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Sistemas de Informacoes Gerenciais
Sistemas de Informacoes Gerenciais
Administração Financeira
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SUMÁRIO:
2 – Primeiro Capítulo.
2.1 –Aspectos Gerenciais dos Demonstrativos Contábeis, qualidade e
eficácia na administração das Fontes e Usos de Recursos.
2.2 Fórmula de apuração dos custos e estoques.
2.3 Técnica de escrituração do Diário
2.4 Técnica de Escrituração do Razão / Razonete
2.5 Estrutura de um Balancete de Verificação
2.6 Estrutura da Demonstração dos Resultados
2.7 Conceito de Usos e Fontes de Recursos
2.7.1 Usos de Recursos
2.7.2 Fontes de Recursos
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS
CURSO: Análise Contábil e Financeira
2.8 Conceito e estrutura de Fluxo de Caixa
3 - Segundo Capítulo –
3.1 Os diversos Demonstrativos Contábeis conforme Lei das S/A ( lei 6.404 de
15/12/76 ) e alterada pela lei 9.457 de 05/07/1997.
3.1.1 Balanço Patrimonial
3.1.2 Demonstração dos Resultados.
3.1.3 Demonstrativo das Origens e Aplicações de Recursos.
3.1.4 Demonstrativo das Mutações do Patrimônio Líquido.
3.1.5 Relatório da Administração
3.1.6 Notas Explicativas
3.1.7 Parecer dos Auditores Independentes
3.1.8 Parecer do Conselho Fiscal
4 - Terceiro Capitulo
4.1 Análise dos Indicadores Tradicionais
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4.2 Conceito de análise vertical e horizontal
4.2.1 Análise Vertical.
4.2.2 Análise Horizontal.
4.3 Conceito dos indicadores de Liquidez
4.3.1 Índice de Liquidez Geral
4.3.2 Índice de Liquidez Corrente
5. Quarto Capítulo
5.1 Geração Econômica Própria.
5.2 Fluxo de Caixa Operacional
5.2.1 Financiamentos Concedidos
5.2.2 Financiamentos Recebidos
5.3 Fluxo de Caixa
5.4 Fluxo de Fontes e Usos de Caixa
5.5 Efeito Tesoura
7. Bibliografia
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1. INTRODUÇÃO
Este curso destina-se aos diversos usuários dos Demonstrativos Contábeis para variadas
tomadas de decisão, e consiste no desenvolvimento do aluno com técnicas mais avançadas
da análise econômico-financeira de empresas, possibilitando flexibilidade e eficácia na
tomada de decisões através da avaliação de todos os itens que compõe os Demonstrativos
Contábeis de uma empresa.
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e- Avaliação do desempenho de uma empresa em relação ao seu ambiente próximo e
remoto.
2. Primeiro Capítulo:
Os aspectos gerenciais dos demonstrativos contábeis, tem sido enfatizado nos últimos anos
por diversas literaturas e evoluindo para medidas da capacidade de movimentação do
disponível, através dos demonstrativos do Valor Adicionado, e aprimorando-se através dos
sofisticados softwares de medição comportamental histórica para desenvolvimento de
vetores que permitam simular com maior grau de acertabilidade os resultados futuros,
inclusive na medição/projeção dos aspectos intangíveis que influenciam os resultados de
uma empresa.
Entretanto nosso objetivo neste capítulo é qualificar os efeitos das fontes e usos de recursos
nos resultados presente de uma empresa e vetorizar os efeitos futuros.
Portanto iniciaremos demonstrando a primeira fonte de recursos de uma empresa, que
ocorre em sua fundação e vem através da integralização do Capital Social constituindo o
Patrimônio Líquido:
a) Exemplificando – número 01, vamos supor que, uma empresa recém constituída, faça
sua primeira integralização de Capital Social no Montante de R$ 700.000,00 e distribua
esta fonte de recursos entre a compra de um veículo no valor de R$ 25.000,00 a compra de
um imóvel no valor de R$ 75.000,00, compra de máquinas no valor de R$ 100.000,00 e
use o restante do recurso, no montante de R$ 500.000,00 para ficar disponível na conta
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corrente bancária, para aquisições de outros itens operacionais e não operacionais
complementares para iniciar a atividade da empresa.
.
