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MISSA DO I DOMINGO DO ADVENTO

Tema: A libertação está próxima


I – Introdução

 Qual é o objetivo traçado para o Ano novo na liturgia da Igreja? Para que o Ano
Litúrgico serve?
 Para nós, cristãos, é um tempo oportuno de reflexão e oração;
 É um tempo de discernir e tomar boas resoluções em nossa vida.
 É um tempo de transformação interior.
 O Tempo de Advento nos prepara para quê? Para que que serve o tempo do
Advento?
 Há vários símbolos litúrgicos que nos acompanham ao longo do
Advento.
 Estes símbolos nos ajudam a ter Jesus como luz de nossa
caminhada de fé.
 Na verdade, o Advento nos prepara para a segunda vinda
gloriosa de Jesus. Fiquemos atentos!
 Vamos ver o que nos falam as leituras bíblicas de hoje.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Jr 33,14-16 – Fala das promessas de Deus

 O profeta fala que Deus vai enviar um descendente da casa de Davi, cuja
missão será concretizar o sonho de justiça, de paz e de vida em abundância
para o povo escolhido.
 Tudo isso já se concretizou a 2021 anos atrás.
 Este texto está aqui como um alerta: fique atento, pois tudo se cumpriu como
Deus havia prometido pelos Profetas. Estas novas promessas se cumprirão do
mesmo modo. Vigiai!
II Leitura – 1Ts 3,12-4,2 – Esperar ativamente a vinda do Senhor

 A segunda leitura é um convite aos discípulos para sair do comodismo e da


mediocridade, e esperar ativamente a vinda gloriosa de Jesus.
 Ter postura digna diante das coisas referentes a Deus e respeito
diante do semelhante.
 Esta exortação de São Paulo, nos lembra da prática do amor
fraterno como fundamento para aqueles que esperam pela
vinda gloriosa de Jesus.
 Você está lembrado das perguntas do domingo passado sobre o Reino de
Deus?
 Qual é a natureza do Reino de Deus? É eterno e universal (Gn
1,1-2,4 – “Essa é a história da criação do céu e da terra”).

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 Como ele se torna conhecido e visível no mundo? (Gn 2,8-25 – a
vida humana sinaliza a presença do Reino de Deus no mundo –
Gn 3,8 “...ouviram os passos de Deus no Jardim...”).
 Como participar, hoje, do Reino de Deus? – só há um jeito:
vivendo a prática do amor fraterno. Não há outro caminho
(vv.12-13).
III Leitura – Lc 21,25-28.34-36 – A realidade antiga cede lugar aos novos tempos

 O Advento que celebramos é a entrada nesta nova perspectiva de vida nova e


eterna para toda a humanidade = esta é a natureza do Reino.
 O Evangelho de hoje narra os últimos acontecimentos que se realizarão
concluindo a Antiga Aliança e, ao mesmo tempo, começando uma Nova e
Eterna Aliança, isto é, a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
 Ao longo do Advento somos convidados a refletir sobre a realidade da vida
humana:
 Rezar pelas muitas situações de sofrimento que assola o nosso
tempo e as pessoas (v.25b);
 Nos alertar da importância da confiança em Deus e saber resistir
a temores e a projetos enganadores que aparecerão, aos
montes, em nossa vida para nos desviar de Deus (v.26)
 Fixar o olhar em Deus. Esta é a nossa única saída (v.27). Olhai!...
Ap 1,7-8).
 Nos alertar para os sinais catastróficos de destruição da natureza
(v.25);
 Nos abrir os olhos para ver tantos irmãos nossos vivendo em
situações-limite: de fome, miséria, insegurança... (v.34).
 Nos alertar quanto à hipocrisia religiosa muito comum entre nós
(v.35).
 Se o advento é a preparação para a segunda vinda de Jesus o que nos prepara,
então, para o Natal?
 A novena de natal: Natal em Família – “Jesus quer nascer em sua
casa”.
 São os nove dias que antecedem o dia 25 de dezembro – início
dia 16/12 e término no dia 24/12, com a vigília do Natal do
Senhor.
 No Natal a gente renova o coração e nos preparamos melhor
para vivermos em espírito de oração, de ação solidária e
caritativa, em vista do Reino que se aproxima.

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Novena de N. Sra. da Conceição
Tema: Fazei tudo o que ele vos disser – recomendação de N. Sra. importante para a
vida do cristão
I – Introdução

 O que significa encontrar-se com Jesus e fazer “tudo o que vos disser”? como
encontrar-se com Ele?
 Qual é o maior anseio do ser humano sobre a terra?
 Não é viver bem?
 E para se viver bem precisa-se do quê? – organização
 Qual é o ensinamento que a multiplicação dos pães quer nos deixar?
 Todo mundo foca no milagre, mas seria este mesmo o objetivo
de Jesus?
 Não seria o desejo d’Ele que a gente organizasse melhor a vida?
 Como nós podemos nos organizarmos melhor?
 Você observou o comportamento das pessoas que fazem parte do cenário do
Evangelho de hoje?
 Uma multidão faminta a ponto de desmaiar de fome (v.30)
 Alguém está preocupado com esta situação de penúria destas
pessoas (v.32)
 Algumas pessoas achavam difícil atenuar a dor desta gente, pois
estavam num ambiente distante de recursos e muito hostil
(v.33)
 Outras colocaram à disposição o pouco que tinham – alguns
pães de peixes (v.34).
 Outros, ainda, se dispuseram a organizar as pessoas em grupos e
fazer a distribuição (v.35).
 Por fim, houve aqueles que recolheram as sobras, pois ninguém
se julgou no direito de retê-las para si (v.37).
 Você percebeu tudo isso? Que ensinamentos você tira daqui para a sua vida e
para a vida do nosso tempo?
 É aqui que está o segredo de se viver bem
 Não guardar nada para si, pois o que se guarda em benefício
próprio gera falta a outros.
 Quando se faz o que Jesus manda, conforme o pedido de Nossa
Senhora, tudo se torna melhor para todos.
 Para ninguém sobra e para ninguém falta.
 A recuperação da saúde ou ter saúde é o anseio mais profundo do ser humano
 Mas é impossível termos saúde no meio do egoísmo
 A maior causa de nossas enfermidades são os nossos excessos
ou as nossas inseguranças alimentares.

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 A multiplicação dos pães aponta para a remoção do egoísmo que
vitimiza aos os lados: aqueles que o pratica e aqueles que são
atingidos por ele.
 Diante de tudo isso o milagre da partilha é possível e é a única solução
 O milagre aconteceu porque cada um se dispôs a repartir com o
outro um pouco do pouco que recebeu.
 Aí, ninguém ficou sem receber o seu.
 A alegria de viver e a solidariedade com o próximo são
resultados do encontro com Jesus.
 Roguemos a Deus, por intercessão da sua Santa Mãe, que sejamos curados do
egoísmo pelo encontro pessoal com Jesus, nosso Mestre e Senhor. Amém!

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MISSA DO II DOMINGO DO ADVENTO

Tema: Todos podem ver a salvação

I – Introdução

 A misericórdia de Deus é maior do que todas as crises e calamidades humanas


 O Criador não abandona sua obra, por isso recria e reanima seus filhos
continuamente.
 Daí o convite à conversão, à renovação do coração, a fim de remover todos os
obstáculos que impedem nossa proximidade com Deus.
 O caminho da conversão seria como um novo êxodo, i.é., deixar a escravidão do pecado em
direção à liberdade.
 O grande fruto da conversão é a alegria, é a decisão de deixar as vestes de
luto e aflição para se revestir do manto da justiça (1ª Leitura).
 Como também, trabalhar para eliminar as divisões entre os nós os cristãos e
acolher de verdade o Senhor que vem (2ª Leitura).
 Como preparar o caminho do Senhor?
 Propondo uma transformação radical de vida.
 Passar a viver uma vida cristalina, transparente diante de Deus e do próximo
(Evangelho).

