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MGO

MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL

MGO V2.0
Brasília - DF
Julho – 2021
MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA

Ministro da Justiça e Segurança Pública


Anderson Gustavo Torres

POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL


SPO S/N° – Lote 5 – Setor Policial Sul – Complexo Sede da PRF
CEP 70610-909 - Brasília – DF

Diretor-Geral
Silvinei Vasques

Diretor de Operações
Djairlon Henrique Moura

Coordenador-Geral de Gestão Operacional


Alfredo Manuel de Azevedo Ferreira

Coordenador-Geral de Segurança Viária


André Luiz de Azevedo

Coordenador-Geral do Comando Conjunto de Operações Especiais


Antônio Melo Schlichting Júnior
NOTA À VERSÃO ANTERIOR

O Manual de Gestão Operacional é documento basilar para toda a área operacional da


Polícia Rodoviária Federal por trazer os mandamentos, diretrizes e doutrina policial para o
desenvolvimento das ações finalísticas da instituição.

A sua revisão foi norteada pela construção coletiva do conhecimento, respeitando a


estrutura e conceitos já consolidados internamente, mas buscando o aprimoramento do
conteúdo.

Insta pontuar que a primeira versão do Manual de Gestão Operacional fora publicada
como Anexo da Portaria Normativa DG nº 14, de 25 de novembro de 2013, sendo o resultado
do aprimoramento do Manual de Rotinas Operacionais, estabelecido pela Portaria DG nº 25,
de 27 de janeiro de 2005.

Sendo assim, o presente documento é resultado da maturidade gerencial da atividade


finalística, fundamentado na expertise técnica, na formação teórica e na vivência operacional
em ações de segurança pública dos servidores envolvidos na sua construção ao longo de todos
estes anos.

Ainda que com o risco de não registrar a participação e colaboração de algum servidor
na construção deste conhecimento, agradecemos o empenho, a dedicação e esforço dos
policiais: Alvarez de Souza Simões, Ciro Vieira Ferreira, Silvinei Vasques, José Roberto Ângelo
Barros Soares, Max Levy Figueira Xabregas, Aldo Lourenço, Tenório De Albuquerque, Antônio
Paim de Abreu Júnior, Jeferson Regis Ramos, Wallace Luis Wischansky, Sandra Maria Gobbi,
Junaldo Gonçalves Corrêia, Marcio Pereira Leite, Maykel Bruno Rosal Lopes, Rubens Emerson
Souza da Silva, Getúlio Mario Gomes de Azevedo, Danilo Romero Santana Teive, Jeferson
Almeida Moraes, Carlos Ribeiro Cruz, Hugo de Matos Franco, Victor Jose Padilha de Oliveira,
João Francisco Ribeiro de Oliveira, Anderson Frazão Gomes Brandão, Vinícius Veiga Fleury,
Julio César de Mattos Zambon, Ricardo Araújo Bezerra, Antonio Alisson Mesquita Bento,
Rodrigo Caetano Coelho, Marcos Antonio de Souza Prado, Marcio Geraldo Lara Camargos
Junior, Waldir Santos Soares de Mello e a todos os servidores que ocuparam funções de
confiança da Diretoria de Operações e que colaboraram, direta ou indiretamente, na
produção do conhecimento.

Djairlon Henrique Moura


Diretor de Operações
Polícia Rodoviária Federal - Todos os direitos
reservados – Copyright © É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra no
âmbito da Polícia Rodoviária Federal, desde
que citada a fonte e que não seja para venda
ou qualquer fim comercial.
ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
2 DIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL ............................................. 3
2.1 Referencial Estratégico.................................................................................................. 3
2.2 Resultados Institucionais ............................................................................................... 3
2.3 Objetivos Estratégicos ................................................................................................... 3
2.4 Mapa Estratégico ........................................................................................................... 3
3 ASPECTOS DA ATIVIDADE DE POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL ............................ 4
4 EMBASAMENTO LEGAL .................................................................................................. 6
4.1 Competências ................................................................................................................ 6
4.1.1 Competências Delegadas...................................................................................... 7
5 SERVIÇOS OPERACIONAIS ............................................................................................ 8
5.1 Serviço de Segurança, Orientação e Fluidez do Trânsito ............................................. 9
5.2 Serviço de Enfrentamento à Criminalidade ................................................................... 9
5.3 Serviço de Monitoramento da Malha Rodoviária........................................................... 9
5.4 Serviço de Escolta e Batedor ........................................................................................ 9
5.5 Serviço de Informações Operacionais ........................................................................... 9
5.6 Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Resgate de Vítimas ........................ 10
5.7 Serviço de Suporte Básico de Vida e Auxílio a Vitimados .......................................... 10
5.8 Serviço de Recolhimento de Veículos e Animais ........................................................ 10
5.9 Serviço de Educação para o Trânsito e Cidadania ..................................................... 10
5.10 Serviço de Atendimento ao Público ............................................................................. 11
5.11 Serviço de Levantamento, Registro e Perícia em Locais de Acidentes ...................... 11
5.12 Serviço de Credenciamento e Controle de Escolta de Cargas Indivisíveis e
Superdimensionadas ............................................................................................................... 11
5.13 Serviço de Apoio a outros Órgãos ............................................................................... 11
5.14 Serviço de Garantia da Logística para Prestação de Serviços Essenciais ................. 11
5.15 Serviço de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos .............................................. 11
6 ATIVIDADES OPERACIONAIS ....................................................................................... 13
6.1 Policiamento ................................................................................................................ 13
6.2 Fiscalização ................................................................................................................. 14
6.3 Atendimentos ............................................................................................................... 14
6.4 Tipos de Policiamento ................................................................................................. 14
6.4.1 Policiamento Ordinário ........................................................................................ 14
6.4.2 Policiamento Especializado ................................................................................. 14
6.4.3 Policiamento de Contingência ............................................................................. 15
6.4.4 Policiamento Orientado pela Atividade de Inteligência ....................................... 15
6.5 Tipos de Fiscalização .................................................................................................. 15
6.5.1 Fiscalização de Trânsito ...................................................................................... 15
6.5.2 Fiscalização de Transporte.................................................................................. 15
6.5.3 Fiscalização de Uso ou Ocupação das Faixas de Domínio da União................. 16
6.5.4 Fiscalização de Prevenção e Repressão ao Crime............................................. 16
6.5.5 Fiscalização Delegada ......................................................................................... 16
6.6 Tipos de Atendimentos ................................................................................................ 16
6.6.1 Auxílio a Usuário .................................................................................................. 16
6.6.2 Atendimento do Telefone de Emergência - 191 .................................................. 16
6.6.3 Atendimento nas Unidades Operacionais ........................................................... 17
6.6.4 Fornecimento de Documentos ao Público ........................................................... 17
6.6.5 Atendimento de Ocorrência ................................................................................. 17
6.6.6 Atendimento Pré–Hospitalar Móvel e Resgate.................................................... 17
6.6.7 Interação com a Comunidade.............................................................................. 17
6.6.8 Ações Educativas ................................................................................................ 18
6.6.9 Ações Cívico Sociais ........................................................................................... 18
6.6.10 Orientação de Trânsito ........................................................................................ 18
7 ESTRUTURA OPERACIONAL ........................................................................................ 19
7.1 Direção-Geral (Nacional) ............................................................................................. 21
7.2 Diretoria de Operações (Nacional) .............................................................................. 21
7.2.1 Área de Gestão Operacional (Nacional) .............................................................. 22
7.2.2 Área de Segurança Viária (Nacional) .................................................................. 23
7.2.3 Área de Operações Especiais (Nacional) ............................................................ 23
7.3 Superintendências (Estadual) ..................................................................................... 24
7.3.1 Área de Operações (Estadual) ............................................................................ 24
7.3.1.1 Área de Gestão Operacional (Estadual) .......................................................... 24
7.3.1.2 Área de Segurança Viária (Estadual) .............................................................. 24
7.3.1.3 Área de Operações Especiais (Estadual) ........................................................ 25
7.4 Delegacias de Polícia Rodoviária Federal (Local)....................................................... 25
7.4.1 Chefe da Unidade Operacional (Local) ............................................................... 25
7.4.2 Núcleo de Policiamento e Fiscalização (Local) ................................................... 26
7.4.2.1 Grupos e Equipes Especializados ................................................................... 26
7.4.2.1.1 Grupo de Patrulhamento Tático - GPT ...................................................... 27
7.4.2.1.2 Grupo de Fiscalização de Trânsito e Transporte - GFT ............................ 27
7.4.2.1.3 Grupo de Motociclistas da Delegacia - GMD ............................................ 27
7.4.2.1.4 Grupo Setorial de Operações com Cães da Delegacia – GOC-D ............ 27
7.4.3 Supervisor Operacional (Local) ........................................................................... 27
7.4.4 Unidades Operacionais (Local) ........................................................................... 29
7.4.4.1 Equipe Operacional ......................................................................................... 29
7.4.4.1.1 Tipos de Equipes Operacionais ................................................................. 32
7.4.4.1.1.1 Equipe Ordinária ..................................................................................... 32
7.4.4.1.1.2 Equipe Extraordinária ............................................................................. 33
7.4.4.1.1.3 Equipe Especializada ............................................................................. 33
7.4.4.1.1.4 Equipe Específica ................................................................................... 33
7.4.4.1.1.5 Equipe de Operações Especiais ............................................................ 33
8 CADEIA DE COMANDO OPERACIONAL ...................................................................... 34
8.1 Função de Confiança ................................................................................................... 34
8.2 Delegação de Competência ........................................................................................ 35
8.3 Função por Incumbência ............................................................................................. 35
8.4 Comando Situacional................................................................................................... 35
8.5 Vinculação Técnica ...................................................................................................... 36
8.6 Níveis de Comando ..................................................................................................... 36
9 PLANEJAMENTO ............................................................................................................ 37
9.1 Planejamento Estratégico ............................................................................................ 37
9.2 Planejamento Tático .................................................................................................... 38
9.3 Planejamento Operacional .......................................................................................... 39
9.3.1.1 Planejamento Operacional Nacional ............................................................... 39
9.3.1.2 Planejamento Operacional Estadual ............................................................... 40
9.3.1.3 Planejamento Operacional Local ..................................................................... 40
9.3.1.3.1 Planejamento Operacional de Atividades Ordinárias ................................ 40
9.3.1.3.1.1 Planejamento Mensal ............................................................................. 40
9.3.1.3.1.2 Planejamento Diário ............................................................................... 40
9.3.1.4 Planejamento de Operações ........................................................................... 41
9.3.2 Processo de Planejamento Operacional ............................................................. 41
9.4 Formalização dos Planejamentos ............................................................................... 41
9.4.1 Planos .................................................................................................................. 41
9.4.1.1 Instrução de Serviço ........................................................................................ 43
9.4.1.2 Ordem de Serviço ............................................................................................ 44
9.4.1.3 Ordem de Missão ............................................................................................ 44
9.4.1.4 Escala de Serviço ............................................................................................ 44
9.4.1.4.1 Escala Ordinária ........................................................................................ 45
9.4.1.4.2 Escala Extraordinária................................................................................. 45
9.4.1.5 Cartão-Programa ............................................................................................. 45
10 EXECUÇÃO OPERACIONAL.......................................................................................... 47
10.1 Organização do Trabalho na Execução Operacional .................................................. 47
10.1.1 Rotinas Operacionais .......................................................................................... 48
10.1.2 Funcionamento das Unidades Operacionais....................................................... 50
10.1.3 Circunscrição ....................................................................................................... 51
10.1.4 Comunicações e Contatos................................................................................... 52
10.2 Recursos Operacionais ............................................................................................... 52
10.3 Recursos Humanos ..................................................................................................... 52
10.4 Formas de Atuação ..................................................................................................... 52
10.4.1 Abordagem .......................................................................................................... 52
10.4.1.1 Fiscalização com Abordagem ...................................................................... 53
10.4.1.2 Fiscalização sem Abordagem ...................................................................... 53
10.4.2 Ronda .................................................................................................................. 53
10.4.3 Comando ............................................................................................................. 54
10.4.4 Operações ........................................................................................................... 54
10.4.4.1 Quanto ao Planejamento e Execução. ........................................................ 54
10.4.4.1.1 Operações PRF ....................................................................................... 54
10.4.4.1.2 Operações Integradas ............................................................................. 55
10.4.4.1.3 Operações Conjuntas .............................................................................. 55
10.4.4.2 Quanto ao Nível de Comando PRF ............................................................. 55
10.4.4.2.1 Operações de Coordenação Nacional .................................................... 55
10.4.4.2.2 Operações de Coordenação Estadual .................................................... 55
10.4.4.2.3 Operações de Coordenação Local .......................................................... 55
10.4.4.3 Quanto a Previsibilidade .............................................................................. 55
10.4.4.3.1 Programadas ........................................................................................... 55
10.4.4.3.2 Situacionais ou Inopinadas ...................................................................... 55
10.4.4.4 Quanto à Abrangência ................................................................................. 56
10.4.4.4.1 Operações Nacionais .............................................................................. 56
10.4.4.4.2 Operações Estaduais .............................................................................. 56
10.4.4.4.3 Operações Locais .................................................................................... 56
10.4.5 Respostas de Incidentes ..................................................................................... 56
10.4.6 Sistema de Comando e Controle......................................................................... 56
10.4.7 Procedimento Operacional Padrão ..................................................................... 56
10.4.8 Meios de Apoio Operacional................................................................................ 57
10.4.8.1 Ferramentas................................................................................................. 57
10.4.8.1.1 Informações Operacionais ....................................................................... 57
10.4.8.1.2 Sistemas Operacionais ............................................................................ 57
10.4.8.1.3 Comunicações ......................................................................................... 57
10.4.8.2 Equipamentos .............................................................................................. 57
10.4.8.2.1 Equipamentos de Fiscalização ................................................................ 58
10.4.8.2.2 Equipamentos de Segurança e Proteção Individual ............................... 58
10.4.8.2.3 Equipamentos de Comunicação.............................................................. 58
10.4.8.2.4 Viaturas .................................................................................................... 58
10.4.8.2.4.1 Veículos ................................................................................................ 58
10.4.8.2.4.2 Aeronaves............................................................................................. 59
10.4.8.2.4.2.1 Aeronave Remotamente Pilotada (RPA): .......................................... 59
10.4.8.2.5 Armamentos, Munições, Tecnologias, Equipamentos de Contenção e
Autodefesa 59
10.4.8.3 Materiais ...................................................................................................... 60
10.4.8.3.1 Uniforme .................................................................................................. 60
10.4.8.3.2 Materiais de Sinalização .......................................................................... 60
11 COMANDO E CONTROLE OPERACIONAL .................................................................. 61
11.1 Etapa de Monitoramento ............................................................................................. 61
11.1.1 Registro e Arquivamento ..................................................................................... 62
11.1.1.1 Registro Diário de Serviço ........................................................................... 62
11.1.1.2 Formulários Operacionais ............................................................................ 62
11.1.2 Medição e Avaliação ............................................................................................ 62
11.1.2.1 Indicadores .................................................................................................. 62
11.1.2.2 Relatórios de Desempenho ......................................................................... 63
11.1.2.3 Avaliações de Desempenho ........................................................................ 63
11.2 Etapa de Controle ........................................................................................................ 63
11.2.1 Ferramentas de Controle ..................................................................................... 63
11.2.1.1 Inspeção da Gestão Operacional ................................................................ 63
11.2.1.2 Reuniões ...................................................................................................... 64
11.2.1.3 Auditorias ..................................................................................................... 64
11.2.1.4 Verificação de Procedimentos ..................................................................... 64
11.2.2 Análise ................................................................................................................. 64
11.2.3 Intervenção .......................................................................................................... 64
11.2.3.1 Ações Imediatas .......................................................................................... 65
11.2.3.2 Ações Corretivas.......................................................................................... 65
12 DISPOSIÇÕES FINAIS ................................................................................................... 66
13 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 67
14 ÍNDICE DE FIGURAS ....................................................................................................... 68
15 ÍNDICE DE TABELAS ..................................................................................................... 69
1 INTRODUÇÃO

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi criada pelo presidente Washington Luiz no
dia 24 de julho de 1928 (dia da Polícia Rodoviária Federal), com a denominação inicial
de "Polícia de Estradas". Contudo, somente em 1935 Antônio Felix Filho, o "Turquinho",
considerado o primeiro Patrulheiro Rodoviário Federal, foi chamado para organizar a
vigilância das rodovias Rio-Petrópolis, Rio-São Paulo e União-Indústria.

Em 23 de julho de 1935 (dia do Policial Rodoviário Federal), foi criado o primeiro


quadro de policiais da hoje Polícia Rodoviária Federal, denominados, à época,
"Inspetores de Tráfego". No ano de 1945, já com a denominação de Polícia Rodoviária
Federal, a corporação foi vinculada ao extinto Departamento Nacional de Estradas de
Rodagem (DNER).

Em 1988, com a promulgação da Constituição, a Polícia Rodoviária Federal foi


integrada ao Sistema Nacional de Segurança Pública, recebendo como missão exercer o
patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Em 12 de abril de 1990, a Polícia Rodoviária Federal passou a integrar a estrutura


organizacional do Ministério da Justiça como Departamento de Polícia Rodoviária
Federal.

Atualmente, a PRF está presente em todo o território nacional. Sua sede


administrativa está localizada na Capital Federal e conta com 27 (vinte e sete) estruturas
administrativas, chamadas de Superintendências, nos estados e no Distrito Federal. As
Superintendências coordenam 150 (cento e cinquenta) estruturas administrativas
denominadas de Delegacias, em diversos municípios, que por sua vez coordenam as
Unidades Operacionais alocadas nas rodovias federais de todo o país.

O Quadro de Pessoal da Polícia Rodoviária Federal, cujo acesso se dá mediante


concurso público, está composto pelas seguintes carreiras: a) Policial Rodoviário
Federal, criada pela Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998; e, b) Servidores do Plano
Especial de Cargos, instituída pela Lei nº 11.095, de 13 de janeiro de 2005.

Para fazer frente aos desafios de atender a sua missão institucional com a
utilização proficiente dos recursos materiais, financeiros e humanos disponíveis, a PRF
adota um modelo de gestão descentralizado, baseado em planejamento estratégico e
gestão por resultados. Este modelo, aliado à utilização de ferramentas de planejamento,
aprimora a organização do trabalho, a liderança, o monitoramento e controle dos
processos operacionais, facilitando a execução e acompanhamento do fluxo de trabalho
diário, metas e resultados.

A prestação dos serviços de sua competência é alcançada, especialmente, pelas


atividades finalísticas, o que requer a edição de Manuais. Apesar do caráter conceitual
e doutrinário, o Manual de Gestão Operacional serve como elemento norteador das
ações policiais, o que não dispensa a necessidade de atos administrativos e normativos
para detalhar procedimentos.

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
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Dada a relevância da Polícia Rodoviária Federal no contexto de segurança
pública, considerando suas peculiaridades, história e competências, torna-se necessário
o estabelecimento de doutrina policial para fundamentar e nortear as diretrizes e ações
operacionais.

O conteúdo do presente Manual é resultado de estudos e discussões de vários


policiais ao longo dos anos, aliando a praxe operacional e a experiência profissional aos
conceitos técnicos e fundamentos jurídicos, ao mesmo tempo que proporciona o
constante aprimoramento da área de gestão operacional e da própria atividade
finalística.

O documento traz em sua estrutura: o direcionamento estratégico da PRF,


estabelecido pela Direção-Geral (DG) por meio do seu Planejamento Estratégico;
aspectos legais relacionados à atuação policial; os serviços prestados, sob a perspectiva
interna e com enfoque na gestão operacional; a descrição das atividades operacionais;
a estrutura organizacional, com enfoque nas áreas operacionais; e, por fim, aspectos do
planejamento, execução e controle operacionais.

