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OSCE na Medicina Ss Preventiva 8 Autora: Katia Paula de Araujo O que vocé ird ver neste capitulo: @ Abordagem dos Principais Temas © _Exemplos de Cenérios e Estaces CAPITULO 8 ABORDAGEM DOS PRINCIPAIS TEMAS. O OSCE na Medicina Preventiva (MP) pode ser extremamente abran- gente, avaliando questées de conhecimento sobre conceitos basicos de epidemiologia, com enfoque para os temas de uso corrente na descri¢a0 dos danos ou agravos a satide das populacées, utilizando os fundamentos tedricos, metodolégicos e técnicos do conhecimento epidemiolégico e da bioestatistica nos varios cendrios da pratica, em especial, na forma de aplicé-los nos servicos de satide do Sistema Unico de Saide (SUS), sendo possivel solicitar a construcao e a interpretacao de indices e indicadores epidemiolégicos do processo satide-doenca; o desenvolvimento de pla- nos amostrais para inquéritos epidemioldgicos de base populacional e a compreensao e 0 uso de medidas de posi¢ao e variabilidade na descricao de dados epidemiolégicos, além da interpretacao dos eventos relaciona- dos a satide nas dimensées temporal e espacial e nas caracteristicas liga- das As pessoas, ou seja, identificar e analisar os impactos, as barreiras, 0 al- cance € os desafios das redes de informacao e comunicacao em satide por meio do conhecimento dos fundamentos e a historia da Epidemiologia. Outros temas que podem ser cobrados em um OSCE de MP sao: os fundamentos do processo satide-doenca; os aspectos histéricos da re- forma sanitaria brasileira; os aspectos tedricos e praticos dos modelos de atencao a satide, a estruturacao histdrica e juridico-institucional do SUS; 0s aspectos histéricos, as concepcées politicas ptiblicas e os modelos tec- noassistenciais da Atencao Primaria a Satide (APS) e as questoes relacio- nadas a gestao. Assim, é importante recordar conceitos, tais como os da divisao da epi- demiologia em: - Epidemiologia descritiva com suas trés variaveis principais, da pessoa (sexo, idade, comorbidade, etnia, local de moradia, doencas), do tempo. (em que momento do tempo a doenga ocorre -se inverno, verao etc) € do local (lugar geografico em que ocorre - bairro, creche, cidade, conti- nente, mundo). Os estudos sao transversais, de prevaléncia ou descriti- ‘vo, e lhe possibilitam fazer o calculo da razéo de prevaléncia.’ - Epidemiologia analitica é aquela que responde os porqués. Por que o fato ocorre, por que o fator de risco desenvolve esta doenca, por que 0 tratamento é bom para a satide da populacao? Os estudos sao analiti- €o5, caso controle, coorte, ensaio clinico, ensaio clinicos randomizados e lhe permitem fazer o calculo do risco relativo.' 128 (OSCE NA MEDICINA PREVENTIVA Devemos relembrar a relacao, a dinamica de transmissao e distribuigao de doengas e na epidemiologia descritiva varidvel diferenciar as variacdes ciclicas, histéricas e esporddicas. Atentar para os conceitos de endemia e epidemia e pandemia. Diferenciar estudo transversal de seccional e lembrar os estudos de co- orte, que so prospectivos e 0 risco relativo. E essencial ter clareza em conceitos de sensibilidade, especificidade, valor preditivo e acuracia, visto serem de facil cobranca na pratica em vir- tude dos testes e exames. Sao também importantes os conceitos de vigilancias em satide: vigi- lancia epidemioldgica de agravos transmissiveis e nao transmissiveis, vi- gilancia a sade do trabalhador, vigilancia em satde ambiental, vigilancia sanitaria, e vigilancia da situacéo em sade. E sempre cobrado 0 conceito de vigilancia epidemiolégica, que 6 0 conjunto de a¢des que proporciona 0 conhecimento a deteccao ou a pre- vencao de qualquer mudanca nos fatores condicionantes a satide