reitos a ela devidos. Ordeno a Vossa Mercê que
tanto que receber esta logo logo, sem demora ai-
retidos, e
guma, dê busca nas casas donde estão
ocultos os ditos rolos de tabaco e os faça recolher
incontinente ao trapiche dessa vila e embarcá-los
dele, com carregações muito individuais para o ar-
nê-
mazém da sua arrecadação nesta cidade, para
le se examinar logo a sua qualidade, e se ter en-
tendido não sendo de terceira e ínfima, o prejuízo
Majestade e exe-
que causariam ao serviço de Sua
cução de suas reais ordens embarcarem-se para a
Costa da Mina, juntamente prenderá Vossa Mercê
logo os donos das casas donde se achar o dito taba-
— 166 —

co} e os remeterá com toda a segurança à, cadeia


desta cidade, donde lhes mandará fazer assento à
mhma ordem ,e ao mesmo tempo averiguará quais
são os homens de negócio desta praça a quem per-
tence o dito tabaco, dos quais me mandará Vossa
Mercê uma lista.
Para Vossa Mercê proceder nesta diligência
com toda a atividade e vigor puxará pelos solda-
dos da sua tropa e pelos oficiais de justiça dessa vi-
Ia da Cachoeira, requerendo-os de minha parte ao
Juiz Ordinário dela e de tudo mandará fazer um
inventário e os termos que entender são necessá-
remetendo uma e outra cousa com a conta que pu-
der desta diligência, que hei por muito recomenda-
da a Vossa Mercê por ser assim importante ao ser-
viç de Sua Majestade. 0 dito tabaco e tudo o mais
que houver no referido trapiche e a êle vier che-
gando fará Vossa Mercê, sem demora, embarcar
para o seu armazém desta cidade para evitar não
cause a carga da frota na sua dilação a mínima
demora. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
agosto, 8 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o
Capitão de Cavalos da Cachoeira Pedro de Araú-
jo Vilas Boas.
A' margem da Cachoeira
sobre uma diligência pertencente aos tabacos.
Repetidas vezes tenho escrito a Vossa Mercê
sobre a condução dos tabacos para esta cidade; ago-
ra sou informado que nos distritos dessa vila da
Cachoeira se acham quatro mil rolos de tabaco que
os homens de negócio desta praça têm mandado re-
ter neles para depois de partir a frota os embarcar
para a Costa da Mina, conluio que se deve evitar
por todos os meios possíveis por convir assim mui-
to ao serviço de Sua Majestade, que Deus guarde,

II
In

ã
- 167 —

a
e ao aumento dos seus reais direitos. Ordeno
Vossa Mercê que tanto que receber esía logo logo,
sem demora alguma, faça toda a diligência por
em
descobrir quais sejam as pessoas que ocultam
informado,
suas casas os rolos de tabaco de que sou
o que é sem dúvida alguma; e achando por infor-
estas pre-
maçôes verdadeiras ser assim, remeterá
usam,
sas, à cadeia desta cidade pelo conluio de que
os mais
e co mefeito virão não só estes rolos, mas
ao armazém da arreca-
que achar e ainda em paus, na presen-
daçâo dele para embarcar para o reino
forma
te frota o que fôr capaz de ir para êle na
o
das ordens de Sua Majestade, que Deus guarde,
com tal prontidão e
que Vossa Mercê executará
a expedi-
atividade que por esta causa não se dilate
Mercê. Bahia
cão da frota. Deus guarde a Vossa
Para o
e gosto, 8 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Vilas Boas.
Capitão de Cavalos Pedro de Araújo
Carta para o Juiz Ordinário da vila
da Cachoeira para remeter a carta acima
ao Capitão de Cavalos Pedro de Araújo
Vilas Boas.
Mercê logo lo-
A carta inclusa mandará Vossa
Cavalos Pedro de Arau-
go, entregar ao Capitão de
a Vossa Mercê. Bahia
jo Vilas Boas. Deus guarde
do Vimieiro. Para
e agosto, 8 de 1719. 0 Conde
o Juiz Ordinário da vila da Cachoeira.
Ale-
Carta que se escreveu ao Coronel
sobre o ca-
xandre Rebelo de Sepulveda
abrindo e se lhe
minho novo que se anda
mandar dar mais vinte índios.
muito . gosto
Recebo a de Vossa Mercê com
Mercê bem a entender tanto
porque nela dá Vossa
168

a sua capacidade como todas as mais circunstâncias


que lhe devem dar estimação, Vossa Mercê a tem
na minha vontade e no meu conceito, formando-o
já hoje de Vossa Mercê muito particular, porque
não pode fazer cousa mal feita quem tem tão bom
termo; e assim pode Vossa Mercê estar na certeza
que hei de estimar muito vê-lo nesta cidade e que
sinto o tempo que me retarda semelhante ocasião.
Estimo que Vossa Mercê tome tanto por con-
ta do seu zelo, e da sua atividade esta obra tão útil
da nova estrada, para que o Coronel José de Araú-
jo Rocha concorria de mui boa vontade, e nesta
consideração se ofereceu a Vossa Mercê não dei-
xando de entrar na mesma obra, senão com toda a
despesa com parte dela, porque me consta havê-la
principiado desta parte do Rio com bastante fer-
vor, mandando ferramentas does para o
gentio e o mais que os podia obrigar a fazer gosto-
samente este trabalho, encarregando esla incum-
bência a Antônio José por fiar dele a executaria
sem omissão, contudo isto não tira a glória que
Vossa Mercê consegue em fazer cia sua parte o que
dispõe e me faz presente ficará facilitada esta
ação com a ordem inclusa que Vossa Mercê me
pede, para o que poderá Vossa Mercê valer-se dos
índios que me diz; e do regresso dessa gente que
Vossa Mercê mandou conduzindo os gados, porque
entendo que com brevidade poderão voltar para
esse distrito para que Vossa Mercê nele não os te-
nha ociosos, e espero que Vossa Mercê entre nesta
obra com aquele empenho que me sugere e sei fiar
de sua pessoa para que com a mesma brevidade
nos possam aqui chegar as boiadas pela nova es-
trada e no entretanto veja Vossa Mercê em que
posso ter-lhe préstimo que para tudo me achará

ll>
— 169 —

Vossa Mercê sempre com aquela mesma vontade,


de que Vossa Mercê se sabe fazer merecedor. Deus
guarde a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e agosto
3 de 1719. O Conde, digo, as ordens que acima di-
go vão inclusas para o Padre Missionário do Pon-
ta; e do Joazeiro se entregarão de fora ao porta-
dor desta para procurar os índios e os levar logo
em sua companhia. O Conde do Vimieiro. Senhor
Coronel Alexandre Rebelo de Sepulveda.

Carta para André da Rocha Pinto,


entregou-se esta carta ao Coronel Manuel
de Araújo de Aragão para a remeter, e
dentro dela foi a petição.
Pela carta que recebo de Vossa Mercê em res-
Mercê se
posta a uma minha, vejo o quanto \ ossa
lastima e dificulta que esse povo largue o lavor das
minas em que se acha assim pelas conveniências
que tem descoberto nas mesmas minas como pelas
tam-
despesas que já tem feito com elas, de que cu
esse po-
bém sumamente me dou porque quisera que
vo tivesse grandes interesses não experimentasse
necessá-
nunca a mais pequena vexação, porém, é
de
rio que Vossa Mercê os instrua no conhecimento
deste Estado o é lambem
que El-Rei como Senhor
dessa terra e nos seus domínios só ele é que pode
moradora se acham ou
permitir o lavor em que os eu sou
impedi-lo como me tem ordenado, e como
não me to-
um mero executor das suas reais ordens
o mesmo
ca mais que obedecer-lhe, e fazer o que
continue
Senhor me manda, e nesta consideração
tal forma que
Vossa Mercê a mesma proibição em
fio
me não chegue a mais pequena queixa porque
de Vossa Mercê que me mande à minha presença
insinuações:
todo aquele que não obedecer a estas
— 170 —

eu dou conta a Sua Majestade nesta frola, com a


sua mesma carta, de Vossa Mercê, e a que lhe es-
creve Domingos Cardoso de Almeida e não mando
a petição do povo porque não vem assinada por êle
e quando Sua Majestade seja servido que se eonti«
nuem as minas eu serei o primeiro que fará a Vossa
Mercê o aviso prontamente, porém, sem resolução
tio dito Senhor não quero tornar sobre mim uma
matéria pela qual sei certamente que hei de ser
castigado, Vossa Mercê console esses homens e pru-
dentemente lhes suavise este descômodo; e de qual-
quer novidade me dará Vossa Mercê parte sem di-
lação e se a petição chegar assinada a tempo de po-
der ir ainda na mesma frota a mandarei; e para tu-
do o mais que eu prestar me lem Vossa Mercê com
mui boa vontade. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e agosto, 10 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para André da Rocha Pinto.

Carta para o Sargento-maior Felipe


Neto Garcia, sobre os quatro soldados que
remeteu presos.

O Sargento Belchior da Costa, entregou os 4


homens que Vossa Mercê por êle remeteu ,e todos
ficam seguros à minha ordem. Vossa Mercê proce-
deu muito como devia em execução da minha or-
dem, de que lhe remeteu a cópia o seu Coronel; e
assim espero que Vossa Mercê continue com o mes-
mo cuidado nesta diligência, tanto da prisão dos
ciganos como dos soldados desta praça e da guar-
nição do comboi da frota por ser assim convenien-
te ao serviço de Sua Majestade, que Deus guarde,
em que espero ter mais que agradecer a Vossa Mer=
cê .a quem Deus guarde. Bahia e agosto, 12 de

m
— 171 —

1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargento-


maior Felipe Neto Garcia.
Carta para o Capitão da fortaleza do
Morro.
O Ajudante Francisco Luiz entregará a Vossa
Mercê o Capitão José Batista de Carvalho que por
ordem minha vai preso para essa fortaleza de São
Paulo do Morro, ao qual terá Vossa Mercê nela
com segurança e não o soltará sem expressa or-
dem de Sua Majestade expedida por este governo
agòs-
geral. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
to, 18 de 1719. OConde do Vimieiro. Para o Capi-
tão da Fortaleza do Morro.

Carta que se escreveu ao Capitão de


Cavalos Pedro de Araújo Vilas Boas sò-
bre a condução do tabaco.
Recebi a carta de Vossa Mercê de dezoito do
corrente e lhe agradeço muito toda a diligência que
fêz no exame dos tabacos que Vossa Mercê me diz
serem os quatro mil rolos pouco mais ou,menos que
des-
achou pelas casas e armazéns dos moradores
in-
sa vila os da sua mesma condução de que eu fui
formado se retardavam nessa vila para se manda-
tudo o
rem para a Costa da Mina, c entendendo
mais que Vossa Mercê me representa, só me resta
de
ordenar a Vossa Mercê que sem perder instante
armazém
tempo faça logo logo embarcar para o
e ai-
desta cidade esses quatro mil rolos de tabaco
casa dos lavrado-
gum mais que vier descendo da no
res, porque a frota há. de partir, infalivelmente,
dois
fim deste mês, e como contamos hoje vinte e
só restam nove dias para chegar ao dia determina-
do. nos quais é preciso que Vossa Mercê se aplique
- 172 —

com tal diligência, cuidado e atividade que se trans-


porte desta cidade todo esse tabaco, e não fique
retardado nessa vila, em gravíssimo prejuízo do
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde.
Aos Mestres dos barcos pode Vossa Mercê se-
gurar venham sem receio algum com os ditos ta-
bacos porque tem cessado a descarga do sal e as-
sim não tem já outra eousa para que hajam de ser
tomados. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
agosto, 22 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o
Capitão de Cavalos Pedro de Araújo Vilas Boas.

Carta que se escreveu ao Ouvidor da


Capitania dos Ilhéus Domingos de Frias.
Recebo a carta de Vossa Mercê, de 17 do cor-
rente, e a conta que nela ms dá sobre o Capitão-
mor dessa Capitania e a correição qiue determina
fazer.
E quanto ao Capitão-mor eu não lhe tirei o seu
posto, porque só o chamei à minha presença para o
advertir de alguns defeitos seus e assim Vossas
Mercês conservem o governo dessa capi tania na
forma que lhe tenho ordenado até nova ordem mi-
nha e ver se o dito Capitão-mor deixa a sua deser-
ção, e vem à minha presença.
No que toca à correição que Vossa Mercê me
diz lhe é concedida pela doação do donatário des-
sa Capitania a pode Vossa Mercê continuar na for=
ma do direito, e havendo alguma pessoa que lhe en=
! con Ire, Vossa Mercê a prenderá e remeterá à mi-
5
nha ordem para ser punida pelo seu absurdo, que no
mais que dizem necessitar a doação de confirma»
ção da Relação deste Estado é ignorância dos que
assim se querem persuadir. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e agosto, 22 de 1719. O Conde do Vi-
.;
Iffl

li

1
*-''*¦¦
— 173 —

mieiro. Para o Ouvidor da Capitania dos Ilhéus


Domingos de Frias.
Carta que se escreveu ao Capitão da
Capitania de Seregipe de El-Rei Custódio
Rebelo Pereira.
Estimo eu muito que Vossa Mercê reconheça
o quanto eu desejei sempre ter-lhe algum préstimo,
tanto por alcançar que Vossa Mercê era merece*
dor de todo o emprego como porque eu particular-
mente me interessava nos seus aumentos; porém,
Vossa Mercê depois que se viu Capitão-mor de Ser-
gipe de El-Rei lhe devia parecer que o mesmo Im-
eu não
perador lhe não devia competir e entendia
era Vossa Mercê dos homens que s.? desvanecem
com os lugares; Vossa Mercê não pode prover pos-
tos porque são provimentos deste governo geral e
a serventia dos ofícios pertence, por ordem de Sua
Majestade destes procedimentos e nesta suspensão
de dois meses, e como Vossa Mercê em tudo isto
tem prevaricado, não me deve pequena fineza em
ter suspendido a conta que devia já ter dado a Sua
Majestade destes procedimentos e nesta suspensão
reconhecerá Vossa Mercê o que mo deve e verá o
Vossa Mercê
quanto me lembro do tempo em que
serviu comigo em Portugal e assim se Vossa Mercê
deseja a sua conservação deve medir de tal sorte
as suas ações que sem exceder o que lhe toca seja
o manda. Tam-
pontual nas obediências, de quem
bém nunca pude louvar o desprezo com que Vossa
Mercê falava nas pessoas dos Coronéis, não haven-
do nenhum que não ocupe com benemerência o lu-
os homens
gar com que Sua Majestade o honrou, e
de negócio de que Vossa Mercê me faria o seu con-
tinuado procedimento os capacitou para merece-
— 174 —

rem os empregos em que os puseram os generais,


meus antecessores, e Vossa Mercê não ignora que
os postos militares nem sempre foram ocupados
pelas pessoas da primeira esfera, porque muitas
vezes os da segunda condição pelas suas ações e pe-
los seus procedimentos se fizeram maiores que os
da primeira hierarquia; o que importa é que Vossa
Mercê cuide nas suas obrigações como deve, que eu
não me descuidarei dos seus acrescentamentos quan-
do me toque ou por informação ou por provimento
segundo a parte onde Sua Majestade de mim se ser-
vir e Vossa Mercê concorrer. Guarde Deus a Vos-
sa Mercê. Bahia e agosto, 6 de 1719. 0 Conde do
Vimieiro. Para o Capitão-mor da Capitania de
Sergipe de El-Rei.
Carta que se escreveu ao Tenente Ge-
neral da Artilharia Francisco Vilas Boas.
Recebo a carta de Vossa Mercê de 13 do cor-
rente em que me dá conta da sua viagem, e suces-
so dela e a estimo sumamente por me certificar de
haver livrado dos trabalhos e perigos em que se viu
no mar com o rigor do tempo; o que me tinha cui-
dadoso, por não saber a certeza que Vossa Mercê
agora me participa.
Ao Provedor-mor da Fazenda mandei esta car-
ta de Vossa Mercê para que a visse e tivesse en-
tendido os maus preparos com que se achava a bar-
ca de Sua Majestade e mandasse acudir pronta-
mente com tudo o que fosse preciso à mesma bar-
ca. Êle me pediu Sargentos para tomar barcos, eu
lhe mandei dar três, e um para ir com os ditos bar-
cos, o qual tem já partido com os que se puderam
tomar, e antecedentemente, pela incerteza do su-
cesso de Vossa Mercê se havia expedido outros.
175

Espero do grande cuidado, atividâue e zêío com que


Vossa Mercê se emprega no serviço de Sua Majes-
tade, que Deus guarde, e da siüa pessoal assistência
se obrará tudo com tal aplicação 3 diligência, na
carga das charruas, que não recebam a mínima de»
mora em carregar as madeiras pertencentes à ri-
beira das naus e às obras -do Paço para que venham
a tempo conveniente de seguir viagem com a frota
no íempo qua Vossa Mercê sabe eslá determina»
do e o cabo dela aplica a sua partida e por esta ra-
zâo torno a recomendar muito a Vossa Mercê esla
diligência, e todas as mais que pertencerem a bre-
ve carga e expedição das ditas charruas;: Deus
gurde a Vossa Mercê. Bahia e agosto, 23 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Senhor Tenente General
Francisco Lopes Vilas Boas.

Carta que se escreveu ao Capitão da


fortaleza do Morro Carlos de Sepulveda.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 17 do cor»


rnte, e com ela a que lhe remeteu o Tenente Gene-
ral da Artilharia para mim a qual estimei por sa»
ber do sucesso que teve na sua viagem, e desvane-
cer as presunções que havia de haver padecido ai-
ao
ffiim naufrágio; e Vossa Mercê remeterá lego
dito Tenente General a que vai inclusa, em que lhe
recomendo muito a brevidade da carga das char-
ruas. Vossa Mercê obrou como devia em dar pron-
lamente, em virtude das minha? ordens, os solda»
<J'U dessa fortaleza para ajudar a carga das mes»
mas charruas como lhe ordemi. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e agosto, 23 de 1719. O Con-
de do Vimieiro. Para o Capitão da Fortaleza do
Morro Carlos de Sepulveda..,:
— 176 — !

Carta para o Tenente General Fran-


cisco Lopes Vilas Boas.

Aqui me representam os religiosos da Com-


panhia de Jesus que a barca do serviço do Colégio
se achava no Cairu, ocupada no serviço da carga
das madeiras de Sua Majestada, que esta lhe era
preciso por se acharem ao presente sem outra em-
barcação pronta para o serviço do mesmo colégio e
como eu tenho ordenado ao Provedor-mor por re-
petidas vezes mande barcos para a expedição da di-
ta carga o que me consta haver feito, e mandado a
Vossa Mercê cinco ou seis barcos. Ordeno a Vos-
sa MHercê que achando-se com os que bastem para
a carga das charruas largue a barca dos ditos pa-
dres para com ela acudirem ao preciso do seu colégio
e não havendo todas as que bastem, tomara Vossa
Mercês que houver nesse Cairu, Morro ou Cama-
mu. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e agosto,
25 de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Senhor Tenen-
te General Francisco Lopes Vilas Boas.

Carta para o Capitão-mor Antônio


Veloso da Silva, Cabo da guerra dos bár-
baros do Cairu.

Com esta remeto a Vossa Mercê, por via do


Sargento-maior da ratilharia Inácio Teixeira Ran-
gel, como já avisei a Vossa Mercê, o regimento que
há de observar desde o princípio da marca que há
de fazer do distrito de Maragogipe até o fim da
guerra dos bárbaros, do termo da vila do Cairu, e
mais circunvizinhas de que tenho nomeado a Vos-
sa Mercê Cabo, pela Patente também inclusa; e
juntamente vão três Patentes de capitães, cabos de
177

bandeiras, entre as quais vai uma com o nome em


branco, o qual Vossa Mercê escreverá nela o nome
da pessoa a quem a der, achando-se ainda impossi-
bilitada a que estava eleita para esse posto.
Espero que Vossa Mercê continue as suas mar-
chás e empresas com muita felicidade e bom su-
cesso em tudo como lhe desejo, e das mesmas fio já
desejando ter miúdas notícias para me serem prs=
sentes os sucessos. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e agosto, 26 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o Capitão-mor Antônio Veloso da Silva, Ca-
bo da guerra dos bárbaros do termo da vila do
Cairu.

Carla que se escreveu ao Cabo da


Frota João Álvares Barracas sobre par-
tir a frota até vinte e cinco de setembro.

Por me parecer conveniente ao serviço de Sua


Majestade, que Deus guarde, que os navios da fro-
ta se detenham mais neste porto do que os que lhe
estavam determinados, na forma do regimento que
Sua Majestade foi servido mandar a Vossa Mercê,
por não haverem carregado a maior parte deles e
me representar o Senado da Câmara o notório pre-
Juizo que se segue aos senhores de engenhos, donos
das embarcações e contratadores dos Dízimos
Reais, ficando por carregar os ditos açúcares e
mais gêneros do Brasil; faço saber a Vossa Mercê
que havendo atenção à dita representação c peti»
ção que também me fizeram os Capitães dos navios
lhes tenho concedido de mais tempo os dias que vão
de trinta do presente até vinte e cinco de setembro
que vem, por entender firmemente que não lhes se=
rá possível estarem prontos par,a fazer viagem sem
— 178 —

lhes conceder os dias determinados pelo Bando qüe


se lança hoje, -28 do corrente, de que darei conta a
Sua Majestade para haver de lhe constar não haver
sido a (iemora por omissão de Vossa Mercê senão
por bem do seu real serviço. Guarde Deus a Vossa
Mercê. Bahia e agosto, 28 de 1719. O Conde do Vi-
mieiro. Senhor João Álvares Barracas.

Carta que se escreveu aos oficiais da


('amara da vila do Cairu para nomearem
uma pessoa para pôr termo receber e
tomar entrega de todas as munições pe-
trechos, miudezas e medicamentos que
desta cidade se manda remeter à ordem
do Sargento-mor da artilharia Inácio Tfei-
xeira Rangel.

Tanto que Vossas Mercês receberem esta carta


nomearão logo pessoa abonada e segura dessa vi=
Ia, para tomar entrega e receber por um termo
que
Vossas Mercês lhe mandarão fazer por um tabe-
lião público todas as munições, petrechos, miudezas
e medicamentos que desta cidade mando remeter à
ordem, do Sargento-mor da artilharia Inácio Tei-
xeira Rangel que tudo é pertencente à guerra,
que
pela representação que Vossas Mercês me fizeram
mand fazer aos bárbaros dos matos do termo des-
sa vila e das mais circunvizinhas.
A dita pessoa que Vossas Mercês nomearem
farão declarar no termo que se fizer
que não há de '
dispender cousa alguma sem ordem,
por escrito,
do Sargento-maior Inácio Teixeira Rangel
para
assim se por em boa arrecadação o
que toca à Fa-
zenda de Sua Majestade, que Deus
guarde, e poder
pelas mesmas ordens dar conta do que entrou no
-- 179 —

seu recebimento. Deus guarde a Vossas Mercês.


Bahia e agosto, 27 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para os oficiais da Câmara da vila do Cairu.
A' margem: Esta carta não teve efeito por se
passar outra que vai adiante registada.

Cartas que se escreveu aos Juizes


Ordinários elas vilas de São Francisco,
vila da Cachoeira, e da vila de Jaguaripe
para ordenarem aos seus oficiais de jus-
tiça prendam a todos os homens forasteiros
que acharem nelas ou a elas forem che-
gando.

Tanto que Vossa Mercê receber esta examina-


rá e encarregará aos oficiais de justiça dessa vila
que todos os homens que nela acharem forasteiros
ou a ela forem chegando os prendam logo logo, e
Vossa Mercê mos remeterá seguros à cadeia des-
ta cidade dando-me conta de assim o haver executa-
do, o que hei por muito encarregado a Vossa Mercê
por haver fugido desta praça a maior parte dos
marinheiros da nau de comboi e naus da índia, e
ser convenientíssimo ao serviço de Sua Majestade,
que Deus guarde, venham para bordo delas, assis-
tir às suas obrigações e não se demorar por esta cau-
sa o apresto das mesmas naus e a partida da frota
que há de sair inviolàyelmente.deste porto a vinte
e cinco de setembro. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e agosto 28 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o Juiz.Ordinário da.vila de São Francisco.

Carta que se escreveu a todos os Co-


ronéis do Recôncavo, sobre prenderem to-
dos os homens que se acharem forasteiros -
— 180 —

nos distritos do seu regimento que foram:


ao Coronel Luiz da Rocha Pita Deus Dará;
José Pires de Carvalho, Domingo* Borges
Barros, Egas Monis Barreto o Coronel
Francisco Barreiros de Aragão, Miguel
Calmon de Almeida, Garcia de Ávila Pe-
reira, e aos Sargentos-mores Gabriel da
Rocha Moutinho e Manuel Pinto de Eça.
Tanto que Vossa Mercê receber esta executará
e encarregará ao Sargento-maior e a todos os Capi-
tães do seu regimento que todos os homens que nos
distritos das suas companhias acharem forasteiros
ou a êls forem chegando os prendam logo logo, e
Vossa Mercê, Sargento-maior, ou os ditos Capitães
mos remeterão à cadeia desta cidade dando-me con-
ta de assim o executar, o que hei por muito reco-
mondado a Vossa Mercê, ao dito Sargento-mor e
Capitães, por haverer fugido desta praça a maior
parte dos marinheiros da nau de comboi e naus da
índia e ser preciso e convenientíssimo ao serviço
de Sua Majestade, que Deus guarde, que estes ho-
mens venham para bordo delas assistir as suas
obrigações para se não demorar por esta causa o
apresto das mesmas naus e a partida da frota,
que
há de sair inviolàvelmente, deste porto, a 25 de se-
lembro. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
agosto, 28 de 1719. O Conde do Vimieiro Para o
Coronel Luiz da Rocha Pita Deus Dará.

Carta para o Capitão João Teixeira


de Sousa, Administrador da feitoria de ma-
deiras do Cairu.
Remeto a Vossa Mercê 16 marinheiros
que
Vossa Mercê remeterá a bom recado, em tal for-.
— 181 —

ma que lhe não fujam, os quais dividirá Vossa Mer-


eê por ambas as charruas, oito em cada uma; espe-
ro que a carga destas se não demore nem a sua ex-
pedição, como também que Vossa Mercê tenha um
particular cuidado em que não desertem mais ma-
rinheiros das mesmas charruas. Vai ordem ao Sa
gento-mor Francisco Pinto para que de nenhuma
maneira obrigue aos homens que atualmente andam
ocupados no trabalho dessa feitoria, a que vão à
guerra do gentio bárbaro. Ao Provedor-mor tenho
ordenado remeta a Vossa Mercê os quatro mil cru»
zados que faltam para completar os oito que Vossa
Mercê pediu; e agora me diz o Tenente General d^
Artilharia que o dito Provedor=mor os mandava
pelo Sargento-maior Inácio Teixeira Rangel.
Torno a recomendar <a Vossa Mercê que de nenhu*
ma maneira perca tempo à expedição das charrua;
por ser mui pouco o que tem de demora a frota
neste porto. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
agosto, 2.. de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o
Administrador da feitoria do Cairu.

Carta que se escreveu ao Sargento-


maior da vila do Cairu Francisco Pinto de
Afonseca e Góis.

Estranho muito Vossa Mercê haver nomea-


do para irem à guerra que mando fazer aos barba-
rs dos matos do termo dessa vila e das mais cir-
cunvizinhas a Francisco Barbosa de Araújo, e Mi-
guel de Araújo, seu irmão, Manuel de Andrade Lô-
bo, três filhos de Manuel Gonçalves Neves, Ân-
çelo de Couros, Antônio Pereira, Ilário Pereira e
seus filhos e João de Brito e Francisco Fernandes
irmãos, e Francisco de Araújo Corrêa, Domingos
- 182 —

de Oliveira, o Capitão João da Costa Teixeira, e


Francisco Barbosa, e Francisco Borges das Chagas
Ferreiro, todos estes homens ocupados no serviço
da feitoria elas madeiras de Sua Majestade, que
Deus guarde, que está estabelecida nessa vila, por=
que a nenhuma outra pessoa a tal nenneaçâo
mais que a Vossa Mercê a qual não devia fazer nos
referidos homens sem primeiro me dar parte, e es-
perar a minha resolução que sempre havia de ser
escusá-los por nãc prejudicar o serviço que estão
fazendo ao dito senhor naquela feitoria especial-,
mente na ocasião ela carga das charruas que aí se
acham recebendo as madeiras e assim ordeno a
Vossa Mercê que em lugar dos referidos homens
pertencente ao serviço da dita feitoria nomeie logo
outros moradors dessa vila para completar o nú-
mero da gente que há de dar para a mesma guerra,
cujo Cabo chegará brevemente, a essa vila. Deus
guarde a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e agôs-
to, 28 de 1719. O Conde do Vimeiro. Para o Sar=
gento^nraior da vila do Cairú Francisco Pinto de
Afonseca e Góis.

Carta para o Sargento-maior da vila


do Cairu Francisco Pinto de Afonseca
Góis.

Quando recebi a carta de Vossa Mercê, de 24


elo corrente já tinha respondido sobre o conteúdo
nela, na que vai inclusa pela representação que se
me havia feito antecedentemente e assim não tenho
mais que dizer a Vossa Mercê sobre a gente que
trabalha na feitoria de Sua Majestade a que Vossa
Mercê há de fazer de novo em seu lugar para ir à
guerra dos bárbaros.
— 183 —

No que toca à baixa que Vossa Mercê me pede,


se os seus anos e achaques o impossibitam a conti-
nuar o exercício do seu posto eu lho não tiro e faça
Vossa Mercê petição e assine para lhe deferir como
entender de justiça. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e agosto, 29 de 1719. 0 Conde do Vimieiro.
Para o Sargento-mor da vila do Cairu Francisco
Pinto de Afonseca e Góis.

Carta para o Capitão Sebastião da


Costa de Figueiredo.

O Excelentíssimo Senhor Conde do Vimieiro,


General deste Estado, recebeu a carta de Vossa
Mercê de 22 do corrente, sobre a diligência a que
Vossa Mercê foi mandado a essa vila do Cairu e
foi servido ordenar-me diga a Vossa Mercê por es«
Ia, que se tem notícia certa de que os delinqüentes
que iam buscar estão nessa vila ou seu termo, fa-
ça toda a diligência possível pelos prender e tra-
zer na forma que se lhe tem ordenado, mas que cer=
tificando-se de que eles não assistem na vila c seu
termo e estão ausentes em outros distritos ou têm
.vindo para esla cidade, Vossa Mercê se recolha Io*
go a ela com toda a sua gente. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e agosto, 29 de 1719. Luiz da Cos-
ta Sepulveda. Capitão Sebastião da Costa de Fi-
gueiredo.

Carta que se escreveu ao Provincial


da Província de São Francisco desta cida-
de.

Entendo que a Vossa Reverendíssima são pre-


sentes as apertadas ordens que há de Sua Majesta=
184

de, que Deus guarde, neste Governo Geral para que


nos conventos desta cidade e vilas do seu recôn-
cavo, se não recolham criminosos alguns porque
sou informado que na Ordem Terceira de São Fran-
cisco da vila do Cairu se acham reclusos ao presen-
te o Alferes Gabriel da Silva e seu filho Francisco
Xavier delinqüentes de uma morte feita à espin-
garda a Pedro Roiz da Costa, participo a Vossa
Reverendíssima esta notícia para que ordene se não
dê asilo naquele convento nem nos mais da jurisdi-
ção de Vossa Reverendíssima aos ditos e a outros
quaisquer criminosos porque constando-me o con-
trário hei de fazer extraminar aos guardiões dos
tais conventos e executando inviolàvelmente as or-
dens de Sua Majestade. Espero que Vossa Revê*
rendíssima com atenção às ordens do dito Senhor
ordene se expulse logo dos seus conventos a todos
os criminosos que neles estiverem homiziados. Deus
guarde a Vossa Reverendíssima muitos anos. Ba-
hia e agosto, 29 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Rm" Padre Provincial da Província de São Fran
cisco do Brasil.

Para o Capitão João Álvares Barra-,


ças sobre não deixar entrar tabaco a bor-
do da nau de guerra sem ser despachado
pelo Superintendente dele.

Sou informado de que vários soldados da guar-


nição da nau de Vossa Mercê vão com diversos gê-
neros que trouxeram de Portugal à vila da Cacho-
eira vendê-los por tabaco, e porque este gênero á
proibido, como Vossa Mercê sabe, por muitas ordens
de Sua Majestade, que Deus guarde, e pode servir
de gravíssimo prejuízo ao serviço do mesmo Senhor
— 185 —
ê

introduzir-se a bordo da nau de guerra sendo leva


do para ela por alto, sem despacho e registo do De-
sembargador Superintendente do Tabaco desta pra-
ça, pareceu-me participar a Vossa Mercê esta no-
tícia para que ponha tal vigilância e cuidado a bor-
do da dita nau que não se embarque tabaco algum
nela sem registo e despacho do dito Desembarga-
dor Superitendente para que assim se evitem os des-
caminhos deste 'gênero, que tantas vezes se !em
achado em Portugal em grande quantidade, e se
observem inviolàvelmente as ordens de Sua Majes-
tade; o que hei por muito recomendado a Vossa Mer-
cê. Bahia e agosto, 29 de 1719. 0 Conde do Vimi
eiro. Para o Capitão João Álvares Barracas.

Para o Juiz Ordinário da vila da Ca-


choeira sobre não deixar vir embarcação
com tabaco 'algum, sem carregação assi-
nada por êle e termo feito aos mestres de
não desembarcarem tabaco senão no ar-
mazém da sua arrecadação, depois de o
manifestar ao Superintendente pela dita
carregação.

Sou informado que muitos soldados da nau de


combói e outras pessoas das da índia vão com di-
versos gêneros daquele Estado e do Reino de Por*
tugal vendê-los nessa vila 'aos moradores dela e
seus distritos a troco de tabaco e porque vindo este
gênero dessa vila sem arrecadação e dirigido ao
Desembargador Superintendente do mesmo tabaco
desta cidade para se registar e despachar debaixo
de arrecadação se pode introduzir, sem ela a bordo
da nau de combói e naus da índia, contra as aperta-
das ordens que há de Sua Majestade sobre este par-
— 186 —

ticular e em grave prejuízo de sua real fazenda


Ordeno a Vossa Mercê, ponha tal cuidado e vigilan-
cia om todas as embarcações que vierem desse pôr-
to e dos mais dos distritos dessa vila que não ve=
nha alguma com tabaco sem o que trouxer vir
com carregação de todo o que traz em rolos, em
paus e em bolas, a qual Vossa Mercê assinará, com
distinção das pessoas a que pertencem os tabacos e
fará assinar termo dos mestres vierem em di-
reitura ao armazém da arrecadação d0 mesmo la-
baco sem descarregarem nenhum mais que no dito
armazém, depois de manifestarem pela carregação
ao Desembargador Superintendente, para ser des-
pachado na forma das ordens de Sua Majestade, o
que hei a Vossa Mercê por muito muito recomen-
dado. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e agôs-
to, 29 de 1719. 0 Conde do Vimieiro. Para o Juiz
Ordinário da vila da Cachoeira.

Carta que se escreveu aos Juizes Or-


dinários das vilas de São Francisco de Se-
gipe do Conde, Cachoeira, e Jaguaripe, sô-
bre as pessoas que deixaram de plantar
mandiocas e plantaram tabacos.

Por me constar que muitas pessoas dos distri-


tos dessa vila que são obrigadas a plantar mandio-
cas na forma da lei de Sua Majestade,
que Deus
guarde, de mui los anos a esta parto observada e
publicada por repetidos bandos deste Governo Ge-
ral, a deixaram de fazer e empregaram as suas fá=
bricas na planta dos tabacos por lhe acharem mais
conla o que é em gravíssimo prejuízo do serviço
do mesmo Senhor, sustento dos moradores do re-
côncavo da infantaria desta
praça e povo dela. Or-
— 187 -

deno a Vossa Mercê, que examine logo muito indi-


vidualmente as pessoas que deixaram de plantar
mandiocas na forma da sua obrigação e se aplica-
ram a planta dos tabacos; e as que assim o tiverem
feito, de qualquer qualidade, foro, e condição, de que
sejam as prenda Vossa Mercê sem demora alguma
e remeta à cadeia desta cidade à minha ordem,
dando=me conta para me ser presente. Deus girar»
de a Vossa Mercê. Bahia e agosto, 29 de 1719. 0
Conde do Vimieiro. Para o Juiz Ordinário da vila
de Jaguaripe.

Carta para os oficiais da Câmara da


vila do Cairu. nomear pessoa segura para
receber as munições que leva Antônio da
Rosa, Ajudante da Artilharia para a guer-
ra dos bárbaros.

Tanto que Vossas Mercês receberem esta nome-


arão logo, sem demora, uma pessoa de toda a segu-
rança e capacidade, moradora nessa vila para rece-
ber as munições e medicamentos e mais petrechos
:pie leva Antônio da Rosa, Ajudante ela Artilharia
tlesta praça para a guerra que mando fazer ao gen-
tio bárbaro dos matos do termo dessa vila e mais
circunvinzinhas a ela; da entrega e recebimento
mandarão Vossas Mercês fazer termo autêntico pela
relação das cousas de que vai entregue o dito Aju-
dante, à pessoa que nomearem em o qual lhe de*
clararão não dispenda cousa alguma, sem ordem
por escrito da pessoa que lhe mostrar a tem minha,
para lhe mandar fazer a despesa das ditas muni-
ções, medicamentos e petrechos a qual mandarão
Vossas Mercês também registar ao pé do termo tan-
to que se lhe apresentar para que assim também te-
— 188 —

nha boa arrecadação a Fazenda Real e pelas di-


Ias ordens possa dar conta do que se lhe entregou
à pessoa que o receber, a qual dará conhecimento
em forma ao dito Ajudante para sua descarga e do
Almoxarife dos armazéns. Ao Sargento-maior'da
Artilharia Inácio Teixeira Rangel encarreguei ir
mandar fazer a dita despesa, porém adoeceu ago-
ra se não se achar capaz brevemente nomearei ou-
tra pessoa em seu lugar. Deus guarde a Vossas
Mercês. Bahia e agosto, SI de 1719. O Conde do Vi-
mieiro. Para os oficiais da Câmara da vila do Cai-
ru
Carta para 0 Administrador da feito=
ri das madeiras da vila do Cairu remeter
uma certidão do livro do ponto como se
lhe ordena.

Tanto que Vossa Mercê receber esta me reme-


ta logo logo sem demora alguma umn certidão au-
têntica do escrivão dessa feitoria tirada do
livro do ponto, pela qual conste o dito mês e ano
em que começaram a ser ocupadas no serviço des-
sa feitoria as pessoas declaradas na lista inclusa,
que Vossa Mercê me remeteu. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e agosto, 30 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Administrador da feitoria das
madeiras do Cairu.

Carta para o Sargento-mor da vila


do Cairu sôbre a gente para a guerra dos
bárbaros, alguma retirada para a fábrica
das madeiras e outra fugida para esta ci-
dade.
Por duas cartas que escrevi a Vossa Mercê em
28, e 29 do corrente, e lhe remeti,
por via do Tenen»
189

te General da Artilharia, tendo respondido a con-


ta que Vossa Mercê me deu na sua de 24, agora me
acho mais com outra de 13 do mesmo mês em que
me dá também conta da notificação que mandara
fazer aos homens que hão de acompanhar o Capi>
tão-mor Antônio Veloso à guerra dos bárbaros; ha-
verem fugido alguns para esta cidade por se nâo
acharem na ocasião próxima sendo o um
pardo, por nome Inácio de Araújo, e outros se te-
rem metido no corte das madeiras rsais com pa-
recer do Administrador e Mestre delas dizendo-lhe
que ali estavam livres da obrigação de ir à guerra;
e Vossa Mercê a mim que estes oficiais não são obri-
gados ao dito corte.
FJu já ordenei a Vossa Mercê, nas ditas cartas,
o que há de obrar com os oficiais e pessoas do cor»
te e fábrica das madeiras pela precisa ocasião do
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, em
que estão e carga das charruas, mas como Vossa
Mercê me diz não são da obrigação da feitoria
espero me mande Vossa Mercê logo lo£o, uma
justificação judicial por que conste não trabalha-
vam na feitoria os homens que lhe declarei, anCs
de Vossa Mercê os nomear para a guerra para des-
fazer esta meada que tão embaraçada se acha.
O mulato, que Vossa Mercê me diz é origem de
fugir a gente para esta cidade faça Vossa Mercê
toda a diligência pelo prender logo logo, e remete-
Io em ferros à cadeia desta cidade à minha ordem,
com justificação autêntica da sua culpa; e o mes-
mo executará também com todas aquelas pessoas
que lhe constar desertaram dessa vila( para não ir
à guerra na ocasião presente ) tanto que aparecerem
na mesma vila porque merece grave castigo tão pre-
judicicial exemplo.
- 190 —

¦ Para acompanhar o Cabo à guerra faça Vos-


sa Mercê logo logo pessoas solteiras e desempedi»
das, completando o número de cinqüenta homens
para que quando o dito Cabo chegar a essa vila,
a\he toda a gente e mantimentos prontos, como se
obrigou a dar. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e agosto, 30 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o
Sargento-mor da Vila do Cairu Francisco Pinto da
Afonseca Góis.

Carta para o Juiz Ordinário da vila


de Jaguaripe, Francisco de Castro de Me-
nezes sobre os que não plantaram mandio-
cas e aplicaram as suas fábricas na cultu-
ra dos tabacos; e a mesma carta se escre-
veu também ao Coronel Miguel Calmon
de Almeida sobre os moradores dos distri-
tos de São Pelro do Monte, e Caminhoã
com a cópia da lei de Sua Majestade.

Por repelidas notícias sou informado de que os


moradores dos distritos de Maragogipe e de todos
os mais do termo dessa vila, levados mais da ambi-
ção particular, do que da conveniência do sustento
geral e preciso para as naus de comboi, e da índia
armadas de guarda-osta, embarcações do comer-
cio da Costa da Mina, navios das frotas e outros
que a este porto vêm de várias partes, infantaria
desta praça, povo dela ,e do mesmo recôncavo, dei-
xaram de plantar mandiocas e empregaram as
suas fábricas na cultura dos tabacos, de
que espe-
ram buscar maiores interêêsses, com manifesto
pre-
juízo do serviço de Sua Majestade, que Deus guar-
de e da sua Real Fazenda, pela grande falia
que po-
d/3 haver do principal mantimento de farinha, e
— 191 -

excessivo preço a que costuma chegar, de que tam-


bém participa geralmente todo o povu e em frau-
cie da lei do mesmo Senhor em virtude da qual to-
dos os meus antecessores e ue neste Governo Geral,
publicaram Bandos, sôbre a inteira observância
dela naqueles distritos e distância nela expressa-
dos; atendendo a todos os referidos- prejuízos e
a fim de os atalhar e evitar rmeto com esta a Vos-
sa Mercê a cópia da dita Lei de Sua Majestade pa-
ra que Vossa Mercê na parte e pela parte que dela
lhe toca a faça inviolàvelmente executar; e eucar-
rego e ordeno a Vossa Mercê faça logo logo uma
muito exata e individual averiguação das pessoas
que nos distritos do termo dessa vila tem faltado a
plantar mandiocas e se empregaram na planta de
tabacos e a todos os compreendidos mande logo
prender, sem isentar nenhum e os remeta seguros
a esta cidade à minha ordem para mandar proce-
der contra eles como transgressores da lei de Sua
Majestade ,e rebeldes à execução dos Bandos dêstc
Governo Geral, muitas vezes publicados em obser-
vância da mesma lei. Espero do zelo de Vossa
Mercê uma tal execução nesta diligência (que lhe
torno a encarregar por serviço de Sua Majestade e
do bem comum) que sem isentar pessoa alguma fi-
que servindo de exemplo ao povo miúdo o proce-
der contra os poderosos. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e agosto, 30 de 1719. O Conde do Vi-
mieiro. Para o Juiz Ordinário da vila de Jaguar!»
pe, Francisco de Castro de Meneses.
- 192

Carta que se escreveu ao Administra-


dor da feitoria de madeiras do Cairu.

Recebo a de Vossa Mercê e fico entendendo


tudo o que Vossa Mercê me diz sôbre o que já há
dias havia respondido a Vossa Mercê.
Ao Provedor-mor tenho passado ordem para os
oito mil cruzados que Vossa Mercê me diz são lie-
cessários, que com efeito hão de ir nas eharruas, as
quais se ficam descarregando para logo irem para
esse Cairu e pslo que toca aos barcos
que Vossa
Mercê pede estes não os há cá e Vossa Mercê os
po-
de tomar lá dos que navegam para esse porto
para
Jaqueriçá, Boipeba e Carnamu, que são os
que ser-
vem porque as barcaças não é possível irem
por se-
rem necessárias cá para outra expedição; eu espe-
ro que Vossa Mercê dê as ditas eharruas com tal
atividade que por esta causa se não dilate a frota.
Admiro-me muito de Vossa Mercê me
pedir o
escuse de uma ocupação, que lhe têm dado, a Vos-
sa Mercê o que tem e fico fazendo a diligência
por
sujeito que lhe haja de ir suceder, ao manda»
qual
rei passar Provisão e enquanto o faço continue
Vossa Mercê, que Deus guarde muitos anos. Ba-
hia e agosto, 5 de 1719. O Conde do Vimieiro. Pa-
ra o Administrador da feitoria do Cairu.

Carta para os oficiais da vila do Cai-


ru com a ordem para o Cabo da guerra
dispender as munições.

Com esta remeto a Vossas Mercês a inclusa


para a entrega rao Capitão-mor Antônio Veloso da
Silva, Cabo da guerra dos bárbaros dessa vila tan-
— 198 ~-

to que chegar a ela que é a ordem que lhe mando


para poder dispender as munições para a mesma
guerra, e Vossas Mercês a mandarão registar ao
pé do termo que lhes ordenei se fizesse ao rcebe-
dor delas. Deus guarde a Vossas Mercês. Bahia e
setembro, 2 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para
os oficiais da 'Câmara da vila do cairu.