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 2
2 DIRECIONAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL

O Plano Estratégico da PRF para o período de 2020 a 2028 direciona todas as


instâncias decisórias e todas as ações dos servidores aos objetivos e resultados
estratégicos. Desta forma, todos os esforços estão vinculados para o cumprimento da
missão, o atingimento da visão de futuro, permeados pelo exercício de valores
institucionais. O Plano é composto por:

2.1 Referencial Estratégico


O referencial estratégico é a diretriz basilar para a construção do Plano
Estratégico e é consubstanciado na missão, visão e valores da organização.

2.2 Resultados Institucionais


Representam, de forma macro, os serviços que a PRF busca entregar à sociedade
e ao Governo.

2.3 Objetivos Estratégicos


São aqueles que a PRF pretende alcançar para entregar seus resultados e atingir
a visão de futuro. Refletem qual será o foco das ações, divididas, metodologicamente,
em perspectivas (Recursos, Gestão e Inovação e Finalística).

2.4 Mapa Estratégico


Representa, graficamente, todo o Plano Estratégico e a relação de causa e efeito
entre seus componentes.
Figura 1 - Mapa Estratégico PRF

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 3
3 ASPECTOS DA ATIVIDADE DE POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL

Os Policiais Rodoviários Federais são agentes públicos responsáveis pela


atividade de preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, exercendo os poderes de polícia do Estado e executando as ações típicas da
instituição policial legalmente previstas e em todos os níveis da organização.

Tais ações se consubstanciam no enfrentamento aos crimes violentos, às


organizações criminosas e à corrupção, observando, sempre, o uso legal e diferenciado
da força. Também se materializam na promoção da segurança viária, objetivando a
redução de mortes relacionadas aos acidentes de trânsito, com enfoque na atividade de
fiscalização de trânsito e transporte; no fomento de aprimoramentos dos atos
normativos que regulam essas atividades, respeitando os fundamentos técnicos e
científicos, aliados a simplificação dos dispositivos para compreensão e cumprimento
pela sociedade; e no aprimoramento do levantamento e perícia dos acidentes,
alimentando estudos para direcionar as atividades de policiamento e fiscalização e a
resolução de crimes de trânsito.

As atividades dos policiais rodoviários federais regem-se pelos principais


aspectos deontológicos a seguir:

● Os policiais devem cumprir, a todo o momento, o dever que a Lei lhes impõe,
servindo à comunidade e protegendo todas as pessoas contra atos ilegais, sempre em
conformidade com as competências estabelecidas para o cargo;

● No cumprimento do seu dever, os policiais devem respeitar e proteger a


dignidade humana, os direitos humanos e a liberdade fundamental para todos, sem
distinção de raça, orientação sexual, língua ou religião;

● Os policiais devem empregar a força somente quando estritamente necessário e


na medida suficiente para o cumprimento do seu dever;

● Deve ser respeitada a natureza das informações confidenciais ou reservadas de


conhecimento dos policiais, sendo mantido o seu grau de sigilo, nos termos da legislação
vigente;

● Nenhum policial pode infligir, instigar ou tolerar qualquer ato de tortura ou


tratamento cruel, desumano ou degradante, nem invocar ordens superiores ou
circunstâncias excepcionais, tais como ameaça à segurança nacional, instabilidade
política interna ou qualquer outra emergência pública como justificativa para a prática
ou permissão de tais atos;

● Os policiais devem assegurar a proteção à vida das pessoas sob sua guarda e, em
especial, devem tomar medidas imediatas para assegurar a prestação de cuidados
médicos, sempre que seja necessário e possível;

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
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● Os policiais devem se opor e combater rigorosamente qualquer ato de
corrupção;

● Os policiais que tiverem conhecimento de indícios ou atos de violação de


preceitos legais devem adotar as medidas cabíveis e comunicar o fato aos seus
superiores; e

● É obrigação de todo policial, independente da lotação ou função, a execução das


ações de prestação de informações, auxílio ao usuário, socorro, atendimento de
acidentes e enfrentamento à criminalidade, sempre primando pela segurança,
urbanidade e cortesia.

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4 EMBASAMENTO LEGAL

O embasamento legal é o conjunto de normas que legitimam a PRF e seus


servidores em suas diversas áreas de atuação. O arcabouço legal contempla os atos
normativos onde são descritas as competências diretas da PRF e instrumentos legais que
podem agregar competências ou compartilhá-las com outros órgãos.

4.1 Competências
As competências da PRF estão definidas nos seguintes diplomas legais:

● Artigo 144 da Constituição Federal

TÍTULO V – DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES


DEMOCRÁTICAS
Capítulo III – DA SEGURANÇA PÚBLICA
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e
responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos
seguintes órgãos:
…...........................................
II - polícia rodoviária federal
…...........................................
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e
mantido pela união e estruturado em carreira, destina-se, na forma da
lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19/1998).

● Lei nº 9.503/97

Institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), sendo que no seu artigo 20 se


define as competências da PRF ao longo das rodovias e estradas federais.

● Lei nº 9.654/98

Cria a carreira de Policial Rodoviário Federal, dando outras providências gerais,


como a dedicação e a jornada de trabalho.

● Lei nº 5.172/66

Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional, definindo em seu artigo 78 o poder


de polícia.

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração


pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade,
regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse
público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder
Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos
direitos individuais ou coletivos. (sic)

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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
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Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia
quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei
aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de
atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de
poder.

● Decreto nº 1.655/95

Define a competência da PRF e dá outras providências.

● Decreto nº 9.662/19

Aprova a estrutura regimental e o quadro demonstrativo dos cargos em


comissão e das funções de confiança do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e por
conseguinte as PRF, além de definir competências específicas à PRF.

● Portaria nº 821, de 31 de outubro de 2019 do Ministério da Justiça e Segurança


Pública.

Detalha as unidades administrativas da estrutura regimental da PRF.

● Portaria nº 614, de 5 de novembro de 2020 do Ministério da Justiça e Segurança


Pública.

Altera o detalhamento das unidades administrativas da estrutura regimental da


Portaria MJSP nº 821, de 31 de outubro de 2019. A atual estrutura organizacional da PRF
reflete o disposto neste documento.

4.1.1 Competências Delegadas

As competências delegadas são aquelas, eventualmente e estrategicamente,


atribuídas à PRF, ou delegadas por esta, por meio de convênios, acordos, termos de
cooperação e outros pactos congêneres, aprovadas e/ou firmadas em âmbito nacional,
constantes no Cadastro Nacional de Convênios, devendo ser publicado e atualizado,
obrigatoriamente, em sistemas eletrônicos internos, possibilitando amplo
conhecimento de todos os servidores.

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5 SERVIÇOS OPERACIONAIS

O Plano Estratégico estabelece o direcionamento das ações para alcançar os


objetivos institucionais. Contudo, o alcance dos objetivos não se esgota em si, fazendo-
se necessário avaliar os resultados produzidos pelas ações e o que foi entregue à
sociedade e ao Governo, demonstrando-se, assim, a dimensão, a qualidade e o valor na
análise. O caminho a ser trilhado do estabelecimento do objetivo ao seu alcance é
permeado pela entrega de resultados que são comunicados e prestados aos clientes em
forma de serviços.

Com o objetivo de comunicar externamente quais são os serviços e os


compromissos na prestação destes serviços, a PRF instituiu a sua “Carta de Serviços ao
Usuário”, em atendimento a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, regulamentada pelo
Decreto nº 9.094 de 17 de julho de 2017.

Na Carta de Serviços estão descritos os serviços difusos e singulares por meio


dos quais a PRF cumpre sua missão, além disso, estabelece um acordo de qualidade para
prestação destes serviços, por meio da declaração de formas, prazos e metas de
atendimento.

Por serviços difusos entende-se aqueles destinados ao atendimento da


população em geral, prestados a toda coletividade que deles usufrui de forma
simultânea, custeados pela receita geral da arrecadação de tributos. São exemplos o
serviço de segurança pública e o serviço de promoção a defesa dos direitos humanos.

Já os serviços singulares são aqueles prestados em interesse particular ou de


grupos determinados, como por exemplo a autorização de eventos; escolta de cargas;
liberação de veículos, dentre outros. Nestes casos, podem ser cobradas taxas ou tarifas
para cada tipo de serviço, já que é possível mensurar a contratação que cada usuário
realizou.

Sob a perspectiva da Gestão Operacional, tangenciando o conceito insculpido na


Carta de Serviços ao Usuário, o Serviço Operacional é um conjunto de ações, processos
e atuações implementados para a execução de um trabalho, visando a obtenção dos
resultados pretendidos pelos solicitantes, podendo ou não o usuário arcar com
determinados custos ou riscos.

Os serviços operacionais estão relacionados às competências legais da PRF, que


é um órgão policial que instrumentaliza a segurança pública, da qual é espécie a
segurança viária. Ademais, todos os serviços estão em consonância com os Resultados
Institucionais pretendidos no Plano Estratégico.

A classificação conceitual dos Serviços Operacionais está em consonância com a


estrutura funcional da área de gestão operacional e consolidam todos os serviços
externos descritos na Carta de Serviços, e ainda especificam serviços internos
necessários para o desenvolvimento das ações operacionais.

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5.1 Serviço de Segurança, Orientação e Fluidez do Trânsito
É o serviço realizado pela PRF, em sua área de atuação, para a manutenção e a
restituição da ordem pública, exercido pelas atividades de policiamento, fiscalização e
atendimentos, com ações de ronda; de fiscalização de pessoas e veículos em trânsito; e
de sinalização e controle do trânsito em locais de acidentes, em interdições de rodovias
por manifestações sociais, por queda de barreira ou problemas estruturais em obras de
arte, por obras de conservação, em provas e competições desportivas ou em atividades
onde haja aglomeração ou tráfego de pessoas, incluindo uso de tecnologia de
informação e atividades de inteligência policial.

Visa garantir a maior disponibilidade da via, reduzindo tempo de deslocamento


entre origem e destino.

5.2 Serviço de Enfrentamento à Criminalidade


Consiste no desenvolvimento de ações que visem prevenir, reprimir e reduzir as
diversas formas de crime, propiciando maior segurança à sociedade, incluindo uso de
tecnologia de informação e atividades de inteligência policial.

5.3 Serviço de Monitoramento da Malha Rodoviária


É o serviço que tem por objetivo monitorar e fiscalizar as condições de
trafegabilidade e coibir o uso inadequado ou ilegal das rodovias e estradas federais e
sua faixa de domínio. Neste tipo de serviço, deve-se observar o estado de conservação
das rodovias e da sua sinalização, bem como o uso de placas de publicidade não
autorizadas e construções irregulares às margens das rodovias, solicitando providências
aos órgãos e entidades responsáveis e/ou intervindo, conforme o caso.

5.4 Serviço de Escolta e Batedor


É o serviço realizado com o objetivo de garantir a segurança de dignitários,
cortejos, deslocamentos em grupos de veículos, eventos esportivos, manifestações
públicas, cargas indivisíveis e superdimensionadas em peso e/ou dimensões, ou
sensíveis, ou perigosas, e demais ocorrências que exijam o acompanhamento da PRF.

Os deslocamentos que necessitam de livre trânsito de veículos ou comboios são


acompanhados de batedores, que se caracteriza pela utilização de motocicletas e
policiais especializados.

5.5 Serviço de Informações Operacionais


É o serviço realizado pelas áreas de comando e controle operacional da PRF,
visando registrar, catalogar, arquivar e analisar as informações e relatórios operacionais,
bem como acompanhar, monitorar e dar o suporte necessário, repassando informações
às equipes de serviço e aos usuários, resguardado as de caráter sigiloso. Engloba o
atendimento, priorização e despacho de ocorrências, que visa dar pronto atendimento
ao cidadão e aos eventos ou crises ocorridos nas rodovias e estradas federais,
disponibilizando a unidade operacional ou equipes de serviço que possam dar a resposta
em menor tempo.

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5.6 Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Resgate de Vítimas
É o serviço realizado por equipes especializadas da PRF ou em conjunto com
terceiros que, utilizando procedimentos técnicos padronizados e normatizados, tem por
objetivo a prestação de socorro à vítima de agravos de natureza clínica ou traumática à
sua saúde. Engloba o atendimento, estabilização clínica e/ou transporte seguro para
uma unidade de saúde adequada. O resgate pode ser realizado com o apoio de viatura
de resgate básica, avançada ou aeromédica.

O serviço de Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Resgate de Vítimas é prestado


pelas equipes especializadas da PRF, sendo direcionado ao atendimento do público
interno, comumente utilizado em eventos, ações operacionais especializadas e
capacitações, objetivando garantir suporte de atendimento aos policiais e demais
envolvidos.

5.7 Serviço de Suporte Básico de Vida e Auxílio a Vitimados


É o serviço de socorro emergencial a todo e qualquer cidadão vítima de mal
súbito ou trauma, especialmente vitimados de acidentes nas rodovias federais. Todo
policial rodoviário federal, a partir da capacitação dada no curso de formação
profissional e nas capacitações anuais, deve possuir qualificação profissional para
ofertar o suporte básico de vida e os primeiros cuidados à saúde, juntamente com o
acionamento e gestão dos serviços avançados de terceiros, necessários para a
continuidade do atendimento.

Esse tipo de serviço não é realizado pela ambulância ou pelos profissionais de


resgate, pois o objetivo dessas ações é manter a vítima viva e estabilizada no local da
ocorrência até a remoção para o hospital ou chegada do resgate móvel especializado.

5.8 Serviço de Recolhimento de Veículos e Animais


É o serviço destinado ao recolhimento, guarda, liberação e leilão de veículos, por
qualquer situação decorrente de medidas administrativas de trânsito, por envolvimento
em crimes e em acidentes, nos casos que forem necessários, bem como, ao
recolhimento e guarda de animais soltos nas rodovias que ofereçam risco aos usuários.
Tais serviços devem ser executados, preferencialmente, por terceiros contratados ou
conveniados, na forma da lei.

5.9 Serviço de Educação para o Trânsito e Cidadania


É o serviço que objetiva propor à reflexão os atores do trânsito para mudanças
de comportamentos, conscientizando a população para a correta observação e
cumprimento das normas de trânsito, bem como demais leis e procedimentos de
interesse da coletividade. O serviço é realizado por meio de projetos nas escolas, por
palestras e cursos em empresas e outros órgãos públicos ou privados, eventos, ações
em comunidades limítrofes às rodovias, publicações, bem como por meio da própria
fiscalização de trânsito.

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5.10 Serviço de Atendimento ao Público
É o serviço de atendimento ao cidadão, fornecendo ou recebendo informações,
documentos, recursos de infrações, boletins de acidentes de trânsito, denúncias,
críticas, sugestões e outras comunicações. Engloba também a prestação de auxílio ao
cidadão que trafega na rodovia ou reside em áreas lindeiras das rodovias e estradas
federais, quando da existência de defeitos mecânicos veiculares, problemas de saúde,
orientações, encaminhamentos e outras situações que prejudiquem sua locomoção de
maneira segura.

5.11 Serviço de Levantamento, Registro e Perícia em Locais de Acidentes


É o serviço de coleta de dados e análise de locais de acidentes de trânsito, que
visa o registro público da ocorrência e o estudo das causas e dos fatores que
ocasionaram ou contribuíram para o acidente. Estão inclusas neste serviço, as análises
estatísticas, que auxiliam a prevenção das ocorrências na execução das atividades
operacionais.

5.12 Serviço de Credenciamento e Controle de Escolta de Cargas Indivisíveis e


Superdimensionadas
É o serviço de credenciamento de empresas de escolta de cargas indivisíveis
e superdimensionadas em peso e dimensões, vistorias de veículos de escolta,
credenciamento de condutores, bem como o controle e a execução das escoltas destas
cargas que transitam nas rodovias federais.

5.13 Serviço de Apoio a outros Órgãos


É o serviço realizado para o atendimento de decisões judiciais, convênios,
acordos de cooperação técnica, ou demais instrumentos congêneres, e solicitações de
órgãos dos poderes Judiciário, Legislativo, Executivo e do Ministério Público; das esferas
da União, Estados, Distrito Federal e dos Municípios, para atuação nas estradas e
rodovias federais ou em qualquer local do território nacional e internacional.

5.14 Serviço de Garantia da Logística para Prestação de Serviços Essenciais


É o serviço que visa garantir a logística para prestação dos serviços
indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, que,
conceitualmente, são aquelas que colocam em perigo iminente a sobrevivência, a saúde
ou a segurança da população, destacadamente em situações de crise.

5.15 Serviço de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos


É o serviço relacionado às ações voltadas contra as violências, abusos e
exploração sexual contra crianças e adolescentes; tráfico de pessoas; trabalho escravo;
trabalho infantil; proteção às testemunhas e vítimas ameaçadas; população em situação
de rua; combate à violência policial e à tortura; responsabilidade social; direitos e
garantias dos servidores efetivos da instituição e/ou que possuam vínculo de trabalho
com a PRF.

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Tabela 1 - Relação dos Serviços com as Atividades Operacionais

SERVIÇO OPERACIONAL ATIVIDADE OPERACIONAL


Policiamento ordinário, especializado, de contingência e orientado pela atividade de
inteligência; fiscalização de trânsito e transporte, de prevenção e repressão aos crimes,
Serviço de Segurança, Orientação e
de uso e ocupação da faixa de domínio; auxílio ao usuário, atendimento de emergência,
Fluidez do Trânsito
atendimento de ocorrências, orientações de trânsito; executados com ações de ronda,
sinalização de acidentes, eventos, interdições, controle de distúrbios, dentre outras.
Policiamento ordinário, especializado, de contingência e orientado pela atividade de
Serviço de Prevenção e Repressão aos inteligência; atendimento de ocorrências; executados com ações de ronda,
Crimes patrulhamento tático, operações e comandos específicos, controle de distúrbios,
confecção de Boletins de Ocorrência, Termos Circunstanciados, dentre outras.
Policiamento ordinário; fiscalização de trânsito, de prevenção e repressão aos crimes,
Serviço de Monitoramento da Malha do uso da faixa de domínio; atendimento de ocorrências, nas unidades operacionais,
Rodoviária orientações de trânsito; executados com ações de ronda, confecção de Boletins de
Acidentes de Trânsito, Laudos Periciais de Trânsito, dentre outras.
Policiamento ordinário, especializado e de contingência; atendimento de ocorrências;
executados com ações de Escolta e Batedor de dignitários ou delegações, eventos
Serviço de Escolta e Batedor
esportivos, escolta de segurança de dignitários, cargas perigosas, sensíveis,
superdimensionadas em peso e dimensões, dentre outras.
Atendimento de chamados no tri-dígito 191, despacho das ocorrências com vistas a
Serviço de Informações Operacionais
manutenção da normalidade e resposta a incidentes.
Serviço de Atendimento Pré- Policiamento especializado e de contingência; atendimentos de salvamento de vítimas
Hospitalar Móvel e Resgate de com suporte aéreo e terrestre pelas equipes PRF ou mediante convênio com órgãos e
Vítimas entidades públicas e privadas, treinamento em serviço.
Policiamento ordinário, especializado e de contingência; atendimento de emergência,
atendimento nas Unidades Operacionais, auxílio ao usuário, atendimento de
ocorrências, realizado por todo o policial nas ocorrências envolvendo vitimados por
Serviço de Atendimento de Suporte
trauma ou de natureza clínica, no primeiro atendimento necessário de socorro à
Básico de Vida e Auxílio a Vitimados
vítima, dentro de sua capacidade técnica e meios disponíveis, prestando o suporte
básico de vida, buscando a redução dos danos e riscos, proteção das vítimas e demais
envolvidos e o acionamento de equipes especializadas.
Policiamento ordinário e especializado; fiscalização de trânsito e transporte;
Serviço de Recolhimento de Veículos atendimento de ocorrências, com ações de gerenciamento dos contratos e convênios,
e Animais recolhimento, liberação, guarda e leilão de veículos e animais recolhidos, restituição
de valores de leilão, manejo de animais, dentre outros.
Policiamento ordinário, fiscalização de trânsito; interação com a comunidade, ações
Serviço de Educação para o Trânsito e
cívico sociais, com ações de Cinema Rodoviário, Festivais de Educação de Trânsito,
Cidadania
dentre outras.
Policiamento ordinário, especializado e de contingência; auxílios aos usuários,
fornecimento de documentos, atendimentos de emergência e nas Unidades
Operacionais; executados com ações de prestação de informações sobre multas
pendentes, dados abertos de acidentes de trânsito, comunicação de furto e roubo de
veículos em sistemas operacionais, solicitação de advertência por escrito,
Serviço de Atendimento ao Público
desvinculação de multas, restituição de valores, transferências de responsabilidade,
recursos de multa, defesa de autuação, cancelamentos de autos de infração,
identificação de condutores, vistorias, autorização de eventos, retificações em boletins
de acidentes de trânsito, registro de declarações de acidentes de trânsito, dentre
outras.
Policiamento especializado; atendimento de acidentes de trânsito; executados com
Serviço de Levantamento, Registro e
ações de confecção de Boletins de Acidentes de Trânsito, confecção de Pareceres e
Perícia em Locais de Acidente
Laudos Periciais, dentre outras.
Policiamento ordinário; fiscalização de transporte; orientação para o trânsito;
Serviço de credenciamento e controle
executados com ações de credenciamento e controle dos processos das empresas de
de escolta de cargas indivisíveis e
escolta, controle das solicitações para escolta de cargas e planejamento das ações de
superdimensionadas
escolta.
Policiamento ordinário, especializado e de contingência; fiscalização de trânsito e
transporte, de prevenção e repressão aos crimes, de uso e ocupação a faixa de
domínio; atendimento de ocorrências, interação com a comunidade, orientação de
Serviço de Apoio a Outros Órgãos
trânsito; executados com ações de cumprimento de decisões judiciais, operações
integradas com instituições, órgão e entidades públicas e privadas, apoio ao Ministério
Público, apoio ao Judiciário, dentre outras.
Policiamento ordinário, especializado e de contingência; executados com ações de
Serviço de Garantia da Logística para
transporte aéreo ou escoltas de segurança para transporte de combustíveis, alimentos
Prestação de Serviços Essenciais
ou produtos essenciais, dentre outras.
Policiamento ordinário, especializado e de contingência; auxílio ao usuário,
Serviço de Promoção e Defesa dos
atendimento nas Unidades Operacionais, atendimento de ocorrências, interação com
Direitos Humanos
a comunidade, ações educativas e ações cívico-sociais.