III Leitura – Lc 3,1-6 – O tempo da história humana e o tempo da salvação

 O Evangelho de hoje quer nos ajudar a perceber uma coisa muito importante que nos ajudará a
compreender melhor os fatos e os acontecimentos pelos quais passamos.
 1º mostrando que é no tempo da história humana que acontece o tempo da
salvação de Deus.
 2º ele quer deixar claro que Deus entra na história humana para transformá-
la.
 Como Deus entra na história humana?
 Se servindo de pessoas
 João Batista, por exemplo, foi uma peça importante.
 Ele pregava um batismo de conversão e animava o povo a preparar o caminho do Senhor:
 Endireitar estradas
 Preencher os vales
 Aplainar as montanhas
 Isto é, vencer os obstáculos que nos separam uns dos outros e isso só nos é
possível, em Cristo, por Cristo e com Cristo.

II – Preparação para o Natal

 Novena preparatória para o Natal – fazer em família – distribuição dos livrinhos


 Encerramento da novena será aqui na Igreja dia 22 de dezembro, às 19h.
 Missa do galo será no dia 24/12 às 20h.

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MISSA DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Tema: A mãe de Deus
I – Introdução

 Cheia de graça e isenta de todo pecado – como tudo isso pôde ser possível
 Vc lembra que para Deus nada é impossível
 Vc lembra que “por ordem de Deus” nasceu florestas no deserto
para fazer sombra para Israel? (Baruc 5,8).
 Tudo isso já era prefiguração dos fatos ocorridos ao longo dos
séculos.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Gn 3,9-15.20 – A origem do pecado

 A 1ª leitura de hoje fala da ambiguidade humana e da graça de Deus.


 O mesmo ser humano que é ambíguo em suas atitudes, é o
mesmo que tem a possibilidade de ser pleno da graça de Deus.
 Como tudo isso pode ser possível? = por ordem de Deus = por
Seus desígnios.
 Autossuficiência é a mãe de todos os males, que são apenas consequências
dela.
 Quando o homem se torna autossuficiente, se rebela contra o
plano de Deus e faz o seu próprio projeto de vida.
 Aí, dá com “os burros n’agua”: projeta liberdade e vida só para si
mesmo.
 Com isto acaba criando escravidões das mais diversas, que
chamamos de pecado, ou seja, relações distorcidas e quebradas,
tanto dos homens entre si como dos homens com a natureza.
 Neste clima gerado pelo mal o caminho já não leva mais para
Deus, para a vida, mas para a morte (vv.22-24).
 O que é o pecado?
 O pecado está mais na relação com o próximo do que com Deus
(cf. 1Jo 2,4)
 O pecado não é desconhecimento, não é ignorância, não é
ingenuidade.
 O pecado caracterizado como comportamento ímpio ou iníquo é
aquele articulado, calculado friamente e desejado (cf. Sl 36,1-5).
 O pecado é uma negação a Deus por meio do desprezo à sua
criatura.
 O pecado envolve consciência de hostilidade, rejeição e ódio ao
bem e grande amor ao mal (cf. Is 1,15; Mq 2,1-2; Mq 3,2).
 O pecado seria a falta de experiência e a falta de discernimento.

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 O que é a falta?
 A falta, o equívoco, a ofensa intempestiva são erros por
ingenuidade, por ignorância ou por descontrole momentâneo e
passíveis de arrependimentos, pedido de desculpas e
reconciliação imediata.
 O pecado é uma falta de integridade da pessoa na sua relação com o próximo e
com Deus, mesmo que ela não tenha religião ou crença em qualquer divindade
(cf. Is 1,2-3: “... o boi conhece o seu dono e o jumento a cocheira do seu
senhor...”).
II Leitura – Ef 1,3-6.11-12 – O sentido último da vida humana

 A expressão “para o louvor da sua glória” (vv.6. 12 e 14) mostra que o sentido
último da vida humana é louvar a Deus.
 Em que consiste louvar a Deus?
 O louvor é ato de consciência: Deus como o único Senhor nosso.
 Respeito e bom uso de toda a sua obra criada.
III Leitura – Lc 1,26-36 – O inicio de um novo tempo

 Aquele que vai iniciar nova história, surge dentro da história de maneira
totalmente nova.
 Aqui está o grande mistério da nossa fé.
 Nossa Senhora é o modelo do verdadeiro discípulo de Jesus:
 Sempre pronta para acolher a vontade de Deus e pô-la em
prática, embora incompreensível e desafiadora.
 O segredo estar em colocar-se nas mãos de Deus, como se
espera de quem se deixa guiar pelo querer divino.
 Duas palavras de Nossa senhora nos deve chamar a atenção hoje:
 A 1ª: “Eis a serve do Senhor”, expressa sua consciência de
servidora, nas mãos de Deus.
 A 2ª: “Faça-se segundo a rua palavra” demonstra a disposição
para abraçar o desígnio de Deus, seja qual for.
 Esta é a atitude esperada de todo nós cristãos que seguimos
Jesus.

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MISSA DO III DOMINGO DO ADVENTO

Tema: Preparar o caminho do Senhor

I – Introdução

 Como é que se prepara um caminho para Deus?


 Quais são as ferramentas usadas para abrir este caminho?
 No tempo do advento fala-se muito em conversão. Que devemos fazer para nos convertermos
de fato e acolher o Messias de Deus?
 Como viver alegre numa situação difícil?
 Que pontos na minha vida precisam ser mudados para que eu possa viver coerentemente como
cristão?
 Vejamos o que nos fala os textos propostos na liturgia de hoje sobre estes pontos colocados.

II – Reflexão bíblica

I Leitura – Sf 3,14-18a – Convite à alegria e ao júbilo

 A 1ª leitura de hoje é um convite à alegria e ao júbilo como reconhecimento da misericórdia


divina.
 Em tempos de sofrimentos, como este de pandemia, não é fácil cantar de alegria, mas temos
uma certeza: Deus não se ausentou de nós. Aqui está a razão de não nos entristecermos.

II Leitura – Fl 4,4-7 – Convite à conversão

 A 2ª leitura é um convite à conversão insistindo nas atitudes corretas que devem marcar a vida
de todos os que desejam acolher o Senhor.
 Atitudes de bondade, alegria e oração.
 O que nos distância de Deus são as preocupações com coisas fúteis, que
perturbam o coração (v.6).

III Leitura – Lc 3,10-18 – As evidências da nossa conversão

 O Evangelho de hoje nos chama à atenção e nos desafia a mostrar evidências de nossa
conversão.
 1º indicando gestos concretos, considerando a condição social de cada um
dos que buscam o caminho de Deus (vv.11-14).
 Ao povo ele pede solidariedade e amor fraterno – vv.10-11;
 Aos cobradores de impostos ele exorta a serem honestos e justos –
vv.12-13;
 Aos responsáveis pela segurança ele pede que não sejam violentos e
não se aproveitem da força das armas para oprimir – v.14.
 2º exigindo uma postura ética de quem, sem dúvida, vem até ele arrependido
de suas mazelas e desejoso de se preparar para a vinda gloriosa do Senhor –
v.15.
 3º apontando que a conversão autêntica se mostra no modo de agir de quem
deseja ser fiel ao projeto de Deus.
 4º nos alertando de que não é suficiente declarar que é cristão e que
entregou o coração a Jesus se o modo de viver não condiz com os princípios
da fé cristã = vida dupla (v.17).

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 5º nos mostrando que o testemunho de vida, e só ele, torna credíveis os
discípulos de Jesus no mundo. Palavreado vazio e orações sem entendimento
(= ato de consciência, respeito e bom uso de toda obra de criada) são inúteis.

 Cada um de nós pode tomar as palavras de Jesus e aplicá-las a si mesmo, na respectiva situação
de vida em que se está vivendo.
 Este é o processo legitimo de conversão
 Quanta coisa deve ser mudada, em minha vida, tendo em vista uma vida
cristã coerente que eu devo viver.
 Cada um de nós tem que olhar isso em si e não ficar esperando que outros
nos digam.
 Muitas vezes quando o outro nos fala algo a respeito disso não é com intuito
de nos ajudar, mas de nos recriminar e destruir.
 Muitas coisas poderiam ser evitadas se houvesse interesse da nossa parte
pelas coisas de Deus (cf. Mt 11,16-19).
 Ser cristão requer de nós mudança de vida e nem todos estão dispostos a
assumir esse compromisso. Fazem-se de surdos e desentendidos.
 Roguemos a Deus, por intercessão da sua Santa Mãe, que nos ajude a identificar os pontos de
nossa vida que precisam ser mudados, pois queremos ser cristãos de verdade, autênticos.

