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Administração e Organizações

parte 3

JOÃO ROBERTO LO TURCO MARTINEZ

Uberaba
2019
SUMÁRIO

CAPÍTULO 3 ..................................................................................................................................................... 3
NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE BÁSICA (OU FINANCEIRA) .................................................. 3
DEFINIÇÃO .................................................................................................................................................................. 3
DEMONSTRAÇÕES ........................................................................................................................................................ 3
CAPÍTULO 4 ..................................................................................................................................................... 5
TERMINOLOGIA DE CUSTOS E PRINCÍIOS CONTÁBEIS ....................................................................... 5
PRINCÍPIOS CONTÁBEIS.................................................................................................................................................. 5
TERMINOLOGIA DE CUSTOS ............................................................................................................................................ 5
CAPÍTULO 5 ..................................................................................................................................................... 8
CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS ....................................................................................................................... 8
CUSTO DE PRODUÇÃO NO PERÍODO, CUSTO DA PRODUÇÃO ACABADA E CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS. .................................. 8
CUSTOS DIRETOS E INDIRETOS. ....................................................................................................................................... 8
CUSTOS FIXOS E VARIÁVEIS. ........................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 6 ....................................................................................................................................................10
MÉTODOS DE CUSTEIO ................................................................................................................................10
CUSTEIO POR ABSORÇÃO ............................................................................................................................................. 10
CUSTEIO PLENO (RKW) .............................................................................................................................................. 11
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................13
CAPÍTULO 3
NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE BÁSICA (OU
FINANCEIRA)
O objetivo deste capítulo é entender o que é a contabilidade, para que ela serve e suas
principais técnicas e demonstrações.

Definição

Segundo Neves e Paulo (2009), a contabilidade á uma ciência que tem como objetivo o
controle do patrimônio (função administrativa) e a apuração do resultado (função econômica).

O patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma pessoa jurídica


ou a uma entidade e pode ser dividido em três partes: o ativo (parte positiva composta de bens e
direitos), o passivo (parte negativa, composta de obrigações com terceiros) e o patrimônio líquido
que é a diferença entre o passivo e o ativo que representa a riqueza líquida da entidade que pertence
ao proprietário (Neves & Paulo, 2009).

Uma das principais equações da contabilidade é a que determina que Ativo = Passivo
(sendo o passivo amplo = passivo + patrimônio líquido).

Demonstrações

A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) tem como finalidade demonstrar o


desempenho da entidade para um determinado período (demonstração dinâmica), verificando quais
foram as receitas, os custos associados a estas receitas e as despesas no período. Tudo isso para
apuração do lucro. Abaixo temos um exemplo simplificado de DRE:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2012
RECEITA R$ 80.000,00
CUSTO DA MERCADORIA VENDIDA -R$ 50.000,00
LUCRO BRUTO R$ 30.000,00
DESPESAS
SALÁRIO -R$ 10.000,00
ALUGUEL -R$ 5.000,00
OUTRAS -R$ 2.000,00
TOTAL DESPESAS -R$ 17.000,00
LUCRO OPERACIONAL R$ 13.000,00

O Balanço Patrimonial é uma demonstração da situação patrimonial da empresa, envolvendo


os ativos, passivos e patrimônio líquido para um período específico. Lembrando que, no final do
balanço, o total de ativos tem que ser igual ao total de passivos. Abaixo temos um exemplo
simplificado de BP:

EMPRESA X
BALANÇO PATRIMONIAL
Exercício findo em 31 de Dezembro de 2012
CAIXA R$ 113.000,00 FORNECEDORES R$ 25.000,00
ESTOQUE R$ 0,00 Passivo Circulante R$ 25.000,00
Ativo Circulante R$ 113.000,00
Passivo não Circulante 0
MÓVEIS E UTENSÍLIOS R$ 25.000,00
Ativo Não Circulante R$ 25.000,00 CAPITAL SOCIAL R$ 100.000,00
RESERVA DE LUCROS R$ 13.000,00
Patrimônio Líquido R$ 113.000,00

Ativo Total R$ 138.000,00 Passivo Total R$ 138.000,00


CAPÍTULO 4
TERMINOLOGIA DE CUSTOS E PRINCÍIOS CONTÁBEIS
O objetivo deste capítulo é compreender as diferentes terminologias utilizadas na
contabilidade de custos e os princípios gerais da contabilidade que norteiam a contabilidade de
custos. Por exemplo, quando uma empresa fabrica um produto ela tem um gasto, um custo, uma
despesa ou um desembolso, ou será que ela está investindo? Vamos verificar...