Disponível 500
Ativo
Máquinas 100
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Portanto apresentamos aqui o primeiro passo de fontes e usos de recursos, onde da fonte
inicial dos sócios integralizada em Capital social no montante de R$ 700.000,00, foi
usado em contrapartida na aquisição de imóveis/veículos/equipamentos e na
disponibilização em “conta corrente bancária”, de parte do dinheiro para uso futuro .
Portanto a primeira fonte de recursos de uma empresa vem via a integralização de capital
social, e como o dinheiro é algo escasso, e a sobrevivência de uma empresa passa
necessariamente pela rentabilização dos investimentos, os usos dos recursos deverão ser
muito bem dimensionados e direcionados. Portanto se houver ineficácia ou planejamentos
inadequados no processo empreendedor de uma empresa ( investimento em capacidade de
produção superior ao que o mercado terá condições de absorver, imobilizando
desnecessariamente recursos ) a empresa apresentará no futuro rentabilidade inferior, ou até
mesmo poderá exigir outras fontes de recursos para suprir as necessidades de sua atividade
operacional.
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Disponível 30
Ativo
Máquinas 200
Despesas Pré-operacionais 70
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Aqui a nossa conclusão para esta fase da empresa é que já começa a se tornar escasso os
recursos disponíveis em conta corrente bancária, antes mesmo da nossa empresa exemplo
começar a vender.
Entretanto poderá também a empresa não mais poder contar com os recursos dos sócios (
que também são escassos ) podendo estes terem sub-projetado a necessidade de recursos
para realizar os investimentos. Assim sendo, deverá a empresa ir buscar outras fontes de
recursos se o disponível não for suficiente para fazer frente a nova fase que empresa
entrará .
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R$ 140 000 pagando as Despesas, R$ 17.000 foram juros bancários e R$ 13.000 ficou na
conta-corrente bancária). A empresa também precisou apropriar as Despesas de
Propaganda valor de R$ 70.000 que estava registrado em gastos pré-operacionais. Por fim
realizaram depreciação dos equipamentos em 5% a.a ( valor de R$ 10.000 ) .
CMV = 325.000
CPV ( Custo Produto Vendido ) = CMV + Mão de Obra + Depreciação das Máquinas
CPV = 325.000 + 150.0000 + 10.000
CPV = 485.000
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DIÁRIO EM R$ mil
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06 Despesas de Depreciação ( CPV ) DRE 10,00
83 630 5
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75 200 25
0 10
PASSIVO em R$ mil
150 170 70
700 -82
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Receita Operac.Bruta Custo Prod.Vendido Imp. Inc.s/Vendas
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
700 150 70
10
325
700 485 70
70 70 70
Desp. Financeira
Débito Crédito
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BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
EM R$ MIL
ATIVO PASSIVO
X1 X2 X1 X2
ATIVO CIRCULANTE: 330,00 718,00 PASSIVO CIRCULANTE: 0,00 390,00
CAIXA 0,00 0,00 FORNECEDORES 0,00 0,00
BANCO CONTA MOVIMENTO 30,00 83,00 EMPRÉSTIMO BANCÁRIO 0,00 170,00
DUPLICATAS A RECEBER 0,00 630,00 DESP. PREST.SERV. A PAGAR 0,00 150,00
ESTOQUE 300,00 5,00 IMPOSTO A PAGAR 0,00 70,00
DIVIDENDOS 0,00 0,00
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REALIZÁVEL A LONGO PRAZO: 0,00 0,00 EXEGÍVEL A LONGO PRAZO: 0,00 0,00
FINANCIAMENTO 0,00 0,00
DUPLICATAS A PAGAR 0,00 0,00
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Existem outras fontes que classificamos como sendo de terceiros a empresa, cujo o registro
desta conta será ou no Passivo Circulante ou no Passivo Exigível a Longo Prazo, e
constituirá também em uma obrigação.
Temos também uma fonte tão importante como as acima expostas, que é o principal motivo
de criação da empresa, que são gerados economicamente, ou seja Receitas menos as
Despesas que são registradas na Demonstração dos Resultados, sendo que quando
Obtivermos maior volume de Receita em relação as Despesas, obteremos lucro, o qual é a
finalidade da empresa. Entretanto quando não estivermos auferindo o lucro estaremos
fazendo Usos de Recursos, e portanto não estará havendo eficácia na administração das
Fontes e Usos de recursos para atingir o objetivo final que é o lucro.