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MISSA DO IV DOMINGO DO ADVENTO
Tema: O desafio de Maria
I – Introdução

 Como reconhecer em Jesus o Messias de Deus? Que sinais O indicam como o


Messias? Como descobrir sua identidade?
 Como reconhecer Jesus glorioso na sua segunda vinda? Que sinais O indicam
como o Messias glorioso? Como será a sua chegada?
 O que que Jesus veio fazer aqui no mundo? Qual era a sua missão?
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Mq 5,1-4 – O novo tempo que aproxima

 A primeira leitura de hoje fala do novo tempo que seria inaugurado por Deus, o
verdadeiro pastor de do povo. Este novo pastor:
 Viria para apresentar a nova proposta de um reinado de paz e de
amor.
 Seu Reino não seria construído com base em forças militares
 Seu Reino não se assemelharia aos poderes políticos deste
mundo, mas seria construído e acolhido no coração das pessoas.
 Jesus é esse novo e verdadeiro pastor que chegou à terra a mais
de 2021 anos atrás.
 Pergunta-se: o que mudou de lá pra cá?
 A história da humanidade ficou dividida em duas partes o antes
e o depois d’Ele.
 Se o mundo ainda não está melhor, cada um de nós deve bater
no peito dizendo: “minha culpa, minha máxima culpa”.
II Leitura – Hb 10,5-10 – A missão de Jesus na terra

 A segunda leitura de hoje nos ensina que a missão de Jesus neste mundo era
realizar três coisas extremamente importantes que nenhum profeta conseguiu:
 1º estabelecer uma relação fraterna e de comunhão entre os
seres humanos;
 2º estabelecer um caminho de proximidade com Deus, isto é, o
encontro entre criatura e Criador não será realizado por meio de
rituais, mas sim por Jesus, que se encarna no meio de nós;
 3º criar um novo modo de ver e de viver a vida e estar em
comunhão com toda a obra criada de Deus.

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 Se isso ficou claro em seu entendimento e se seu coração foi fecundado por
esta Palavra, você está salvo.
III Leitura – Lc 1,39-45 – A verdadeira identidade de Jesus

 No Evangelho de hoje somos ajudados, pelo Espírito Santo, a distinguir e


compreender a identidade de Jesus.
 Segundo o relato de hoje, o filho de Isabel (J. Batista) teria a missão de preparar
o coração das pessoas para acolher o Messias.
 Quanto ao Filho de Maria, Jesus, sua missão é trazer a salvação a todos os
povos da terra, ensinando-os a dar uma resposta de amor ao plano salvífico de
Deus.
 Também não se pode esquecer da importância de Nossa Senhora neste plano
de Deus:
 Nas palavras de Isabel encontra-se a sua identidade
 Os verbos visitar e acreditar revelam a identidade de Maria, na
condição de bendita entre todas as mulheres.
 Visitar tem o sentido de servir, socorrer, ajudar em alguma coisa
– “como mereço que a Mãe do meu Senhor venha me servir?”
 N. Sra. estava ali para atender às necessidades de Isabel, sem
medir esforços nem colocar limites – ela viajou 200Km até
Isabel.
 Acreditar significa abraçar uma causa, com a exigência que ela
traz = ser mãe de Deus.
 Acreditar supõe esquecer-se de si memo para pensar no outro,
por causa de Deus.
 Em Maria está o exemplo de vida de todo o verdadeiro cristão. A sua fé é
exemplo para nós que falamos que somos seguidores do Filho dela.

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MISSA DO NATAL DO SENHOR
Tema: A realização plena das promessas de Deus
Is 9,1-6 – O caminho de luz nas trevas

 Jesus é este caminho luminoso anunciado por todos os profetas.


 Jesus é aquele trouxe luz e esperança ao povo que vive nas trevas da miséria,
do sofrimento e do abandono.
 Infelizmente, muitas pessoas não conseguem contemplar no Natal esta
experiência, por algumas razões:
 1ª delas, talvez por estar marcados pelo sofrimento, por grandes
perdas em sua vida – sejam de ordem humana, afetiva,
emocional ou material -, muitos não conseguem, nesta noite,
encontrar-se com Jesus.
 2ª por estar perdidos neste mundo consumista, materialista e
egoísta – tudo isso nos dificulta celebrar o Natal de verdade –
muitas vezes somos levados pelas fantasias e outras ilusões.
 Contudo, há outros tantos que, apesar das circunstâncias desfavoráveis,
conseguem acolher e abraçar o que nos é trazia nesta noite: Jesus. E, isto é
devido a uma única coisa importante:
 A profundida da fé (Hb 11).
Tito 2,11-14 – Jesus é a maior graça de Deus vinda ao mundo

 Por isso, este é o momento propício para vivermos com equilíbrio, justiça e
piedade. Que momento é este? Estes 21 séculos que nos foram dados e os
séculos futuros, até a 2ª vinda gloriosa de Jesus.
 Viver com equilíbrio, justiça e piedade é viver de acordo com a
graça divina, isto é, viver de acordo com os ensinamentos de
Jesus.
 Viver de acordo com os valores do Reino de Deus.
 A manifestação de Deus muda o modo de compreender e viver a vida.
 O v. 14 é um testemunho da fé dos primeiros cristãos na
divindade de Jesus.
Lc 2,14 – O nascimento de Jesus

 Ninguém poderia imaginar que o Messias de Deus nascesse pobre e entre os


pobres e os primeiros a receber a boa notícia são os pastores, pessoas simples
e pouco valorizadas.

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 É aqui que está o alicerce da nossa vida de fé cristã: esquecer o
consumo desenfreado e a viver com simplicidade, despojamento
e alegria.
 O Messias de Deus desde o primeiro instante de sua vida se
identifica com os pobres
 Esta é uma das suas principais características
MISSA DA SAGRADA FAMÍLIA

Tema: A Igreja doméstica

I – Introdução

 A festa da Sagrada Família nos leva a rezar por todas as famílias, a refletir e meditar sobre sua
condição – social, moral, política e espiritual – numa perspectiva de fé bíblica.
 O mandamento do amor a Deus e ao próximo deve ser posto em prática
primeiramente junto àqueles com os quais partilhamos nossa vida mais de
perto: a nossa família.
 Como ter uma boa convivência familiar?

II – Reflexão bíblica

I Leitura – Eclo 3,3-7.14-17 – Atitudes que devem ser cultivadas na família

 A primeira leitura de hoje aponta, de forma muito prática, algumas atitudes que devem ser
cultivadas na família.
 1ª atitude: Respeito para com os pais:
 Os filhos devem acolher a autoridade dos pais com atitude amorosa,
de respeito, de reconhecimento pelos cuidados e orientações
recebidas para a vida.
 A relação de reciprocidade entre pais e filhos deve ser baseada no
amor, no respeito, no testemunho diante dos demais, preservando
os valores morais e éticos como contribuição à construção de uma
sociedade equilibrada.
 Honrar pai e mãe significa dar a devida importância a ambos;
reconhecer que os pais são instrumentos pelos quais alcançamos a
bênção divina, pois por meio deles é que Deus nos concede a vida e
todas as bênçãos do céu. Não há outro meio mais eficaz.
 Os pais são a fonte por meio da qual Deus nos deu a vida e nos dá
todas as bênçãos, por isso devemos ser agradecidos aos nossos pais,
sobretudo cuidando deles na velhice.
 2ª atitude: ter consciência dos próprios limites.
 A maior sabedoria é ter consciência dos próprios limites e manter-se
aberto aos ensinamentos da Palavra de Deus para evitar cair no
abismo.

II Leitura – Cl 3,12-21 – Atitudes que o cristão deve cultivar

 A segunda leitura destaca atitudes que o cristão deve cultivar em suas relações fraternas, isto é,
como viver em comunidade, na Igreja, a grande família:
 Revestir-se de sentimentos de bondade, amabilidade, mansidão e paciência.
 Essas expressões de amor devem atingir a todos aqueles que partilha de
nossa vida familiar e comunitária = Igreja.
 Não podem faltar entre nós a caridade fraterna, a misericórdia, a bondade, a
mansidão e o perdão.

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 Ter consciência de que a prática da fé cristã é muito exigente, pois implica em
uma vida de virtudes que contrasta com os valores do mundo.
 Ter ciência de que a família é o primeiro espaço em que o cristão deve
testemunhar seu amor, pois é a partir da família que somos capazes de
construir relações construtivas, dignas e amorosas com todas as outras
pessoas.

