TCC Final

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UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR

CURSO DE NUTRIÇÃO
LETISSILA DOS SANTOS DIAS

DESNUTRIÇÃO INFANTIL

CABO FRIO
2023
LETISSILA DOS SANTOS DIAS

DESNUTRIÇÃO INFANTIL

Trabalho de conclusão de curso apresentado como


requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel
em Nutrição

Orientador: Dra. Julianna Matias Vagula

CABO FRIO
2023
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente a Deus e segundo, as pessoas que me


incentivaram a não desistir. Obrigada a cada um por nunca desistir de mim, por
acreditarem no meu potencial até mesmo quando eu não acreditava.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente por tudo que tens feito e desde já agradeço a todos
pelo apoio e por sempre estarem ao meu lado e presentes na minha vida.
Agradeço a minha mãe que está sempre ao meu lado em qualquer situação e por
cada apoio que recebi desde o início da trajetória.
Agradeço a minha amiga por toda ajuda e apoio possível.
Grata por cada um.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PBF- Programa Bolsa Familia


PSA- Programa de Suplementação Alimentar
PNIAM- Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno
PNLCC- Programa Nacional do Leite para Crianças Carentes
PNS- Programa de Nutrição em Saude
PCA- Programa de Complementação Alimentar
PROAB- Programa de Abastecimento de Alimentos Basicos em Areas de Baixa
Renda
PROCAB- Programa de Racionalização da Produção de Alimentos Basicos
PAT- Programa de Alimentação do Trabalhador
DIAS, Letíssila dos Santos. Desnutrição infantil. 2023. Páginas, 14. Trabalho de
Conclusão de Curso de Nutrição - UNOPAR – Universidade Norte do Paraná. Cabo
Frio, RJ, 2023.

RESUMO

A tendência secular da desnutrição na população brasileira de crianças menores de


cinco anos tem sido objeto de estudos e análises graças à disponibilidade de
inquéritos antropométricos nacionais realizados no pais desde meados da década
de 1970. (MONTEIRO, 1996)
A presente pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura qualitativa e
descritiva realizada com a elaboração da questão norteadora. As bases de dados
investigadas para a pesquisa foram em acervos digitais a partir de artigos científicos
online disponíveis no Scientfic Electronic Library Online (SCIELO), e Google
Acadêmico em obras já publicadas sobre a Desnutrição, critérios de inclusão foram
publicados com os anos 1995 e 2018. Com o objetivo de argumentar a respeito do
tema proposto.
Conclui-se que para a causa principal da desnutrição é a fome, as causas
frequentes é a falta de saneamento básico, renda muito baixa e a falta de orientação
nutricional durante toda a gestação da vida do filho desde o útero até os primeiros
anos de vida.

Palavras – chave: desnutrição; infantil; criança; causas; marasmo; kwashiorkor.


DIAS, Letíssila dos Santos. Child malnutrition. 2023. p, 14. Work Completion of
Nutrition Course - UNOPAR – University North of Paraná. Cabo Frio, RJ, 2023.

ABSTRACT

The secular trend of malnutrition in the Brazilian population of children under five
years of age has been the subject of studies and analyzes thanks to the availability of
national anthropometric surveys carried out in the country since the mid-1970s.
(MONTEIRO, 1996)
The present research is a bibliographic review of the qualitative and descriptive
literature carried out with the elaboration of the guiding question. The databases
investigated for the research were in digital collections from online scientific articles
available in the Scientfic Electronic Library Online (SCIELO), and Google Scholar in
works already published on Malnutrition, inclusion criteria were published with the
years 1995 and 2018 With the aim of arguing about the proposed topic.
It is concluded that the main cause of malnutrition is hunger, the frequent causes are
the lack of basic sanitation, very low income and the lack of nutritional guidance
during the entire pregnancy of the child's life from the womb to the first years of life.