Assim sendo, temos que avaliar com muito critério a qualidade das Fontes de Recursos, o
grau de onerosidade destas fontes na Demonstração dos Resultados e se não geraram custos
( financeiros ou outros ) que comprometam a obtenção de lucros.
Portanto como os recursos são escassos, a empresa acabará tendo a necessidade de compor
estes recursos com obrigações de terceiros de curto prazo ( aconselhável para a formação
do capital de giro ) e de longo prazo ( aconselhável caso necessário maiores imobilizações
).
Agora pelas regras das partidas dobradas, todas as Fontes de Recursos, necessariamente
deverá ter um Uso de Recursos, e estes usos ocorrem quando a empresa gera ou uma
despesa ou um gasto com ativos financeiros, ou seja a despesa é sempre algo que,
respeitando o regime de competência, será alocado na Demonstração dos Resultados para
apuração dos seus lucros ( origem recursos ) ou prejuízos ( usos recursos ). Enquanto que
os gastos são alocação de recursos financeiros em Bens ( Imóveis, Veículos, Equipamentos,
Estoques etc.... ) e Direitos ( Duplicatas a Receber, Adiantamentos à Fornecedores,
Impostos a Recuperar etc.... ).
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Voltando a nossa empresa exemplo, prestem a atenção, com o que aconteceu com a
empresa. Ela acabou apresentando Despesas superiores as Receitas e acabou dando
prejuízo ( Usos de Recursos ).
Qual o motivo do prejuízo ??? Será que neste início de atividade não há investimentos em
Ativos Intangíveis que são muito importantes para a emancipação futura dos resultados da
empresa??? Os sócios dimensionaram adequadamente os recursos próprios necessários para
serem utilizados na atividade??? E o fluxo de Caixa como está a posição atual ??? A
empresa com os prejuízos atuais não está comprometendo o Fluxo de Caixa futuro??? Se a
empresa aumentar vendas ela terá Capital de Giro suficiente para sustentar esta
alavancagem ???
No decorrer do curso teremos as respostas dos itens, mas neste momento vamos analisar
diariamente o que ocorreu com a empresa e vamos desenvolver um fluxo de caixa de
entradas e saídas diária para entendermos melhor a capacidade de pagamentos:
FLUXO DE CAIXA
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Exerc.01 Exerc.02 Exerc.03 Exerc. 04
Saldo Inicial 0 500 30 83
3.1 Principais Demonstrativos Contábeis conforme Lei das S/A ( lei 6.404 de 15/12/76 )
e alterada pela lei 9.457 de 05/07/1997.
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-Balanço Patrimonial;
-Demonstração dos Resultados;
-Demonstrativo das Origens e Aplicações de Recursos;
-Demonstrativo das mutações do Patrimônio Líquido;
-Relatório da Administração
-Notas Explicativas
-Parecer dos Auditores Independentes
-Parecer do Conselho Fiscal
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
3.1.1 ) Balanço Patrimonial – Como já visto no capítulo anterior ele é onde se registra-
as origens de recursos ( Passivo ) e os usos de recursos ( Ativo ).
As contas são registradas no Ativo Circulante conforme o Grau de Realização, seguindo
a ordem da disponibilização, ex: Caixa, Banco Conta Movimento, Duplicatas a
Receber, Estoques que fazem parte do Ativo Circulante, e Imóveis, Veículos e
Equipamentos que fazem parte do Ativo Permanente.
No Passivo esta ordem segue o grau de exigibilidade, a conta com grau de exigibilidade
mais rápida encabeçara o lado do Passivo ex: no Passivo Circulante convencionou-se o
seguinte: Fornecedores, Financiamentos Bancários, Impostos a
Pagar/Salários/Contribuição Social, No Passivo Exigível a Longo Prazo registra-se os
vencimentos acima de 360 dias, e no Patrimônio Líquido registra-se as integralizações
de capital, reservas, lucros/prejuízos acumulados e distribuição de lucros aos sócios.
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BALANÇO PATRIMONIAL
Patrimônio Líquido
Reservas
Permite também visualizar quais as contas de resultados, seus valores e proporções que
contribuíram com o resultado final de um exercício social.