indivi- dual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevencao e controle das doencas,” apresentando variadas acées. E uma ciéncia investigativa. Lembremos os conhecimentos primordiais sobre o SUS e sua finalida- de, com 0 uso de imagem de nticleo comum (tinico), que concentra prin- cipios doutrinarios, uma forma de organizacao e operacionalizacao, com ©5 principios organizativos. Sao de suma importancia os Principios Doutrinarios: universalidade, equidade, integralidade; temos por habitos de chamé-los de principios de sonhos, visto a grande dificuldade de atingi-los em sua plenitude Também devemos enfatizar os Principios Organizativos. Para organi- zar 0 SUS considera-se a ideia de seguridade social e relevancia publica e existem algumas diretrizes que orientam o processo. Na verdade, tra ta-se de formas de concretizar 0 SUS na pratica e sao eles regionalizagao e hierarquizacao, resolubilidade, descentraliza¢ao, participacao popular e complementariedade do setor privado* Pensamos agora nos niveis de prevencao da satide: prevencao prima- ria, secundaria e terciaria; para esta classificacao a historia natural da do- enca, onde 0 periodo de pré-patogénese, em que a pessoa nao tem do- enca, e 0 periodo de patogénese, no qual alteracées teciduais e sintomas ja estao estabelecidos e nos levam de forma facil ao raciocinio. O nivel de 129 CAPITULO 8. prevencdo quaternaria nao faz parte da histéria natural da doenca, mas é muito cobrado; trata-se de nao fazer iatrogenia, nao realizar exames diag- nésticos e medidas terapéuticas desnecessarias. A menina dos olhos da preventiva a Atengao Primaria 4 Saude (APS), que é focada no lugar, é 0 nivel de atencdo, definida como estratégia para atingir a universalidade e a equidade, e no Brasil optou-se como estratégia prioritaria a Estratégia de Satide da Familia (ESF), politica de Estado para atendimento. E a resposta brasileira as recomendacées de Alma Ata, onde a Medicina de Familia e Comunidade (MFC) é a especialidade fundamen- tal, a ser exercida com foco na aten¢ao primaria e sendo regida pelos qua- tro principios fundamentais - acesso ou primeiro contato, coordenacao do cuidado, integralidade, longitudinalidade — e os trés atributos deriva dos - orientacao para familia, orientacdo para comunidade e competéncia cultural. Na MFC entende-se a pessoa como um todo e a atuacao é com a abor- dagem centrada na pessoa; utiliza-se de instrumentos de avaliagao pra- ticos como genograma ou arvore familiar - instrumento de avaliacao de paciente e sua familia, linhas de transmissao entre as geracdes e 0 ecoma- pa - desenho complementar ao genograma na compreensao da compo- sigdo das estruturas intrafamiliares e o meio que cerca a familia, por meio dos seus pontos de suporte - igreja, trabalho, vizinhos, servicos de satide e outros. Um dos importantes conceitos utilizados na ESF éa atencao domiciliar. Ela é 0 conjunto de agées integradas a satide, que ocorre no domicilio € dividido em assisténcia, vigilancia, atendimento, internacdo e acompa- nhamento domiciliar. Devemos ainda ter em mente as possiveis composicées das equipes de satide da familia, que vem tendo variacdes ao longo dos anos em virtude das necessidades da populacdo. Temas de Medicina Preventiva podem ser inseridos e cobrados em um OSCE especifico da especialidade, mas seus conceitos e usos sao tao am- plos, que eles podem ser cobrados a qualquer momento em OSCEs das clinicas basicas. Por isso, como j devem saber, "é melhor prevenir do que remediar’. 