Princípios Contábeis

A contabilidade de custos segue as bases da contabilidade financeira tradicional, assim,


conhecer os princípios norteadores da contabilidade nos ajudam a entender melhor algumas
considerações e aplicações (Quadro 1).

Segundo o princípio da Competência (regime da


competência) as receitas e despesas são
reconhecidas no momento em que ocorrem
(independente do pagamento – Regime de
Princípio da Competência
Caixa) Após o reconhecimento da receita,
deduzem-se dela todos os valores
representativos dos esforços para a sua
consecução.
Princípio do Custo Histórico como Base de Os ativos são registrados contabilmente pelo por
Valor seu valor original de entrada, ou seja, histórico.
Quando existem diversas alternativas para o
registro contábil de um mesmo evento, todas
válidas dentro de princípios geralmente aceitos,
Princípio Consistência ou Uniformidade a empresa deve adotar uma delas de forma
consistente. Isto significa que a alternativa
adotada deve ser utilizada sempre, não podendo
a entidade mudar o critério em cada período.
Quase que uma regra comportamental, o
Princípio do Conservadorismo ou Prudência Conservadorismo obriga a adoção de um
espírito de precaução por parte do contador.
Desobrigam de um tratamento mais rigoroso
Princípio da Materialidade ou Relevância aqueles itens cujo valor monetário é pequeno
dentro dos gastos totais.
Quadro 1 Quadro comparativo de alguns termos utilizados na contabilidade de custos.
Fonte: adaptado de Martins (2006)

Terminologia de Custos

Muitas vezes, na linguagem empresarial cotidiana misturamos alguns termos quanto o


assunto é custo. Porém, é necessário entender que, para a linguagem da contabilidade de custos as
seguintes definições devem ser respeitadas (Quadro2):
Compra de um produto ou serviços qualquer, que gera sacrifício financeiro
Gasto para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado pela entrega ou
promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
Desembolso Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
Gasto ativado em função da sua vida útil ou benefícios atribuíveis a futuros
Investimento
períodos.
Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou
Custo
serviços.
Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a obtenção de
Despesa
receitas.
Perda Bem ou serviço consumido de forma anormal ou involuntariamente.
Quadro 2 Quadro comparativo de alguns termos utilizados na contabilidade de custos.
Fonte: adaptado de Martins (2006)

O fluxograma abaixo (Figura 1) ajuda a entender melhor como este processo funciona.
Repare que, sendo o gasto um sacrifício financeiro gerado pela compra, este pode ser pago de
imediato gerando um desembolso ou pode ser postergado gerando uma promessa de pagamento
futura. Se o gasto tiver seus benefícios atribuídos a futuros períodos ele se torna um investimento,
então, é necessário saber se ele foi utilizado na fabricação de algum produto ou execução de algum
serviço, se sim, vira custo. Assim, quando existe a realização da receita, ou seja, a transferência de
bens ou serviços para terceiros, o custo se transforma em despesa (que é um bem ou serviço
consumido direta ou indiretamente para a obtenção de receitas(Martins, 2006)) por meio do custo
do produto vendido1 e o gasto responsável por gerar aquela receita também se transformará em
despesa.

1
Pode parecer estranho uma despesa chamada de custo de produto (ou mercadoria) vendida, porém, teoricamente é
isso que acontece.
Pagamento Gasto ativado em
resultante função da sua vida útil
ou benefícios
DESEMBOLSO atribuíveis a futuros
INVESTIMENTO
períodos.
SIM
INÍCIO

SIM
O dinheiro realmente
saiu do caixa?