Carta para o Capitão-mor da capita-


nia de Porto Seguro.

Tenho visto a conta que Vossa Mercê me dá nas


duas cartas de 16 e 17 do corrente, que me escre-
veu com a certidão que as acompanhava sobre a in-
quietação em«, que se acha essa capitania e os ex-
cessos que dela podem resultar contra o serviço de
Sua Majestade, que Deus guarde, e quietação dês-
se povo, a quem desejo todo o sossego, mas, como
entendo que toda procede de faltarem à sua obri-
gação os que têm o Governo dela não posso logo
proceder com a demonstração que convém para
evitar semelhantes alterações, o que farei tanto que
me certificar quem são os autores delas.
Ao Ouvidor dessa capitania ordeno venha lo-
go à minha presença para nela ser ouvido e quan-
do lhe mandei passar Provisão foi pelas boas infor-
mações que se me deram do seu procedimento, se-
gurandb a Vossa Mercê que os que achar forem
culpados os hei de castigar conforme os seus deli-
tos merecerem.
Aos oficiais da câmara dessa vila ordeno me
avisem se nela há armazém para guardar as muni-
ções de guerra (que hei de remeter) e Almoxarife,
a quem se hajam de entregar e não c havendo me
nomeem sujeito capaz de servir aquela ocupação.
— 194 —

Havendo nessa cap;fania (o que não creio) ai»


guma pessoa ou pessoas que procurem fazer a mais
leve perturbação a esses moradores, Vossa Mercê a
remeta presa com toda a segurança à minha ordem
à cadeia desta cidade, mandando fazer pelo Juiz
Ordinário uma informação jurídica que remeterá
com o tal preso, ou presos, e lhe hei por mui reco-
mendado procura por todos os meios o sossego
dos moradores dessa capitania, pois rela i%r a ssu
cargo deve desvelar-se com todo o cuidado nesta di-
ligéucia, e de tudo o que obrar nela me dará cem-
ta. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e julho, 24
de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão-
mor da capitania de Porto Seguro.

Para o Juiz Ordinário mais velho da


vila de Porto Seguro.

Vejo a conta que Vossa Mercê me dá dos ex-


cessos com que o Ouvidor dessa Capitania procede
intrometendo-se violàvelmente no que não toca à
sua jurisdição, mas, como as queixas que Vossa Mer-
cê me faz vêm sem ¦documents que a justifiquem
ainda que teillia a certeza de que Vossa Mercê as
expôs com toda a verdade nã posso eu faltar ã
boa administração da justiça em castigar a parte
íem :*er ouvida - por essa razão lhe escrevo que
venha logo à minha presença.
0 Capitão mioi dessa capitania me deu couta
de haver nela algumas pessoas que a perturbavam
com inquietação; eu lhe ordeno mande tirar por
Vossa ivlercê a\i: informação jurídica sôbre este
particular e que havendo alguns culpados os reme-
ta à cadeia desta cidade com toda a segurança à
minha ordem, e Vossa Mercê se haja nesta diligencia
— 195 —

de maneira que se não vença ds razões do sangue,


da amizade nem do ódio para que eu proceda sem
o menor escrúpulo, contra os delinqüentes e tenha
que lhe agradecer não faltar às obrigações do lugar
que ocupa. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
julho, 27 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para ¦
Juiz Ordinário mais velho da vila de Porto Seguro.

Carta para os oficiais da câmara da


Vila de Porto Seguro.

Vejo a conta que Vossas Mercês me dão da


pouca pólvora e bala que se acha nessa vila, depois
de passado um ano de ue haver tomado posse deste
governo, e me não dizem se há Almoxarife a quem
se haja de entregar as munições de guerra que hei
de mandar remeter, se há armazém adonde se re-
colham, em cujos termos me dirão Vossas Mercês
se há alguma cousa destas, e não havendo o dito Al-
moxarife me nomearão um sujeito dos mais capa- ¦
I
zes, para lhe mandar passar Provisão da serventia
por um ano, para dar conta do que se lhe entregar 'aroJ^o-M

ao que na mesma ocupação lhe suceder.


E porque de presente tenho várias queixas do
procedimento do Ouvidor dessa capitania de que
pode resultar alguma inquietação aos moradores
dela, o que é muito prejudicial ao serviço de Sua
Majestade, que Deus guarde, e bem comum; Vos-
sas Mercês me informem, com toda a verdade, do
seu provimento e dos motivos de que procede a per-
turbação em que se acham esses moradores. Deus
guarde a Vossas Mercês. Bahia e julho, 25 de
1719. 0 Conde do Vimieiro. Para os oficiais da
Câmara da vila de Porto Seguro.
196

Para o Ouvidor da capitania de Pôr-


to Seguro.

Tanto que Vossa Mercê receber esta cart; ve-


nha. à minha presença na primeira ocasião que se
c f< recer de embarcação para esta cidade, por con-
vir assim ao serviço de Sua Majestade, que Deus
guarde, e a se ficarem evitando as inquietações
com que me seguram se acha hoje essa capitania por
culpa de faltarem às suas obrigações os que têm de
a conservar em paz, prejudicando por razões parti»
(ulnres a quietação do bem comum. Deus guarde
a-Vossa Mercê. Bahia e julho, 27 de 1719. O Con-
de do Vimieiro. Para o Ouvidor da capitania de
Porto Seguro.

Carta para o Coronel Miguel Calmon.

Senhor meu. Pela conta que Vossa Mercê me


dá me certifico em tudo quanto tem obrado per*
tencente à expedição da gente que vai à ordem do
Cabo Antônio Veloso para a guerra do gentio bár-
baro, e Vossa Mercê dispôs a dita expedição com
tão boa forma e tanto à custa da sua fazenda que
reconheço fez serviço grande a Sua Majestade, e
assim por conta do lugar que ocupo o agradeço a
Vossa Mercê e não menos o haver sujeitado a esses
soldados a que se proibisse a falta dos que se au-
sentaram, o que a Vossa Mercê lhe não seria muito
custoso porque ainda na maior repugnância o seu
grande agrado e persuação os facilitaria para ação
mai? árdua.
Vossa Mercê lhe sendo necessário ir ao seu en»
genho, razão é que lhe acuda e veja também a sua
.família, porém, lembro a Vossa Mercê
que pelo
— 197 —

aperto das ordens de Sua Majestade tenho manda-


do dar baixa em todos os que se acham fora do seu
distrito, o que não mando executar com a pessoa de
Vossa Mercê, tanto por se achar vizinho a êle como
porque não falta em ação alguma do serviço de Sua
Majestade, porém, consta-me que com exemplo de
Vossa Mercê se intentam requerimentos a El-Rei e
bom será que Vossa Mercê se segure expondo as*
suas razões ao Conselho Ultramarino, pois eu a ês-
te respeito tenho já feito carta, que há de ir na pre=
sente frota, dizendo as razões porque Vossa Mercê
fica tolerado, e segurado à força delas, entendo
será Vossa Mercê bem sucedido e Vossa Mercê en-
quanto não há resolução de Sua Majestade sacri-
fique-se e sujeite-se em estar no seu distrito todas
as vezes que não fôr preciso no engenho, o que tor-
no a dizer a Vossa Mercê que da sua pessoa se faz
exemplo, não tenho mais que diga a Vossa Mercê,
que Deus guarde muitos anos. Bahia e setembro,
5 de 1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronai
Miguel Calmon de Almeida.

Carta para o Capitão-mor Antônio


Veloso da Silva, Cabo da guerra.

Com a carta de Vossa Mercê do último de agòs-


to recebo a lista da gente que em Maragogipe lhe
entregou o Coronel Miguel Calmon e estimo muito
que Vossa Mercê vá já continuando as marchas
para que andadas as que lhe restam até a vila do
Cairu dâ Vossa Mercê princípio a entrada dos ma-
tos dela e extinguir os bárbaros na forma do Re»
gimento que lhe remeti em que espero obre Vossa
Mercê com tal eficácia que correspondam os efei-
tos a eleição que se fez da sua pessoa, e confiança
— 198 —

que eu também dela fiz para lhe encarregar a Vos-


sa Mercê empresa dessa guerra, de que Vossa Mer-
cê me há de dar conta mui individualmente tanto
pelo que pertence-ao serviço de Sua Majestade, que
Deus guarde, como ao sossego e conveniência vie
seus vassalos, que tudo esperam lograr pelos meios
da guerra que lhe mando fazer aos ditos bárbaros.
Os oficiais da câmara da vila do Cairu hão de
entregar a Vossa Mercê uma carta minha que lhe
remeti para esse efeito, que é a ordem para Vossa
jVIercê poder mandar dispender as munições, medi-
camentos e mais petrechos que mandei para a dita
guerra.
Fico esperando me dê Vossa Mercê con Ia das
outras marchas até a vila do Cairu (donde já hoj
suponho Vossa Mercê chegado) e se leva toda a
gente bem tratada, gostosa, e unida uma com a ou-
Ira. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e setem-
bro 4 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capi-
tão-mor Antônio Veloso da Silva, Cabo da guerra
dos bárbaros dos matos da vila do Cairu.

Para os oficiais da câmara da vila do


Cairo.

Com a carta de 21 de agosto recebi os termos


que se fizeram sobre os socorros para a guerra dos
bárbaros dos matos dessa vila e circunvizinhas
cm os oficais das câmaras das vilas do Camamú,
o Jaguaripe, e por eles entendendo não concorre
mais a do Camamú que com cento e cinqüenta cí-
rios de farinha ou seu valor em dinheiro pelo
que correr e a câmara de Jaguaripe está pronta
para a despesa do trânsito da gente até a vila do
Cairu. Eu não posso obrigar as ditas câmaras a
— 199 —

darem mais para a dita guerra do


que aquilo que,
voluntariamente, declara dá cada uma da sua
par-
te; porque passar a outros termos com elas seria
fzer-lhes injustiça e violência e assim neste têr-
mos devem Vossas Mercês ter prontos todos os
mantimentos que se obrigaram a dar para o sus-
tento da gente da dita guerra como ajustaram com
o Sargento-mor da Artilharia Inácio Teixeira Ran-
gel, o que com maior razão toca a Vossas Mercês
por serem as partes mais interessadas, e já Vossas
Mercês têm experimeniade) pelas munições e mais
petrechos que lhes mandei remeter, com que Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, pode concorrer da sua
Real Fazenda para a dita guerra. Espero que Vos-
sas Mercês em. tudo satisfaçam como se têm obi
gado. Deus guarde a Vossas Mercês. Bahia e se»
tembro, 3 de 1719. A Carta inclusa entregarão
Vossas Mercês ao Cabo ela Guerra. O Conde do Vi-
mieiro. Para os oficiais da câmara da vila do Cai-
ru.

Carta para o Administrador da feito-


ria das madeiras sobre as charruas.

Recebo a carta de Vossa Mercê de 30 de agôs-


to em que me dá conta de haverem chegado os pre-
sos, que ordenara aos Mestres das charruas eis ti- . ',:
versem com toda a segurança
... do corrente os há
poderão estar nesta Bahia até 10 ou 12 do mês, se
não houver inclemências do tempo.
Agradeço a Vossa Mercê esta notícia e espero
que a sua aplicação e cuidado obre de maneira na
expedição das ditas charruas que se recolham nes=
ta Bahia no tempo que me diz, para que a sua che=
200

gada dê também maior calor ao apresto dos navios


da frota que talvez na consideração de não chega-
rem neste porto tão depresa se não aplicarão os
Mestres, Capitães e homens de negócio, como de-
vem, para estarem prontos.
Pela utilidade do serviço de Sua Majestade,
que Deus guarde ,e apresto d*a carga das charruas
sempre eu havia de remeter, como remeti a orcem
que foi ao Sargento-mor dessa vila sobre não enten-
dar com os homens que andam nesse serviço, porém
Vossa Mercê me envie logo a certidão do livro do
ponto, que por outra carta lhe tenho ordenado. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e setembro 3 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Para o Administrador da fei-
toria das madeiras da vila do Cairu.

Carta para João Roiz Adorno.

Pela carta de Vossa Mercê e conta que me de-


ram o Coronel Miguel C/ilmon e o Capitão-mor An-
tônio Veloso, fico entendendo a execução que Vos»
sa Mercê ".. pertencentes aos
índios que mandou à guerra
dos bárbaros dos distritos da vila do Cairu, que
conforme as listas da gente que os ditos me reme-
leram foram 22 índios da aldeia do Gavião, Admi'
nistração de Vossa Mercê, no que executou o que
devia ao serviço de Sua Majestade, que Deus guar-
de, e benefício de seus vassalos, e não me podia
tardar a resposta de Vossa Mercê quando se em-
pregava com tôdaa eficácia em executar as mes-
mas ordens no tempo determinado, como executou
pontualmente, diligência que fica muito na minha
lembrança e que Vossa Mercê executará com a mes-
ma prontidão, remeter-me presos os índios que fu-
201

giram da marcha para a sua aldeia. Deus guarde a


Vossa Mercê. Bahia e setembro, 4 de 1719. O Con-
de do Vimieiro. Senhor João Roiz Adorno.

Carta para o Juiz Ordinário da vila


da Cachoeira.

Recebo duas cartas de Vossa Mercê, uma de 30


de agosto, e outra do primeiro do corrente e o que
se me oferece dizer-lhe eôbre elas é que o achaque
de Vossa Mercê precisamente necessita de cura
pronta, sem a poder escusar por-ora, por não fal-
tar aos negócios pertencentes à expedição da fro-
ia neste caso, se poderá Vossa Mercê recolher à
sua casa deixando em seu lugar o seu companhei-
ro, para que defira às partes, e dê pronta execução
às minhas ordens que Vossa Mercê tem recebido,
as quais lhe entregará para as executar ,e por esta
lhe encarregará a prisão dos homens forasteiros,
como a Vossa Mercê tenho ordenado pelo grande
número de marinheiros e soldados que têm saído
desta cidade pertencentes à nau de comboi, e naus
da índia, donde como já avisei a Vossa Mercê
é preciso virem assistir tanto para o apresto das
mesmas naus, como para a guarnição delas, e não
se demorar por esta causa o serviço de Sua Majes-
tade, que Deus guarde, e partida da frota. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e setembro 3 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para o Juiz Ordiná-
rio da vila da Cachoeira. Bruno Barbosa de Araú-
jo.
— 202 —

Carta para o Capitão-mor de Porto


Seguro sobre mandar nomeação de sujei-
tos para a companhia do Capitão Fran»
cisco Dantas.

Pela carta de Vossa Mercê de dois do corren-


te fico entendendo o conteúdo nela e lhe ordeno me
envie logo nomeação de três sujeitos dos mais no-
bres, capazes e moradores na povoação de Santa
Cruz, para prover o posto de Capitão que exerce
Francisco Dantas, visto dizer Vossa Mercê o tem
admoestado para preparar a sua companhia de
Alferes, e Sargentos e êle o não haver feito
e sair do seu distrito sem licença deste Governo
Geral e estar fora dele, pelo que tem perdido o pôs-
to na forma da nova ordem de Sua Majestade, que
Deus guarde, em observância da qual ihe mando
dar baixa; e para Alferes e Sargentos venha logo
também nomeação dos sujeitos mais capazes, para
se lhes passar seus alvarás.
Pelo que toca à pólvora, averigua Vossa Mercê
em que tempo se remeteu para essa capitania, a
quantidade que foi e em que se dispendeu.
A Francisco de Lemos (amotinador), remete-
rá Vossa Mercê logo preso à cadeia desta cidade,
com uma justificação autêntica das suas culpas
para conforme elas ser punido.
No que toca à cadeia dessa vila que Vossa
Mercê diz é um telheiro, deve praticar com os ofi"
ciais da câmara dela que dos efeitos que é estilo, se
faça logo cadeia forte e segura. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e setembro, 7 de 1719. O Con-
de do Vimeiro. Para o Capitão-mor de Porto Se-
guro, Geraldo Simões.
— 203

Para o Juiz Ordinário da vila da Ca-


cheira Bruno Brbosa de Araújo exe- O0\
cutar a ordem dos que deixaram de plan-
tar mandiocas.

Sem embargo do que Vossa Mercê me repre-


senta na sua carta de dois do corrente é preciso
que Vossa Mercê entre logo na averiguação das
pessoas que deixaram de plantar mandiocas, como
a Vossa Mercê tenho ordenado e executar com elas,
inviolavelmente, a minha ordem; porque como o
termo desa vila é dilatado será muito prejudicial
ao serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, e
ao bem comum, demorar a execução do que a Vos-
sa Mercê tenho encarregado e novamente por esla
encarrego que aos Coronéis o farei eu também ao
seu tempo; e para suprir ao deferimento das par»
tes tem Vossa Mercê a seu companheiro. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e setembro. 7 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para o Juiz Ordiná- '¦'.

rio da vila da Cachoeir, Bruno Barbosa de Araú-


jo.

Para o Capitão de Cavalos da vila da


Cachoeira.

Vejo a conta que Vossa Mercê me dá na sua


carta de 2 do corrente de haver findado o embar»
que dos tabacos do armazém dessa vila para o de
sua arrecadação nesta cidade, e agradeço a Vossa m
Mercê muito este servço que fêz a Sua Majestade,
que Deus guarde, porque o sei gratifica aos oficiais
que como Vossa Mercê sabem executar com cuida»
do e prontidão as ordens pertencentes ao serviço
do mesmo Senhor e assim espero que Vossa Mercê
— 2Ü4 —

o continue nas mais ocasiões que se oferecerem. Se


houver alguma cousa dos seus requerimentos em
que lhe possa prestar o farei com muito boa vonta-
de. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e setem-
bro 7 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Ca-
pitão de Cavalos da vila da Cachoeira Pedro de
Araújo Vilas Boas.

Carta para o Capitão-mor do distri»


to de Água Fria Baltazar Vanique sobre
fazer vir para esta cidade todas as boia-
das em direitura.

Tanto que Vossa Mercê receber esta porá mui»


to particular cuidado em que todas as boiadas que
estiverem nesse distrito de Água Fria e a ela forem
chegando, venham logo em direitura para esta ci-
dade, evitando com toda a força se não divirtam
para outra parte, alguma porque sou informado
que o fazem os bixanos e atravessadores dos ga-
dos, em gravíssimo prejuízo do apresto do comboi,
navios de índia c navios da frota, qué há de sair,
inviolàvelmente, deste porto a vinte e cinco do cor-
rente. E havendo alguma pessoa que intente obrar
o contrário do que por esta ordeno, Vossa Mercê
remeta logo presa a esta cidade, para melhor o po-
der assim executar, pedirá de minha parte toda
ajuda e favor que houver mister aos oficiais e mo-
radores desses distritos os quais por esta ordeno
lhe dêm prontamente tudo o que lhes requerer pa»
ra executor esta diligência que hei por muito reco-
mendada a Vossa Mercê, por ser assim convenien»
te e importante ao serviço de Sua Majestade, que
Deus guarde, e a Vossa Mercê. Bahia e setembro,
— 205 —

9 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Capitão-


mor do distrito de Água Fria, Baltazar Vanique.

Carta para o Juiz Ordinário da Ca-


choeira sobre 4 homens que remeteu pre-
sos Bruno Barbosa de Araújo.

Chegaram os quatro homens que Vossa Mercê


remeteu presos em virtude da ordem que tem mi-
nha e agradeço a Vossa Mercê o cuidado com que
se empregou nesta diligência tão precisa e útil ao
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, e
assim espero continue Vossa Mercê nela com o
mesmo cuidado e aplicação, para que tenha mais
que lhe agradecer, Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e setembro, 9 de 1719. 0'TJonde do Vimiei-
ro.

Carta para o Capitão -Manuel de


Afonseca Dória sobre os homens que re-
meteu presos e o mais que contém.

Vejo a conta que Vossa Mercê me dá na sua


carta de 8 do corrente de remeter presos cinco ho-
mens, em virtude da minha ordem, que lhe reme-
teu o seu Coronel. Vossa Mercê obrou bem em
mandar estes homens, sem embargo do que me diz
lhe cnstou de estarem já alguns acomodados por-
que Vossa Mercê não pode saber se algum deles
pertence à obrigação da nau de combói, ou naus da
índia; e assim continuará Vossa Mercê a mesma
diligencia.
Vossa Mercê fará toda a que for possível por-
que se vão conduzindo os taboados pertencentes à
fragata de Sua Majestade que está no estaleiro pa-
- 206 —

ra que se não demore acabar-se e lançá-la ao mar,


e se evite prejudicar-se no mesmo estaleiro.
Ne que toca ao provimento de Capitão que Vos-
sa Mercê pede para seu irmão o Alferes Álvaro Pe-
reira da Carvalho, pode Vossa Mercê dizer-lhe que
faça petição declarando o distrito em que se pretende
acomodar para que informada ela pelo Coronel do
Regimento possa eu deferir, se fôr justo o que re-
quer. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e setem-
bro, 11 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Ca-
pitão Manuel de Afonseca Dória.

Carta para os oficiais da câmara da


via do Camamú.
ti

Recebo a de Vossas Mercês e pela que perten-


ce ao Sargento-mor Pantaleão Roiz de Oliveira,
obraram Vossas Mercês com todo o acerto na pos»
se que deram o Antônio Godinho, porquanto este
homem foi provido porque o dito Pantaleão Roiz
de Oliveira me fêz petição para haver de lhe acei-
tar deixação de seu posto com o fundamento de seus
anos, e dos seus achaques ;e como a mesma petição
veio assinada por êle eu ficasse na certeza de que
êle não queria continuar no posto lhe aceitei a di-
ta deixação e fiz o provimento no dito Antônio Go-
dinho, o qual está provido em virtude destas ante-
cedências e tão justamente bem provido que êle é
hoje o verdadeiro Sargento-mor dessa vila e nesta
certeza Vossas Mercês concorram para que êle
exercite o seu posto na forma da sua patente; e
quando o dito Pantaleão Roiz de Oliveira duvide a
Vossas Mercês, mo remeterão preso, e com seguran-
ça, para que melhor se logre o castigo da sua ca-
vilação.
— 207 —

Pelo que respeita ao socorro de farinhas com


que Vossas Mercê acudiram a esse povo, a gente que
vai em marcha para a guerra ao gentio bárbaro lhes
agradsço a Vossas Mercês muito o haverem nos
ajudado nesta parte, e não esperava eu me-
nos do zelo de Vossas Mercês. Guarde Deus a Vos-
sas Mercês muitos anos. Bahia e setembro, 11 de
1719. O Conde do Vimieiro. Para os oficiais da
Câmara da vila do Camamú.

Para os oficiais da câmara da vila de


Jaguaripe.

Recebo duas cartas de Vossas Mercês de 16 e


19 de agosto, sobre haverem recebido as minhas or-
dens, pertencentes aos mantimentos para o transi-
to da gente que foi para a guerra dos bárbaros dos
matos do Cairu, e'concorrerem os moradores des-
sa vila com mais alguns para as despesas da mesma
guerra.
Pelos termos que os oficiais da câmara cia vila
do Cairu me remeteram da coferência que fize-
ram com os do Camamú, e dessa fiquei entendendo
a repugnância desses moradores, de que Vossas
Mercês me dão 'agora conta, aos quais eu sem es-
pecial ordem de Sua Majestade, que Deus guarde,
não posso obrigar, visto eles não quererem contri-
buir voluntariamente para a dita guerra, sendo
partes tão interessadas pelas suas vidas, honras e
fazendas.
Quanto a serem notificados para acompanha-
rem as outras pessoas, que vão a tal guerra, como
o Sargento mor dessa vila fêz a nomeação da gen-
te que era mais capaz não tem lugar esta ação, as-
sim por não parecer rêbendita como por ser a tem-
20S

po que já a gente deve ter entrado com marchas pe-


los matos do Cairu.
Fico esperando que Vossas Mercês me digam
de que constou o socorro, com que contribuíram
para o trânsito da gente, até a vila do Cairu aloja-
mento que lhes fizeram nessa vila e quando saiu do
termo dela para ludo me ser presente, Deus guar-
de a Vossas Mercês. Bahia e setembro, 9 de 1719. O
Conde do Vimieiro. Para os oficiais da Câmara da
vila de Jaguaripe.
A' margem: Depois-de ter escrito esta a Vos-
sas Mercês me deu o Juiz Ordinário dessa vila cem
ta de tudo e assim é escusado mais.

Para o Juiz Ordinário da vüa de Ja-


guaripe.

Pela carta de Vossa Mercê de 8 do corrente fico


entendendo a conta que me dá de haver recebido e
expedido do termo dessa vila de Jaguaripe para a do
Cairu, ao Cabo da Guerra Antônio Veloso da Sil-
va, achando-se pessoalmente nesta diligencia e dan-
doihe todos os mantimentos que lhe foram neces-
sários até chegar à vila do Cairu, e agradeço mui-
to a Vossa Mercê o bem que obrou neste particular,
de quem eu nunca esperei menos pelo cuidado com
que se emprega em tudo o que toca ao serviço de
Sua Majestade.
Também estimo que Vossa Mercê haja recebi-
do as minhas ordens pertencentes à planta das
mandiocas, e dos homens estranhos que aportarem
pelos distritos dessa vila para que Vossa Mercê as
execute inteiramente (como me afirma) pela im-
portância de um e outro particular ao serviço de
Sua Majestade, que Deus guarde, e a Vossa Mercê.
—¦ 209 —

Bahia e setembro, 11 de 1719. O Conde do Vimiei^


ro. Para o Juiz Ordinário da vila de Jaguaripe.
Francisco de Crasto de Meneses.

Carta piara o Capitão-mor Antônio


Veloso da Silva, Cabo da Guerra.

Pela conta que Vossa Mercê me dá na sua car-


ta de 6 do corrente, fico entendendo partir a 7 do
mesmo mês do termo da vila de Jaguaribe para o da
do Cairú, levando dali cinqüenta homens brancos,
e 18 índios, e os mantimentos* necessários com que o
foi esperar Juiz Francosco de Castro e Menezes.
Estimo muito que Vossa Mercê em tudo vá satisfei-
to e complete a sua marcha no Cairu, para que lo-
go sem demora, faça entrada aos bárbaros daque-
les matos, e espero do zelo de Vossa Mercê seja
com tão bom sucesso que eu dê por bem empiega-
da a despesa que Sua Majestade faz para essa
guerra e os moradores a contribuição dos seus
mantimentos.
Fico esperando que Vossa Mercê me continue
do Cairú a notícia da sua chegada e também de co-
mo ali foi recebdo e municionado; e dia em que en-
trou às matas. Não tenho mais o que recomendar
a Vossa Mercê pelo haver já feito em outra ante-
cedente a esla,'que remeti aos oficiais da Câmara
do Cairú, para entregarem a Vossa Mercê, a quem
Deus guarde. Bahia e setembro, 11 de 1719. O
Conde do Vimieiro. Para o Capitão-mor Antônio
Veloso da Silva, Cabo da Guerra dos bárbaros do
termo do Cairu.
— 210 —

Carta para os Juizes Ordinários da


vila de São Francisco, de Jaguaripe e Ca-
choeira sobre faltar desta praça Francis-
co do Amaral Grugel.

Ontem, que se contaram, 12 do corrente, fal-


tou desta praça Francisco do Amaral Grugel, que
nesta frota chegou do Reino, com ordem de Sua
Majestade para não sair desta cidade ,e com um
termo feito para assim o executar e na considera-
ção de que poderá retirar-se para os distritos dessa
vila para dali o fazer para o sertão. Ordeno a Vos-
sa Mercê que tanto qhe receber esta mande logo
prender a todo o homem desconhecido que aí apa»
recer para que não tenham os oficiais a desculpa
de dizerem que não o conheciam, e Vossa Mercê o
remeterá preso à minha ordem; o que hei a Vos-
sa Mercê por muito recomendado e mais que tudo
a prontidão desta diligência. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e setembro, 13 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Juiz Ordinário da vila de São
Francisco de Sergipe do Conde.

Carta que se escreveu aos Coronéis


Miguel Calmon de Almeida, Francisco
Barreto de Aragão, Garcia de Ávila Perei-
ra, José Pires de Carvalho, e Luiz da Ro-
•cha Pita Deus Dará, sobre hnver faltado
desta praça Francisco do Amaral Grugel,
e se prendê-lo.

Ontem, que se contaram, 12 do corrente, fal=


tou desta praça Francisco Amaral Grugel que nesta
frota chegou do Reino, com ordem de Sua Majesta-
de para não sair desta cidade e com um termo
— 211 —

feito para assim o executar, e na consideração de


que poderá retirar-se pela estrada do sertão, or-
deno a Vossa Mercê lhas tome com gente do seu
regimento, e sem demora alguma o execute assim
por importar ao serviço de Sua Majestade com a
advertência de que os soldados, e oficiais que o não
conhecem farão apreensão em todo o homem des-
conhecido, e Vossa Mercê o remeterá preso à mi-
nha ordem, o que hei ia Vossa Mercê por muito re-
comendado, e mais d'o que tudo a prontidão desla
diligência. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
setembro, 13 de 1719. O Conde do Vimieiro. Se-
nhor Coronel Miguel Calmon de Almeida.

Carta que se escreveu ao Coronel Mi-


guel Calmon de Almeida sobre três pre-
sos e mais que nela contém.
f
O Sargento João Vaz, me entregou a carta de
Vossa Mercê de 10 do corrente, e deu conta dos
três homens, que Vossa Mercê remeteu presos em
virtude da minha ordem, pertencente aos forastei-
ros, e ficam seguros na cadeia.
Vossa Mercê obra com tanto acerto e cuidado
em tudo o que toca 'ao serviço de Sua Majestade,
que Deus guarde, que lhe agradeço muito este par-
ticuíar serviço, e fêz Vossa Mercê bem em mandar
todos porque aqui se examinará os que pertencem
ao comboi ou naus da índia, e quando não sejam da
obrigação delas suprirão faltas do que têm fugido, e
assim espero que Vossa Mercê continue na mesma
diligência com tal cuidado que das repetidas execu-
ções se multipliquem os meus agradecimentos.
Aos Mestres das lanchas, e barcos da caneira
de Maragogipe pode Vossa Mercê assegurar venham
— 212 —•

sem o menor receio com a sua carga de farinha pa-


ra esta cidade donde já há muitos dias se cxperi-
menta falta deste sustento porque com eles e as
suas embarcações se não há de entender; Vossa
Mercê praticará o que me avisa ter determinado de
virem todas dar-me entrada com carta sua e
levando recibo da secretaria de como assim o cxe=
cutaram para que não divirtam pelos distritos do
Recôncavo as farinhas que trazem para esta cida-
de. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e setembro,
12 de 1.719. O Conde -do Vimieiro. Para o Coronel
Miguel Calmon de Almeida.
Carta para o Capitão da Fortaleza do
Morro sobre a petição inclusa e diligên-
cia de Madalena da Cruz.
A miséria da suplicante Madalena da Cruz me
moveu à compaixão para lhe dar o despacho que
Vossa Mercê verá na petição inclusa, o qual tanto
que Vossa Mercê receber esta fará logo examinar
pontualmente na forma que nela lhe ordeno, e fei=
ta a diligência Vossa Mercê me dará conta dela re=
melenôo-me a mesma petição o que hei por muito
encarregado a Vossa Mercê, a quem Deus guarde.
Bahia e setembro, 13 de 1719. O Conde do Vimiei-
ro. Para o Capitão da Fortaleza do Morro Carlos
de Sepulveda. A carta inclusa remeta Vossa Mercê
ao Cabo da Guerra do Cairu Antônio Veloso da
Silva.
Carta para o Capitão Antônio Tava-
res cie Pina sobre a prisão de doi.i negros
1
forros.
An
cyO J
Não estou lembrado da carta por que encarre-
\p guei ao Capitão=mor Antônio Veloso da Silva a pri-
Silva.
— 213 —

são dos dois negros forros chamados Benedito e


Cipriano, porém, é crível que seria por algum des-
pacho meu a requerimento de alguma parte,e assim
remeta Vossa Mercê esta carta ao dito Capitão-
mor Antônio Veloso á Vila do Cairu ou mande em
que fôr àqueles distritos para que lhe declare a cau-
sa da prisão dos ditos negros e com a sua resposta
solicitará Vossa Mercê prende-los e rcmetêdos á
minha ordem com toda a segurança.
As duas espingardas que -se tomaram ao ne
gro Cipriano que resistiu ao Sargento e soldados
que Vossa Mercê mandou a prendê-lo as entregará
Vossa Mercê ao Coronel Miguel Calmou de Almei-
da, de que pedirá recibo para sua clareza; e quan-
to à querela pela tomada das espinguardas se cou-
be au sargento e aos soldados por que assás está cul-
pado o negro Cipriano com três tiros que atirou de
resistência, e muito livres o sargento e os soldados
por irem em execução de ordem minha, se é que a
houve para esta diligência. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e setembro, 13 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Capitão Antônio Tavares de Pi-
na.

Para o Administrador da feitoria das


madeiras.

Com a carta de Vossa Mercê de 4 do corrente re-


cebo a certidão tirada do livro do ponto que lhe or-
denei me remetesse. Estimo dizer-me Vossa Mer-
cê que o Provedor-mor remeterá somente dois mil
cruzados que com quatro que forma nas charruas
fizeram seis com o qual dinheiro ia pagando o que
é necessário; e que aos condutores deíermino man-
dar notificá-los para virem à minha presença ajus-^
— 214 —

tar as conduções das ditas madeiras, sem o que lhes


não pode pagar, esta diligência só pode ter lu-
gar depois de xpedidas desse porto as charruas o
que Vossa Mercê então poderá fazer.
Diz-me Vossa Mercê que vai continuando a
carga das charruas e que quase as tem listas e que
somente o que o impede agora são as madeiras pa-
ra o palácio por estarem ainda espalhadas pelos
portos; Vossa Mercê já me escreveu que as ditas
charruas poderiam estar aqui até dez ou doze do
corrente ,e por esta razão ponha em toda a força
e diligência em que se conduzam todas as madeiras
e se embarquem nas ditas charruas sem demora,
nem perder instante de tempo para que se não di-
late a frota em esperar por elas. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia c setembro, 15 de 1719. O Conde
do Vimieiro. Para o Administrador das feitorias
das madeiras do Cairu.
Para os oficiais da câmara da vila do
Cairu.
O Ajudante Antônio da Rosa me entregou a
caria de Vossas Mercês e lhes agradeço o cuidado
com que elegeram pessoa para receber as munições
e mais petrechos que por êle mandei para a guer-
;ra dos bárbaros. Deus guarde a Vossas Mercês.
. Bahia e setembro, 15 de 1719. O Conde do Vimiei-
ro. Para os oficiais da Câmara da vila do Cairu.
Carta para o Coronel Egas Monis
Barreto.
Chegaram os dois homens que Vossa Mercê
diz prendeu seu filho o Capitão Bento de Aragão
Barreto, em execução da minha ordem, que Vossa
Mercê distribuiu aos Capitães do seu regimento,
215

cujo cuidado agradeço a Vossa Mercê, c da minha


parte o fará também a seu filho, e não deixará
Vossa Mercê de aplicar esta mesma diligência aos
ditos Capitães por ser assim conveniente ao servi-
ço cie Sua Majestade, que Deus guarde. Deus guar»
de a Vossa Mercê. Bahia e setembro, 15 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Egas Monis
Barreto.

Carta para o Juiz Ordinário da vila


do Cairu sobre mandar vir logo à presen-
ça de Sua Excelência a primeira pessoa no-
meada para Tesoureiro do dinheiro das
madeiras do Cairu.

Pela caria de Vossa Mercê de 6 do corrente fi-


co entendendo a representação que me faz sobre as
pessoas que nomearam
para Tesoureiro do dinheiro elas madeiras de Sua
Majestade, que Deus guarde, de que pretende ser
eocuso Francisco Afonso (primeiro nomeado) sem
embargo de ser para isso muito inteligente, e pos-
sante de cabedal; verei o seu requerimento e as cau-
sas que alega para se escusar; e assim trate Vossa
Mercê de o mandar logo vir à minha presença como
lhe tenho ordenado para se lhe passar Provisão da
serventia do dito ofício ou puxar pelo segundo, o que
é preciso se faça logo para se tomar contas a Lu-
cas de Afonseca Tesoureiro atual, que tem acaba-
do os seus três anos. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e setembro, 15 de 1719. O Conde dó Vimiei-
ro. Para o Juiz Ordinário da vila do Cairu. Dio-
go da Cunha Trinela.

R
216

Carta para o Coronel Pedro Barbosa


Leal,

Recebo a de Vossa Mercê muito gostosamente


e lhe deu o parabém de se achar já com a sua nau
livre de perigo e capaz de fazer viagem com a frota
de Pernambuco, tendo Vossa Mercê a conveniência
de ir em embarcação sua e não lhe ser necessário
pagar fretes que sempre são custosos em nau de
guerra e de suposição.
Quando aqui chegou a nossa frota entre as
ordens que me vieram de Sua Majestade, que Deus
guarde, foi um delas declarar-me o mesmo Senhor
que os moradores da vila do Cairu se lhe haviam
queixado de que o gentio bárbaro por aquela parte
lhe havia feito grandes extrações nas fazendas e
ainda na morte de alguns escravos Majesta-
de devia mandar fazer guerra ao
Cabo dela algum paulista dos mais inteligentes
no mato por serem estes mais próprios para seme-
lhante função, como acostumados àquela vida; e co-
mo eu não tivesse notícia de nenhum com suficiên-
cia nestas nossas vizinhanças e Sua Majestade me
dissesse na mesma Provisão que elegesse eu entre
todos a pesoa que parecesse mais capaz, sem decla-
rar se havia de ser paulista ou oficial militar, nesta
incerteza recorrendo à memória foi Vossa Mercê a
primeira pessoa que me lembrou para Cabo da dita
guerra tanto pela sua boa disposição como pela boa
inteligência que tem das terras, dos caminhos e ain-
da dos matos e achando seu cunhado, de Vossa
Mercê, lhe disse o avisasse que me viesse falar pa-
ra conferirmos sobre esta matéria, porém, não lhe
disse expressamente que nomeava a Vossa Mercê,
porque sobre ela nunca cheguei a determinar-me;
m

— 217 —

passaram-se alguns dias e novamente disse ao Sar-


gento-mor Gabriel da Rocha Moutinho que escreves-
se .a Vossa Mercê que suspendesse a jornada por-
que a mim me era necessário fazer uma diligência
antes de tomar resolução e é esta, entender ile Sua
Majestade, que Deus guarde se quer que eu nomeie
paulista ou oficial militar, porque destes tenho pou-
cos, que se me oferecem com ânsia e com desejo de
servir a Sua Majestade, que Deus guarde, neste
emprego, e segundo o que Sua Majestade me orde-
ne farei eleição como mais convier a seu real ser-
viço.
E quanto a capitular Vossa Mercê uão estamos
nesess termos, porque sem capitulações lem El-Rei
muito quem o sirva e ainda sem elas já digo a Vos-
Sa Mercê, que o posto o há de levar quem mais con-
venha ao serviço de El-Rei, sem que eu descònhe-
ça ser Vossa Mercê capacidíssimo para semelhante
ação que se não é paulista é um dos que sabem me-
lhor de nosso Brasil, também entendo que é um dos
Coronéis que melhor tem servido a Sua Majestade, ^tWamatWÊ
mas admiro-me muito de que Vossa Mercê inten-
tasse largar o seu posto quando se mostra com tão
boa vontade para o serviço de Sua Majestade; mas
Vossa Mercê que cuidow nisso teria razão parti-
cular para o haver de fazer, e se Vossa Mercê se
acha ainda com a mesma tenção não lhe será mui-
to dificultoso, em Portugal, conseguir a sua baixa
porque El-Rei mui bem sabe que tem no Brasil pes-
soas que hajam de o substituir.
A forma da guerra que Vossa Mercê dispõe no
papel incluso me parece como de Vossa Mercê e sem
embargo de que não sei dos matos nem da guerra
dos gentios me parece o que Vossa Mercê diz mais í!1

acertado e o que mais convém. Veja Vossa Mercê


— 218 —

em que posso ter-lhe préslimo, que para tudo me


tem com mui boa vontade. Guarde Deus a Vossa
Mercê. Bahia e setembro, 16 de 1719. 0 Conde do
Vimieiro. Senhor Coronel Pedro Barbosa Leal.

Carta para o Administrador da feito»


ria das madeiras.

Recebo duas cartas de Vossa Mercê de 11 e


quatorze do corrente e fico entendendo tudo o
que nelas me dá conta e o que se me oferece ciizer-
lhe é que as charruas há já muitos dias que tardam
neste porto e assim perder instante de tempo po-
nha Vossa Mercê toda a força e diligência por que
cheguem a esta Bahia com toda a brevidade possível
para que a sula tardança não faça demorar a frota
como esá determinado. Os setenta e tantos paus,
que Vossa Mercê diz lhe sobraram da lotação cia car-
ga das charruas se Vossa Mercê os puder transpor-
tar em algema barcaça para esta cidade será bom
para solicitar ainda o seu embarque como fôr possí-
vel, e quando seja dificultoso o poderem vir com
toda a perssa os ditos paus Vossa Mercê os mande
recolher debaixo de agasalhado para que os não pre-
judique o rigor do tempo.
Tanto espero pelas ditas^charruas ansioso co-
mo pela pessoa de Vossa Mercê para me dar conta
da despesa que tem feito as madeiras, porque a hei
de mandar na mesma frota a Sua Majestade que
Deus guarde pelo que torno a encarregar a Vossa
Mercê toda a brevidade da vinda das charruas, e
de Vossa Mercê a quem Deus guarde. Bahia e se-
tembro, 18 de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o
Administrador da Feitoria das Madeiras do Cairu.
— 219 —

Carta que se escreveu ao Padre Pro-


vincial do Colégio da Bahia, ausente, ao
seu substituto pedindo uma ordem para o
superior das aldeias do Camamú, mandar
entregar 25 índios delas aos oficiais da
câmara do Cairu para o serviço que de-
clara.
O Excelentíssimo Senhor Conde do Vimieiro,
meu Senhor, Governador e Capitão General deste
Estado me ordena diga a Vossa Paternidade Revê-
renda que preciso uma ordem sua para que o Pa-
dre Superior das aldeias que administra no termo
d a vila do Camamú mande entregar 25 índios de-
Ias aos oficiais da Câmra da vila do Cairu que são
precisos para conduzir os mantimentos e munições
para a gente de guerra, que vai fazer entrada aos
bárbaros dos matos da vila do Cairu. Vossa Pater-
nidade Reverenda o tenha assim entendido para re-
meter pela manhã a dita ordem a esta secretaria.
Deus guarde a Vossa Paternidade Reverenda. Ba-
hia e setembro, 18 de 1719. Luiz da Costa Sepúl-
veda. Reverendo Padre Provincial, do Colégio da
Bahia, ausente, a seu substituto.

Carta para os oficiais da Câmara da


vila do Cairu sôbre os mantimentos, escra- A
vos e índios para a condução deles.
v A\
Recebo a carta de Vossas Mercês de 16 do cor-
rente, em que me dão conta de haver chegado a es-
sa vila o Capitão-mor Antônio Veloso da Silva, Ca-
bo da guerra dos bárbaros, e fico entendendo tu-
do o mais conteúdo nela.
— 220 —

Ao dito cabo ordeno receba de Vossas Mercês


todos os mantimentos que Vossas Mercês lhe de-
rem; porque custaram o seu dinheiro, para o sus-
tentar e a mais gente de guerra; e se abstenha de
fazer matar os bois de serviço, pelo grande prejuí-
zo que resulta ao de Sua Majestade e aos morado-
res dessa vila, em matar para novos mantimentos,
os bois mansos.
Vossas Mercês não se desanimem em dar
prontamente os escravos, que o dito Capitão=mor
pediu para a condução dos mantimentos e munições
porque é preciso fazer-se esse serviço, principal-
mente sendo tanto da conservação da. mesma genie
de guerra que se vai expor pelas vilas e fazendas
desse poço ;e o dito Capitão-mor há de tornar a
restituir a Vossas Mercês logo os mesmos escravos
para que se não perca o seu irabalho e culturas que
costumam fazer.
Vai a ordem inclusa do padre visitador do co-
légio para o padre superior das aldeias do Cama-
mu entregar a Vossas Mercês os vinte e cinco ín-
dios que me pedem para as ditas conduções; com
a chegada deles ficarão mais livres os escravos dês-
ses moradores. Deus guarde a Vossas Mercês. .Ba-
hia e setembro, 19 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para os oficiais da Câmara da vila do Cairu.
Carta para o cabo da guerra do Cairu
Antônio Veloso da Silva sobre se abster
da matança dos bois mansos; receber os
mantimentos que lhe derem os oficiais da
L/J
Câmara e os escravos e índios para as con-
duções.
o** Pela carta de Vossa Mercê, de 15 do corrente,
fico entendendo a conta que nela me dá da marcha
221

que fêz da vila de Jaguaripe até a do Cairu, donde


fica. Sinto que Vossa Mercê experimentasse não
estarem os mantimentos prontos e que Vossa Mer-
cê seqüestrasse aos oficiais da Câmara as carnes»
secas do sertão que tinham prevenidas e com mais
extremo o excesso de Vossa Mercê fazer passar a
matar os bois mansos do serviço dos moradores, em
tanto prjuízo do de Sua Majestade pelo que toca
às conduções das madeiras da fábrica do dito se-
nhor, no que Vossa Mercê obrou o que não devia,
porque primeiro me devia dar conta e esperar a
minha resolução, pelo que ordeno a Vossa Mercê
suspenda logo a matança dos ditos gados mansos e
aceite aos oficiais da Câmara os mantimentos que
tinham prevenido de carnes para a gente de guer-
ra porque lhe custaram o seu dinheiro para o sus-
tentar a Vossa Mercê nessa guerra e mais gente de-
Ia e Vossa Mercê com esta atenção os devia rece=
ber e aceitar em entrar em tão grave prejuízo; que
quem como Vossa Mercê é certanejo, com raízes
dos matos que pentra deve sustentar-se na com-
quista dos bárbaros, quando pelas distâncias em que
s eachassem fosse impraticável conduzirem-se ou-
tros mantimentos
Aos ditos oficiais da câmara animo pára que
dêm os escravos para a condução dos mantimentos
e munições; e Vossa Mercê lhos tratará bem e res-
íiíuirá para se utilizaram os moradores do seu ser-
viço ordem para sa lhe darem
vinte e cinco índios das aldeias do Camamú para
as ditas conduções. Fico esperando me dê Vossa
Mercê conta do dia em que começa a fazer a en-
tradas aos matos. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e setembro, 19 de 1719. O Conde do Vimieiro.
Para o cabo de guerra do Cairu, Antônio Veloso da
Silva.
— 222 —
i
Carta para o Capitão da Fortaleza do
Morro, Carlos de Sepulveda.