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Este demonstrativo nos mostra as movimentações ocorridas nas contas que compõe o
Patrimônio Líquido, permitindo verificarmos , as transferências de lucros para reservas,
para aumento de capital e inclusive distribuição de Lucros aos acionistas.
Conforme a lei das S/A ( lei 6.404 de 15/12/76 ) sua publicação não é obrigatória,
entretanto para as empresas S/A de Capital Aberto há instruções de obrigatoriedade de
lançamento.
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COMPOSIÇÃO DEMONSTRAÇÃO
Patrimônio Líquido
• Aumento de Capital
• Resultado do Exercício
• Ajustes Ex.anteriores
• Dividendos Propostos
• Compensação Prejuízos
• Correção Monetária
• Saldo em 12/x2
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- Histórico da Empresa;
- Desempenho e estratégia de crescimento;
- Política de Investimentos;
- Análise Prospectiva;
- Projetos Importantes;
- Política de Recursos Humanos;
- Política de Distribuição de Dividendos;
- Análise no ambiente em que operam.
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-Reavaliações;
-Número, espécies e classes das ações do capital social, outorgas de opções de compras de
ações.
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4 - Terceiro Capítulo:
Sem desconsiderar a relativa importância dos diversos itens acima descritos, trabalharemos
neste curso a avaliação do Demonstrativo Financeiro ( Balanço Patrimonial ) e
Demonstrativo Econômico ( Demonstração dos Resultados ).
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Assim sendo, conhecer Financeiramente uma empresa é conhecer como foi aplicado o
Capital Próprio e o Capital de Terceiros na atividade empresarial, o grau de onerosidade ou
a qualidade do capital de terceiros para possibilitar à empresa o desenvolvimento de seu
objeto social. A Analise Financeira também nos permite avaliar qualidade dos usos de
recursos e se a empresa é eficiente na alocação dos recursos .
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Tanto no Balanço Patrimonial como na Demonstração dos Resultados a Base 100 sempre
será o exercício anterior ao que estamos analisando, pois o que nos importa aqui é
avaliarmos o desempenho da empresa em relação ao exercício anterior.
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ATIVO 12/X AV 12/XII AV AH
Disponibilidade 186 1,3% 85 0,5% -54%
Contas a Receber 4.726 33,7% 4.641 25,6% -2%
Estoques 4.290 30,6% 2.615 14,4% -39%
Adiantamentos
Impostos a Recuperar
Outras Contas 60 0,4%
Despesas Antecipadas
Outros Finan.Concedidos
Outros Usos de Caixa
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No Passivo temos que o Passivo Circulante apresentava uma analise Vertical de 52,7% em
X1 e em X2 de 59,5% enquanto que na análise Horizontal houve uma evolução de X2 em
relação a X1 de 46%.
Fornec. Estrangeiro
Imposto de Renda
Adiant.Clientes
Outras Contas
Financ.Inst.Crédito
Impostos Parcelados
Fornec.Estrangeiro
Empr. Ligadas
Resultado Exerc.Futuro - -
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- -
- -
Peguemos o Lucro Líquido em X1 na Análise Vertical ele representa 3,17% das Vendas e
em X2 representa 3,74% das Vendas.
Quanto a Análise Horizontal verificamos que a empresa apresentou uma involução dos
Lucros em Relação ao exercício imediatamente anterior.
Obs: é feito também as análises Horizontais e Verticais no Demonstrativo Financeiro (
Balanço Patrimonial ) , Ativo e Passivo.
12/X AV 12/XII AV AH
Vendas Líquidas 30.118 100,00% 20.470 100,00% -32,03%
(-) CMV (22.046) -73,20% (9.306) -45,46% -57,79%
(=) Lucro Bruto 8.072 26,80% 11.164 54,54% 38,31%
(-) Desp. Vendas (1.100) -3,65% (1.093) -5,34% -0,64%
(-) Desp. Gerais e Administrativas (4.495) -14,92% (6.900) -33,71% 53,50%
(=) Resultado da Atividade 2.477 8,22% 3.171 15,49% 28,02%
(-) Desp. Financeira (1.119) -3,72% (1.879) -9,18% 67,92%
(+) Receitas Financeiras
(=) Lucro Operacional 1.358 4,51% 1.292 6,31% -4,86%
(+ -) Resultado Equiv. Patrimonial
(+) Receitas Não Operacionais
(-) Despesas Não Operacionais
Outras Contas (D.Médio)
Outras Contas (D.Final)
(=) Lucro antes dos Impostos 1.358 4,51% 1.292 6,31% -4,86%
(-) Impostos e contribuições (148) -0,49% (190) -0,93% 28,38%
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(-) Imposto de Renda (256) -0,85% (392) -1,91% 53,13%
Variação Cambial -
(=) Lucro Líquido 954 3,17% 710 3,47% -25,58%
Dividendos
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Este índice relaciona o Ativo Circulante com o Passivo Circulante, quanto menor este
índice menor será a capacidade de pagamento da empresa.