· Compra
· Sacrifício
Financeiro
Seus benefícios serão
· Entrega ou
NÂO atribuíveis a futuros
promessa de
períodos?
entrega
GASTO

Foi utilizado na
fabricação de um
NÃO
produto ou execução Bem ou serviço
de um serviço? consumido direta
ou indiretamente
Gasto relativo à para a obtenção
bem ou serviço de receitas.
utilizado na
produção de
SIM
NÃO outros bens ou
serviços.

DESPESAS
(Custo da
Mercadoria Vendia
CUSTO
ou Custo do
Produto Vendido +
Despesas Totais)
SIM

Houve a FIM
realização da
Receita?

Ocorre quando da
transferência do bem ou
serviço para terceiros

Figura 1 Fluxograma de transformação de gastos em despesas.


Fonte: do autor com base nos conceitos adaptados de Martins (2006)
CAPÍTULO 5
CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
O objetivo deste capítulo é conhecer e entender as diversas classificações de custos. Uma
vez que já entendemos que o custo tem ligação direta com a produção de um bem ou execução de
um serviço, vamos agora conhecer quais são as formas de classificá-lo de acordo com suas
características e posteriormente de acordo com a sua função no custeio de produtos ou serviços.

Custo de Produção no período, Custo da Produção Acabada e Custo dos Produtos


Vendidos.

Como vimos no capítulo anterior, uma vez que ocorre a realização da receita, ocorre a
confrontação com as despesas, dentre as quais, as diretamente envolvidas com a produção de um
produto ou execução de um serviço, nominadas de custo do produto vendido, sendo assim, a
definição deste tipo de custo é “a soma dos custos incorridos na produção dos bens e serviços que
só agora estão sendo vendidos”(Martins, 2006).

Porém, mesmo não tendo vendido o produto, a fábrica pode ter tido custos dentro daquele
período que não resultaram ainda em receita. Assim, o custo de produção no período é “a soma dos
custos incorridos no período dentro da fábrica”(Martins, 2006).

Também existe a situação na qual os custos gerados neste período ou em períodos anteriores
resultantes da fabricação parcial da mercadoria. Deste modo, o custo de produção acabada é a
soma dos custos contidos na produção acabada do período. Podem conter custos de produção
também de períodos anteriores existentes em unidades que só foram completas no presente
período(Martins, 2006).

Custos Diretos e Indiretos.

Uma das classificações mais importantes de custo é a que separa os custos que podem ser
atribuídos diretamente aos produtos fabricados ou serviços executados e os custos que não
conseguimos atribuir diretamente a um produto ou serviço, porque ou são difíceis de mensurar ou
compartilham da produção de mais de um produto o que nos obriga a estipular um critério de rateio.

Esta classificação de custo é importante, pois é a base do sistema de custeio por absorção
(que será visto no próximo capítulo), que é o método de custeio aceito para fins fiscais.

Então, podemos definir esta divisão de custos da seguinte forma:


Custos diretos são aqueles que podem ser apropriados diretamente aos produtos, bastando
haver uma unidade de consumo(Martins, 2006).

Custos indiretos são aqueles que não oferecem condição de medida objetiva e qualquer
tentativa de alocação tem que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária(Martins,
2006).

Custos Fixos e Variáveis.

Esta classificação também é muito importante, em termos gerenciais, pois dá base para a
realização de diversos métodos de custeio, principalmente o custeio variável (ou direto).

Independente de uma fábrica estar produzindo ou não ela tem alguns custos que são fixos, a
exemplo dos custos de aluguel da fábrica, de salários de funcionários etc. Porém, se não estiver
produzindo, deixa de ter outros tipos de custo que variam de acordo com a produção, como os
custos com matéria prima. Assim:

Custos Variáveis são aqueles que variam diretamente com o volume de produção(Martins,
2006).

