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REABILITAÇÃO DAS PATOLOGIAS

DO OMBRO

Prof. Fábio Issamu Ikezaki


CINTURA ESCAPULAR

Verdadeiras Falsas

Glenoumeral
Escapulotoracica

Acromioclavicular

Subacromial

Esternoclavicular
LIGAMENTOS

• Cápsula Articular
• Ligamento Coracoclavicular
• Ligamento Trapezoide e Ligamento Conóide

• Ligamento Coracoacromial
• Importante para estabilização da cabeça do úmero
• Abdução acima dos 90º

• Ligamento Córaco-umeral
• Amplo feixe que fortalece a parte superior da
cápsula
ESTABILIZAÇÃO PASSIVA

• Ligamentos Glenoumerais

• Espessamentos da cápsula articular sobre a parte ventral da articulação:

• Glenoumeral Superior

• Glenoumeral Médio

• Glenoumeral Inferior
ESTABILIZAÇÃO PASSIVA

• Ligamento Transverso do Úmero


• Ligam o tubérculo maior e o menor

• Estabilização do tendão longo do bíceps braquial

• Labrum
• Fibrocartilagem ao redor da cavidade glenóide

• Estabilização glenoumeral
ESTABILIZADORES DINÂMICOS
MOVIMENTOS DE ABDUÇÃO E FLEXÃO

• Ritmo Escápulo-Umeral

✓ Consiste em uma variação de2:1;

✓ Para cada 3 graus


✓ 2 graus da articulação
glenoumeral;
✓ 1 da rotação da escápula.
FRATURAS DE OMBRO

• Fraturas de Clavícula
• Fraturas de Região Proximal de Úmero
• Fraturas de Diáfise de Úmero
DEFINIÇÕES

• Distrofia simpática reflexa


• Alterações tróficas, distúrbios vasomotores, hiperestesia,
dor e sensibilidade fora de proporção com o estágio de
consolidação óssea.

• Pseudoartrose
• Risco aumenta com lesão de alta energia, graus intensos
de desvio, fraturas expostas, e interposição de tecido
mole.

• Consolidação viciosa
• Angulação, deslocamento ou encurtamento após a
consolidação
FRATURAS DE CLAVÍCULA

Grupo Tipo Classificação de Craig


I Fratura do terço médio (mais predominante)
II Fratura do terço lateral ou distal
I Desvio mínimo
II Desvio moderado, secundariamente a uma fratura medial ao complexo ligamentar
coracoclavicular
III Fratura da superfície articular
IV Ligamentos intactos ao periósteo, com desvio do fragmento proximal
V Cominutiva
III Fratura do terço medial
I Desvio mínimo
II Desvio moderado
III Intra-articular
IV Separação epifisária
V Cominutiva
FRATURA DE CLAVÍCULA

Tipo Classificação do terço lateral (Neer)


I lateral ao complexo ligamentar coracoclavicular (estável)

II medial aos ligamentos coracoclaviculares (instável). Risco de pseudoartrose

III Envolve a articulação acrômio-clavicular. Habitualmente estão associadas a


importante ruptura ligamentar
FRATURA DE CLAVÍCULA

• Mecanismo de lesão
• Queda ou traumatismo direto ao ombro (maior incidência);
• Quedas sobre a mão espalmada.

• Tempo esperado para consolidação óssea


• 6-12 semanas;
• Período mais prolongado no caso de cominuição/enxerto ósseo.
MÉTODOS DE TRATAMENTO

• Tipóia
• Fio de Kirschner (Fio-K);
• Redução aberta com fixação interna;
• Placas e Parafusos.