III Leitura – Lc 2,41-52 – Jesus e sua família

 O Evangelho nos fala sobre a infância de Jesus e sua convivência na família. O que acontecia
naquela família?
 Nada de extraordinário que não pudesse acontecer em nossas famílias
também.
 Naquela família se vivia o amor a Deus em primeiro lugar.
 Entre os membros daquela Família, sempre houve profundo respeito pelo
plano de Deus para cada um deles: N. Sra. com seu desígnio de esposa e mãe;
são José com seu desígnio de esposo e pai de coração e Jesus com o seu
desígnio de Salvador do mundo.
 A missão de todos e de cada um dos membros da Sagrada Família de Nazaré exigiu uma
dedicação exclusiva onde todos eles tiveram que renunciar:
 Quanto a Jesus a sua missão o levou a deixar os familiares e mesmo a ser
incompreendidos por eles.
 São José e N. Sra. também tiveram que fazer o mesmo e entenderam que,
embora Jesus fosse seu filho, percorreria um caminho que o Pai lhe havia
designado.
 Eles entenderam que Jesus veio ao mundo para cumprir sua missão
redentora.

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MISSA DA SOLENIDADE DA SANTA MÃE DE DEUS
Tema: O plano divino da salvação
I – Introdução

 Por que se celebra uma solenidade especial: a de Santa Maria, Mãe de Deus?
 1º para nos recordar da importância de Maria no plano da
salvação. Essa festa remonta o ano de 431 – Concílio de Éfeso.
 2º para nos mostrar o que tornou Maria ideal para o Plano de
Deus – um ser humano comum a nós, porém com uma
extraordinária diferença em sua postura diante de Deus.
 Que postura é essa que Nossa Senhora teve diante do Plano
salvífico de Deus?
 Se você conseguir entender um pouco disso que a missa de hoje nos fala sua
vida vai começar a mudar, sua espiritualidade será enriquecida e fortalecia.
Vejamos o que a Palavra de Deus nos fala sobre este assunto.
II – Reflexão bíblica
Jo 1,1-18 – A luz veio ao mundo

 A metáfora – comparação – da luz foi usada pelos primeiros cristãos para


entender a presença e a ação de Jesus no mundo.
 O que os cristãos primitivos entendiam quando falavam de “luz que brilha nas
trevas”?
 Entendiam que o testemunho deixado por Jesus abriria uma
perspectiva nova para toda a humanidade.
 Um caminho novo em direção a Deus acabava de chegar.
 Que perspectiva era essa?
 Um novo modo de ver e de viver a vida que lhe permitiria
caminhar com segurança, sem tropeçar no erro e na maldade.
 Quem de nós vive deste modo e ver a vida a partir dos ensinamentos de Jesus é
capaz de:
 Caminhar com segurança
 Não tropeçar no erro
 Não praticar a maldade.
 Como caminhar nesta luz?

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 O 1º passo a ser dado é vencer o egoísmo – abrir mão de si
mesmo, esta é a parte mais difícil.
 O 2º passo é abrir o coração para a misericórdia – ver a história
do outro facilita a gente agir com misericórdia para com ele.
 O 3º passo é tornar-se solidário com os sofredores, vulneráveis e
marginalizados
 Caminha nas trevas, quem, enveredando-se nos desvios do egoísmo, fecha o
coração para as carências alheias e se recusa a fazer o bem.
 Este estará perdido em si mesmo.
 Roguemos a Deus, a graça de caminharmos iluminados por Sua
Luz, para não nos perdemos pelo caminho. Amém.
Lc 2,16-21 – O plano divino da salvação

 No plano da salvação, Maria aceita que, pela ação do Espírito Santo, a Palavra
de Deus encarnada habite em seu ventre.
 Estamos diante de um dos maiores mistérios da fé.
 Com o seu sim a Deus, Maria torna-se morada do Espírito Santo
de Deus aqui na terra – veja de que grande mistério estamos
falando – de certa forma o céu chegou aqui.
 Vejam também de que grande pessoa estamos falando,
corajosa, destemida e pronta, embora fosse uma pessoa frágil
pela sua condição de mulher, pela sua idade e pela sua pobreza.
 O que, então, a tornou ideal para o Plano de Deus?
 É aqui que mora o segredo!
 O que mais encanta em Nossa Senhora é a sua postura diante
das coisas referentes a Deus, apesar da sua pouca idade, sua
condição de feminina e sua pobreza, destemidamente deu o seu
sim a Deus.
 Coisa que o rei Acaz, com todo o seu poderio, não foi capaz de
assumir (cf. Is 7,10-14).
 Nada disso foi empecilho para ela dizer o seu sim a Deus.
 Maria nos ensina que as maravilhas desse grande acontecimento são para
serem guardadas no silêncio do coração – sua postura discreta, silenciosa e
confiante, fez toda a diferença.
 Desde a visitação, é aquela que acredita na mensagem do
Senhor;
 Escuta-a e a põe em pratica, sem alarde.
 Por isso, Deus realiza grandes coisas em seu favor e em favor de
seu povo
 O bom uso do silêncio faz do fraco vitorioso, enquanto que o barulhento se
sufoca em suas próprias armadilhas.

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MISSA DA EPIFANIA DO SENHOR

Tema: O caminho de luz para a humanidade

I – Introdução

 Nesta liturgia de hoje, a Igreja celebra a manifestação de Jesus como luz da humanidade.
 A festa da Epifania é a celebração do primeiro encontro de Jesus com os
gentios, representados pelos magoas vindos do Oriente.
 Segundo uma tradição que remonta aos primeiros séculos da fé cristã, cada
um dos magos vinha de uma cultura diferente: Melchior era da Àsia, Baltazar
da Pérsia e Gaspar da Etiópia.
 Eles estavam aí representando as três raças conhecidas no mundo antigo =
simbolizam todas as raças fora do judaísmo.
 Quem eram os magos do Oriente?
 Eram adoradores de divindades, e Deus usa de seus conhecimentos culturais,
de sua capacidade de ler os sinais nos astros dos céus, de suas habilidades de
identificar as estrelas, para conduzi-los até seu Filho Jesus.
 Veja o processo de conversão como se dá: de um lado o homem com sua
limitação, mas com esforço e do outro Deus que se serve de suas habilidades.
 Antes de conhecer a Jesus, os magos contemplam as estrelas, mas, com seu
nascimento eles passam a adorar o Deus verdadeiro. Mudam completamento
o rumo de suas vidas.
 Como foi possível que tudo isso acontecesse com gente tão simples e desconhecedoras das
Escrituras? Por que quem sabia das Escrituras não se atinaram para os fatos que estavam
acontecendo em sua volta? Aonde eles estavam com a cabeça?
 A grande diferença está na postura das pessoas diante das “das coisas referentes a Deus”.
 Os magos interrogam com sabedoria onde se poderia encontrar o Rei que
acabara de nascer. Eles haviam percebido os sinais nos céus – uma estrela
que apontou para algo extraordinário que eles desconheciam.
 Aqui está o primeiro passo para a mudança de vida: procurar se informar
sobre aquilo que não conhece.
 O primeiro sinal de sabedoria é interrogar sobre aquilo que desconhece:
Onde está o rei do Judeus?
 As Escrituras nos mostram que Deus sempre toma a iniciativa de revelar-se à
humanidade.
 Herodes ignorava as Escrituras, por isso não soube responder aos magos.
 De um lado temos os magos buscando pela verdade e de outro Herodes
optando por não se aproximar dela.
 Aquele que não se aproxima das Sagradas Escritura fogem da verdade e não
se aproximam da luz.
 Roguemos a Deus que a sabedoria dos magos nos inspire a buscar nas Escrituras os caminhos
que nos conduzem até Jesus, para adorá-lo e segui-lo.