Custos Fixos são aqueles custos que se mantem estáveis independente do volume
produzido(Martins, 2006) (note que os custos fixos podem mudar de um período para outro, ou seja,
sofrer variação, porém, sua característica principal é não variar em função do volume de produção).
CAPÍTULO 6
MÉTODOS DE CUSTEIO
O objetivo deste capítulo é apresentar e entender os principais métodos utilizados para
custear um produto ou serviço. Uma vez que, no capítulo anterior, aprendemos a classificar os
custos, agora, aprenderemos como combinar e dividir estes custos por meio daquelas classificações
para definir o custo de um produto ou serviço.

Custeio por Absorção

Vimos no capítulo anterior o que é o custo indireto, ou seja, aquele custo que não se
consegue apropriar diretamente a um produto ou serviço. Este tipo de custo é um problema para a
gestão de custos, uma vez que, fica difícil saber exatamente o quanto cada produto “absorveu” deste
custo indireto no momento da apuração do custo total do produto.

Assim, o custeio por absorção é um método de custeio que atribuí os custos diretos
diretamente ao produto e trabalha indicadores de distribuição dos custos indiretos, ou seja, tenta
criar critérios por meio dos quais os custos indiretos devem ser distribuídos e absorvidos para cada
produto ou serviço.

Um exemplo seria uma fábrica de roupas que possuí dois diferentes produtos: camisas (1000
unidades produzidas e vendidas por mês→preço R$15,00) e bermudas (800 unidades produzidas e
vendidas por mês→preço R$15,00). Sabe-se que a camisa tem um custo de matéria-prima de
R$5,00 e a bermuda de R$ 4,50. A matéria prima pode ser facilmente atribuída para cada produto,
por isso, é um custo direto. A mão de obra (quatro funcionários, R$4.800,00), a energia elétrica
(R$1.600,00) e o aluguel da fábrica (R$3.000,00) são custos indiretos. As despesas somam
R$6.000,00.

Repare que os custos indiretos somam R$9.400,00. Como fazer a divisão destes custos para
cada produto? Poderíamos usar um critério para cada tipo de custo indireto, por exemplo, a mão de
obra seria rateada de acordo com o tempo de trabalho gasto para produzir cada tipo peça. A energia
elétrica seria rateada de acordo com a quantidade produzida de cada tipo de peça e o aluguel da
fábrica seria rateado igualmente para os dois tipos de peça. Observe que os critérios de rateio destes
custos indiretos foram determinados de modo subjetivo, podendo outros critérios terem sido
adotados. Assim, teríamos:
Tabela 1 Rateio dos Custos Indiretos no Custeio por Absorção
Custos Indiretos rateados de
Produtos Custos Indiretos acordo com os critérios
Produtos
Critério Camisa Bermuda Total Camisa Bermuda
Horas Mão de
300 h 340 h R$4.800,00 R$2.250,00 R$2.550,00
trabalhadas obra
Quantidade 1000
800 unidades Energia R$1.600,00 R$888,89 R$711,11
Produzida unidades
Aluguel 50% 50% Aluguel R$3.000,00 R$1.500,00 R$1.500,00
Custos Indiretos por tipo de peça R$4.638,89 R$4.761,11
Quantidade produzida 1.000 800
Custo Indireto Unitário R$4,64 R$5,95
Fonte: do autor

Assim, cada camiseta tem um custo de produção de R$ 9,64 (R$5,00 de custo direto e
R$4,64 de custo indireto) e cada bermuda tem um custo de produção de R$ 10,45 (R$4,50 de custo
direto e R$5,95 de custo indireto). Então o lucro bruto unitário é de R$ 5,36 para a camisa e de R$
4,55 para a bermuda.

Então uma demonstração de resultado do exercício (DRE) ficaria assim organizada para o
custeio por absorção:

Tabela 2 DRE básico para o método de custeio por absorção


Vendas R$ 27.000,00
- Custo do produto vendido R$ 18.000,00
= Lucro Bruto R$ 9.000,00
- Despesas (administrativas, de vendas e R$ 6.000,00
financeiras)
=Lucro Operacional R$ 3.000,00
Fonte: do autor

Custeio Pleno (RKW)

Se no Custeio por Absorção o objetivo é saber quanto custa para um produto ser produzido
(sem contar as despesas, ou seja, o esforço para gerar receitas), no Custeio Pleno, também
conhecido como RKW, o objetivo é saber quanto custa para um produto ser produzido e também
vendido, ou seja, o Custeio Pleno, leva em consideração todos os gastos (tanto os custos como as
despesas).