• Lesão associada
• Fraturas escapulares, especialmente após lesões de alta energia, e fraturas de
costelas;
• Pneumotórax (raro);
• Lesões neurovasculares: artéria/veia subclávias estão em risco nos casos de
fratura de clavícula;
• Lesões do plexo braquial: cordão médio do plexo braquial está sobretudo em
risco por estar próximo à clavícula e a primeira costela.
FRATURAS UMERAIS PROXIMAIS

• Cabeça umeral, colo anatômico e colo cirúrgico do úmero;

Classificação de Neer
Uma Parte impactada ou uma fratura sem deslocamento
Duas Partes pode ser uma fratura da tuberosidade com deslocamento, ou uma
fratura do colo cirúrgico com deslocamento/angulação
Três Partes envolve deslocamento/angulação da cabeça e da diáfise, com
envolvimento da tuberosidade maior, ou da tuberosidade menor
Quatro Partes consiste no deslocamento/angulação de todas as quatro partes:
cabeça, diáfise e tuberosidade maior e menor
FRATURAS UMERAIS PROXIMAIS

• Mecanismo de lesão
• Podem ser causadas por queda sobre o cotovelo, ou sobre uma mão
espalmada,
• Caso de um paciente idoso, ou por traumatismo ao aspecto lateral do
ombro.

• Tempo esperado para consolidação óssea


• 6 a 8 semanas.
• Tipóia: fraturas sem deslocamento, impactadas, ou com mínimo de
deslocamento
• Redução aberta e fixação interna:

• Lesão associada:
• Lacerações do manguito rotador, lesões neurovasculares, lesões da artéria axilar,
luxação posterior da cabeça do úmero;
FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO

• Envolvem diáfise do úmero ou regiões metafisárias,


proximal ou distal

• Classificação anatômica
• Fraturas acima da inserção do peitoral maior: leva
a abdução e rotação externa do úmero proximal, em
decorrência da tração exercida pelos músculos do
manguito rotador
• Fraturas abaixo da inserção do peitoral maior e
acima do deltóide: causam adução do fragmento
proximal (sob influência do peitoral maior) e
deslocamento proximal e lateral do fragmento distal (sob
influência do deltoide)
FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO

• Classificação anatômica

• Fraturas abaixo da inserção do deltóide


causam abdução do fragmento superior (sob
forte influência do deltoide)

• **Também podem ser classificadas como


fechadas, ou abertas, transversais, obliquas, em
espiral, segmentadas ou cominutivas
FRATURAS DA DIÁFISE DO ÚMERO

• Mecanismo de lesão
• Trauma direto, força de torção, queda sobre o osso, ou traumatismo penetrante,
estando frequentemente associadas a acidentes com veículos motorizados.

• Tempo esperado para consolidação óssea;


• 8-12 semanas em casos não complicados.

• Lesão associada: nervo radial, artéria braquial.


MÉTODOS DE TRATAMENTO

• Tala pinça de confeiteiro


• tratamento inicial de fraturas.
• Aplicação de órtese funcional
• tratamento de escolha para a maioria das fraturas fechadas da diáfise do úmero
• Imobilização tipo Velpeau
• para fraturas sem deslocamento, ou com deslocamento mínimo, sobretudo em
pessoas jovens, ou idosas.
MÉTODOS DE TRATAMENTO

• Pino/haste intramedular:
• Não travada;
• Dinamicamente bloqueada;
• Estaticamente bloqueada;

• Placa e parafusos

• Fixador externo
DISCINESIA ESCAPULAR

• Controle do movimento escapular anormal


• Desequilíbrios dos músculos periescapulares
• trauma direto, lesão nervosa ou fadiga
• Protração excessiva
• Redução do espaço subacromial
• Aumento do impacto interno
• Sobrecarga dos Lig. glenoumerais anteriores
• Sobrecarga dos músculos estabilizadores
escapulares
SÍNDROME DO IMPACTO

• Degeneração progressiva do tendão do m.supra- espinhoso


• Redução do seu túnel e consequente compressão do tendão

▪ Causa mais frequente de incapacitação crônica do ombro


▪ Pode acometer pessoas de todas as faixas etárias, sexo ou
raça

▪ Maior frequência nos atletas praticantes de esportes com


elevação do membro superior acima da cabeça
CLASSIFICAÇÃO (NEER)