Keywords: malnutrition; childish; child; causes; doldrums; kwashiorkor.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................8
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA....................................9
2.1 A HISTORIA NATURAL DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL...9
2.2 DIAGNOSTICO........................................................9
2.3 CONTROLE ...............................................................10
3 METODOLOGIA..................................................10
4 RESULTADOS E DISCUSSAO...............................11
5 CONCLUSÃO..........................................................12

REFERENCIAS.......................................................13
1 INTRODUÇÃO

Nos primeiros anos de vida a desnutrição é refletida por indicadores antropométricos


do estado nutricional, é um dos maiores problemas de saúde enfrentados por países
em desenvolvimento. (MONTEIRO, 1995)

É o estado nutricional do indivíduo caracterizado pela ingestão insuficiente de


energia e nutrientes, que resulta da complexa interação entre a alimentação,
condições socioeconômicas e, estado de saúde. Pode ser classificada em
desnutrição calórica-proteica, kwashiorkor e marasmo, sendo que cada uma tem a
sua especificidade e repercussões graves. (SOARES, 2018)

A literatura registra que os médicos do século XIX e do início do XX já


admitiam que a fome, através da consequente baixa ingestão de alimentos,
provocava o retardo de crescimento das crianças. Vários autores inclusive no
México e no Chile, descreveram diferentes aspectos da doença a partir de 1800 e
chamaram a atenção para o fato de que o emagrecimento extremo e/ou edema
debilitante resultante da doença poderia levar a criança a óbito. (MONTE, 2000)

Tem apresentado, através dos séculos, o maior desafio dos países em


desenvolvimento para conseguir garantir ás suas crianças menores de 5 anos o
direito de serem bem nutridas e saudáveis. (MONTE, 2000)

A desnutrição é responsável por 55% das mortes de crianças no mundo


inteiro. Está associada a várias outras doenças e ainda hoje e considerada a doença
que mais mata crianças abaixo de cinco anos. (SAWAYA, 2006)

A tendência secular da desnutrição na população brasileira de crianças


menores de cinco anos tem sido objeto de estudos e análises graças à
disponibilidade de inquéritos antropométricos nacionais realizados no pais desde
meados da década de 1970. Com base nesses inquéritos, tendências declinantes na
prevalência de desnutrição na infância foram identificadas entre 1975 e 1989 e entre
1989 e 1996, atribuindo-se tais tendências mais ao aumento da escolaridade
materna e á expansão da cobertura de serviços de saúde e de saneamento do que
variações no poder aquisitivo da população. (MONTEIRO, 1996)

As políticas públicas são a totalidade de ações, metas e planos que os


governos (nacionais, estaduais ou municipais) traçam para alcançar o bem-estar da
sociedade e o interesse público. É certo que as ações que os dirigentes públicos (os
governantes ou os tomadores de decisões) selecionam (suas prioridades) são
aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade. Ou
seja, o bem-estar da sociedade é sempre definido pelo governo e não pela
sociedade. Isto ocorre porque a sociedade não consegue se expressar de forma
integral. Ela faz solicitações (pedidos ou demandas) para os seus representantes
(deputados, senadores e vereadores) e estes mobilizam os membros do Poder
Executivo, que também foram eleitos (tais como prefeitos, governadores e inclusive
o próprio Presidente da República) para que atendam as demandas da população.
(BELINOVSKI ,2011)

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 A HISTORIA NATURAL DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL

O desafio à boa nutrição ocorre ao longo de todo o ciclo da vida. A


desnutrição geralmente se inicia no útero, acomete as crianças e, através das
meninas e mulheres, se estende a vida adulta e as próximas gerações, pelo seu
efeito negativo aditivo sobre o baixo peso dos bebês. Bebês de baixo peso que
sofreram retardo de crescimento intrauterino nascem desnutridos e estão em mais
alto risco de morte que os bebês normais. Se eles sobrevivem, é improvável que
recuperem mais tarde o crescimento perdido e, provavelmente, apresentarão uma
variedade de déficits de desenvolvimento. Além disto, evidencias atuais indicam que
o baixo peso ao nascer está relacionado a um maior risco de várias doenças
crônicas da idade adulta. (MONTE, 2000)

Durante a infância, infecções frequentes e prolongadas e a ingestão inadequada


de nutrientes, particularmente energia, proteína, vitamina A, zinco e ferro,
exacerbam os efeitos do retardo de crescimento intrauterino. Falha de crescimento
ocorre rapidamente até os 2 anos de idade, resultando em baixo peso e baixa
estatura. Sabe-se atualmente que, nos países em desenvolvimento, as principais
causas de crescimento inadequado são deficiência de alimento e infecções,
geralmente combinadas. (MONTE, 2000)
2.2 DIAGNOSTICO