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MISSA DO BATISMO DO SENHOR
Tema: O caminho de vida nova no Espírito
I – Introdução

 A festa do Batismo do Senhor conclui o ciclo do Natal:


 Recordando a segunda epifania de Jesus, agora no rio Jordão,
onde foi batizado por J.B, “este é o meu Filho amado. Escutai-
O!”.
 Aqui fica bem visível a existência da Santíssima Trindade: o Pai
(voz), o Filho e o Espírito Santo.
 A 1ª Leitura de hoje, Is 42,1-4.6-7 – O servo escolhido de Deus
 Apresenta-nos a figura do servo escolhido de Deus e enviado ao
mundo, cuja missão é instaurar a justiça e a paz na terra.
 A justiça e a paz na terra só serão possíveis a partir de um ponto
de confluência fraterna – Jesus é este ponto.
 O Espírito do Senhor repousa sobre ele, por isso o servo vai
construir a paz pelo viés, ou seja, pelo caminho da humildade e
da não violência.
 Aqui temos um ponto básico para vivermos nossa fé cristã: humildade.
 Não querer privilégios ou fazer exigências descabidas para
mostrar que é piedoso, por exemplo, e, muito menos ainda, usar
de violência para impor idéias e costumes religiosos.
 A 2ª Leitura - Mostra Jesus como o portador da paz e libertador dos oprimidos
 Jesus veio para todos, afim de nos ajudar a ter uma vida mais
leve e isenta de escravidões de cunho, sobretudo, religioso e
social.
 Ele realizou as boas obras do Pai, e nós, seus seguidores somos
chamados a dar testemunho de nossa fé n’Ele, também por
meio de palavras e ações que praticamos.
 O Evangelho – O Batismo de Jesus – o caminho no Espírito
 Jesus quis se inserir na realidade humana de maneira profunda,
assumindo todas as condições humanas, menos o pecado.
 Ele que não tinha nenhum pecado, participa do batismo pela
água, não para exaltar a si mesmo, mas para tomar a condição
de servo no mais estrito da palavra: servo humilde.

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 Para resgatar os pecadores, Ele deixa sua condição divina e se
põe ao lado de todas as categorias de pessoas que precisam de
sua libertação e salvação.
 É precisamente aqui que começa o nosso Caminho de vida nova no Espírito.
 Assim como Jesus deixou a sua condição divina para nos resgatar
do pecado e da morte, nós também precisamos deixar nossa
condição humana decaída, para com Ele caminharmos neste
caminho novo de luz e de salvação.
 Isso só é possível a partir do Batismo.

MISSA DO II DOMINGO DO TEMPO COMUM


Tema: Fazei tudo o que Ele vos disser
I – Introdução

 Estamos iniciando hoje a liturgia do tempo comum:


 Neste ano iremos refletir o Evangelho de Lucas
 O evangelista Lucas apresenta três caminhos importantes: o
caminho de Jesus; o caminho da Igreja e o caminho da salvação.
 Ocasionalmente, a liturgia vai trazer alguns textos de outro evangelista, como
hoje, João 2,1-11
 O Evangelho de hoje nos apresenta o início do ministério de
Jesus, o primeiro sinal que ele realiza.
 O Evangelho não fala de milagre, mas de sinal que Jesus realizou
para indicar sua identidade como Filho de Deus.
 O objetivo do Evangelho é suscitar a fé em Jesus.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Is 62,1-5 – O amor de Deus é inabalável e eterno

 A 1ª leitura define o amor de Deus como inabalável e eterno


 Deus desposa seu povo escolhido, e nesse amor reside a alegria de Deus e de
seu povo
 O profeta recorda que, da parte de Deus, esse amor nunca foi ou será
quebrado e que nos convida a todos a caminhar com Ele como seu povo
escolhido.
II Leitura – 1Cor 12,4-11 – Os dons são sinais do amor de Deus para conosco

 Por isso, a diversidade dos dons entre nós é uma riqueza que deve favorecer a
unidade, o serviço e a comunhão.
 Entre nós ninguém pode se considerar mais importante ou menos importantes.
 Isto ajuda a construir a unidade e a paz
 A atitude de superioridade provoca desarmonia e gera conflito

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III Leitura – Jo 2,1-11 - Os sinais

 O objetivo dos sinais realizados por Jesus era a de fazê-Lo conhecido como
Filho de Deus que é.
 A presença da Mãe de Jesus nesse seu primeiro sinal e que até, de uma certa
forma, foi provocado por ela mostra o quanto Maria é importante dentro do
plano salvífico de Deus. Ela estava presente também na Cruz.
 O início dos trabalhos de pastoral de Jesus aqui:
 Não é um relato ao chamado à penitência e à conversão
 Não fala do anúncio iminente do Reino de Deus.
 Mas que colocar em evidência aquilo que ele veio trazer ao
mundo: a alegria e o fim dos tempos de escassez = miséria.
 O vinho simboliza fartura, felicidade, alegria, vida boa.

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MISSA DO III OMINGO DO TEMPO COMUM

Tema: Tuas palavras, Senhor, são espírito e vida

I – Introdução

 Qual foi o anúncio de Jesus na Sinagoga de Nazaré? O que este anúncio significa?
 Qual é o melhor alimento espiritual para uma pessoa?
 As leituras de hoje nos fazem um convite, a nível pessoal e comunitário. Que convite é este?
 Que a Palavra de Deus seja o centro de nossa vida
 O povo de Deus sempre se nutriu da Palavra de Deus e por ela se orientou.
 Nós cristãos não podemos ver as Escrituras como um livro de doutrinas, mas
como um caminho de vida.
 Essa é a mensagem, o ensinamento do anúncio de Jesus na sinagoga de Nazaré.

II – Reflexão bíblica

I Leitura – Ne 8,2-4a. 5-6.8-10 – A força da Palavra de Deus

 A 1ª leitura extraída de um trecho do Livro de Neemias no qual a comunidade dos fiéis é


reunida em torno da Palavra de Deus.
 A força geradora da Palavra de Deus traz esperança e alegria para o povo no
pós-exílio babilônico.
 A vida só é possível de ser reconstruída por meio do compromisso assumido
diante das Sagradas Escrituras – não há outro meio – este é o melhor e o mais
eficaz de todos os meios.
 Se você quiser ser uma pessoa religiosa de valor aí está a dica: “Fazei tudo o
que Ele vos disser”, é o 1º passo no caminho de Jesus.

II Leitura – 1Cor 12,12-30 – O melhor alimento para o sustento espiritual

A 2ª leitura nos orienta a superar todas as formas de divisão por meio da Palavra de Deus.
 Não existe hierarquia entre os carismas, pois todos são dons nascidos de Deus para a riqueza e
o crescimento da comunidade
 A diversidade dos carismas e serviços na Igreja não deve ser motivo de competição, mas de
ajuda mútua para o bem de todos.
 Compreender isso e viver só é possível quando se é alimentado da Palavra de Deus. Não há
outro meio.

III Leitura – Lc 1,1-4; 4,14-21 – O projeto de vida de Jesus.

 O Evangelho de hoje tem duas partes importantes sobreposta uma na outra para mostrar duas
coisas importantes:
 A 1ª parte: para fazer conhecer o objetivo daquilo que Lc escreveu: dar
testemunho da fé em Jesus Cristo – Lc 1,1-4 – esta 1ª parte apresenta a vida

21
de Jesus e a sua Obra. Ajudar as pessoas a se tornarem, pela fé, amigas de
Deus = Teófilo = “amigo de Deus”.
 A 2ª parte: para mostrar a importância de se ter um projeto de vida – Lc 4,14-
21 –
 O nosso projeto de vida deve estar afinado com a Sagrada Escritura.
 Jesus deixa bem claro que sua obra está em continuidade com o que diz
Isaías: “Hoje se cumpriu...”.
 Aqui está o 2º passo para ser dado no caminho de Jesus: ter um projeto de vida pautado nas
Escrituras e não na própria cabeça.
 O 1º passo: ouvir e fazer o que Jesus fala – “Fazei tudo que Ele vos disser”.
 O 2º passo: moldar a vida segundo os seus ensinamentos – fazer um projeto
de vida.

MISSA DO IV DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema: O caminho do profeta de Deus

I – Introdução

 Você tem coragem de trilhar o caminho de Jesus?


 Quem é Jesus e quem as pessoas acreditam que Ele seja?
 É aqui que está a 1ª dificuldade para andarmos pelo caminho de Jesus.
 Saber quem Ele é, é de extrema importância para podermos andar no Seu
caminho.
 Acreditar quem Ele é, também é de extrema importância para que aja um
verdadeiro seguimento Seu.
 A missa de hoje nos ensina que apesar de toda dificuldade que se tem na missão precisamos
continuar no caminho.