1. Lesão reversível
1. Menores de 25 anos
2. inflamação do t..Supraespinhoso - desconforto doloroso no ombro

2. Alterações fibróticas do t. supra-espinhoso e da bolsa subacromial


1. Entre 25 e 40 anos
2. Sensação dolorosa

3. Formação de osteófitos,ruptura parcial ou total do t. supra-espinhoso


1. Raro em indivíduos menores de 40 anos
2. Longa história de dor no ombro
TIPOS DE ACRÔMIO

• Plano

• Curvo

• Ganchoso (maior risco)


EXAME DE IMAGEM

Calcificação do tendão
Ruptura total

Aumento de espessura
(tendinopatia)
TRATAMENTO CONSERVADOR

• Fisioterapia
• Analgesia;
• Alongamentos e fortalecimentos direcionados;
• Ativação e equilíbrio muscular da cintura escapular e glenoumeral;
• Orientações no trabalho, atividades físicas e postura.

• Médico
• Anti-inflamatório não-esteróide (AINE)– via oral;
• Anti-inflamatório esteróide – injeção corticóide.
TRATAMENTO CIRÚRGICO

• Três opções

• Via aberta

• Mini-incisão

• Video-artroscopia
CAPSULITE ADESIVA

• Conhecido como Ombro congelado;

• Alterações histológicas inflamatórias e fibrosas da cápsula articular e


redução drástica do volume Capsular;

• Principalmente do recesso axilar;


• Aderências da capsula e estruturas circunvizinhas.
CAPSULITE ADESIVA

✓ Caracterizada por dor, rigidez articular fibrosa de origem capsular, de início


insidioso, muitas vezes relacionada a períodos de desuso do ombro. Pode
evoluir espontaneamente para cura.

✓ Mais frequente em mulheres (2:1);

✓ Idade entre 40 e 60 anos.


POSSÍVEIS ETILOGIAS

• A fisiopatologia é pouco compreendida;

• Complicações ou consequências do tratamento inadequado;

• Bursite subacromial;
• Tendinopatia de bícepsbraquial;
• Degeneração do manguito rotador;
• Inflamação da cápsula articular;
• Doença auto-imune.
QUADRO CLÍNICO (FASES)

1. Aguda ou hiperalgica
✓Dor progressiva, contínua, principalmente à movimentação do ombro;
✓Duração de 2 a 9 meses.

2. “Congelamento”
✓ Dor diminui de intensidade, deixa de ser contínua, mas persiste aos movs do ombro
(ABD, RI e RE);
✓Duração até 12 meses.

3. “Descongelamento”
✓Liberação progressiva dos movimentos. Restauração da elasticidade cápsulo-
ligamentar perdida. Pode ocorrer espontaneamente.
✓Duração de 9 a 24 meses.
FASE DE CONGELAMENTO
EXAMES DE IMAGEM

Artrografia Artrorressonância
TRATAMENTO

• Controvérsias sobre o melhor tratamento

• Médico/Clínico:
• Corticoesteróides;
• Manipulação sob anestesia;
• Videoartroscopia;
• Cirurgia aberta: quando há falha no tratamento conservador e na manipulação
sob anestesia.
FISIOTERAPIA

• Fase hiperálgica
• Crioterapia, eletroterapia, Ex. pendulares e mobilização passiva

• Fase de enrijecimento e descongelamento


• Termoterapia, hidroterapia, Ex. passivos, ativo-assistidos e assim
que possível, ativos.

• Paciente deve ser estimulado a continuar os exercícios no


domicílio;
• Apoio psicológico.
LESÕES DE SLAP

• Superior Labral Anterior and Posterior lesion


• Lesão do lábio superior da glenóide
• Origem do t. da cabeça longa do bíceps
• Descrito em atletas de arremesso

• Cargas de compressão direta


• Cargas de tração forçada sobre o membro superior
• Arremesso superior repetitivo
VASCULARIZAÇÃO DO LABRUM

• REGIÃO PERIFÉRICA
• Ramos da a. supraescapular
• Ramos circunflexo da a. Subescapular
• Ramos a. circunflexa umeral posterior

• REGIÃO INTERNA: avascular

• A região superior e anterossuperior do labrum é


relativamente MENOS vascularizada
• Comparada à região posterior e inferior
FISIOPATOLOGIA