O diagnóstico de desnutrição é feito a partir da história clínica da criança, bem


como pelo seu exame clinico e determinação do estado nutricional. A avaliação e
cuidadoso acompanhamento clinico da criança é o guia mais importante para o
diagnóstico e para definir e monitorizar o tratamento da criança. A clínica da criança
é soberana em todos os momentos de tratamento, inclusive nas situações de
impossibilidade de realização ou de dificuldades de interpretações de exames
laboratoriais. Onde os recursos permitirem, exames laboratoriais podem ser feitos
para ajudar o tratamento. No entanto, é importante lembrar que, no caso da criança
desnutrida grave, a interpretação dos resultados dos exames devem ser alterados
pela própria desnutrição, confundindo os trabalhadores de saúde menos
experientes. (MONTE, 2000)

O diagnóstico da desnutrição é geralmente realizado por perda de peso,


avaliação antropométrica, análise laboratorial bioquímica e aspectos clínicos
alimentares, isolados ou associados. O diagnóstico do desnutrido envolve pelo
menos a existência de dois parâmetros nutricionais comprometidos. (SOARES,
2018)

As alterações bioquímicas e metabólicas são semelhantes nas crianças com


marasmo, kwashiorkor e kwashiorkor-marasmático. Devido à gravidade e
complexidade das alterações metabólicas, os exames laboratoriais podem ser de
difícil interpretação ou até mesmo confusos. (MONTE, 2000)

2.3 CONTROLE

As tentativas para controlar a desnutrição como problema de saúde pública


nos países em desenvolvimento começaram no período pós-guerra e consistiam
principalmente do aumento da produção de alimentos, principalmente ricos em
proteínas, e de programas de alimentação e educação nutricional. Os resultados
foram desapontadores. Oferecida em larga escala, mas de forma isolada de outros
esforços de assistência social e desenvolvimento, a assistência nutricional
representava um tratamento sintomático e não causal. (MONTE, 2000)
4 METODOLOGIA

Foram acessados 15 artigos, buscando embasar sobre o assunto proposto,


sendo selecionados apenas 7 artigos, entre os anos de 1995 a 2018, com as
seguintes palavras chaves: desnutrição; infantil; criança; causas; marasmo;
kwashiorkor.

A presente pesquisa trata-se de uma revisão bibliográfica da literatura


qualitativa e descritiva realizada com a elaboração da questão norteadora. As bases
de dados investigadas para a pesquisa foram em acervos digitais a partir de artigos
científicos online disponíveis no Scientfic Electronic Library Online (SCIELO), e
Google Acadêmico em obras já publicadas sobre a Desnutrição, critérios de inclusão
foram publicados com os anos 1995-2018. Com o objetivo de argumentar a respeito
do tema proposto.
5 RESULTADOS E DISCUSSAO

A criança com kwashiorkor é aquela que apresenta uma desnutrição aguda


grave com edema bilateral. A desnutrição do tipo kwashiorkor, muitas vezes, de
instalação rápida, apresenta diversas lesões desde hepatomegália, perturbação
cognitiva, assim como alterações do cabelo e cutâneas. Muitas vezes relaciona-se
com o nascimento de um irmão antes da criança completar o primeiro ano de vida,
limitando o aporte em leite materno e a disponibilidade da mãe em alimentar a
criança com kwashiorkor. (VASCONCELOS et al, 2016)

Crianças com kwashiorkor apresentam atrofia muscular importante, com


gordura corporal normal ou aumentada. O kwashiorkor puro é caracterizado pela
ingestão inadequada de proteínas, na presença de consumo calórico adequado.
(RENNER et al, 2013)

O marasmo é caracterizado pelo enfraquecimento da massa muscular e da


depleção dos estoques de gordura do corpo. É a forma mais comum de desnutrição
proteico energética e é causada pela ingestão inadequada de nutrientes e de
calorias totais. Classicamente, as crianças com marasmo podem apresentar
constipação severa e fome voraz, uma vez que a realimentação está em andamento.
No exame físico podem ser observados reduzido peso e altura para a idade,
aparência de magro e fraco, bradicardia, hipotensão, hipotermia, pele fina e seca,
redundantes dobras cutâneas causadas pela perda de gordura subcutânea, e cabelo
fino e esparso que é facilmente arrancado. (RENNER et al, 2013)

O marasmo, quadro que provoca elevada taxa de mortalidade infantil,


caracteriza-se por ser uma desnutrição de 3 grau, com déficit de peso igual ou maior
que 40% e diminuição da altura, resultante de uma deficiência grave de calorias e
proteínas, aparece com maior frequência nos dois primeiros anos de vida quando a
amamentação ao seio materno falha ou não é realizada por um período suficiente de
tempo. Há ausências de tecido adiposo subcutâneo e de edema; evidencia de
debilidade muscular e predisposição a doenças infecciosas. (SILVA et al, 1998)
6 CONCLUSÃO