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6 ATIVIDADES OPERACIONAIS

As atividades operacionais são as ações desenvolvidas pela PRF com o objetivo


de executar os serviços oferecidos. Classificam-se em policiamento, fiscalização e
atendimentos. Esta classificação visa abranger todo o espectro operacional, facilitando
o entendimento das ações policiais da PRF.

As atividades operacionais abrangem os aspectos relacionados com o trânsito,


transporte, a prevenção e repressão da violência e da criminalidade e as relações com o
público. Elas estão vinculadas às atribuições do órgão policial e sua função de
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Os conceitos dos tipos de atividades operacionais são distintos, porém,


interdependentes e executados de forma simultânea, a depender da ação policial e da
resposta exigida em cada situação fática.

6.1 Policiamento
O policiamento é comumente entendido como um movimento das ações
policiais. Contudo, tal acepção, aparentemente óbvia e moderna, é resultado de um
processo histórico de centralização das forças destinadas à segurança estatal para o
controle social, que em apertada síntese, restringe o alcance do termo, confirmando-o
como a representação das ações das instituições policiais destinadas à manutenção da
ordem, em vez da representação ampla e genérica de toda e qualquer medida restritiva,
punitiva e vigilante do Estado.1

Nesta toada, o policiamento transforma-se, acompanhando a própria evolução


das instituições policiais a partir do século XX, para significar um tipo de atividade
específica da instituição policial, que se remodela em várias partes do mundo para se
tornar uma agência pública e profissional para manutenção da ordem e paz social,
diferenciando-se das demais instituições pela prerrogativa do uso da força.2

A acepção restritiva do termo desconsidera as ações de segurança privada ou


ações de segurança pública desenvolvidas por instituições não policiais. Ainda assim, a
amplitude conceitual poderia incorrer em abstração que prejudicaria o entendimento
das disposições a que se destina o presente Manual.

Sendo assim, restrita a apresentar as ações da PRF que possuem a característica


de mobilizar os recursos humanos e materiais para demonstrar a ostensividade,
disponibilidade, monitoramento, controle e intervenção, conceitua-se o policiamento
como as medidas amplas de segurança para preservar a vida, o meio ambiente, a ordem
pública, o patrimônio e a cidadania, constituindo-se em ações cotidianas, específicas e
especializadas da PRF.

1
MONET, J-C. Polícias e sociedades na europa. São Paulo: Edusp, 2001. (Polícia e Sociedade, 3, p. 21).
2
BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: uma análise internacional comparativa. São Paulo: Edusp,
2017. (Polícia e Sociedade, 1, p. 35).
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6.2 Fiscalização
A ação de fiscalizar envolve a atuação do policial para verificar se o fato jurídico
se adequa às normas vigentes. Conceitualmente, há distinção entre a fiscalização e o
policiamento, mas na praxe policial, são ações interdependentes e indissociáveis no
exercício da atividade finalística.

Tecnicamente, as fiscalizações são as atividades que visam controlar o


cumprimento de determinada norma de competência da PRF, ou delegada, por meio do
poder de polícia administrativa.

A atividade de fiscalizar, portanto, não está relacionada apenas à verificação das


irregularidades de trânsito ou transporte, abarcando qualquer ação de enfrentamento
à criminalidade.

6.3 Atendimentos
São as atividades que viabilizam de forma mais direta os serviços aos usuários
das rodovias e estradas federais, que didaticamente se distinguem das ações de
policiamento e fiscalização. Estão compreendidos nos atendimentos: o salvamento, o
resgate de vítimas, o fornecimento de documentos, credenciamentos, realização de
eventos educativos e de saúde, levantamento de local e perícia de acidentes, interação
com a comunidade, auxílios aos usuários, dentre outros.

6.4 Tipos de Policiamento


As ações de policiamento são subdivididas, apresentando classificação
meramente conceitual, que está relacionada, especialmente, as suas funcionalidades e
organização das ações na instituição.

6.4.1 Policiamento Ordinário

É o policiamento ostensivo realizado pelas equipes ordinárias, executado por


policiais uniformizados em viaturas caracterizadas. A ostensividade prima pela
visibilidade e a disponibilização do aparato de segurança pública, proporcionando a
intervenção imediata e/ou o atendimento de ocorrências.

6.4.2 Policiamento Especializado

É o policiamento realizado por equipes com capacitação e treinamento


específicos para exercício de ações policiais que extrapolam a capacidade de
atendimento do policiamento ordinário. Pode ser executado com a utilização de
equipamentos específicos, tais como aeronaves, motocicletas, cães de faro, tecnologias
para controle de distúrbios, escâneres, dentre outros.

A especialização, neste contexto, deve ser entendida sob a perspectiva funcional,


fundamentada em treinamento dos servidores para aplicação de técnicas de forma
sistêmica, atuando com equipamentos e em demandas específicas. Difere do

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policiamento ordinário especialmente pelos equipamentos, forma e organização
operacional na aplicação das técnicas de policiamento.

6.4.3 Policiamento de Contingência

É o policiamento desenvolvido em eventos que provoquem estado de


calamidade pública ou que de tal se aproximem, bem como em interdições rodoviárias
decorrentes de motivos físicos, naturais, ou de evento que cause comoção social ou
grave perturbação da ordem pública, ou ainda em ações assistencialistas que promovam
apoio e recursos para grupos sociais ou em eventos que exijam a utilização dos recursos
policiais para atender demandas não relacionadas à segurança pública.

Pode ser exercido em áreas que requeiram evacuação imediata da população e


outras emergências que necessitem de intervenção policial, em interdição de rodovia
por causas naturais, acidentes ou falhas de infraestrutura, dentre outras.

6.4.4 Policiamento Orientado pela Atividade de Inteligência

É o policiamento norteado pela produção de conhecimento da Atividade de


Inteligência, resultando maior assertividade no direcionamento das abordagens que
visam a prevenção e repressão qualificada ao crime e às organizações criminosas, bem
como segurança viária.

6.5 Tipos de Fiscalização


A subdivisão da atividade de fiscalização está sob o campo conceitual,
relacionando-se às formas de gerenciamento, interlocuções com demais órgãos,
legislação específica, dentre outros.

As espécies não são dissociáveis e possuem relação também com a estrutura


funcional da PRF.

6.5.1 Fiscalização de Trânsito

Consiste na verificação das normas de trânsito, conforme competências legais


estabelecidas à PRF. Pode ser realizada por meio da verificação de documentos dos
veículos, de seus ocupantes, das cargas ou itens específicos, verificação de
equipamentos obrigatórios, normas gerais de circulação e conduta, verificação do
cumprimento das velocidades legais estabelecidas, verificação de uso de álcool e drogas
ilícitas ao volante, verificação dos limites de peso e dimensões, verificação da jornada
de trabalho dos motoristas profissionais, dentre outros.

6.5.2 Fiscalização de Transporte

Consiste na verificação das normas de transporte, conforme competências legais


estabelecidas à PRF. Pode ser realizada por meio da verificação da regularidade dos
serviços de escolta e de carga indivisível e superdimensionada por empresas
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credenciadas pela PRF, da verificação da regularidade nos serviços de transporte
rodoviário de produtos perigosos, da verificação de produtos controlados conforme
legislação específica, dentre outros.

6.5.3 Fiscalização de Uso ou Ocupação das Faixas de Domínio da União

É a fiscalização destinada a verificar as condições de uso ou ocupação das áreas


de domínio da União, a construção em faixa não-edificável nas rodovias e estradas
federais, a fiscalização de eventos e a venda ou o oferecimento para consumo de
bebidas alcoólicas.

6.5.4 Fiscalização de Prevenção e Repressão ao Crime

Consiste em fiscalização para prevenir, flagrar e reprimir crimes, podendo ser


realizada com foco na proteção de grupos vulneráveis, nos crimes contra a vida, a
dignidade sexual, os direitos humanos, o patrimônio, o meio ambiente, o fisco ou saúde
pública, no enfrentamento ao narcotráfico, ao tráfico e ao porte ilegal de armas de fogo
e munição, dentre outros.

6.5.5 Fiscalização Delegada

É a fiscalização destinada ao cumprimento de competências delegadas em


convênio, termos de cooperação, ou instrumento congênere, estabelecidos entre a PRF
e órgãos e entidades da União, Estados ou Municípios.

6.6 Tipos de Atendimentos


São as atividades de prestação de serviços de forma direta e direcionada a
pessoa ou grupo com necessidades específicas, como por exemplo o atendimento ao
público, o auxílio, o fornecimento de documentos, os credenciamentos, o salvamento e
resgate, os comandos de saúde, o levantamento de local de acidentes, a educação e a
orientação nas mais diversas áreas de atuação da PRF.

6.6.1 Auxílio a Usuário

São atividades destinadas a auxiliar diretamente os usuários em suas


necessidades, quando da existência de defeitos mecânicos veiculares, problemas de
saúde, auxílio a vitimados e encaminhamentos, os quais afetem a sua locomoção de
maneira segura.

6.6.2 Atendimento do Telefone de Emergência - 191

São atividades realizadas pelas áreas de Comando e Controle em atendimento


às urgências e emergências por meio do contato telefônico tridígito 191. Em algumas
Superintendências, este serviço é realizado também pelas Delegacias, ou ainda são
estabelecidos contratos públicos/pactos para sua terceirização.
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6.6.3 Atendimento nas Unidades Operacionais

São os atendimentos aos usuários, imprensa, órgãos públicos e privados nas


unidades operacionais quando informações e orientações são fornecidas pelos policiais.

6.6.4 Fornecimento de Documentos ao Público

São atendimentos relacionados aos serviços prestados ao público que se


consubstanciam no fornecimento de documentos, mediante solicitação formal dos
interessados, ou ainda com o fornecimento de informações referentes aos processos
formais que redundam no fornecimento dos documentos.

6.6.5 Atendimento de Ocorrência

São as ações adotadas de forma reativa a um incidente ou evento que exija


resposta imediata, com a finalidade de manter ou restaurar a normalidade. Resposta a
incidentes se concretizam no atendimento das mais diversas ocorrências (acidentes,
crimes, interdições, manejo de animais etc.), até a sua conclusão.

No caso de policial ou equipes em trânsito, fora de sua área de atuação, quando


não for possível o registro e acompanhamento de todos os procedimentos inerentes às
ocorrências descritas acima, deverão prestar, pelo menos, o atendimento necessário
para socorro de vítimas, sinalização e redução de danos e riscos que envolvam a
ocorrência, até a chegada das equipes com circunscrição no local. Nos casos de flagrante
delito, o policial ou equipe do primeiro atendimento deverá acompanhar a ocorrência
até o final.

Terão precedência sobre qualquer atividade, o atendimento às vítimas ou às


ocorrências cujas circunstâncias relacionadas à segurança pública ou viária representem
risco iminente e potencial de novos eventos que possam resultar em pessoas vitimadas.

6.6.6 Atendimento Pré–Hospitalar Móvel e Resgate

Atividades especializada, gerenciada, controlada e executada por Policiais


Rodoviários Federais, com foco no público interno, podendo ser exercida também nas
rodovias federais, ou em outras áreas, mediante convênio ou em casos de calamidades
públicas, em ocorrências que resultem vítimas com o objetivo de prestar o primeiro
atendimento, dar o suporte básico até a chegada de equipes especializadas ou
encaminhamento a unidade hospitalar, observadas as legislações pertinentes.

6.6.7 Interação com a Comunidade

São atividades cotidianas desenvolvidas para ampliar a interação social entre a


instituição e as comunidades que atende, a partir da aplicação da filosofia de polícia
cidadã, visando também contribuir para o entendimento e atendimento planejado e
articulado das demandas de determinada comunidade.
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6.6.8 Ações Educativas

São atividades destinadas à educação, conscientização e às mudanças


comportamentais para humanização do trânsito, prevenção e redução de acidentes e
crimes, melhoria da saúde, preservação do meio ambiente e promoção da cidadania.

6.6.9 Ações Cívico Sociais

São atividades de representação oficial da Polícia Rodoviária Federal em eventos


comemorativos cívicos sociais por meio de representantes e de apresentações
motorizadas terrestres e aéreas.

6.6.10 Orientação de Trânsito

É a atividade de atendimento que em razão da obstaculização da via, promove a


intervenção no fluxo para garantir a segurança e a livre circulação de veículos e pessoas,
podendo ser decorrente de outras atividades operacionais.
Figura 2 - Atividades Operacionais

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7 ESTRUTURA OPERACIONAL

A estrutura operacional é composta pelo conjunto de unidades organizacionais


e as funções relacionadas à gestão e execução das atividades finalísticas na instituição.
A estrutura descreve as competências da área operacional, seus desdobramentos em
unidades subordinadas e vinculadas, e as respectivas competências e atribuições das
funções a elas vinculadas.

Entende-se por unidades organizacionais as unidades formais da Administração


pública criadas por ato legal (lei e/ou decreto). O conceito refere-se tanto a organizações
inteiras quanto às unidades que as compõem.3

As unidades organizacionais que possuem correspondência no Sistema de


Organização e Inovação Institucional do Governo Federal - SIORG são as relacionadas ao
quadro de funções de confiança instituídos por Decreto da Presidência da República e
regulamentados e detalhados por Portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Desta forma, para cada uma destas unidades organizacionais existe um responsável com
função de confiança, que assume as atribuições de chefia, assessoramento e
responsabilidades no gerenciamento da unidade.

Agregam-se à estrutura operacional as unidades organizacionais que não


possuem correspondência no SIORG, que são instituídas em âmbito interno para
organizar as atribuições e a execução de ações operacionais, especializadas e/ou
específicas, a exemplo das Unidades Operacionais, dos Grupos Especializados, dos
Escritórios de Processamento de Autuações, dentre outras. A estas unidades são
designados responsáveis com função por incumbência para o seu gerenciamento.

Em suma, as unidades organizacionais da estrutura operacional podem ser


“regimentais”, quando possuem correspondência no SIORG, ou “acessórias” quando
não possuem correspondência no SIORG.

Existem ainda funções específicas na estrutura operacional e que são necessárias


para organização e estabelecimento da cadeia de comando no exercício das atividades
finalísticas. São exemplos: o Supervisor Operacional, os Chefes de Grupos
Especializados, os Chefes de Equipe, Supervisor de Operações Temáticas, dentre outras.
Os servidores são designados por função por incumbência e assumem responsabilidades
e atribuições definidas no ato administrativo específico.

Corolário lógico, constituem a organização operacional as funções


administrativas relacionadas às suas unidades organizacionais, regimentais ou
acessórias, atribuídas aos servidores designados para ocuparem a função gratificada, ou
funções por incumbência, ou ainda as funções para o exercício de atribuições específicas
na atividade finalística.

Tanto as funções de confiança quanto as funções por incumbência são para o


exercício das atribuições de comando, com ocupação transitória, por pessoas de

3
Manual de Estruturas Organizacionais do Poder Executivo Federal / Ministério da Economia, Secretaria
de Gestão. – 2. ed. -- Brasília: Ministério da Economia, 2019.
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 19
confiança da autoridade competente para decidir sobre seu preenchimento, a qual pode
dispensar livremente e a qualquer tempo o servidor da função.4

Os servidores são designados para as funções de confiança das unidades


regimentais por meio de Portarias do Ministério da Justiça e Segurança Pública ou
Portarias da PRF, a depender da categoria e nível hierárquico da função de confiança.
No caso das unidades acessórias, os servidores são nomeados por meio de Portarias
internas para funções por incumbência. Por último, no caso das funções por
incumbência específicas, os servidores são nomeados por meio de Portarias internas,
Ordens de Serviço, Ordens de Missão ou Escala de Serviço para o exercício de ações
finalísticas específicas.

Na PRF, são dois os grupos de funções de confiança: as Funções Comissionadas


do Poder Executivo – FCPE, criadas pela Lei nº 13.346, de 10 de outubro de 2016, e as
Funções Gratificadas – FG, criadas pelo art. 26 da Lei nº 8.216, de 13 de agosto de 1991.
As FCPE desdobram-se em seis níveis hierárquicos e as FG desdobram-se em três níveis
hierárquicos.
Tabela 2 – Categorias, níveis e nomenclatura das Unidades Organizacionais

Categoria e Nível da Função de


Nomenclatura Unidade Nomenclatura da Função
Confiança
FCPE 101.6 Direção-Geral Diretor-Geral
FCPE 101.5 Diretoria Diretor
Coordenação-Geral Coordenador-Geral
FCPE 101.4
Superintendência Superintendente
Coordenação Coordenador
FCPE 101.3
Superintendência Superintendente
FCPE 101.2 Divisão Chefe
Serviço
FCPE 101.1 Chefe
Delegacia
Seção
FG-1 Chefe
Delegacia
Setor
FG-2 Chefe
Delegacia
FG-3 Núcleo Chefe

Sob a perspectiva territorial, ou seja, analisando-se os níveis de comando em


âmbito nacional, estadual e local, não há subordinação entre as funções que exercem
as mesmas atribuições em sua área de comando. Em suma, os Superintendentes são as
autoridades máximas no âmbito estadual, independentemente da categoria e nível da
função gratificada. Da mesma forma, os Chefes de Delegacia são as autoridades
máximas em âmbito local, não sendo estabelecida hierarquia entre os servidores que
ocupam esta função em outras localidades.

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Manual de Estruturas Organizacionais do Poder Executivo Federal / Ministério da Economia, Secretaria
de Gestão. – 2. ed. - Brasília: Ministério da Economia, 2019.
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Figura 3 - Síntese da Estrutura Operacional Regimental

7.1 Direção-Geral (Nacional)


É a Unidade Máxima da estrutura da instituição, sediada no Distrito Federal,
responsável pelo direcionamento estratégico organizacional, que estabelece, comunica
e operacionaliza a missão, a visão de futuro e os valores institucionais, bem como as
diretrizes e políticas estratégicas.