Agradeço a Vossa Mercê a notícia que me dá na


sua carta de 18 do corrente, de que no mesmo dia
partiram para esta Bahia as duas charruas de Sua
Majestade, uma já deu fundo neste porto, a outra
ainda não apareceu e assim também agradeço a
Vossa Mercê o haver executado tudo o que o AdmL
nistrador pediu para a expedição das ditas char-
ruas; e a diligência com que remeteu a minha car-
ta ao cabo da guerar do Cairu, e ao Juiz Ordinário
a petição da diligência de Madalena da Cruz de que
Vossa Mercê terá particular cuidado sem embargo
do recibo que me remete. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e setembro, 19 de 1719. O Conde do
Vimieiro. Para o Capitão da Fortaleza do Morro,
Carlos de Sepulveda.

Carta para o Juiz Ordinário da vila


da Cachoeira, Pedro da Fonseca e Melo.

Seu companheiro, de Vossa Mercê, tem ordem


minha para se ir, curar e tratar da sua saúde, e as-
sim tenha Vossa Mercê entendido, que há de ser-
vir na sua falta com toda a pontualidade e pronti-
dão para deferir aos requerimentos e justiça das
partes; e muito especialmente para dar inviolável
execução a todas as minhas ordens que lhe tenho
encarregado, na mesma forma que nelas exprimi;
tendo Vossa Mercê entendido que nas terras que fo-
rem capazes para a cultura de mandiocas se não há
de beneficiar nelas nenhum outro gênero de plan-
Ias, por ser contra a lei de Sua Majestade, que
Deus guarde, e achando que pessoa alguma, deixou
223

de plantar não só o ano passado, mas também no


mês de janeiro e março deste as mandiocas que é
obrigado pela mesma lei, Vossa Mercê a remeta lo-
g ologo presa à minha ordem porque já tenho en-
tendido que de semelhante falta procede experimen-
tar-se há muitos dias neste porto grande diminuição
da farinha que para êle costumava vir com abundân
cia, pelo que lhe encarrego a Vossa Mercê muito a
execução desta ordem e das mais que tenho remeti-
do e para o ajudar nela com maior atividade puxará
Vossa Mercê pelo verador mais velho, a quem por
esta encarrego as mesmas diligências. Deus guar-
de !a Vossa Mercê. Bahia e setembro, 19 de 1719.
O Conde do Vimieiro. Para ¦> Juiz Ordinário da
vila da Cachoeira. Pedro de Afonsecae Melo.

Carta para o oficial que se acha de


gjarnição a bordo da nau da índia Nossa
Senhora do Pilar.

Ao Doutor Manuel Barbosa Pinto, que veio da


índia na nau Nossa Senhora do Pilar, deu o Vice-
Rei daquele Estado para nela recolher o
seu fato, a qual se lhe tem tomado de presente por
ordem dos oficiais da mesma nau. Ordeno ao ofi-
ciai que se acha de guarnição a bordo da dita nau
faça logo despejar a dita curva e recolher nela o
fato do dito Manuel Barbosa e me dará conta de
assim o haver executado e se há alguém que impug-
ne esta resolução. Bahia e setembro, 24 de 1719.
0 Conde do Vimieiro. Para o oficial que se acha de
guarnição a bordo da nau da índia Nossa Senhora
do Pilar.
00
24 —

Carta para o Coronel Egas Monis


Rarreto.
Fico entendendo a conta que Vossa Mercê rne
dá na sua carta de 23 do corrente ,e o que sobre ela
se me oferece dizer-lhe é que me remeta logo preso
o seu Sargento-maior por haver mandado soltar o
moço da frota, que Vossa Mercê diz tinha preso o
Alferes do Capitão Antônio Machado Velho.
Tambch Vossa Merc'ê me remeta preso Do-
mingos de Abreu, sem embargo de ser soldado de
cavalo, por haver mandado esconder os três moços
da frota que tinha em sua companhia, os quais sen-
do achados também Vossa Mercê os remeterá com
toda a brevidade e todos os mais que aparecerem
porque a nau de comboi e as da índia necessitam de
gente para completar a sua lotação e assim encar=
rego a Vossa Mercê esta diligência por ser muito
importante ao serviço de Sua Majestade, que Deus
guarde e >a Vossa Mercê. Bahia e setembro, 25 de
1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel Egas
Monis Barreto.
Carta que se escreveu ao Coronel
Egas Monis Barreto.
Chegou Domingos de Araújo Feio, preso, e
algemado e não deixei logo de fazer reparo em que
Vossa Mercê mo remetesse com algemas não
sendo ladrão nem facinoroso, que são os delinquen»
tes que costumam mandar-se por êsíe estilo às pri-
soes para serem castigados, e nesta parte excedeu
Vossa Mercê as minhas ordens e mostrou tenção
particular, o que se verifica pela. queixa que faz o
mesmo Domingos de Araújo dizendo que seu filho
de Vossa Mercê, lhe matara um negro e por lhe não
dar perdão desta morte Vossa Mercê lhe impeça
- 2215 -

arguindo-lhe culpas em que êle náo havia incorri-


do porque os dois homens que estavam em sua ca-
sa nem eram da frota nem da obrigação de nenhu-
ma das naus, passageiros que iam para o sertão e
ficaram trabalhando por tempo de um mês no seu
engenho donde seu filho, de Vossa Mercê, os quise-
ra divertir para o seu serviço e pelo não haver con-
seguido se lhe originaram' todos estes trabalhos; eu
não posso crer em semelhante queixa porque como
Vossa Mercê é um homem branco nesta nossa terra
não me persuado que nos tais haja semelhante pro-
cedimento; porém embro a Vossa Mercê que eu sou
amante da justiça e que levo muito mal sem razões.
Guarde Deus a Vossa Mercê. Bahia e setembro, 30
de 1719. O Conde do Vimieiro. Senhor Coronel
Egas Monis Barreto.

Carta para o Sargento-maior da vila


de Boipeba.

Pela carta de Vossa Mercê de 30 de setembro


armas
fico entendendo o conteúdo nela acerca das
Capi-
e pólvora, e balas de que estão entregues os
dessa
tães das companhias e tesoureiro da câmara
vila, e o excesso com que se houve o Capitão-mor
em ti-
dessa freguesia Francisco Dantas da Cunha
da com-
rar violentamente o Sargento do número
Ribeiro da Rocha e o
panhia do Capitão Antônio
Pelo que mande
mandar arvorar de seu ajudante.
o dito Capi-
Vossa Mercê chamar à sua presença
severamente
tão-mor da freguesia e lhe estranhe
advert.ndo-o que
da minha parte este excesso,
ordem minha, e
não o podia fazer sem expressa
desarvorar o dito
Vossa Mercê mandará logo logo
o posto de sar-
Ajudante e lhe ordene vá exercitar
_ 226 —

gento em que está provido na sua companhia e


quando o dito Capitão-mor necessite dele para seu
ajudante o faça presente Vossa Mercê para Vossa
Mercê me dar conta e remeter à minha presença o
dito sargento para eu ver se é capaz de ser ajuclan-
te.
No que toca às armas e pólvora e balas Vossa
Mercê remeterá tudo com toda a segurança a esta
cidade para se entregar ao almoxarife a que toca,
de que virá conhecimento em forma para o mesmo
almoxarife receber tudo por êle e passar outro pa-
ra desobriga do Tesoureiro dessa câmara, a quem
estiver encarregados as ditas armas e munições de
que Vossa Mercê me dará conta na ocasião da ..
para me ser presente. Bahia e outubro, 7
de 1719. O Conde do Vimieiro. Para o Sargento-
maior da vila de Boipeba Gonçalo de Araújo de
Azevedo.

Carta que o senhor secretário do Es=


tado escreveu ao Mestre de Campo João
de Araújo de Azevedo por se haver aber-
to o alvará de sucessão do governo geral
c pessoas nele nomeadas.

Depois de ser falecido o. Excelentíssimo Senhor


Conde do Vimieiro Governador e Capitão General
deste Eslãdo, da parte de Sua Majestade, que Deus
guarde, fomos chamados pelo reitor do colégio da
Companhia de Jesus desta cidade o Desembarga-
dor Caetano de Brito e Figueiredo, Chanceler da
Relação úp mesmo Estado e eu como secretário dê-
le e sendo1 todos três presente me entregou o Alva-
rá de sucessão -do dito senhor o qual abri e nele no-
nteoi por Governadores Gerais deste Estado por
— 227 -

morte ou ausência do que o governava ao Arcebis-


'Bahia,
po da ao Desembargador Chanceler da Rela-
ção e ao Mestre de Campo mais antigo e como Vos-
sa Senhoria o seja nesta praça resolveram os ditos
senhores Arcebispo e Chanceler fizesse a Vossa Se»
nhoria o aviso para o exercício do mesmo governo
na forma que dispõe Sua Majestade no dito Alva-
rá de sucessão. Deus guarde a Vossa Senhoria.
Bahia e outubro, 13 do 1719. Gonçalo Ravasco
Cavalcanti e Albuquerque. Senhor Mestre de Cam-
por João de Araújo de Azevedo.
Outra carta do mesmo secretário pa-
ra o dito Mestre de Campo avisando do
dia e hora para tomar posse do Governo.
Aos senhores governadores gerais deste Esta-
do fiz presente a resposta que Vossa Senhoria deu
a carta que por ordem sua lhe escrevi e vista ela
me ordenaram^ dissesse a Vossa Senhoria que em
observância do Alvará de sucessão de Sua Majes-
tade, que Deus guarde, no palácio,
hoje das quatro para as cinco horas da tarde para
junto com êle tomar posse do governo gera! deste
Estado por ser Vossa Senhoria o Mestre de Campo
mais antigo desta praça e não haver a menor dúvi-
da para a aceitação do lugar. Deus guarde a Vos-
sa Senhoria. Secretaria do Estado. E outubro, 14
de 1719. Gonçalo Ravasco Cavalcanti e Albuquer-
que. Senhor Mestre de Campo João de Araújo de
Azevedo.
Carta para o Coronel Garcia de Ávi-
Ia Pereira.
Agora tivemos notícia por uma carta que es-
crevèu o Vigário de Santo Amaro da Pitanga que
*?oó _____

nos mares daquela costa andavam duas naus gran-


des de piratas com uma balandra e que tinham to-
mado uma jangada com índios dos padres da com-
panhia e botado gente em terra. Vossa Mercê se é
que já o não tem feito mande prontamente guarne-
cer todos os postos e lugares donde os tais piratas
possam vir fazer lenhas e aguada e se lhe faça toda
a hostilidade que fôr possível para o que puxará
por toda a gente do seu regimento e índios que nele
houver e de tudo o que fôr sucedendo irá Vossa
Mercê dando parte a este governo. Bahia e outu-
bro, 16 de 1719. Senhor Arcebispo. Caetano de Bri-
to e Figueiredo João de Araújo de Azevedo.

Carta que se escreveu a0 Coronel Gar=


cia de Ávila Pereira.

Pela carta de Vossa Mercê de 22 do corrente


fico entendendo o que obrou em execução da or»
dem guarnecendo os portos da torre e
executar nos piratas que a êle chegassem o que or-
denei; cuja prontidão agradeço a Vossa Mercê e
espero que com a mesma se haja nas ocasiões
que
se oferecerem não deixando nunca de mandar ter
a vigilância que fôr preciso nesses porto,s
pela no-
tícia que tenho de passarem da Costa da Mina
para
os mares desta grande quantidade de corsários.
As companhias dos distritos do rio Vermelho,
e a de que era Capitão André Marques que chega
até a Itapoã tenha Vossa Mercê entendido
perten»
cem hoje ao regimento de que é Coronel José de
Araújo Rocha que o Excelentíssimo Senhor Conde
General, que foi deste Estado, criou de novo em •
virtude da real ordem que teve de Sua Majestade

llj; .
229

para melhor distribuição e execução das do servi-


ço do mesmo senhor. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e outubro, 27 de 1719. Senhor Arcebispo da
Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo de Azevedo. Senhor Coronel Garcia de Ávi-
Ia Pereira.

Para o Coronel José Pires de CarvaS


lho.

Por carta de Vossa Mercê de 19 do corrente fi-


co entendendo a diligência com que procedeu em exc-
cução da ordem que teve do Excelentíssima Senhor
Conde General, que foi deste Esta elo, sobre tomar
as estradas que do seu regimento vão para o sertão
para não sair desta cidade Francisco do Amaral
Grugel, e como ao presente tem cessado esta elili-
gencia Vossa Mercê mande logo recolher às suas
casas os oficiais e soldados que distribuiu para êle
aliviar dos incômodos que Vossa
Mercê me representa. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e outubro, 27 de 1719. Senhor Arcebispo da
Bahia. Caetano de Brito de Figueiredo. João de
Araújo e Azevedo.

Carta que se escreveu ao Coronel Mi-


guel Calmem de Almeida para mandar re-
tirar os oficiais que estavam pelas estra-
das por causa da ausência de Francisco
Grugel do Amaral.

Recebi a carta de Vossa Mercê de dez de outu-


bro e fico entendendo todo o contendo nela de que
me dá conta.
— 230 —

No que toca à diligência que a Vossa Mercê en-


carregou o Excelentíssimo Senhor Conde General
que foi deste Estado de tomar as estradas que do
seu regimento seguem para o sertão para não sair
desta cidade Francisco do Amaral Grugel, digo como
por ora tem cessado esta diligência mandará Vos-
sa Mercê retirar para suas casas os oficiais e sol-
dados que distribuiu para esse efeito por lhes evi-
tar se lhes continue mais o descômodo que Vossa
Mercê me representa. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e novembro, 4 de 1719. Senhor Arcebispo
da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo e Azevedo. Senhor Coronel Miguel Cal-
mon de Almeida.

Carla que se escreveu ao Coronel Luiz


da Rocha Pita Deusdará *-» e do mesmo
teor se escreveram mais duas, uma ao Co-
ronel Garcia de Ávila Pereira, e outra ao
Coronel Francisco Barreto de Aragão sô»
bre tomarem as estradas pela ausência de
Francisco de Amaral Gurgel, de que se
manda retirar os oficiais e soldados.

Como por ora tem cessado a diligência que a


Vossa Mercê encarregou o Excelentíssimo Senhor
Conde General que foi este Estado, em carta de
13 de setembro, de tomar as estradas que do seu re-
gimento seguirem para o sertão para não sair desta
cidade Francisco de Amaral Crugel mandará Vossa
Mercê (no caso que o não tenha já feito) retirar
para suas casas os oficiais, e soldados que distri-
buiu para a mesma diligência por lhes evitar se
lhes continue mais descômodo. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. B'ahia e novembro, 4 de 1719. Senhor
— 231 —

Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueire-


do. João de Araújo de Aezevedo. Senhor Coronel
Luiz da Rocha Pita Deusdará.

Carla para Eugênio Freire de An-


drade, Provedor da Casa da Moeda, ;*òbre
o seu embarque na fragata guarda-costa
para o Rio de Janeiro.

Sua Majestade, que Deus guarde, foi servido


ordenar a este Governo Geral mandasse dar a Vos-
sa Mercê quatrocentos mil réis de ajuda de custo
para a jornada que há de fazer desta Bahia pa-
ra as minas do ouro e juntamente toda a ajuda e
favor. Pelo que toca a ajuda de custo, temos pas=
sado ordem ao Provedor-mor da Fazenda para em
virtude da de Sua Majestade dê a Vossa Mercê os
ditos quatrocentos mil, e pelo que toca ao favor e
ajuda, mandamos preparar a fragata do mesmo
senhor, Nossa Senhora da Palma e São Pedro, de
que é Capitão dc Mar e Guerra Domingos dos San-
tos Cardoso que sai a correr a costa desta Bahia e
passar dela a do Rio de Janeiro. Participamos a
Vossa Mercê esta notícia para que aparecendo-lhe
embarcar-se na dita fragata para ir para o Rio de
Janeiro se ponha pronta para o fazer porque há de
seguir viagem com toda a brevidade possível. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e novembro, 20 de
1719. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Se-
nhor Eugênio Freire de Andrade.
— 232 —
¦

Carta para os Coronéis do Recônca-


vo de Carvalho, Egas Monis
Barreto, Gabriel cia Rochia Moutinho,
Francisco Barreto de Aragão, Luiz da Ro-
cha Pita Deusdará, Miguel Calmou de Al*
meida. Manuel Pinto de Eça, Garcia de
Ávila Pereira, Domingos Borges de Bar-
ros, sobre se prender todo o cigano ou ci-
gana, moço ou velho, que nos distritos dos
seus regimentos se acharem ou a eles fo-
rem chegando.

Tanto que Vossa Mercê receber esta encarre»


gue sem demora a todos os Capitães e mais oficiais
das companhias dos distritos do seu regimento, que
todo o cigano ou cigana, moços ou velhos que neles
se acharem ou a eles forem chegando, os prendam
logo e remetam à cadeia desta cidade, com toda a
segurança, por ser 'assim conveniente ao serviço
de Sua Majestade, que Deus guarde e sucedendo
apresentarem algum despacho de licença deste Go-
vêrno Vossa Mercê o remeta junto com os presos,
dando-nos conta da execução desta ordem, que lhe
havemos por muito encarregada. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e novembro, 20 de 1719.
Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e
Figueiredo. João Araújo de Azevedo. Senhor Co-
ronel Luiz da Rocha Pita Deusdará.
233

Carta para o Coronel João de Cou-


ros Carneiro dos distritos das Vilas do
Cairu, e Boipeba, e o Coronel Domingos
de Almeida dos do Camamú; sobre pren-
der a Bernardo de Faria Corrêa Capitão-
mor que foi dos Ilhéus;
ciganos e ciganas que ali se acharem eu
forem chegando. E sobre o mesmo se es-
creveu também ao Capitão-mor de Sergipe
de El-Rei, ao de Porto Seguro, ao da capi-
tania do Espírito Santo, dos Ilhéus, e Sar-
gento-mor do Rio das Caravelas. Para o
Capitão-mor.
Tanto que Vossa Mercê receber esta fará exa-
minar com todo segredo se nessa vila e distritos do
seu termo se acha Bernardo de Faria Corrêa, Capi-
tão-mor que foi da capitania dos Ilhéus e o fará pren-
der sem demora e remeter com toda a segurança à
cadeia desta cidade. A mesma diligência executará
Vossa Mercê com todos os ciganos e ciganas, moços
ou velhos que nos mesmos distritos se acharem ou a
eles forem chegando por ser assim conveniente ao
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, que ha-
vemos a Vossa Mercê por muito recomendado. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e novembro, 20 de
1719. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Bri-
to e Figueiredo. Senhor Coronel João de Couros
Carneiro.
Carta para os oficiais da Câmara das
vilas do Camamú, Cairu e Boipeba, sobre
mandarem, prontamente, satisfazer a fa-
rinha que estão devendo aos soldados do
Presídio do Morro.
O Capitão do" Presídio da Fortaleza do Morro
Carlos de Sepulveda nos representou que por não
- 234 —

concorrer essa vila com a farinha que é obrigada a


dar para sustento dos soldados do mesmo presídio
se queixam estes de que êle a não cobra por sua
culpa, sendo que tem escrito várias vezes a essa Câ-
mara, sem que bastassem estas deligências para que
Vossas Mercês contribuíssem com a farinha; nes-
tes termos ordenamos a Vossas Mercês que tanto
que o dito Capitão lhes remeter esta carta satisfa-
ção prontamente toda a farinha que estiverem de-
vendo ao mesmo presídio, pois não é justo que se
lhe falte com o sustento ordinário. Deus guarde a
Vossas Mercês. Bahia, e novembro, 21 de 1719.
Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi»
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Para os ofi-
ciais da câmara da vila o Cairu e as mais decla-
radas.

Carta para o Capitão Carlos de Se=


púlveda com as três que acusa.

As três cartas inclusas enviará Vossa Mercê


logo aos oficiais das câmaras do Cairu, Camamú e
Boipeba, em que lhes ordenamos satisfação
prontamente toda a farinha que esfiverem deven-
do para o sustento dos soldados da guárnição ciês=
se presídio. Vossa Mercê os mandará cobrar com
todo o cuidado para dar a èsses soldados a ração
ordinária de farinha que se lhes dever e nos dará
conta da brevidade ou demora com que os oficiais
das câmaras das ditas vilas procedem nesta contri-
buição. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e no-
vembro, 22 de 1719. Senhor Arcebispo da Bahia.
Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo. Para o Capitão da Fortaleza do Morro
Carlos de Sepulveda.
— 235 —

Carta para o Capitão da Fortaleza do


Morro sobre o Capitão José Batista de
Carvalho.

Recebemos a carta de Vossa Mercê de 12 do


corrente em que nos dá conta de haver executado o
despacho que demos em uma petição do Capitão
José Batista de Carvalho que nessa fortaleza se
acha preso à ordem de Sua Majestade, mandando-o
vir em virtude dele para a de Santo Antônio Além
do Carmo, na qual entregou o Alferes de Vossa Mer-
cê e lhe agradecemos, a Vossa Mercê, a prontidão
com que executar as ordens
encarregam dos serviços do mesmo senhor
.... Vossa Mercê. Bahia e novembro, 21 de 1719.
da Bahia. Caetano de Bri=
to João de Araújo e Azevedo. ..

Carta para o Coronel José Fèlix Be-


zerra.

Recebemos a de Vossa Mercê de 29 do passado,


e vendo o que nela nos representa da falta cie sar-
gentos com que se acham as companhias do seu re-
gimento, para marcharem para a faxina do Forte
de São Pedro, como lhe ordenamos; e o fazemos
também de novo com dizer a Vossa Mercê remeta
logo à secretaria deste Estado uma relação em que
declare os sujeitos que há mais capazes nas mesmas
companhias, de serem providos em Sargentos do
número e supras 'aos quais mandaremos logo pas»
sar Alvarás, para que por esta causa não pereça o
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, naque-
Ia operação; e Vossa Mercê declarará os Capitães
— 236 —

para que são os sujeitos que nomear. Deus guarde


a Vossa Mercê. Bahia e dezembro o 1.° de 1719.
Senhor Arcebispo da'Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor Co-
renel José Fêlix Bezerra Peixoto.

Carta para o Coronel José de


companhias que
há de mandar para a fa-
xina do Forte de São Pedro.

Vossa Mercê tanto que receber esta mandará


do seu regimento, 'alternativamente, para a faxina
do Forte de São Pedro, aquelas companhias que
não peitsncem aos distritos desde Itapoã até as Pe-
dreiras, que são as quatro que Vossa Mercê nos re-
presenta na sua carta de 29 do passado, devem ser
isentas das ditas faxinas, com o pretexto ele serem
mais precisas nos seus distritos para as que se ofe-
recerem neles e outras diligências, em que pela cos-
ta do mar podem ter pronto emprego. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e elezembro o 1.' de 1719.
Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e
Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor Co-
ronel José de Araújo Rocha.

Oarta que se escreveu aos Coronéis do


Recôncavo Francisco Barreto de Aragão
José Pires de Carvalho, Manuel Pinto de
Eça, Miguel Calmon, o Sargento-maior
Gabriel da Rocha Moutinho, e o Capitão
de Cavalos Pedro de Araújo Vilas Boas
sobre prender aos marinheiros fugidos,
homens e rapazes do mar e navegação da
costa.
237

Temos repelidas notícias de que nos mares des-


ta barra e costa anda uma embarcação ou duas de
piratas, e que se esperam neles mais razão porque
mandamos, com toda a brevidade possível, sair para
o mar da mesma costa e barra a fragata, de guerra
Nossa Senhora da Palma e São Pedro, c porque esta
necessita de lhe meter prontamente a gente da sua
lotação, que há de meter para se marear, e os mari-
nheiros das embarcações que neste porto se acham
com esta notícia têm fugido e se '-7ão ausentando para
fora da cidade. Ordenamos a Vossa Mercê que
tanto que receber esta mande logo prender os mari-
nheiros, homens e rapazes do mar, que se acharem
nos distritos dessa vila e os remeta com toda a se-
gurança à cadeia desta cidade. Esta diligência re-
comendamos muito, muito a Vossa Mercê, para que
a execute com aquela pontualidade com que se cos-
tuma empregar cm todas as que tocam ao serviço
de Sua Majestade, que Deus guarde. Deus guarde
a Vossa Mercê. Bahia e dezembro 7 de 1719. Se-
nhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Para o Capi-
tão de Cavalos Pedro de Araújo Vilas Boas. A car-
ta inclusa remeterá Vossa Mercê ao Coronel Fran-
cisco Barreto. Ao Coronel José Pires se acresceu-
tou: Vossa Mercê tenha entendido que esta mesma
cia com todo o aperto nos distritos de Itapagipe e
Passagem examinando-se com toda a cautela as ca-
poeiras e matos dos ditos lugares.
Ao Coronel Manuel Pinto de Eça se acrescen-
tou: Vossa Merc tenha entendido que esta mesma
diligência temos encarregado na Ponta de Itap^ri-
ca ao Capitão dó Forte dela Antônio Gonçalves da
Rocha, mandando ordenanças
daquele distrito para melhor executar as ditas
prisões.
- 238 —

Ao Capitão de Itaparica se acrescentou: E pa-


ra proceder nesta diligência com a atividade de que
convém puxará Vossa Mercê pelos oficiais e solda-
dos da Ordenança dos mesmos distritos sôbre o que
fazemos aviso ao Coronel Manuel Pinto de Eça.
Esta diligência recomendamos muito muito a Vos-
sa Mercê para que <a execute como esperamos do
seu cuidado e deve ao serviço de Sua Majestade que
Deus guarde.

Para o Administrador da feitoria do


Cairu.

O Ajudante de Tenente Dom José Mirales nos


fêz a petição inclusa em que se queixa de Vossa
Mercê o obrigar a dar bois e escravos para as con-
duções das madeiras de Sua Majestade. Vossa Mer-
cê tanto que receber esta, nos dirá qual é a razão
que tem para não guardar ao dito Dom José os
privilégios que logra com o posto que exerce; e en-
tretanto não o obrigue às ditas conduções. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e dezembro, 9 de
1719. Sebastião Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo.
Para o Administrador da feitoria de madeiras do
Cairu.

Carta para o mor.

Já quando Vossa Mercê foi desta cidade para fo


ra corria nesta praça a voz de que nos mares da
costa andava pirata; agora por repetidas vezes fica
mais a certeza de ter feito alguma hostili-
dade, razão porque nos achamos obrigados a ex-
pedir para o mar, em alcance deste inimigo, a fra-
— 239 —

gata de guerra Nossa Senhora da Palma e São Pe-


dro e um navio mercante armado em guerra e co-
mo para esta expedição se necessita da pessoal as-
sistência de Vossa Mercê nesta praça, se faz pre-
ciso que Vossa Mercê por serviço de Sua Majesta-
de, que Deus guarde, faça todo o possível por abre-
viar a diligência a que foi, para que prontamente
venha assistir ao apresto da dita expedição como
tão importante ao serviço do mesmo Senhor e segu-
rança das vidas e fazsndas de seus vassalos. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e dezembro, 11 de
1719. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Bri-*
to e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor
Luiz Lopes Pegado Serpa.

Escrito que do Governa-


dor Geral. Escreveu o Senhor secretário
do Estado Provedor-mor da Fa-
zenda; Dom Manuel Henrique, ao Mestre
de Campo João dos Santos Ala, ao Mestre
de Campo Engenheiro Miguel Pereira da
Costa, ao Tenente General da Artilharia
Francisco Lopes Vilas Boas, e aos Desem-
bargadores: Tomaz Feliciano de Albernaz
Provedor da Coroa Luiz de Siqueira da
Gama, Juiz dos Feitores; João Homem
Freire, Ouvidor Geral do Civel; Luiz de
Souza Pereira e Afonso Roiz Bernardo de
Sampaio, Desembargador dos Agravos.

O Senhor Governador e Capitão Geral deste


Estado me ordenou fizesse presente a Vossa Mercê
que para um negócio de grande importância dos
serviços de Sua Majestade, que Deus guarde, con-
vinha a seu real serviço que Vossa Mercê das qua-
tro para as cinco horas desta tarde se achasse no
— 240 —

Palácio do Ilustríssimo Senhor i Arcebispo donde


(por estar enfermo) se há de fazer a junta para
que Vossa Mercê é chamado. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e Secretaria do Estado e dezembro,
12 de 1719. Gonçalo Ravasco Cavalcanti e Albu-
querque. Senhor Provedor-mor.

Carta para o Coronel Garcia de Ávi-


Ia Pereira.

Na secretaria deste Estado se acham duas car-


tas de 16 e 17 de maio deste ano, que escreveu o
Excelentíssimo Senhor Conde do Vimieiro, Gover-
nador e Capitão General que foi desta Estado, o
Sargento-mor Miguel de Abreu de Sepulveda, Cabo
do arraial de Parnaiba; de uma carta de Vossa
Mercê de quinze de fevereiro do mesmo ano, com
outra que a Vossa Mercê escreveu em 24 de janei-
ro o Capitão João Barbosa Rebelo e ultimamente
recebemos a carta de Vossa Mercê de 10 do pre=
sente mês.
Todas estas cartas remetemos inclusas a Vossa
Mercê para que examinando todo o conteúdo 116=
Ias veja as ordens que lhe são necessárias para se
expedirem com toda a individuação e brevidade.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia, e dezem-
bro , 16 de 1719. Senhor Arcebispo da Bahia. Cae=
tano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e Aze-
vedo. Para o Coronel de Ávila Pereira.

Carta para o Capitão do forte de Ita=>


parica Antônio Gonçalves da Rocha.

O Sargento Amaro Corrêa entregou os seis ho=


mens, marítimos, que Vossa Mercê por êle remeteu
— 241 —

presos, e agradecemos a Vossa Mercê muito <a pon-


tualidade com que executou a nossa ordem perten-
cente a esta diligência e lhe encarregamos con tiniu
nela com a mesma, atividade, sem embargo da re-
presentação que nos faz, de que não irão mais a
esses distritos por saberem que já sào buscados neles
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e dezembro, 16
de 1719. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito de Figueiredo. João de Araújo de Azevedo.
Para o Capitão Antônio Gonçalves da Rocha.

Escrito que se escreveu ao Capitão de


mar e guerra sobre dizer se se acha com
alguma melhora para poder ir na fragata
de Sua Majestade correr a costa.

O Excelentíssimo Senhor Provedor Geral dês-


te Estado me ordena diga a Vossa Mercê que a
fragata de Sua Majestade, que Deus guarde, em
que Vossa Mercê chegou de correr a costa da parte
do norte, há de sair infalivelmente deste porto até
segunda-feira que contam quinze do corrente, cor-
rendo também a costa até o Rio de Janeiro e como
Vossa Mercê pediu licença para se vir curar à ter-
ra dos achaques que padecia de que se não sabe a
melhora, quer saber se Vossa Mercê se acha capaz
de se embarcar oro não na mesma fragata. Fico es-
perando a resposta de Vossa Mercê para a fazer
presente ao mesmo Senhor. Deus guarde a Vossa
Mercê. Secretaria do Estado e Janeiro, 11 de 1720.
Senhor Capitão de mar e guerra. Domingos dos
Santos. Luiz da Costa Sepulveda.
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__ v VJ. -
K,
3
Carta que se escreveu aos Coronéis do
cr Recôncavo José Pires de Carvalho, Gar*
cia de Ávila Pereira, Egas Monis Barreto,
ao Sargento-mor Gabriel da Rocha Mou-
tinho na ausência do seu Cor mel Pedro
Barbosa Leal, Luiz da Rocha Pita Deus-
dará, Domingos Borges de Barres, Fran-
cisco Barreto de Aragão. Miguel Calmon
de Almeida e Manuel Pinlo de Eça, sobre
a planta das mandiocas.

Sua Majestade, que Deus guarde, foi servido man


dar observar neste Estado uma lei de 27 de feve-
reiro de 17.. em que ordena que Iodos os morado-
res do recôncavo desla cidade, senhores de enge=
nho, lavradores de canas, tabacos e lenhas sejam
obrigados a mandar plantar, cada ano, quinhentas
covas de mandioca por escravo, ou escrava que ti-
verem de serviço principiando esta lavoura donde
chegar a maré, correndo dez léguas das margens
dos rios peiã terra dentro a qual Lei tem mandado
executar e publicar este Governo Geral por repeti-
elos bandos, e ultimamente o fêz também o Exce-
lentíssimo Senhor Conde do Vimieiro, nosso ante-
cessor em o seu de cinco de outubro de 1718, de
que a Vossa Mercê se remeteu a cópia; e porque
tem mostrado a experiência muitas vezes, que de
se não executar inteiramente a dita lei e bandos,
"vem
a proceder faltar farinha para o sustento
do povo desta cidade, infantaria dela, naus
da índia, combois, fragatas de guarda-costa, navios
das frotas, e mais embarcações mercantes que dês-
te porto saem para as conquistas, de que resulta
gravíssimo prejuízo ao serviço de Sua Majestade e
b?m comum, pelo excessivo preço a quo sobe; e con-
— 243

vêm atalhar tão graves danos. Ordenamos a Vos-


sa Mercê que tanto que receber esta chame logo á
sua presença todos os capitães das companhias do-
seu regimento e lhes encarregue que cada um obri-
gue logo aos moradores dos distritos da sua com-
panhia que plantem as covas de mandiocas que são-
obrigados na forma da dita lei de Sua Majestade,
irremessivelmente e que feita toda a planta pelos
moradores, conforme o número de escravos que ti-
verem de serviço dêm a Vossa Mercê uma lista as-
sinada por si declarando o número de moradores,
os escravos que cada um têm e covas de mandiocas
'entregará
que plantou; a qual lista Vossa Mercê ao
Sargento-mor do seu regimento para que a exami-
ne se está plena em tudo, como o Capitão a deu; e
depois de examinada pelo dito sargento=maior
achando-a inteiramente satisfeita se assinará tam-
bém nela, e Vossa Mercê nos remeterá, dando-nos
conta da execução desta ordem para nos ser pre-
sente o bem que Vossa Mercê executa a lei do dito
Senhor, e bando deste Governo e lhe darmos conta
do seu bom procedimento. Vossa Mercê em obser-
vância da dita lei não consentirá que nas terras ex-
pressadas nela só para mandiocas se plante taba-
co e achando algum plantado dentro nas léguas ex-
pressas na dita lei o mandará logo logo arrancar, re-
metendo presas à cadeia desta cidade as pessoas
que o tiverem plantado procedendo nesta execução
com tal inteireza e igualdade que não possa alegar,
nenhum apequeno e pobre quê só com êle se executa
e não com o rico e poderoso.
Tudo havemos a Vossa Mercê por muito encar-
regado assim por serviço de Sua Majestade, como
benefício do bem comum, sob as penas expressa-
das rio bando do nosso antecessor, e de mais acres-
. - 244 —

centamos serem remetidos os transgressores ....


de Sua Majestade para lá responderem ..
os que deixarem de executar a sua real lei
e bando deste Governo. Deus guarde a Vossa Mer-
cê. Bahia e Janeiro, 8 de 1720. Senhor Arcebispo
da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João
de Araújo e Azevedo.

Carta que se escreveu ao Coronel


Francisco Barreto de Aragão.

Luiz de Figueiredo Adorno Alferes da com-


panhia do distrito do Iguape de que era Capitão
Antônio de Magalhães Fontoura fêz petição ao
Excelentíssimo Senhor Conde do Vimieiro, Gover-
nador e Capitão General que foi deste Estado pe-
dindo-lhe o provesse na dita companhia com o pre-
texto de ser morador o Capitão dela na Patatiba,
distante da mesma companhia mais de quatro lé-
guas, e haver faltado a dar cumprimento ao edital
que o dito senhor mandou fixar para que todos os
oficiais da ordenança se recolhessem aos seus dis-
tritos em termo de dois meses, o qual mandou in-
formar por Vossa Mercê que o fêz na forma da có-
pia junto á vista da qual Mie mandou passar Pa-
tente. Agora nos faz o dito Capitão Antônio de
Magalhães Fontoura requerimento, dizendo ter si-
do menos verdadeiro o dito Luiz de Figueiredo e
afetada a informação que sôbre êle precedeu pe-
dindo-nos lhe ordenássemos não usasse da Paten-
te que tinha alcançado, e a fizéssemos recolher à
secretaria deste Estado e mandando nos informar
a Vossa Mercê o dito requerimento o fêz Vossa
Mercê dizendo alegava era
consta da cópia junto em cujos termos entramos
24b —

na dúvida da diferença que há entre uma e outra


informação, medeando esta daquela menos de três
meses. Para havermos de poder deferir a este re-
querimento e enterdemos o que sobre êle há é ne-
cessário que Vossa Mercê nos diga (novamente)
com toda a individuação e clareza o que tem havido
pelo embaraço em que nos achamos com duas infor-
mações de Vossa Mercê e ambas a favor dos pre-
tendente. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
janeiro, 9 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia.
Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo Senhor Coronel Francisco Barreto de
Aragão.
Carta que se escreveu ao Coronel Gar^
cia tle Ávila Pereira.
Recebemos a de Vossa Mercê de dez de tlezem-
bro, do ano passado, digo do ano próximo passa-
do, e lhe agradecemos a conta que nos dá dos ab-
surdos que nesses distritos tem cometido o mulato,
que a eles veio do sertão e desconfiança que há de
passar a outros maiores; mas não podemos deixar
de dizer a Vossa Mercê, que em semelhantes casos
são desnecessárias estas contas só vindo acom-
panhadas com os delinqüentes, pelas conseqüências
que se podem seguir de toda a demora nem basta
o que'Vossa Mercê diz lhe sucedeu em semelhante
caso, no tempo do Governo do Senhor Luiz César
de Menezes porque os senhores generais costumam
castigar os delinqüentes conforme as suas culpas e
lhes parece justiça e razão; e assim ordenamos a
Vossa Mercê, que sem demora alguma procure .-.
prender o dito mulato e remetê-lo à cadeia
donos conta de assim o haver exe-
cutado como também do que ais •.
sobre o seu procedimento. Deus guarde a Vossa
— 246 —

Mercê. Bahia e janeiro, 8 de 1720. Senhor Arce-


bispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo.
João de Araújo e Azevedo. Senhor Coronel Garcia
de ÁviTa Pereira.

Carta que se escreveu ao Coronel Ma-


nuel Pinto de Essa, e do Juiz Ordinário
da vila de Jaguaripe sobre a prisão das
pessoas que * desertaram da guerra dos
bárbaros.

O Capitão-mor Antônio Veloso da Silva, Cabo


da guerra que se mandou fazer aos bárbaros dos
matos da vila do Cairu, nos deu conta do que re-
sultou da entrada que fêz aos ditos bárbaros; gran-
de falta que experimentou de mantimentos e de-
serção de muita gente que levou para aquela em-
presa; especialmente das pessoas que constam do
rol junto que nos remeteu; e porque semelhante
procedimento deve ser punido para que não
fique mau exemplo nas ocasiões futuras. Ordena-
mos a Vossa Mercê que com todo segredo prenda
logo as onze pessoas nomeadas no dito rol e bem se-
gúras as remeta à cadeia desta cidade, à nossa oi-
dem; e juntamente as armas, patronas, petrechos,
e mais ferramentas expressadas no dito rol'
per-
tencentes a sua Majestade, que Deus guarde, com
que
desertaram da campanha, fazendo-as entregar tudo
antes de os remeter. Esta diligência havemos
por
muito encarregada a Vossa Mercê
mandará conta. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e janeiro, 22 de 1720. Senhor Arcebispo da Ba-
hia. Caetano de Brito de Figueiredo. João de
Araújo de Azevedo. Para o J'uiz Ordinário da vila
de Jaguaripe.
— 247 —

Rol que acusa a carta acima.


*
O Capitão do Mato Luiz Vaz.
O Ajudante José Roiz.
Baltasar de Sá.

Os que levaram as armas.

Miguel Barbosa, arma e patrona.


Miguel de Oliveira, arma e patrona.
Marcelino Coelho, arma, patrona e facão.
Mário Ribeiro, arma e patrona.
Gonçalo Coelho, arma e patrona.
João Pereira, arma, patrona e facão.
Belchior dos Reis, patrona e machado.
Inácio Dias, arma e patrona.

Carta para o Desembargador Antô-


nio Chanxes Pereira.

Vendo a representação que Vossa Mercê nos


faz por carta de dois de novembro do ano próximo
passado, e a conta que já sobre o mesmo particular
havia dado a Sua Majestade, que Deus guarde, o
Excelentíssimo Senhor Conde do Vimieiro, Gover-
nador e Capitão General que foi deste Estado, ..
rece dizer a Vossa Mercê, estar êsle negócio
afeto ao mesmo senhor e pender da sua real reso-
lução este deferimento. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e janeiro de
1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo.
248

Carta para os oficiais da câmara da


vila do Cairu sobre a conta' que deu o
Capitão-mor Antônio Veloso da Silva da
entrda que f êz aos bárbaros dos matos
da mesma vila.

0 Capitão-mor Antônio Veloso da Silva, Cabo


da guerra que se mandou fazer aos bárbaros dos
matos dessa vila, nos deu conta do fim da sua en-
Irada, da grande falta que experimentou não só da
gente que aí se lhe havia de dar para a mesma
guerra, mas também dos mantimentos que se lhe
prometeram para ela, por cuja falta e necessidade
com que pentrara os matos adoecera muita gente e
não menos desertara da que o acompanhava de ou-
tros distritos, sem mais sustento que o de alguma
fruta agreste, sem que no decurso de três meses, e
meio encontrasse motivos que lhe acrescentassem o
gosto com que buscava àqueles bárbaros jficando só
trinta homens, tão achacos os que lhe não foi possí-
vel aceitar a ocasião que se lhe oferecia, de encon-
traf com o gentio bárbaro pelas trilhas e rastos que
se acharam, e cinco casas despovoadas (que aloja-
riam duzentas almas) as quais estão mais vizinhas
da vila que foi de João Amaro, que dessa do Cairu,
mas que é sem dúvida serem os próprios que fazem
o prejuízo naquela e nessa parte razão porque di-
zemos Vossas Mercês devem viver e estar com todo
o cuidado e vigilância para que estes bárbaros não
venham' pimitamente fazer nesses moradores as
suas costumadas hostilidades.
Vossas Mercês nos declarem logo a razão ou
motivo .que tiveram para se faltar com o número de
homens que essa vila havia de dar ao dito Cabo e
os mantimentos prometidos por Vossas Mercês,
249

tão precisos como necessários para aquela guerra,


pois dando-os se poderiam"extinguir os inimigos e
evitar enfraquecerem e adoecerem os nossos guerrei-
ros, e não deixar de parar a expulsão dos barba-
ros.
Ficamos esperando por resposta de Vossas
Mercês sobre os dois pontos referidos e du que Vos-
sas Mercês ficam entendendo de os bárbaros des-
povoarem as casas em que habitavam para confor-
me o eu sentir lhes ordenarmos se hão de conser-
var nessa vila o resto das munições, petrechos, ar-
mas e ferramentas que ficaram entregues ao Al-
moxarife que Vossas Mercês nomearam para as
rceber ou se esse as há de trazer a esta cidade pa-
ra se desobrigar do seu recebimento ante o Prove-
dor-mor da Fazenda Real deste Estado. Deus
guarde a Vossas Mercês. Bahia e janeiro, 22 de
1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de. Araújo e Azevedo.
Para os oficiais da câmara da vila do Cairu.

Carta para os oficiais da câmara da


vila do Cairu.

Somos informados que os bárbaros que repeti-


das vezes assaltam os distritos dessa vila o fize-
ram há poucos dias e como Vossas Mercês nos não
têm até o presente (como deviam) dado conta algu-
ma deste particular por não temos certeza dele.
Ordenamos a Vossas Mercês que com toda a bre vi-
dade e clareza nos digam o estrago que fizeram os
ditos bárbaros e se agora traziam mais força que das
Outras vezes. Deus guarde a Vossas Mercês. Bahia
e janeiro, 26 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia.
Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
— 250 —

Azevedo. Para os oficiais da câmara da vila do


Cairu.

Carta para o Coronel João de Coiros


Carneiro sobre os bárbaros.

Por algumas pessoas nos tem chegado a notí-


cia de que os bárbaros que costumam repetida^ vê-
zes dar assaltos nos distritos dessa vila o deram há
poucos dias, e como Vossa Mercê nos não têm da-
do esta conta (como devia) entendemos não ha-
ver certeza neste particular, para que a tenhamos.
Ordenamos a Vossa Mercê que com toda a indi-
viduação nos diga o que há e sendo certo o assalto,
que estrago fizeram, e que quantidade de barba-
ros seriam, para tudo nos ser presente. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e janeiro, 28 de 1720.
Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo. João de Araújo de Azevedo. Senhor Go-
ronel João de Coiros Carneiro.

Carta para o Coronel João de Coiros


Carneiro sobre a dúvida em que entrou o
Sargento-mor da vila de Boipeba.

O Sargento-mor da vila de Boipeba nos repre=


sentou que Vossa Mercê lhe ordenara tivesse pron-
tas as companhias dela para no dia que lhe assinam
lhe passar mostra, e dúvida em que se acha em
obedecer a Vossa Mercê por entender o deve só fa-
zer ao Capitão-mor da Capitania dos Ilhéus. Sô-
bre este particular se nos oferece dizer a Vossa
Mercê que quando passar mostra às companhias
tanto dessa viia ccmo a de Boipeba as mande avi-
sar pelos oficiais do seu regimento, por se evitar
— 251 —

com isto toda a dúvida que pode haver. Deus guar-


de a Vossa Mercê. Bahia e janeiro, 26 de 1720.
Senhor Arcebispo da Bahia. Coetano de Brito e
Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor
Coronel João de Coiros Carneiro.