130 (OSCE NA MEDICINA PREVENTIVA EXEMPLOS DE CENARIOS E ESTACOES Apresentaremos a seguir estacdes elaboradas com os temas relacionad FICHA DE AVALIACAO ‘CENARIO: \Vocé esta atendendo em uma Unidade Basica de Saude, caso: ‘Mario Souza, de 63 anos, diabético ha 5 anos, com controle insatisfatrio da glicemia, no segue regu- larmente a prescric5o médica de antidiabetogénicos orais. Chegou & UBS em demanda espontinea, solicitando atendimento em equipe diversa & sua, devido ao fato de sua equipe estar sem médico no dia de hoje. técnica de enfermagem Ihe informa sobre o caso e deseja saber se pode realizar 0 encaixe doatendimento. TAREFAS ~ ale em vor alta realize: 1. Quais os principios do SUS vocé utiliza para nortear sua decisdo de atender esse paciente. 2. Aanamnese e demonstre o exame fisico. 3. Aconduta adequada e demonstre as medidas a serem tomadas. ESTACAO1 CHECKLIST 1. Espera-se que 0 aluno considere o principio da universalidade e equidade, mes. ‘mo que sinta estar ferindo o principio da regionalizagao. | Sess | | dda medicina, sade e comunidade, recordando que apenas 2 abordagem com foco na doenca ¢ uma estratégia insuficiente para o manejo do caso. ‘Ao exame cinico, deverd ser observado apenas aumento do figado, que pode ser palpado a 3 cmdo rebordo costal reito, com superficie lisa e sem alterabes de consisténcia. Nao foram encontradas alteragSes comespondentes no fundo de olho, € 0s pulsos perifricos estavam normals. 3. Aguarda-se que 0 akuno solicite novos examies complementares, realize a pres- cigdo de dieta, exercicios fisicos e uso continuo da terapéutica farmacokigica, oriente familiares ¢ equipe quanto a necessidade de vigilincia apoio a0 caso, ‘com posterior contato com a equipe da érea do paciente para uso de instru- _mentos de avaliagdo como genograma, ecomapa e projeto terapeutico singular. N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P= PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) R=REALIZADO (100%) Mengio= 131 CAPITULO 8 Ear FICHA DE AVALIACAO: ‘CENARIO: ‘Voce estd atendendo em uma Unidade Basica de Satide numa zona rural de dificil acesso. ‘caso: ‘A Agente Comunitaria de Sate (ACS) chega durante turno de atendimento vespertino com Joana Fa- ta, de 8 anos, acompanhada de sua me. Eas s30 moradoras da rea de abrangéncia da equipe Seu ‘enfermeiro esta de folga, e voct escuta do constterio a ACS discutindo com a técnica de enfermagem sobre o caso. A ACS relata que durante a visita domiciiar descobriu que Joana tem apresentado febre alta ha 6 dias, dor de cabeca e dor no corpo, e por iso fez com que a me levasse a crianca para aten- dimento. A agenda de atendimento estava cheia e no momento vocé esta atendendo os pacientes do ‘grupe de diabéticos, e todas as consultas s80 de rotina. A técnica de enfermagem, ser falar com vocé, avisa 2 ACS que a agenda esta cheia e que ainda tem quatro pacientes para atendimento, e que vacé ‘nao val atendera crianca. TAREFAS — Fale em vozalta: 1. Qual.a decisio a ser tomada e como proceder. 2. Qual asua conducao completa para o caso. 3. Queis 05 principios do SUS vocé utiliza para nortear sua decisio. ers CHECKUST 1. Oaluno deve manifestar que é preciso intervir no caso informar que vai aten- der a crianca, 0 atendimento deve ser conforme classificagao de risco e antes dos atendimentos de rotina, proceder anamnese e exame fisico completos. teracées,e realize a prova do laco, que sera negativa. Que solicite teste répido de dengue e oriente familares e equipe quanto & necessidade de vigléncia, ‘com énfase 20s sinais de alerta; ecorde qual o hospital de referéncia em caso de necessidade, prescreva medicacSes, proceda o preenchimento da ficha de notificagao compulsbria ea informagao imediata a Vigilsncia Epidemiolégica da 2. Espera-se que o avaliado realize o exame fisico, que ocorrerd sem maiores al- rea sobre 0 caso suspeito. 