É representada pelo Diretor-Geral, que exerce as atribuições relacionadas à


unidade organizacional estabelecida em Decreto da Presidência da República e no
Regimento Interno.

7.2 Diretoria de Operações (Nacional)


É a Unidade Nacional de Gestão Operacional, responsável por estabelecer a
estratégia operacional, em consonância com as diretrizes definidas pela Direção-Geral.

É representada pelo Diretor de Operações, que exerce as atribuições


relacionadas à unidade organizacional estabelecida em Decreto da Presidência da
República e no Regimento Interno.

Subordinam-se à Diretoria de Operações as unidades organizacionais


regimentais na quantidade e níveis definidos no Decreto da Presidência da República,

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 21
detalhadas pela Portaria do Ministério da Justiça e Segurança Pública e no Regimento
Interno.

No âmbito da Diretoria de Operações são ainda estabelecidas as unidades


organizacionais acessórias, denominados Grupos Especializados, que são afetos aos
conteúdos temáticos das suas Coordenações-Gerais. Tais Grupos são responsáveis por
auxiliar as unidades organizacionais regimentais, desenvolvendo ações que exigem
especialização técnica e procedimental. As atribuições e responsabilidades dos
servidores que compõem os Grupos, bem como seu funcionamento são definidos em
atos administrativos específicos do Diretor de Operações.

A estrutura funcional da Diretoria de Operações pode contar com unidades do


tipo: Coordenações-Gerais, Coordenações, Divisões, Serviços, Seções, Setores e
Núcleos, que se relacionam aos Serviços e Atividades Operacionais e se organizam em
áreas temáticas para o desenvolvimento da Gestão Operacional da PRF.

São eixos temáticos principais da estrutura organizacional da Diretoria de


Operações:
Tabela 3 - Eixos Temáticos da Diretoria de Operações

Eixo Temático Áreas Temáticas Subordinadas


Gestão Operacional Planejamento; Comando e Controle; Gestão de Sistemas Operacionais; e Estatísticas Operacionais
Prevenção, atendimento, registro e perícia de Acidentes; Policiamento Ordinário; Fiscalização de
Segurança Viária Enfrentamento ao Crime, de Trânsito e Transportes; Gestão de Pátios e Leilão; e Processamento de
Autuações
Análise e Enfrentamento ao Crime; Recursos Especiais; Ações Táticas Especiais; Policiamento de Alto
Operações Especiais
Risco; Atividades de Controle de Distúrbios; e Policiamento Tático

Em matéria de gestão operacional, todas as unidades da estrutura operacional


ficam sujeitas à orientação, à supervisão técnica e à fiscalização específica da Diretoria
de Operações, sem prejuízo da subordinação da unidade organizacional em cuja
estrutura administrativa estiverem integradas.

7.2.1 Área de Gestão Operacional (Nacional)

É o conjunto de Unidades vinculadas à Diretoria de Operações, responsável pela


metodologia e acompanhamento do processo de gestão operacional, avaliando
as atividades operacionais, o desempenho dos gestores, das estruturas operacionais,
assim como é responsável pelas ações de comando e controle operacional. Identifica os
problemas e sugere correções, de forma a proporcionar a melhoria contínua dos
processos de trabalho.

Compete a esta área gerir as atividades operacionais e administrativas de


policiamento, fiscalização, atendimento e levantamento de dados estatísticos. Além
disso, compete a implantação das políticas de segurança pública, de enfrentamento
especializado aos crimes, inclusive os de menor potencial ofensivo.

Também é responsável pela execução de ações multidisciplinares, bem como das


operações extraordinárias que envolvam mais de uma Superintendência, das atividades
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 22
relacionadas ao comando e controle e de gestão de informações e de dados da área
operacional, por pesquisas, estudos, estatísticas, indicadores, projetos e a análise do
conjunto de informações e avaliações da eficiência e eficácia das atividades
operacionais.

Estas ações multidisciplinares são aquelas desenvolvidas pela Diretoria de


Operações que envolvam atribuições de mais de uma de suas Coordenações-Gerais.

A elaboração e a execução do Plano Tático de Operações e dos Planos


Operacionais Nacional e Estaduais, bem como a execução orçamentária e financeira da
área operacional, a elaboração dos planos de capacitação e de aquisições da Diretoria
de Operações, e atividades afetas à gestão negocial de sistemas operacionais também
são atribuições desta área.

Também é responsável pelo gerenciamento da circunscrição e da estrutura física


operacional da PRF, relacionado ao controle da localização e definição de critérios de
alocação das Superintendências, Delegacias, Unidades Operacionais, grupos e ações de
policiamento especializado.

7.2.2 Área de Segurança Viária (Nacional)

É o conjunto de Unidades vinculadas à Diretoria de Operações, responsável pela


gestão das ações de segurança viária e policiamento ordinário.

A área coordena, planeja e avalia as atividades, ações, normatização e


capacitações relacionadas ao policiamento, à fiscalização e ao processamento de
autuações de trânsito e transporte; prevenção, atendimentos, registro e perícia dos
acidentes de trânsito; atendimento pré-hospitalar móvel; serviços de recolhimento,
guarda e leilão de veículos de terceiros e de animais de terceiros recolhidos pela PRF; e
venda e consumo de bebidas alcoólicas.

É responsável ainda pela organização das ações de participação nas políticas


públicas de segurança viária, subsidiando tecnicamente o aperfeiçoamento das normas
afetas a sua área de atuação.

7.2.3 Área de Operações Especiais (Nacional)

É o conjunto de Unidades vinculadas à Diretoria de Operações, responsável pela


produção de análise criminal, propondo diretrizes para ações de enfrentamento ao
crime organizado e da fiscalização e policiamento com recursos especializados na
prevenção e enfrentamento ao crime.

É responsável por coordenar, planejar e avaliar as atividades, ações,


normatização e capacitações relacionadas às atividades em eventos críticos e que exijam
o emprego de recursos especializados, desenvolvendo o policiamento especializado
com utilização de aeronaves, cães e motocicletas; e as atividades de Operações
Especiais, Ações Táticas Especiais, Policiamento de Alto Risco, Atividades de Controle de

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 23
Distúrbios e Policiamento Tático. Sendo ainda responsável pela gestão técnica das
Unidades de Operações Especiais das Superintendências.

7.3 Superintendências (Estadual)


São as Unidades da estrutura operacional responsáveis pela gestão em âmbito
estadual (para todos os efeitos deste Manual sempre considera o Distrito Federal),
definindo as diretrizes para o comando, o planejamento, a execução e o controle das
ações a serem desenvolvidas pelas diversas áreas sob sua subordinação, objetivando o
alcance das metas e o cumprimento das diretrizes e políticas institucionais.

É representada pelo Superintendente, que exerce as atribuições relacionadas à


unidade organizacional e à função de confiança descritas no Regimento Interno e atos
administrativos específicos.

Estão sediadas nas unidades federativas e possuem classificação de acordo com


os níveis de funções e unidades organizacionais que as constituem.

7.3.1 Área de Operações (Estadual)

São as Unidades de Gestão Operacional das Superintendências, responsáveis


pelo planejamento, execução e controle das atividades operacionais, consolidando as
demandas operacionais das delegacias e grupos especializados, bem como o
desdobramento e acompanhamento de indicadores, metas e atividades no âmbito
estadual.

No âmbito desta área, além das áreas regimentais, são estabelecidas unidades
organizacionais acessórias, denominadas Grupos Especializados, que estão relacionados
aos conteúdos temáticos da área operacional. Tais Grupos são responsáveis por auxiliar
as unidades organizacionais regimentais, desenvolvendo ações que exigem
especialização técnica e procedimental no gerenciamento e/ou execução das atividades
operacionais. As atribuições e responsabilidades dos servidores que compõem estes
Grupos, bem como seu funcionamento são definidos neste Manual e em atos
administrativos específicos da Diretoria de Operações.

7.3.1.1 Área de Gestão Operacional (Estadual)

É a Unidade responsável pelo planejamento tático, por monitorar e analisar as


informações operacionais, acompanhando a execução operacional, além do
cumprimento dos resultados pretendidos. Busca avaliar o desempenho dos gestores e
das unidades da estrutura operacional no âmbito das Superintendências. Gerenciam
ainda o Sistema de Comando e Controle em suas áreas de atuação.

7.3.1.2 Área de Segurança Viária (Estadual)

É a Unidade responsável pela gestão das ações de segurança viária e


policiamento ordinário. Planeja e avalia as atividades relacionadas ao policiamento, à
fiscalização e ao processamento de autuações de trânsito e transporte, a atendimentos,
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 24
registro e perícia dos acidentes de trânsito, atendimento pré-hospitalar móvel, aos
serviços de recolhimento, guarda e leilão de veículos de terceiros e de animais de
terceiros recolhidos pela PRF, e a venda e consumo de bebidas alcoólicas.

7.3.1.3 Área de Operações Especiais (Estadual)

É a Unidade responsável pelo planejamento, supervisão e execução das ações de


policiamento especializado nas rodovias, estradas e áreas de interesse da união, bem
como por produzir análise criminal e propor diretrizes para esse enfrentamento e para
os grupos de patrulhamento tático.

7.4 Delegacias de Polícia Rodoviária Federal (Local)


São as Unidades Locais de Gestão Operacional das Superintendências. São
responsáveis pelo planejamento operacional e gestão das atividades finalísticas das
unidades operacionais, grupos e equipes especializadas no âmbito de sua circunscrição,
com vista ao alcance dos objetivos e metas institucionais.

É representada pelo Chefe de Delegacia, que exerce as atribuições relacionadas


à unidade organizacional e à função de confiança descritas no Regimento Interno e atos
administrativos específicos.

No âmbito das Delegacias são estabelecidas unidades organizacionais acessórias,


denominadas Grupos Especializados, que são afetos aos conteúdos temáticos da área
operacional. Tais Grupos são responsáveis por auxiliar as unidades organizacionais
regimentais, desenvolvendo ações que exigem especialização técnica e procedimental
no gerenciamento e/ou execução das atividades operacionais. As atribuições e
responsabilidades dos servidores que os compõem estes Grupos, bem como seu
funcionamento são definidos neste Manual e em atos administrativos específicos da
Diretoria de Operações.

7.4.1 Chefe da Unidade Operacional (Local)

É a função por incumbência exercida por servidor para atuar na gestão da


Unidade Operacional, sob indicação, demanda e gerenciamento do Chefe de Delegacia,
que define o cumprimento da carga horária semanal obrigatória em turnos condizentes
com as atribuições da função.

A existência da função de Chefe de Unidade Operacional distribui e organiza as


funções gerenciais da Delegacia em relação ao funcionamento e manutenção das
instalações das Unidades Operacionais.

Não se confunde com as funções dos membros das Equipes Operacionais, ainda
assim, pode o Chefe da Unidade Operacional, quando em serviço, absorver atribuições
administrativas do Supervisor de Operações e Chefes de Equipe para melhor execução
das atividades finalísticas pelas equipes operacionais.

Tal função não dispensa o policial do exercício das atividades operacionais


quando a demanda requerer e quando em serviço na Unidade Operacional.
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 25
São atribuições do Chefe de Unidade Operacional, no âmbito da circunscrição da
Unidade Operacional, as relacionadas a seguir, que poderão ser complementadas por
atos administrativos específicos da Delegacia:

● Realizar a gestão dos serviços referentes à área administrativa de pessoal,


documentos, patrimônio, materiais, protocolo e arquivo no âmbito da Unidade
Operacional;

● Representar a PRF, mediante anuência do Chefe da Delegacia, e buscar a


integração e interação junto à sociedade, órgãos públicos, privados e meios de
comunicação; transmitir e orientar ao efetivo sobre diretrizes superiores e/ou normas;

● Transmitir as diretrizes superiores à equipe operacional ordinária;

● Executar outras atividades correlatas que lhe sejam confiadas pelo Chefe da
Delegacia;

● Dar suporte ao Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização na elaboração de


escalas de serviço e cartões-programa; e

● Apoiar a gestão no controle do cumprimento das normas e metas estabelecidas;

7.4.2 Núcleo de Policiamento e Fiscalização (Local)

É a Unidade responsável em auxiliar a Delegacia no planejamento operacional,


no acompanhamento, no controle e na supervisão da execução das atividades
operacionais, bem como no gerenciamento dos grupos e equipes especializados da
delegacia.

É representada pelo Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização, que exerce


as atribuições relacionadas a esta unidade organizacional e à função de confiança
descritas no Regimento Interno e em atos administrativos específicos.

7.4.2.1 Grupos e Equipes Especializados

É o conjunto de uma ou mais equipes de serviço, contando com pessoal


especializado, com capacitação, treinamento, procedimentos e técnicas de
aprimoramento no desenvolvimento de atividades operacionais. São criados conforme
estratégia de gestão, devendo seguir regulamentação e escalas específicos.

Cada Grupo é gerenciado por Chefe de Grupo, função por incumbência com
atribuições definidas em atos administrativos específicos da Diretoria de Operações.

São consideradas unidades organizacionais acessórias em âmbito local os


seguintes grupos especializados:

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 26
7.4.2.1.1 Grupo de Patrulhamento Tático - GPT

É responsável em auxiliar o Núcleo de Policiamento e Fiscalização,


prioritariamente, na execução de ações de prevenção e enfrentamento aos crimes, não
desconsiderando a fiscalização de trânsito, transporte e demais fiscalizações específicas
desenvolvidas pela PRF.

É representado pelo Chefe do GPT, que exerce as atribuições da função por


incumbência com responsabilidades relacionadas em atos administrativos específicos.

7.4.2.1.2 Grupo de Fiscalização de Trânsito e Transporte - GFT

É responsável em auxiliar o Núcleo de Policiamento e Fiscalização,


prioritariamente, na execução de ações de policiamento e fiscalização de trânsito e
transporte, não desconsiderando a prevenção e repressão à criminalidade e demais
fiscalizações específicas desenvolvidas pela PRF.

É representado pelo Chefe do GFT, que exerce função por incumbência com
responsabilidades relacionadas em atos administrativos específicos.

7.4.2.1.3 Grupo de Motociclistas da Delegacia - GMD

É responsável por auxiliar o Núcleo de Policiamento e Fiscalização no


planejamento, supervisão e execução das atividades operacionais com uso de
motocicletas no âmbito estadual.

É representado pelo Chefe do GMD, que exerce função por incumbência com
responsabilidades relacionadas em atos administrativos específicos.

7.4.2.1.4 Grupo Setorial de Operações com Cães da Delegacia – GOC-D

É responsável em auxiliar o Núcleo de Policiamento e Fiscalização,


prioritariamente, na execução de ações de policiamento especializado com cães na
fiscalização de crimes.

É representado pelo Chefe do GOC, que exerce função por incumbência com
responsabilidades relacionadas em atos administrativos específicos.

7.4.3 Supervisor Operacional (Local)

É a função por incumbência, sob indicação, demanda e gerenciamento do Chefe


do Núcleo de Policiamento e Fiscalização, exercida para supervisionar, controlar e
monitorar todas as equipes ordinárias das Unidades Operacionais e as equipes
extraordinárias específicas que atuam no âmbito da Delegacia.

O Supervisor Operacional exerce o comando situacional sobre as equipes


ordinárias e extraordinárias específicas, especialmente nos casos em que ocorram
eventos e/ou crises no âmbito da Delegacia, objetivando a alocação do recurso para a
manutenção da ordem pública ou seu reestabelecimento imediato.
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 27
A existência de tal função na organização operacional é obrigatória no âmbito
das Delegacias, devendo constar em escala de serviço. Para tanto, em cada turno de
serviço deverá ser nomeado um servidor que compõe uma equipe operacional de uma
Unidade Operacional. Poderá ainda o servidor ser designado, sem que seja componente
de equipe operacional determinada, exercendo suas atribuições em qualquer Unidade
Operacional da Delegacia.

Em qualquer dos casos, o Supervisor Operacional exerce as funções policiais e


executar ações operacionais inerentes ao exercício da atividade finalística.

A função de Supervisor Operacional absorverá a responsabilidades da função de


Chefe de Equipe quando o quantitativo de efetivo disponível não permitir a designação
de funções individuadas.

São exemplos de responsabilidades do Supervisor Operacionais as relacionadas


a seguir:

● Dar suporte ao Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização no


gerenciamento das atividades operacionais no âmbito da Delegacia;

● Representar o Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização no âmbito da


Delegacia, especialmente fora do horário de expediente;

● Dar suporte ao Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização na elaboração de


escalas de serviço e planos de operações, especialmente o cartão-programa;

● Observar a programação de atividades e atribuir responsabilidades aos policiais


em serviço, visando o cumprimento das diretrizes operacionais específicas
estabelecidas;

● Verificar o cumprimento do cartão-programa das equipes ordinárias, realizando


ajustes mediante justificativa registrada em sistema e propondo aperfeiçoamento do
plano ao Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização;

● Zelar pelo cumprimento das normas e metas estabelecidas, informando e


registrando as alterações ocorridas no turno de serviço;

● Monitorar as ocorrências de grande vulto, verificando as proporções do evento,


gerenciando as decisões necessárias e seguindo fluxo da informação operacional;

● Conferir o comparecimento e distribuição dos policiais nas equipes ordinárias,


de acordo com as escalas e cartões-programa, fazendo os devidos ajustes nas eventuais
ausências de policiais ou demandas do serviço, em entendimento com o Chefe do
Núcleo de Policiamento e Fiscalização;

● Supervisionar, de acordo com as normativas vigentes, a execução dos serviços


operacionais, deslocando-se às Unidades Operacionais e aos locais de fiscalização,
quando possível, observando a apresentação pessoal, postura e uniformes dos policiais,
as condições das viaturas e dos equipamentos, as partes diárias, os cartões-programa e
demais atividades previstas, tomando as providências cabíveis;
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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 28
● Transmitir as diretrizes superiores e orientar as equipes sob sua
responsabilidade; e

● Executar outras atividades correlatas que lhe sejam confiadas ou delegadas pelo
Chefe da Delegacia ou Chefe do NPF.

7.4.4 Unidades Operacionais (Local)

São instalações físicas, fixas ou móveis, situadas em locais estratégicos e


regulamentadas em norma própria. É utilizada como estrutura de suporte para o
desenvolvimento dos serviços da PRF, e eventualmente em apoio a outros órgãos e
entidades públicas e privadas.

a) Unidades Operacionais - UOP

São estruturas físicas de utilização frequente, construídas ou instaladas ao longo


das rodovias, com efetivo escalado, caracterizadas pela sua imprescindibilidade no
plano operacional para o exercício das atividades de fiscalização, policiamento e
atendimento de ocorrências nos segmentos rodoviários circunscritos e definidos em ato
administrativo da Diretoria de Operações.

Quanto à localização podem ser classificadas como Unidades Operacionais de


fronteira, de zona rural ou de zona urbana. Sua localização é definida a partir de estudos
de demanda e estratégia de atuação para prestação dos serviços.

O funcionamento das Unidades Operacionais será definido em plano


operacional, fundamentado na análise de demanda, estratégia de atuação e
atendimento de ocorrências.

b) Unidades Operacionais de Apoio - UAP

São estruturas físicas de utilização esporádica, com base na oportunidade e


conveniência operacionais. Podem ser compartilhadas ou próprias, construídas ou
instaladas ao longo das rodovias ou áreas de interesse, vinculadas a uma unidade
organizacional e seu segmento rodoviário circunscrito. Servem como pontos de
passagem ou apoio logístico na atuação policial, dando maior suporte aos
deslocamentos e ao desenvolvimento das atividades operacionais.

7.4.4.1 Equipe Operacional

São as equipes em serviço, compostas por um conjunto de policiais que


executam as atividades para a prestação dos serviços da PRF, previstas no planejamento
operacional, nos locais e períodos e atividades determinados, consolidados nas Escalas
de Serviço, Cartão-Programa, Ordens de Serviço ou Ordens de Missão, com vista ao
alcance dos objetivos e metas estabelecidos.