Carta para o Sargento-mor da Vila


de Boipeba sobre a dúvida em que entrou
desobedecer o Coronel João de Coiros
Carneiro, e o mais que contém.

Recebemos duas de Vossa Mercê e vimos a


conta que em uma e outra nos dá e pelo que toca ao
aviso que teve do Coronel João de Coiros e dúvida
em que acha ficara cessando esta com o que orde-
namos ao dito Coronel que quando passar mostras
mande avisar às companhias pelos oficiais do seu
regimento e não por Vossa Mercê, pelo não ser, mas
não fica Vossa Mercê desobrigado de lhe obedecer
quando haja ocasião, que assim seja preciso ao
serviço de Sua Majestade, o que Vossa Mercê exe-
cutará sem a menor dúvida.
E quanto às armas, e pólvoras de Sua Maj esta-
de com que Vossa Mercê se acha nessa vila visto os
Capitães se não quererem encarregar delas segui-
rá Vossa Mercê a ordem que tem do Excelentíssi-
mo Senhor Conde do Vimieiro, nosso antecessor,
obrigando aos arrais do barco que lhe parecer a que
traga tudo para esta a entregar à
ordem do Provedor-mor, a quem Vossa Mercê da-
rá conta. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e ja=
neiro, 26 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia.
Caetano de Brito e Figueiredo. João dá Araújo e
Azevedo. Para o Sargento-mor da vila de Boipe-
ba.
— 252 —

Carta para o Capitão-mor Antônio


Veloso da Silva sobre a conta que deu da
entrada que fez aos bárbaros dos matos
da vila do Cairu; escreve-se ao Coronel
Manuel Pinto de Essa e ao Juiz Ordinário
da vila de Jaguaripe sobre a prisão dos
desertores e arrecadação das armas e fer-
ramentas e se lhe remeter certidão do seu
serviço.

Recebemos a carta de Vossa Mercê de 0 do


corrente ,e por ela ficamos entendendo a conta que
nos dá do que resolveu da entrada que fêz por or-
dem do Excelentíssimo Senhor Conde do Vimieiro,
Governador e Capitão General que foi deste Esla-
do (nosso antecessor) contra os bárbaros dos ma-
tos da vila do Cairu. Tudo o que Vossa Mercê obrou
nesta diligência lhe agradecemos, pois o merece o
trabalho e 'grande constância com que Vossa Mer-
P-O* cê nela procedeu, e assim esperamos do seu valor
e grande atividade (que oferecendo-se outra oca-
sião semelhante) achar certo a Vossa Mercê para
continuar o serviço de Sua Majestade, que Deus
guarde, e adiantar o seu merecimento.
Ao Coronel Manuel Pinto de Eça e ao Juiz
Ordinário da vila de Jaguaripe encarregamos a
prisão dos índios que desertaram da campanha ..
sados na lista que Vossa Mercê remeteu, e
a arrecadação das armas e feramentas perten-
centes a Sua Majestade. A certidão inclusa serve
de acreditar o serviço que Vossa Mercê fêz ao dito
Senhor nesta ocasião. Deus guarde a Vossa Mer-
cê. Bahia e janeiro, 23 de 1620. Senhor Arcebis-
po da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João
*—
253 —

de Araújo e Azevedo. Para o Capitão-mor Antônio


Veloso da Silva.

Carta para o Coronel Alexandre Go-


mes Castel Branco.

Recebemos a de Vossa Mercê de 30 de outubro


do ano passado e com ela a conta que nos dá do seu
regimento, a qual agradecemos a Vossa Mercê pela
individuação com que veio. Aos sujeitos que Vossa
Mercê propôs para Capitães e Alferes das três
companhias novamente criadas lhes mandamos pas-
sar Patentes e Alvarás e Vossa Mercê os proporá
também para quatro Ajudantes, dois do número e
dois supras, e o mesmo fará para Sargentos das no-
vas companhias. Proporá Vossa Mercê juntamen-
te sujeitos para exercerem os postos de Capitães-
mores, Sargentos-mores e dois Ajudantes em cada
uma das freguesias do seu regimento em que já os
não houver e assim mais para Capitães-mores das
entradas, Sargentos-mores e Capitães dos assaltos os
mesmo
que forem necessários para nos distritos do
regimento prisionarem os negros fugidos e fazerem
entradas nos mocambos que neles houver. Deus
guarde a Vossa Mercê. Rahia e janeiro, 26 de 1720.
Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo João de Araújo e Azevedo. Coronel Ale-
xandre Gomes Castel Branco.

Carta para o Doutor Corregedor Jo- t


sé da Cunha Cardoso.

Recebemos a de Vossa Mercê de 17 do corrente e


lhe agradecemos o zelo com que nos dá conta cio prés-
timo, inteligência e atividade de José Frz. Souto,
— 254 —

para exercer o ofício de Escrivão dos Órfãos da vi-


Ia de Jaguaripe que se acha vago pela deixação que
dele tez o serventuário que o servia. Ao dito Jo-
sé Frz, mandamos passar Provisão da serventia do
dite) ofício, atendendo à boa informação que Vossa
Mercê nos deu do seu préstimo. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e janeiro, 26 de 1720. Senhor Ar-
cebispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo.
João de Araújo e Azevedo. Senhor Doutor José da
Cunha Cardoso.

Carta que se escreveu ao Capitão-


mor da capitania ele Sergipe de El-Rèi
sobre os soldados que pediu de guarda pa-
ra sua porta o Ouvidor de Sergipe de El-
Rei.

Recebemos a de Vossa Mercê de dezoito de ou-


tubro do ano próximo passado e vimos a conta que
nos dá de que o Ouvidor Geral dessa capitania, es-
tandp Vossa Mercê no Rio Real passando mostra
a um regimento, obrigara ao Sargento que se achava
ele presídio na mesma capitania lhe desse quatro
soldados para estarem de guarda à sua porta;
agradecemos a Vossa Mercê a individuação desta
conta e a prudência com que se houve no procedi-
mento elo dito Ouvidor. Nós lhe escrevemos e or-
deitamos nos diga qual é a causa desta novidade e
se tem alguma ordem de Sua Majestade,
que Deus
guarde, em que lhe conceda ter guardará sua por-
ta c que não a tendo se abstenha de tal procedimen-
to, e Vossa Mercê se conserve icom êle com aquela
prudência que lhe reconhecemos em tal forma que
não haja entre Vossa Mercê e o dit0 Ouvidor a me-
nor dúvida pelas danosas conseqüências
que po-
- 25" —

derâo resultar tanto ao serviço d d Sua Majestade,


como ao bem cornam de seus vassalos dessa capi-
tania. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e janei-
ro, 29 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caeta-
no de Brito e Figueiredo. João de Araújo e Aze-
vedo. Para o Capitão-mor da Capitania de Sere-
gipe de El-Rei.

Carta para o Ouvidor Geral da capi-


tania de Seregipe de El-Rei Manuel Miz
Falcate sobre os soldados que introduziu
ter à sua porta, de guarda.

O Capitão-mor dessa capitania nos deu conta


de que andando passando mostra aos regimentos
dela chegara Vossa Mercê, depois de tomar posse
do lugar de Ouvidor, pedira ao Sargento que se
acha de presídio na mesma capitania quatro solda-
dos e que duvidando este dar-lhos instara Vossa
Mercê e com efeito lhos mandou, os quais pusera
Vossa Mercê de guarda na sua porta, e como não
sabemos que ocasião haja para esta novidade or-
denamos a Vossa Mercê que com toda a brevidade
possível nos faça presente se tem algum receio que
o obrigue a ter os ditos soldados à porta, ou ordem
de Sua Majestade por que lhos conceda, que a não
ter esta não os deve ter, tanto por não ser Vossa
Mercê Auditor Geral da gente de guerra como nos
consta da sua carta, como pelas não haverem tido
os Ouvidores dessa capitania, antecessores de Vos-
sa Mercê, e enquanto Vossa Mercê não nos vier es-
ta conta suspenderá ter os ditos soldados à porta,
não tendo para isso especial ordem de Sua Majes-
tade. Deus guarda a Vossa.Mercê. Bahia c janei-
ro, 29 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caeta-
— 256 —

no de Brito e Figueiredo. João de Araújo e Aze-


vedo. Senhor Doutor Ouvidor Geral da capitania
de Seregipe ele El-Rei. Manuel Miz Falcate.

Carta que se escreveu ao Mestre de


Campo Engenheiro Miguel Pereira da
Costa.

O Administrador da junta geral do comércio


nos representou que mandando fazer aguada, que
é necessária para a nau nova da mesma junta nas
vilas do Rosário, onde sempre o costumava fazer
corria tão pouca por estas que lhe não seria possí-
vel fazê-la com aquela brevidade que convinha
à partida da dita nau, pedindo-me lhe déssemos o
remédio que entendêssemos mais conveniente à ex-
pedição da dita nau, e como temos notícia de que
Vossa Mercê no ano de mil setecentos dezesseis
por ordem do Excelentíssimo Senhor Marquês de
Angeja Vice-Rei que foi deste Estado, experimen-
tando-se a mesma falta fizera um tal benefício ao
Dique que com êle se experimentara grande abun-
elância de água nas ditas bicas, e atendendo nós a
dita representação ordenamos a Vossa Mercê que
o mesmo benefício que Vossa Mercê fêz ao Dique
por ordem elo Senhor Marquês de Angeja, o faça
agora, para que por falta de água se não dilate a
partida da nau nova para o reino o que Vossa Mer-
cê executará com toda a brevidade por ser assim
muito do serviço de Sua Majestade. Deus guarde
a Vossa Mercê. Rahia e janeiro, 29 de 1720. Se-
nhor Arcebispo da Bahia, Caetano de Brito de Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor Mes-
três de Campo Engenheiro Miguel Pereira da Cos-
ta.
— 257 —

Carta que se escreveu a Dom Manuel


Henriques Capitão de mar e guerra da
nau nova da junta, com a cópia da carta
do Governador de Pernambuco sobre o
tempo em que puderem estar prontos os
navios daquele porto.

A cópia inclusa é de uma carta que a este Go-


vêrno Geral escreveu em vinte de dezembro do
próximo passado o Senhor Governador de Pernam-
buco Manuel de Sousa Tavares a qual fazemos pre-
sente a Vossa Mercê para que fique entendendo o
estado em se acha a carga dos navios daquele pôr-
to. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e janeiro,
30 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano
de Brito e Figueiredo. João de Araújo de Azeve-
do. Senhor Capitão de mar e guerra Dom Manuel
Henriques.

Carta para o Mestre de Campo En-


genheiro Miguel Pereira da Costa sobre
o requerimento do Administrador da jun-
ta.

O Administrador da. junta geral do comércio


nos representou que mandando fazer a aguada que
necessária para a nau nova da mesma junta nas bi-
cas do Rosário onde sempre acostumava fazer,, cor-
ria tão pouca por estas que lhe não seria possível
fazê-lo com aquela brevidade que convém à partida
da dita nau; pedindo-nos lhe déssemos o remédio
que entendêssemos mais conveniente à expedição
da dita nau. E como temos notícia que Vossa Mer-
cê no ano de mil setecentos e quinze por ordem do
Excelentíssimo Senhor Marquês de Angeja, Vice-
— 258 —

Rei que foi deste Estado, (experimentando-se a


mesma falta) fizera Vossa Mercê um tal benefício
ao Dique que com êle se experimentara grande
abundância de água nas ditas bicas e atendendo nós
à dita representação ordenamos a Vossa Mercê que
o mesmo benefício que Vossa Mercê fêz ao dique por
ordem do dito Marquês de Angeja o faça agora para
que por falta de água se não dilate a partida da
nau nova para o Reino, o que Vossa Mercê executa-
rá com toda a brevidade por ser assim muito do ser-
viço de Sua Majestade, que Deus guarde e a Vossa
Mercê. Rahia e janeiro, 29 de 1720. Senhor Arce-
bispo da Bahia. Caetano de Brito de Figueiredo.
João de Araújo e Azevedo. Para o Mestre de Cam-
po Engenheiro Miguel Pereira da Costa.

Carta que se escreveu ao Sargento-


maior Inácio Teixeira Rangel sôbre o dito
dar conta em que havia mandado dezoito
pessoas ao mato descobrir o gentio bár-
baro e remeter as mesmas dezoito pessoas
à presença do Governo.

Recebemos a carta de Vossa Mercê de 15 de


janeiro deste ano e por ela ficamos entendendo a
conta que nos dá, de mandar dezoito
pessoas com
quatorze armas, a correr os matos por causa de
seus falquejadores de madeiras do mato se
acha-
rem com receio e temor de irem a elas
pelos ras-
tos que achavam de gentio; e o encontro
e suces-
so que com eles tiveram, porém, como
por serviço
de Sua Majestade, que Deus guarde, e bem
comum
de seus vassalos moradores nos distritos
dessa vi-
Ia do Cairu é preciso fazer maior
averiguação.
-- 259 —

Oruenamos a Vossa Mercê que tanto que receber


esta remeta logo à nossa presença as mesmas de-
zoito pessoas que mandou à dita entrada, vindo
também nesse número os dois negros que Vossa
Mercê diz saíram feridos na peleja que tiveram
com os bárbaros se os tais negros estiverem já
sãos, e capazes de Vossa* Mercê os mandar com as
mais pessoas que lhe ordenamos. PI Vossa Mercê
enquanto se detém nesse distrito e voltam para
êle as pessoas que lhe ordenamos remeta para esta
cidade averiguará com toda a certeza que for pos-
sível se os ditos bárbaros descem dos matos c fa-
zem a esses moradores alguns assaltos e hosdlida-
des para com a nova conta de Vossa Mercê resol-
vermos o que parecer mais conveniente contra os
mesmos bárbaros. Deus guarde á Vossa Mercê.
Bahia e fevereiro 9 de 1720. Senhor Arcebispo da
Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo e Azevedo. Para o Sargento-mor da Arti-
lharia Inácio Teixeira Rangel.

Carta que se remeteu ao Coronel Ma-


nuel Pinto de Eça sobre remeter o oleiro
que faz a encomenda dos canos para a Ca-
rioca.

Tanto que Vossa Mercê receber esta carta exa-


minará logo com toda a diligência quem é o oleiro
a quem o Tenente Coronel General da Artilharia
Francisco Lopes Vilas Boas encomendou ou fêz en-
comendar por via do Capitão João Duz de Macedo
uma quantidade de canos vidrados que são para a
fonte da Carioca do Rio de Janeiro, e tendo Vossa
Mercê averiguado quem é o oleiro a quem está feir
ta a dita encomenda lhe ordene Vossa Mercê logo lo-
— 260 —

go a esta cidade à nossa presença trazendo consi-


go a mesma forma que se lhe deu para fazer os ca-
nos e alguns dos que por ela tiver feito. Esta dili-
gência pertence tanto ao serviço de Sua Majestade,
que Deus guarde, como à conveniência de seus vas-
salos naquela capitania e assim a havemos a Vossa
Mercê por muito encarregado para que não haja
demora nela. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e fevereiro, 16 de 1720. Senhor Arcebispo da Ba-
hia. Caetano de Brito e Figueiredo, João de Araú-
jo e Azevedo. Senhor Coronel Manuel Pinto de
Eça
Carta para o Coronel Pedro Leolino
Mariz sobre o mocambo q<ue se diz há na
Jacobina.

Vendo a petição que a este Governo Geral fez


\>y
João da Costa Ferreira Capitão-mor das entradas
do sertão da Jacobina, e a que também fizeram
Antônio Duarte da Cruz, e Ventura Lopes Sueiro,
moradores nos mesmos distritos, nos resolvemos a
remetê-los a Vossa Mercê para que informando-se
do que neles se alega e achando-se ser verdade dê
uma tal providência que se fique, evitando o dano
que ensinuam, para o que nomeará os oficiais que
entender poderão melhor extinguir ao mocambo de
que fazem menção ,aos quais mandará dar a gen-
te que fôr necessária para a tal diligência, a qual
mandará fazer com toda a brevidade por ser muito
do serviço de Sua Majestade e do bem comum de
seus vassalos. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e fevereiro, 16 de 1720. Sebastião Arcebispo da Ba-
hia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araú-
15'^"
jo e Azevedo. Senhor Coronel Pedro Leolino Ma-
ris.
— 261 —

Carta para o Juiz Ordinário da vila


do Cairu tirar uma informação jurídica
de algumas pessoas tirarem ouro nos dis-
tritos da mesma vila.

Tanto que Vossa Mercê receber esta logo, e sem


demora alguma tirará uma informação jurídica
da notícia que há de que algumas pessoas desses
distritos e de outros circunvizinhos foram com o
pretexto de irem descobrir gentio minerar a um ria-
cho que se acha junto à picada que fêz o Cabo e
mais gente que por ordem do Excelentíssimo Se-
nhor Conde do Vimieiro, nosso antecessor, entraram
pelos matos dos distritos dessa vila a fazer guerra
ao gentio bárbaro que o infestava. Esta diligência
fará Vossa Mercê com todo o segredo e cautela em
tal forma que de nenhuma maneira haja presunção
desse fundamento, o que a Vossa Mercê havemos
por muito encarregado, dando-nos conta das pes-
soas que foram por relação individual e do que ali
acharam especializando também se alguma pessoa
ou pessoas desses distritos se preparam para ir mi-
nerar naquela parte ou nas cabeceiras do rio das
Velhas, tirando para isso as informações necessá-
rias com o mesmo segredo, por convir assim ao ser-
viço de Sua Majestade, que Deus guarde ,e a Vossa
Mercê. Bahia e fevereiro, 16 de 1720. Sebastião Ar-
cebispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueireelo.
João de Araújo e Azevedo. Para o Juiz Ordinário
da vila do Cairu.

Carta para os oficiais da câmara da


vila do Camamú sobre a farinha da Infan-
taria do Morro.
— 262 —

Recebemos a carta de Vossas Mercês de 23 de


dezembro próximo passado e vimos a conta que nos
dá sôbre a qual temos ordenado ao Capitão da for-
taleza do Morro mande cobrar a farinha que se de-
ver àquele presídio pelos soldados dele que lhe pa-
recer e que daqui em diante o faça também, tanto
que entrar o mês de janeiro de cada^um ano, com
o que nos parece se ficará evitando toda a dúvida e
falta que experimentam os djitos soldados. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e fevereiro, 16 de
1720. Sebastião Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Pa-
ra os oficiais da câmara da vila do Camamu.

Carta para o Capitão da fortaleza do


Moror sôb: e a farinha da Infantaria dê-
le.

Os oficiais da câmara da vila do Camamu nos


«leram conta de que os moradores dela não deviam
farinha aos soldados desse presídio senão do ano
passado, e que a deste já a tinham remetido, repre-
sentando-nos que a falta que alguma vez sucedia
haver era por não terem quem a cobrasse, porque
não havia naquela vila mais do que dois oficiais do
Campo e esses andavam atualmente ocupados nas
diligências da justiça. Por evitarmos toda a dúvi-
da e falta que os soldados experimentam ordena-
mos a Vossa Mercê mande pelos que lhe parecer
cobrar a farinha que se lhe estiver devendo dos anos
passados, e tanto que entrar o mês de janeiro dos
anos passados digo, seguintes os mandará também
cobrar de cada um, porque só assim nos parece se
ficarão evitando as faltas que agora se experimen-
-¦y.t
iam. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e feve-
— 263 —

reiro, 16 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia.


Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo. Para o Capitão da fortaleza do Morro.

Carta para o Sargento-mor Inácio


Teixeira Rangel sôbre remeter os homens
que foram descobrir o gentio.

Por carta de 9 do corrente ordenamos a Vossa


Mercê remetesse a esta praça à nossa presença os
homens brancos e negros que Vossa Mercê diz
mandara com armas correr os matos desses distri-
tos, para ver se descobriam o gentio que os infes-
tam pelos rastos que se acham deles, e como esta
diligência seja preciso ao serviço de Sua Majesta-
de e bem comum de seus vassalos o é também a bre-
vidade da execução dela e por essa causa tornamos
a ordenar a Vossa Mercê remeta logo logo todas
as ditas pessoas para delas tirarmos as informa-
ções de que necessitamos, para sabermos com toda
a individuação o que há neste particular e com a
mesma darmos conta a Sua Majestade, Deus guar-
de'a Vossa Mercê. Bahia e fevereiro, 16 de 1720.
Sebastião Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e
Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Para o
Sargento-mor Inácio Teixeira Rangel.

Para o Sargento-mor Gabriel da Ro-


cha Monteiro.
W
I
O Capitão dos assaltos Gonçalo Barbalho en-
tregou Manuel da Costa que Vossa Mercê remeteu
preso e agradecemos a Vossa Mercê o zelo com que
procurou evitar o que podia resultar do mau
— 204 —

ânimo que diz tem este homem que fica preso para
ser castigado na forma de direito. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e fevereiro, 16 de 1720. Se-
bastião Arcebispo da Bahia. Caetano de Erito e Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Para o Sar-
gento-mor Gabriel da Rocha Monteiro.

Carta que se escreveu ao Capitão-mor


André da Rocha Pinto com o bando qup
nela se declara.

Pela carta de Vossa Mercê ficamos entendem


do a conta que deu ao Excelentíssimo Senhor Con-
de do Vimieiro Governador e Capitão General que
foi deste Estado, nosso antecessor, sobre haver
mandado publicar e fixar, em forma de edital, o
bando que lhe remeteu na forma das ordens de Sua
Majestade, que Deus guarde, em que proíbe fazerem-
se descobrimentos e minerar-se ouro nos distritos
desta capitania. Esta diligência agradecemos mui-
to a Vossa Mercê e para que conheça o caso que f a-
zemos do préstimo e zelo com que se emprega no
serviço do mesmo senhor mandamos passar a pa-
tente inclusa do posto de Capitão-mor dos distritos
cabeceiras e sertão desse Rio das Contas para que
Vossa Mercê com maior autoridade, poder e júris-
dição possa aumentar o seu merecimento no servi-
ço do mesmo Senhor de cuja grandeza deve esperar
o acrescentamento de que nele se fôr fazendo mais
digno o seu procedimento.
Com esta remetemos também a Vossa Mercê
o novo bando que mandamos passar em virtude das
ditas ordens que há de Sua Majestade neste Govêr-
no Geral, às quais somos obrigados a fazer observar
265

inviolàvelmente; Vossa Mercê o fará publicar nes-


ses distritos e fixar cópias dele, em forma de edi-
tal, nas partes mais públicas, de que me remeterá
certidão autêntica; e depois de o ter assim satis-
feito achando Vossa Mercê pessoa ou pessoas que
não despejem distritos continuem descobri-
mentos e minerem ouro proceda Vossa Mercê logo
contra elas na forma expressada no mesmo bando e
..
para que Vossa Mercê o possa fazer com a força
que convém notificando da parte de Sua Ma-
dis-
jestade aos Capitães da ordenança dos mesmos
tritos para que lhe dêm prontamente toda a ajuda e IM
favor e que necessitar de gente, armas e 0 mais que
houver mister aos quais por esta ordenamos lhe
dêm sem a mínima demora ou repugnância (sub pe-
na de mandarmos proceder contra eles) até final-
mente deixar desertos esses distritos de todos os re-
beldes transgressores da lei e ordem de Su Majes-
tade, em o que Vossa Mercê procederá com todo o
vigor sem usar de dissimulação alguma porque esta
é muitas vezes causa de se não executarem as or-
dens como convém.
E porque pode conduzir muito para o mesmo
fim ter Vossa Mercê aí os mas oficiais que Su'a Ma-
nesta em-
jestade ordena se criem para o ajudarem
a Vossa
presa tanto do seu real serviço ordenamos
Mercê nomeie para Sargento-maior a pessoa que
entender é mais benemérita, poderosa e ativa para
lhe mandarmos passar patente, e assim também
duas pessoas suficientes que hajam de ser providas
em o posto de ajudante. Da grande vigilância, cui-
dado e atividade de Vossa Mercê esperamos o bom
efeito desta diligência para ter mais q'uie agradecer
a Vossa Mercê, a quem Deus guarde. Bahia e feve-
266

reiro, 20 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia.


Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo. Para o Capitão-mor dos distritos do rio
das Contas André da Rocha Pinto.
A* margem — Vossa Mercê me remeta uma re-
lação de todas as pessoas poderosas que assistem
nesses distritos e escravaria que tem cada uma e o
lugar donde são moradoras.

Cartas que se escreveram ao Coronel


Francisco Barreto de Aragão, ao Coronel
Miguel Pinto dé Eça e ao Coronel Miguel
Calmon de Almeida, para mandarem pu-
blicar os bandos que com elas se remetem
sobre não ir pessoa alguma para as minas
do rio das Contas ou Comboi.

Tudo o que a Vossa Mercê podíamos recomen-


dar nesta contém o bando incluso e assim só serve de
o acompanhar e dizer a Vossa Mercê esperamos do
zelo com que se costuma empregar no serviço de
Sua Majestade, que Deus guarde, obre nesta dili-
gência com tal atividade que •dcnenhuma sorte pos-
sa sair dos distritos do seu regimento comboi ai-
gum para as minas das Cachoeiras ou sertão do
rio das Contas nem de outra qualquer parte desta
Capitania (exceto para as Minas Gerais) por ser
contra as ordens do dito senhor que proíbem ex-
pressamente fazerem-se descobrimentos e mine-
rar-se ouro nos distritos da mesma capitania.
O modo com que Vossa Mercê há de proceder,
depois de mandar publicar o dito bando, se expres-
sa nele; Vossa Mercê o executará inviolavelmente,
achando pessoa ou pessoas com que o deva assim
fazer, e nos dará conta de tudo o que obrar para,
— 267 —

nos ser presente. Deus guarde a Voisa Mercê.


Balda e fevereiro, 17 de 1720. Senhor Arcebispo
da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo, João de
Araújo e Azevedo. Senhor Coronel Francisco Bar-
reto de Aragão.

Carta que se escreveu ao Capitão-mor


dos distritos do rio das Contas André da
Rocha Pinto, sobre mandar os pontos que
contém a relação abaixo.

Tanto que Vossa Mercê receber esta, sem per-


der instante de tempo, procure logo examinar pe-
los pontos expressados na memória junto, e com to-
da a certeza tudo o que neles se contém e tendo fei-
to a dita averiguação nos remeta uma relação, por
duas vias, a qual Vossa Mercê assinará sem faltar
a mínima circunstância do que se lhe pergunta e
esta diligência encarregamos a Vossa Mercê com
toda a recomendação por ser assim importante ao
serviço de Sua Majestade, que Deus guarde, no que
Vossa Mercê porá tal cuidado, c atividade que che-
que logo logo aqui com toda a brevidade que fôr
possível a relação que lhe ordenamos nos remeta
para com ela darmos conta ao mesmo senhor na nau
de guerra que fica para partir brevissimamente.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e março, 11
de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo.
Para o Capitão-mor dos distritos do rio das Contas
André da Rocha Pinto.
— 268 —

Rol que acusa a carta acima.


Pontos que há de conter a relação que
ordenamos ao Capitão-mor dos distrito*
do Rio das Contas André da Rocha Pinto
remeta a êstc Governo Geral com toda a
individuação e clareza.

- Que número de gente se acha nos distritos


das minas do Rio das Contas, isto é, o número de mo
radores, expressando quem são seus capitães, os
quais darão cada um, lista da gente da sua com-
panhia.
- Que número de gente tem concorido c se acha
atualmente naqueles distritos ocupada em fazer
descobrimentos e minerar ouro, remetendo relação
distinta de seus nomes e número de escravos que
consigo têm; declarando os que são brancos, par-
dos e de outras espécies de gente, dizendo os bran-
co.s que qualidades de pessoas são se são poderosas
e donde concorreram para ali se do recôncavo des-
ta cidade se dos distritos das Minas Gerais ou se do
sertão e nestas partes, e donde são moradores.
- Que léguas de distância há dos distritos das
ditas minas do rio das Contas a esta cidade; em
quantos dias se andam de marcha apressada e des-
cansadamente e os nomes das partes donde costu-
mam descansar e arranchar-se na jornada.
- Quantas léguas há dos distritos das mesmas
minas à costa do mar, e em quantos dias se marcham
e se o caminho é bom terraplano, montanhoso ou
áspero e se nele tem água em abundância para be-
ber, os que marcham e os animais dos combois.
- Se há nos distritos das mesmas minas abun-
dância de mantimentos, assim de farinha como de
— 269 —

carnes, água de beber e rios de lavagem e se são


caudalosos, ou riachos e os nomes deles.
- Examinará Vossa Mercê com toda a certeza,
se as pessoas que têm concorrido para essas minas fi-
zeram descobrimentos e mineraram ouro nelas de-
pois que o Excelentíssimo Senhor Conde do Vimiei- 'rí'
ro mandou aí publicar o seu bando da proibição
de se não minerar nem desertaram dos mesmos dis-
tritos como eram obrigados residindo e reencidindo
neles contra as ordens de Sua Majestade. O mesmo
examinará Vossa Mercê se se obrou depois que Vos-
sa Mercê mandou publicar o bando da mesma proi-
bicão que lhe remetemos e se Vossa Mercê se acha ou
não com poder de gente suficiente para o impedir.
- Também Vossa Mercê averiguará exatamen-
te o rendimento que dão essas minas, se o ouro é
de lavagem ou de beta, quanto rende por batéia ca-
da dia e assim também o de beta; e se averiguam
esses mineiros quantos quilates toca o ouro que
tiram ou seja de beta ou de batéia.
- E Vossa Mercê fique entendendo que esta di-
ligência não suspende de nenhuma maneira a in-
teira execução do bando que lhe remetemos porque
é lavrado em virtude da inviolável execução que os
vassalos devem dar às leis e ordens do seu Rei e
Senhor Soberano.

Carta que se escreveu ao Coronel Ma-


nuel Pinto de Eça sobre os canos que pe-
de o Governador do Rio de Janeiro.

Recebemos a carta de" Vossa Mercê de qualro


de março e vendo tudo o que nela nos representa e
dificuldade que há para se fazerem os canos por
270

não haver pessoa que os queira fazer nem ter ha-


vido lanço neles na ocasião em que se puseram em
praça nos pareceu remeter a Vossa Mercê o molde
incluso que mandou o Senhor Governador do Rio
de Janeiro para que Vossa Mercê os mande outra
vez pôr em praça para ver se há quem os queira
rematar, e o último lanço que houver no-lo faça
presente para tomarmos a resolução do qu^ se há
de fazer advertindo a Vossa Mercê, que esta obra,
no caso que haja rematador há de ser feita com
toda a brevidade e se lhe há de pagar prontamente
para o que tem ordem o Coronel José Álvares Via-
na; esperamos do zelo e atividade de Vossa Mercê se
empregue nesta diligência com todo o cuidado, por
ser muito do serviço de Sua Majestade e bem co-
num de seus vassalos. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e março, 11 de 1720. Senhor Arcebispo da
Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo e Azevedo. Senhor Coronel Manuel Pinto
de Eça.

Carla que se escreveu ao Juiz Ordi-


íiário da vila de Jaguaripe sôbre se pôr
em praça os canos que pede o Governador
do Rio de Janeiro.

Ao Coronel Manuel Pinto de Eça temos orde-


nado mande outra vez pôr em praça os canos que
pede o Senhor Governador do Rio de Janeiro e co-
mo para esta diligência precisamente lhe há de ser
necessário valer-se de Vossa Mercê ordenamos a
Vossa Mercê lhe de toda ajuda e favor para
que a
consiga "com toda a"l>revidade. Deus'guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e março, 11 de 1720. Senhor Ar-
cebispo da Bahia, Caetano de Brito e Figueiredo.
^^^-^^^-

-- 271 —

João de Araújo e Azevedo. Para o Juiz Ordinário


da Vila de Jaguaripe. ¦¦;;

Carta que se escreveu ao Mestre de


Campo Engenheiro Miguel Pereira da
Costa.

Por ser importantíssimo ao serviço de Sua


Majestade, que Deus guarde, que Vossa Mercê pas-
se desta cidade acs distritos do rio das Contas a
executar as ordens que lhe dermos, pertencentes,
ao serviço do mesmo Senhor, ordenamos a Vossa
Mercê que logo logo se prepare de tudo o que lhe
preciso e necessário para a dita jornada a que
há de dar princípio com a maior brevidade que fôr
possivel. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
março, 13 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia.
Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo. Senhor Mestre de Campo Engenheiro.
Miguel Pereira da Costa.

Carta para o Doutor Manuel Miran-


da Falcato, Ouvidor de Sergipe de El-Rei.

Convém muito ao serviço de Sua Majestade,


que Deus guarde, que tanto que Vossa Mercê roce-
ber esta carta venha logo logo a esta cidade à nos-
sa presença, ficando advertido de se lhe não ad-
-miíir desculpa alguma para deixar de o fazer pelos
mil inconvenientes que se podem' seguir ao serviço
do mesmo Senhor e ao bem comum de seus vassalos
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e março
.... Senhor Arcebispo da Bahia Figueire-
do. João de Araújo Manuel Mi-
randa Falcato Ouvidor de El-Rei.

_JS
— 272 —

Carta para o Capitão-mor da Capita-


nia de Sergipe de El-Rei Custódio de Re-
belo para vir logo à presença de Sua Ex-
celência.

E' muito conveniente ao serviço de Sua Majes-


tade, que Deus guarde, que Vossa Mercê venha lo-
go logo à nossa presença para o que tanto que re-
ceber esta se ponha em marcha tendo entendido
que para deixar de o fazer lhe não há de valer pre-
texto algum daqueles com que já conseguiu deixar
de obedecer prontamente ao que lhe havia ordenado
o Excelentíssimo Senhor Conde do Vimieiro, que
Deus haja, para o que havemos por levantada a ho-
menagem que Vossa Mercê deu do governo dessa
capitania enquanto se não recolher a ela, e em seu
lugar ficará governando o Sargento-maior da mes-
ma Companhia. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e março, 18 de 1720. Senhor Arcebispo da Ba-
hia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araú-
jo e Azevedo. Para o Capitão-mor da Capitania de
Sergipe de El-Rei.

Carta para o Sargento-mor da Capi-


tania de Sergipe de El-Rei.

Ao Capitão-mor dessa Capitania ordenamos


venha logo à nossa presença, e que entregue a Vos-
sa Mercê o governo dela enquanto êle se detiver
nesta ,no que esperamos se haja Vos-
sa Mercê de maneira que não haja contra o seu
procedimento a-menor queixa e que tenhamos nós
que lhe agradecer conservar esse povo com toda a
quietação e sossego. Deus guarde a Vossa Mercê.

I: !

I i
— 273 —

Bahia e março, 18 de 1720. Senhor Arcebispo da


Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo e Azevedo. Para o Sargento-mor da Capi-
tania de Sergipe de El-Rei.

Carta para o Juiz Ordinário da cida-


de de São Cristóvão da Capitania de Ser-
gipe de El-Rei Pedro de Afonseca.

Para certa diligência do Serviço de Sua Ma-


jestade, que Deus guarde, se faz preciso que tanto
que Vossa Mercê receber esta venha logo a esta ei-
dade trazendo em_sua companhia a Francisco Ro-
dritgues Sebra; o que Vossa Mercê e êle executa-
rão inviolàvelmente por ser mui prejudicial sem a
menor dilação que possa haver em Vossa Mercê e o
dito Francisco Rodrigues virem à nossa presença.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e março, 16 de
1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Pa-
ra o Juiz Ordinário da cidade de São Cristóvão de
Sergipe de El-Rei. Pedro de Afonseca.

Carta para o Sargento-maior Alexan-


dre Rodrigues.

Tanto que Vossa Mercê receber esta remeterá


a esta cidade a Manuel de Azevedo Coutinho a quem
Vossa Mercê tem em sua casa e não estando já ne-
da o procurará em outra qualquer parte onde este-
ja e com toda a brevidade o remeterá seguro por
ser artilheiro e andar ausente da praça. Esta di-
ligência havemos a Vossa Mercê por muito reco-
mendada de quem esperamos a brevidade da exe-
cução dela por ser assim muito do serviço de Sua
— 274 —

Bahia e
Majestade. Deus guarde a Vossa Mèrjê;
abrib 18 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Cae-
tanode Brito e Figueiredo. João de Araújo eAze-
vedo. Para o Sargento-maior Alexandre Ribeiro.

Para o Provedor da Alfândega.

Vendo a conta que Vossa Mercê nos dá por


carta de 16 do corrente se nos oferece dizer-lhe que
a devia dar com a cópia da ordem de Sua Majestade
de que nela faz menção para lhe podermos deferir
e termos entendido em virtude do que tem Vossa
Mercê um procedimento tão alheio do que até ago-
ra se lhe mandou particar, depois que o mesmo se-
nhor foi servido mandar observar neste Governo o
alvará de cinco de outubro de 1725 cornos navios
estrangeiros. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
abril, 19 dé 172Ó. Rlubríca.

Carta o Capitão João Rodrigues


•,'• ¦ . para
,] ipr iie ¦ .* • .' ífi* - ¦"
Adorno.

O Mestre de Campo Engenheiro Miguel Perei-


ra da Costa vai pôr' nossa ordem ao sertão desta
capitania a certa diligência do serviço de Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, e para o conseguir ne-
ceksita de alguns índios; Vossa Mercê lhe mande pôr
prontos àqueles que o dito Mestre de Campo lhe
avisar são necessários pára a sua jornada, o que
havemos a Vossa Mercê por muito recomendado.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e abril, 2Í2 de
1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Bri-
to e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor
Capitão João Rodrigues Adorno.

y
mm
'•;
— 275

, Carta que se escreveu ao Provedor da


Casa da Moeda.

Ao Senado da Câmara desta cidade ordenamos


nomeasse (na forma das ordens de Sua Majestade)
três sujeitos para um deles servir de Tesoureiro
das partes da Casa da Moeda desta cidade; cuja
nomeação fêz o sobretido Senado, e como na for-
ma das mesmas ordens fique abonado os que no-
meia dela escolhemos a Francisco da Silva Corrêa,
por ser o primeiro nomeado e lhe mandamos pas-
sar Provisão da serventia do dito ofício, na forma
do estilo que sempre se praticou, a qual dê Vossa
Mercê logo cumprimento e posse ao provido sem
embargo da representação que nos fêz. Deusguar-
de a Vossa Mercê. Bahia e abril, 29 de 1720. Se-
nhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor Pro-
vedor da Casa da Moeda desta cidade.

, Carta que se escreveu ao Mestre de


Campo Engenheiro.

O Excelentíssimo Senhor Governador Geral


deste Estado recebeu a carta de Vossa Senhoria de
11 do corente em que Vossa Senhoria diz remetia
uma cifra para por ela prevenir os casos que po-
dem acontecer e como o extrato da dita cifra não
veio com a carta de Vossa Senhoria me ordena o
mesmo Senhor diga a Vossa Senhoria a remeta
bem fechada pelo portador que esta lhe entregar.
Vossa Senhoria o tenha assim entendido. Deus
|e a Vossa,Senhoria muitos anos. Bahia e
18 de 1720. O oficial-maior da secretaria do
276

Estado, Luiz da Costa Sepulveda. Senhor Mestre


de Campo Engenheiro Miguel Pereira da Costa.
(
Carta para o Juiz Ordinário da vila
da Cachoeira.

0 Excelentíssimo Senhor Governador Geral


deste Estado me ordena remeta a Vossa Mercê a car
ta inclusa para que achando-se ainda nessa vila o
Mestre de Campo Engenheiro Miguel Pereira da
Costa Vossa Mercê lha mande entregar por pessoa
de toda a confiança a cobrar do mesmo Mestre de
Campo a sua resposta, a qual me remeterá Vossa
Mercê a esta secretaria do Estado por pessoa segu-
ra que a não perca nem desemeaminhe por ser im-
portantíssimo ao serviço de Sua Majestade que
Deus guarde. E que tendo já saído dessa vila o
dito Mestre de Campo espessa Vossa Mercê a toda
pressa pessoa segura a entregar-lhe a mesma car-
ta, e trazer resposta dela. Vossa Mercê o tenha as-
sim entendido. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e maio, 18 de 1720. O oficial-maior da Secre-
taria do Estado. Luiz da Costa Sepulveda. Senhor
Juiz Ordinário da vila da Cachoeira.

Carta que se escreveu ao Capitão de


mar e guerra João Batista Rolani.

Pelos despachos presentes recebemos a lei cie


Sua Majstade sobre os passageiros que passarem
a este Estado sem passaporte; e posto que fiamos
de Vossa Mercê não venha nenhum na sua nau te-
mos nomeado o Juiz de Fora desta cidade para ir
dar a execução a dita lei assim na nau de Vossa
— 277 —

Mercê como nas charruas que comboiou, o que Jh^


participamos para o ter entendido e dar todo o fa-
vor ao dito ministro. Deus guarde a Vossa Mercê.
Bahia e junho, 3 de 1720. Senhor Arcebispo da
Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo e Azevedo.

Carta que se escreveu ao Capitão de


mar e guerra João Batista Rolani.

Sua Majestade, que Deus guarde, foi servido


declarar a este Governo Gerai, por Provisão de 31
de março de 1715, que o Provedor da Alfândega «
mais oficiais da fazenda desta capitania há de me-
ter guardas nas naus de guerra ou sejam da re-
partição da Junta ou da Coroa, visitá-los e fazer a
mesma visita nos quartéis onde estiverem os solda-
dos e oficiais da sua guarnição; recomendando ao
mesmo Governo que para este efeito dê ao dito
Provedor e mais oficiais da Fazenda toda a ajuda
que lhe for necessária; Vossa Mercê tenha entendi-
cio que pela parte que lhe toca deve executar invio-
iàvelmente a dita Provisão de Sua Majestade com»
nela se contém admitindo os guardas que mete-
rem os Provedores da Fazenda e da Alfândega a
bordo dessa nau, e em tudo o mais que expressa a
dita Provisão de Sua Majestade por ser assim mui»
to do seu real serviço. Deus guarde a Vossa Mer-
cé. Bahia e junho, 4 de 1720. Senhor Arcebispo da
Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo. Senhor Capitão de mar e guerra João Ba-
tista Rolani.
'í'y:f>: '¦a-bTílÜ^ ":-' tf
3 tftfr-tf íítfFA> / a
';(<: t-y^ii: <*tftf.
iií'C a 9'Ví/i
— 278 -

x Carta que se escreveu ao Provedor da


..'.*. Alfândega desta cidade.
ív -..¦¦.¦ //ol.njjiiy susO .0'i.ír.inbn odth ot.
Vendo a proposta que Vossa Mercê nos faz e
as ordens que há neste Governo sobre se remete-
rem de guerra sejam da Junta ou da
assim pela repartição da Fazenda co-
mo pela Alfândega e que com os oficiais delas se
tenha o mais procedimento que Vossa Mercê ensi-
nua na dita proposta, temos ordenado ao Capitão
de mar e guerra da fragata Nossa Senhora da Ata-
laia João Batista Rolani, deixe introduzir os ditos
guardas na dita nau e fazer as mais diligências que
Sua Majestade ordena nos quartéis. Vossa Mercê
o tenha àssimí entendido para proceder na forma das
ordens do dito senhor de que faz menção, mas fi-
que advertido, quando fizer semelhantes represen-
tações citando nelas ordens de Sua Majestade a re-
meter-nos estas ou cópias delas para termos ciên-
cia do que o dito senhor ordena. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e junho, 4 de 1720. Senhor
Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Figuei-
redo. João de Araújo e Azevedo. Senhor Provedor
da Alfândega desta cidade.
¦-¦' *,•';; .i .' ajíuiof,. r--< s
Carta que se escreveu ao Capitão dos
Familiares para que remeta logo a lista
dos soldados que tem a secretaria

Tanto que Vossa Mercê receber esta nos reme-


ta logo logo sem demora pela secretaria deste Es-
tado a lista de todos os soldados que tem a Compá-
nhia dos Familiares de que Vossa Mercê é Capitão
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho, 14 de
1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
— 279 --

Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo.


Para o Capitão Sebastião de Brá de Araújo.

Carta (vque se escreveu ao Provedor da


Casa da Moeda para que remeta logo à se-
cretaria deste Estado a ordem de Sua Ma-
jestade para prover os ofícios da dita ca-
sa.

Temos notícia de que Vossa Mercê tem passado


alguns provimentos aos oficiais da Casa da Moeda
a quem se tinha acabado o tempo dos com, que ser-
viam pelos do antecessor de Vossa Mercê a quem
Sua Majestade concedeu faculdade para lhos pas-
sar. Ordenamos a Vossa Mercê remeta logo à secre-
taria deste Estado a ordem que tem do mesmo se-
nhor porque lhe concede o poder fazer estes provi-
mentos. Deus guarde a Vossa Mercê. P.ahia e ju-
nho, 12 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Cae-
tano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo. Senhor Provedor da Casa da Moeda.
Fei-
,Carta para o Administrador da
taria das madeiras da vila do Cairu sô-
bre executar o que lhe crdenar o Tenen-
te General de Artilharia pertencente às
madeiras para o Paço da Ribeira.

servido
Suá Majestade, que Deus guarde foi
desse todo o fa-
ordenar a este Governo Geral que
Fran-
vòr e ajuda ao Tenente General dá Artilharia
e expedição
eisCó Lóí>es Vilas Boas pára compra
das madeiras que o dito senhor lhe encarregou pa-
de embarcar
ra os paços da ribeira e porque se hão
— 280 —

nos navios da frota que se espera, e charruas de


Sua Majestade ordenamos a Vossa Mercê que envi-
ando-lhe o dito Tenente General a relação das
dita madeiras execute Vossa Mercê pontualmente
tudo o que êle lhe encarregar sobre este particular
o que havemos a Vossa Mercê por muito encarre-
gado. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho
12 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Pa-
ra o Administrador da feitoria das « madeiras da vi-
Io do Cairu.