Conclui-se que para a causa principal da desnutrição é a fome, as causas


frequentes é a falta de saneamento básico, renda muito baixa e a falta de orientação
nutricional durante toda a gestação da vida do filho desde o útero até os primeiros
anos de vida. Sabemos que nos primeiros anos de vida a desnutrição é medida
pelos valores antropométricos, e que esta doença e responsável por quase 50% das
mortes de crianças abaixo de 5 anos. A baixa ingestão de nutrientes é a principal
forma da desnutrição acontecer. Muitas crianças foram alvos de estudos e análises
realizados pelos inquéritos antropométricos nacionais que foram disponibilizados, ao
longo de toda a vida da criança desnutrida há uma grande variação de infecções
frequentes e prolongadas por falta de ingestão suficiente de vitaminas e nutrientes
necessárias para o corpo e fortalecimento do osso. Ainda há muito estudo a ser feito
para descobrir o tratamento e o tempo adequado para as crianças estarem
saudáveis e nutridas. De acordo com as políticas públicas já são feitas os programas
para que seja combatido a fome e desnutrição como:

a) Programas de Prevenção e Combate a Carências Nutricionais Específicas

b) Programa de Suplementação Alimentar (PSA)

c) Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM)

d) Programa Nacional do Leite para Crianças Carentes (PNLCC)

e) Programa de Nutrição em Saúde (PNS)

f) Programa de Complementação alimentar (PCA)

g) Programa de Abastecimento de Alimentos Básicos em Áreas de Baixa Renda


(PROAB)

h) Programa de Racionalização da Produção de Alimentos Básicos (PROCAB)

i) Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

No ano de 2004 nasceu o Programa Bolsa Família (PBF) para unificar os Programas
de Transferência de Renda do país, visando garantir o acesso de todas as famílias
pobres a direitos sociais (educação, saúde e assistência social) e apoio a renda. O
PBF aglutinou ações sociais similares já existentes: Bolsa Escola (2001), Programa
Nacional de Acesso à Alimentos (2003), Bolsa Alimentação (2001), Auxilio Gás
(2002) e Cadastramento Único (2001), contribuindo para o fortalecimento de ações
intersetoriais.

REFERENCIAS

BELINOVSKI, Josélia Alves da Silva. O programa Leite das Crianças como política
pública no combate a desnutrição infantil no município de Telêmaco Borba-PR. 2012
Acessado em: 30/05/2023 – 14:55
http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/21292

DA SILVA, Silvana Maria Moura. Avaliação e intervenção sócio-neuromotora de


crianças com marasmo na primeira infância. 1998. Tese de Doutorado. [sn].
Acessado em: 28/05/2023 - 11:30
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/212008

FABIANI RENNER, Jéssica A. et al. Caso extremo de desnutrição Kwashiorkor


marasmática em Moçambique. Boletim Cientifico Pediatria-Vol, v. 2, n. 2, p. 65,
2013.
Acessado em: 29/07/2023 - 15:45
https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/131210133840bcped_02_06.pdf

MONTE, Cristina MG. Desnutrição: um desafio secular à nutrição infantil. J Pediatr


(Rio J), v.76, n.Supl 3, p. 285-97, 2000.
Acessado em: 08/07/2023 - 13:15
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/1556.pdf

MONTEIRO, Carlos Augusto et al. Causas do declínio da desnutrição infantil no


Brasil, 1996-2007. Revista de Saúde Pública, v 43, n. 1, p. 35-43, 2009.
Acessado em: 24/06/2023 - 14:42
https://www.scielosp.org/pdf/rsp/v43n1/498.pdf

SAWAYA, Ana Lydia. Desnutrição: consequências em longo prazo e efeitos da


recuperação nutricional. Estudos avançados, v.20, p. 147-158, 2006.
Acessado em: 10/07/2023 - 10:05
https://doi.org/10.1590/S0103-40142006000300016

SOARES, Hugo Manuel Soares Vieira Pereira. Alterações bioquímicas na


desnutrição. 2018. Trabalho de conclusão de curso. [sn].
Acessado em: 13/06/2023 - 20:30
http://hdl.handle.net/10284/7548

VASCONCELOS, Alexandra. Desnutrição infantil- da teoria a pratica clinica-a


experiência da Tanzãnia e Uganda. 2016.
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https://recil.ensinolusofona.pt/handle/10437/9990

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