I – Reflexão bíblica

I Leitura – Jr 1,4-5.17-19 – O caminho do profeta

 O profeta é aquele que reza, olha para Deus e para o povo, sente a dor das pessoas e chora
quando o povo caminha numa estrada que o desvia de do caminho de Deus.
 A 1ª leitura de hoje nos lembra que Deus nos escolheu ainda quando estávamos no seio da
nossa mãe.
 Isto mostra que a missão que cumpro independe da minha escolha e vontade,
pois ela foi-me dada por Deus.
 Por isso, aqueles que se dispuserem em ouvir o chamado de Deus terão um
caminho de sofrimento pela frente, por que?
 Porque muitos não querem andar pelo caminho de Deus, vivem uma vida
extraviada e desviada e não querem aceitar o caminho que o profeta mostra
como o de Deus.

II Leitura – 1Cor 12,31-13,13 – O caminho da santificação é o amor

 A 2ª leitura propõe como caminho de santificação o amor gratuito, incondicional e


desinteressado, portanto:
 Tanto a ação profética como a caridade devem ser frutos da generosidade,
sem nenhum interesse comercial ou proveito próprio.
 É aqui que está a maior deficiência da nossa fé (todo movimento religioso
visa ganhar alguma coisa: fama, dinheiro, etc).
 O único caminho a ser percorrido por aqueles que têm uma missão confiada
por Deus é o caminho da generosidade, do amor gratuito.

22
 Os que fazem outro percurso não são de Deus. Aqui está o maior equivoco
das religiões.

III Leitura – Lc 4,21-30 – Jamais desviar do caminho

 A vida de Jesus foi permeada de armadilhas e perseguições com o objetivo de desviá-lo do


caminho. Tirá-lo do foco:
 O mesmo acontece conosco (se fizeram isso com a vara verde o que não
farão com a vara seca?).
 O grande desejo do nosso inimigo é nos fazer mudar de rumo.
 Jesus não se deixou levar por estas armadilhas do mal (continuou o seu
caminho...).
 Nada foi suficientemente forte para tirá-lo do caminho que Deus lhe tinha
traçado.
 É aqui que está o segredo de ser cristão de verdade: não desviar do caminho da fé cristã.
 O cristão vive a sua vida inspirado na vida de Jesus.
 Ele é o caminho, a verdade e a vida (cf. Jo

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MISSA DO V DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema: Chamado por Deus para uma missão

I – Introdução

 Deus tem seus próprios critérios para chamar pessoas para os diversos ministérios na Igreja.
 Hoje a liturgia nos dá, como exemplo, os chamados do profeta Isaías, o de Pedro e o de Paulo –
todos de modo diferente e em momentos diferentes, mas com a mesma finalidade, ajudar as
pessoas:
 a examinar o seu próprio chamado,
 a examinar ou avaliar sua resposta de conversão
 e examinar sua adesão ao caminho de Deus

II – Reflexão bíblica

I Leitura – Is 6,1-8 – A Palavra de Deus nos motiva a dar a resposta da fé

 Aqui estamos, envia-nos.


 O profeta Isaías diante do chamado que Deus lhe faz se sente inadequado, indigno, mas
mesmo assim se coloca à disposição de Deus (v.5).
 Temos que ter consciência de que é Deus mesmo que nos prepara para a missão (vv.6-7).
 O importante é se colocar à disposição de Deus, apesar das limitações humanas que temos
(v.8).

II Leitura – 1Cor 15,1-11 ou 3-8.11 – O centro do Evangelho e da missão

 O centro do Evangelho e da pregação é a ressurreição de Jesus.


 Em outras palavras, a certeza de uma vida eterna na comunhão com Deus
deve moldar a vida cristã (v.2).
 É vivendo nesta esperança que nos tornamos corajosos a ponto de vencer o
medo da morte e da injustiça.
 Precisamos deixar para trás as nossas fraquezas e nos dedicarmos, daqui para
frente, à evangelização.
 Tudo acontece por graça de Deus e não por mérito ou competência nossa
(v.10).

III Leitura – Lc 5,1-11 – Os desafios da missão

 Nós vimos que os dois primeiros passos a serem dados no Caminho de Jesus são:
 “Fazer tudo o que Ele vos disser” = escutá-Lo – 1º passo
 Fazer um projeto de vida moldado a partir das Escrituras: “Hoje se cumpriu a
Escritura que acabaste de ouvir” = ter um modo de vida em conformidade
com a Palavra de Deus.

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 Vimos, também, a 1ª dificuldade que se tem para andar neste Caminho: Saber quem é Jesus e
acreditar em quem Ele seja.
 Esta foi a dificuldade de seus conterrâneos de Nazaré – sabia que Ele era filho
de José e de Maria, mas não acreditava que Ele era o Messias de Deus.

 Hoje temos a 2ª dificuldade que se tem para andar neste Caminho que é Jesus: o medo.
 Somos orientados, por Jesus, a dar passos na direção das situações
desafiadoras (v.4).
 Somos alertados por Ele a não nos contentar com as tarefas facilitadas =
pescar na orla da lagoa é bem mais fácil e seguro e tem mais peixes.
 Obedecer a estas suas orientações supõem grande coragem e espírito de iniciativa (v.5), pois:
 Os medrosos, os inseguros e os sem criatividade estão excluídos deste
Caminho.
 Os que preferem as águas rasas, onde não se corre nenhum risco não servem
para andar em seu caminho.
 Estes são os cristãos inúteis que fazem da religião cristão sua fonte de renda,
sua segurança financeira ou até mesmo de poder.
 O mundo cristão está infestado desta gente.
 Vimos que todos os três chamados de hoje reconheceram suas fraquezas diante de Deus:
 Isaías: “Sou apenas um homem de lábios impuros...” (v.5);
 S. Paulo: “sou um abortivo”. “persegui a Igreja de Deus” (vv.8-9).
 S. Pedro: “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador” (v.8).
 E você, o que dirá hoje a Deus que te chama para esta missão que você está
cumprindo?

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MISSA DO VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema: Bem-aventurados os que confiam no Senhor

I – Introdução

 Como percebemos a benção de Deus em nossa vida?


 Quais sinais indicam que sou uma pessoa abençoada, bem-aventurada?
 Que resposta Deus espera de nós quando do seu amor misericordioso por nós?

II – Reflexão bíblica

I Leitura – Jr 17,5-8 – Só Deus é merecedor da nossa esperança e confiança

 A 1ª leitura de hoje ressalta o perigo da autossuficiência dos que põem sua confiança mais nos
seres humanos do que em Deus.
 Aqueles que escolhem depositar sua confiança em Deus se dispõem a
percorrer um caminho de sabedoria, de vida e de felicidade.
 Este caminho nem sempre é fácil, pois é muito exigente, como por exemplo,
calar-se diante do ignorante (cf. Jo 19,9: “De onde és tu?” Jesus ficou calado).
 Há um ditado que diz: “aonde a ignorância fala a sabedoria silencia”.
 A vida humana é efêmera, frágil, passageira e limitada:
 A imagem de uma árvore plantada à beira da água descreve aqueles que
depositam em Deus sua confiança;
 Em oposição ao deserto, a planta que se encontra em contato com a água
está segura, fecunda e com abundância de vida.
 Dessa forma a Palavra de Deus nos adverte sobre em quem temos colocado a
nossa confiança: em Deus ou nos poderes deste mundo que nos levarão à
ruina?
 A 1ª leitura apresenta o primeiro tijolo colocado na construção da nossa casa espiritual: a
humildade.

II Leitura – 1Cor 15,12.16-20 – O fundamento da nossa fé

 A 2ª leitura sugere que façamos uma leitura desta nossa vida na perspectiva da vida plena em
Deus.
 Ver se o que vivemos está em comum acordo com aquilo que aprendemos de
Jesus.
 Ver se o que fazemos está afinado com a vida nova que nos é reservada pela
ressurreição
 Aqui aparece o 2º tijolinho para se construir nossa casa espiritual: a fé.

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 A fé na ressurreição gera nova humanidade, que acredita e trabalha pela vida plena e eterna.

III Leitura – Lc 6,17.20-26 – Anseio por um mundo novo

 O Evangelho de hoje nos propõe as Bem-aventuranças como um caminho de vida para os que
buscam as bênçãos de Deus.
 O que é ser bem-aventurado e quem são os bem-aventurados?
 Bem-aventurado é: ser feliz, ser abençoado, é aquele que obteve o favor de
Deus.
 São bem-aventurados: os pobres, os famintos, os que choram ou são
perseguidos.
 Como entender isso se todas estas coisas são ruins?