Carta para qualquer navio a que se


entregar que venha o governador atirar
três peças.

Tanto que Vossa Mercê receber esta, vindo em


sua companhia o Senhor Governador General que
se espera mandará atirar três peças para que com
este sinal se fique entendendo do forte da barra
vem o dito Governador o que Vossa Mercê execu-
tara sem dúvida alguma. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e junho, 12 de 1720. Três rubricas
dos Senhores Governadores Gerais, digo. Senhor
Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito, e Figuei-
redo. João de Araújo e Azevedo.

Cartas que se escreveram aos Coro-


1
néis Pedro Barbosa Leal. José Pires de
Carvalho, Egas Monis Barreto. Luiz da
Rocha Pita Deusdará, Miguel Calmon de
Almeida, Domingos Borges de Barros e
Francisco Barreto de Aragão sobre a
condução dos açúcares e tabacos para o
apresto da frota.
— 281 —

Por ser muito conveniente ao serviço" de Sua


Majestade que Deus guarde que os açúcares e ta-
bacos que se hão de embarcar nos navios da frota
que se espera brevemente nesta Bahia estejam nos
trapiches e armazém da arrecadação do tabaco de-
Ia, com a antecipação que fôr posísvel para que se
não demore neste porto a sua carga em esperar que
êies venham de fora o que sempre se faz dificulto-
so por causa do inverno, e maus caminhos o que
agora se pode evitar antecipando-se esta diligên-
cia, na qual são os lavradores de um e o outro gê-
nero interessados pela conveniência com que ante-
cipadamnte podem fazer a condução deles. Orde-
namos a Vossa Mercê que tanto que receber esta
mande logo aplicar aos senhores de engenho lavra-
dores de canas e tabacos que houver nos distritos
do seu regimento para que cada um mande condu-
zir sem demora os açúcares e tabacos, que estive-
rem feitos e os que mais forem fazendo para os tra-
piches e armazéns donde se costumam recolher dos
quais Vossa Mercê os fará expedir e transportar
para os desta cidade prontamente facilitando aos
ditos lavradores estas conduções e dando-lhes para
elas toda ajuda e favor. Esta diligência havemos
a Vossa Mercê por muito recomendada por ser as-
sim do serviço de Sua Majestade, Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e junho, 12 de 1720. Se-
nhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor Co-
ronel Luiz da Rocha Pita Deusdarú.

Carta que se escreveu ao Coronel Pe-


dro de Araújo Vilas Boas sobre a condu-
ção dos tabatos : t
282

Porquanto pejos avisos que nos fêz o secre-


tário de Estado de que a frota partiria breyemen:
te de Lisboa e conforme a eles, poderá estar ne^te
porto a todos os intantes. Ordenamos ao Senhor
Coronel Pedro de Araújo Vilas Boas que com a
maior atividade que fôr possível se empregue e os
oficiais da sua tropa em fazer conduzir os tabacos
que estiverem já feitos nas oficinas donde se fabri-
cam para o porto da cachoeira e dele fazê-los trans-
portar para o armazém da sua arrecadação nesta
cidade observando-se a mesma forma que nos
anos antecedentes se praticou para que não possa
haver descaminhos de tabacos vindo todo o que
se remeter com carregação e carta do Juiz Or-
dinário daquela vila para que quando a frota
chegar a este porto se não dilate a sua carga em es-
perar que se transportem os tabacos e o mesmo
executará o Senhor Coronel com todos os mais que
se forem fazendo nas casas donde se beneficiam;
a^*^"^^i^^
o que lhe havemos por muito recomendado por as-
sim ser conveniente ao serviço de Sua Majestade.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho, 17 de
1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Se-
nhor Coronel Pedro de Araújo Vilas Boas.

Para o Juiz Ordinário da Vila da Ca-


.i
li choeira, sobre averiguar se Antônio Ro-
\cv drigues é escravo de Sebastião Rodrigues.
rkflC
.0 Alferes Sebastião Rodrigues Carneiro, mo-
rador no termo da Cachoeira,1 nos fêz aqui a petição
inclusa com a justificação de ser seu Capitão An-
tônio Rodrigues homem pardo preso na cadeia des-
— 283 —

ta cidade, pela queixa que dele fêz o Reverendo Vi-


gário da Freguesia de São Gonçalo sôbre a qual
informou Vossa Mercê com uma inquirição de
testemunhas e como sôbre este particular entende-
mos haver cavilação, ordenamos a Vossa Mercê que
tanto que receber esta logo logo sem demora averi-
gue Vossa Mercê com toda a exação c segredo se
o dito mulato, é ou não cativo, e do que achar nos
dê conta com toda a individuação e brevidade, pa-
ra com a mesma deferirmos a este requerimento.
Esta diligência havemos a Vossa Mercê por muito
recomendada por ser assim muito do serviço de Sua
Majestade e da boa administração da justiça.
Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e junho, o Io de
1720. Sebastião Arcebispo da Bahia. Caetano de
Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azevedo.
Para o Juiz Ordinário da vila da Cachoeira.

Para o Coronel Simão Álvares San-


tos, sobre mandar publicar na Ponta de
jogos dos ne-
v^7í *
. AA
Itaparica, o bando sôbre os
nuas e embu-
gros, digo, sôbre as espadas
çados.

Tanto que Vossa Mercê receber esta mandará


a có-
FuWlicar nos distritos da Ponta de Itaparica
cidade mandou pro-
pia inclusa do bando que nesta Vimiei-
mulgar o Excelentíssimo Senhor Conde do
de
ro, nosso antecessor, sôbre as penas em que hão
incorrer as pessoas que de noite forem achadas
en-
com espadas nuas e outras armas proibidas;
carregando ao Capitão daquele distrito a inviolá-
vel execução dele, como The temos ordenado, para
e mor-
que assim se não continuem as pendências,
284

tes que ao presente se fazem. Deus guarde a Vossa


Mercê. Bahia e junho, 18 de 1720. Senhor Arce-
bispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo.
João de Araújo e Azevedo. Senhor Coronel Simão
Álvares Santos.

Para o Coronel Miguel Calmon reme-


ter presos ao Capitão João Antunes Tor-
res e José Nunes.

Tanto que Vossa Mercê receber esta remeta


logo presos à cadeia desta cidade ao Capitão João
Antunes Torres e José Nunes Cabral. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e junho, 18 de 1720. Se-
nhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Senhor Co-
ronel Miguel Calmon de Almeida.

Para o Sargento-mor da vila da Boi-


peba sobre as farinhas da Infantaria do
Morro.

O Alferes Antônio Falcão entregou ao Almo-


xarife a que toca, a pólvora e petrechos que se
achavam nessa vila, por ordem do Excelentíssimo
Senhor Conde do Vimieiro.
Ao Capitão da Fortaleza do Morro temos orde-
nado mande, pelos soldados daquela guarnição, co-
brar todos os anos a farinha que se lhe dever tanto
nessa vila como nas mais que estão obrigadas a con-
tribuir com ela; Vossa Mercê o tenha assim enten-
dido para lhe dar toda ajuda e favor. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e março, 11 de 1720. Se-
i — 285 —

nhor iLreiíLispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-


gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Para o Sar-
gento-maior da vila de Boipeba.

Carta que se escreveu ao Sargento-


mor Roque Gomes sobre a prisão de um
soldado ou sargento que anda arvorado
no Iguape; e do mesmo teor se escreveu ao
Capitão Antônio Gonçalves e ao Ajudante
Miguel Pereira da Costa.

Tanto que Vossa Mercê receber esta procura


rá, com' todo o cuidado, e diligência a um soldado
ou sargento que nesses distritos nos dizem anda ar-
vorado, cobrando dívidas com despacho deste go-
vêrno, o qual nos trará ou remeterá preso a esta ei-
dade, com toda a segurança. Esta diligência have-
mos a Vossa Mercê por muito recomendada. Ba-
hia e junho, 28 de 1720. Senhor Arcebispo da Ba-
hia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araú-
jo é Azevedo. Para o Sargento-mor Roque Gomes.

Carta para o Capitão da Fortaleza do


Morro Carlos de Sepulveda.

Vemos a conta que Vossa Mercê nos dá, em


carta de 17 de junho deste ano, do estado em que
se acha a Igreja de Nossa Senhora da Luz desse
presídio por causa de abrir o monte duas braças
de parede dela.
O que por ora ordenamos a Vossa Mercê é que
faça toda a diligência possível por atalhar as águas
que correm pelo pé da igreja, dando-se-lhes saída

Ȓ#*'
1

286

por outra parte para que a freqüência de correrem


pelo pé das paredes da igreja não ocasionem maior
ruína dela.
Também Vossa Mercê cortará todas as árvores
que estiverem vizinhas à dita igreja para que com
o combate que lhes fazem os ventos não a estreme-
çam e facilitem a sua caída e quando Vossa Mercê
veja que totalmente cairá a igreja lhe mande tirar de
dentro todas as santas, imagens que tiver, ornamen-
tos e mais trastes importantes que nela houver, para
que se não sepultem e percam na sua caída; e sendo
possível acudir Vossa Mercê logo a igreja com ai-
guns pontaletes ou outros reparos fortes, condu-
centes a que não caia Vossa Mercê lhe aplicará
logo tudo o que entender é conveniente a se não
aruinar de todo, o que havemos a Vossa, Mercê por
muito recomendado; e logo ordenaremos ao Sar-
gento-maior Inácio Teixeira Rangel ou a outro ofi-
ciai inteligente vá ver essa ruína e acudir-lhe com
a maior prontidão que ela pedir. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e julho, 8 de 1720. Senhor Ar-
cebispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo.
João de Araújo e Azevedo. Para o Capitão da For-
taleza do Morro Carlos de Sepulveda.

Carta para o Capitão-mor da capita-


nia dos Ilhéus sobre os índios, da aldeia
dela.

Pela cópia inclusa verá Vossa Mercê o que es-


creveu o Excelentíssimo Senhor Marquês de An-
geja, sendo Vice-Rei deste Estado, ao Capitão-mor
que foi dessa capitania sobre o que havia de obrar
— 287 —

com os índios da aldeia deles, qúè administrani os


padres da Companhia de Jesus, e como estes nos
representaram que os ditos índios faltam à obedi-
ência que lhes devem com seus administradores no
espiritual e temporal, induzidos de algumas pessoas
particulares, principalmente de um José Figueira.
Ordenamos a Vossa Mercê execute invioíàvelmen-
te o que o dito Senhor Marquês ordenou naquela
ocasião e procure por todos os meios possíveis que
os mesüios índios vivam com aquela obediência que
devem aos ditos padres e a seu Capitão-mór e os
que faltarem a faze-lo assim os prenderá e remeterá
a esta cidade à ordem deste governo. Deus guarde
a Vossa Mercê. Bahia e julho, 5 de 1720. Senhor
Arcebispo da Bahia c Caetano de Brito e Figueire-
do. João de Araújo e Azevedo: Para o Capitão-
mor da capitania dos Ilhéus.

Para o Capitão José Figueira sobre


os índios da aldeia da capitania dos Ilhéus.

Os padres da Companhia de Jesus, nOs repre-


sentaram que os índios ela aldeia que administram
nessa capitania se haviam rebelado há mais de qüa-
tro anos contra os padres superiores dela, induzi-
dos e niáí aconselhados de alguns moradores cir-
cunvizihhos, negàrtdodhes a obediência e sujeição
todos os atos de
que antes lhes tinham faltando a
cristãos, vivendo a sua vontade, e com liberdade
em seus vícios, por causa dos mesmos vizinhos, que
os aconselham mal, favorecem e patrocinam por
a re-
conveniência que deles têm, faltando também
de-
conhecer e obedecer a seu dapitão-mor como
mui
vem, e porque destas faltas se podem seguir
danosas conseqüências ao serviço de Deus e de Sua
Majestade, o que devemos evitar por todos os
meios possíveis. Ordenamos a Vossa Mercê que
com toda a eficácia e diligência procure que os di-
tos índios vivam com toda a sujeição e obediência
aos ditos padres ,e ao seu Capitão-mor, pois é sem
ouvida que estes (segundo as informações que te-
mos) fazem o que Vossa Mercê lhes diz; e assim es-
peramos os aconselhe de maneira que não tenha-
mos a menor queixa para que Sua Majestade seja
bem servido e nós tenhamos que lhe agradecer; a
Vossa Mercê. Deus guarde. Bahia e julho, 5 de
1720. Três firmas dos Senhores Governadores.
.Para o Capitão José Figueira.

Carta para o Juiz Ordinário da vila de


Jaguaripe sobre os requerimentos de Do=
mingos Antunes do Lago e Manuel Coe-
lho dos Santos.

Vendo os requerimentos do Capitão Domingos


Antunes do Lago e Manuel Coelho dos Santos, mo-
radores na Ilha dos Frades, e a informação que sô-
bre eles nos deu Vossa Mercê, resolvemos se reme-
lessem a Vossa Mercê os ditos requerimentos que
vão inclusos e lhe ordenamos faça executar a lei de
Sua Majestade e bando deste Governo sobre este
particular para que assim se evitem as contendas
em que a tanto tempo andam. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e julho, 9 de 1720. Senhor Arce-
bispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo.
João de Araújo e Azevedo. Para o Juiz Ordinário
da vila de Jaguaripe. Digo para o Juiz Ordinário
da vila de São Francisco.
>\.
— 289 —

Carta para o Coronel Pinto de Eça


sôbre ter entendido ter-se partido o seu
regimento.

A Simão Álvares Santos mandamos passar


Patente de Coronel dos distritos da Ilha de Itapa-
rica e freguesia de Nossa Senhora Madre de Deus
da Pirajuia; Vossa Mercê o tenha assim entendido.
Deus guarde a Vossa Mercê muitos anos. Bahia e
milho, 17 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Ca
etano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e Aze-
vedo. Senhor Coronel Manuel Pinto de Eça.

Carta que se escreveu ao Administra-


dor da feitoria de madeiras da vila do
Cairu João Teixeira de Souza sôbre rece-
ber três mil cruzados.

Recebemos a carta de Vossa Mercê de 6 do


corrente e sôbre o conteúdo nela lhe dizemos que
com a chegada da segunda charrua receberá Vos-
sa Mercê Ires mil cruzados, para completar os seis
que tínhamos ordenado se remetessem para as des-
pesas dessa feitoria; o mais dinheiro se irá reme-
tendo nas ocasiões que se oferecerem, porque é jus-
to pagar-se tudo o que se estiver devendo nessa fei-
toria.
Com a mesma charrua chegarão também aí as
barcaças e batelões da ribeira, para que com toda a
prontidão Vossa Mercê faça o embarque das ma-
deiras nas ditas charruas com toda a antecipação
possível.
A carta inclusa remeterá Vossa Mercê ao Capi-
tão da fortaleza do Morro, para mandar dela os
— 290— ,

soldados que Vossa Mercê entender são precisos


para ajudar a fazer esse serviço de Sua Majestade,
e dar toda ajuda e favor que Vossa Mercê lhe pedir
para êle. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e ju-
lho, 12 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Cae-
tano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e Aze-
velo. Para o Administrador da feitoria das madei-
ras da vila do Cairu João Teixeira de Souza.

Carta que se escreveu ao Capitão da


Fortaleza do Morro Carlos de Sepulveda
sôbre mandar os soldados que forem ne-
cessários ao Administrador da feitoria de
madeiras da vila do Cairu.

Para a feitoria das madeiras da vila do Cairu


tem ido duas charruas a carregar as que hão de le-
var para a Ribeira das naus de Lisboa, e obras do
Paço da Ribeira, e como este serviço é de Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, Vossa Mercê mandará
prontamente os soldados dessa fortaleza que o Ad-
ministrador da dita feitoria lhe pedir para ajuda»
rem no trabalho e embarque das ditas madeiras na-
quelas charruas, assim como o praticou já com os
mesmos soldados nas ocasiões passadas, e ao mes-
mo Administrador dará Vossa Mercê toda ajuda e
favor que lhe pedir para aquele serviço de Sua Ma-
jestade; o que havemos a Vossa Mercê por muito
encarregado. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
julho, 12 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Cae-
tano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e Aze-
vedo. Para o Capitão da Fortaleza do Morro Car-
los de Sepulveda.
oni

Para o Coronel Miguel Calmon de Al-


meida.

Recebemos a de Vossa Mercê de 10 de junho e


por ela ficamos entendendo tudo o que nela nos 4à
conta.
Pelo que toca aos despachos que Vossa Mercê
deu há favor de algumas pessoas sobre a planta
de tabaco os recolherá Vossa Mercê todos e os reme-
terá para averiguarmos a causa por que foram
concedidos e se são nossos, para se não o forem se
achar quem o merecer. E pelo que respeita ao
Sargento Amaro Leite ordenamos a Vossa Mercê
procure com toda a diligência que lhe for posível
mandá-lo prender e remeter à cadeia desta cidade
à nossa ordem, dando-nos conta de tudo o que
obrou por esses distritos, para se lhe dar o castigo
que merecer. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e
julho, 24 de 1720. Três sinais dos Senhores Gover-
nadores .Senhor Coronel Miguel Calmon de Al-
meida.

Carta para os oficiais da Câmara cia


vila do Cairu.

Tanto que Vossas Mercês receberem esta man-


darão à nossa presença a Francisco Barbosa de
Araújo que nomearam era primeiro lugar para te-
soureiro da feitoria de madeiras dessa vila, para
que tire Provisão da serventia do dito ofício. Deus
guarde a Vossas Mercês. Bahia e julho, 29 de 1720.
Três sinais dos Senhores Governadores. Para os
-oficiais da câmara da vila.do Cairu.
— 292 —

Carta para o Sargento-mor da capita-


nia de Seregipe de El-Rei.

Manuel de Azevedo que ordenamos


a Vossa Mercê prendesse por andar ausente da pra-
ça remeterá Vossa Mercê à cadeia desta cidade,
junto xcom o soldado Manuel Pereira da Mota que
Vossa Mercê nos diz prendeu também. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e julho, 24 de 1720. Três
sinais dos Senhores Governadores. Para o Sargen-*
to-mor da capitania de Seregipe de El-Rei.

Carta para o Juiz dos Órfãos da vila


de São Francisco de Seregipe de Conde
sobre Gaspar de Brito.

E' este Governo Geral informado, por pes-


soas dignas de todo o crédito, que Gaspar de Brito
continua na sua louquice com tal excesso que tem
pasado a vender os trastes e prata do uso de sua
casa e como desta podem resultar aos moradores
desse distrito mui prejudiciais conseqüências e êle
se acha sem parente que requeira e procure o que
lhe convém. Ordenamos a Vossa Mercê que neste
caso execute o seu regimento prontamente e o que
dispõe a ordenação, o que fará com aquela cautela
que convém. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e julho, 31 de 1720. Sebastião Arcebispo da Bahia.
Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo. Para o Juiz dos Órfãos da vila de São
Francisco de Seregipe do Conde.

Carta para o Administrador da feito-


ria do Cairu.
'':k
— 293 —

Recebemos a de Vossa Mercê de 18 do passa-


do e por ela ficamos entendendo o estado em que se
acha a carga das charruas de Sua Majestade e o
mais de que nos dá conta.
Pelo que toca ao dinheiro que Vossa Mercê
pede temos ordenado ao Desembargador Provedor-
mor mande entregar ao tesoureiro dessa feitoria
outros seis mil cruzados, com os quais e com os
que já se remeteram fica Vossa Mercê acudindo ao
mais preciso dela, e ao dito tesoureiro ordenará ve-
nha logo ou mande por seu procurador receber
aquela quantia. Deus guarde a Vossa Mercê. Ba-
hia e agosto, 7 de 1720. Sinais dos Senhores Gover-
nadores. Para o administrador da feitoria do Cai-
ru.
Para o Sargento-mor Gabriel da Ro- 'AA
¦ifr - ASé
cha Moutinho sobre os roubos de negros
fugidos dos distritos do seu regimento.

Temos repetidas queixas dos moradores do re-


gimento de Vossa Mercê dos roubos e insultos que
lhes fazem os negros fugidos. Vossa Mercê assim
que receber esta obrigue logo logo a todos os Ca-
pitães-mores dos mocambos e mais Capitães do Ma-
to desses distritos façam entradas a eles e pren-
dam os negros que andarem dispersos para que se
fique evitando o dano e discômodo que padessem os
ditos moradores, e quando o não executarem com
toda a brevidade os remeta Vossa Mercê presos à
cadeia desta cidade à nossa ordem. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e agosto, 18 de 1720. Senhor
Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Figueire-
do. João de Araújo e Azevedo. Para o Sargento-
mor Gabriel da Rocha Moutinho.
— 294 —
\ cà
Carta para o Juiz dos Órfãos de São
Francisco sobre Gaspar de Brito.
'
it
h&
«düSS*. O Capitão Francisco Felis Botelho nos repre-
sentou estar seu tio Gaspar de Brito Freire total-
mente leso e por essa razão incapaz de administrar
seus bens pelos ir de todo dissipando com a sua con-
tinuada louquice, pedindo-nos o mandássemos pren-
der para que por este meio se lhe pudesse aplicar os
remédios concernentes ao achaque que padece, e
pôr em arrecadação todos os seus bens. E atenden-
do nós a dita representação e a termos já ordenado
a Vossa Mercê sobre este particular, por carta de 31
de julho próximo passado, executasse o seu regi-
mento prontamente o que dispõe a ordenação com
aquela cautela ,que convém, novamente por esta en-
carregamos a Vossa Mercê procure pelos meios que
lhe parecerem mais convenientes e seguros prender
ao dito Gaspar de Brito, o que fará com o respeito
devido à sua pessoa, e segurança e guarda para que
não cometa ou faça algum, arrojo, e o remeterá a es-
ta cidade à nossa ordem, mandando em sua com-
panhia os escravos e escravas que entender são ne-
cessários para o servir; e depois de preso porá
Vossa Mercê todos os seus bens em arrecadação na
forma que o seu regimento e ordenação dispõem.
Sendo a Vossa Mercê necessário para esta dili-
gência (que há de ser pacífica) alguma ajuda e fa-
vor de gente mandará entregar a carta inclusa ao
Sargento-maior Nicolau Carneiro Pinheiro, ao qual
ordenamos dê prontamente à ordem de Vossa Mer-
cê os oficiais e soldados que lhe pedir tanto para
fazer a dita prisão como para tudo o mais acima
referido.
— 295 —

Entendendo Vossa Mercê que para executar


bem esta diligência é necessário prevenir aos ofi-
ciais e escravos do Engenho para que estejam de
acordo e não*façam alguma alteração ou desordem
Vossa Mercê o fará com tal segredo e cautela que
se não siga o menor prejuízo. Esta diligência exe-
cutará Vossa Mercê com toda a brevidade possível
e nos dará conta de tudo o que nela obrar. Deus
guarde a Vossa Mercê. Bahia e agosto, 13 de 1720.
Sebastião Arcebispo da Bahia. Castano de Brito e
Figueiredo. João de Araújo e Azevedo. Para o
Juiz dos Órfãos da vila de São Francisco.

Carta para o Juiz dos Órfãos, digo


para o Sargento-mor Nicoiau Carneiro
dar ao Juiz dos Órfãos da vila de São Fran-
cisco a gente que lhe pedir para certa dili-
gência.

Ao Juiz dos Órfãos da vila de São Francisco te-


mos encarregado certa diligência e como a execu-
a Vossa
ção dela é importantíssima ordenamos
Mercê que tanto que o dito Juiz mandar entregar
esta a Vossa Mercê lhe mande logo os soldados e
oficiais que lhe pedir, para que sem demora algu-
ma execute a dita diligência. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e agosto, 13 de 1720. Senhor Arce-
bispo da Bahia. Castano de Brito e Figueiredo.
João de Arújo e Azevedo. Para o Sargento-maior
Nicoiau Carneiro Pinheiro.

Para o Juiz dos Órfãos da vila de São


' d- -x- Francisco. 4)°^
296

Depois de Vossa Mercê ter dado execução ao


que lhe ordenamos na carta inclusa, prendendo a
Gaspar de Brito remeterá em sua companhia toda
a roupa de seu uso e mais trastes do serviço de sua
casa; duas negras, sendo uma lavandeira; um ne-
gro; o cosinheiro; e um moleque pequeno que andou
na cidade com o dito Gaspar de Brito, mandando
entregar tudo com a clareza necessária a seu sobri»
nho o Capitão Francisco Felis Botelho. Deus guar-
de a Vossa Mercê. Bahia e agosto, 14 de 1720. Se-
nhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo. Para o Juiz
dos Órfãos da vila de São Francisco.

Carta para o Juiz Ordinário da vila


do Cairu, digo, Jaguaripe.

Tanto que Vossa Mercê receber esta remeterá


logo preso à cadeia,, desta cidade o condutor que o
Tenente General de Artilharia disse a Vossa Mer-
cê prendesse em virtude de uma ordem que lhe pas-
samos o que executará Vossa Mercê sem dilação ai-
guma. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia e agos-
to, 14 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia. Caeta-
no de Brito e Figueiredo. João de Araújo e Azeve-
do. Para o Juiz Ordinário da vila de Jaguaripe.
»

Carta para o Juiz, digo, oficiais da


câmara da vila do Cairu, remeterem o se-
gundo nomeado para tesoureiro da feito-
ria.

Tanto que Vossas Mercês receberem esta reme-


terão logo à secretaria deste Estado ao segundo no-
297

meado por Vossas Mercês para tesoureiro da fei-


toria de madeiras dessa vila para tirar Provisão da
serventia do dito ofício, o que executarão pronta-
mente e não o fazendo êle dentro de quatro dias o
remeterão preso à nossa ordem. Deus guarde a
Vossa Mercê. Bahia e agosto, 16 de 1720. Sinais
dos Senhores Governadores. Para os oficiais da
Câmara da vila do Cairu.
O

Carta para o Coronel Domingos Bor-


ges de Barros sobre se não intrometer nos
distritos de outro regimento.

Temos notícia que Vossa Mercê se intromete a


querer anexar ao seu regimento Companhias que
lhe não tocam por se acharem formadas nos distri-
tos de outro, e agregadas a êle, encarregando aos
oficiais delas a execução de algumas ordens que por
este Governo são mandadas a Vossa Mercê para o
executar no seu, e como desta confusão se podem
seguir graves conseqüências e não é razão que um
coronel esteja mandando ordens a Begimento que
lhe não pertence. Ordenamos a Vossa Mercê que de
nenhuma maneira se intrometa nos distritos que
não se lhe concederam na sua Patente, nem encar-
regue aos oficiais de outro Regimento ordem algu-
ma; e quando a Vossa Mercê sejam mandadas ai-
gumas que em parte se entendam em distrito que
não lhe toca dará conta a este Governo para se co-
meterem ao Coronel dele, com o que ficará evi-
tando toda a confusão. Deus guarde a Vossa Mer-
cê. Bahia e agosto, 23 de 1720. Três sinais dos Se»
nhores Governadores. Coronel Domingos Borges
de Barroá\
— 298 —

Carta para o Coronel Luiz da Rocha


Pita sobre as dúvidas com que se acha, e o
Coronel Domingos Borges de Barros com
os seus Regimentos.
Vendo a conta que Vossa Mercê nos dá por
carta de 15 do corrente ordenamos ao Coronel Do-
mingos Borges de Barros, não se intrometa nos dis-
tritos que lhe não pertencem e só faça na freguesia
de âão do Tararipe com os distritos „do
Rio Eundo, e Camarogipe, a de Nossa Senhora da
Oliveira, com os do Moruçu a de São
José das Itapororocas, com o das Orissangas, por
serem só os que se lhe concederam nessa Patente,
que não sendo-lhe dada alguma ordem que em parte
pertença à execução dela a outro Coronel por ser
no seu Regimento dê logo conta a este Governo pa-
ra se lhe cometer àquela diligência porque não é
razão que nenhum Coronel execute ordens em dis-
trito que lhe não toca, e Vossa Mercê deve entender
que a pertencer a Vossa Mercê a Companhia que
nos diz pela sua Patente de nenhuma maneira foi
tenção particular o mandar-se aquelas ordens ao
dito Coronel Domingos Borges senão equivocação
ou dele em querer agregar ao seu Regimento os da
secretaria na expedição delas. Deus guarde a Vos-
sa Mercê. Bahia e agosto, 23 de 1720. Três sinais
dos Senhores Governadores. Senhor Coronel Luiz
da Rocha Pita Deusdará.
Carta para o Juiz dos Órfãos da vila
de Seregipe do Conde sobre a prisão de
Gaspar de Brito Freire.
Recebemos a de Vossa Mercê de 27 do corrente
e com ela a justificação de que sua companhia e fi-
— 299 —

camos entendendo não estar totalmente logo Gaspar


de Brito Freire termos em que observe Vossa Mercê
neste particular tudo o que dispõe a ordenação e o
Regimento do seu ofício. Deus guarde a Vossa
Mercê. Bahia e agosto, 28 de 1720. Arcebispo da
Bahia. Caetano de Brito e Figueiredo. João de
Araújo e Azevedo. Para o Juiz Ordinário da vila
de São Francisco de Seregipe do Conde.
»

Carta para o Capitão Francisco Félix


Botelho de Brito.

Vendo o que Vossa Mercê nos diz na sua de


vinte e sete do corrente sobre a prisão de Gaspar
de Brito Freire e o que nos escreve o Juiz dos Ór-
fãos dessa vila, se nos oferece dizer-lhe que não
dili-
empregando o mesmo Juiz a Vossa Mercê na
Deus guar-
gência a que foi se recolha a esta praça.
de a Vossa Mercê. Bahha e agosto, 28 de 1720. Se-
nhor Arcebispo da Bahia. Caetano de Brito e Fi-
Para o Capi-
gueiredo. João de Araújo e Azevedo.
tão Francisco Felix Botelho de Brito.

Carta para o Capitão de mar e guerra


João Batista Rolane.

Vendo a representação que Vossa Mercê nos


fêz, por carta de 27 do corrente, pedindo-nos a no-
meação de um Ministro para a justificação que
mandara
pretende fazer sobre os mantimentos que
meter em um dos armazéns da Coroa de que entre-
Ma-
gará a chave ao Comissário da fragata de Sua
a
jestade. Se nos oferece dizer-lhe ser escusada
dita nomeação de Ministro por poder Vossa Mer-
— 300 —

cê, fazer ante o Desembargador Ouvidor do Civel,


como Juiz das justificações esta e todas as mais de
que necessitar. Deus guarde a Vossa Mercê. Bahia
e agosto, 30 de 1720. Senhor Arcebispo da Bahia.
Caetano de Brito e Figueiredo. João de Araújo e
Azevedo. Senhor Capitão de mar e guerra João Ba-
lista Rolane.

CARTAS, PATENTES E PROVISÕES

1724-1728

D X C
Códice:
26-20
N.° 110 do Cat. dos Mans^
N.° 5875 do C. E. H. B.
« A»

Antônio da Cunha Pereira por Carta Patentfc


de confirmação por Sua Majestade, que Deus guarde,
do posto de Capitão da ordenança, registada à folha
53 verso.
Antônio da Rocha Branco alcançou de Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, Provisão para se poder
livrar na Relação deste Estado da culpa por que
está preso, à folha 69.
Antônio Francisco Carneiro no posto de Capi-
tão de Infantaria da ordenança, à folha 75.
O Padre Afonso da França está provido na
igreja de Nossa Senhora da Piedade da vila do La-
garto, à folha 133.
— 301 - -

Antônio de Lemos no posto de Capitão de In


fantaria da praça da capitania do Espírito Santo por
Sua Majestade, que Deus guarde, à folha 141 verso.
Antônio Teles de Meneses no posto de Capitão
de Infantaria da ordenança da capitania de Sergipe
de El-Rei, à folha 359 verso.
Antônio Pires Forças no posto de Capitão-mor
da capitania do Espírito Santo concedido, digo, à
folha 446.
Alexandre Cardoso Porto no posto de Capitão
ela Companhia de Infantaria da ordenança, à fô-
lha 453.
Antônio de Souza Brandão provido no ofício de
Juiz dos Órfãos da capitania do Espírito Santo, à
folha 455 verso.
Antônio Godinho de Souza, Sargento-mor da
vila do Camamú, à folha 465.
André Pacheco Pimenta no posto de Sargento-
mor de Infantaria da ordenança, à folha 483 verso.
O Padre Antônio Marques da Silva, vigário da
freguesia de Passe. Alvará de mantimento, à fô-
lha 127.
O Capitão André Marques. Provisão, à folha
139,
Antônio dos Santos Pinto. Alvará, h folha 179.
Antônio de Brace Araújo, Provisão, à folha 188.
Antônio dos Santos de Oliveira, Capitão Enge-
nheiro. Provisão, à folha 193.
Antônio Soares no posto de Capitão da orde-
nança, à folha 233.
Antônio Cardoso Garcia no posto de Capitão
dos homens pardos, à folha 239.
André Ferreira Pinheiro no posto de Capitão da
ordenança, à folha 245.
— 302 —

André Ferreira Lobato Lobo no lugar de De-


sembargador da Relação, a folhas 364 e 371.
O Desembargador André Botelho de Morais,
Provisão, à folha 398.
O Padre Antônio de Andrade da Companhia
de Jesus, Procurador geral da Província do Brasil,
Provisão sobre não serem despachadas as suas em-
barcações e que as fortalezas lhe não impeçam a
sua saída, à folha 406.
Antônio da Costa Lisboa no ofício de escrivão
da descarga da alfândega, à folha 413.
Antônio Marques Gomes. Provisão sobre o seu
contrato, à folha 472.
Antônio Ferreira da Cunha no posto de Capitão
da ordenança à folha 476.
Dona Ana Maria de Ataíde, carta de sucessão
da capitania dos Ilhéus, à folha 505.
Antônio Roiz Banha no lugar de Desembarga-
dor da Relação, à folha 609.
O Padre Ambrósio Corrêa de Sousa. Provisão
de mantimento, à folha 622.
O Desembargador Antônio de Macedo Velho.
Provisão sobre as suas propinas, à folha 634.
Alberto da Costa Parente no posto de Capitão
de Auxiliares do Lagarto, à folha 636.

a
B"

Baltazar de Sousa de Carvalho, provido no


posto de Tenente-Coronel da ordenança das minas
do Rio das Contas, à folha 31. . .
Bento Ferreira Miranda no posto de Capitão
da cylenanca à folha 308.
— 303 —
I
Baltazar de Sousa de Carneiro no posto de Te-
nente-Coronel, à folha 319.
Bento de Brito, Provisão da serventia do ofício
de Escrivão dos Órfãos da vila de Maragogipe, à
folha 347.
Bernardo Vieira de Melo, carta de propriedade
do ofício de Escrivão das Fazendas dos defuntos e
ausentes, capelas e resíduos desta cidt.de, à folha
347.
Bernardo da Silva de Meneses no ofício de Ta-
belião Público da vila de Maragogipe, h folha 447.
«/"!»

Caetano Roiz Pinheiro no posto de Capitão dos


homens pretos desta cidade, à folha 218.
O Padre Vigário Cristóvão dos Santos. Alvará
de mantimento, à folha 275.
Custódio Roiz Lima, Provisão do ofício de
Guarda-mor do Tabaco desta cidade, à folha 339.
Cipriano José da Rocha no cargo de Juiz dos
Órfãos desta cidade, a folhas 646, 650, 651, 655.
O mesmo, para servir de Juiz de Fora no seu im-
pedimento, à folha 657.
«TV»
D'

Domingos Roiz Silva no posto de Sargento-


mor por Sua Majestade, que' Deus guarde, à
folha 87.
Domingos Álvares Romano no posto de Tenente
do Castelo das portas de São, Bento por Sua Majes-
tade, que Deus guarde, à folha 91.
— 304 —

Domingos de Oliveira no posto de Capitão por


Sua Majestade, que Deus guarde, à folha 211.
Domingos da Costa de Almeida, Procurador da
Alfândega desta cidade, representação que fêz a Sua
Excelência, à folha 120.
Diogo Pereira de Barros, Provisão, a folha 198.
Domingos Afonso Leça, no posto de Capitão-
* mor da freguesia da Vila Real de Santa Luzia, à
folha 254.
Domingos Gonçalves Santiago no lugar de De-
sembargador de Agravos da Relação, a folhas 377
e 382.
Domingos de França, Provisão, à folha 126.
Domingos Henriques do Rosário no posto de
Capitão da gente preta desta praça, à folha 604.
"E"

Provisão concedida a Francisco Xavier da Costa


para se poder livrar nesta cidade da culpa que
lhe resultou da devassa que tirou o Provedor-mor,
à folha 72.
Patente de confirmação, por Sua Majestade,
concedida a Estêvão Machado de Miranda no posto
de Capitão de Infantaria de todos os oficiais de jus-
tíça, à folha 77 verso.
Eusébio Moreira de Passos no posto de Capitão
da ordenança, à folha 293.
»T?»

Francisco de Santa Barbosa no lugar de Desem-


bargador da Relação deste Estado, à folha 117.
— 305 —

Filipe Batista Hermoso no posto de Capitão


da Companhia de Infantaria da ordenança, à fô-
lha 183. .
Francisco Xavier da Costa, Provisão para se po-
der livrar nesta cidade, à folha 72.
Francisco Pinto de Oliveira. Sesmaria confir-
mada, à folha 109.
Francisco Gonçalves Neves, no posto de Capitão
da ordenanãa, à folha 257.
Francisco Pereira do Lago no posto de Sargen-
to-mor da freguesia de São Joan de Agna-Fria, à
folha 313.
Francisco Jorge dos Santos no posto de Sar-
gento-mor da freguesia de São Bartolomeu de Pi-
rajá, a folha 316.
Francisco Henriques, Provisão, à folha 355.
Francisco Jorge da Rocha no posto de Capitão-
mor da freguesia de Nossa Senhora do Rosário, ex-
tramuros desta cidade, à folha 423.
Francisco Prudente Cardoso no posto de Coro-
uel da Jacobina à folha 479.
"G"

Gonçalo Pinheiro da Costa no posto de Capi-


tão de Auxiliares, à folha 208.
Gonçalo Pinto de Mendonça para advogar na
vila da Cachoeira, à folha 335.
"H"

fiierônimo Lobo Guimarães. Provisão, à fô-


lha 58.
D. Hieronimo da Silveira, Provisão para pas-
sar à Corte à folha 305.
— 306 —

"J"

João Álvares da Silva. Provisão, à folha 248.


José Álvares Viana no posto de Coronel, à fò-
lha 261.
João Fernandes Gomes no posto de Sargento-
mor da Capitania de Seregipe de El-Rei, à folha 277.
0 mesmo sobre se lhe acrescentar mais sessenta
mil réis ao seu soldo, à folha 281.
0 mesmo sobre vencer o seu ordenado desde o
dia em que se embarcar para esta Bahia, à folha 283-
Padre Vigário José Viegas de Carneiro. Alvará
de mantimento à folha 291.
João Garcia Pinto no posto de Capitão-mor da
freguesia de São Gonçalo dos Campos da Cachoeira,
à folha 296.
0 Padre Vigário Inácio Jardim. Alvará de man-
timento, à folha 307.
João de Freitas de Magalhães no posto de Co-
ronel da ordenança à folha 311.
João Gomes Daniel no posto de Sargento-mor
oe Porto Seguro, à folha 341.
Joaquim de Brito de Carvalho no posto de Ca-
pitão-mor da freguesia de Jesus Maria José, à fô-
lha 357.
O Desembargador João Leal da Gama. Alvará
de mantimento, à folha 428.
João Leal da Gama Ataídc, à folha 379, no
lugar de Desembargador da Relação.
João da Costa Silva no posto de Capitão-mor
da capitania de Seregipe de El-Rei, à fôiha 385.
José de Almeida. Provisão para se poder li-
vrar nesta cidade, à folha 440.
l*y*íppf

— 307 -

José de Barros Machado no ofício de Provedor


da Fazenda Real da capitania do Espírito Santo, à
folha 474.
O Doutor José de Carvalho Martins no lugar de
Ouvidor e Provedor desta comarca, à folha 491.
O mesmo em Procurador das Fazendas dos de-
Juntos e ausentes, capelas e resíduos, à folha 292.
João Dias. Provisão, à folha 607.
O Desembargador João Leal da Gama para ser-
vir de Superintendente do Tabaco, à folha 625.
O Alferes Inácio Diogo de Caminha, Provisão
de licença, à folha 659.
João de Souza da Câmara, Provisão para não
ser obrigado a assistir aos alardes gerais; vai
registada no livro 16 ã folha 261 verso.
José Borges de Oliveira. Provisão por que Sua
Majestade lhe concede o poder se livrar nesta cidade,
à folha 65 verso.
José de Barcelos Machado no ofício de Procura- ii_

dor da Fazenda Real da vila da Vitória, capitania do


Espírito Santo, à folha 112.
Inácio Carvalho da Cunha no posto de Capitão
da Companhia de Infantaria da ordenança de todos
os homens do mar, à folha 127 verso.
Julião Cardoso de Araújo no posto de Capitão
da Companhia de Infantaria da ordenança por Sua
Majestade, que Deus guarde, à folha 169 verso.
João Roiz Proença digo, José Borges Reimondo
sôbre administrar e correr com o dito contrato, à
folha 173 verso.
José Batista de Carneiro no posto de Sargento-
mor de Infantaria da ordenança, à folha 183 verso.
Jacinto Ferreira Feio de Faria no posto de Te-
nente-Coronel da Cavalaria, à folha 266.
— 308 —

João da Costa e Silva no posto de Capitão-mor


da capitania de Seregipe de El-Rei, à folha 385.
João Corrêa no posto de Capitão de Infantaria
da ordenança por Sua Majestade, à folha 395.
João Ferreira de Araújo no posto de Capitão
Engenheiro desta praça, à folha 325.
José Batista Rolim no posto de Capitão da Com-
panhia de Infantaria da ordçnança, digo, da Com-
panhia de Auxiliares, à folha 431.
João Teixeira de Souza no posto de Coronel do
distrito da vila -do Cairu, à folha 442.
João de Siqueira Campos no posto de Sargen-
to-mor de Infantaria da ordenança, à folha 61.9.
O Padre José Ferreira de Matos. Alvará de
mantimentos, à folha 56,
Inácio de Araújo de Góis no posto de Capitão-
mor da freguesia de Nossa Senhora da Conceição da
praia desta cidade, à folha 83.
O Padre José de Passos. Alvará de mantimento,
à folha 86.
O Padre José Fialho Bispo de Pernambuco.
Provisão à folha 206.
João da Rocha no posto de Capitão Engenheiro
do Fogo à folha 242.
Luiz da Rocha Pita Deusdará no posto de Co-
ronel do Regimento de Infantaria da ordenança do
distrito da mata de São João à folha 145.
Luiz Rocha Pita Deusdará no posto de Coronel
de Infantaria da ordenança dos distritos de Nossa
Senhora do Monte, Nossa Senhora do Socorro, à íô-
lha 147 verso.
Luiz Gurjão no posto de Capitão da Companhia
de Infantaria da ordenança por Sua Majestade, que
Deus guarde, à folha 159.
— 309 —

Alvarás concedidos a Dona Luisa Tenório de


Molina do ofício de Escrivão do Crime desta cidade,
à folha 60.
Luiz Pereira de Almeida no posto de Capitão da
Companhia de Infantaria da ordenança, à folha 199
verso.
Luiz da Silva de Andrade no posto de Capitão
de uma Companhia dc» Terço da gente preta desta
cidade, à folha 203 verso.
Provisão de Dona Luisa Tenório de Molina.
Por erro se punha outra vez esta clareza.
Luiz de Andrade Pacheco no posto de Capitão
da ordenanãa, à folha 285.

«iv yr"
M'

Manuel Ramos Aires, e os mais alcançaram um


Alvará de confirmação de sesmaria, por Sua Majes-
tade, que Deus guarde, à folha 47.
Manuel de Lima Favacho no posto de Capitão
de Infantaria do Terço do Mestre de Campo João
dos Santos Ala, à folha 99.
Manuel dos Santos Coutinho no ofício de Fei-
tor da Alfândega da cidade da Bahia, à tolha 121
verso.
Manuel Ferreira confirmado na ocupação de ei-
rurgião-mor do Terço do Mestre de Campo João de
Araújo e Azevedo, à folha 133 verso.
Manuel Borges do Vale no posto de Capitão da
Companhia de Infantaria da ordenança do Regimento
do Coronel Antônio Homem concedido digo por Sua
Majestade, que Deus gu»rde, à folha 165.
0 gadre Miguel Vieira Monteiro, à folha 173.
— 310 —

Manuel Teles da Silveira no ofício de Escrivão


dos Agravos e apelações crimes e cíveis, a folhas
175 e 333.
Miguel Velho Serqueira no posto de Capitão
da ordenança dos homens pardos, à folha 81.
Manuel Peixoto Bezerra de o confirmar no posto
de Sargento-mor da freguesia de Nossa Senhora do
Desterro do Outeiro Redondo, à folha 343.
Manuel da Mota Canelo no posto de Capitão-
mor da Companhia de Infantaria da ordenança, à
folha 389.
Manuel Pereira no posto de Capitão do forte
da Ribeira, por Sua Majestade, que Deus guarde, à
folha 391 verso.
Manuel Pinto de Carvalho Capitão-mor da ire-
folha 463.
guesia do Espírito Santo do Inhambupe. à
Manuel da Costa Tereno, Provisão, à folha 26.
O Padre Vigário Manuel Cardoso dos Santos.
Provisão para mantimento, à folha 131.
Dona Maria de Almeida de Albuquerque, à fô-
lha 181.
O Senhor Marquês de Angeja, Provisão, à fô-
lha 196.
Manuel da Silva, Ajudante, Provisão, à fô-
lha 214.
Manuel da Fonseca Jordão no posto de Capi-
tão da ordenança do distrito da vila do Camamu,
à folha 221.
Manuel Pereira de Aragão no posto de Coronel
da Cavalaria do Recôncavo desta cidade, à folha. . .
Manuel Teixeira de Carvalho no posto de Ca-
pitão da ordenança, à folha
Manuel da Costa Ribeiro, no posto de Capitão
do forte de S. Diogo, à folha 269.
— 311 —

Manuel de Figueiredo Magalhães no posto de


Coronel da Jacobina, à fôlna 301.
Manuel de Sousa Guimarães no posto de Capi-
tão-mor da freguesia de S. Miguel de Seregipe, à
folha 322.
Mateus Ribeiro. Provisão para baixa de sol-
dado, à folha 337.
Miguel Ferreira. Provisão, à folha 353.
O Desembargador Manuel da Costa Bonicho.
Provisão, à folha 409.
Manuel Fernandes da Costa no pôslo de Sar-
gento-mor da ordenança de vila dos Ilhéus, à fo-
lha 469.
Manuel Pereira Ferreira no posto de Capitão
da Atrilharia, à folha 482.
Manuel de Queirós no posto de Coronel, à fo-
lha 611.
Miguel Soares Neves. Sesmaria, à folha 628.
Manuel Peixoto Nogueira. Provisão, à folha
641.
Manuel Coutinho de Castelo Branco, à folha
644.
"N"

Nicolau Pereira de Almeida no posto de Capi-


tão da Companhia de Infantaria da ordenança por
Sua Majestade, que Deus guarde, concedida, a Ni-
colau Pereira de Almeida, à,folha 161 verso.
Nicolau de Souza Furtado, propriedade dos ofí-
cios de Tabelião Público do Judicial e Notas e Es-
crivão dos Órfãos da capitania de Seregipe de El-
Rei, à folha 153 verso.
312

Manuel Pereira Peixoto Bezerra Sar (sic).