• Atletas de arremesso
• Aumento de rotação externa de ombro, associado à
redução da rotaçãointerna

- Contratura capsular posterior


- Frouxidão capsular anterior

• R esulta em aumento da migração póstero-superior da


cabeça umeral.
CLASSIFICAÇÃO

• Snyder et al. (1995) classificou a lesão SLAP em 4 tipos,


baseado em achados artroscópicos

1. Desgaste do labrum, SEM lesão no t.bíceps


2. Separação do complexo labrum-biceps da borda superior da
glenóide
3. Lesão em alça de balde do labrum, SEM lesão do t.bíceps
4. Lesão em alça de balde do labrum, C O M lesão do t.bíceps
QUADRO CLÍNICO

• Histórico de dor associados à bloqueios ou estalidos

• D or é associada em particular aos movimentos acima


da cabeça ou que necessitem cruzar a linha média do
corpo

• Podem apresentar queixas de fraqueza e instabilidade


EXAMES DE IMAGEM
TRATAMENTO

Cirúrgico
• Artroscopia
• Posicionamento das âncoras

Conservador

• Analgesia
• Alongamentos e fortalecimentos direcionados
• Orientações no trabalho, atividades físicas e postura e exercício para
casa
INSTABILIDADE GLENOUMERAL

• Escorregamento da cabeça umeral para fora da cavidade glenoidal durante


atividades

• Varia desde subluxação até luxação


EPIDEMIOLOGIA

➢ Instabilidade anterior = incidência superior a 95%

➢ Instabilidade posterior = incidência de 2%

➢ Instabilidade multidirecional, com predomínio em uma ou mais direções


ETIOLOGIA

• Traumaticas: Queda sobre o braço em extensão, rotação externa e abdução


ETIOLOGIA

• Atraumaticas: Congênitas
• Etiologia neuromuscular
• hiperlaxidão capsulo-ligamentar generalizado.
• Fatores constitucionais
• Histórico familiar
QUADRO CLÍNICO

• Hipermobilidade articular

• Alteração do ritmo escapulo-torácico

• Sinais de instabilidade
• apreensão (medo) expressado em determinadas posições do
ombro
EXAMES DE IMAGEM
LESÕES ASSOCIADAS

• Hill sacks
• Depressão cortical na região posterolateral da cabeça do úmero;
• Compressão da região posterossuperolateral da cabeça umeral;
• Contra a porção anteroinferior da glenóide;
• Durante a luxação anterior do ombro.

• Bankart
• Lesão do lábio da porção anterior da glenóide;
• Inserção dos ligamentos glenoumerais;
• Luxação de ombro – tração dos ligamentos.
TRATAMENTO CIRÚRGICO

• Impedir a degradação progressiva do complexo capsulo-ligamentar com


futuros episódios de luxação

• Procedimentos artroscópicos estão associados a menor perda de


mobilidade e de função da articulação do ombro mantendo assim o gesto
esportivo
TRATAMENTO

• Imobilização do ombro em ADUÇÃO E ROTAÇÃO


INTERNA por um período de 3 semanas

• cicatrização capsular

• Analgesia
• Alongamentos e fortalecimentos direcionados
• Orientações no trabalho, atividades físicas e postura
TESTES ESPECÍFICOS
SUPRA-ESPINHOSO

• Neer

• Hawkins kennedy
SUPRA-ESPINHOSO

• Yocum

• Jobe
MANGUITO ROTADOR

• Patte
• Infra-espinhoso.

• Gerber (lift off test)


• Subescapular.
BÍCEPS BRAQUIAL

• Palm up (“Speed test”)


• Bíceps - cabeça longa.

• Yergason
• Lig. umeral transverso/Bíceps c. longa.
SLAP

• Bíceps Load

• O’Brien:
• 1º = em RI (+)
• 2º = em RE (-)
• SLAP positivo
INSTABILIDADE GLENOUMERAL

• Apreensão

• Sinal do sulco
OBRIGADO!!!!

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