Demonstra a capacidade de pagamento com ativos de rápida realização. Quanto maior este
índice melhor será a capacidade de pagamento da empresa.
12/XI 12/XII
Índices de
Liquidez Liquidez Geral 1,23 0,67
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Nos proporciona a quantidade de dias que uma empresa completa o ciclo de produção –
entre o momento da compra da matéria-prima, processamento do produto, venda do
produto, pagamento dos fornecedores e recebimento das vendas.
O Ciclo Financeiro, vide formulário abaixo, demonstrará a quantidade de dias que uma
empresa leva para cumprir o ciclo de produção. Quanto mais rápido a quantidade de dias
melhor é a performance do ciclo financeiro.
Praz.Médio Rec.Das Vendas PMRV = Contas.à Receber média / Vendas Líquidas x Dias do período.
Praz.Médio Rotação Estoques PMRE = Estoque médio / CMV x num. Dias período.
Ciclo
Financeiro Praz. Médio Pag.Fornecedores PMPC = Fornecedores / Compras x num.dias período.
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b) Prazo Médio de Rotação dos Estoques – PMRE – é o tempo médio que se leva entre
a Compra da Matéria-Prima até a produção e venda da mercadoria.
c) Prazo de Pagamento dos Fornecedores – PMPC – é o tempo que se leva para pagar
as Matérias Primas aos Fornecedores.
Como podemos notar o comparativo do ciclo Financeiro de 12/XII em relação a 12/XI nos
indica um aumento neste ciclo, requerendo um maior uso de recursos para fazer frente a
uma maior necessidade de capital de giro.
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Aqui verificaremos o uso das fontes de recursos da empresa em bens e direitos e também as
proporções destas fontes originadas de capitais de terceiros e capitais próprios.
Estrutura
de Capitais
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Os indicadores abaixo foram extraídos dos números da empresa exemplo que se encontra
nas páginas, 18, 19,20.
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Índice de
Resultados
Giro do Ativo ( Vendas Liquidas / Ativo Total )
Rentabilidade da Atividade **
Rentabilidade das Vendas ( LL/Vendas )
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Rentabilidade do Ativo ( LL/Ativo )
Rentabilidade do PL médio (LL/PL médio )
a) Giro do Ativo –
É a relação das Vendas Líquidas com o Ativo Total da empresa, este índice permite-nos
identificar a eficácia de usos de recursos para a geração de receitas, quando maior for o giro
do Ativo mais eficaz terá sido a empresa no uso de recursos para a geração de receitas.
b) Rentabilidade da Atividade
Este índice é o resultado da empresa antes das Despesas Financeiras e Receitas Financeiras
( vide planilha em anexo ), demonstrando se a empresa é viável em sua atividade
operacional, esta margem pode ser positiva ou negativa, quanto maior a margem positiva
melhor é o resultado obtido pela empresa nesta alínea.
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Iniciando a avaliação da empresa pelo Giro do Ativo, temos que a empresa tinha uma maior
eficácia no primeiro exercício ( 2,15 ) caindo para (1,13 ) no segundo exercício, este fator
foi em função dos investimentos realizados pela empresa refletidos no aumento do Ativo
Permanente. Entretanto nota-se que estes investimentos já passaram a proporcionar
resultados operacionais positivos, pois a Rentabilidade da Atividade apresentou melhora
substancial no segundo exercício ( 15,49 % ) em relação ao primeiro exercício ( 8,22% ) .
Contudo a empresa após as Despesas Financeiras, ainda apresentava fraca rentabilidade e a
Rentabilidade do Ativo reduziu ( devido ao Investimento realizado no segundo exercício ) e
a Rentabilidade do PL médio , mesmo sem uma base anterior, aos moldes das taxas de
juros interna são bem inferiores.