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Utilizam recursos operacionais (veículos, aeronaves, armamentos,
equipamentos, materiais, estruturas, animais etc.) a fim de cumprir as atividades de
policiamento, fiscalização e atendimentos.

Na equipe operacional, todos os policiais são responsáveis por exercer as


funções policiais e executar atividades operacionais. As funções por incumbência
atribuídas aos policiais em serviço especificam responsabilidades para organizar a
execução operacional e estabelecer a hierarquia entre os membros. Contudo, as
designações não impedem a colaboração e o exercício das responsabilidades entre os
membros da equipe.

São funções por incumbência atribuídas aos membros da Equipe Operacional:


Chefe de Equipe, Motorista, Auxiliar e Chefe de Ronda.

Tais funções podem ser atribuídas a um servidor por todo o turno do serviço, ou
são atribuídas circunstancialmente para a execução das rondas. Neste último caso, a
função de Chefe de Ronda somente é necessária quando o Supervisor Operacional,
Chefe de Equipe ou qualquer outro servidor que ocupe função de chefia não esteja
presente na viatura de ronda.

Caberá ao Chefe de Equipe designar o Chefe de Ronda, com registros nos


sistemas operacionais para todas as ações do turno. Na ausência de registro, caberá ao
policial com mais tempo de serviço na PRF ocupar a função de Chefe de Ronda.

As responsabilidades destas funções estão sintetizadas abaixo, podendo ser


complementadas em atos administrativos específicos das autoridades competentes,
especialmente as que constarem nas Escala de Serviço, Ordens de Serviço, Ordens de
Missão, e Cartão-Programa:

a) Chefe de Equipe

● Supervisionar e conferir os lançamentos de registros nos sistemas operacionais;

● Dar sugestões e suporte ao Supervisor Operacional para a elaboração dos


cartões-programa;

● Acompanhar e inspecionar a execução dos serviços da equipe, através da


verificação do cartão-programa, incluindo o uso dos sistemas para confecção de partes
diárias, autos de infração, Boletim de Acidente de Trânsito, cartão-programa, e outros
formulários operacionais, considerando os prazos previstos e observando as atividades
desenvolvidas no âmbito da Unidade Operacional;

● Verificar, de acordo com as normativas vigentes, a execução dos serviços


operacionais, o comparecimento dos policiais conforme a escala de serviço, a
apresentação pessoal, postura e uniformes, as condições das viaturas e dos
equipamentos, as partes diárias e cartões-programa, e demais atividades previstas;

● Verificar a programação de atividades repassadas pela Chefia, através dos planos


operacionais ou diretamente, atribuindo responsabilidades aos policiais em serviço,
visando o cumprimento das diretrizes operacionais estabelecidas;
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 30
● Tomar as providências no sentido de que as instalações utilizadas pela equipe
sejam mantidas com a devida aparência e limpeza;

● Monitorar as ocorrências e acidentes de grande vulto, gerenciando as decisões


necessárias, informando à área de Comando e Controle da Superintendência e ao
Supervisor Operacional;

● Receber e repassar, após a devida conferência, todos os materiais,


equipamentos, documentos, viaturas e bens de terceiros a cargo da sua equipe; e

● Registrar e comunicar a Chefia imediata qualquer avaria nas instalações da


unidade, viaturas, materiais, equipamentos da PRF e bens de terceiros.

b) Motorista

● Realizar a vistoria das viaturas da Unidade Operacional, no mínimo nos seguintes


itens: - Quantidade de combustível existente no reservatório; - Existência de Cartão de
Abastecimento; - Nível do óleo do motor; - Nível de água do radiador e da bateria; - Nível
de líquido de freio; - Condições dos pneus, inclusive o sobressalente; - Funcionamento
dos equipamentos obrigatórios e partes elétricas; - Funcionamento dos equipamentos
auxiliares para o policiamento (luzes intermitentes e sirene); - Condições de limpeza
interna e externa; - Equipamentos de fiscalização e policiamento de uso coletivo (cones,
etilômetros, dentre outros); e - Existência de avarias ou amassamentos na lataria do
veículo;

● Realizar os registros das atividades realizadas com a viatura, preenchimento da


parte diária de viatura, conforme padrões estabelecidos, bem como das avarias e
intercorrências com a viatura durante todo o serviço;

● Realizar os deslocamentos obedecendo as normas vigentes e relacionadas às


ações operacionais;

● Conduzir a viatura aos locais de ocorrência de acidentes, da maneira mais rápida


possível, utilizando-se da sirene e luzes intermitentes nos casos de necessidade,
primando, contudo, pela segurança em todas as manobras executadas, principalmente,
no que tange às ultrapassagens e passagens em cruzamentos, sinalizados ou não; e

● Providenciar, ao se aproximar do horário do término do turno de serviço, a


limpeza e o abastecimento da viatura.

c) Auxiliar

● Efetuar a fiscalização necessária aos veículos que apresentem ou pratiquem


infrações, anotando os dados indispensáveis à aplicação da(s) multa(s)
correspondente(s);

● Prestar aos usuários as informações que estiverem dentro do grau de sua


competência, de acordo com as orientações do Chefe de Equipe;

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● Transmitir, de imediato, ao Chefe de Equipe, todas as informações recebidas dos
usuários, propiciando ao mesmo a adoção das providências cabíveis;

● Quando solicitado, auxiliar os demais componentes da equipe em suas


atribuições, principalmente nas situações que exijam reforço de policiamento,
devidamente autorizado pelo Chefe de Equipe;

● Na ausência do Auxiliar de Equipe de Policiamento, essas atribuições serão


cumpridas pelo Chefe da Equipe.

7.4.4.1.1 Tipos de Equipes Operacionais

Essas equipes podem ser ordinárias, quando escaladas para exercerem suas
atividades na circunscrição de uma Unidade Operacional, ou extraordinárias, quando
escaladas em grupo de operações especiais, grupo especializado, ou quando convocadas
para atuações em uma missão delimitada e definida no plano operacional.

7.4.4.1.1.1 Equipe Ordinária

É a equipe em escala de revezamento, de cada Unidade Operacional,


encarregada de desenvolver os trabalhos operacionais do dia a dia, no âmbito da área
de circunscrição da Unidade Operacional.

Em caso de necessidade operacional, como incidentes, crises, ações planejadas,


em que houver ciência ou determinação da chefia imediata ou da área de Comando e
Controle, a equipe ordinária deverá extrapolar os limites da circunscrição da sua
Unidade Operacional.

A equipe, em regra, é composta por, no mínimo, 2 (dois) policiais, sendo um


designado como Chefe de Equipe. Os demais policiais da equipe exercem as atribuições
de motorista e/ou auxiliares.

No caso de a equipe operacional contar com 2 (dois) policiais, e um dos


servidores desta Unidade Operacional for designado para Supervisor Operacional, a
função de Chefe de Equipe será agregada a de Supervisor Operacional. O outro servidor
deverá ser designado para função de Motorista.

De acordo com a necessidade da equipe, a execução das atribuições das funções


por incumbência de Supervisor Operacional, Chefe de Equipe, Motorista e Auxiliares são
passíveis de compartilhamento de responsabilidades entre os membros. A alteração das
responsabilidades dos servidores, registradas em Escala de Serviço, Ordem de Missão
ou Ordem de Serviço, é definida e alterada somente pelo Chefe do Núcleo de
Policiamento e Fiscalização ou Chefe de Delegacia.

As equipes ordinárias ficam subordinadas administrativamente ao Chefe de


Unidade Operacional e operacionalmente ao Supervisor Operacional, desenvolvendo,
com ações de ronda, as atividades de policiamento, fiscalização e atendimentos ao
longo das áreas circunscritas.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 32
7.4.4.1.1.2 Equipe Extraordinária

São equipes que atuam em apoio às equipes ordinárias ou são empregadas em


ações específicas, e classificam-se em: Especializadas, Específicas e de Operações
Especiais.

7.4.4.1.1.3 Equipe Especializada

É a equipe com escala específica, encarregada de desenvolver os trabalhos


operacionais no âmbito da circunscrição da Delegacia, com atuação e treinamento
específicos, podendo se caracterizar pela utilização de equipamentos que exijam
capacitação e/ou treinamento específicos, designada e subordinada diretamente ao
Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização.

São exemplos de equipes especializadas as que compõem os Grupos de


Patrulhamento Tático, Grupos de Fiscalização de Trânsito e Transporte, Grupo de
Motociclismo, Grupos de Operações com Cães, e ainda as equipes designadas para
Atendimento Pré-Hospitalar, Recolhimento de Animais e Educação para o Trânsito.

A equipe especializada não deve ser confundida com a equipe de operações


especiais. A especialização nestas equipes está relacionada ao treinamento e utilização
de equipamentos e materiais específicos. As equipes de operações especiais, além da
especialização funcional e utilização de equipamentos específicos, direcionam-se a
atuar em demandas que requerem meios, planos e atuação distinta das ações
corriqueiras.

7.4.4.1.1.4 Equipe Específica

É a equipe convocada, com escala e missão determinadas, encarregada de


desenvolver os trabalhos operacionais. A equipe poderá ser convocada para exercer
missões específicas, tais como escolta de cargas indivisíveis e ou superdimensionadas
em peso e dimensões, ações de educação para o trânsito, operações, comandos de
fiscalização de enfrentamento ao crime, trânsito e transporte, ou ainda para realizar
atendimentos.

As equipes específicas estão subordinadas aos gestores que efetuam a


convocação. Desta forma, quando se tratar de servidores da própria Delegacia, ficam
subordinadas diretamente ao Chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização.

7.4.4.1.1.5 Equipe de Operações Especiais

Equipe destacada nas áreas de Operações Especiais e Grupo de Resposta Rápida,


com elevado treinamento para o exercício do policiamento especializado, em demandas
que exijam meios, planos, recursos e ações diferenciados.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 33
8 CADEIA DE COMANDO OPERACIONAL

É a escala decrescente de subordinação direta, do maior grau hierárquico ao


menor, entre aqueles ocupantes de funções de confiança e funções por incumbência,
no âmbito do processo de gestão operacional.

A cadeia de comando operacional não é entendida a partir do escalonamento


dos cargos de carreira de Policial Rodoviário Federal, ou seja, não se consideram as
funções do cargo e classes da Lei nº 9.654/1998.

Sendo assim, serão analisadas as funções de confiança, além do instituto da


incumbência e delegação, sob a perspectiva funcional, relacionadas à da área de gestão
operacional. A escala de autoridade se fundamenta tanto pela correlação das funções e
poder hierárquico que lhe é inerente, quanto pela relação de vinculação das áreas que
realizam a gestão operacional, decorrente do poder de comando.

A cadeia de comando visa estabelecer a relação de autoridade, responsabilidade


e comunicação dentro da instituição, devendo ser respeitada por todos os servidores.

A autoridade formal de um servidor é o direito legal de decidir e de dirigir


pessoas e recursos organizacionais na execução das tarefas, tendo em vista a
persecução dos objetivos da organização e está relacionada à função que ocupa.

A responsabilidade refere-se à obrigação e ao dever de todos quanto à realização


das tarefas ou atividades.

Diante das particularidades e das características da estrutura organizacional da


PRF, a autoridade e a responsabilidade podem ser descentralizadas através do
estabelecimento de funções por incumbências, que visam levar a capacidade decisória
mais próxima da base da organização, e delegada através da delegação de competência
e do comando situacional.

A cadeia de comando operacional é, portanto, uma relativização da


subordinação hierárquica em função do gerenciamento funcional das questões
operacionais (atividades finalísticas). Estabelecendo a interação de todos os servidores
ocupantes de funções de confiança, funções por incumbência e delegações.

8.1 Função de Confiança


São responsabilidades transitórias atribuídas aos servidores que exercerão
função de chefia em determinada unidade organizacional. São ainda de provimento em
caráter provisório, declaradas em lei de livre nomeação ou dispensa, ou seja, sem o pré-
requisito do concurso de seleção. Caracterizam-se, constitucionalmente, por se
destinarem às atribuições de direção e chefia.

Não se confundem com as funções do cargo de policial rodoviário federal, que


são permanentes. As funções de confiança podem ser entendidas como uma
responsabilidade acrescida às funções e ao cargo de policial rodoviário federal,
atribuindo ao servidor nomeado a responsabilidade por gerenciamento de determinada
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unidade organizacional, ou seja, são incumbências ou encargos provisórios aliados às
funções permanentes do cargo.

8.2 Delegação de Competência


É a delegação e atribuição específica e temporária com o objetivo de assegurar
maior rapidez e objetividade às decisões e às ações de comando e controle, situando-as
na proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a resolver, atividades ou projetos
específicos, inerentes ao cargo ou à função do servidor.

Deve ser utilizada como instrumento de descentralização e conforme as


necessidades do órgão. A delegação não outorga ao servidor ascensão na cadeia de
comando.

O ato administrativo de delegação indicará com precisão a autoridade delegante,


a autoridade delegada, as atribuições e o período objeto de delegação.

Os atos delegados devem seguir princípios da Administração Pública e requisitos


da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, bem como atos normativos e orientações
técnico-jurídicas relacionadas ao tema.

8.3 Função por Incumbência


São as funções exercidas por servidores que recebem atribuições específicas,
definidas neste Manual ou atos administrativos específicos, para o gerenciamento e
comando de unidades organizacionais acessórias, ou para a organização na execução
operacional, sem o recebimento de gratificação.

Para as unidades operacionais onde não houver recursos humanos ou estrutura


logística necessária à execução das atividades previstas neste manual, fica facultada e
autorizada a designação para o exercício de mais de uma função por incumbência por
um único servidor.

8.4 Comando Situacional


É o comando exercido em situações específicas, conforme atribuições e
procedimentos previamente estabelecidos em planos, protocolos, Ordens de Serviço ou
Ordens de Missão, com a finalidade de garantir maior rapidez e qualidade às ações
operacionais.

É limitado às situações, aos recursos, às atribuições e áreas de atuação


estabelecidas em planos, protocolos e determinações formais, ou seja, tende a ser
objetivo, restrito e pouco discricionário.

No comando situacional, o detentor do comando não possui necessariamente


função de chefia, mas, em determinadas situações, pode acionar e supervisionar a
aplicação de certos recursos humanos e materiais, conforme diretrizes preestabelecidas
pelas unidades que detém o comando hierárquico sobre aqueles recursos.

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Também pode ser exercido entre organizações diferentes, em ambientes com
várias agências e em ações integradas, observando-se as competências legais e
protocolos de entendimento entre os órgãos participantes.

8.5 Vinculação Técnica


Está compreendida na faculdade de uma unidade da cadeia de comando
operacional vincular-se a outra que desempenha a mesma atividade, sem que haja
subordinação direta. Visa estabelecer, organizar e supervisionar o modo pelo qual deve
ser executada uma atividade específica na instituição, sob a perspectiva funcional e
temática.

A vinculação técnica garante o conhecimento e uniformidade do trabalho no


tocante ao uso dos materiais, ao emprego de tecnologias e aos procedimentos relativos
a uma área específica. Tem como objetivo a conscientização das responsabilidades e o
cumprimento das políticas, das normas e dos regulamentos internos, bem como a
padronização da formação e habilitação dos servidores que atuam na área específica.

A vinculação técnica está compreendida no estabelecimento da cadeia de


comando operacional, assim como se relaciona com a subordinação das áreas de apoio
aos comandos.

8.6 Níveis de Comando


Está relacionado à amplitude e alcance do comando operacional, sendo
estabelecido o nível nacional, representado pelas Unidades da Unidade Central da PRF;
o nível Estadual, representado pelas Unidades das Superintendências; e o nível Local,
representado pelas Unidades das Delegacias.

A Coluna “Nível de Comando” da Tabela abaixo traz a representação da


hierarquia de Comando Operacional, onde cada nível está subordinado imediatamente
ao nível acima, desta forma o Comando Local está subordinado ao Comando Estadual e
este ao Comando Nacional.

A coluna “Comando” da Tabela abaixo traz ainda a subordinação hierárquica


dentro dos níveis de comando, onde cada designação está subordinada à linha
imediatamente acima.
Tabela 4 - Cadeia de Comando Operacional

Nível de
Comando Apoio ao Comando Comando Situacional
Comando
Diretor-Geral Coordenadores-Gerais, Coordenadores,
Área de Comando e
Nacional Chefes de Divisão, Seções, Serviço e Núcleos
Diretor de Operações Controle Nacional
da Diretoria de Operações
Superintendentes Áreas de Comando e
Chefes das Áreas de Gestão Operacional das
Estadual Chefes das Áreas de Operações Controle das
Superintendências
das Superintendências Superintendências
Chefes de Delegacias
Chefes dos Núcleos de
Policiamento e Fiscalização
Local Chefes dos Grupos Especializados Supervisor Operacional
Supervisor Operacional
Chefes das Unidades Operacionais
Chefes de Equipes

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9 PLANEJAMENTO

É o processo metódico de preparação para realização de atividades de forma


organizada e calculada, a fim de se estabelecer uma programação lógica, dentro de
prazos que permitam a otimização e adequação dos meios, visando assim, a melhor
forma de executar as atividades institucionais e garantir os melhores resultados.

Considerando os níveis hierárquicos, o planejamento pode ser dividido em três


tipos: planejamento estratégico, planejamento tático e planejamento operacional. Os
três níveis de planejamento são estabelecidos para que as organizações possam seguir
uma metodologia de trabalho e tenham a capacidade de desenvolver seus processos de
forma organizada na busca da otimização dos resultados diante de muitos desafios,
objetivando sempre a melhoria contínua, por meio da gestão estratégica.

No âmbito da PRF todo planejamento e/ou programação, deverá(ão) ser


submetido(s) aos superiores para análise e aprovação, devendo ser exteriorizados
através de documentos específicos.

9.1 Planejamento Estratégico


O planejamento estratégico é o “Método gerencial que permite estabelecer a
direção a ser seguida pela empresa, visando maior grau de interação com o ambiente”.5

É o planejamento realizado no nível institucional mais alto da organização. Os


dirigentes, desse nível institucional do órgão, estão totalmente voltados para a tarefa
primária da instituição de se defrontar com a incerteza gerada pelos elementos
incontroláveis e imprevisíveis do ambiente de tarefa do órgão e do ambiente geral.

Ao rastrearem as ameaças ambientais e as oportunidades disponíveis para a


organização e ao desenvolverem estratégias para orientar esses elementos ambientais,
os dirigentes desse nível institucional precisam de um horizonte de tempo projetado a
longo prazo, de uma abordagem global envolvendo a organização como um todo
integrado de recursos, capacidades e potencialidades. Esse planejamento, sobretudo, é
o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se
estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização, atuando de forma
inovadora e diferenciada.

Na busca da excelência na prestação dos serviços à sociedade, a PRF desenvolveu


seu planejamento estratégico apontando as estratégias necessárias, com o objetivo de
alcançar suas metas. Estabelecendo assim em um Plano Estratégico, sua missão, visão
de futuro, valores, seus objetivos estratégicos, bem como os resultados estratégicos a
serem alcançados pela instituição.

Esse Plano Estratégico é desmembrado, já no nível tático, em Plano Diretor que


congrega todas as áreas da estrutura organizacional da PRF. O Plano Diretor estabelece
políticas, diretrizes, iniciativas (programas ou projetos), objetivos e metas nacionais.

5
KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo : Atlas, 1975.
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9.2 Planejamento Tático
O planejamento tático pode ser conceituado como “a tentativa da organização
de integrar o processo decisório e alinhá-lo à estratégia adotada, para orientar o nível
operacional em suas atividades e tarefas, a fim de atingir os objetivos organizacionais
anteriormente propostos”.6

Esse planejamento visa adequar à projeção do desenvolvimento institucional


para a realidade da área ou parte da estrutura organizacional que se queira induzir,
estabelecendo ações mais definidas para atingimento do plano estratégico.

A base para estabelecer um planejamento tático consistente é identificar a


maturidade institucional do órgão, observando-se as seguintes características
principais:

● Processo permanente e de aprimoramento contínuo;

● Atividade que aproxima o estratégico do operacional;

● Definição de alocação de recursos;

● Estabelecimento de ações de médio prazo; e

● Produção de planos direcionados às atividades nas Superintendências.