 A mensagem de Jesus é totalmente contrária ao que o mundo pensa:


 As bem-aventuranças mencionam situações que são vistas como abandono
de Deus.
 É aqui que está o segredo dos ensinamentos do Evangelho.
 O motivo da bem-aventurança não é a situação atual, mas a nova condição
que os bem-aventurados recebem como dom de Deus: “porque deles é o
Reino do céu”, “porque serão consolados”, “porque possuirão a terra”, etc.
 Deus, para socorrer a humanidade, escolhe muitas vezes caminhos
impensáveis, talvez até os dos nossos limites, das nossas fraquezas,
sofrimentos, derrotas e abandono, para não nos deixar perder ou perdidos.
 As bem-aventuranças são o caminho para alcançar a alegria. Não existe outro.
 É neste caminho que reside a verdadeira bênção e felicidade.
 Quanto aos “ai de vós” aprendamos que:
 Eles apontam para situações que são consideradas sinais de bênção, como
riquezas, prosperidade, boa reputação e alegria.
 Tudo isso são coisas que não nos dão garantia de vida eterna feliz.
 O pior de tudo, nos direcionam a ter confiança em coisas erradas e podem
nos conduzir a um estilo de vida que nos afasta de Deus.

Avisos:

 A partir de março, dia 06/03, o horário da missa do domingo à noite será alterado para as 19h.
 Os envelopes do dízimo, que serão entregues a partir março, virão com 12 exemplares, 1 para
cada mês. Por motivo de higiene os mesmos serão descartáveis.

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MISSA DO VII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Tema: Sede misericordiosos

I – Introdução

 A missa de hoje nos faz refletir sobre um tema muito importante para nossa fé cristã:
 A relação nossa com nossos inimigos ou com aqueles que se opõem
aos valores do Evangelho que nós abraçamos.
 Como você vê os seus inimigos?
 Os textos bíblicos da missa de hoje nos sugerem ou convidam a substituir a lógica da
violência e da hostilidade pela lógica do amor incondicional, inspirado na misericórdia
de Deus, cuja imagem fomos criados (cf. Gn 1,26).

II – Reflexão bíblica

I Leitura – 1Sm 26,2.7-9.12-13.22-23 – A vida pertence a Deus

 A 1ª leitura de hoje nos fala de um fato ocorrido com Davi que teve a
oportunidade de matar o seu inimigo e não o fez, por que?
 Porque ele teve a consciência de que a vida de seu inimigo
pertencia a Deus, por isso deixou que Deus fizesse a justiça,
segundo seus desígnios.
 Este texto sagrado nos propõe duas formas de lidar com aqueles que nos
agridem, usando de violência e não governa o povo com sabedoria:
 Uma forma seria eliminar os que agem mal atendendo contra a
sua vida, mas este não é o caminho de Deus;
 A outra forma seria a de quem decide não entrar na lógica deles,
da violência, do pagar mal com o mal, pois se encontra no
caminho de Deus que é de perdão e misericórdia.

II Leitura – 1Cor 15,45-49 – O caminho da salvação

 A lógica que nos move em direção à vida éter é o amor a Deus e ao próximo.
 O exercício da construção da paz por meios pacíficos é um dos caminhos para nos
prepararmos para a vida plena que Deus nos reserva no futuro.
 Jesus é o modelo de vida que devemos seguir;

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 É a imagem que devemos moldar nossa via e superar todas as formas
de morte.
 Cristo é o Novo Adão.

III Leitura – Lc 6,27-38 – A regra de outro para o caminho do discipulado cristão

 Qual é a regra de ouro e quem são os nossos inimigos?


 A regra de ouro é amar até os inimigos
 São nossos inimigos aquelas pessoas que nunca irão retribuir o bem
que lhes fizermos.
 Infelizmente, às vezes, nos fazemos inimigos até de nossos familiares,
inclusive de nossos pais. Isto é muito triste.
 O grande ensinamento do Evangelho de hoje para nós é: não julgue e nem condene
ninguém, pois não sabemos o que passa dentro das pessoas.
 Só Deus tem autoridade para tanto, mas mesmo assim, não o faz.
 Ele sempre opta pela misericórdia, proporcionando ao pecador a
possibilidade de conversão.
 Procure dar oportunidade às pessoas e inclusive, para você mesmo.
 Não te trate a ferro e fogo. Pode ter certeza que você conseguirá ser
melhor do que tem sido.

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MISSA DO VIII DOMINGO DO TEMPO COMUM
Tema: A boca fala do que o coração está cheio
I – Introdução

 A Missa de hoje destaca algumas virtudes e qualidades que são essenciais para
caracterizar um cristão.
 A pessoa que se diz cristã, mas que não tem estas qualidades ela
é um falso cristão.
 Trata-se de um testemunho de fé que deve encher o nosso
coração, e não os critérios humanos, movidos pela busca pessoal
de visibilidade.
 Infelizmente, muitos agentes de pastorais ou movimentos religiosos, ou ainda,
comunidades de vida têm como critério de ação a sua visibilidade pessoal, o
seu grupo. Ninguém pensa na Igreja de Cristo como deveria sê-lo.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Eclo 27,5-8 – Cuidado com as aparências

 A 1ª leitura de hoje chama a atenção para o cuidado que precisamos ter para
não avaliar as pessoas pelas aparências, e sim pela sabedoria de vida que
revelam.
 A pessoa demonstra o que é pelo seu discurso, pelas palavras
que saem de sua boca.
 Não devemos nos impressionar pela habilidade teatral ou pela
retórica de uma pessoa, e sim por sua sabedoria de vida.
 Aqueles que agem pela aparência podem fingir, enganar,
disfarçar, representar, encenar como num teatro, mas as
palavras de sabedoria só podem brotar de corações sinceros e
retos.

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 O verdadeiro sábio é aquele que se inspira nas Escrituras, que orienta sua vida
à luz dos princípios divinos. O resto é conversa fiada.
II Leitura – 1Cor 15,54-58 – Como alcançar a vitória da vida eterna

 O único caminho é Jesus, não há outra via possível:


 Por isso não devemos nunca esmorecer no testemunho de nossa
fé, para que a vitória de Jesus não seja vã em nossa vida.
 A nossa ressurreição é incontestável e, ela, começa em nós, no
Batismo.
 Cabe a cada um de nós vencer as obras da morte dia após dia:
egoísmo, escravidão, violência, ódio, etc.

III Leitura – Lc 6,39-45 – O cisco e a trave nos olhos

 A parábola do Evangelho de hoje do cisco e da trave nos olhos é uma exortação


a nós no sentido de cultivarmos o senso da autocritica, junto à capacidade de
criticar os outros.
 Trata-se de atitude sábia que nos ensina a olhar primeiro para si
mesmo antes de se arvorarem em juízes dos outros, com grande
possibilidade de se equivocarem.
 O ponto frisado neste ensinamento de Jesus é a contradição de
alguém denunciar pequenas falhas alheias, quando tem defeitos
muito piores, sem que se esforce para corrigi-los.
 Todo aquele que passa a considerar as mazelas pessoais, torna-se mais
benévolo e compassivo com as limitações dos outros.
 O caminho a ser percorrido na correção dos erros é longo e
penoso.
 Será preciso contar com o auxilio de Deus para manter vivo o
desejo de se emendar.
 Somente os hipócritas têm o atrevimento de julgar os outros sem primeiro,
julgar a si mesmos.
 O Evangelho de hoje nos ensina que a qualidade de nosso coração determina a
qualidade de nossas palavras e ações.
 Tudo depende do coração.
 O bem que se guarda no coração transborda nas atitudes.
 A boca fala daquilo que o coração está cheio.
 A maior dificuldade da Igreja hoje para cumprir sua missão está justamente
aqui:
 Há muita gente disposta a falar de Deus por aí, mas do jeito
delas, a partir do entendimento e interesse delas.