3. Espera-se que o aluno considere o principio da universalidade, equidade e re- gionalizacao. N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P= PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) REALIZADO (100%) Mencio= 132 (OSCE NA MEDICINA PREVENTIVA FICHA DE AVALIAGAO ‘CENARIO: \Vocé estd atendendo em uma equipe de atendimento prisional feminino, CASO: Jaciara, de 28 anos, solicitou 0 atendimento & equipe por estar com medo de estar com IST. O medo. decorre do fato de varias outras colegas do presidio terem sido diagnosticadas com sffils e HIV, e ela relata que ha varios anos nao vai a uma consulta médica. Ao exame fisico de Jaciara ndo se encontra alteragdes. ‘Acquipe do presidio the apresenta um estudo realizado no ano anterior, o qual investigoua prevaléncia de infecco pelo virus da imunodeficiéncia humana (HIV) ¢ sifilis em todas as mulheres do presidio, ‘onde fol identificado uma associagdo estatisticamente significativa entre alguns indicadores socioeco- ndmicos e a frequéncia desses agravos. Mesmo com 0 resultado desse estudo, nao foltomada nenhuma providéncia, pois o presido estava sem médlico em sua equipe, até a sua chegada. ‘TAREFAS - Fale em voz aka: 1. Aanamnese e se precisa de algum exame. 2. Quala conduta global nesse caso. 3. Qual o desenho do estudo apresentado. CHECKLIST 1. Oaluno deve proceder anamnese completa considerando os principios da me- dicina, satide e comunidade, ressaltando os antecedentes ginecobstétricos, & levantar possivels parceiros. Espera-se que o aluno solicite exames complemen ‘ares, ressaltando Papanicolau, teste rapido de sifilis e anti-HIV. 2. Deverd informar 8 equipe que devem fazer 0 levantamento de todas as pacien- ‘es positivas para tratamento e questionar sobre as notificagSes compulsérias para sflis. Casonao tenham sido feitas, providencié-las. Falar sobre a necessida- de de tere um planejamento pare atividades educativas sobre o tema para a populacio prisional. 3. Ocestudo ¢ do tipo seccional ou transversal. N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P = PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) R= REALIZADO (100%) Mengio= 133 CAPITULO 8 sale ter FICHADE AVALIACAO CENARIO: Voce esta atendendo em um consultorio. CASO: Joo Bastos, de 66 anos, foi a0 consultério por ter lido um estudo prospective que foi realizado com um grupo grande de participantes expostos eno expostosa determinados fatores de rsco. Esse estudio foi desenhado com o objetivo de identificar os fatores que contribuem para o desenvolvimento de doen- G25 cerebrovasculares, ap6s periodo longo de tempa. Como tem hipertensio, diabetes e€ obes0, achou ‘melhor se consultar Relata ainda que resolveu pagar a consulta, pois como é 0 dono da panificadora do. baitro, eu atendimento na equipe de saude foi negado, mediante a alegacao que"ele era rico TTAREFAS - Fale em voz alta: 1. Aanamnese e demonstre o exame fisico. Relate a conduta.. 2. Quais principios do SUS a equipe feriu a0 negar 0 atendimento. 3. Como é classficado o tipo de estuddo que Jo80 relatou, nee! CHECKLIST 1. Oaluno deve proceder anamnese completa considerando os principios da me- dicina, sade e comunidade,recordando que apenas a abordagem com focona doenga € uma estratégia insufciente para o manejo do caso. Solicitar exames complementares, realizar a prescrigao de dieta, exerciciosfisicos e uso continuo da terapeutica farmacologica. 2. Principio da Universalidade. 