Com base nessa definição o planejamento tático na PRF visa aproximar a visão
de futuro e objetivos preestabelecidos pelo Plano Estratégico aos planos operacionais
na busca dos resultados institucionais. O planejamento tático deve verificar as
conjunturas operacionais do ambiente interno e externo, consolidando o
estabelecimento de ações e atividades próprias para todos os objetivos e metas do
exercício previsto. Na confecção do planejamento tático deve-se observar os períodos
de fechamento das propostas orçamentárias, a fim de viabilizar os recursos para a
efetivação do que se propõem realizar.

O planejamento tático é responsável pelo desdobramento do Plano Estratégico


a médio prazo, prevendo: diretrizes para elaboração dos planejamentos operacionais; o
alinhamento estratégico; os objetivos táticos; quadro de ações; indicadores para o
exercício de vigência; períodos e formas de monitoramento e controle, planejamento e
outras atividades de forma a criar as condições necessárias à execução de policiamento
e alcance dos resultados institucionais.

É fundamental que cada Unidade da Superintendência atue de forma


colaborativa na conclusão do planejamento tático, auxiliando na identificação dos
potenciais, no desenvolvimento de competências, na verificação dos fatores de risco, na
elaboração do diagnóstico, na análise e nos planos de ações consistentes, facilitando a
execução, o controle e monitoramento das atividades.

6
CHIAVENATO, Idalberto. Administração, teoria, processo e prática. São Paulo: Makron Books, 1994.
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O planejamento tático da Superintendência deverá ainda considerar aspectos e
características sociais, econômicas, geográficas dos estados e as políticas estaduais de
segurança pública.

9.3 Planejamento Operacional


É o mais específico e o de curto prazo, voltado para a execução das operações e
das ações rotineiras, devendo estar alinhado ao plano estratégico, plano diretor,
diretrizes de planejamento operacional e ao plano tático da Superintendência.

O planejamento operacional deve ser desenvolvido no âmbito de todas as áreas


operacionais, de acordo com a estrutura de planejamento prevista neste manual ou em
qualquer outro de procedimentos específico sobre o processo planejamento da PRF.
Deve conter o desdobramento das metas estabelecidas no Planos Táticos, bem como as
tarefas. No planejamento operacional devem ser previstos os métodos, processos e
sistemas aplicados, os responsáveis pela execução, a logística, o cronograma e os
resultados a serem alcançados buscando a máxima eficiência no emprego dos recursos
e uma maior eficácia das ações.

O processo de planejamento operacional da PRF, pode ser classificado: quanto


sua abrangência: nacional, estadual ou local; quanto ao prazo: anual, mensal ou diário;
e quanto a sua aplicação: de ações de gestão operacional, de operações e de atividades
ordinárias.
Tabela 5 – Classificação do Planejamento Operacional

Abrangência Prazo Aplicação


Ações de Gestão Operacional
Nacional Anual
Operações
Ações de Gestão Operacional
Estadual Anual
Operações
Ações de Gestão Operacional
Anual
Operações
Local
Mensal Atividades Ordinárias
Diário Atividades Ordinárias

9.3.1.1 Planejamento Operacional Nacional

O planejamento operacional nacional é realizado no âmbito da Diretoria de


Operações e está voltado para a execução das ações de caráter nacional, ou
estratégicas, consolidando e adequando os planejamentos das áreas subordinadas à
DIOP.

Esse planejamento é formalizado como Plano de Ações Operacionais Nacional


para o exercício do ano determinado, que engloba as Ações de Operações e Ações de
Gestão Operacional (controle e avaliação, reuniões administrativas, reuniões externas,
eventos de representação, demandas de capacitação e treinamento, demandas de
aquisições e contratações, demandas de sistemas).

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9.3.1.2 Planejamento Operacional Estadual

O planejamento operacional estadual abrange o âmbito das Superintendências,


consistindo na compilação dos planejamentos das respectivas Delegacias. Está voltado
para a execução das ações comuns às unidades de gestão operacional subordinadas à
Área de Operações. É desenvolvido pela área de Gestão Operacional Estadual e deverá
considerar as diretrizes de planejamento anuais estabelecidas pela Diretoria de
Operações.

Esse planejamento é formalizado como Plano de Ações Operacionais Estadual


para o exercício do ano determinado, que engloba as Ações de Operações e Ações de
Gestão Operacional (controle e avaliação, reuniões administrativas, reuniões externas,
eventos de representação, demandas de capacitação e treinamento, demandas de
aquisições e contratações, demandas de sistemas), bem como faz o desmembramento
das ações estabelecidas no Calendário de Eventos, Operações e Comandos Nacionais,
os Indicadores e as Metas de Policiamento, além de prever o calendário de eventos,
operações, comandos e iniciativas das Superintendências.

9.3.1.3 Planejamento Operacional Local

O planejamento operacional local está alinhado em método com o planejamento


operacional estadual, tendo como resultado o Plano de Ações Operacionais Local.

Tal planejamento englobando as Ações de Operações e Ações de Gestão


Operacional (controle e avaliação, reuniões administrativas, reuniões externas, eventos
de representação, demandas de capacitação e treinamento, demandas de aquisições e
contratações, demandas de sistemas) quando se relaciona ao período de ano
determinado. Já quando se relaciona ao período mensal ou diário, engloba as Ações de
Atividade Ordinárias.

9.3.1.3.1 Planejamento Operacional de Atividades Ordinárias

É o Planejamento que define a execução das atividades operacionais cotidianas,


prevendo o emprego dos recursos, meios e força de trabalho; de forma a prestar os
serviços oferecidos à sociedade e o cumprimento dos objetivos, ações/tarefas previstos
nos planos e o atingimento dos resultados e metas estabelecidos para cada unidade,
com prazo mensal e diário.

9.3.1.3.1.1 Planejamento Mensal

É o planejamento realizado mensalmente, formalizado através da escala de


serviço, pelas Delegacias, Grupos Especializados e outras unidades da estrutura
organizacional que necessitem.

9.3.1.3.1.2 Planejamento Diário

É o planejamento realizado pelas Delegacias, Grupos Especializados e outras


unidades da estrutura organizacional. Visa estabelecer a programação de execução das
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atividades operacionais para equipes específicas durante o seu turno de serviço.
Formalizado através do Cartão-Programa.

É confeccionado com base nas metas a serem atingidas, analisando os dados


estatísticos e demandas específicas, visando aumentar a eficácia do trabalho preventivo
e repressivo, a visibilidade e disponibilidade da PRF, a diminuição do tempo de resposta
e otimização dos meios. Deve constar o quê, quem, quando, onde, como executar as
metas em cada local de atuação ou turno de serviço.

9.3.1.4 Planejamento de Operações

É o Planejamento realizado para atender demandas específicas que necessitem


de recursos adicionais. Podem ser contínuas ou permanentes (decorrentes de planos de
ações), sazonais ou periódicas (eventuais) e ou situacionais/não programadas
(pontuais). Tem o objetivo de alcançar metas e resultados, maximizando oportunidades
e/ou eliminando ou minimizando problemas.

9.3.2 Processo de Planejamento Operacional

O processo de planejamento operacional da PRF é pré-requisito para o


desenvolvimento e o estabelecimento de planos operacionais que visam a execução de
todas as atividades operacionais. Caracteriza-se por ser um processo técnico
permanente e contínuo, sistematizado, voltado para ações futuras, sistêmico,
interativo, cíclico e racional na tomada de decisões.

Visa fornecer orientações diretivas, definindo metas ou normativas, métodos,


técnicas e ferramentas para que a etapa de execução seja realizada e cumprir as
estratégias, diretrizes, políticas, iniciativas e objetivos estabelecidos no Plano
Estratégico e no Plano Diretor e o Plano Tático da Superintendência.

Os procedimentos, metodologia, técnicas e etapas do planejamento


operacional, serão estabelecidos em Manual específico.

9.4 Formalização dos Planejamentos


Para obter força de ordem direta e estabelecer um dever de fazer, todo
planejamento deverá ser materializado em forma de um Plano, obrigando as unidades
ou servidores a este vinculado.

9.4.1 Planos

Os planos são a tradução formal do processo de planejamento em documentos


que definem como os objetivos (estratégicos, táticos ou operacionais) devem ser
alcançados, descrevendo e estabelecendo políticas, diretrizes, metas, indicadores,
programas ou programações, procedimentos, métodos, normas ou
regulamentos/regras e orçamentos.

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Cada plano é instituído por um documento público, considerados atos
administrativos, normativos ou ordinários. Deverão ter divulgação interna efetiva,
resguardado o sigilo nas situações necessárias.

Todas as alterações ou intervenções necessárias nos Planos devem ser


efetivadas através de aditamentos específicos, conforme o documento que o defina, e
publicadas na mesma forma do documento original.

Os Planos poderão ter como demandas decorrentes necessidades de se


formalizar ou instituir novos planos, determinações, convocações, escalas, atividades
operacionais, comunicações e outros.

Nos quadros abaixo estão condensadas informações por tipos de Planos.


Tabela 6 - Planos Nível Estratégico

PLANO DE NÍVEL ESTRATÉGICO


O que Quem Instituído
Nomenclatura Propósito Conteúdo Período
estabelece estabelece por
Norteia todas as instâncias Missão
decisórias e executórias para o Visão
PLANO
cumprimento da missão e o Referencial Valores Diretor-Geral Portaria 8 anos
ESTRATÉGICO
atingimento da visão de Estratégico Resultados Institucionais
futuro, exercendo os valores Objetivos Estratégicos
estabelecidos Mapa Estratégico
Harmoniza o planejamento e Metodologia de Gestão
PLANO destina-se a direcionar a Iniciativas Diretrizes Estratégicas
Estratégicas
Diretor-Geral Portaria 2 anos
ORGANIZACIONAL formulação do Plano Diretor Indicadores Estratégicos
da Sede e Planos Táticos das Metas Estratégicas
Superintendências Priorização de Serviços

Tabela 7 - Planos Nível Tático

PLANO DE NÍVEL TÁTICO


O que Quem Instituído
Nomenclatura Propósito Conteúdo Período
estabelece estabelece por
Consolida a prática do Alinhamento Estratégico
planejamento, com escopo na Eixos Estratégicos
melhoria contínua da Plano Iniciativas Estratégicas
PLANO DIRETOR Diretor-Geral Portaria Bienal
governança, assegurando que Diretor Programas Estratégicos
os fins pretendidos sejam Projetos Estratégicos
alcançados por meios
adequados e legítimos Diretrizes Setoriais
Calendário de Operações
Estabelece diretrizes, Nacionais
DIRETRIZES DE Instrução
conceitos e foco para Diretor de
PLANEJAMENTO Diretrizes Indicadores de Anual
elaboração do planejamento Operações Serviço
OPERACIONAL Metas
operacional das áreas de
Orçamento
Gestão Operacional
Cronograma de Avaliação
Consolida as ações e análise Iniciativas Táticas
PLANO TÁTICO de contexto, baseando-se no Metas
Plano Superintendente Portaria Bienal
REGIONAL Plano Estratégico, Plano Projetos
Tático
Diretor e Diretrizes de
Planejamento Operacional Indicadores Táticos

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Tabela 8 - Planos Nível Operacional

PLANO DE NÍVEL OPERACIONAL


O que Quem Instituído
Nomenclatura Propósito Conteúdo Período
estabelece estabelece por
Ações de Gestão
Consolida as ações de alcance Operacional
PLANO NACIONAL
nacional das Superintendências e Plano Operações Diretor de
DE AÇÕES Portaria Anual
áreas temáticas subordinadas à Operacional Indicadores Operações
OPERACIONAIS
Diretoria de Operações Metas
Orçamento
Ações de Gestão
Consolida as ações de alcance Operacional
PLANO ESTADUAL regional das Delegacias e áreas
Plano Operações Superintendente
DE AÇÕES de gestão operacional Portaria Anual
Operacional Indicadores
OPERACIONAIS subordinadas às
Metas
Superintendências
Orçamento
Consolida as ações operacionais Ações de Gestão
PLANO LOCAL DE para atendimento das demandas Operacional
Plano Superintendente
AÇÕES e manutenção das atividades Operações Portaria Anual
Operacional
OPERACIONAIS ordinárias com foco nos Metas
resultados institucionais Orçamento
Escala de Serviço
Recursos Materiais e
PLANO Define a execução das atividades Humanos Chefe de SEOP
OPERACIONAL DE operacionais cotidianas, e Chefe de Escala
Plano Turnos de Serviço
ATIVIDADES prevendo o emprego dos Núcleo de de Mensal
Mensal Convocações
ORDINÁRIAS - recursos materiais e humanos e a Policiamento e Serviço
Afastamentos
MENSAL forma de atuação Fiscalização
Funções por incumbência
Carga Horária
Ações da Equipe
PLANO Define a execução das atividades Operacional Chefe de SEOP
OPERACIONAL DE operacionais cotidianas, Período e Local de e Chefe de
Plano Cartão-
ATIVIDADES prevendo o emprego dos Atuação Núcleo de Diário
Diário Programa
ORDINÁRIAS - recursos materiais e humanos e a Metas Policiamento e
DIÁRIO forma de atuação Atividades Fiscalização
Tarefas

As estruturas dos planos operacionais deverão conter informações mínimas de


acordo com sua classificação e a forma dos documentos que os instituem. De acordo
com a ação a ser executada e sua abrangência (nacional, estadual, local) poderão ser
acrescidas informações, detalhamentos e outros itens necessários para execução.

Nos casos que o plano ensejar movimentação de efetivo, sendo, portanto,


documento de convocação deverão conter as informações definidas em normativas
específicas para proposição da concessão de diárias e passagens.

Deverão seguir as normas relativas à redação oficial, de hierarquia das normas,


de competência, estruturação, publicação, alteração, acesso, sigilo e demais relativas à
documentação pública.

São espécies de documentos que instituem os Planos:

9.4.1.1 Instrução de Serviço

Documento interno, considerado ato administrativo ordinatório, que dispõe


sobre a execução de rotinas, procedimentos, trabalhos, ações, planejamento e
atividades específicas. Sua estrutura e aplicação estão definidas em normativa própria.
Sua publicação compete ao Diretor-Geral, Diretor de Operações e Superintendentes.

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9.4.1.2 Ordem de Serviço

Documento interno, considerado ato administrativo ordinatório, que envolve


mais de um nível de comando operacional e/ou mais de uma área da estrutura
operacional, que fixa diretrizes gerais de natureza operacional. É publicada para
movimentar recursos para o atendimento de demandas específicas, relacionadas ao
Plano Operacional, ou ainda para demandas inopinadas. Sua vigência se encerra ao final
do período definido ou na conclusão do serviço.

Deve conter na sua estrutura, no mínimo, os seguintes itens: situação (ex.


avaliação cenários, estatísticas), objetivo, execução (coordenação, local, período,
cronograma, diretrizes de planejamento e recursos), administração e logística (recursos
financeiros, diretrizes sobre equipamentos operacionais), controle e avaliação
(supervisão, fluxo de informações, relatórios), comunicação, e disposições gerais.
Deverá ter o caráter restrito ou sigiloso mantido durante sua vigência. Será expedida
pelo Diretor de Operações e Superintendentes.

9.4.1.3 Ordem de Missão

Documento interno, considerado ato administrativo ordinatório, para uma


equipe da mesma unidade ou área operacional, destinado a missões específicas de
natureza operacional. Sua vigência se encerra ao final do período definido ou na
conclusão da missão.

Deve conter na sua estrutura, no mínimo, os seguintes itens: situação, objetivo,


execução (coordenação, local, período, responsável, efetivo e recursos), controle e
avaliação (e fluxo de informações) e disposições gerais. Deverá ter o caráter restrito ou
sigiloso mantido durante sua vigência. Será expedido no âmbito do policiamento pelos
Coordenadores-Gerais, Chefe do Serviço/Setor/Núcleo de Operações e pelos Chefes de
Delegacias.

9.4.1.4 Escala de Serviço

É o plano operacional que visa organizar, distribuir e equacionar a jornada de


trabalho estabelecida e o seu cumprimento. Designa o emprego dos recursos humanos,
de forma individualizada, nominal e padronizada nas diversas unidades, grupos e
equipes operacionais.

O efetivo deve ser distribuído de forma a desempenhar as atividades conforme


a demanda e a necessidade de prestação ininterrupta de serviços indispensáveis aos
usuários e a consecução da missão institucional da PRF.

As escalas de serviço deverão ser previamente cadastradas no sistema Parte


Diária Informatizada da PRF, com a antecedência prevista em Manual específico.

A escala de serviço tem duração e forma definida conforme o tipo de atividade


de policiamento e ou necessidade do serviço, observado os horários de descanso e folga
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 44
nos intervalos interjornadas e as restrições legais ou estabelecidas em normativas
próprias da gestão de pessoas da instituição. Deve constar na escala:

● Dados básicos (unidade, mês, descrição, observações);

● Tipo de escala de serviços – (equipes, funções, dias e jornada de trabalho por


servidor, horários diferenciados);

● Escala de serviços extraordinários (conforme Ordem de Missão);

● Afastamentos (por férias, licença médica, licença capacitação, entre outras);

● Horas a trabalhar;

● Compensação horária;

● Calendário com as operações estaduais e nacionais com seus respectivos


períodos; e

● Outras informações de interesse do serviço.

As escalas poderão ser ordinárias ou extraordinárias.

9.4.1.4.1 Escala Ordinária

A escala ordinária é a do serviço cotidiano, que é realizado em regime de turnos


de trabalho, ininterrupto ou não, a depender das demandas, adequando-se às
necessidades da prestação dos serviços à sociedade. É obrigatória para todas as equipes
operacionais ordinárias e especializadas e será publicada no sistema Parte Diária
Informatizada.

9.4.1.4.2 Escala Extraordinária

É aquela que pode ser realizada em regime de revezamento, ininterrupto ou não,


a depender das demandas, adequando-se às necessidades da prestação dos serviços à
sociedade. Visa atender demandas específicas que exijam a necessidade emprego de
recursos humanos e materiais superiores ao serviço ordinário, tais como operações,
comandos específicos etc.

O estabelecimento dessa escala será formalizado através de Ordem de Serviço o


Ordem de Missão e deverá ser observado os horários de descanso e folga nos intervalos
interjornadas, bem como as restrições legais e as estabelecidas em normativas próprias
da gestão de pessoas da instituição.

9.4.1.5 Cartão-Programa

É a programação das atividades operacionais a serem executadas pelas equipes


operacionais durante o turno de serviço, dividida em períodos determinados e
atividades planejadas e fundamentadas.
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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 45
Deverá ser planejado com base em análise de dados estatísticos, conhecimento
produzido pela atividade de inteligência ou para tender demandas específicas, visando
aumentar a eficácia do trabalho preventivo e repressivo, a visibilidade e disponibilidade
da PRF, a diminuição do tempo de resposta às necessidades da sociedade e otimização
dos meios. O Cartão-Programa deve contemplar as metas estabelecidas para o turno de
serviço para cada equipe.

Deverá ser observado em campo específico do cartão e nos sistemas de registro


diário de serviço a execução total, parcial ou o não execução da programação.

A estrutura do Cartão-Programa deverá seguir normativa específica ou sistema


de registro vigente.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 46
10 EXECUÇÃO OPERACIONAL

É o efetivo emprego dos recursos operacionais, em atividades de policiamento,


fiscalização e atendimento, para implementar os serviços prestados pela PRF. Visa
atingir metas e resultados planejados, de forma eficiente, eficaz e efetiva. A execução
deve considerar os objetivos estratégicos e as doutrinas da PRF, as ferramentas e meios
disponíveis, as diretrizes e a políticas de gestão.

O tipo de atividade a ser empregada; a escala de serviço; o cartão-programa de


policiamento; comandos específicos, rondas e outras estratégias deverão ser adequadas
às necessidades da prestação dos serviços à sociedade.