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 Jesus faz uma severa advertência sobre isto no Evangelho:
cuidado com a cegueira e com o espírito de juiz do outro.
 Aquele que se propõe como guia deve ter clara visão de como conduzir os
outros a uma direção certa.
 Caso contrário, a implicações serão desastrosas tanto para
aquele que guia como para aqueles que são conduzidos por
cegos.
 Na Comunidade cristã não há lugar para aqueles que se fazem juízes dos irmãos
e irmãs.
 A intolerância e a intransigência não são atitudes que
contribuem para o bem comum, pois abrem caminhos para a
condenação dos outros, muitas vezes por falhas insignificantes.
 Quem não está em uma atitude permanente de conversão tende
a olhar mais para os pequenos defeitos dos outros e não
enxergar os seus próprios defeitos.

MISSA DA QUARTA FEIRA DE CINZAS


Tema: A vida que renasce das cinzas
I – Introdução

 Hoje se inicia um caminho espiritual a ser percorrido em direção à Cruz e à luz


da Ressurreição do Senhor.
 Trata-se de um tempo de recolhimento interior e à penitência.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Joel 2,12-18 – O cuidado com o coração

 A profecia de Joel fala de “rasgar o coração” mais do que as vestes – como era
costume naquele tempo, como sinal dessa atitude interna de atenção ao que é
espiritual.
 É de um coração humano infestado de maldades que saem todo tipo de
destruição.
II Leitura – 2Cor 5,20-6,2 – Novos propósitos de vida

 A 2ªleitura enfatiza que estamos num tempo favorável e propício para a


conversão.
 Iniciar esta nova etapa exige de nós:
 Ter novos propósitos
 Ter coragem de fazer uma autorrevisão = autocritica
 Ter disposição para levar adiante ações transformadoras
inspiradas por Deus.

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 Feito isso, sua quaresma está bem iniciada.
III Leitura – Mt 6,1-6.16-18 – Proposta de um caminho de crescimento na fé

 O Evangelho propõe a esmola, a oração e o jejum como vias praticas de


crescimento na fé e de amadurecimento humano.
 A esmola: a pessoa não precisa buscar a desnecessária aprovação alheia, mas o
exercício do amor transbordante de Deus no ser humano.
 A oração:
 Não se deve rezar em lugares públicos a fim de ganhar prestigio
e notoriedade.
 A oração não é um teatro.
 Os atos de piedade precisam ser vivenciados sob o olhar
amoroso de Deus.
 As fórmulas de orações são secundárias e as palavras menos
importantes do que a atitude de filiação divina e fraternidade
humana.

 O jejum: seria um cuidado consigo mesmo


 Deve ser praticado para “ser visto” por Deus, e não pelas
pessoas.
 O jejum ´precisa ser feito como verdadeiro exercício de
desapego.
 Estas práticas quaresmais – esmola, oração e jejum – visam nos ajudar na
comunhão e na integração do ser humano para que os vínculos de amor
possam prevalecer em cada pessoa de modo mais perfeito e eficaz.
O rito da imposição das cinzas

 Esse rito marca o início de um novo tempo na vida das pessoas.


 Recorda, também, a condição humana, sempre frágil e sempre convidada a
voltar-se para Deus.
 Aponta, também, o início de um caminho, um itinerário, um rumo a ser dado
na vida de conversão e de reconhecimento de que nada podemos nem somos
sem o amor de Deus.
 É hora de abandonar os velhos costumes de vida para melhor aderir à proposta
do Evangelho.
 Convertei-vos e crede no Evangelho
 Lembra-te que és pó, e ao pó hás de voltar

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MISSA DO I DOMINGO DA QUARSMA
Tema: Viver a fé nos desertos da vida
I – Introdução

 O tempo da quaresma nos sugere o quê?


 Um deserto para nos fortalecer no combate contra o mal.
 O deserto é o lugar aonde ninguém quer nos acompanhar
 É um lugar propício para uma renovação interior.
 Nos sugere também uma aventura de confiar em Deus.
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Dt 26,4-10 - O gesto de gratidão a Deus

 A 1ª leitura lembra a ação de Deus na história do seu povo e, ao mesmo tempo,


mostra o gesto de gratidão do povo oferecendo, agradecido, as primícias de
tudo quanto possuía.
II Leitura *- Rm 10,8-13 – A confissão de fé

 A 2ª leitura fala da importância da profissão de fé em Jesus como Senhor.


III Leitura – Lc 4,1-13 – A recusa às seduções do mal

 A fé se apresenta como uma possibilidade de escolha a quem a deseja.


 Quem crer, experimentará as maravilhas de Deus.

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 As três tentações resumem as diferentes situações que que Jesus se
encontrava:
 Foi tentado a se servir do poder divino para realizar obras em
benefício próprio;
 Foi tentado a recorrer a meios escusos para atingir seus
objetivos;
 Foi tentado a ser irresponsável no exercício da missão, certo de
que Deus se encarregaria de seus maus feitos.
 Jesus venceu todas estas tentações nos deixando um exemplo.

MISSA DO II DOMINGO DA QUARESMA

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Tema: Transformação em Cristo
I – Introdução

 O grande propósito da missa de hoje é o de nos ajudar a descobrir a nossa


própria identidade.
 Olhar-nos por dentro e perguntar a nós mesmos: quem sou eu?
 Descobrir o que verdadeiramente somos
 E, a partir daí, buscar a transfiguração, tendo por modelo Jesus =
ser transparente
 O primeiro passo a ser dado para se transfigurar é fugir “das sombras”.
 Daí a necessidade de procurar um lugar alto, uma grande
montanha, onde fica difícil encontrar “sombras”.
 Que monte é este que devemos subir para fugirmos das
“sombras” e sermos transfigurados, límpidos, cristalinos?
 É isto que nos mostra as leituras bíblicas da missa de hoje
II – Reflexão bíblica
I Leitura – Gn 15,5-12.17-18 – A fé de Abraão: uma aventura

 A relação entre o ser humano e Deus se constitui com base em uma disposição
confiante do ser humano em aventurar-se nos planos divinos.
 A disposição de fé de Abraão nos inspira a confiarmos nas
promessas de Deus e nos dispormos a novos horizontes.
 Deus é fiel à sua promessa. E, nós, o que temos feito?
 Aqui aparece o primeiro sinal do “monte” através do qual acontece a
transfiguração das pessoas: aventurar-se em Deus.
II Leitura – Fl 3,17-4,1 – A realidade humana e suas possibilidades

 A 2ª leitura descreve o contraste entre nossa realidade humana desfigurada e a


destinação transfigurada para qual todos são chamados a partir da fé em
Cristo.
 Em outras palavras:
 Infelizmente muitos cristãos comportam como “inimigos da cruz
Cristo”.
 A sua conduta, o seu modo de viver, não reflete a maneira
correta de crer, de viver a fé cristã como ele nos é dada nos
ensinamentos de Jesus (vv.18-19).
 Faltam nesta gente o compromisso de fé e um modo digno de
viver como cristão que se diz ser (v.17).

 A leitura conclui com um convite à perseverança na fé (cf. 4,1), isto é, um


amadurecimento espiritual nascido do agir do Espírito de Deus em nós.

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 Aqui aparece o segundo sinal do “monte” sob o qual a transfiguração das
pessoas se torna possível: o amadurecimento na fé.
III Leitura – Lc 9,28b-36 – O Caminho da transfiguração da humanidade

 A humanidade glorificada em Cristo = Jesus é o Caminho (cf. Jo 14,6)


 Apesar da cena, com tantas características fabulosas, conclui-se com o silêncio
(v.36). Por quê?
 A experiência com Deus não constitui uma fruição entusiásticas,
barulhenta, mas é uma preparação para a dura realidade da
vida, como: incompreensões, sofrimentos e morte.
 Estes movimentos carismáticos e pentecostais querem fugir
desta dura realidade. Isso faz deles um perigo para a fé cristã.
 A ressurreição será a resposta de Deus à entrega confiante, mas
deve-se levar em conta que o caminho não será fácil.
 Foi assim para Jesus e o será também para nós.
 Ser cristão não é brincadeira, não é fazer festinha de comemoração, como
acontece nos clubes e associações.
 Ser cristão é viver o que Jesus viveu, fazer o que Ele fez e ser o que Ele foi: fiel
a Deus.
 Aqui está o terceiro sinal do “monte” da possibilidade de transfiguração das
pessoas: o silêncio.
 Guarde no coração:
 Aventurar-se em Deus
 Amadurecer na fé
 Guardar silêncio

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