Nicolau Carneiro da Rocha. Carta de proprie-
dade, à folha 223.
"P"

Paulo da Costa Brandão alcançou Alvará de


Mantimento por Sua Majestade, que Deus guarde, à
folha 73 verso.
O Padre Pedro Fernandes provido na igreja de
Nossa Senhora da Encarnação de Passe do arcebis-
pado da Bahia, à folha 136.
Filipe Pereira do Lago no posto de Sargento-
mor de Infantaria da ordenança, à folha 499.
Pedro Gomes da França no posto de Mestre de
Campo ad honorem da praça da Bahia, à folha 613
verso.
O Padre Pedro de Freitas Machado. Alvará de
mantimento, à folha 177.
Filipe da Silva. Provisão, à folha 195.
Pedro Monis Barreto no posto de Capitão da
ordenança do distrito de Santo Amaro do Ipiranga,
à folha 236.
Pedro de Freitas Tavares Pinto no lugar do De-
sembargador da Relação, a folhas 363 e 366.
Pedro Velho do Lagar do lugar de Desembar-
gador da Relação e dos Agravos, a folhas 373 e 375.
P^dro de Freitas Tavares Pinto. Alvará, à fô-
lha 405.
Paulo Pereira Soares no posto de Capitão dos
homens pretos, à fôlki 411.
Padre Provincial da Companhia de Jesus. Pro-
visão, à folha 418 ....
— 313 —

Pedro Gonçalves Cordeiro no h'_,ar de Desem-


bargador da Relação, à folha 434 e 643.
Pedro Gregorio de Carvalho no posto de Sar-
gento-mor da freguesia de Nossa Senhora da Puri-
licação, à folha 461.
'R"

Roque de Vila Nova de Almeida na serventia do


ofício de Escrivão da Balança da Alfândega desta
cidade, à folha 273.

;S"

Sebastião Furtado de Mendonça no posto de


Capitão-mor da freguesia de São Domingos da San-
bara, à folha 103 verso.
Sebastião Parde de Brito no posto de Coronel
do Regimento de Infantaria da ordenança, à folha
501 verso.
O mesmo no pôs<-o de Capitão da ordenança, à
folha 289.
Sebastião Gomes Corrêa Brabo no posto de Ca-
pitão da ordenança, à folha 349.
Serafim Teixeira Sarmento de Sá, Governador
cía Ilha de S. Tome, Provisão, h folha 638.
Sebastião Álvares da Fonseca no posto de Sar-
gento-mor da ordenança, à folha 638.
<4rp5?

Tome da Rocha Fienes no posto de Capitão de


Infantaria da ordenança de aventureiros por Sua
Majestade, que Deus guarde, à folha 93 verso..
— 314 —

Tome de Araújo de Souza no posto de Capitão


da Companhia de Infantaria da ordenança dos ho-
mens pardos, à folha 105 verso.
Tomás de Aquino e Faria está provido na Igreja
de Jesus Maria José e São Gonçalo do Rio de Sere-
gipe, à folha 137 verso.
Teodósio Pereira da Cunha no posto de Sar-
gento-mor da vila de S. Jorge dos Ilhéus, ;\ lo-
lha 216.
Tibúrcio de Távora de Serqueira. Provisão pela
qual se manda dar-lhe baixa de Artilheiro, carta de
Capitão da ordenança, à folha 259.
Teotônio de Souza Salgado. Provisão de li-
cença/ à folha 429.

"V"

Veríssimo de Campos alcançou provisão de Sua


Majestade para servir o ofício de Tesoureiro da Al-
fândega desta cidade, à folha 69.
Venceslau'Pereira da Silva. Provisão, à fô-
lha 114.
Outra do mesmo à íôlha 116 do lugar de Juiz
cie Fora desta cidade.
O Capitão Vicente de Andrade Sigar. Petição
(jue fêz a Sua Excelência à folha 151.
O mesmo. Provisão para servir o ofício de Ta-
belião da cidade do Rio de Janeiro, à folha 152.
Veríssimo de Campos de Carvalho no posto de
Sargento-mor da freguesia de Nossa Senhora das
Brotas, à folha 298.
Vasco Pacheco de Castro no posto de Capitão
da ordenança, à folha 328,
•i,

- 315

Alvará de sesmaria, concedido a Ma-


, , nuel Ramos Aires e aos mais por Sua Ma-
jestade, que Deus guarde.

Dom João, por graça de Deus, Rei de Portugal


e dos Algarves daquem e dalém-mar em África, Se-
nhor de Guiné e da conquista, navegação, comércio
da Etiópia, Arábia e Pérsia e da índia, etc. Faço
ssaber aos que esta minha carta de confirmação de
•sesmaria, digo, de data de terra de sesmaria virem
que por parte de Manuel Ramos Aires, o Capitão-
mor Tome de Meireles Machado, o Alferes Custódio
de Meireles Machado, o Capitão Luiz Pereira de
Aguiar, Manuel Lobo de Souza e o Capitão Antônio
Ribeiro Meireles, me foi apresentada uma sentença
de medição, de marcação, exame, e vistoria de ses-
maria, dada a Jorge de Melo Coutinho, cuja carta
vinha nela inserta por três lados, do teor seguinte:
Saibam quantos este instrumento de carta de ses-
maria virem que no ano do nascimento de Nosso
Senhor Jesus Cristo, de mil seiscentos e nove anos,
aos quatorze dias do mês de junho do dito ano, nesta
cidade do Salvador, Bahia de Todos os Santos e pou-
sadas de mim Tabelião que também sirvo de escrivão
das sesmarias por parte de Jorge de Melo Coutinho,
morador no termo da mesma cidade, me foi dada
uma petição com um despacho nela do Senhor Dom
Diogo de Meneses do Conselho de Sua Majestade,
Governador e Capitão Geral do Estado do Brasil,
da qual petição e despacho o treslado é o seguinte:
Diz Jorge de Melo Coutinho que êle vive casado, com
mulher e filhos, nesta capitania e tem servido a Sua
Majestade em todas as guerras e rebates que sôbre
esta cidade têm vindo, assim de flamengos como de
— 316 —

franceses, e holandeses, tudo à sua custa, com seus


criados, escravos, armas e cavalos, e que em o ser-
tão de Pernamirim e Seregipe do Conde, estão mui-
tos matos e terras devolutas sem nunca serem apro-
veitadas, visto estarem oito e dez léguas pelo sertão
a dentro, pouco mais ou menos, do porto do mar.
Pede a Vossa Senhoria faça mercê de lhe dar nos
ditos matos por devolutas quatro léguas de terra em
quadra, passando o rio de Jacuipe, correndo do rio
de Pojica Norte, Sul e Leste, ao Este pelo rio acima
e abaixo até se encher das ditas quatro léguas, com
tudo aquilo que na dita terra houver, águas, matos,
brejos e campos, e sendo caso que a dita terra seja
dada irá buscar aonde quer que a tal tempo a hou-
ver por dar e receberá mercê. Despacho. Passe carta
na forma costumada para duas léguas, não sendo
dadas a outrem na parte aonde as pede. Bahia, treze
de junho de mil seiscentos e nove. 0 Governador.
Treslado do registro, digo, do Regimento de El-Rei
nosso Senhor. As terras e ás águas das ribeiras que
estiverem dentro no termo e limite da dita cidade
forem
que sao seis léguas para cada parte que não
dadas às pessoas que as aproveitem e estiverem va-
modo
gas e devolutas para mim por qualquer via ou
vo—
que seja podereis dar de sesmaria às pessoas que
Ias pedirem, as quais terras assim dareis livremente
sem outro algum foro ou tributo, somente o dízimo
à Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, e com as
condições e obrigações do foral dado às ditas terras
e de minha ordenação do quarto livro, título das ses-
marias. Com condição que a tal pessoa ou pessoas
residam na povoação da dita Bahia, ou das terras
que assim lhe forem dadas, ao menos três anos e que
dentro do dito tempo as não possam vender nem
— 317 —

alhear, e tereis lembrança qv;c não deis a cada pessoa


mais terra que aquela que segundo sua possibilidade
virdes ou vos parecer que pode aproveitar, e se ai-
gumas pessoas a que foiem dadas terras no dito termo
as tiverem perdidas pelas não aproveitarem e vô-las
tornarem a pedir vós lhas dareis de novo para as
aproveitarem, com as condições e obrigações conteú-
das neste capítulo, o qual se trasladará nas costas das
ditas sesmarias. Com as quais condições e obrigações
deu o dito Senhor Governador de sesmaria ao supij-
cante Jorge de Melo Coutinho as ditas dins léguas de
terra com tudo o que nelas houver, águas, matos, bre-
jos, e campos, no lugar onde as pede, não íendo dadas
a outro e sendo dadas as tomará no mesmo lugar
aonde as houver para êle e sua mulher, herdeiro.-, e
sucessores, forra, isenta, sem fôru, nem tributo ai-
gum salvo o dízimo a Deus do que nela houver. Pelo
que lhe mando passar esta carta de sesmaria pela
qual mando que êle haja a posse e senhorio de hoje
para sempre e dará por elas caminhos, e serventias
que necessárias forem para o Conselho, para fontes
pontes, pedreiras, e vieiras, e fará registar esta carta
dentro de um ano nos livros da Fazenda de Sua Ma- -

jestade, e assinou o dito Senhor Governador. Álvaro


Sanches, Tabelião de Notas que também sirvo de Es-
crivão das Sesmarias no ofício que ficou e vagou por
falecimento de Diogo Ribeiro, que Deus tem, esta
carta de sesmaria tomei em meu livro de notas que
está assinado pelo Senhor Governador, donde está
per minha mão tomei concertei e assinei de meu pú-
blico sinal. Diogo Ribeiro. Pedindo-me os ditos
Manuel Ramos Aires, o Capitão-mor Tome de Mei-
reles Machado. 0 Alferes Custódio de Meireles Ma-
chado, o Capitão Luiz Pereira de Aguiar, Manuel
318 —

Lobo de Souza, e o Capitão Antônio Ribeiro Meire-


les, que porquanto estavam de posse da dita data
como sucessores do dito Jorge de Melo Coutinho, e
como tais a seu requerimento foram citados os he-
reiis e possuidores de má fé para assistirem à medi-
se tombarem pelo
ção e demarcação das ditas terras e
Desembargador Cristóvão Tavares de Morais, como
Juiz que era para isso nomeado por mim e pela sua
suspensão, havia continuado a mesma diligência o
Desembargador Diogo Mendes Duro, nomeado pelo
Governador que foi do Estado do Brasil Luiz César
de Meneses pelo poder que para isso lhe havia dado,
o qual finalmente lhe havia julgado e sentenciado
terras da
por boa a dita medição por estarem as
dita sesmaria aproveitadas e povoadas pelos supli-
cantes com engenhos, canaviais, roças e casas de suas
vivendas e de seus colonos. Com condição porém de
haverem confirmação minha dentro de dois anos, os
quais eram acabados: lhes fizesse mercê haver por
confirmada a dita data de sesmaria que consta de
duas mil trezentas e oitenta e quatro braças de largo
de Leste a Oeste a quinze mil e cem braças e seis pai-
mos de comprido para eles a lograrem como própria.
E sendo visto seu requerimento e ouvido« os Procura-
dores de minha Fazenda e Coroa. Hei por bem de
confirmar aos suplicantes a dita sesmaria que foi de
Jorge de Melo Coutinho e sem embargo de exceder
a quantia de terra que tenho taxado, visto ter mais
de cem anos de antigüidade, e se achar tão bem cul-
tivada tendo em si cinco engenhos, salvo sempre o
direito de terceiro nos sítios declarados na carta
nesta incorporada não só com as condições e decla-
rações nela insertas, mas com todas as mais que dis-
põe a Lei e com mais declarações que sendo caso que
— 319 —
«t-
em algum tempo suceda nesta data pessoa eclesiás-
tica ou religião não só serão obrigadas a pagai dí-
zimos, mas, todos os mais encargos que eu lhes
quiser impor de novo. Pelo que mando ao meu Vice-
Rei e capitão General de mar e terra do Estado do
Brasil, Provedor-mor de minha Fazenda dele mais
ministros e pessoas a que tocar cumpram e guardem
esta minha carta de confirmação de data de terras
de sesmaria e a façam cumprir, e guardar inteira-
mente como nela se contém sem dúvida alguma, e se
passou por duas vias e pagou de novo direito dois
mil e quatrocentos réis que se carregaram ao Te-
soureiro dele José Corrêa de Moura à folha 369
verso, do livro 6.° de sua receita, como constou de
seu conhecimento em forma registado no registo ge-
ral à folha 46. Dionísio Cardoso Pereira a fêz em
Lisboa ocidental aos seis dias do mês de novembro.
Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de
mil setecentos e vinte e três. O Secretário, Lopes de
Lavre a fêz escrever. El-Rei. Carta de confirmação
de data de terras de sesmaria por que Sua Majestade
faz mercê a Manuel Ramos Aires, o Capitão-mor
Tome de Meireles Machado, o Alferes Custódio de
Meireles Machado, o Capitão Luiz Pereira de Aguiar,
Manuel Lobo de Souza e o Capitão Antônio Ribeiro
de Meireles de lhes confirmar duas léguas de terra
nos sítios de Pernamirim e Seregipe do Conde que íoi
dado a Jorge de Melo Coutinho seu antecessor, pelo
Governador Geral que foi do Estado do Brasil Dom
Diogo de Meneses sem embargo de exceder o número
de uma légua de terras que Vossa Majestade tem ta-
xado, visto ter mais de cem anos de antigüidade e
se achar, bem cultivada, tendo em si cinco engenhos
como nela se declara, que vai por duas vias. Para
— 320 —

Vossa Majestade ver. Primeira via. Por despacho


do Conselho Ultramarino de seis de outubro de mil
setecentos e vinte e três. Pagou 609 réis. João Teles
da Silva. José Gomes de Azevedo. João Roiz Pe-
reira. Fica assentada esta carta nos livros das mer-
cês e pagou quatrocentos réis. Amaro Nogueira de
Andrade. Pagou dois mil e quatrocentos réis e aos
oficiais quatro mil e duzentos e sessenta réis. Lis-
boa ocidental, cinco de fevereiro de mil setecentos e
vinte e quatro. Dom Miguel Maldonado. Registada
na Chancelaria-mor da Corte e Reino no livro de ofi-
cios e mercês à folha 182. Lisboa ocidental 3 de fe-
vereiro de 1724. Rodrigo Xavier Álvares de Moura.
Registada à folha 223 verso do livro de ofícios da
secretaria do Conselho Ultramarino. Lisboa ociden-
tal, 14 de fevereiro de 1724. 3.000 réis. André Lopes
de Lavre. Cumpra-se como Sua Majestade, que Deus
«uarde...manda, registe-se nos livros da secretaria do
Estado e Fazenda Real dela a que tocar. Bahia e
setembro, 21 de 1724. Vasco Fernandes César de
Meneses.

Carta Patente de confirmação de Sua


Majestade, que Deus guarde, do posto de
Infantaria da ordenança, concedida a An-
tônio Pereira, digo, da Cunha Pereira.

Dom João, por graça de Deus, Rei de Portugal,


etc. Faço saber aos que esta minha Carta Patente
de confirmação virem que tendo respeito a Antônio
da Cunha Pereira estar provido por Vasco Fernandes
César de Meneses, Vice-Rei e Capitão General de
mar e terra do Estado do Brasil, no posto de uma
Companhia de Infantaria da ordenança dos distritos
'«"

— 321 —

dos Palmares do Regimento do Coronel Francisco


Pereira de Vasconcelos que vagou por falecimento de
Antônio Corrêa Ledo que o exercia, atendendo ao dito
Antônio da Cunha Pereira ser pessoa de valor, prés-
timo, suficiência, e boa informação que deu o dito
Coronel do seu procedimento e por esperar dele que
em tudo do que fôr encarregado do meu serviço se
haverá conforme a confiança que faço de sua pessoa.
Hei por bem fazer-lhe mercê de o confirmar (como
por esta confirmo) no dito posto de Capitão da
dita Companhia de Infantaria da ordenança dos dis-
tritos dos Palmares do Regimento de que é Coronel
Francisco Pereira de Vasconcelos, que vagou por fa-
lecimento de Antônio Corrêa Ledo, em que o pro-
rai o dito Vice-Rei, com o qual posto não haverá
íôldó algum de minha Fazenda, mas gozará de todas
as honras, privilégios, liberdades, isenções, e fran-
quezas que por razão dele lhe pertencerem. Pelo que
mando ao meu Vice-Rei e Capitão General de mar
e terra do Estado do Brasil, conheça ao dito Antônio
da Cunha Pereira por Capitão da dita companhia e
como tal o honre e estime e deixe servir e exercitar
o dito posto debaixo da mesma posse e juramento que
se lhe deu quando nele entrou. E aos oficiais e solda-
dos da dita companhia ordeno, também façam o mes-
mo, digo, que em tudo lhe obedeçam e cumpram suas
ordens por escrito e de palavra como devem e são
obrigados, que por firmeza de tudo lhe mandei pas-
sar esta Carta Patente de confirmação por duas vias,
de mi-
por mim assinada e selada com o selo grande
nhas armas. Dada na cidade de Lisboa ocidental aos
três dias do mês de abril; Díonísio Cardoso Pereira
a fêz. Ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus
Cristo de 1724. O Secretário de Estado André Lopes
— 322 —
i

de Lavre a fêz escrever. El-Rei. Patente de eonfir-


mação por que Vossa Majestade faz mercê a Antô-
nio da Cunha Pereira de o confirmar no posto de
Capitão de uma Companhia de Infantaria da orde-
nança do distrito dos Palmares do Regimento de que
é Coronel Francisco Pereira de Vasconcelos que va-
gou por falecimento de Antônio Corrêa Ledo, em que
o proveu o Vice-Rei e Capitão General de mar e
terra do Estado do Brasil Vasco Fernandes César
de Meneses declara que vai por duas
vias. Para Vossa Majestade ver. Por despacho do
Conselho Ultramarino de trinta de março de mil se-
lecentos e vinte e quatro. Pagou 2.90 réis. João
Teles da Silva. Antônio Roiz da Costa. Fica assen-
tada esta carta nos livros das mercês e pagou duzen-
tos réis. Amaro Nogueira de Andrade. loão Rodri-
réis .9
gues Pereira. Pagou quinhentos e quarenta
aos oficiais Lisboa ocidental
de abril de 1724. Dom Miguel Maldonado. Regis-
tada na Chancelaria-mor da Corte e Reino no livro
dos ofícios e mercês à folha 248. Lisboa ocidental,
12 de abril de 1724.. Rodrigo Xavier Álvares de
Moura. Registada à folha 26 no livro 16 de ofícios
da Secretaria do Conselho Ultramarino. Lisboa oci-
dental, 12 de abril de 1724. André Lopes de Lavre.
Cumpra-se e registe-se. Bahia e outubro, 30 de
1724. Vasco Fernandes César de Meneses.

Alvará de mantimento, concedido ao


Padre José Ferreira de Matos.
Dom João por graça de Deus, Rei de Portugal
c dos Algarves daquem e dalém-mar em África, Se-
nhor de Guiné, etc. Faço saber aos que esta minha
— 323 —

Provisão virem que tendo respeito ao Padre José


Ferreira de Matos, clérigo do hábito de São Pedro,
estar provido pelo meu Tribunal da Mesa da Con-
sciência e Ordens na dignidade de Tesoureiro-mor da
Sé da cidade da Bahia que vagou por falecimento do
padre Manuel Ferreira de Matos. Hei por bem fazer-
lhe mercê de que com a dita dignidade vença o man-
timento que com ela lhe é ordenado e levava seu an-
tecessor. Pelo que mando ao meu Vice-Rei e Capitão
General de mar e terra do Estado do Brasil e ao Pro-
vedor-mor de minha Fazenda dele lhe façam assen-
tar o dito mantimento para lhe ser pago na mesma
parte e forma em que foram seus antecessores por
esta Provisão com conhecimento de recibo do dito
Padre José Ferreira de Matos ou de seu bastante
procurador, será levado em çpnta ao Tesoureiro Al-
moxarife ou recebedor de minha Fazenda o que assim
lhe pagar nas que der de seu recebimnto, e cumpram
e guardem esta Provisão e a façam cumprir e guar-
dar inteiramente como nela se contém, sem dúvida
alguma, a qual valerá como carta e não passará pela
chancelaria sem embargo da ordenação do livro 2.°,
títulos 39 e 40 em contrário e se passou por três vias.
El-Rei, nosso Senhor, o mandou por João Teles da
Silva e Antônio Rodrigues da Costa, Conselheiros
do seu Conselho Ultramarino. Dionísio Cardoso Pe-
reira a fêz em Lisboa ocidental a vinte e um de se-
tembro de mil setecentos e vinte e três. O Secreta-
rio André Lopes de Lavre a fêz escrever. João Teles
da Silva. Antônio Rodrigues da Costa. Por despacho
do Conselho Ultrmarino de vinte de setembro de mil
setecentos e vinte e três. Registada à folha 96 do
livro 6.° de Provisões da Secretaria do Conselho Ul-
tramarino. Lisboa ocidental, 5 de outubro de 1723.
— 324 —

André Lopes de Lavre. Cumpra-se. Bahia e março,


2 de 1724. Rubrica do Excelentíssimo Senhor Vasco
Fernandes César de Meneses, Vice-Rei deste Estado.

Provisão de Sua Majestade concedida


a Hierônimo Lobo Guimarães.

Dom João por graça de Deus Rei de Portugal


e dos Algarves, daquem e dalém-mar em África,
Senhor de Guiné, etc. Faço saber a vós Vasco Fer-
nandes César de Meneses, Vice-Rei e Capitão Gene-
ral de"demar e terra do Estado do Brasil, que por
parte Hierônimo Lobo Guimarães se me presen-
tou haver rematado o contrato dos três mil e qui-
nhentos réis que paga de direito cada escravo nessa
Capitania da Bahia e suas anexas que costuma vir de
todas as partes, excetuando somente os do Reino de
Angola por tempo de três anos, dando em cada um
deles sessenta e dois mil cruzados livres para a Fa-
zenda Real principiando em janeiro do ano que vem
de mil setecentos e vinte e cinco com as certidões
Ultra-
que se acham aprovadas pelo meu Conselho
marino para na forma delas e termo de sua arrema-
tação dar a sua fiança como é estilo e logo que o
suplente rematou o dito contrato requereu o pouco
tempo que havia para pôr corrente a dita fiança em
razão da grande demora que esta podia ter e ser o
tempo tão chegado ao ano que vem em que principia
o dito contrato, sem esperança alguma de haver em-
barcação que logo parta desta cidade e da do Porto
para essa da Bahia. Por a pessoa e seus procuradores
mandarem tratar da arrecadação do dito contrato
me pareceu ordenar remetesse o dito Hierônimo Lobo
Guimarães do dito contrato e a seus
325

procuradores deixando por estes administrar por


guardas nos navios e mais partes e todos os mais
oficiais que forem necessários dando-lhes toda a
ajuda e favor e tudo e fazer corrente
para a boa arrecadação do dito , obser-
\ando-se nesta parte o que dispõem as condições da
dízima dessa Alfândega, cobrando o Tesoureiro como
até ao presente o seu rendimento e assistindo este
lpor todas as despesas
que forem pre-
cisas e necessárias para a arrecadação do dito con-
trato. El-Rei nosso Senhor, o mandou por João Te-
les da Silva e Antônio Rodrigues, Conselheiro do seu
Conselho Ultramarino e se passou por três vias.
Miguel de Macedo Ribeiro a fêz em Lisboa Ocidental
a nove de setembro de mil setecentos e vinte e qua-
tro. O Secretário André Lopes de Lavre a fêz escre-
ver. João Teles da Silva. Antônio Rodrigues da
Costa. Por despacho do Conselho Ultramarino de 9
de setembro de 1724. Cumpra-se e registe-se nos
livros da secretaria, Fazenda Real e Alfândega.
Bahia e dezembro, 22 de 1724. Rubrica. Do Exce-
lentíssimo Senhor Vasco Fernandes César de Mene-
ses. Vice-Rei deste Estado.

Petição ao Excelentíssimo
Senhor Vice-Rei deste Estado
Luisa Tenório de Molina.

Excelentíssimo Senhor. Diz Dona Luisa Tenó-


rio de Molina que Sua Majestade, que Deus guarde,
foi servido fazer-lhe mercê, pelo Alvará junto, da
propriedade do ofício de Escrivão da Ouvidoria Ge-
ral do Crime desta cidade na forma que nele se con-
tém e por outro também incluso permitir-lhe a facul-
— 326 —

¦ ¦ -T dade de poder renunciar o dito ofício como do mesmo


Alvará se mostra, e porque .......... que os di-
tos Alvarás se lhes descaminhem. Pede a Vossa Ex-
celência lhe queira fazer mercê mandá-los registar
nos livros da secretaria deste Estado para dele.', . . .
traslados no caso que deles necessite. E re-
ceberá mercê.

Despacho

Registe-se. Bahia e dezembro, 19 de 1724.


Rubrica do Excelentíssimo Senhor Vasco Fernandes
César de Meneses Vice-Rei deste Estado.

Primeiro Alvará

Eu El-Rei faço saber aos que este meu Alvará


virem que tendo respeito a haver feito mercê a Dona
Luisa Tenório de Molina, da propriedade do ofício
de Escrivão do Ouvidor Geral do Crime da cidade
da Bahia que se criou de novo para a pessoa que
com ela casar, sendo apta, com declaração que tudo
o mais cpie rendesse o dito ofício de _quarenta mil
réis seria para eu prover de pensão às pessoas que
me parecesse e que assim como umas fossem vagando
as iria provendo, do que se lhe passou Alvará em dez
de fevereiro de mil setecentos e a me representar as
havia com resolução de ser religiosa e não ter de
que se poder valer para seu dote mais que do pro-
cedido ío dito ofício. Pedinclo-me faculdade para o
poder renunciar sem a cláusula de se pensionar o
que mais render de quarenta mil réis por não che-
gar a tanto o seu rendimento e tendo a tudo con-
sideraçao e ao que respondeu o Procurador de minha
— 327 —

Coroa a que se deu vista. Hei por bem fazer mercê


à dita Dona Luisa Tenório de Molina da faculdade
para poder renunciar o dito ofício de Escrivão do
Ouvidor Geral do Crime da cidade da Bahia com a
mesma declaração com que lhe foi dado de eu poder
prover em pensões o que mais render de quarenta
mil réis e com a cláusula de que o procedido do dito
ofício se deposite para mais comodamente poder to-
mar o estado de religiosa que pretende. Pelo que man-
do ao presidente e Conselheiros do meu Conselho Ul-
tramarino que a pessoa que com este lhe apresentar
instrumento justificado por que conste ha>/cr nela ...
da dita Dona Luisa Tenório de Molina o dito
ofício lhe faça passar carta dele com a declaração
referida na qual se trasladará este Alvará que se
cumprirá inteiramente como nele se contém, sem dú-
vida alguma e valer como carta, sem embargo da
ordem do livro segundo, título ... em contrário e do
conteúdo nele se porão as verbas necessárias nos re-
gistos do dito Alvará da propriedade que se lhe pas-
sou para seu casamento e este se passou por duas
vias, uma só haverá efeito, e pagou de novos direitos
oito mil réis que se carregaram ao Tesoureiro deles
Aleixo Botelho de Ferreira à folha 203 verso, como
constou de seu conhecimento em forma registado no
registo geral à folha 193 Manuel Filipe da Silva o
fêz em Lisboa a vinte e oito de maio de mil setecen-
tos e nove. O Secretário André Lopes de Lavre o
fez escrever. Rei. Para Miguel Carlos. Alvará poi
que Vossa Majestade faz mercê a Dona Luisa Tenó-
rio de Molina da faculdade de poder renunciar o
ofício de Escrivão do Ouvidor Geral do Crime, da
cidade da Bahia com a mesma declaração com que
lhe foi dada por Vossa Majestade prover em pen-
— 328 —

soes o que mais render de quarenta mil réis e com


a cláusula de que o procedido do dito ofício se de-
posite para mais comodamente poder tomar o es-
tado de religiosa que pretende como nele se declara
que vai por duas vias. Para Vossa Majestade ver.
Por resolução de Sua Majestade de dezesseis de ja-
neiro de 1724 em consulta do Conselho Ultramarino
de 2 de dezembro de 17 Pagou 300 réis
ao registo das mercês ambas as vias. Manuel Lopes
de Oliveira Pagou trinta réis e aos oficiais
duzentos Lisboa, 6 de agosto de 1724.
Inocêncio Corrêa de Moura. Registado na Chancela-
ri a-mor da Corte e Reino no livro de ofícios e mer-
cês à folha 11. Lisboa, 12 de agosto de 1709. José
Corrêa de Moura. Fica assentado este Alvará nos
livros das mercês e pagou duzentos e oitenta. Amaro
Nogueira de Andrade. Registrado à folha 3. . . em
o livro 4.° de Provisões da Secretaria do Conselho
Ultramarino e posta a verba que requer. Lisboa, 3
de agosto dê 1709. André Lopes de Lavre. Regis-
tado nos livros da Chancelaria que estão na Torre
do Tombo à margem do registo do Alvará de 19 de,
fevereiro de 1700. Apontado neste fica posta a
verba que êle requer. Lisboa, 9 de agosto de 1709.
E pagou 220 réis. Pa?a Semedo Estável.

Segundo Alvará de Sua Majestade

. Eu El-Rei faço saber aos que êsle meu Alvará


virem que tendo respeito a haver feito mercê a Braz
da Rocha Cardoso por Alvará de vinte e cinco de no-
vêmbro de seiscentos e oitenta e quatro da proprie-
dade do ofício de Escrivão do Ouvidor Geral do
Crime da cidade da Bahia que mandei criar de novo
— 329

para casamento de uma de suas filhas, com decla-


ração que tudo o mais que rendesse de quarenta mil
réis seria para eu prover de pensão nas pessoas que
me parecesse e que assim como uma por uma fossem
vagando as iria provendo ora se me representar por
parte de Dona Luisa Tenório de Molina o dito Braz
da Rocha Cardoso, seu pai, nomeado nela a mercê
do dito ofício no codicílio com que falecera e como
tal lhe pertencer requerê-lo para a pessoa que com
ela casasse por assim lhe estar julgado pela sentença
do juízo das justificações que oferecia, pedindo-me
lhe mandasse passar Alvará da dita mercê. E sendo ,
visto o seu requerimento, alvará e sentença reler ida
e o que responde o Procurador de minha Coroa a que
se deu vista. Hei por bem fazer mercê à dita Dona
Luisa Tenório de Moima da propriedade do dito
ofício de Escrivão do Ouvidor Geral do Crime da
cidade da Bahia que mandei criar de novo para a
pessoa que com ela casar, sendo apta. com declaração
que tudo o mais que render o dito ofício de quarenta
mil réis seria para eu prover de pensão nas pessoas
va-
que me parecer e assim como por uma forem
Alvará
gando as irei provendo de que nos registos do
Rocha Car-
que se havia passado ao dito Braz da
doso em vinte e cinco de novembro de seiscentos e
oitenta e quatro se porão as verbas necessárias.
Pelo que mando ao Presidente e Conselheiros do
meu Conselho Ultramarino que a pessoa que
com êle lhe apresentar sentença de justifica-
e recebido
ção por que conste estar casado
cm face da igreja a dita Dona Luisa le-
norio de Molina, sendo apta, lhe façam passar carta
da propriedade do dito ofício com as mais decla-
rações referidas, na qual se transladará este Alvará,
- 330 —

o qual valerá como carta sem embargo da ordenação


do livro segundo, título 40 em contrário e se passou
trinta réis que
por duas vias e pagou de novo direito
se carregaram ao Tesoureiro João Soares à folha 23
cujo conhecimento em forma se registou no registo
da Fonseca
geral à folha 22 verso. Manuel Pinheiro
o fêz em Lisboa a dezenove de fevereiro de setee.en-
tos. O Secretário André Lopçs de Lavre o fêz es-
crever. Rei de Alvor Pereira. Alvará
Dona Luisa Te-
por que Vossa Majestade faz..mercê a
norio de Molina da propriedade do ofício de Escri-
vão do Ouvidor Geral do Crime da cidade da Bahia
com ela
que mandou criar de novo para a pessoa que
casar, sendo apta, com declaração que tudo o mais
Vossa Majestade
que render de 40 mil réis será para
e que
prover de pensão nas pessoas que lhe parecer
assim como uma por uma forem vagando as irá pro-
\endo como nele se declara, que vai per duas vias.
Para Vossa Majestade ver. Primeira via. Por des-
18 de fevereiro'
pacho do Conselho Ultramarino de
de 1500. João da Rocha de Azevedo. Pagou trinta
réis aos oficiais duzentos e dez réis. Bahia, 2 de
março de 1700. Dom Francisco Maldonaelo. Regis-
tada na Chancelaria-mor do Reino no livro de ofícios
à folha 291. Lisboa, 2 de março de 1700. Manuel
de Mendonça Leitão. Registada à folha 370 em o
livro primeiro de ofícios que serve na secretaria do
Conselho Ultramarino. Lisboa, 2 de março de 1700."
André Lopes de Lavre.
— 331
-<5*'.
Provisão de Sua Majestade pela qual
concede a José Borges de Oliveira o poder
se livrar nesta cidade da culpa por que se A.
acha preso.

Dom João por graça de Deus, Rei de Portugal W


e dos Algarves daquem e dalém em África, Senhor
de Guiné, etc. Faço saber aos que esta minha Provisão
virem que por parte de José Borges de Oliveira se
me representou que êle fora preso na cadeia da ei-
dade da Bahia, por ordem que se lhe mandou deste
Reino pelo Juiz dos Frutos da Fazenda o na dita or-
dem se acha não ser certa a causa dela e suposto
fosse citado para se librar neste Reino por Procura-
dor como se lhe não declara a culpa remetendo pro-
curação não fora possível dar seu procurador toda a
informação que era necessária para a suas defesa de
qualquer que seja a culpa que se lhe tirha imputado
e como ainda se haja de dar libelo no Juízo dos
frutos da Fazenda, onde se lhe declare a culpa con-
tudo o seu procurador não poderá continuar o tal
libelo com aquelas circunstâncias que só o supli-
cante poderá declarar à vista dele com o que pere-
cera a sua justiça; que por tal é tão favorecida em
direito e mais em causa crimes além de que se acaso
sobre que se lhe imputa a dita culpa foi procedido
na Bahia, onde o suplicante reside de alguns anos a
esta parte também não poderá o seu procurador dar
testemunhas neste Reino e lhe será preciso o dá-las
naquela cidade da Bahia, sendo só o suplicante o
circuns-
que as possa nomear, à vista da culpa e suas
tâncias e quando se pudesse considerar alguma ra-
zão para o suplicante estando preso em parte tão
remota se livrar por procurador neste Reino prepon-
T
\

— 332 —

dera a todas o favor da defesa por evitar o perigo


de se condenar algum inocente como espera mostrar-
re e só o poderá fazer dando por si a sua defesa na
Bahia, e havendo de se livrar neste Reino na demora
de ir àquela cidade e tornar a sua prova a esta Corte,
estará padecendo em uma cadeia pela sua muita
há Minis-
pobreza. E porque na Relação da Bahia
tros retos e zelosos da justiça me pedia que aten-
dendendo a todo o referido lhe fizesse mercê de con-
ceder Provisão para se livrar na cidade da Bahia onde
se acha preso, sendo a culpa que se lhe imputa sobre
algum caso que sucedesse naquela cidade. E sendo
visto seu requerimento e o que sobre êle informou
o Juiz dos Frutos da Fazenda o Doutor Bento Coelho
de Souza e respondeu o Procurador de minha Fa-
zenda a que se deu vista. Hei por bem conceder ao
dito José Borges de Oliveira que se possa livrar na ei-
¦^
¦*
dade da Bahia da culpa porque está preso na mesma
cidade por primeira instância, dando-se apelação e
agravo para achar a da suplicação desta Corte, sem
embargo da lei do mês de fevereiro do ano de mil
setecentos e onze. Pelo que mando ao meu Vice-Rei,
e Capitão General de Mar e Terra do Estado do
Brasil e aos mais Ministros a que o conhecimento digo
a que pertencer cumpram e guardem esta Provisão
e façam cumprir e guardar inteiramente como nela
se contém sem dúvida alguma, e se passou por
três vias, e pagou de novo direito quinhentos e
dele
quarenta réis que se carregaram ao Tesoureiro
José Corrêa de Moura à folha 30 do livro 8.° de sua
receita como constou de seu conhecimento em forma,
registado no registo geral à folha 48 verso. El-Rei,
nosso Senhor, o mandou por João Teles da Silva e
o Doutor José Gomes de Azevedo, Conselheiros do
333

seu Conselho Ultramarino e se passou por três vias.


Dionísio Cardoso Pereira a fêz em Lisboa ocidental a
vinte e quatro de setembro de mil setecentos e vinte
e quatro. 0 Secretário André Lopes de Lavre a fiz
escrever. João Teles da Silva. José Gomes de Aze-
vedo. Por despacho do Conselho Ultramarino de de-
zesseis de setembro de 1724. Pagou 300 réis. João
Roiz Pereira. Pagou réis por ser segunda via. Lis-
boa ocidental, 30 de setembro de 1724. Dom Miguel
Maldonado. Registada na Chancelaria-mor da Corte
e Reino no livro dos ofícios e mercês à folha 8.1.
Lisboa ocidental, 2 de outubro, de 1724. Tomás Fer-
reira Barreto. Registada à folha 146 do Livro 6.°
de Provisões da Secretaria do Conselho Ultramarino.
Lisboa ocidental, 3 de outubro de 1724. André Lo-
Bahia e ja-
pes de Lavre. Cumpra-se e registe-se.
neiro, 9 de 1725. Rubrica.

Provisão de Sua Majestade concedida


a Antônio da Rocha Branco.

Dom João por graça de Deus Rei de Portugal e


dos Algarves, daquem e dal (sic).
À mar sem: Não teve efeito.

Provisão de Sua Majestade concedida


a Veríssimo de Campos Carvalho que ser-
viu o ofício de tesoureiro da Alfândega
desta cidade.

Eu El-Rei, etc. Faço saber aos que esta minba


Provisão virem que tendo respeito ao Capitão Ve-
ríssimo de Campos de Carvalho me representar por
sua petição que êle foi proposto pelo Senado da Câ-
334

mara da cidade de para servir o ofí-


cio de tesoureiro da Alfândega da mesma cidade em
virtude dele o Vice-Rei e Capitão General de mar
e terra do Estado do Brasil Vasco Fernandes César
de Meneses, o proveu por tempo de um ano por con-
correr no suplicante os requisitos necessários e dar as
fianças do Regimento, o que satisfez inteiramente
com zelo e cuidado do meu real serviço
e tendo acabado o dito ano requereu ao mesmo Vice-
Rei e Capitão General lhe mandasse passar Provisão
dito ofício por mais
para continuar na serventia do
outro ano, havendo informação do Provedor da
mesma Alfândega do seu procedimento e o Senado
da Câmara haver-lhe mandado reformar as suas
fianças se lhe passou Provisão da serventia do dito
ofício por outro ano, e porque tem servido com ver-
dade e limpeza de mais me pedia lhe mandasse passar
Provisão para servir o dito ofício mais um ano, para
tirar os três por que se costumam prover semelhantes
ofícios e no fim deles dar à sua conta na forma do es-
tilo e sendo visto seu requerimento hei por bem fazer-
lhe mercê da serventia do dito ofício de Tesoureiro
da Alfândega da cidade da Bahia para que o sirva
conta
por mais um ano para completar os três, dando
no fim deles na forma do Regimento, com o qual
haverá o ordenado que lhe tocar (se o tiver) e todos
os prós e precalços que direitamente lhe pertencerem.
Pelo que mando aô meu Vice-Rei. Capitão Gene-
ral de mar e terra do Estado do Brasil e Provedor da
mesma Alfândega, deixem servir o sobredito Veris-
simo de Campos de Carvalho a serventia do dito
ofício por tempo de mais um ano para perfazer os
três, debaixo da mesma posse e juramento que se
lhe tem dado, e levar o ordenado que tiver e mais
— 335 —

prós e precalços, como dito é e cumpram e guardem


esta Provisão e a façam cumprir e guardarinteira-
mente como nela se contém, sem dúvida alguma, a
qual valerá como carta, sem embargo da ordenação
do livro segundo, título 40 em contrário, e se passou
por duas vias e pagou de novo direito vinte e cinco
mil réis que ficam carregados ao tesoureiro deles
José Corrêa de Moura à folha 3. . . verso do livro 7.°
da sua receita, como constou de seu conhecimento
em forma registado no registo geral à folha 51 do
livro 8.° João Tavares a fêz em Lisboa ocidental a
trinta de agosto de mil setecentos e vinte e quatro.
O Secretário André Lopes de Lavre a fêz escrever.
Rei. Provisão por que Vossa Majestade faz mercê
ao Capitão Veríssimo de Campos de Carvalho da ser-
ventia do ofício de tesoureiro da Alfândega da Bahia
para que o sirva por mais de um ano para completar
os três, dando contas no fim deles na forma do Re-
gimento, como nesta se declara que vai por duas
vias. Para Vossa Majestade ver. Primeira via. Por
despacho do Conselho Ultramarino de vinte e dois
de agosto de mil setecentos e vinte e quatro. Pagou
400 réis. João Teles da Silva. Antônio Roiz da
Costa. João Roiz. Pagou cem réis e de direitos ve-
lhos assim deste ano como dos dois que tem servido
seis mil réis, e aos oficiais quinhentos e cinqüenta
réis. Lisboa ocidental, 7 de outubro de 1724. Dom
Miguel Maldonado. Registado na Chancelaria-mor
da Corte e Reino no livro dos ofícios e mercês à folha
33. Lisboa ocidental, 7 de outubro de 1724. Tomás
Ferreira Barreto. Registada à folha 317 do livro
6.° de Provisões da Secretaria do Conselho Ultrama-
rino. Lisboa ocidental, 9 de outubro de 1724. André
Lopes de Lavre. Cumpra-se e registe-?e Bahia e
— 336 —

Vasco Fernandes César de


janeiro, 17 de 1725.
Meneses.

Provisão concedida a José Borges de


Oliveira, digo, concedida a Francisco Xa-
vier da Costa e Dom José Mirales se leva-
rem nesta cidade é só concedida a Fran-
cisco Xavier.

Dom João por graça de Deus Rei de Portugal


e dos Algarves, daquem e dalém-mar em África,
Senhor de Guiné, etc. Faço saber aos que esta minha
a haver concedido
provisão virem que tendo respeito
de mil setecentos e
por outra de seis de outubro
vinte e dois que Francisco Xavier da Costa e Dom
Bahia
José Mirales, ajudantes de tenentç da praça da
se pudessem livrar naquela cidade da culpa que lhes
resultou da devassa que o Provedor-mor da Fazenda
do Estado do Brasil Luiz Lopes Pegado Serpa tirou
das pessoas que comerciaram com estrangeiros; e
ora se me representar por parte do dito Francisco
Xavier da Costa que o seu procurador se equivocara
a dita graça em
na súplica que fizera para alcançar'exercendo
declarar que o suplicante estava o «eu
achava em
posto porque somente devia expor que se
homenagem e para evitar toda a dúvida que se pu-
desse oferecer neste particular me pedia lhe man-
dasse passar Provisão, com a declaração referida
crime e
para se poder livrar à dita cidade do dito
sendo visto seu requerimento hei por bem que se
resultou da devassa
possa livrar da culpa que lhe
dos que
que tirou o Provedor-mor da Fazenda
comerciaram com estrangeiros na cidade da Bahia
e agravo
por primeira instância dando-se apelação
— 337 —

para a Casa da Suplicação desta Corte, sem embargo


da lei de fevereiro de mil setecentos e onze. na forma
declarada na dita Provisão de seis de outubro de mil
setecentos e vinte e dois e que lhe não sirva de im-
pedimento a equivocação acima referida. Pelo que
mando ao meu Vice-Rei Capitão General de mar e
terra do Estado do Brasil e aos Ministro? a que per-
tencer cumpram e guardem e façam inteiramente
cumprir e guardar sem dúvida alguma a dita Pro-
visão e assim esta valerá como carta sem embargo
da ordenação do livro 2.°, título 40 em contrário; e
se passou por três vias e pagou de novo direito qui-
nhentos e quarenta réis que se carregaram ao lesou- ¦-\

reiro José Corrêa de Moura à folha 62 do livro 8.° da


sua receita como constou de seu conhecimento em for-
ma, registado no regisf o geral à folha 120 verso. El-
Rei, nosso Senhor, mandou por Antônio Roiz da Costa
e o Doutor José de Carvalho Abreu, Conselheiros do
seu Conselho Ultramarino. Miguel de Macedo Ri-
, beiro a fêz em Lisboa ocidental a vinte e um de ou-
tubro de mil setecentos e vinte e quatro. O Secre-
tário André Lopes de Lavre a fiz escrever. Antônio
Roiz da Costa. José de Carvalho Abreu. João Roiz
Pereira. Por despacho do Conselho Ultramarino de
19 de outubro de 1724. Pagou 300 réis. Pagou qui-
nhentos e quarenta réis e aos oficiais quatrocentos
e quarenta réis. Lisboa ocidental, 16 de novembro
de 1724. Dom Miguel Maldonado. Registrada na
Chancelaria-mor da Corte e Reino do livro dos ofí-
cios e mercês à folha 100. Lisboa ocidental, 16 de
novembro de 1724. Tomás Ferreira Barreto. Regis-
iada à folha do livfo 6.° de Provisões da Se-
cretaria do Conselho Ultramarino. Lisboa ocidental,
— 338 —

Lavre.
17 de novembro de 1724. André Lopes de
1725.
Cumpra-se e registe-se. Bahia e janeiro, 22 de
Rubrica.