10.1 Organização do Trabalho na Execução Operacional


Para a organização do trabalho, as tarefas das equipes operacionais ou de suas
frações são distribuídas dentre os servidores indicados para as funções de Chefe de
Equipe, motorista, auxiliares e chefes de ronda, e seus equivalentes nas unidades de
comando e controle, equipes aerotáticas e equipes especializadas, conforme quadro
abaixo:

a) Nas Superintendências:
Figura 4 - Organização do Trabalho Operacional nas Superintendências

As funções por incumbência atribuídas aos servidores das equipes operacionais


são as de chefe de equipe, motorista, auxiliar e chefe de ronda. A função de chefe de
ronda será atribuída a um dos servidores que compõe a viatura, registrada em
documento convocatório ou pelo Chefe de Equipe em Parte Diária. Na ausência de
registro, exercerá a função de Chefe de Ronda o policial com maior tempo de serviço na
PRF.

As funções por incumbência das equipes de comando e controle e de aerotático


seguem o que se estabelece em Manuais específicos.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 47
b) Nas Delegacias:
Figura 5 - Organização do Trabalho Operacional nas Delegacias

As atribuições das funções por incumbência de Chefe de Unidade Operacional,


Supervisor Operacional e Chefe de Grupo são as definidas neste Manual,
complementadas em atos administrativos específicos da Diretoria de Operações, e
quando for o caso pela Delegacia.

A função de Chefe de Unidade Operacional é definida, segunda avaliação de


oportunidade e conveniência do Chefe de Delegacia.

A função de Supervisor Operacional é obrigatória na organização operacional da


Delegacia, devendo ao menos um servidor ser designado pelo Chefe do Núcleo de
Policiamento e Fiscalização para organizar e comandar a execução das atividades no
âmbito da Delegacia. Nos casos em que um servidor da equipe operacional for
designado para Supervisor Operacional, poderá haver a acumulação com a função de
Chefe de Equipe. Contudo, prevalecerá no registro em Parte Diária a função de
Supervisor Operacional. Nestes casos, o Supervisor Operacional passa a compor a
equipe operacional.

As funções atribuídas aos servidores organizam as atividades e subsidiam a


cadeia de comando. Contudo, não impedem a colaboração e a execução das
responsabilidades atribuídas a um servidor pelos demais membros da equipe.

10.1.1 Rotinas Operacionais

A execução das atividades operacionais requer o atendimento das diretrizes dos


planos operacionais e determinações dos superiores hierárquicos para organização dos
trabalhos. Desta forma, além das atribuições relacionadas para cada função por

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 48
incumbência aos membros da equipe operacional, caberá o atendimento conjunto dos
seguintes preceitos:

● Apresentar-se adequadamente quanto ao aspecto pessoal de todos os


integrantes, dentro das diretrizes estabelecidas pela PRF;

● Manter contato com seus antecessores e/ou Supervisor Operacional, visando


atualizar-se de todas as ocorrências verificadas no turno anterior e de problemas
pendentes de solução;

● Quando do início das suas atividades de serviço, examinar a viatura, materiais,


equipamentos, formulários operacionais e parte diária, verificando se está em
consonância com a situação prevista e comunicada pelos seus antecessores;

● Realizar registros nos sistemas operacionais para registro das ações, alterações,
ocorrências, autos de infrações, comunicações, relatórios, mensagens eletrônicas,
solicitações e todos os formulários operacionais e documentos pertinentes ao serviço;

● Observar durante os deslocamentos as condições da via, no tocante à


conservação, sinalização, cercas de delimitação da faixa de domínio e o trânsito de
veículos nos dois sentidos, e realizar registros necessários;

● Durante a ronda, observar o fluxo de pessoas e veículos ao longo da via,


efetuando a devida fiscalização;

● Efetuar a fiscalização necessária aos veículos que apresentem ou pratiquem


infrações, bem como, aqueles suspeitos, anotando os dados indispensáveis à posterior
lavratura da(s) notificação(ões) correspondente(s);

● Transmitir quaisquer ocorrências ou anormalidades de que tiver conhecimento,


obedecendo o fluxo definido de informações operacionais;

● Deslocar-se, de imediato, em casos de acidente, para o local da ocorrência,


executando e supervisionando os serviços de atendimento e outras providências
complementares;

● Cumprir o cartão-programa, atentando para o devido posicionamento da viatura,


considerando visibilidade e segurança;

● No início do serviço, atualizar e sincronizar o PRF Móvel do equipamento


smartphone funcional para execução das atividades operacionais;

● Sincronizar o PRF Móvel antes de finalizar os registros operacionais no término


do serviço;

● Atender ao disposto em todos os atos normativos vigentes relacionados às


atividades operacionais;

● Encerrar, ao final do turno, os registros da parte diária e informar alterações para


equipe sucessora ou chefia imediata;
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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 49
● Cumprir as normas e metas estabelecida;

● Encerrar, ao final do turno, os registros da parte diária e informar alterações para


equipe sucessora ou chefia imediata; e

● Executar outras atividades correlatas que lhe forem solicitadas.

10.1.2 Funcionamento das Unidades Operacionais

As Unidades Operacionais terão funcionamento fundamentado em estudos de


demandas e diante de estratégia para melhor prestação dos serviços. O seu
funcionamento deverá, desta forma, estar formalizado em plano operacional.

As Unidades Operacionais poderão ter o funcionamento interrompido por


fechamento temporário em razão da movimentação de policiais para atendimento de
demandas, bem como pela insuficiência de efetivo para compor as escalas de serviço.
Tais situações deverão ser comunicadas à Diretoria de Operações, nos casos em que a
interrupção perdurar por mais de 30 dias.

Durante o funcionamento das Unidades Operacionais, ou seja, nos períodos e


frequência estabelecida em plano operacional, fica autorizado seu fechamento
eventual segundo as seguintes situações:

● Para que a equipe cumpra programação das atividades e atendimentos, como


por exemplo: cumprimento do cartão-programa, atendimento de ocorrências,
interceptação de veículo indicado pela Inteligência, encaminhamento de pessoas,
veículos e/ou produtos apreendidos, escolta de carga excedente ou por determinação
expressa da chefia imediata ou área de Comando e Controle da Superintendência;

● Quando não contar com equipe mínima de 2 policiais, ficando o eventual


remanejamento de servidor presente a critério da chefia imediata; e

● De acordo com o plano operacional que definir funcionamento sazonal,


fundamentado em estudos técnicos.

Nos casos de fechamento temporário ou eventual deverão ser resguardadas as


medidas de segurança orgânica específicas para áreas, instalações, bens, materiais e
equipamentos, devendo as Superintendências estabelecerem procedimentos peculiares
a cada região, estrutura física e possibilidades fáticas, mediante Instrução de Serviço.

Dentre os procedimentos para o fechamento eventual, deverá ser realizada,


obrigatória e imediatamente, a informação do fechamento e da abertura ao C3R,
registro no Sistema Parte Diária Informatizada, bem como a vistoria das instalações após
o retorno ao funcionamento, com o devido registro de danos ou furtos, caso ocorram,
e observância das demais orientações da chefia imediata ou contida em Instrução de
Serviço da Superintendência.

Os segmentos rodoviários de circunscrição da Unidade Operacional cujo


funcionamento interrompido deverá ser assumido por outra Unidade ou Equipe
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POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL
MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 50
Operacional, conforme estratégia de policiamento e plano de contingência
estabelecido. Tais planos devem estar devidamente ajustados com as chefias dos
Serviços, Setores, Seção ou Núcleos de Operações, em razão de possíveis impactos nos
resultados e em outras Delegacias.

Regra geral, a iluminação interna e externa das Unidades Operacionais deverá


ser mantida acesa durante o período noturno. Procedimento diverso poderá ser
adotado desde que sejam aprovados pela chefia imediata em razão de fundamentação
técnica.

As áreas de fiscalização das Unidades Operacionais são consideradas áreas de


segurança, não sendo permitido a instalação de qualquer estrutura destinadas a
comercialização de produtos e serviços ou mesmo a presença de vendedores
ambulantes, bem como outras estruturas que não estejam ligadas ou destinadas a
execução de policiamento, fiscalização ou atendimento.

10.1.3 Circunscrição

É a extensão total de segmentos de estradas e rodovias federais, de atuação


ordinária e primária da PRF. Também se entende como circunscrição as subdivisões da
extensão total de segmentos rodoviários que proporcionam a organização
administrativa para atribuir responsabilidades para cada Unidade Operacional, e
consequentemente das Delegacias e Superintendências.

As rodovias federais são vias compostas pela pista de rolamentos, a calçada, o


acostamento, ilha, canteiro e sua faixa de domínio, identificada e definida na forma da
Lei e cadastrada no Sistema Nacional de Viação, bem público da união de uso comum,
policiada, direta ou indiretamente, pela Polícia Rodoviária Federal.

A circunscrição da PRF correlaciona-se a todos os segmentos rodoviários sob o


domínio da União, independente do estabelecimento de pactos para administração da
infraestrutura, estabelecidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes ou contratos de concessão.

Não são contabilizados para o cálculo do total de trechos circunscritos os


segmentos de rodovias coincidentes, planejados e de travessias, conforme conceitos
estabelecidos pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.

A extensão total de trechos rodoviários circunscritos de cada Superintendência


será definida pela Diretoria de Operações, cabendo a subdivisão entre as Delegacias e
suas Unidades Operacionais às Superintendências.

Constitui parte do processo de controle da circunscrição o monitoramento e


definição de critérios para criação, funcionamento e extinção das estruturas físicas
operacionais, que são as Unidades Operacionais, Unidades de Apoio Operacional, os
Canis, as Base de Operações Aerotáticas, as Delegacias e as Superintendências.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 51
10.1.4 Comunicações e Contatos

As comunicações oriundas das equipes policiais em execução de policiamento


terão prioridade sobre qualquer outro tipo de comunicação.

Todas as unidades da estrutura operacional deverão ter um plano de chamada


atualizado, para fins de acionamento em situações especiais, sob responsabilidade do
Chefe da Delegacia. A área de Comando e Controle Nacional consolida os planos das
unidades localizadas na Unidade Central, e as áreas de Comando e Controle das
Superintendências consolidam os planos das Delegacias e Unidades Operacionais da
Superintendência.

Os policiais em serviço deverão ficar atentos aos sistemas de comunicação de


voz e dados (telefone funcional e rádio), inclusive os portáteis, que são equipamentos
indispensáveis para sua segurança e bom andamento do serviço, e deverão manter tais
equipamentos em condições de utilização durante todo o serviço.

10.2 Recursos Operacionais


São todos os meios aplicáveis em atividades operacionais, incluindo recursos
humanos, veículos, aeronaves, armamentos, equipamentos, sistemas, materiais,
animais e quaisquer outros necessários à execução operacional.

10.3 Recursos Humanos


É a capacidade inerente ao conjunto de servidores com características físicas e
mentais, conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à execução operacional,
visando produzir resultados, alcance de objetivos e o cumprimento da missão
institucional.

10.4 Formas de Atuação


10.4.1 Abordagem

Abordagem é todo o contato efetivado com o cidadão durante a execução da


atividade policial. Quando no exercício do poder de polícia, pode ter o objetivo de
fiscalizar, autuar, colher informações, realizar busca pessoal, prender, entre outros.
Deve utilizar procedimentos que proporcionem a segurança do policial, dos abordados
e de terceiros, observando a legalidade, proporcionalidade e necessidade, e
promovendo os direitos humanos.

A abordagem é o principal mecanismo de trabalho da PRF, deve ocorrer de forma


rotineira e proativa, devendo esta ser permeada por tratamento claro, firme e cortês,
além de postura e apresentação individual adequadas.

Toda abordagem deve ser registrada em sistema próprio, fazendo-se constar o


máximo de informações relevantes com o intuito de formar uma base de conhecimento
e contabilização das fiscalizações com abordagem.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 52
Regulamentação específica trará um conjunto de procedimentos operacionais, a
fim de orientar os policiais na melhor maneira de proceder nas diversas situações em
que se depara durante as atividades, descrevendo detalhadamente o comportamento a
ser adotado.

10.4.1.1 Fiscalização com Abordagem

São as fiscalizações que por sua natureza, situação e necessidade são efetivadas
através de abordagem.

Não será admitida a fiscalização com abordagem realizada por apenas um


policial. Este deverá estar sempre acompanhado, visando a sua proteção e a
transparência da ação, não podendo os demais policiais eximir do acompanhamento,
conforme estabelecido em manual de procedimento específico.

10.4.1.2 Fiscalização sem Abordagem

São as fiscalizações que por sua natureza ou situação não necessitem ou não
possam ser efetivadas com abordagem. Podem ainda ocorrer através de equipamentos
e sistemas autônomos.

10.4.2 Ronda

Consiste em deslocamentos ostensivos, terrestres ou aéreos, com objetivo de


preservar a ordem pública, prevenindo a ocorrência de acidentes e crimes em locais
estratégicos ou com demandas específicas, momento em que, prioritariamente, são
desenvolvidas as atividades de policiamento, fiscalização e atendimento pela PRF.

A ronda se caracteriza pelo deslocamento efetivo das viaturas caracterizadas


para o cumprimento das atividades operacionais, incluindo as paradas para execução de
abordagens aos veículos e pessoas. Desta forma, o deslocamento em viaturas
descaracterizadas, ou em viaturas caracterizadas para atividades não conceituadas
como ronda, é classificado como “deslocamento especial”.

A ação de ronda é dinâmica e com vistas ao registro nos sistemas operacionais,


o deslocamento pode ser particionado em subclassificações como o estacionamento
especial, comum as viaturas caracterizadas e descaracterizadas, a depender do objetivo
e situação em que se envolve a manobra; auxílio ao usuário, atendimento de acidentes,
escolta e batedor, orientação de trânsito, por exemplo.

Deverá ser priorizado o uso de luzes intermitentes das viaturas, principalmente


à noite e em períodos chuvosos, objetivando o aumento da ostensividade e da
percepção de segurança, considerando o previsto no Código de Trânsito Brasileiro, e a
orientação da chefia imediata bem como a estratégia adotada para a execução da
atividade operacionais.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 53
A velocidade de ronda deverá ser de até 80% da velocidade máxima da via, a fim
de permitir ao policial a máxima capacidade de observação das circunstâncias ao seu
redor.

Em pista de múltiplas faixas, a viatura deve ser mantida sempre na faixa mais à
direita da pista de rolamento, a fim de não interferir na(s) faixa(s) de maior velocidade,
bem como manter uma maior capacidade de parada rápida e segura. Já nas pistas
simples, deve-se sempre facilitar as ultrapassagens dos demais veículos, utilizando
eventualmente o acostamento.

Quando necessário parar a viatura policial, deve-se dar preferência ao uso do


acostamento ou, quando possível, de área fora do leito carroçável.

Na falta ou impossibilidade de uso do acostamento ou área fora do leito


carroçável, deve-se optar por parar a viatura policial paralelamente ao eixo da via. À
noite, acionar as luzes intermitentes ou rotativas, a fim de permitir maior visibilidade
aos usuários da rodovia.

10.4.3 Comando

São ações de fiscalização locais, em ponto fixo e devidamente sinalizado,


conforme planejamento prévio, realizadas com propósito específico, em período
determinado.

Os comandos compõem o plano operacional, podendo ser realizados


ordinariamente, caso estejam previstos no cartão-programa, ou como etapas de
missões de equipes específicas e especializadas. Não há, nos comandos, formatação da
quantidade de policiais, sendo necessário, por óbvio, mais de um policial.

O estacionamento de viatura para fiscalização em ponto fixo deve ser realizado,


preferencialmente, perpendicular ou transversal ao eixo da via, a fim de permitir maior
área de visibilidade aos usuários da rodovia, proteção aos policiais e permitindo saída
rápida em ambas as direções.

10.4.4 Operações

São atividades operacionais planejadas, organizadas e executadas com o


emprego de meios adicionais para potencializar o alcance de um resultado específico.
Ocorre em função de demandas eventuais ou rotineiras, e podem ser de caráter
nacional, estadual ou local. Poderá ocorrer com a participação de outros órgãos, na
modalidade integrada ou conjunta.

10.4.4.1 Quanto ao Planejamento e Execução.


10.4.4.1.1 Operações PRF

Operações que ocorrem na área de circunscrição com planejamento e


coordenação da PRF, a fim de cumprir sua missão institucional.

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10.4.4.1.2 Operações Integradas

Operações nas quais a PRF atua com outros órgãos em períodos e horários
estabelecidos previamente, cada um dentro de suas competências, buscando
maximização dos resultados de cada instituição para a sociedade.

10.4.4.1.3 Operações Conjuntas

Operações nas quais a PRF atua conjuntamente com outros órgãos, em um local
previamente estabelecido, podendo ocorrer nas áreas de competência de qualquer dos
órgãos participantes e com coordenação conforme o objetivo da Operação.

10.4.4.2 Quanto ao Nível de Comando PRF

Todas as operações que envolvam a PRF, no âmbito institucional terão um nível


de coordenação conforme a Cadeia de Comando Operacional, podendo ser de
coordenação nacional, estadual ou local.

O Comando Superior poderá desdobrar ou delegar as atividades inerentes à


coordenação da operação aos níveis de comandos inferiores.

10.4.4.2.1 Operações de Coordenação Nacional

São operações que devido à sua importância estratégica, abrangência, impacto


ou utilização de recursos, independente da extensão territorial, serão demandadas e
coordenadas pelo Comando Nacional.

10.4.4.2.2 Operações de Coordenação Estadual

São operações que devido ao seu impacto, abrangência e utilização de recursos


serão coordenadas pelo Comando Estadual. Podem contar com recursos externos à
Superintendência.

10.4.4.2.3 Operações de Coordenação Local

São operações que devido ao seu impacto, abrangência e utilização de recursos


limitados ao âmbito das Delegacias serão coordenadas pelo Comando Local.

10.4.4.3 Quanto a Previsibilidade


10.4.4.3.1 Programadas

São as operações previstas nos planos operacionais de acordo com objetivos


estratégicos a serem atingidos.

10.4.4.3.2 Situacionais ou Inopinadas

São operações que surgem diante de situações de urgência ou de uma demanda


não programada.
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10.4.4.4 Quanto à Abrangência
10.4.4.4.1 Operações Nacionais

São as operações que impactam em todo o território nacional pelas suas ações
operacionais previstas e/ou pela mobilização de recursos operacionais.

10.4.4.4.2 Operações Estaduais

São as operações que impactam em todas as Delegacias da Superintendência


pelas suas ações operacionais previstas e/ou pela mobilização de recursos operacionais.

10.4.4.4.3 Operações Locais

São as operações que impactam apenas no âmbito de uma Delegacia pelas suas
ações operacionais previstas e/ou pela mobilização de recursos operacionais.

10.4.5 Respostas de Incidentes

São as ações para atendimento das mais diversas ocorrências (acidentes, crimes,
interdições etc.) até a sua conclusão, ou seja, até o retorno à normalidade.

Apesar de possuírem caráter essencialmente reativo, são adotadas diversas


ações preventivas para evitar o agravamento da situação.

10.4.6 Sistema de Comando e Controle

É o sistema que se subordina à Gestão Operacional e, a partir de seus planos,


protocolos e determinações, monitora e orienta ininterruptamente a aplicação dos
recursos operacionais e a execução das atividades operacionais, por parte das Equipes
Operacionais.

No âmbito da PRF, o Comando e Controle é exercido diuturnamente, em estado


de normalidade ou em situações críticas. Esta função se caracteriza pelas ações de
gestão das informações operacionais, englobando todo fluxo de comunicação e
consolidação destas informações, visando à manutenção da normalidade.

É responsável pelas ações de gestão dos recursos operacionais quando em


resposta a incidentes a fim de restaurar a normalidade.

10.4.7 Procedimento Operacional Padrão

São os documentos que contém os protocolos e procedimentos estabelecidos


nos diversos regramentos legais e infralegais, apresentando de forma visual e
simplificada aquilo que se aplica à determinada atividade operacional. A formalização
dos Procedimentos Operacionais Padrão e suas exigências para publicação serão
regradas por ato normativo específico.