3. Estudade corte, N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P= PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) R= REALIZADO (100%) Mengéo = 134 (OSCE NA MEDICINA PREVENTIVA Eanes FICHA DE AVALIACAO CENARIO: ‘Vocé esta atendendo em pronto-socorro de um hospital terciario, Gesmine, 42 anos, vem ao pronto-socorro de um hospital terciério por ngo ter conseguido atendimento ‘no hospital de referéncia proximo & sua residéncla, Apresenta corte em mao direlta, que ocorreu ha ‘cerca de 90 minutos. O corte néo esté sangrando, mas elarelata que foi profundo e fol causado por faca ‘enferrujada que estava no galpsio de sua chécara. Gesmine esté muito nervosa pelos acontecimentos & principalmente por ndo ter sido atendida antes. ‘TAREFAS - Fale em vozalts: 1. Quais principios do SUS deixaram de ser contemplados pelo fato de Gesmine no ter sido atendide no hospital de referencia, ea classificacio desses principios. 2. Aanamnese e demonstre o exam fsico, 3. Aconduta adequada. ie ory — 2.0 aluno deve proceder anamnese focada na queixa, em virtude do am- biente de pronto-socorro, e recordar 0 estado vacinal da paciente. ‘Ao exame clinico, deverd ser observada apenas leso perfurocortante nao san- ‘grante de cerca de 3 cm, 3. Realizar a lavagem exaustiva da ferida, prescrigdo de sintomiticos e prescrig30 ‘de medidas preventivas ao tétano, conforme estado vacinal da paciente. N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P =PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) '=REALIZADO (100%) Mengio= | |. Opprincipio organizativo da regionalizacio e hierarquizagio, CAPITULO 8 ESTACAO 6 FICHADE AVALIACAO CENARIO: oct esta atendendo em uma Unidade Basica de Satie. caso: (Mara, de 64 anos, diabética, sempre retoma a Unidade de Satie com queixas diversas. Em uma con- sulta agendada refere muitas dores no corpo, dficuldade para dormir, sensacao de sufocamento a0 deitar, dor inespecifica no baixo-ventre, secrecSo vaginal branca, tipo coalhada, ¢ prutido vaginal. sta incomodads, pois é cuidadora de um neto de 6 anos, que nio Ihe obedece. Deseja realizar exames para saber qual 60 problema com sua sauide. ‘TAREFAS —Fale em voz alta: 1, Sua avaliago do caso, considerando a Medicina Centrada na Pessoa (MCP) e a sua importincia na _qualificacso da entrevista clinica. 2. Aanamnesee demonstre o exame fisico, 3. Aconduta adequada. a er ‘CHECKUST 1. O aluno deve relatar que casos complexos como este podem ser trabalhados em miitiplos encontros, priorizando as demandas mais urgentes para serem ‘rabalhadas primeiramente. 2. Deve proceder anamnese completa considerando 0s principios da me- icina, satide e comunidade, recordando que apenas 2 abordagem com foco na doenca é uma estratégia insuficiente para o manejo do caso. ‘Ao exame clinic, deveré ser observado apenas vulva discretamenteeritemato- sa, secrego vaginal esbranquicada, grumosa e sem odor. 3. Espere-se que 0 aluno soiicite novos exames complementares, realize @ pres- cricdo de dieta, exerccios fisicos e uso continuo de terapéutica farmacol6gica, crlente familiares e equine quanto a necessidade de vightincia e apoio a0 caso, AAkém disso, utilize os instrumentos de avaliacao, como genograma, ecomapa projeto terapéutico singular, que faa 0 diagnéstico e prescreva o tratamento para candidiase vaginal, N= NAO REALIZADO (ABAIXO DES0%) P= PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) R=REALIZADO (100%) Mengéo= 136 ‘OSCE NAMEDICINA PREVENTIVA ESTACAO7 FICHA DE AVALIAGAO CENARIO: Voc# esta atendendo em uma Unidade Basica de Saide. CASO: Joaquim, de 10 anos, vem encaminhado pela escola da area, com quadro clinico de dificuldade de re- lacionamento com seus pares, ass0ciado a um declinio do desempenho escolar A mae relata que teve ‘gravidez sem intercorréncias e o parto transcorreu sem problemas, porém admie ter feito uso de tabaco- durante a gravidez. O desenvolvimento neuropsicomotor completou-se sem atrasos, fala e linguagem ‘quantitative qualtativameente normais.Relata que o filho sempre foi assim, imaturo, parece nao apren- der com as experigncias, envolve-se com brincadeiras perigosase as crlancas evitam brincar com ele. Tam- bém se mostra