Assim, classificamos os gastos em diretos (custos e despesas facilmente atribuíveis ao


produto) e gastos indiretos (custos e despesas que dependem de um critério de rateio para que possa
ser atribuído ao produto).
Para o exemplo anterior, na tabela em que rateamos os custos indiretos poderíamos
acrescentar mais uma linha na tabela para ratear agora a despesa indireta de R$ 6.000,00.

Tabela 3 Rateio dos Gastos (Custos e Despesas) Indiretos no Custeio Pleno (RKW).
Custos Indiretos rateados de
Produtos Gastos Indiretos acordo com os critérios
Produtos
Critério Camisa Bermuda Total Camisa Bermuda
Horas Mão de
300 h 340 h R$4.800,00 R$2.250,00 R$2.550,00
trabalhadas obra
Quantidade 1000
800 unidades Energia R$1.600,00 R$888,89 R$711,11
Produzida unidades
Aluguel 50% 50% Aluguel R$3.000,00 R$1.500,00 R$1.500,00
Quantidade 1000 Despesas
800 unidades R$6.000,00 R$3.333,33 R$2.666,67
Produzida unidades Indiretas
Custos Indiretos por tipo de peça R$7.972,22 R$7.427,78
Quantidade produzida 1.000 800
Custo Indireto Unitário R$7,97 R$9,28
Fonte: do autor

Como o único gasto direto do exemplo é a matéria prima (custo direto), não temos despesas
diretas e podemos fechar o Custeio Pleno. Assim, cada camiseta tem um custo total unitário (pleno)
de produzir e vender de R$ 12,97 (R$7,97 de gastos indiretos + R$5,00 de gasto direto) e cada
bermuda tem um custo total unitário (pleno) de produzir e vender de R$ 13,78 (R$9,28 de gastos
indiretos +R$4,50 de gasto direto). Então o lucro operacional unitário (lucro para se produzir e
vender, sem considerar tributos sobre o lucro) é de R$ 2,03 (preço de venda de R$ 15,00 - custo
total unitário R$ 12,97) para a camisa e de R$1,22 (preço de venda de R$ 15,00 - custo total
unitário R$ 13,78) para a bermuda.

Tabela 4 Demonstração de vendas, gastos e lucros pelo Custeio Pleno (RKW)


Vendas R$ 27.000,00
-Gastos totais R$ 24.000,00
=Lucro Operacional R$ 3.000,00
Fonte: do autor

Podemos notar (tabela 4) que o lucro operacional pelo Custeio Pleno é igual ao lucro
operacional pelo Custeio por Absorção (isso porque, vendemos a mesma quantidade e gastamos a
mesma quantidade nos dois exemplos, apenas dividindo os gastos de modo diferente). Então, por
que realizar o Custeio Pleno?

O Custeio por Absorção e o Custeio Pleno produzem informações diferentes (é como olhar
para a mesma situação sob diversos pontos de vista). No Custeio por Absorção estamos interessados
apenas no gasto para se produzir um produto (não importa o quanto gastamos para vendê-lo).
Obtemos assim, informações de quanto custo um produto em estoque de produtos acabados, ou
seja, informações que revelam a competitividade da fábrica e das técnicas de produção.

Já no Custeio Pleno, como temos uma ideia do gasto total, obtemos informações de quanto
custou todas as operações da empresa (produzir e vender), o que nos possibilita estabelecer um
preço acima dos valores de gastos totais unitários para que possamos ter lucro operacional com o
produto vendido.

REFERÊNCIAS

Martins, E. (2006). Contabilidade de Custos (9 ed.). São Paulo: Atlas.


Neves, S., & Paulo, E. V. (2009). Contabilidade Básica (14ª ed.). São Paulo: Frase Editora.

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