Provisão de mantimento concedida a


Paulo da Costa Brandão.

Dom João por graça de Deus Rei de Portugal e


dos Algarves daquem e dalém-mar em África, Se-
nhor de Guiné, etc. Faço saber aos que esta minha
Provisão virem que tendo respeito ao Padre Paulo
da Costa Brandão, sacerdote do hábito de São Pedro,
estar provido pelo meu tribunal da Mesa da Cons-
ciência e Ordens na Congrua Doutorai da Sé da ci-
dade da Bahia, que vagou por promoção de Inácio

u» de Azevedo. Hei por bem que com a dita congrua


vença o mantimento que lhe é ordenado, pago pela
mesma parte e forma em que o era seu antecessor.
Pelo que mando ao meu Vice-Rei e Capitão General
ele mar e terra do Estado do Brasil e ao Provedor-
mor da Fazenda dele cumpram e guardem esta Pro-,
visão e a façam cumprir e guardar inteiramente
como nela se contém, sem dúvida alguma, a qual va-
lera como carta e não passará pela Chancelaria sem
embargo da ordenação do livro 2.° títulos 39 e 40
era contrário, e se passou por duas vias. El-Rei,
nosso Senhor, mandou por João Teles da Silva e o
Doutor José Gomes de Azevedo, Conselheiros cio seu
Conselho Ultramarino. João Tavares a fez era Lis-
boa ocidental a vinte e nove de novembro de mil se-
tecentos e vinte e quatro. O Secretário André Lopes
de Lavre a fiz escrever. João Teles da Silva. José
Gomes de Azevedo. Por 'despacho do Conselho Ul-
tramarino de 29 de novembro de 1724. Registado
— bnt)
i
à folha 135 do livro 6.° de Provisões da Secretaria
do Conselho Ultramarino. Lisboa ocidental, pri-
meiro de dezembro de 1724. André Lopes de Lavre.
Cumpra-se e registe-se. Bahia e janeiro,
de 1725. Rubrica.
Patente de confirmação por Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, concedida a <\n-
tônio Francisco Carneiro.
Dom João por graça de Deus Rei de Portugal
e dos Algarves daquém e dalém-mar em África, Se-
nhor de Guiné e da conquista, navegação, comércio
da Etiópia, Arábia, Pérsia e da índia, etc. Faço
saber aos que esta minha Carta Patente de confir-
mação virem que tendo respeito a Antônio Francisco
Carneiro estar provido pelo Vice-Rei e Capitão Ge-
neral de mar e terra do Estado do Brasil, Vasco Fer-
nandes César de Meneses no posto de Capitão de uma
Companhia de Infantaria da Ordenança que com-
preende os distritos do sítio de Maria Matos e Po-
xion Grande pelo mesmo Rio, continuando ao En-
genho do Cumbe de Nossa Senhora do Pilar da Se-
nhora da Conceição0pelos rios Machangoa, Coman-
darova-Mirim, Estrada Real, rio Comandarova, re-
tiro até o que criou de novo em virtude
de uma Provisão minha passada em vinte de julho de
mil setecentos e dezoito, atendendo ao dito Antônio
Francisco Carneiro ser pessoa de valor e suficiência
e à boa informação que houve do Capitão-mor da
Capitania de Seregipe de El-Rei. Hei por bem fa-
zer-lhe mercê de o confirmar (como por esta con-
firmo) no referido posto de Capitão de uma compa-
nhia de Infantaria da Ordenança que compreende os
ditos distritos acima referidos, criados de novo no
— 340 —
¦*¦¦

Regimento de que é Coronel Manuel Curvelo de


Mendonça em que o proveu o Vice-Rei e Capitão
General de mar e terra do Estado do Brasil, com o
de minha Fazen-
qual posto não haverá soldo algum
da, mas gozará de todas as honras, privilégios.^ liber-
dades, isenções e franquezas que em razão dele lhe
ao meu Vice-Rei e
pertencerem, feio que mando
Capitão General de mar e terra do Estado do Brasil,
conheça ao dito Antônio Francisco Carneiro
e como tal honre
por Capitão da referida companhia
e estime e o deixe servir e exercitar, debaixo da
deu quando nele entrou,
posse e juramento que se lhe
e aos oficiais e soldados da dita Companhia ordeno
também que em tudo lhe obedeçam e cumpram suas
ordens por escrito e de palavra como devem e são
obrigados, que por firmeza de tudo lhe mandei pas-
sar esta Carta Patente de confirmação por duas vias,
selo grande de mi-
por mim assinada e selada com o
nhas armas. Dada na cidade de Lisboa ocidental aos
Gomes da Silva
quatro dias do mês de maio. Manuel
a fêz ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo
de mil setecentos e vinte e quatro. O Secretário
André Lopes de Lavre a fêz escrever. El-Rei. Patente
de confirmação por que Vossa Majestade faz mercê a
Antônio Francisco Carneiro de o confirmar no posto
de Capitão da Companhia de Infantaria da Orde-
nança do Regimento do Coronel Manuel Curvelo de
Mendonça da Capitania de Seregipe de El-Rei que
compreende os distritos do sítio da Maria Matosa
Pexim Grande, pelo mesmo Rio continuando ao En-
da Con-
çenho de Nossa Senhora do Pilar da Senhora
ceição pelos rios Machangoa, Comandarova-M.irim,
íU

— 341 —

Estrada Real, rio Comendarova retiro até o sobrado»


em que o proveu o Vice-Rei e Capitão General de
mar e terra do Estado do Brasil,
que criou de novo
em virtude de uma Provisão de Sua Majestade,
pas-
sada em vinte de julho de setecentos e dezoito, como
nela se declara, que vai por duas vias. Para Vossa
Majestade ver. Primeira via. Por despacho do Con-
selho Ultramarino de 12 de março de 1724. Pagou
20 réis. Antônio Roiz da Costa. José Carvulho
Abreu. João Roiz Pereira. Pagou quinhentos e qua-
renta e aos oficiais quinhentos e vinte e quatro réis.
Lisboa ocidental, 27 de maio de 1724. Dom Miguel
Maldonado. Registrada na Chancelaria-mor da Corte
<; Reino no livro de ofícios, e mercês à tolha "284.
Lisboa ocidental, 27 de maio de 1724. Rodrigo Xa-
vier Alvares de Moura. Fica assentada esta carta
nos livros das mercês e pagou duzentos réis. Amaro
Nogueira de Andrade. Registada à folha 295 do
livro 16 de ofícios da secretaria do Conselho Ultra-
marino. Lisboa ocidental, o primeiro de junho de
1824. André Lopes de Lavre. Cumpra-se e registe-
se. Bahia e janeiro, 30 de 1725. Vasco Fernandes
César de Meneses.

Patente de confirmação que Sua Ma-


jestade concedeu a Estêvão Machado de
Miranda no posto de Capitão de Infantaria r
de todos os oficiais de justiça.

Dom João por graça de Deus Rei de Portugal e


dos Algarves, daquém e dalém-mar em África, Sen-
nhor de Guiné e da conquista, navegação, comércio
da Etiópia, Arábia, Pérsia e da índia, etc. Faço
— 342 —

«aber aos que esta minha Carta Patente de confirma-


Machado de
cão virem que tendo respeito a Estêvão
e Capitão Ce-
Miranda estar provido pelo Vice-Rei
no posto
neral de mar e terra do Estado do Brasil
oficiais ele jus-
de Capitão da Companhia de todos os
Terço do Co-
tiça da cidade da Bahia, agregada ao
ronel Sebastião da Rocha Pita que vagou por promo-
da Costa ao posto de Sar-
ção de Francisco Diniz
aento-mor de Infantaria da ordenança; atendendo
de
ao dito Estêvão Machido de Miranda ser pessoa
informação epie
valor, prático na disciplina militar,
haver ser-
deu o dito Coronel da sua capacidade, em
compa-
vido mais de oito anos de alferes da mesma
e por
nhia que está exercendo e com boa satisfação,
daqui em
esperar dele que com a mesma se haverá
meu ser-
diante em tudo o que fôr encarregado de
a confiança
viço se haverá com satisfação conforme
Hei por bem fazer-lhe mercê
que faço da sua pessoa. no dito
de o confirmar (como por esta o confirmo)
Infantaria de todos os olicmis
posto de Capitão de
de justiça da cidade da Bahia, em que foi provido
o qual posto não haverá
pelo dito Vice-Rei, com todas
soldo algum de minha Fazenda, mas gozará de
as honras,.privilégios, liberdades, isenções e franque-
zas que em razão dele lhe pertencerem. Pelo que
mar e
mando ao meu Vice-Rei e Capitão General de
1 terra do Estado do Brasil conheça ao dito Estêvão
Machado de Miranda por Capitão da referida Com-
estime e deixe servir e
panhia e como tal o honre, lhe
exercitar debaixo da posse e juramento que se
deu quando nele entrou oficiais e soldados
da dita Companhia ordeno também que em tudo lhe
de
obedeçam e cumpram suas ordens por escrito e
iit!

343

palavra como devem e são obrigados, que por fir-


meza de tudo lhe mandei passar esta Carta Patente
de confirmação, por duas vias, por mim assinada e
selada com o selo grande de minhas armas. Dada
na cidade de Lisboa ocidental aos sete dias do mês
de abril. Miguel de Macedo Ribeiro \ fêz, ano do
nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil saté-
centos e vinte e quatro. 0 Secretário André Lopes
de Lavre a fiz escrever. El-Rei. Patente de confir-
mação por que Vossa Majestade faz mercê a Este-
vão Machado de Miranda de o confirmar no posto
de Capitão de Infantaria de todos os oficiais de jus-
tiça da cidade da Bahia que vagou por promoção de
Francisco Diniz da Cesta ao posto de Sargento-mor
em que o proveu o Vice-Rei e Capitão General de
mar e terra do Estado do Brasil. Vasco Fernandes
César de Meneses, como nela se declara que vai por
duas vias . Para Vossa Majestade ver. Segunda via.
Por despacho do Conselho Ultramarino de quatro de
abril de mil setecentos e vinte e quatro. Pagou 400
réis. João Teles da Silva. Antônio Roiz da Costa.
João Roiz Pereira. Pagou quinze réis por ser via.
Lisboa ocidental, 17 de outubro de 1724. Dom Mi-
guel Maldonado. Fica assentada esta carta nos li-
vros das mercês e não pagou por ser via. Amaro No-
gueira de Andrade. Registada na Chancelaria-mor
da Corte e Reino no livro de ofícios e mercês â folha
87. Lisboa ocícíental, 17 de outubro de 1724. Tomás
Ferreira Barreto. Registada à folha 322 do livro 16
de ofícios da Secretaria do Conselho Ultramarino.
Lisboa.ocidental 17 de outubro de 1724. André Lopes
de Lavre. Cumpra-se e registe-se. Bahia e fevereiro,
três de mil setecentos e vinte e cinco. Vasco Fernan-
des César de Meneses.
— 344 —
S
Patente de confirmação de Sua Ma-
jestade do posto de Capitão de Infantaria
da ordenança dos homens pardos, conce-
dida a Miguel Velho Serqueira.

Dom João, por graça de Deus Rei de Portugal


e dos Algarves, daquem e dalém-mar em África, Se-
nhor de Guiné, e da conquista, navegação, comércio
da Etiópia, Arábia, Pérsia e da índia, etc. Faço sa-
ber aos que esta minha Carta Patente de confirma-
ção virem que tendo respeito a Miguel Velho Ser-
queira estar provido por Dom Sancho de Faro, Conde
do Vimieiro, Governador e Capitão General que foi
do Estado do Brasil, no pôstq de Capitão da Compa-
nhia de Infantaria da Ordenança dos homens pardos
do Regimento do arrabalde da cidade da Bahia de
mandou criar
que é Coronel José de Araújo Rocha, que
BP^^ de novo em virtude de uma Provisão minha de vinte
de julho de mil setecentos e dezoito, e atendendo ao
dito Miguel Velho Serqueira ser pessoa de valor e
capacidade, e à boa informação que dele deu o dit.J
Coronel da sua suficiência, e estar atualmente ser-
vindo-me no posto de Capitão de outra Companhia
do Regimento do Coronel Pedro Barbosa Leal; e es-
perar dele que em tudo o de que íor encarregado de
meu serviço se haverá com satisfação conforme a con-
fiança que faço de sua pessoa. Hei por bem fazer-
lhe mercê de o confirmar, (como por esta o confirmo)
no dito posto de Capitão da Companhia He Infantaria
da ordenança dos homens pardos do Regimento do
arrabalde da cidade da Bahia em que o proveu o
dito Conde do Vimieiro, sendo Governador e Capitão
General do Estado do Brasil, com o qual pô^to não
haverá soldo algum de minha Fazenda, mas gozará
— 345 —

de todas as honras, privilégios, liberdades, isenções,


e franquezas que em razão dele lhe tocarem. Pelo
que mando ao meu Vice-Rei ou Governador e Capitão 3;;
General de mar e terra do Estado do Brasil conheça
ao dito Miguel Velho Serqueira por Capitão da .dita
Companhia, e como tal o honre, estime e o deixe ser-
vir e exercitar, debaixo da posse e juramento que se
lhe deu quando nele entrou, e aos oficiais e soldados
da dita Companhia ordeno também que em tudo lhe
obedeçam e cumpram suas ordens por escrito e de
palavra como devem e são obrigados, que por fir-
meza de tudo lhe mandei passar esta Carta Patente
de confirmação por duas vias, por mim assinada e
selada com o selo grande de minhas armas. Dada
na cidade de Lisboa ocidental aos vinte e sete dus
do mês de fevereiro. Manuel Gomes da Silva a fêz
y
ano do. nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de
mil setecentos e vinte e um. O Secretário André
Lopes de Lavre a fêz escrever. El-Rei. Carta Pa-
tente de confirmação por que Vossa Majestade faz
mercê a Miguel Velho Serqueira de o confirmar no
posto de Capitão da Companhia de Infantaria da
Ordenança dos Lomens pardos do Regimento do ar-
rabalde da cidade da Bahia de que é Coronel José
Araújo Rocha em que o proveu o Conde cio Vimieiro,
sendo Governador e Capitão General do Estado do
Brasil, em virtude da Provisão que Vossa Majestade
mandou criar de novo, de vinte de julho de 1718,
como nesta se declara que vai por duas vias. Para
Vossa Majestade ver. Por despacho do Conselho Ll-
tramarino de 27 de fevereiro de 1721. Pagou 20
réis. João Teles da Silva. Antônio Roiz da Costa.
Pagou quinhentos e quarenta réis e aos oficiais qui-
nhentos e vinte e quatro réis. Lisboa ocidental, 15

ííJ
- 346 —

de março de 1721. Dom Miguel Maldonado. Fica


assentada esta carta nos livros das mercês, grátis.
Amaro Nogueira de Andrada. José Galvão Lacerda.
Registada na Chancelaria-mor da Corte e Reino no
livro de ofícios e mercês à folha 124 verso Lisboa
ocidental, 22 de março de 1721. Tomás Ferreira
Barreto. Registada à iôlha 96 verso do livro 15 de
ofícios da Secretaria do Conselho Ultramarino. Lis-
boa ocidental, 24 de março de 1721. André Lopes
de Lavre. Cumpra-se como Sua Majestade, que Deus
Bahia e fevereiro, 26
guarde, manda e registe-se.
de 1722. Vasco Fernandes César de Meneses.

Patente do posto de Capitão-mor da


freguesia de Nossa Senhora da Conceição
da praia desta cidade, confirmada por Sua
Majestade, que Deus guarde, concedida a
Inácio de Araújo de Góis.

Dom João por graça de Deus Rei de Portugal


e dos Álgarves, daquém e.dalém-mar, em África,
Senhor de Guiné e da conquista, navegação, comer-
cio da Etiópia, Arábia. Pérsia e da índia, etc. Faço
saber aos que esta minha Carta Patente de confirma-
a Inácio de Araújo íh
ção virem que tendo respeito
Góis estar provido pelo Vice-Rei e Capitão General
de mar e terra do Estado do Brasil, Vasco Fernandes
César de Meneses, no posto de Capitão-mor da fre-
mesia de Nossa Senhora da Conceição da Praia da
cidade da Bahia, que criou de novo em observância
da minha ordem de vinte de janeiro de mil seiscen-
tos noventa e nove, atendendo à capacidade e mere-
cimentos do dito Inácio de Araújo de Góis e a me
haver servido alguns anos de Capitão de uma Com-
-347-

panhia de Infantaria da ordenança do Regimento do


Coronel Domingos da Costa de Almeida com boa sa-
tisfação, e por esperar dele que com a mesma se ha-
verá daqui em diante em tudo o que fôr encarregado
do meu serviço conforme a confiança que faço da sua
pessoa. Hei por bem fazer-lhe mercê de o confirmar
(como por esta confirmo) uo dito posto de Capitão
mor da freguesia de Nossa Senhora da Conceição da
praia da cidade da Bahia por tempo de três anos,
criado de novo, em que o proveu o dito Vice-Rei.
Com o qual posto não haverá soldo algum de minha
Fazenda, mas gozará de todas as honras, privilégios,
liberdades, isenções, e franquezas que em razão dele
lhe pertencerem. Pelo que mando ao meu Vice-Rei e
Capitão General de mar e terra do Estado do Brasil
conheça ao dito Inácio de Araújo de Góis por Capi-
tão-mor da dita freguesia e como tal o honre, estime
e deixe servir e exercitar, debaixo da mesma posse e
e às
juramento que se lhe deu quando nele entrou,
em
pessoas suas subordinadas ordeno também que
tudo lhe obedeçam e cumpram suas ordens por es-
crito e de palavra como devem e são obrigadas, que
Carta
por firmeza de tudo lhe mandei passar esta
Patente de confirmação por duas vias por mim assi-
nada e selada com o selo grande de minhas armas.
Dada na cidade de Lisboa ocidental aos vinte e nove
dias do mês de abril. Miguel de Maceió Ribeiro a
fêz, ano do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo
de mil setecentos e vinte e quatro. O Secretário
André Lopes de Lavre a fiz escrever. El-Rei. Pa-
tente de confirmação por que Vossa Majestade faz
mercê a Inácio de Araújo de Góis de o confirmar no
de Nossa Senhora
posto de Capitão-mor da freguesia
da Conceição da praia da cidade da Bahia, por tempo
— 348 —

de três anos, criado de novo, em que o proveu o


Vice-Rei e Capitão General de mar e terra
do Estado do Brasil Vasco Fernandes César
Meneses, como nela se declara que vai por duas vias.
Para Vossa Majestade ver. Por despacho de Con-
selho Ultramarino de dez de abril de mil setecentos
e vinte e quatro. Pagou 400 réis. Antônio Roiz da
Costa. José de Carvalho de Abreu. João Roiz Pereira.
Pagou nada por ser via. Lisboa ocidental, 13 de
maio de 1724. Dom Miguel Maldonado. Fica assen-
tada esta carta nos livros das mercês e não pagou
por ser via. Amaro Nogueira de Andrada. Regis-
tada na Chancelaria-mor da Corte e Reino no livro
de ofícios e mercês à folha 271. Lisboa ocidental,
16 de maio de 1724. Rodrigo Xavier Álvares de
Moura. Registada à folha 283 verso do livro 16 de
ofícios da secretaria do Conselho Ultramarino. Lis-
boa ocidental, 17 de maio de 1724. André Lopes
de Lavre Cumpra-se como Sua Majestade, que Deus
guarde, manda e registe-se nos livros a que toca.
Bahia e fevereiro, 5 de 1725. Vasco Fernandes Cé-
sar de Meneses.
i

Alvará de mantimento, concedido ao


Padre José de Passos.

Dom João por graça de Deus Rei dê Portugal


e dos Algarves, daquem e dalém-mar em África, Se-
nhor de Guiné, etc. Faço saber aos que esta minha
Provisão virem que tendo respeito ao Padre José de
Passos clérigo do hábito de São Pedro, estar provido
pelo meu Tribunal da Mesa da Consciência e Ordens
na igreja de Nossa Senhora do Rosário da vila do
Cairu, arcebispado da Bahia, que vagou por faleci-
— 349 —
i

mento do padre João Dias Neves. Hei, por bem que


com a dita igreja vença a côngrua e mantimento que
com ela lhe é ordenado. Pelo que mando a meu
Vice-Rei e Capitão-General de mar e terra do Es-
tado do Brasil e ao Provedor-mor da Fazenda dele
lhe façam entrar e pagar a dita côngrua e emolu-
mento na mesma parte e forma em que o erci o seu
antecessor, e cumpram e guardem esta Provisão e a
façam cumprir e guardar inteiramente como nela se
contém, sem dúvida alguma, a qual valerá como
carta e não passará pela Chancelaria sem embargo
da ordenação do livro 2.°, títulos 39 e 40 em con-
trário, e se passou por duas vias. El-Rei, nosso Se-
nhor o mandou por Antônio Roiz da Costa e o Doutor
José de Carvalho Abreu, Conselheiros do seu Con-
selho Ultramarino. Dionisio Cardoso Pereira a fêz
em Lisboa ocidental a dezoito de novembro de mil
setecentos e vinte e quatro. O Secretário André Lo-
pes de Lavre a fêz escrever. Antônio Roiz da Costa.
José Carvalho de Abreu. Por despacho do Conselho
Ultramarino de dezoito de novembro de mil setecen-
tos e vinte e quatro. Registada à fôüij 150 verso
do livro 6.° de Provisões da secretaria do Conselho
Ultramarino. Lisboa ocidental, 28 de novembro de
1724. André Lopes de Lavre. Cumpra-se e registe-
se. Bahia e fevereiro 9 de 1725. Rubrica do Exce-
lentíssimo Senhor Vice-Rei.
Patente de confirmação por Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, do posto de Sar-
gento-mor da Infantaria da Ordenança,
* provido em Domingos Roiz Silva*.
Dom João por graça de Deus Rei :le Portugal
e dos Algarves, daquém é dalém-mar em África,
— 350

Senhor de Guiné e da conquista, navegação, comércio


da Etiópia, Arábia, Pérsia e da índia, etc. Faço sa-
ber aos que esta minha Carta Patente de confirma-
Domingos Roiz Silva,
ção virem que tendo respeito a
estar provido pelo meu Vice-Rei e Capitão General
de mar e terra do Estado do Brasil no posto de
Sargento-mor do Regimento de Infantaria da orde-
nança da vila dos Ilhéus de que é Coronel João Pinto
a
de Magalhães, que vagou pela baixa que se deu
Inácio Tome Teles que o exercia; atendendo ao dito
Domingos Roiz Silva me haver servido mais de três
anos de Capitão de uma Companhia de Infantaria
da ordenança do Regimento do Coronel José de
Araújo Rocha, havendo-se no referido tempo com
boa satisfação nas suas obrigações, principalmente
nas ocasiões em que entrou de guarda com a dita
Companhia, quando lhe tocava pela falta que havia
de soldados pagos havendo antecedentemente feito o
mesmo em semelhante ocasião. E por esperar dele que
em tudo o que fôr encarregado de meu serviço se
haverá com satisfação conforme a confiança que laço
da sua pessoa hei por bem fazer-lhe mercê de o con-
firmar (como por esta o confirmo) no dito posto de
Sargento-mor do Regimento de Infantaria da orde-
nança da vila dos Ilhéus de que é Coronel João Pinto
de Magalhães, que vagou pela baixa que se deu a
Inácio Tome Teles que exercia em que o proveu o
dito Vice-Rei e Capitão General de mar e terra do
Estado do Brasil, com o qual posto não haverá soldo
algum de minha Fazenda, mas gozará de todas as
honras, privilégios, liberdades, isenções e franquezas
mando
que ern razão dele lhe pertencerem. Pelo que
ao meu Vice-Rei e Capitão General de mar e terra
do Estado do Brasil conheça ao dito Domingos Roiz
351 —

Silva por Sargento-mor do dito Regimento, e como


tal o honre, estime e o deixe servir e exercitar, de-
baixo da mesma posse e juramento que se lhe (leu
quando nele entrou e aos oficiais e soldados do
dito Regimento ordeno também que em tudu lhe obe-
cleçam, cumpram suas ordens por escrito e de pala-
vra como devem e são obrigados, que por firmeza de
tudo lhe mandei passar esta Carta Patente de confir-
mação por duas vias por mim assinada, e selada com
o selo grande de minhas armas. Dada na cidade de
CoV.
1
Lisboa ocidental aos cinco dias do mês de abril. An-
tônio de Cobelos Pereira a fêz, ano do nascimento
de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil setecentos e
vinte e quatro. 0 Secretário André Lopes de Lavre
a fês escrever. El-Rei. Patente de confirmação por
que Vossa Maestade faz mercê a Domingos Roiz
Silva de o confirmar no posto de Sargento-mor do
Regimento da Infantaria da ordenança da vila dos
Ilhéus de que é Coronel João Pinto de Magalhães
que vagou pela baixa que se deu a Inácio Tome Teles
que o exercia, em que o proveu o Vice-Rei e Capitão
General de mar e terra do Estado do Brasil, como
nela se declara que vai por duas vias. Para Vossa
Majestade ver. Segunda via. Por despacho do Con-
selho Ultramarino de vinte e sete de março de mil
setecentos e vinte e quatro. Pagou 400 réis. João
Teles da Silva. Antônio Roiz da Costa. João Roiz
Pereira. Pagou dez réis. Lisboa ocidental, 3 de ou-
tubro de 1724. José Corrêa de Moura. Fica assem
tada esta Carta nos livros das mercês e não pagou
por ser via. Amaro Nogueira de Andrada. Pagou
na Chancelaria-mor da Corte e Reino no livro dos
ofícios e mercês à folha 82. Lisboa ocidental, 4 de
outubro de 1724. Tomás Ferreira Barreto. Regis-
— 352 —

(ada à folha 316 vers> do livro de ofícios da secre-


taria do Conselho Ultramarino. Lisboa ocidental, 7
de outubro de 1724. André Lopes de Lavre. Cum-
1725.
pra-se e registe-se. Bahia e janeiro, 10 de
Vasco Fernandes César de Meneses.

Patente de confirmação por Sua Ma-


jestade, que Deus guarde, no posto de Te-
nente do Castelo das portas de São Bento,
concedida a Domingos Álvares Romano.

Dom João por graça de Deus Rei de Portugal


e dos Algarves, daquem e dalém-mar, em Afnca,
Senhor de Guiné, e da conquista, navegação, comer-
cio da Etiópia, Arábia, Pérsia e da índia, etc. Faço
saber aos que esta minha Carta Patente de confir-
mação virem que tendo respeito a Domingos Alva-
res Romano estar provido por Vasco Fernandes Cé-
sar de Meneses, Vice-Rei, e Capitão General de nlar
e terra do Estado, do Brasil^ no posto de Tenente
do Castelo das portas de São Bento da cidade da
Bahia que vagou pela ausência que dele fêz para as
minas do ouro Antônio Pinto Álvares há mai? de dois
anos, sem licença daquele governo, atendendo ao dito
Domingos Álvares Romano ser sujeito de valor, sa-
tisfação e a estar atualmente servindo no posto de
Capitão de uma Companhia de Infantaria da orcle-
nança do Regimento de que é Coronel José de Araújo
Rocha com bom procedimento, entrando de guarda
todas as vezes que por distribuição tocava a «ua Com-
panhia, acudindo a rebates, faxinas e executando
prontamente todas as ordens de que foi encarregado,
e a ter concorrido voluntariamente com a quantia de
cem mil réis para donativo que os homens de nego-
— 353 —

cio ofereceram para se poder acabar a nau Nossa


Senhora do Livramento que se estava fabricando na
ribeira da dita cidade; e por esperar do dito Do-
mingos Álvares Romano que em tudo o que fôr en-
carregado do meu serviço se haverá com satisfação
conforme a confiança que faço da sua pessoa hei por
bem fazer-lhe mercê de o confirmar (como por esta
o confirmo) no dito posto de Tenente de Castelo
das portas de São Bento da cidade da Bahia que va-
gou pela ausência que dele fêz para as minas do
ouro Antônio Pinto Álvares há mais de dois anos, sem
licença do governo geral, com o qual haverá uma
praça de soldado na forma que a vencia seu ante-
cessor, e gozará de todas as honras, privilégios, li-
herdades, isenções e franquezas que em razão do dito
posto lhe derem. Pelo que mando a meu Vice-Rei e
Capitão General de mar e terra do Estado do Brasil
conheça ao dito Domingos Álvares Romano por te-
nente do referido Castelo e como tal o honre, es-
time e deixe servir, e exercitar e haver a dita praça
de soldado como fica referido, debaixo da mesma
posse e juramento que se lhe deu ao tempo que nele
entrou e assim os oficiais e soldados e mais pessoas
suas subordinadas do dito Castelo, ordeno também
eme em tudo lhe obedeçam e cumpram suas ordens
por escrito e de palavra, como devem e são obriga-
dos, e por firmeza de tudo lhe mandei passar esta
Carta Patente de confirmação por duas vias por mim
assinada e selada com o selo grande de minhas ar-
mas. Dada na cidade de Lisboa ocidental a três do
mês de agosto. Dionísio Cardoso Pereira a fêz, ano
do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de mil
setecentos e vinte e quatro. O Secretário André Lo-
pes de Lavre a fêz escrever. El-Rei. Patente de
354 -

mercê a
confirmação por que Vossa Majestade faz
no posto
Domingos Álvares Romano de o confirmar
Bento da
de Tenente do Castelo das portas de São
dele
cidade da Bahia que vagou pela ausência que
Alvares
fez para as minas do ouro Domingos Pinto
há mais de dois anos, sem licença do governo geral,
Gene-
em que está provido pelo Vice-Rei e Capitão
Fer-
ral de mar e terra do Estado do Brasil Vasco
nandes César de Meneses. Como nele se declara que
vai por duas vias. Para Vossa Majestade ver .....
despacho do Conselho Ultramarino de . ..
setecentos e vinte e quatro
Teles da Silva '. .. . Roiz Pereira
dois mil réis e aos oficiais quinhentos
e vinte Lisboa ocidental. 7 de setembro
cie 172 ......... Maldonado. Fica assentada
livro das mercês e pagou duzentos
réis ........ Nogueira de Andrada. Registada
ofí-
na da Corte e Reino no livro dos
7 de
cios e mercês à folha 358. Lisboa ocidental,
setembro de 17 Xavier Alvares de
Se-
Moura. Registada .......... de ofícios da
setembro de
cretaria
Lavre. Cumpra-se e registe-se, digo, cumpra-se como
Sua Majestade manda e registe-se nos livros a que
toca. Bahia e fevereiro, 5 de 1725. Vasco Fernan-
des César de Meneses.
Patente de confirmação por Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, concedida a
Tome da Rocha FiemVdo posto de Capi-
tãp de Infantaria da ordenança.
Dom João por graça de Deus Rei de Portugal,
dos Algarves, daquem e dalém-mar, em África, Se-
355

nhor de Guiné, da conquista, navegação, comércio da


Etiópia, Arábia, Pérsia e da índia, etc. Faço saber
aos que esta minha Carta Patente de confirmação
virem que tendo respeito a Tome da Rocha Fienis es-
tar provido por Vasco Fernandes César de Meneses,
Vice-Rei e Capitão General de mar e terra do Es-
tado do Brasil no posto de Capitão da Companhia de
Infantaria . de é Coronel ^
vagou por promoção de Teo ..........
Capitão-mor da . maro . . ...
são pessoa de va ação que teve de
que em tudo o .... de
meu serviço se haverá com satisfação
que faço da sua pessoa fazer-lhe
mercê de o confirmar no posto Com-
panhia de Infantaria de ave
que vagou por promoção Fienis em que
não haverá algum de ....
honras, privilégios, liberdades, isenções e
franquezas que em razão dele lhe pertencerem. Pelo
que mando ao meu Vice-Rei e Capitão General de
mar e terra do Estado do Brasil conheça a Tome da
Rocha Fienis por Capitão da dita Companhia e como
tal o honre, estime e deixe servir e exercitar, debaixo
da mesma posse e juramento que se lhe deu quando
nele entrou, e aos oficiais e soldados da dita Com-
panhia ordeno também que em tudo lhe obedeçam e
cumpram suas ordens por escrito e de palavra como
devem e são obrigados, que por firmeza de tudo lhe
mandei passar esta Carta Patente de confirmação-
o selo
por duas vias, por mim assinada e selada com
Lisboa
grande de minhas armas, Dada na cidade de
ocidental, aos nove dias do mês de janeiro. Manuel.
Gomes da .......... ano do nascimento de Nosso-
— 356 —

Senhor Jesus Cristo de mil setecentos e vinte e três.


O Secretário André Lopes de Lavre a fiz escrever.
El-Rei. Selo. Carta Patente de confirmação por que
Sua Majestade faz mercê a Tome da Rocha Fienis
da confirmação do posto de Capitão da Companhia
de Infantaria da ordenança de que o
proveu o Vice-Rei e Capitão General de mar e terra
do Estado do Brasil que vagou por promoção de
Teodósio ............ Capitão-mor da freguesia
de Santo Amaro rica. Como nela se
declara que vai por duas vias. Para Vossa Majes-
tade ver. Segunda via. Por despacho do Conselho
Ultramarino de 8 de janeiro de 1724. Pagou 400
réis Teles da Silva. Antônio Roiz de
Carvalho João Pagou dez
réis por ser segunda via. Lisboa ocidental, .... de
fevereiro de 1723. Dom Miguel Maldonado. Fica
assentada esta carta nos livros das mercês
Amaro Nogueira de Andrada. Registada na Chance-
laria-mor da Corte e Reino no livro de ofícios e
mercês à folha Lisboa ocidental 14 de
de 1723. Tomás Ferreira Barreto. Re-
gistada à folha do livro 16 de ofícios
da secretaria do Conselho Ultramarino. Lisboa oci-
dental, 18 de fevereiro de 1723. André Lopes de
Lavre. Cumpra-se e registe-se. Bahia e dezembro, 6
de 1723. Vasco Fernandes César de Meneses.
Provisão de Sua Majeséade, que Deus
guarde, concedida .......... de Te-
nente Francisco Xavier da Costa e Dr.
José Mirales.
Dom João por graça de Deus, Rei de Portugal
e dos Algarves, daquem e dalém-mar, em África,
¦

— 357 —

Senhor de Guiné, etc. Faço saber aos


que esta minha
Provisão virem por parte de Francisco Xavier da
Costa e Doutor José Mirales.
à margem: Não teve efeito.
Ks.
. ri tíí
Provisão

Dom João graça de Deus Rei


de Portugal daquem e dalém-mar em África, Senhor
de Guiné, etc. Faço saber aos que esta minha Prori-
são virem que por parte de Manuel
morador nesta Corte se me representou que êle teve
um filho por nome José da Costa em a cidade da
Bahia, onde assistiu muitos anos, até que faleceu ha-
verá cinco para seis, fazendo seu testamento e por
não ser casado nem deixar filhos legítimos ou bas-
tardos instituíra ao suplicante por seu herdeiro como
único e necessário que tinha, dispondo da terça pela
sua alma e para esse efeito nomeou por seu testa-
menteiro a Pedro Ferreira de Andrade, morador na
dita cidade da Bahia, o qual não cuidou em partilhas
e foi preciso no fim de cinco anos usar o suplicante
de muitos meios para o obrigar a fazê-las por seu
procurador, e como na determinação delas ficou a
suplicante gravemente leso como foi pelo dito tes-
tamenteiro pagar dívidas que se não achavam justi-
ficadas nem o suplicante ou seu procurador ser para
êste efeito citado, arrematar o mesmo testamenteir»
da herança por interpostas pessoas várias e esr
cravos, um dos quais tem ainda em seu poder por
nome João, sendo-lhe proibidas as tais arremataçoetf
e pedir a vintena, tendo quatrocentos mil réis do tes-
tador pelo seu trabalho aceitando a dita testamen-
V'
— 358 —

teira sem protesto de requerer a dita vintena que ao


depois cobrou e importou perto de dois mil cruzados
e por todos estes e mais gravames apelou o procura-
dor do suplicante das ditas partilhas no primeiro
dia depois de fintarem os dez da lei, entendendo que
só bastava pelos dez findarem em um dia santo e
assim lhe não recebeu a apelação o Juiz das tais par-
ti lhas, com o fundamento de ser interposta fora do
termo da lei, em cujos termos recorreu o seu pro-
curador* a Relação daquele Estado para lhe conce-
der faculdade de poder apelar não obstante serem
ficar o su-
passados os dez dias, por não ser justo
sem remédio para
plicante notoriamente gravado e
. ressarcir o grande prejuízo que tem nas ditas parti-
lhas em que êle não teve a menor omissão por assis-
tir sempre nesta Corte, justificadíssima causa para
eu lhe conceder Provisão para poder apelar das ditas
em casos se-
partilhas cuja graça costumo conceder
melhantes e ainda com circunstâncias menos fide-
dignas, que as presentes. Pedindo-me lhe conce-
desse Provisão para poder apelar das referidas parti-
lhas na forma costumada. E sendo visto seu reque-
rimento hei por bem que, sendo como diz, o dito Ma-
nuel da Costa Tereno possa apelar na forma costa-
mada da sentença de que faz menção para a Casa da
Suplicação sem embargo de ser passado o tempo da
lei exercida nos mesmos autos, ficando o traslado
naquela cidade. Pelo que mando a meu Vice-Rei e
Capitão General de mar e terra do Estado do Brasil
e mais Ministros a que tocar cumpram e guardem
esta Provisão e a façam cumprir e guardar inteira-
mente como nela se contém, sem dúvida, embargo
nem digo, sem dúvida alguma, fazendo expedir com
toda a brevidade a dita apelação, e se passou por
359

duas vias.# José Corrêa de Moura, digo, por duas


vias e pagou de novo direito cento e noventa réis que
se carregaram ao Tesoureiro José Corrêa de Moura
à folha 326 do livro 7,° de sua receita como constou
de seu conhecimento em forma, registado no registo
geral à fôlHa 6. El-Rei, nosso Senhor, mandou por
João Teles da Silva e o Doutor José Gomes de Aze-
vedo, Conselheiros do seu Conselho Ultramarino.,
Dionísio Cardoso Pereira a fêz em Lisboa ocidental
a sete de agosto de mil setecentos e vinte e quatro.
O Secretário André Lopes de Lavre a fêz escrever.
João Teles da Silva. José Gomes de Azevedo. Por
despacho do Conselho Ultramarino de dezoito de
julho de mil setecentos e vinte e quatro. Pagou 300
réis. João Roiz Pereira. Pagou 0 réis por ser via.
Lisboa ocidental, 14 de setembro de 1724. Como
Vedor José Corrêa de Moura. Registada à folha 142
verso do livro 6.° de Provisões da secretaria do Con-
selho Ultramarino. Lisboa ocidental, 19 de setembro
de 1724. André Lopes de Lavre. Cumpra-se e re-
giste-se. Bahia e fevereiro, 9 de 1725. Rubrica.
ÍNDICE
ÍNDICE
CARTAS PARA A BAHIA
i
Códice: 1-2, 2, 3
Carta para o Coronel Pascoal de Figueiredo 3 M'!:i

Carta para o Capitão de Mar e Guerra Bar-


tolomeu Freire de Araújo Cabo da frota 3
Carta para o Coronel Pedro Leolino Mariz 4
Carta para o Coronel Aindré da Rocha Pinto 7
Para o Provedor da Alfândega 7
Para o Capitão da Fortaleza do Morro 8
Carta para o Administrador das feitorias do
Cairú 8
Para o Desembargador Provedor-mor 9
Carta de Fidel Franco de que faz menção a ¦
de Sua Excelência 10
Carta para o Coronel Antônio Homem de
Af onseca 10
Carta para o Coronel Miguel Calmon de Al-
meida H
Carta para o Desembargador Provedor-mor
sôbre Fidel Franco U
Para o Desembargador Provedor-mor sôbre
as cousas para Fidel Franco 12
Para o Desembargador Provedor-mor 12
Para Bartolomeu Freire de Araújo.... 13
Para o Desembargador Provedor-mor 13
Para o Coronel Domingos Borges de Barros 14
_ 364 -

Carta pára o Coronel Pedro Barbosa Leal.. 14


Outra carta para o mesmo Coronel 15
Outra carta para o mesmo Coronel 16
Carta para o Cabo da Frota 17
Portaria para o Provedor da Alfândega.... 17
Carta para o Desembargador Provedor-mor 17
Carta para o.Desembargador Provedor-mor 18
Carta para o Cabo da Frota 18
Carta para o Cabo da Frota 18
Carta para o Cabo da Frota 21
Carta para o Cabo da Frota 22
Carta para o Cabo da Frota., 22
Carta que se escreveu ao Coronel José, Pires
de Carvalho 23
Carta para Bartolomeu Freire de Araújo,
Cabo da Frota 24

CARTAS DE D. SANCHO DE FARO E SOUZA

Códice: 1-2,2,7 24
Carta para o Coronel Miguel Calmon de Al-
meida sobre a gente que há de dar dos
distritos de Maragogipe para a guerra
dos bárbaros do Cairú 24
Para os oficiais da câmara da vila do Cairtf
sobre a guerra dos bárbaros 25

Carta para o Juiz Ordinário da vila de Jagua-


ripe Francisco de Crasto de Meneses,
sobre remeter a carta inclusa ao Sargen-
to-mor Manuel Pinto de Eça e ao Capi- *.
— 365

tão dos índios da aldeia de Santo Antô-


nio à presença de Vossa Excelência e
aviso dos que há na dita aldeia capazes
de tomar armas 26
Carta para o Ilustríssimo Senhor Arcebispo 27
Carta para o Capitão da Fortaleza do Morro
sobre ir para a mesma fortaleza Fran-
cisco Rabelo de Melo 29
Carta que se escreveu ao Coronel Francisco
Barreto de Aragão sobre os soldados
que vieram reconduzidos para a praça e
as patentes que mandou o dito coronel
dos providos, e se moram nos seus dis-
tritos. . . . .' 29
Carta que se escreveu ao Sargento-maior Ma-
nuel Pinto de Eça a ordem citada esta
registada no livro delas à folhas 102.. 31
Carta para o Coronel Miguel Calmon sobre 32
Carta que se escreveu aos oficiais da câ-
mara da vila da Cachoeira sobre o povo
de Jaguaripe não pôr em maior preço o
gado que se cortar no seu açotigue se-
não pelo preço que os dites oficiais da
câmara da vila da Cachoeira puserem
na sua ordem citada, está registada no
livro delas à folhas 102 35
Carta que se escreveu ao Juiz Ordinário da
vila de Jaguaripe sobre remeter os ín-
dios da aldeia de Santo Antônio capazes
de tomar armas, quando tiver aviso do
Sargento-mor Inácio Teixeira, e que
vão governados pelo seu capitão em se-
gurar aos mesmos índios que os mora-
T

- 366 —

dores do Cairú lhes hão de assistir com


36
o sustento na entrada que vão fazer....
Carta para o Juiz Ordinário da vila da Ca-
choeira com as duas para o Capitão de
Cavalos da Cachoeira Pedro de Araújo
Vilas Boas e o Sargento-mor Teotônio
Teixeira de Magalhães sobre a condução
e transporte dos tabacos 37

Ordem que cita a carta acima para o Capi- v


tão de Cavalos da Cachoeira Pedro de
Araújo Vilas Boas sobre a condução dos
tabacos 38

Ordem para o Sargento-mor Teotônio Tei-


xeira de Magalhães sobre a condução
39
dos tabacos citada na carta acima
Ordem que na mesma ocasião se remeteu
ao Capitão de Cavalos Pedro de Araújo
Vilas Boas sobre fazer abrir os cami-
nhos para a condução dos tabacos 40

Carta para o Ouvidor da Comarca de Ser-


do Amaral.. 40
gipe de El-Rei José Corrêa
de
Carta para o Capitão-mor da Capitania
Sergipe de El-Rei Custódio Rebelo Pe-
• .... 42
rena
Carta que se escreveu aos Coronéis Pedro
Barbosa Leal, Antônio Ferreira de Sou-
za, Garcia de Ávila Pereira, Domingos
Borges de Barros, João Velho de Arau-
Aragão, Do-
jo, Manuel de Araújo de
mingos da Costa de Almeida, Sebastião
da Rocha Pita, e o Capitão-mor da Ca-
mandarem as
pitania dos Ilhéus sobre
listas dos seus regimentos daquela Ca- .,,;_
367

pitania na forma da ordem de 21 de no-


vembro de 1718 44
Carta para o Juiz Ordinário da vila da Ca-
choeira 45
Carta para o Capitão Manuel de Afonseca
Saraiva Dias 46
Carta para o Capitão da Fortaleza do Morro 47
Carta para o Coronel Domingos da Costa de
Almeida, sobre a partição das compa-
nhias que declara e nomear sujeitos para
dois Capitães e seus Alferes 47
Carta que se escreveu ao Coronel Sebastião
da Rocha Pita sobre as listas que man-
dou e faltarem em algumas das compa-
nhias do seu regimento cabos de esqua-
dra e sargentos 49
Carta para o Coronel Manuel de Araújo de
Aragão com o bando sobre as minas das
cabeceiras ou sertão do Rio das Contas 50
Carta dc juiz da Cachoeira e respostas à mar-
gem dela 51
Carta para o Juiz Ordinário da vila do Ca-
mamu, Domingos de Almeida 51
Carta para os oficiais da câmara da vila do
Camamú 52
Carta para o Sargento-mor do Camamú
Pantaleão Roiz de Oliveira 53
Carta que se escreveu ao Sargento-mor da
vila do Camamú, Pantaleão Roiz de Oli-
veira sobre o Capitão Manuel Roseira
Duarte 56
— 368 —