5 - Quarto Capítulo :
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(+ ou -) Equivalência Patrimonial - -
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- Fornecedores
- Impostos/Contribuições Sociais/Salários à Pagar
-Adiantamentos de Clientes
Esta necessidade representa o montante de recursos que a empresa necessita para financiar
seu ciclo operacional. Estes recursos poderão estar financiados por capital de giro da
empresa, portanto se o capital de giro próprio não for suficiente, a empresa poderá estar
tomando recursos de terceiros e onerosos para compor o financiamento do IOG.
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- quando a necessidade de capital de giro diminui em um exercício social em relação ao
outro a empresa estará liberando mais recursos de giro, e isto ajudará a reduzir os passivos
onerosos ou com pagamento de compromissos com empréstimos onerosos, ou também
poderá sobrar mais recursos para deixar em disponibilidades aplicados no mercado
financeiro, gerando receitas financeiras, que poderão ajudar a compor o lucro da empresa.
Podemos notar também que o Fluxo de Caixa Operacional está composto pela somatória
dos valores liberados para giro ou usados em giro entre os exercícios sociais mais a
Geração Econômica Própria.
Avaliando o Fluxo de Caixa nota-se que os Financiamentos Concedidos no primeiro
exercício social em análise foi superior que o apresentado no segundo exercício social,
enquanto que os Financiamentos Concedidos não tiveram muitas alterações nos dois
exercícios sociais. Entretanto por a empresa ter utilizado menos recursos nos
Financiamentos Concedidos houveram maiores liberações para giro com a redução do IOG,
o qual variou em um montante inferior de R$ 1.701 em relação ao exercício anterior.
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Neste quadro nosso objetivo é encontrar o Saldo em Tesouraria ou seja o Déficit ou
Superávit de Caixa, que é o quanto a empresa tem de disponibilidades menos o passivo
bancário de curto prazo ( empréstimos bancários/desconto de cheque/desconto de
duplicatas).
Portanto para se alcançar o resultado acima é necessário a definição dos seguintes Itens:
Usos de Longo Prazo – estão compostos pela soma do Ativo Permanente e o Ativo
Realizável a Longo Prazo.
Fontes Liberadas para Giro – o primeiro passo é a subtração das Fontes de Longo
Prazo pelos Usos de Longo Prazo, que no exemplo abaixo ( 12/XI ) ficaria ( 6.640 –
4.776 = 1.864 ) e o segundo passo seria pegar este resultado e subtrair do IOG ou seja (
1.864 – 6.833 = - 4.969 ) significando Déficit de Caixa que deverá ser suprido por
passivo oneroso de curto prazo. Em 12/XII o cálculo para se chegar ao resultado foi (
7.351 – 10.813 = - 3.462 ) e o segundo passo ( - 3.462 – 5.132 = - 8.594 )
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5.4 – Fluxo de Fontes e Usos de Caixa, alguns autores nomeiam este fluxo de Saldo em
Tesouraria que seria a seguinte formula:
Como podemos notar no exemplo do fluxo abaixo as Disponibilidades que somam ( caixa,
Bancos Conta Movimento, Aplicações Financeiras, eram de R$ 186 mil em 12/XI e R$ 85
mil em 12/XII. Possuía também uma conta com a nomenclatura de Outras Contas no valor
de R$ 60 mil em 12/XI, perfazendo um Uso de Caixa em 12/XI ou o Ativo Circulante
Financeiro de R$ 246 mil e um Uso de Caixa em 12/XII R$ 85 mil. Enquanto que o
Passivo Circulante Financeiro ou Fontes de Caixa em 12/XI apresentavam o montante de
R$ 5.215 mil e em 12/XII o montante era de R$ 8.676. E o déficit de Caixa da Diferença
entre ACF ( ativo circulante financeiro ) ou USOS DE CAIXA e o PCF ( passivo circulante
financeiro ) FONTES DE CAIXA, dará um Déficit de Caixa no montante de R$ - 4.969 no
exercício de 12/XI e R$ - 8.591 em 12/XII. Estes valores devem sempre serem idênticos
aos valores do Déficit ou Superávit de Caixa do Terceiro Item deste capítulo.