bil emacionalmente, no tolera as frustragGes e é muito desorganizado com seus per ‘ences. Sono e alimentac3o sem distirbios, Seu pai é usuario de substancias flictas e encontra-se preso, ‘Ao exame psiquico, mostra-se bem apresentado; consciente; orientado; com atengao espontinea au- mentada e voluntéria diminuida; meméria preservada: inteligéncia dentro do esperado; linguagem, pensamento e discurso normais; sem alteragSes da sensopercepco; eutimico; afeto congruente com o humor e pragmatismo normais. Psicomiotricidade aumentada e critica diminuida, TAREFAS - Fale em voz alta: 1. Qual principio do SUS pressupoe a relacao com a escola. 2. Quala principal hipotese diagnéstica. 3. A conduta adequads e demonstre as medidas a serem tornadas, quanto 20 paciente, aos familiares ea equipe. CHECKLIST 1. Oprincipio da integralidade pressupse a intersetorialidade. 20s sintomas descritos no caso clinico s4o derivados da triade do TDAH - de- satengéo, hiperatividade e impulsividade -, sendo confirmado pelo exame psi- quico. O diagndstico do TDAH ¢ eminentemente clinic, dispensando qualquer avaliagao de imagem ou funcional. 3. Oalunodeve recordar que apenas a abordagem com foco na doenca, é uma es- tratégia insuficiente para o manejo do caso. Orientar familiares e equipe quan- 10 8 necessicadle de vigilincia e apoio ao caso, fazer uso de instrumentos de avaliagdo como genograma, ecomapa e projeto terapéutica singular Prescrigio medicamentosa e resposta formal a escola N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) = REALIZADO (100%) Mengio= 137 CAPITULO 8 FICHA DE AVALIAGAO CENARIO: \Voc# esté atendendo em uma Unidade Basica de Satide (UBS). CASO: ‘Maria, de 50 anos, chega & UBS dizendo que é vizinha desta Unidade e que necessita de consulta. A técnica de enfermagem, vendo que Maria néo é cadastrada na unidade, diz que no ¢ permitida a con- sulta, mas que vai solicitar a visita do agente comunitatio de satide para cadastramento. Apés 3 das, ‘chega novamente na UBS com tontura e malestar, sendo colocada para atendimento médico. Nega ser hhipertensa, ver sofrendo com ondas de calor, intensa tristeza desde que seu esposo momreu hi 1 ano, ‘ediz estar passando dificuldades com 0 Unico filho, que é homossexual e soropositivo (HIV).Ha 5 anos. indo passa por qualquer avaliacio médica, Refere ter convénio médico e alega ter boa satide, por isso ‘nunca fez cadastro na UBS. ‘TAREFAS — Faleem vor alta: 1. Quai principios do SUS vocé utiliza pare nortearjustificar as atitudes com essa paciente, inclusive da ‘técnica de enfermagem. 2. Ranamnese e demonstre 0 exame fisico. 3. A conduta adequada e demonstre as medidas a serem tomadas, quanto ao paciente, aos familiares eaequipe, 138 ‘OSCE NA MEDICINA PREVENTIVA is) tet tek] CHECKLIST 1. Espera-se que o aluno considere que pelo principio doutrindrio da universalida- dea paciente deveria ter sido atendida, ‘Atécnica de enfermagem tomou sua atitude com base no principio organizat- vo da regionalizacéo, ‘Mesmo tendo convénio médico, principio da equidade nao pode ser utiizado para negar atendimento a paciente, 2. Oaluno deve proceder anamnese completa considerando os principios da me- dicina, sade e comunidade. ‘Ao exame clinic, PA: 17090 mmHg, FC: 100 bpm, ritmico,fundoscopla sem alteragdes, sem demais alteracdes ao exame fisico. ECG com ritmo sinusal, exo QRS -30 graus, sem alteracdes isquémicas agudas, com sobrecarga de ventricu- loesquerdo. 