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10.4.8 Meios de Apoio Operacional

São as ferramentas, equipamentos e materiais que apoiam diretamente a


execução das atividades operacionais.

10.4.8.1 Ferramentas
10.4.8.1.1 Informações Operacionais

É o conjunto organizado de dados oriundos e relativos a recursos operacionais,


atividades operacionais, eventos e/ou resultados operacionais; são consolidadas e
difundidas por sistemas de informação, planilhas eletrônicas, documentos e/ou
interação direta entre pessoas através de conversas ou mensagens.

As informações operacionais são fundamentais, não apenas para as ações


reativas, mas também para uma gestão baseada em planejamento e controle, criando
condições favoráveis à utilização eficiente dos recursos materiais e humanos, assim
como, garantindo melhores resultados e qualidade nos serviços prestados à sociedade.

Além da aplicação direta nas decisões operacionais, subsidiam também as


decisões das demais áreas da PRF tais como: orçamentárias, logísticas, de pessoal, de
comunicação social e correcional.

10.4.8.1.2 Sistemas Operacionais

É o conjunto de softwares destinados a realizar o planejamento, registro,


monitoramento, controle, extração de dados, confecção de documentos e relatórios
referentes às atividades finalísticas.

10.4.8.1.3 Comunicações

É o processo de emissão, transmissão e recepção de mensagens por sistemas de


comunicação de dados e voz, que tem sua estruturação, configuração, instalação, uso,
manutenção, aquisição, segurança e outros critérios estabelecidos em regulamentação
específica. Os métodos e sistemas de comunicação necessariamente devem atender os
requisitos de disponibilidade, autenticidade, integridade, confidencialidade,
audibilidade, acessibilidade, com o objetivo de atender às necessidades da atividade fim
da instituição.

10.4.8.2 Equipamentos

São os instrumentos, objetos, dispositivos e aparelhos à disposição dos policiais


para o desempenho das atividades da PRF.

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10.4.8.2.1 Equipamentos de Fiscalização

São aparelhos, instrumentos, máquinas, objetos e utensílios empregados pela


PRF para realizar uma atividade de fiscalização específica, a exemplo temos escâneres,
aeronaves remotamente pilotadas, câmeras etc. Tem a finalidade de otimizar as ações
e potencializar os resultados.

Conforme o tipo de fiscalização deverá ser observado a necessidade de


regulamentação e homologação, pelos órgãos competentes, do equipamento a ser
utilizado.

10.4.8.2.2 Equipamentos de Segurança e Proteção Individual

São os equipamentos utilizados para a proteção do policial, usados em


composição com o uniforme, conforme normas estabelecidas, tais como: cinto de
guarnição com coldre e acessórios, colete balístico, colete refletivo, capa tática,
capacete de motociclista, luvas de motociclista, capacete anti-tumulto, capacete
balístico, óculos de proteção acrílico ou balístico, escudo anti-tumulto, traje para
controle de distúrbios, entre outros.

10.4.8.2.3 Equipamentos de Comunicação

Aparelhos de uso individual ou coletivo, obrigatórios, destinados a comunicação


de voz e dados das unidades e servidores, visando otimizar o fluxo de informação na
execução das atividades operacionais. A exemplo temos rádio digital ou analógico,
smartphones, tablets e computadores.

10.4.8.2.4 Viaturas

São os meios de transporte oficiais utilizados pela PRF na execução de atividades


operacionais e administrativas, sendo classificadas em veículos e aeronaves.

As viaturas são de uso exclusivo para o serviço da instituição conforme legislação


específica de uso de veículos oficiais e bens públicos. Podem ser caracterizadas ou
descaracterizadas, de acordo com as atividades que executam.

As diretrizes e procedimentos padrões referentes à utilização, modelo,


conservação, manutenção, aquisição e configuração terão regulamentação específica.

10.4.8.2.4.1 Veículos

Meio de transporte destinado à execução das atividades operacionais,


locomoção terrestre do efetivo ou apoio logístico, sendo classificados quanto:

Ao emprego: operacional, administrativo e reservado.


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Ao tipo: motocicleta, automóvel, micro-ônibus, ônibus, reboque e
semirreboque, caminhonete, caminhão, camionetas, caminhão-trator, motor-casa e
especiais.

10.4.8.2.4.2 Aeronaves

Aparelhos tripulados ou não, de asa rotativa ou fixa, destinados à execução das


atividades operacionais, transporte de pessoal e apoio logístico.

10.4.8.2.4.2.1 Aeronave Remotamente Pilotada (RPA):

Aeronave não tripulada, pilotada a partir de uma Estação de Pilotagem Remota


e utilizada na execução das atividades operacionais e outros empregos. Manual
específico regulamentará o emprego deste tipo de aeronave na PRF.

10.4.8.2.5 Armamentos, Munições, Tecnologias, Equipamentos de Contenção e


Autodefesa

São instrumentos de uso controlado e inerentes ao desempenho da função


policial, utilizados para dissuadir, desestimular ou neutralizar injusta agressão
perpetrada por agente infrator que esteja sendo alvo da ação estatal, tendo como norte
a necessidade do uso legal e legítimo da força.

Os armamentos dividem-se em:

● Arma branca – Quaisquer instrumentos de uso regulamentado, incapaz de


disparar projéteis, mas com potencial de causar ferimentos e em casos extremos até
óbito, utilizados tanto para defesa, quanto para reprimir agressões;

● Arma de fogo – Artefato que dispara projéteis empregando a força expansiva dos
gases gerados pela combustão de um propelente confinado em uma câmara que,
normalmente, está solidária a um cano que tem a função de propiciar continuidade à
combustão do propelente, além de direção e estabilidade ao projétil. (Exemplos:
revólveres, pistolas, espingardas, carabinas e metralhadoras);

● Instrumentos de menor potencial ofensivo - Instrumentos projetados e/ou


empregados, especificamente, com a finalidade de conter, debilitar ou incapacitar
temporariamente pessoas, preservando vidas e minimizando danos à sua integridade.
(Exemplos: dispositivo de condução de energia, espingardas com munição especial,
bastão e equipamentos de efeito moral e químico).

Os armamentos, munições, equipamentos de contenção e autodefesa terão seus


procedimentos, diretrizes e padrões de utilização, aquisição, controle, conservação,
manutenção, dotação e configuração definidos em regulamentações específicas.

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10.4.8.3 Materiais

São os bens de consumo não duráveis, necessários para a execução das


atividades operacionais.

10.4.8.3.1 Uniforme

São as peças de vestuário, insígnias, distintivos, condecorações e peças


complementares, confeccionados segundo modelo oficial e comum, para a PRF.

O uso dos uniformes é fator primordial na boa apresentação individual e coletiva


do efetivo, tendo a finalidade de permitir a identificação instantânea do agente e do
órgão, de forma a gerar uma expectativa de comportamento na população e o aumento
na sensação de segurança decorrente de sua presença.

Os uniformes terão suas características, uso e desfazimento normatizado em


manual próprio e Normas Técnicas específicas de uniformes e equipamentos de uso
individual.

10.4.8.3.2 Materiais de Sinalização

São os materiais utilizados na execução das atividades operacionais que


requeiram sinalização viária móvel ou de emergência, de forma que possibilitem
segurança dos policiais e dos usuários, a fluidez e organização do trânsito. Possibilitando
a identificação prévia das áreas de trabalho e atuação do órgão.

As especificações dos materiais de sinalização, bem como sua utilização, deverão


seguir as diretrizes e normas específicas.

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11 COMANDO E CONTROLE OPERACIONAL

É a etapa da gestão operacional que compreende as atividades de


acompanhamento de operações de fiscalização, enfrentamento ao crime, apoio a outros
órgãos, interdições de rodovias, escoltas, socorro e resgate de vítimas, auxílio a usuários,
atendimento de ocorrências de acidentes, mediação de conflitos e demais ocorrências
nas áreas de atuação da PRF, mediante consciência situacional dos meios e recursos
operacionais disponíveis, sendo responsável pelos despachos de tais recursos de forma
eficiente e efetiva.

Dentre as competências da atividade de comando e controle operacional está o


atendimento ao telefone de emergência da PRF tridígito 191, o uso de ferramentas
tecnológicas como computadores, sistemas, rádios de comunicação entre outros.

Comandar e controlar são os mecanismos que fazem a comparação e tentam a


aproximação do planejamento com a execução. O planejamento determina os limites
da ação, já o comando e controle analisam e corrigem os rumos da execução.

Na PRF todas as atividades de policiamento devem ser comandadas e


controladas, proporcionando o aprimoramento contínuo das ações de policiamento e a
efetiva prestação dos serviços com qualidade para a sociedade.

O comando e controle vai além de meramente contabilização e comparação dos


resultados de policiamento quantitativa e qualitativamente; alcançando também a
verificação de outros fatores, os quais passam pela observação e cumprimento dos
direitos e deveres funcionais, princípios, normas institucionais e legais; estratégias,
funções, competências, atribuições, confiabilidade de dados e informações, e demais
tópicos que influenciam no êxito da ação institucional.

As ações de comando e controle que subsidiam as ferramentas de gestão


existentes: Inspeções de Gestão de Policiamento; Avaliação Gerencial; sistemas de
monitoramento; dados estatísticos; documentos de policiamento; indicadores;
reuniões; relatórios, avaliações de desempenho; bem como outras ferramentas,
informações, recomendações e orientações; as quais deverão ser consideradas para fins
de aprimoramento do planejamento das ações e da correção dos rumos de sua
execução, sempre na busca da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade.

Deverão ser realizadas pelos Gestores das unidades da estrutura de policiamento


ou servidores por estes designados, sem prejuízo do apoio dos demais gestores e
ocupantes de funções por incumbência.

11.1 Etapa de Monitoramento


Este é o processo necessário para coletar, registrar, medir e disseminar
informações sobre o desempenho e avaliar as medições e as tendências para efetuar
melhorias no processo. O monitoramento inclui emissão de relatórios de andamento,
medição do progresso e previsão.

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11.1.1 Registro e Arquivamento
11.1.1.1 Registro Diário de Serviço

É a obrigação de registro de todas as ações desenvolvidas na execução das


atividades operacionais, especialmente a frequência dos servidores, quantitativo e
estado dos equipamentos e viaturas, alterações e situações adversas ao cotidiano do
serviço.

O registro diário de serviço deve ser confeccionado e arquivado em ambiente


virtual – Parte Diária Informatizada - PDI ou físico (em caso de contingência), de forma
que permita a identificação do responsável pela sua confecção, extração de dados e
demais ações de monitoramento, controle e avaliação.

Parte Diária Informatizada é o sistema concebido para registrar e controlar as


atividades de policiamento realizadas diuturnamente pela PRF, auxiliando e sendo
auxiliada por outros sistemas institucionais e servindo de canal de comunicação entre
os servidores e a administração.

11.1.1.2 Formulários Operacionais

São os formulários eletrônicos ou físicos definidos por normas da PRF, utilizados


para a consecução e registro dos serviços, atividades de policiamento desenvolvidas,
ocorrências, dados e informações decorrentes. Devem ter controle, acesso e serem
arquivados nos termos da legislação em vigor.

11.1.2 Medição e Avaliação

São os processos aplicados pela gestão de policiamento para medir e avaliar a


execução das atividades de policiamento e a prestação dos serviços da PRF, onde:

MEDIR: é o ato de colher dados e informações e as ordenar quanto ao aspecto


quantitativo, expressos em números objetivos, exatos e não conclusivos, tendo por base
um sistema de unidades convencionais.

AVALIAR: consiste na coleta de dados quantitativos, qualitativos e na


interpretação desses resultados, com base em critérios e uma escala de valores
previamente definidos, visando julgar ou fazer à avaliação de servidores, unidades da
estrutura de policiamento, a prestação dos serviços da PRF, de forma a verificar se os
objetivos propostos foram atingidos e se os resultados institucionais foram entregues.

11.1.2.1 Indicadores

Conforme Guia Metodológico de Indicadores do MPOG, do ponto de vista de


políticas públicas, os indicadores “instrumentos do planejamento governamental que, a
partir do conhecimento aprofundado dos problemas públicos, possibilitam acompanhar

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os resultados de intervenções públicas e capturar a realidade a ser transformada por
elas.”7

A PRF utiliza indicadores de resultados, representado, dentre outros, pela taxa


de mortalidade e taxa de acidentes graves em rodovias federais, indicadores de
esforços, a exemplo do indicador de fiscalização de pessoas e veículos, indicador de
monitoramento, o qual tem a função de monitorar os fenômenos observados que não
são passíveis de definição de metas, e indicadores de efetividade, a exemplo do
indicador de percepção de segurança pública.

Extração de Dados e Informações Operacionais


É o processo ou sistema utilizado que extrai dados e informações registradas em
sistemas ou documentos, visando auxiliar nas medições, avaliações, comparações e
estatísticas necessárias para a gestão de policiamento, durante a execução de ações e
após término destas.

11.1.2.2 Relatórios de Desempenho

Os relatórios de desempenho fornecem informações sobre o desempenho das


atividades de policiamento em relação ao que foi estabelecido, cronograma, custo,
recursos, qualidade e risco.

11.1.2.3 Avaliações de Desempenho

As avaliações de desempenho visam a aferir o desempenho dos servidores na


execução das atividades de policiamento e das unidades constantes na estrutura de
policiamento, bem como suas contribuições para o alcance das metas e objetivos
institucionais.

11.2 Etapa de Controle


Controlar significa utilizar as informações obtidas através do monitoramento
para subsidiar a tomada de decisões buscando a manutenção ou readequação dos
planos, redirecionamento das ações com análise crítica dos resultados.

11.2.1 Ferramentas de Controle


11.2.1.1 Inspeção da Gestão Operacional

São as ações de inspeção, análise e avaliação das atividades de policiamento


desenvolvidas pelas Delegacias e Superintendência, para fins de controle da gestão de
policiamento. Objetiva auxiliar na prevenção, identificação e correção de problemas.
Avalia as estruturas, métodos de trabalho, cumprimento de normas, regulamentos e
diretrizes estratégicas, para o alcance das metas e objetivos estabelecidos.

7
Brasil. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Assuntos
Econômicos, Brasília: MP, 2018. 3ª Edição.
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11.2.1.2 Reuniões

A reunião é uma importante ferramenta de gestão, pois promove a interação e


comunicação, facilita a resolução de problemas e a tomada de decisões; estimula
o desenvolvimento dos profissionais possibilitando o crescimento coletivo e aumento
do entendimento de metas e objetivos.

Seus principais objetivos são: apresentar diretrizes; integrar pessoas, coletar


sugestões, reforçar a comunicação de alguma ideia, oferecer uma proposta,
compartilhamento de experiências, transmitir entusiasmo, decidir sobre determinado
assunto.

11.2.1.3 Auditorias

A auditoria é o exame da gestão, de recursos técnicos e de desempenho de uma


unidade da estrutura de policiamento. O propósito desta auditoria é medir o grau em
que as atividades da unidade estão alcançando seus objetivos, ou seja, averiguar se elas
estão de acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previamente, se
foram implementadas com eficácia e se estão adequadas.

11.2.1.4 Verificação de Procedimentos

São exames, investigações e observações que visam verificar se os sistemas de


controle interno estão funcionando e se as normativas, métodos e procedimentos
estabelecidos pela instituição e legislação estão sendo cumpridos pelos Servidores e
Gestores da atividade de policiamento e de apoio. Permite obter subsídios suficientes
para fundamentar conclusões e recomendações à gestão da instituição.

11.2.2 Análise

A análise tem como objetivo avaliar e fazer o diagnóstico das diversas áreas da
instituição, estrutura, métodos, processos, políticas, diretrizes, estratégias, resultados e
produtos.

A partir da avaliação, identificar os fatores que contribuíram para o desempenho


desejado, ou indesejado, e, a partir daí, definir ações para a correção do mau
desempenho ou a melhoria do bom desempenho.

11.2.3 Intervenção

São as ações que visam a correção de falhas, problemas, a implantação de


mudanças, o aprimoramento de processos de trabalho, de gestão, de normas,
procedimentos, e outras necessidades identificadas na etapa de monitoramento e
controle. Essas ações, diante da necessidade, urgência e situação, podem ser imediatas
e corretivas.

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11.2.3.1 Ações Imediatas

É a ação de correção ou de contenção, tem como objetivo resolver o problema


momentaneamente, sem garantias de que ele não voltará a ocorrer, atuando
diretamente no efeito.

11.2.3.2 Ações Corretivas

Ação corretiva é corrigir o problema passando pela da identificação correta da


causa raiz, são práticas necessárias para que algum problema ocorrido não traga novos.
Atua para eliminar a causa.

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12 DISPOSIÇÕES FINAIS

As armas de uso individual e coletivo, bem como os instrumentos de menor


potencial ofensivo, de patrimônio da PRF só poderão ser utilizadas por servidores
capacitados, os quais são responsáveis em mantê-las em boas condições de uso e
limpeza.

O Policial Rodoviário Federal fica autorizado a utilizar em serviço a


arma particular, devendo atender aos requisitos estabelecidos em regulamento próprio.

Quando o policial estiver uniformizado, o uso do colete balístico é facultativo


dentro de instalações prediais da PRF ou em locais providos de segurança. Nestas
circunstâncias, cabe ao policial avaliar os riscos e decidir se deve ou não utilizar o colete
balístico. Fora destas, o uso do colete é obrigatório, independentemente da avaliação
do policial.

O presente Manual aborda de forma conceitual, geral e abstrata a complexa área


de gestão operacional. Sendo assim, atos administrativos serão publicados para
regulamentar, detalhar e padronizar as ações, serviços e atividades que necessitem
desses meios, devido as suas especialidades.

Os casos omissos e dúvidas serão dirimidos pela Diretoria de Operações.

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MANUAL DE GESTÃO OPERACIONAL – MGO | 66
13 BIBLIOGRAFIA

BAYLEY, David H. Padrões de policiamento: uma análise internacional comparativa.


São Paulo: Edusp, 2017. (Polícia e Sociedade, 1).

BRASIL. Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966. Código Tributário Nacional. Disponível


em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm. Acesso em: 18 fev.2020.

BRASIL. Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. Código de Trânsito Brasileiro.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm. Acesso em: 18
fev.2020.

BRASIL. Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998. Carreira de Policial Rodoviário Federal.


Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9654.htm. Acesso em: 18
fev.2020.

BRASIL. Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017. Proteção e Defesa dos Direitos do


Usuário dos Serviços Públicos da Administração Pública. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13460.htm. Acesso
em: 18 fev.2020.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. Secretaria de


Planejamento e Assuntos Econômicos. Guia Metodológico de Indicadores. Brasília, DF:
MP, 2018. 3ª Edição.

BRASIL. Ministério da Economia. Manual de Estruturas Organizacionais do Poder


Executivo Federal. Brasília, DF: ME, 2019, 2ª Edicação.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração, teoria, processo e prática. São Paulo: Makron


Books, 1994.

MONET, J-C. Polícias e sociedades na Europa. São Paulo: Edusp, 2001. (Polícia e
Sociedade, 3).

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14 ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Mapa Estratégico PRF.................................................................................................... 3


Figura 2 - Atividades Operacionais .............................................................................................. 18
Figura 3 - Síntese da Estrutura Operacional Regimental ............................................................ 21
Figura 5 - Organização do Trabalho Operacional nas Superintendências .................................. 47
Figura 6 - Organização do Trabalho Operacional nas Delegacias ............................................... 48

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15 ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Relação dos Serviços com as Atividades Operacionais .............................................. 12


Tabela 2 – Categorias, níveis e nomenclatura das Unidades Organizacionais............................ 20
Tabela 3 - Eixos Temáticos da Diretoria de Operações ............................................................... 22
Tabela 4 - Cadeia de Comando Operacional ............................................................................... 36
Tabela 5 – Classificação do Planejamento Operacional .............................................................. 39
Tabela 6 - Planos Nível Estratégico ............................................................................................. 42
Tabela 7 - Planos Nível Tático ..................................................................................................... 42
Tabela 8 - Planos Nível Operacional ............................................................................................ 43

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