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Portanto concluí-se que a empresa não possuía em nenhum dos dois exercícios sociais
analisados recursos suficientes nas Fontes Liberadas para Giro para poder financiar a
Necessidade de Capital de Giro ( IOG ), tendo sido necessário buscar junto aos Bancos
montantes elevados de empréstimos onerosos e descontos de duplicatas para cobrir o
Déficit de Caixa nos dois exercícios sociais analisados.
Outras Contas 60 -
Fornecedores Estrangeiros - -
Imposto de Renda - -
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Esta é uma fórmula simples entretanto utilizamos os Saldos de Déficit ou Superávit de
Caixa encontrado no item número 04 deste capítulo que denominamos também de Saldo
em Tesouraria e fazemos uma relação com a Necessidade de Capital de Giro da empresa
que chamamos também de IOG ( Investimento Operacional em Giro ).
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negativo, há a necessidade de um acompanhamento por parte dos dirigentes da empresa,
pois o passivo oneroso deverá começar a prejudicar sensivelmente os resultados
econômicos da empresa. Finalizando se o Overtrade constituir-se e passar de um índice
negativo superior a 100% é o momento de decisões mais drásticas quanto a
reorganização da empresa, pois neste grau de Overtrade a empresa passará a ter
dificuldades de fazer frentes aos seus compromissos e estará precisando tomar
alternativas como desmobilizações de itens do permanente para recompor o Capital de
Giro, melhorar o Ciclo Financeiro com maior rotatividade dos Estoques e redução das
Vendas á Prazo e também redução dos Prazos médios de Recebimentos das Vendas,
aumento do prazo médio de pagamentos a fornecedores. Também deverá tomar
alternativas de alongamento do passivo bancário e/ou novas capitalizações de recursos
por parte dos sócios.
Como podemos observar nossa empresa exemplo passo de um Efeito Tesoura superior a
um índice negativo de 50% e pelo que pudemos notar a empresa não tomou nenhuma
medida que permitisse reverter esta situação, deixando os fatores conjunturais e decisórios (
no caso desta empresa investimentos com recursos de curto prazo ) andar sem nenhum
critério.
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6 - QUINTO CAPÍTULO: Comportamento do Mercado
a) Quem é a empresa ?
Quando conhecemos todas as variáveis do Mercado em que a empresa está inserida, temos
muito mais chances de sobrevivência. Conforme, Catelli A. 1999, “ .....o ambiente próximo
da empresa compõe-se de entidades que compõem o segmento em que atua e compete, tais
como: fornecedores, concorrentes, clientes, consumidores. As variáveis que determinam a
amplitude da gestão de cada uma dessas entidades referem-se aos preços, volumes,
qualidade, prazos de entrega, prazos de pagamento, taxas de financiamento etc., e
caracterizam as transações realizadas entre as mesmas.
Então Teremos:
c) Clientes: Devemos conhecer exatamente qual o valor para nosso cliente referente ao
produto que oferecemos, qual o grau de satisfação que possuem sobre este produto, qual o
perfil de nosso cliente, o que nossos clientes poderiam ou estariam apito a absorver de
inovações que alterariam ou implementariam o valor do produto para si. Estas situações e
pesquisas seria possível realizar através de uma análise comportamental da Carteira de
Clientes.
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f) Banqueiros: Como nos vê em termos de risco de crédito, quais os limites de crédito de
curto prazo disponíveis e os de longo prazo, quais as garantias exigidas para as operações
de crédito, qual o custo financeiro. Qual o custo médio que cobram do mercado e dos
nossos concorrentes. Pesquisar outros Banqueiros suas posturas em períodos de renovação
de limites de crédito e qualidade de outros serviços prestados, como na área de Câmbio e
Comercio Exterior, Cobranças e outros serviços que possibilite maior eficácia de nossa
empresa.
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O Capital aplicado levará quanto tempo para ter retorno, as taxas de juros de mercado não
remunerariam melhor o capital aplicado?
Todas estas questões são necessárias na Gestão Interna de uma empresa, pois de acordo
com o desempenho de cada variável aqui comentada poderá refletir no desempenho futuro
da empresa portanto é necessário ter um vetor que identifique os resultados futuros e
simuladores para no presente iniciar as mudanças necessárias para que a empresa tenha no
futuro continuidade da saúde econômico-financeira.
7 - Referências Bibliográficas:
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