3. Espera-se que o aluno solicite novos exames complementares, realize a prescri- ao de dieta, de exercicios fsicos, da terapéutica farmacologica necessaria eofe rega acompanhamento na UBS, onde serd centralizado 0 cuidado dos diversos problemas identificados. N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P= PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) R=REALIZADO (100%) Mengao= 139 CAPITULO 8 FICHADE AVALIAGAO CENARIO: Vocé esta atendendo em uma Unidade Basica de Saude (UBS). CASO: ‘Ana Matia, 37 anos, ensino fundamental incompleto, dona de casa, moradora da drea de abrangéncia da ‘equipe,ha 6 meses vem sentindo cansaco, faqueza, sem Animo para.asatividades didlas, com urna perda de 7 kg em 3 meses. Diz estar muito triste, pots o marido perdeu o emprego hd 6 meses. N&o tem felto as colsas que gosta. NSo se importa mais em nio ver novela. Diz que ndo conseque prestaratencSo em nada ‘endo se lembra bem das coisas. Néo consegue dormir direto. Procura a UBS e consegue ser consuitada ‘no mesmo dia. Chora durante a consulta, relatando problemas com o marido, que voou a beber demas, Relata também saudades do filho, que no vé hé 10 meses, porque ele mora no Nowo Gama em Goids,€ diz que esté preocupada com ele por conta da escalada de violencia naquela cidade. Acredita que nao é ‘uma boa mde e que o filo no gosta dela, declara ndo ver mals sentio em vier. ‘TAREFAS - Fale em vozalta: 1, Qual a abordagem diagnéstica para essa paciente e como proceder dentro do papel do Médico de Familia e Comunidade, 2. Aconduta adequada e demonstre as medidas a serem tomadas, CHECKUST ni ele 1. O aluno deve proceder anamnese completa e exame fisico (sem alteragées), considerando os principios da medicina, sauide e comunidade, recordando que apenas a abordagem com foco na doenga é uma estrategia Insuficiente para.o manejo do caso. 2. Espere-se que o aluno oriente os familiares ea equipe quanto & necessidade de ‘Vigilancia e apoio 20 caso, Considere o diagnéstica de transtomno do humor & _avaliea gravidade, considerando o risco suicida. Leve 0 caso 30 matriciamento, solicitando parecer do psiquiatra e do assistente social, na tentativa de melhora ‘das condig6es familiares. N=NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P= PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) R=REALIZADO (100%) Mengio= 140 ‘OSCE NA MEDICINA PREVENTIVA pyr te CeRTty FICHA DE AVALIACAQ CENARIO: \Voc® estd atendendo em uma Unidade Bisica de Satide da zona rural. CASO: Daniela, de 11 anos, vem & U8S acompanhada de sua mae, apds alguns anos sem frequentar consultas ‘ou receber vacinas. Ndo tem queixas. A mBe informa estar com a cademeta de satide da filha. Daniela ‘mora € estuda na rea de abrangéncia da equipe ha 4 anos. ‘TAREFAS - Fale em vor aka: 1, Em que nivel as agdes realizadas neste caso estariam considerando as clasificacoes de nivels de pre- vengaoa saude, 2. Aanamnese e demonstre o exame fisico, 3. Aconduta adequada e demonstre as medidas a serem tomadas, ESTACAO 10 CHECKLIST 1. Nivel primério. spera-se que seja valorizado o fato de a mae relatar estar como ‘cartao e a situacdo vacinal deve ser avaliada. 2. Oaluno deve proceder anamnese completa considerando os principios da me- dicina, satide e comunidade. ‘Ao-exame diinico completo sem alterag5es. 3. Espera-se que o aluno solicite exames complementares, oriente familiares © equipe quanto & necessidade de vigilincia e apoio ao caso, converse com & ‘equipe sobre anecessidade de intensificar ages na escola, no sentido de evitar novos casos de ndo avaliacdo de adolescentes. Sobre a situaco vacinal receber esquema vacinal para HPV: trés doses com in- tervalo de 6 meses entre elas, receber reforco da vacina dupla bacteriana do tipo. adulto (dT), pois foi vacinada pela tiima vez a0s 4 anos, Deve receber uma dose ‘da vacina triplic viral, pois foi vacinada uma vez a0s 12 meses de idade. N= NAO REALIZADO (ABAIXO DE 50%) P = PARCIALMENTE REALIZADO (50% A 99%) R=REALIZADO (100%) ‘Mengio= 141

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