Carla para o Sargento-mor da vila do Ca-


mamu 57
Carta para o Sargento-mor da vila de Boi-
peba 57
Carta para o Coronel Egas Muniz Barreto
sôbre a soltura de seu filho 60
Carta que se escreveu ao Coronel Miguel
Calmon de Almeida sôbre ter a gente
entre-
pronta para a marcha e a deixar
gue ao Capitão José de Toar de Ulhoa
todo o tempo que fôr necessário e avi-
sar ao Sargento-maior Inácio Teixeira. 61
Carta escrita a André da Rocha Pinto, sôbre
as minas d0 rio das Contas para que
não deixe minerar nelas 62

Carta para o Sargento-mor Manuel


sôbre os quatro soldados au-
sentes desta praça que remeteu e conti-
nuar a qualquer tempo a mesma dili-
63
gência
Carla para o Sargento-mor Manuel Pinto de
-ho-
Eça sôbre ter prontos os quarenta
mens, cem cabo para os enviar ao Sar-
assim
gento-mor Inácio Teixeira Rangel
64
que receber aviso seu
Carta que se escreveu ao Capitão da Forta-
leza do Morro de São Paulo sôbre a des-
65
obriga dos soldados
Carta para o Mestre de Campo Comandante
Manuel Nunes Viana, com o Bando que
se lhe remeteu, sôbre os gados para as
minas, registado no livro deles à folha 28 66

Carta que se escreveu aos Coronéis do Re-


369

còncavo Pedro Barbosa Leal, Francisco


Barreto de Aragãó e Miguel Calmon de
Almeida, sobre a condução dos açuca-
res e tabacos para esta cidade e aos co-
ronéis José Pires de Carvalho e Egas
Muniz Barreto sobre a condução dos
açúcares somente 68
Carta para o Sargento-mor Manuel Pinto de
Eça ter prontas as ordenanças do seu re-
gimentc para que os piratas não lancem
gente em terra 69
Carta que se escreveu ao Capitão de Cavalo
Pedro'Machado Palhares, para ter pron-
ta a sua tropa 70
Carta para o Capitão do forte da Ponta de
Itaparica Antônio Gonçalves da Rocha. 71
Carta para c Capitão da Fortaleza do Morro
de São Paulo 71
Carta que se escreveu ao Capitão de mar e
guerra da fragata guarda-costa Domin-
gos des Santos Cardoso 72
Carta que se escreveu ao Sargento-maior da
vila de Boipeba sobre ir à dita vila o
Ajudante Francisco Luiz e o Alferes Vas-
co de Brito 73
Carta que se escreveu ao Sargento-maior da
vila do Camamú sobre o ir à dita vila
o ajudante Francisco Luiz e o Alferes
Vasco de Brito 73
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da Ca-
pitania de Seregipe de El-Rei sobre não
querer que Manuel Barbosa Barradas
370

exerça o posto de Capitão-mor da Fre-


guesia de Vila Nova .' 74
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da
Freguesia de Vila Neva Manuel Barbosa
Barradas, sobre não querer o Capitão-
mor de Seregipe de El-Rei que êle exer-
cite o dite posto 76
Carta para o Coronel Garcia de Ávila Pe-
reira 77
"
Carta paia o Ouvidor da Capitania des
Ilhéus 79
Carta para o Capitão de mar e guerra Do-
mingos des Santos Cardoso :. .. 80
Carta para o Capitão Teodósio Manuel de
Lima 81
Carta para o Capitão Teodósio Manuel de
Lima que vai por cabo na fragata Nossa
Senhora do Rosário e São Gonçalo 81
Carla que se escreveu ao Sargento-maior
da freguesia da Jacobina André Rodri-
gues Soares 82
Carta que se escreveu ao ajudante da fregue-
sia da Jacobina Silvestre Alvares 83
Carta para o Capitão de mar e guerra Do-
mingos dos Santos 83
Carta para o Capitão Teodósio Manuel de
Lima. Cabo da fragata de guerra Nossa
Senhora do Rosário e São Gonçalo.... 84
Carta para o Excelentíssimo Senhor Conde
de Aissumar ' 85
Carta para os moradores do distrito do rio
das Velhas 86
— 371 —

Carta para o Mestre de Campo Manuel Nu-


nes Viana 87
Carta que se escreveu ao Capitão ela tropa
de Cavalos da Itaparica Pedro Machado
Palhares sobre mandar, retirar os seus
soldados do sitio da Aratuba, e os obri-
gar a que tenham meia dúzia de cargas
de pólvora, e bala cada um 88
Carta para o Coronel Francisco Barreto de
Aragão 89
Para o Sargento-mor da vila das Caravelas 90
Para os oficiais da Câmara da Vila de Por-
to Seguro 91
Para o Sargentc-mor da vila de Boipeba... 91
Para o Sargento-mor da vila do Camamú.. 92
Carta do Juiz Ordinário da vila da Cachoei-
ra Bruno Barbosa de Araújo e a respos-
ta que Sua Excelência deu à margem
dela. 93
Para o Ajudante Francisco Luiz e o Alferes
se recolherem logo a esta praça 94
Para o Capitão de Cavales Pedro ele Araújo
Vilas Boas 95
Carta para o Ouvidor da Capitania dos
Ilhéus 97
Carta que se escreveu ao Sargento-mor Ma-
nuel Pinto de Eça 97
Carta que se escreveu ao Capitão de Cava-
los Pedro Machado 98
Para o Capitão Teodosic Manuel de Lima
Cabo da Fragata pequena de Sua Ma-
jestade 99 \
— 372 —

Para o Capitão Dom Hieronimo da Silveira,


e Albuquerque, quando foi nomeado
por cabo da fragata de guarda-costa.. 100
Para o Capitão de mar e guerra Domingos
dos Santos Cardoso 101
Carta que se escreveu ac Capitão da Forta-
leza do Morro de São Paulo Carlos de
Sepulveda 101
'da
Carta para o Capitão Dom HierÔnimo
Silveira sobre desembarcar da nau
guarda-costa e mais gente que se acha
na mesma nau 102
Carta que se escreveu ao Coronel Manuel
de Araújo de Aragão e ao Capitão João
Rodrigues Adorno do mesmo teor sobre
cs índios que hão de estar armados para
a entrada que Sua Excelência manda
fazer aos bárbaros do distrito do Cairú 103
Carla para o Capitão-mor da Capitania dos
Ilhéus Bernardo de Faria Correia 104
Carta para os oficiais da Câmara da vila
dos Ilhéus 105
Carta que se repetiu aos Coronéis Francisco
Barreto de Aíragão Miguel Calmon de
Almeida e ao Sargento-maior Gabriel
da Rocha Moutinho, que o é do regi-
mento do Coronel Pedro Barbosa Leal,
sobre a condução dos açúcares, e taba-
cos. E acs Coronéis José Pires de Car-
valho, e Egas Muniz Barreto, sobre a
dos açúcares somente 106
Carta que se repetiu ao Juiz Ordinário da
vila da Cachoeira, sobre a condução e
»
— 373 —

transporte dos tabacos remetendo-se-


lhe as cartas que acusa sobre o mesmo
para o Capitão de Cavalos Pedro de
Araújo Vilas Boas e os Sargento-mores
Teotônio Teixeira de Magalhães, c Tome
Pereira 107

Carta que se repetiu ao Capitão de Cavalos


da Cachoeira Pedro de Araújo Vilas
Boas e ao Sargento-maior Teotônio Tei-
xeira de Magalhães sobre a condução
dos tabacos em observância da ordem de
" 8 de março cpie se lhe remeteu e ao Sar-
gento-maior Tome Pereira sobre o mes-
mo em observância da de 15 de março 108

Carta que escreveu ao Excelentíssimo Senhor


Conde do Vimieiro Governador e Capi-
tão General deste Estado o Juiz da vila
de Jaguaripe Francisco de Castre, sobre
o requerimento de Antônio de Souza
Ferriera contra Bento de Couto 109
Resposta que deu Sua Excelência a carta
acima 110
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da
Capitania do Espírito Santo, João de
Velasco e Molina 110
Carta para o Capitão-mor João de Velasco
e Molina sobre balsamo e óleo 114
Carta para o Capitão-mor Manuel Coelho
Mendes sobre usar da mesma ordem
que se passou ao seu sargento-maior,
para a condução do tabacos 115
t

Carta para o Sargento-mor da vila do Ca-


7
— 374 —

mamu sobre nãc impedir tirar casca de


mangue 116
Carta para os oficiais da Câmara da Vila
do Camamú; sobre a casca de mangue 117
Carta para o Coronel Garcia de Ávila Pe-
reira 118
Carta para João de Araújo de Eça sobre o
ofício de Provedor da Fazenda dos
Ilhéus 118
Carta para o Capitão-mor Antônio Veloso da
Silva sobre a eleição que a câmara da
vila do Cairú fez a sua pessoa para cabo
da entrada aos bárbaros 119
Para a Capitania do Espírito Santo 120
Carta para o Coronel Domingos Borges de
Barros 125
Para o Juiz Ordinário da Vila da Cachoeira
Bruno Barbosa de Araújo; em resposta
da que escreveu de haver recebido as
cartas que se lhe enviaram para os ofi-
ciais nela declarados, acerca da condu-
ção do tabaco 126
Besposta à margem da carta acima 127

Carta para o Sargento-mor do Rio das Ca-


ravelas Pedro Coelho da Silva, sobre as
dúvidas que teve cem o Capitão-mor da
povoação do Rio de S. Mateus 127

Para o Capitão-mor da freguesia da Jaco-


bina Aintônio Pinheiro da Rccha 128

Memória que cita a carta acima 129


— 375

Para os oficiais da Câmara da Vila de Ja-


Jaguaripe 129
Para os oficiais da Câmara da Vila da Ca-
ehoeira 130
Para o Capitão-mor Manuel Nunes Coelho. 131
Para o Administrador da feitoria das ma-
deiras do Cairú 132
Para o Capitãc Manuel Coelho Mendes.... 133
Carta que se escreveu ao Capitão João Gon-
salves do Prado sôbre fazer entrada com
o cabo da guerra do gentio bárbaro na
parte do Cairú 133
Carta que se escreveu ao Capitão-mor Antô-
nio Veloso da Silva, sôbre a guerra do
gentio bárbaro da parte do Cairú 134
Para os oficiais da Câmara da Vila do Ca-
niamu 135
Para os oficiais da Câmara da Vila de Ja-
guaripe 136
Para os oficiais da Câmara da Vila do Cairú 137
Carta para o Coronel Miguel Calmem de Al-
meida 137
Carta para o Coronel Domingos Borges de
Barros 138

Para os oficiais da Câmara da Vila do Ca-


mamu 139

Para o Capitão Domingos de Almeida 140

Para Lucas de Afonseca Saraiva Tesoureiro


da feitoria das madeiras 140
— 376 —

Para o Administrador da feitoria das ma-


deiras João Teixeira de Souza 140
Carta para Baltazar Pereira Fagundes 142
Para o Juiz Ordinário da Vila da Cachoeira,
sôbre os tabacos relidos pelas casas dos
moradores da dita vila de Iguape 142
Carta para o Capitão Manuel de Afonseca
Saraiva Dória 143
Carta que se escreveu ao Coronel Manuel de
Araujo de Aragão sôbre dar vinte ín-
dios armados ao Capitão-mcr Antônio
Veloso da Silva que vai fazer guerra ao
gentio bárbaro 145
Carta para o Capitão João Rodrigues Ador-
no sôbre o tempo em que há de mandar
entregar em Maragogipe ao Capitão-
mor Antônio Veloso da Silva os índios
armados para a guerra dos bárbaros da
vila do Cairú 14(>
Carta para o Capitão de Mar e Guerra João
Alvares Barrassas 147
Cartas que se remeteram aos coronéis para
se prender três ciganos e uma cigana
. velha que fugiram os quais se remete-
rão aos coronéis aqui declarados como
são: o Coronel José Pires de Carvalho,
o Sargento-mor Gabriel da Rocha Mou-
tinho, o Coronel Francisco Barreto de
Aragão, o Coronel Luiz da Rocha Pita
Deus Dará o Coronel Miguel Calmon de
Almeida, o Sargento-mor Manuel Pinto
de Eca, o Coronel Garcia de Ávila Pe-
— 377 —

reira, o Coronel Manuel de Araújo de


Aragão, o Coronel Domingos Borges de
Barros e o Coronel Egas Monis Barreto 148
Cartas que se escreveram ao Juiz da Vila de
São Francisco de Sergipe do Conde ao
Juiz da Vila da Cachoeira, e ao Juiz da
Vila de Jaguaripe. sobre remeterem um
mapa dos ofícios que se acham vagos,
sem proprietário 149
Carta que se escreveu ao Coronel Miguel
Calmon de Almeida sobre executar o
que se lhe tem ordenado por carta de 6
do corrente pertencente à guerra dos
bárbaros do Cairu, como nela se ex-
pressa 149
Carta que se escreveu acs oficiais da Cama-
ra da vila de Jaguaripe, sobre executa-
rem o que se lhes tem ordenado por
carta de 6 do corrente pertencente à
guerra dos bárbaros do Cairu como nela
se expressa 150
Carta que se escreveu ao Capitão-mor das
entradas Antônio Veloso da Silva Ca-
bc da guerra dos bárbaros do Cairu sô-
bre se achar pronto no distrito de Mara-
gogipe para tomar conta da gente e que
o Sargento-mor Inácic Teixeira Rangel
lhe há de entregar o regimento 151
Carta que se escreveu ao Capitão-mor Antô-
nio Velosc da Silva sobre a mesma guer-
ra dos bárbaros dos distritos do Cairu, de
é de parecer que se faça a dita en-
' que 152
trada pelo mesmo Cairu
I

'..

378

Carta que se escreveu ao Capitão José de


Toar de Ulhoa sobre remeter uma carta
de Sua Excelência ao Capitão-mor Antô-
nio Veloso da Silva, Cabo da guerra dos
bárbaros do Cairu, e outra ao Coronel
Miguel Calmou de Almeida, e oulra aos
oficiais da Câmara da vila de Jaguaripe
e ter a gente pronta para acompanhar
o dito Capitão-mor Antônio Veloso da
Silva 153
Carta que se escreveu ao Sargento-mor Ma-
nu ei Pinto de Eça sobre entregar ao Ca-
pitão-mor Antônio Veloso da Silva, Ca-
bo da guerra dos bárbaros os cinqüenta
homens armados do seu regimento em
Jaguaripe, em 2 do mês de setembro. . 154
Carta que se escreveu ao Sargento-mor da
vila do Cairu, Francisco Pinto de Afon-
seca e Góis sobre ter prontos os cin-
quenta homens das companhias da or-
denança dos distritos da dita vila e en-
trega-los em Mapendipe ou em outra
parte mais conveniente ao Capitão-mor
Antônio Veloso da Silva Cabo da guer-
ra dos bárbaros e ter também prontos
os mantimentos que hão de estar prontos
em 5 do mês de setembro 155
Carta que se escreveu aos oficiais da Cama-
ra da vila do Cairu sobre terem pron-
tos os mantimentos para duzentos e
cinqüenta homens que vão fazer guerra
aos bárbaros do dito Cairu com o Ca-
bo, o Capitão-mor Antônio Veloso da
Silva 156
— 379 —

Carta que se escreveu ao Capitão José Fi-


gueira para que se recolha todos os in-
dios da sua administração à sua aldeia
e cutrossim que pedindo-lhe o Capitão-
mor Antônio Veloso da Silva, Cabo da
guerra dos bárbaros, alguma ajuda e
favor lhe dê 156
Carta para o Desembargador Manuel da
Cesta Moreira 157
Ao Coronel Francisco Barreto de Aragão,
para ordenar ao Capitão do distrito, do
Iguape, faça vir sem demora para esta
cidade a João Rodrigues Lima, que se
acha no dito distrito 158
Carta que se remeteu ao Capitão da Ponta
de Itaparica Antônio Corrêa de Morais
sobre vir à presença de Sua Excelência
Bartolomeu de Scusa 159
Carta que se escreveu ao administrador da
Feitoria de Madeiras do Cairu João
Teixeira de Sousa para ter a madeira
pronta para a carga das charruas 159
Carta para c Juiz Ordinário da vila da Ca-
ichoeira 161
Carta para o Sargento-mor da Vila do Cairu
prender os índios ladinos, nela declara-
dos 161
Carta que se escreveu a Gonçalo Soares da
França em que ordena Sua Excelência
que tanto que receber esta venha logo
à sua presença 162
Carta para os oficiais da Câmara da vila
do Cairu. 162
7
— 380 —

Carta que se escreveu ao Coronel Domingos


Borges de Barros sobre não embaraçar
os carros que pertencerem ao Contrata-
dor des Dízimos Reais 162

Carta que se escreveu ao Capitão Francisco


de Crasto e Meneses sobre dar parte ao
seu Sargento-mor Manuel Pinto de Eça
para que êle veja de onde há de tirar
cs oito soldados 163
Carta para o Capitão-mor da capitania de
Seregipe de El-Rei 164
Carta para Hierônimo da Silva Caldeira... 164
Carta para o Capitão de Cavalos da Ca-
choeira Pedro de Araújo Vilas Boas. .. 165
Carta para o Juiz Ordinário da vila da Ca-
choeira para remeter a carta acima ao
Capitão de Cavalos Pedro de Araújo
Vilas Boas 167
Carta que se escreveu ao Coronel Alexandre
Rebelo de Sepulveda sobre o caminho
novo que se anda abrindo e se lhe man-
dar mais vinte índios 167
Carta para André da Rocha Pinto, entre-
gou-se esta carta ao Coronel Manuel de
Araújo de Aragao para a remeter, e
dentro dela foi a petição 169
Carta para o Sargento-maior IFilipe Neto
Garcia, sobre os quatro soldados que re-
meteu presos 170
Carta para o Capitão da fortaleza do Morro 171
Carta que se escreveu ao Capitão de Cava-
T^

3S1

los Pedro de Araújo Vilas Boas sobre a


condução do tabaco 171
Carta que se escreveu ao Ouvidor da Capi-
tania dos Ilhéus Domingos de Frias... . 172

Carta que se escreveu ao Capitão da Capi-


tania de Seregipe de El-Rei Custódio
Rebelo Pereira 173
Carla que se escreveu ao Tenente General %
da Artilharia Francisco Vilas Boas 174
Carla que se escreveu ao Capitão da iorta-
. leza do Morro Caries de Sepulveda 175
Carta para o Tenente General Francisco Lo-
pes Vilas Boas 170
Carta para o Capitão-mor Antônio Veloso
da Silva, Cabo da guerra dos bárbaros
do Cairu 176
Carta que se escreveu ao Cabo da Frota
João Álvares Barracas sobre partir a
frota até vinte e cinco de setembro... . 177
Carta que se escreveu aos oficiais da Câ-
mara da vila do Cairu para nomearem
uma pessoa para pôr termo receber e to-
mar entrega de todas as munições pe-
trechos, miudezas e medicamentos que
desta cidade se manda remeter â ordem
do Sargento-mor da artilharia Inácio
Teixeira Rangel 178
Carta que se escreveu aos Juizes Ordinários
das vilas de São Francisco, vila da Ca-
cheeira, e da vila de Jaguaripe para or-
denarem aos seus oficiais de justiça

^^^_^^^^__^^^_^_
w
— 282 -

prendam a todos os homens forasteirens


que acharem nelas ou a elas forem
chegando 179
Carta que se escreveu a todos os Coronéis
do Recôncavo, sobre prenderem todos os
homens que se acharem forasteiros nos
distritos do seu regimento epie foram:
ao Coronel Luiz da Rocha Pita Deus
Dará; José Pires de Carvalho, Domin-
gos Borges Barros, Egas Monis Barreto
o Coronel Francisco Barreiros de Ara-
gão, Miguel Calmon de Almeida, Gar-
cia de Ávila Pereira, e aos Sargentos-
mores Gabriel da Rocha Moutinho e
Manuel Pinto de Eça 180
Carta para c Capitão João Teixeira de Sou-
sa, Administrador da feitoria de ma-
deiras do Cairu 180
Carta que se escreveu ao Sargento-maior da
vila de Cairu Francisco Pinto de Afon-
seca e Góis 181
Carta para o Sargento-maior da vila do Cairu
Francisco Pinto de Afonseca Góis 182
Carta para o Capitão Sebastião ela Costa
ele Figueiredo 183
Carla que se escreveu ao Provincial da Pro-
vincia de São Francisco desta cidade.. 183
Para e Capitão João Álvares Barracas sô-
bre não deixar entrar tabaco a bordo
da nau de guerra sem ser despachado
pelo Superintendente dele 184
Para o Juiz Ordinário da vila da Cachoeira
— 383 —

sôbrc não deixar vir embarcação com


tabaco algum, sem carregação assinada
por êle e têrnic feito aos mestres de não
desembarcarem tabaco senão no arma-
zém da sua arrecadação, depois de o
manifestar ao Superintendente pela dita
carregação 185
Carta que se escreveu aos Juizes Ordinários
das vilas de Sãc Francisco de Sergipe
do Conde, Cachoeira, e Jaguaripe, sobre,
bre as pessoas que deixaram de plantar
mandiocas e plantaram tabacos 186
Carta para cs oficiais da Câmara da vila do
Cairu nomear pessoa segura para rece-
ber as munições que leva Antônio da
Bosa, Ajudante da Artilharia para a
guerra dos bárbaros 187
Carta para c Administrador da feitoria das
madeiras da vila do Cairu remeter uma
certidão do livro do ponto como se lhe
ordena 188
Carta para o Sargento-mor da vila do Cai-
ru sobre a gente para a guerra dos bár-
baros, alguma retirada para a fábrica
das madeiras e outra fugida para esta :
cidade 188
Carta para o Juiz Ordinário da vila de Ja-
guaripe, Francisco de Castro de Mene-
zes sobre os que não plantaram man-
diocas e aplicaram as suas fábricas na
cultura dos tabacos; e a mesma carta se
escreveu também ao Coronel Miguel
Calmon de Almeida sobre cs morado-

1
— 384 --

res dos distritos de São Pedro do Mon-


te, e Caminhoã com a cópia da lei de
Sua Majestade. . . . 190
Carta que se escreveu ao Administrador da
feitoria de madeiras do Cairu 192
Carta para os oficiais da vila do Cairu com
a ordem para c Cabo da guerra dis-
pender as munições. 192

Carta para o Capitão-mor da capitania tle


Porto Seguro 193
Para o Juiz Ordinário mais velho da vila
de Porto Segure. 194
Carta para os oficiais tia câmara da Vila
de Porto Seguro 195
Para o Ouvidor da capitania de Porto Se-
guro 196
Carta para o Coronel Miguel Calmon.... 196
Carta para o Capitão-mor Antônio Veloso
da Silva, Cabo da guerra 197
Para os oficiais da câmara da vila de Cairu 198
Carta para o Administrador da feitoria das
madeiras sobre as charruas 199
Carla para João Roiz Adorno .- 200
Carta para o «luiz Ordinário da vila da Ca-
choeira 201
Carla para o Capitão-mor de Porto Seguro
sobre mandar nomeação de sujeitos
para a companhia do Capitão Francisco
Dantas 202
Para o Juiz Ordinário da vila da Cachoeira
- - 385 —

Bruno Barbosa de Araújo executar a or-


dem dos que deixaram de plantar man-
diocas 203
Para o Capitão de Cavalos da vila da Ca-
choeira 203
Carta para o Capitão-mor do distrito de
Água Fria Baltazar Vanique sobre fazer
vir para esta cidade todas as boiadas em
em direitura 204
Carta para o Juiz Ordinário da Cachoeira
sobre 4 homens que remeteu presos
Bruno Barbosa de Araújo 205
Carta para o Capitão Manuel de Afonseca
Dória sobre os homens que remeteu
presos e o mais que contém 205
Carta para os oficiais da câmara da vila do
Camamú 206
Para os oficiais da câmara da vila de Jagua-
ripe 207
Para o Juiz Ordinário da vila de Jaguaripe 208
Carta para o Capitão-mor Antônio Veloso
da Silva, Cabo da Guerra 209

Carta para os Juizes Ordinários da vila de


São Francisco, de Jaguaripe e Cachoei-
ra sobre faltar desta praça Francisco do
Amaral Grugel • 210

Carta que se escreveu aos Coronéis Miguel


Calmon de Almeida, Francisco Barreto
de Aragão, Garcia de Ávila Pereira,
José Pires de Carvalho, e Luiz da Rocha
Pita Deus Dará, sobre haver faltado
386
¦¦ .» Â. £
j

desta praça Francisco do Amaral Gru-


210
gel, e se prendê-lo
Carta que se escreveu ao Coronel Miguel Cal-
mon de Almeida sôbre três presos e
mais que nela contém 211
Carta para o Capitão da Fortaleza do Morro
sôbre a petição inclusa e diligência de
Madalena da Cruz 212
Carta para o Capitão Antônio Tavares de
Pina sôbre a prisão de deis negros forros 212
Para o Administrador da feitoria das ma-
deiras 213
Para os oficiais da câmara da vila do Cairu 214
Carta para o Coronel Egas Monis Barreto.. 214
Carta para o Juiz Ordinário da vila do Cairu
sobre mandar vil lego à presença de
V Sua Excelência a primeira pessoa no-
meada para Tesoureiro do dinheiro das
madeiras do Cairu 215
Carta para o Coronel Pedro Barbosa Leal.. 216
Carta para o Administrador da feitoria das
madeiras 218
Carta que se escreveu ao Padre Provincial
do Colégio da Bahia, ausente, ao seu
substituto pedindo uma ordem para o
superior das aldeias do Camamu, man-
dar entregar 25 índios delas aos oficiais
da câmara do Cairu para o serviço que
declara 219
Carta para os oficiais da Câmara da vila do
Cairu sôbre os mantimentos, escravos e
índios para a condução deles 219

':¦¦;:?

387

Carta para o cabo da guerra do Cairu An-


tônio Veloso da Silva sobre se abster da
matança dos bois mansos; receber os
mantimentos que lhe derem os oficiais
da Câmara e os escravos e índios para
as conduções 220
Carta para o Capitão da Fortaleza do Morro,
Carlos de Sepulveda 222
Carta para o Juiz Ordinário da vila Cachoei- »
ra, Pedro da Fonseca e Melo 222
Carta para o oficial que se acha de guarni-
ção a bordo da nau da índia Nossa Se-
nhora do Pilar. . 223
Carta para o Coronel Egas Monis Barreto. 224
Carta que se escreveu ao Coronel Egas Mo-
nis Barreto . 224
Carta para o Sargento-maior da vila de Boi-
peba 225
Carta que o senhor secretário do Estado es-
creveu ao Mestre de Campo João de
Araújo de Azevedo por se haver aberto
o alvará de sucessão do governo geral e
• pessoas nele nomeadas 226
Outra carta do mesmo secretário para o dito
Mestre de Campo avisando do dia e hora
para tomar posse do Governo 227
Carta para o Coronel Garcia de Ávila Pe-
reira 227
Carta que se escreveu ao Coronel Garcia de
Ávila Pereira • •• 228
Para o Coronel José Pires de Carvalho 229
Carta que se escreveu ao Coronel Miguel
— 388 — l] Ü
>. ..

Calmon de Almeida para mandar re-


tirar ps oficiais que estavam pelas es-
tradas por causa da ausência de Fran-
cisco Grugel do Amaral. 229
Carta que se escreveu ao Coronel Luiz da
Rocha Pita Deusdará e do mesmo teor
se escreveram mais duas, uma ao Coro-
nel Francisco Barreto de Aragão sobre
tomarem as estradas pela ausência de
Francisco de Amaral Gurgel, de que se
manda retirar os oficiais e soldados... 230
Carta para Eugênio Freire de Andrade,
Provedor da Casa da JVIoeda, sobre o
seu embarque na fragata guarda-costa
para o Rio de Janeiro 231
Carta para os Coronéis do Recôncavo
de Carvalho, Egas Monis Barreto, Ga-
briel da Bocha Moutinho, Francisco
Barreto de Aragão, Luiz da Rocha Pita
Deusdará, Miguel Calmon de Almeida,
Manuel Pinto de Eça, Garcia de Ávila
Pereira, Domingos Borges de Barros, sô-
bre se prender todo o cigano ou cigana,
moço eu velho, que nos distritos dos
seus regimentos se acharem ou a êies
forem chegando 232
Carta para o Coronel João de Couros Car-
neiro dos distritos das Vilas do Cairu, e
o Coronel Domingos de Almeida dos do
Camamú; sobre prender a Bernardo
de Faria Corrêa Capitão-mor que
foi dos Ilhéus;
ciganos e ciganas que ali se acha-
rem ou forem chegando. E sobre
TU

- 389

o mesmo se escreveu também ao Capi-


tão-mor de Sergipe de El-Rei, ao de
Porto Seguro, ao da capitania do Espí-
rito Santo, dos Ilhéus, e Sargento-mor .
do Rio das Caravelas. Para o Capitão-
mor 233
Carta para os oficiais da Câmara das vilas
do Camamu, Cairu e Boipeba, sobre
mandarem, prontamente, satisfazer a
farinha que estão devendo aos soldados
do Presídio do Morro 233
Carta para o Capitão Carlos de Sepulveda
com as três que acusa 234
Carta para o Capitão da Fortaleza do Morro
sobre o Capitão José Batista de Carva-
lho 235
Carta para o Coronel José Félix Bezerra... 235
Carta para o Coronel José de
companhias que há
de mandar para a faxina do Forte de
São Pedro 236
Carta que se escreveu aos Coronéis do Re-
côncavo Francisco Barreto de Aragão
José Pires de Carvalho, Manuel Pinto
de Eça, Miguel Calmon, o Sargento-
maior Gabriel da Bocha Moutinho, e o
Capitão de Cavalos Pedro de Araújo
Vilas Boas sobre prender aos marinhei-
ros fugidos, homens e rapazes do mar e
nagevação da costa 236
Para o Administrador da feitoria do Cairu 238
Carta para o .............. .mor 238
Escrito que do Governador
——_———-

{oo; ...
- 390 - !'

Geral. Escreveu o senhor secretario ao ,


Estado Provedor-mor
da Fazenda; Dom Manuel Henrique, ao
Mestre de Campo João dos Santos Ala,
ao Mestre de Campo Engenheiro Miguel
Pereira da Costa, ao Tenente General
da Artilharia Francisco Lopes Vilas
Boas, e aos Desembargadores: Tomaz
Feliciano de Ailbernaz Provedor da Co-
roa, Luiz de Siqueira da Gama, Juiz dos
Feitores; João Homem Freire, Ouvidor
Geral do Civel; Luiz de Sousa Pereira
e Afonso Roiz Bernardo de Sampaio,
Desembargador dos Agravos -.¦•.¦; 239
Carta para o Coronel Garcia de Ávila Pe-
reira 240
áW
Carta para o Capitão do forte de Itaparica
Antônio Gonçalves da Rocha • 240
Escrito que se escreveu ao Capitão de mar
e guerra sôbre dizer se se acha com ai-
guma melhora para poder ir na ira-
241
gata de Sua Majestade correr a costa...
Carta que se escreveu aos Coronéis do Re-
côncavo José Pires de Carvalho, Garcia
de Ávila Pereira, Egas Monis Barreto,
ao Sargento-mor Gabriel da Rocha Mou-
tinho na ausência do seu Coronel Pedro
Barbosa Leal, Luiz da Bocha Pita Deus-
dará, Domingos Borges de Barros, Fran-
cisco Barreto de Aragão, Miguel Cal-
mon de Almeida e Manuel Pinto de Eça, rTj
sôbre a planta das mandiocas......... 242
iCarta que se escreveu ao Coronel FranciscoOíí"
Barreto de Aragão
Içjfif

— 391 —

Carta que se escreveu ao Coronel Garcia de


Ávila Pereira ^ «oi 245

Carta que se escreveu ao Coronel Manuel


Pinto de Essa, e ao Juiz Ordinário da
vila de Jaguaripe sobre a prisão das
pessoas que desertaram da guerra dos
bárbaros 246
Carta para o Desembargador Antônio Chan-
xes Pereira • • 247

Carta para os oficiais da câmara da vila do


Cairu sobre a conta que deu o Capitão-
mor Antônio Veloso da Silva da entra-
da que fêz aos bárbaros dos matos da
mesma vila 248
Carta para os oficiais da câmara da vila do
Cairu 249
Carta para o Coronel João de Coiros Ciar-
neiro sobre os bárbaros 250
Carta para o Coronel João de Coiros Car-
neiro sobre a dúvida em que entrou o
Sargento-mor da vila de Boipeba .... 250

Carta para o Sargento-mor da vila de Boi-


entrou de
peba sobre a dúvida em que
obedecer o Coronel João de Coiros Car-
neiro, e o mais que contém 251

Carta para o Capitão-mor Antônio Veloso C)


da Silva sobre a conta que deu da en-
trada que fêz aos bárbaros dos matos
da vila do Cairu; escrever-se ao Coronel
Manuel Pinto de Eça e ao Juiz Ordinário
da vila de Jaguaripe sobre a prisão dos
desertores e arrecadação das arm,a|üpeíi{^3
— 392 —

ferramentas e se lhe remeter certidão


do seu serviço 252
Carta para o Coronel Alexandre Gomes Cas-
telo Branco 253
Carta para o Doutor Corregedor José da
Cunha Cardoso 253
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da
capitania de Sergipe de El-Rei sobre os
soldados que pediu de guarda para sua
porta o Ouvidor de Sergipe de El-Bei.. 254
Carta para o Ouvior Geral da capitania de
Seregipe de El-Rei Manuel Miz Falcate
sobre os soldados que introduziu ter à
sua porta, de guarda 255
Carta que se escreveu ao Mestre de Campo
Engenheiro Miguel Pereira da Costa.. 256
Carta que se escreveu a Dom Manuel Henri-
quês Capitão de mar e guerra da nau
nova da junta, com a cópia da carta do
Governador de Pernambuco sobre o
tempo em que puderem estar prontos os
navios daquele porto 257
Carta para o Mestre de Campo Engenheiro
Miguel Pereira da Costa sobre o reque-
rimento do Administrador da junta.... 257
Carta que se escreveu ao Sargento-maior
Inácio Teixeira Rangel sobre o dito dar
conta em que havia mandado dezoito
pessoas ao mato descobrir o gentio bár-
baro e remeter as mesmas dezoito pes-
soas à presença do Governo 258
Carta que se remeteu ao Coronel Manuel
\ ^oH
*^M

— 393 -

Pinto de Eça sôbre remeter o oleiro


que faz a encomenda dos canos para a
Carioca 25$
Carta para o Coronel Pedro Leolino Mariz
sôbre o mocambo que se diz há na Ja-
cobina. 260
Carta para o Juiz Ordinário da vila do .
Cairu tirar uma informação jurídica de
algumas pessoas tirarem ouro nos dis-
tritos da mesma vila 261
Carta para os oficiais da câmara da vila do
Camamú sôbre a farinha da Infantaria
d0 Morro 261
Carta para o Capitão da fortaleza do Morro
sôbre a farinha da Infantaria dele 262
Carta para o Sargento-mor Inácio Teixeira
Rangel sôbre remeter os homens que
foram descobrir o gentio 263
Para o Sargento-mor Gabriel da Rocha Mon-
teiro 263
Carta que se escreveu ao Capitão-mor André
da Rocha Pinto com o bando que nela
se declara 264
Cartas que se escreveram ao Coronel Fran-
cisco Barreto de Aragão, ao Coronel Mi-
suei Pinto de Eca e ao Coronel Calmon
de Almeida, para mandarem publicar
os bandos que com elas se remetem sô-
bre não ir pessoa alguma para as minas
do rio da Contas ou Comboi 266
Carta que se escreveu ao Capitão-mor dos
— 394 —

distritos do rio das Contas André da


Rocha Pinto, sobre mandar os pontos
que contém a relação abaixo 267
Pontes que há de conter a relação que orde-
namos ao Capitão-mor dos distritos do
Rio das Contas André da Rccha Pinto
remeta a este Governo Geral com toda
a individuação e clareza 268
Carta que se escreveu ao Coronel Manuel
Pinto de Eça sobre os canos que pede o
Governador do Rio de Janeiro 269
Carta que se escreveu ao Juiz Ordinário da
vila de Jaguaripe sobre se pôr em praça
os canos que pede o Governador do Rio
de Janeiro 270
Carta que se escreveu ao Mestre de Campo
Engenheiro Miguel Pereira da Costa... 271
Carta para o Doutc • Manuel Miranda Fal-
cato, Ouvidor de Sergipe de El-Rei 271
I
Carta para o Capitão-mor da Capitania de
Sergipe de El-Rei Custódio de Rebelo
para vir logo à presença de Sua Exce-
lência 272
Carta para o Sargento-mor da Capitania de
Sergipe de El-Rei 272
Carta para o Juiz Ordinário da cidade de
São Cristóvão da Capitania de Sergipe
de El-Rei Pedro de Afonseca 273
Carta para o Sargento-maior Alexandre Ro-
dngues Al°
Para o Provedor da Alfândega 274
Carta para o Capitão Jcão Rodrigues Ador-
no 274
Carta que se escreveu ao Provedor da Casa
da Moeda Amrí;K\.M. ennx n 275
— 395 —

Carta que se escreveu ao Mestre de Campo


Engenheiro 275
Carta para o Juiz Ordinário da vila da Ca-
choeira 276
Carta que se escreveu ao Capitão de mar e
guerra João Batista Rolani 276
Carta que se escreveu ao Capitão de mar e
guerra João Batista Rolani 277
Carta que se escreveu ao Provedor da Al-
fândega desta cidade 278
Carta que se escreveu ao Capitão dos Fami-
liares para que remeta logo a lista dos
soldados que tem a secretaria 278
Carta que se escreveu ao Provedor da Casa
da Moeda para que remeta logo à secre-
taria deste Estado a ordem de Sua Ma-
jestade para prover os ofícios da dita
casa 279
Carta para o Administrador da Feitoria
das madeiras da vila do Cairu sobre exe-
cutar o que lhe ordenar o Tenente Gene-
ral de Artilharia pertencente às ma-
deiras para o Paço da Ribeira .-.'. 279
Carta para qualquer navio a que se entregar
atirar três
que Venha o governador
28°
peças
Cartas que se escreveram aos Coronéis Pe-
dro Barbosa Leal, José Pires de Carva-
lho, Egas Monis Barreto, Luiz da Ro-,
cha Deusdará, Miguel Calmon de Armei-
da, Domingos Borges de Barros e Fran-
cisco Barreto de Aragão sobre a condu-
ção dos açúcares e tabacos para o apres-
to da frota --^ 280
i
— 396 —

Carta que se escreveu ao Coronel Pedro de


Airaujo Vilas Boas sobre a condução dos
tabacos 281
Para o Juiz Ordinário da Vila da Cachoeira,
sobre averiguar se Antônio Rodrigues
é escravo de Sebastião Rodrigues 282
Para o Coronel Simão Álvares Santos, sobre
mandar publicar nà Ponta de Itaparica,
o bando sobre os jogos dos negros, digo,
sobre as espadas nuas e embuçados.. . 283
Para o Coronel Miguel Calmon remeter pre-
sos ao Capitão João Antunes Torres e
José Nunes 284
Para o Sargento-mor da vila da Boipeba sô-
bre as farinhas da Infantaria do Morro 284
Carta que se escreveu ao Sargento-mor Ro-
que Gomes sobre a prisão de um sol-
dado ou sargento que anda arvorado no
Iguape; e do mesmo teor se escreveu ao
Capitão Antônio Gonçalves e ao Aju-
dante Miguel Pereira da Costa 285
Carta para o Capitão da Fortaleza do Morro
Carlos de Sepulveda 285
Carta para o Capitão-mor da capitania dos
Ilhéus sobre os índios, da aldeia dela.. 286
Para o Capitão José Figueira sobre os índios
da aldeia da capitania dos Ilhéus 287
Carta para o Juiz Ordinário da vila de Ja-
guaripe sobre os requerimentos de Do-
míngos Antunes do Lago e Manuel Coe-
lho dos Santos 288
Carta para o Coronel Pinto de Eça sobre
ter entendido ter-se partido o seu re-
gimento 28ÍT
— 397 —

Carta que se escreveu ao Administrador da


feitoria de madeiras da vila do Cairu
João Teixeira de Souza sobre receber
três mil cruzados • . 289
Carta que se escreveu ao Capitão da Forta-
leza do Morro Carlos de Sepulveda sô-
bre mandar os soldados que forem ne-
cessários ao Administrador da feitoria
de madeiras da vila do Cairu 290
Para o Coronel Miguel Calmon de Almeida. 291
Carta para os oficiais da Câmara da vila do
Cairu 291
Carta para o Sargento-mor da capitania de
Seregipe de El-Rei 292
Carta para o Juiz dos Órfãos da vila de São
Francisco de Seregipe do Conde sobre
Gaspar de Brito. 292
Carta para o Administrador da feitoria do
Cairu 292
Para o Sargento-mor Gabriel da Rocha Mou-
tinho sobre os roubos de negros fugi-
dos do seu regimento 293
Carta para o Juiz dos Órfãos de São Fran-
cisco sobre Gaspar de Brito 294
Carta para o Juiz dos órfãos, digo para o
Sargento-mor Nicolau Carneiro dar ao
Juiz dos órfãos da vila de São Francis-
co a gente que lhe pedir para certa dili-
gência 295
Para o Juiz dos Órfãos da vila de São Fran-
cisco 295
Carta para o Juiz Ordinário da vila do Cai-
ru, digo, Jaguaripe 296
Carta para o Juiz, digo, oficiais da câmara
— 398 —

da vila do Cairu, remeterem o segundo


nomeado para tesoureiro da feitoria.. 296
Carta para o Coronel Domingos Borges
de Barros sobre se não intrometer nos
distritos de outro regimento 297
Carta para o Coronel Luiz da Rocha Pita
sobre as dúvidas com que se acha, e o
Coronel Domingos Borges de Barros
com os seus Regimentos 298
Carta para o Juiz dos órfãos da vila de Se-
regipe do Conde sobre a prisão de Gas-
par de Brito Freire 298
Carta para o Capitão Francisco Félix Bote-
lho de Brito 299
Carta para o Capitão de mar e guerra João
Batista Rolane 299
'
CARTAS, PATENTES E PREVISÕES
1724-1728

Códice: D X C — 26-20 300


Alvará de sesmaria, concedido a Manuel
Ramos Aires e aos mais por Sua Ma-
jestade, que Deus guarde 315
Carta Patente de confirmação de Sua Ma-
jestade, que Deus guarde, do posto de
Infantaria da ordenança, concedida a
Antônio Pereira, digo, da Cunha Pereira 320
Alvará de mantimento, concedido ao Padre
José Ferreira de Matos 322
Provisão de Sua Majestade concedida a Hie-
ronimo Lobo Guimarães 324
Petição ao Excelentíssimo Senhor ,-.
Vice-Rei deste Estado Luisa
Tenório de Molina 325
^^^
- ' "
¦
.

— 399 —

Provisão de Sua Majestade pela qual con-


cede a José Borges de Oliveira o poder
se livrar nesta cidade da culpa por que
se acha preso «*"¦
Provisão de Sua Majestade concedida a
. Antônio da Rocha Branco 333
Provisão de Sua Majestade concedida a
Veríssimo de Campos Carvalho que ser-
viu o cfício de tesoureiro da Alfândega
desta cidade 333
Provisão concedida a José Borges de Olivei-
ra, digo, concedida a Francisco Xavier
da Costa e Dom José Mirales se levarem
nesta cidade é só concedida a Francisco
Xavier ***
Provisão de mantimentos concedida a Pau-
Io da Costa Brandão 338
Patente de confirmação por Sua Majestade,
Antônio
que Deus guarde, concedida a
Francisco Carneiro 339
Patente de confirmação que Sua Majestade
concedeu a Estêvão Machado de Miran-
da no posto de Capitão de Infantaria de
todos os oficiais de justiça 341
Patente de confirmação de Sua Majestade ¦i
do posto de Capitão de Infantaria da i

ordenança dos homens pardos, conce-


dida a Miguel Velho Serqueira 344
Patente do posto de Capitão-mor da fregue-
sia de Nossa Senhora da Conceição da
Sua
praia desta cidade, confirmada por
Majestade, que Deus guarde, concedida
a Inácio de Araújo de Góis 346
Alvará de mantimento, concedido ao Padre
José de Passos ^*
I I

— 400 —

Patente de confirmação por Sua Majestade,


que Deus guarde, do posto de Sargento-
mor da Infantaria da Ordenança, pro-
vide em Domingos Boiz Silva 349
Patente de confirmação por Sua Majestade,
que Deus guarde, no posto de Tenente
do Castelo das portas de São Bento, con-
cedida a Domingos Álvares Romano... 352
Patente de confirmação por Sua Majestade,
V .2
que Deus guarde, concedida a Tome da
Rocha Fienis do posto de Capitão de In-
fantaria da ordenança 354
Provisão de Sua Majestade, que Deus guar-
de, concedida de Tenen-
te Francisco Xavier da Costa e Dr. José
Mirales 356

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